sábado, 29 de junho de 2013

Vício, quando investir no mercado de ações fica perigoso!

Vício, quando investir no mercado de ações fica perigoso!
Você, investidor[bb], respeita suas estratégias de investimento, entrada e saída das operações que realiza? Como fica a atenção dada aos amigos e à família em relação ao tempo gasto diante do computador e nas negociações via home broker? A situação merece atenção e aproveitando que o bom humor costuma facilitar a compreensão de assuntos espinhosos, hoje você vai ler um diálogo fictício ouvido em um consultório de um terapeuta qualquer.

O que disse o paciente

“Doutor, preciso de ajuda! Não consigo passar um dia sem olhar o mercado de ações. Pior, não consigo ficar um só dia sem fazer uma operação e almoço em frente do computador para não perder nenhum movimento das 315 ações que acompanho. Meu canal favorito de TV atualmente é a Bloomberg e de noite fico procurando dicas nos fóruns. Adoro estes papéis com baixa liquidez. Eu chamo de micro caps, mas muitos chamam de mico caps. Não ligo, sei que é com eles é que eu vou ficar rico.

Já que estou me abrindo com o senhor tenho só mais alguns desabafos. Acumulo perdas desde a crise de 2008. Em 2009 eu tinha certeza que o mercado ia cair ainda mais e fiquei esperando pra comprar com o Ibovespa nos 10 mil pontos. Acabou que não chegou até lá. Para piorar, operei vendido a descoberto em 2009, apostando na queda, mas o mercado não parava de subir! Todos os analistas diziam que ia subir um pouco para depois cair com mais força, mas nada disso aconteceu. Quando resolvi virar a mão e apostei na compra, os meus papéis não subiram como os outros.
A resposta do DoutorPor que isso só acontece comigo, doutor? Minha auto-estima está destruída, minha conta quase zerada, meus amigos de quem eu administrava o dinheiro não falam direito comigo. Acho que vou ser mais arrojado e operar opções pra recuperar em pouco tempo o capital perdido. Em três ou quatro meses recupero tudo e ainda saio com lucro. O que você acha, doutor? Aliás, o senhor não teria alguma dica quente?”
“O diagnóstico é claro. O senhor está viciado em mercado. Não olhar as ações seria quase como não beber água, não é? É falsa a sua ilusão de que trabalho duro no mercado de ações significa ficar horas olhando uma tela com gráficos e luzes piscando o dia todo. O trabalho deve ser intelectual, não braçal. Operar bem não quer dizer operar muito. O senhor está tão envolvido no tiroteio, olhando apenas uma pequena cena, que não é capaz de enxergar todo o filme.

Não consegue mais usar o racional, está machucado e com desejo de vingança. Acha que o mercado o tratou mal e agora quer sangue. Entrou na ilusão de que aquele dinheiro perdido poderá ser recuperado em pouco tempo. Aquele dinheiro não vai voltar. Mesmo que ganhe daqui pra frente mais do que perdeu, este será um dinheiro novo. Aquele foi perdido, esqueça-o.
O mercado não tem qualquer sentimento. Ele não enxerga quem está na ponta da compra ou da venda. Não, definitivamente não existe uma teoria conspiratória para tomar seu dinheiro. Ao deixar esta o consulta o senhor deve parar e ajustar o foco. Ficar um tempo sem sequer olhar a bolsa. Computador desligado. Que tal estudar? Reveja seus métodos. Volte ao básico. Alongue seus prazos. Opere com menos capital.
As quedas mexeram não só na sua carteira, mas com sua autoestima. Desse jeito, quanto mais operar, mais erros irá cometer. Vai demorar um tempo até se recuperar psicologicamente. Para finalizar, lembre-se que os viciados em mercado também morrem rapidamente de overdose. Eles quebram pra valer, terminam sozinhos, sem família ou amigos.
Volte dentro de um mês. Consulta grátis. Até porque se o senhor não reavaliar sua vida na bolsa, não terá mesmo dinheiro para pagar a sessão… Nos vemos.”

Galhos de árvores podados viram composto orgânico em Casimiro de Abreu



Todo o material proveniente do corte e poda de árvores em Casimiro de Abreu tem destinação correta. Uma máquina trituradora transforma os galhos em serragem que para ser utilizada como composto orgânico em adubações de canteiros e jardins, além do plantio de mudas. O equipamento consegue processar um grande número de galhos. O material chega diariamente aos galpões do Parque de Exposições da cidade.


De acordo com o técnico em agropecuária da Secretaria de Agricultura e Pesca, Ciro Marques, a máquina ajuda a reduzir em até três vezes o volume desse material que é encaminhado para a Fundação Municipal, onde recebe nutrientes e vira adubo. “É um benefício que combate o desperdício. A reutilização enriquecida dos galhos e troncos triturados serve nas adubações em geral”, falou.

Os troncos maiores também têm uma utilização correta. A Secretaria de Agricultura está buscando uma parceria com os empreendedores da região que utilizam a madeira como lenha para doação do produto. “É como uma rede. Apoiamos os comerciantes e ajudamos a combater o comércio clandestino de madeira e o desmatamento”, analisou o técnico em agropecuária.

Em Casimiro de Abreu, o serviço de poda ou corte de árvores deve ser solicitado formalmente. O requerente deve se dirigir ao Setor de Protocolo da Prefeitura ou à Secretaria de Meio Ambiente, que é responsável pela autorização do procedimento. Caso aprovada, a ação é executada por profissionais da Secretaria de Agricultura e Pesca. No distrito de Barra de São João, o pedido pode ser feito no Setor de Fiscalização, localizado no Praião.

Fonte: Ascom

23/05/2013 17:18 Fonte: Jornal Folha da Manhã

Estudantes participam de plantio de mudas no Jardim São Benedito


Por
 Taysa Assis (estagiária)

As Secretarias de Meio Ambiente e de Limpeza Pública, Praças e Jardins realizaram um trabalho de plantio de mudas de árvores e palestras, em parceria com a concessionária de energia Ampla, na Praça Nilo Peçanha, no Jardim São Benedito, nesta quarta-feira (26). Cerca de 30 alunos da Escola Municipal Professora Olga Linhares participaram da ação. 

- O plantio tem como objetivo promover a conscientização ambiental nos alunos da rede municipal de ensino, um jeito simples de ajudar o meio ambiente – disse o secretário de Meio Ambiente, Zacarias Albuquerque. 

Além do plantio das 10 mudas de ipês em pontos estratégicos do Jardim São Benedito: na entrada, meio e no final do parque, a concessionária Ampla levou uma equipe com um caminhão itinerante, que realizou uma palestra sobre sustentabilidade. A professora de Ciências da Escola Olga Linhares, Rafaela Sampaio, ressaltou a importância do ato. 

- É essencial para a formação dos alunos, como cidadãos. Acho muito interessante eles terem a oportunidade de participar das ações, abordando um conteúdo dado em sala de aula. Por mais que a gente trabalhe a prática na escola, no meio do verde é bem melhor. Os alunos adoraram participar - declarou Rafaela.  
 FONTE:SITE DA PMCG
Postado por: Secom - 26/06/2013 15:37:00

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Sustentabilidade deve ser critério das licitações na construção civil, diz CBIC

Sustentabilidade deve ser critério das licitações na construção civil, diz CBIC


Por Isabela Vieira, da Agência Brasil
Os critérios de concorrência nas licitações públicas precisam ser revistos para estimular a sustentabilidade na construção civil, e o menor preço deve ser um dos parâmetros, mas não o único. A opinião é do presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), Paulo Safady Simão. Ele participou no dia 5 de debate sobre o papel das construtoras na sustentabilidade.
"O governo tem que mudar seu processo de compra. A compra tem um peso muito grande na obra e da forma como está colocada não dá nenhum estímulo à introdução de critérios sustentabilidade", disse Safady. Para o ele, o modelo atual inibe a inovação. "O preço deve ser um parâmetro, não um teto", completou.
Simão explica que mudanças nas regras para as compras do governo têm o potencial de estimular o desenvolvimento de produtos novos e mais econômicos. Eles podem ser encomendados em larga escala, o que acaba beneficiando o consumidor. Este ambiente colabora para promover a concorrência entre as empresas e o menor preços para as famílias.
Segundo o presidente da CBIC, hoje, mesmo custando mais caro, o governo e o consumidor devem avaliar os benefícios de longo prazo. "Pode ser que custe mais caro agora, mas isso deve ser analisado por toda vida útil do empreendimento. Uma casa com sistema de água e energia racional, paga mais hoje, mas terá contas reduzidas a vida inteira", disse.
Ao concordar com a necessidade de o governo investir em práticas que reflitam em menos impacto para o meio ambiente, a secretaria de Articulação Institucional e Cidadania do Ministério do Meio Ambiente, Mariana Meirelles, disse que os critérios de sustentabilidade estão "entrando nos protocolos da construção civil. "É um processo, é aos poucos", afirmou.
O problema nas licitações públicas também está sendo apreciado no âmbito do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, órgão da Presidência da República, presidido pelo empresário do ramo do aço, Jorge Gerdau. Segundo Paulo Safady, foram escolhidas 15 prioridades de uma lista de 40 fatores que elevam os custos das construções do Programa Minha Casa, Minha Vida. Entre elas, cartórios, tributos, juros e obsoletos códigos de obras e padrões técnicos.
Na avaliação de Paulo Simão, o ambiente de negócios no Brasil é impróprio. "O construtor tem que ter lucro. É a concorrência que vai definir a taxa de retorno ser maior ou menor. O pessoal está preocupado com o lucro do construtor, quando deveria estar preocupado com a maneira de construir, com as regras", criticou.
A necessidade de revisão dos currículos de engenharia e arquitetura também foi uma das questões apontadas no debate sobre sustentabilidade na construção civil. Para o professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (USP) Siegbert Zanettini, o currículo de ambos os cursos devem andar juntos, para permitir troca de conteúdo.

Carta Capital: transporte engole até 30% da renda dos trabalhadores

Carta Capital: transporte engole até 30% da renda dos trabalhadores


Por Deutsche Welle, Carta Capital
Na sétima maior metrópole do mundo, São Paulo, 55% dos moradores usam transporte coletivo. O deslocamento dos 11 milhões de habitantes da cidade é feito principalmente pelo asfalto: 15 mil ônibus transportam seis milhões de passageiros todos os dias – agora, por uma tarifa de 3,20 reais.
A revolta contra o aumento da passagem na capital paulista desencadeou uma série de manifestações por todo o país, mostrando, entre outros temas, a insatisfação com a falta de mobilidade. Fazem parte da rotina dos paulistanos a lotação nas cinco linhas de metrô e nos trens metropolitanos e os congestionamentos que, em alguns períodos, chegam a 144 quilômetros.
Sem qualidade nos transportes fica difícil convencer qualquer um a deixar o carro em casa. E as melhorias, afirma o coordenador do setor de Serviços Urbanos Básicos da ONU-Habitat, Andre Dzikus, passam também por uma mudança de comportamento. "O maior desafio é mudar a mentalidade para que as pessoas passem a usar o transporte público", afirma o especialista em questões de transporte e mobilidade que vive em Nairobi, no Quênia.
O que ele defende aparece em quase todos os planos de governo: as cidades precisam oferecer alternativas que sejam financeiramente viáveis, pontuais e que cubram o espaço urbano de uma maneira que garanta que as pessoas cheguem aonde querem.
"Um sistema de transporte eficaz é aquele que anda", resume o engenheiro Alain Le Saux, secretário geral da organização Metropolis, uma organização mundial de troca e aconselhamento que reúne representantes das maiores cidades do mundo. O pior problema de uma cidade é parar e a fluidez na locomoção também oferece indícios de uma economia eficaz, comenta.
O desafio de atingir essa fluidez é comum às grandes metrópoles, mas não existe uma solução única. Se para uma cidade a melhor alternativa são trens, para outra, segundo Le Saux, podem ser até mesmo elevadores. "Depende da geografia, do tamanho e de uma série de outros fatores", justifica.
Serviço ilegal convive com o sistema
São Paulo não é a única grande metrópole a encontrar problemas. Em Jacarta, segunda maior região metropolitana do mundo, a jornalista indonésia Veby Mega precisou encontrar opções para fugir dos congestionamentos que impedem o fluxo dos ônibus. A passagem custa aproximadamente 0,76 real, mas o tempo que os veículos ficam parados, a lotação e o calor afugentam quem pode pagar por outros meios.
"Eu costumava usar, mas não é confortável, especialmente em uma cidade com o ar quente e úmido como Jacarta", conta. A cidade criou corredores exclusivos de ônibus em alguns trajetos e promete a construção do metrô – parte subterrânea e parte suspensa – até 2020. Por hora, Veby e os outros 10,1 milhões de habitantes da metrópole se valem de outras opções.
Como o táxi tradicional é mais caro, o mototáxi, mesmo ilegal na cidade, virou uma alternativa que cabe no orçamento. A presença desse meio de transporte no trânsito rende cenas que os brasileiros já conhecem: para fugir do engarrafamento, as motos fazem percurso em ziguezague entre os carros parado.
O projeto do metrô de Jacarta deve contemplar inicialmente um corredor norte-sul e outro leste-oeste, mas o pacote de obras promete uma solução ampla para o transporte da capital da Indonésia. Em outros países, no entanto, as respostas já foram encontradas. Alain Le Saux, da Metropolis, cita Berlim e Paris como exemplos. "Quando não há greve", ressalva, referindo-se à capital francesa.
Ele lembra ainda que a qualidade nos serviços deve ir além do transporte motorizado. Calçadas, ciclovias, estações para o aluguel de bicicletas completam a estrutura que dá segurança e fluidez. Singapura, Genebra e Copenhague estão na lista de bons exemplos de Andre Dzikus, da ONU-Habitat.
Preço não é o mesmo para todos
Os mesmo fatores que influenciam na decisão pelo meio de transporte mais adequado também contam na composição da tarifa do ônibus. Nas grandes metrópoles, quem anda mais, paga mais, geralmente. Mas essa combinação de variáveis não é a única a compor a fatia que cada pessoa gasta com transporte. O impacto no bolso é diferente em cada região do mundo.
Nos países mais pobres, em locais onde pessoas foram deslocadas para a periferia ou reassentadas em áreas mais distantes e precisam manter seus empregos na região central das cidades, a situação é mais crítica. Em casos assim, o dinheiro gasto com transporte pode chegar a 30% da renda mensal. Já em outros lugares, a margem fica em torno de 10%. "É difícil fazer uma média, já que as situações são diferentes", adiciona o representante da ONU-Habitat.
A relativização do preço também está relacionada à percepção que o usuário tem da qualidade do serviço. Em Nova York, um dos destinos favoritos de turistas brasileiros e para quem decide viver fora do país, o valor da passagem é 68% mais caro que o cobrado em São Paulo. Mas a eficiência – mesmo que existam falhas – compensa o preço.
A passagem custa aproximadamente 5,38 reais, mas existem opções de bilhetes semanais ilimitados, por 64,60 reais, e mensais, por 241 reais. Segundo a Metropolitan Transportation Authority, que opera o sistema, descontos são oferecidos em alguns casos – estudantes, por exemplo, pagam meia – mas ninguém anda de graça.
O jornalista carioca Douglas Gamma vive na cidade há quatro anos e considera o preço justo. Apesar de criticar a sujeira das estações e dos próprios trens – são 8,7 mil vagões que circulam por 3.294 quilômetros de trilhos em toda a região metropolitana –, ele elogia a estrutura. "O metrô de Nova York é super bem planejado e te leva para todos os lugares da cidade, 24 horas por dia", destaca. Quando quer apreciar a paisagem, Gamma opta por um dos 5,7 mil ônibus que atendem a região.
A paulista Paula Maria trabalha com planejamento urbano na cidade norte-americana e também concorda com a avaliação positiva dos serviços, que ela define como eficientes. O que falta é uma intensificação da oferta de transporte nos bairros mais afastados. "É onde vivem as pessoas que mais precisam, por conta das dificuldades financeiras", avalia.
De olho nas ruas do Brasil
A eficiência que a paulista encontrou em Nova York ainda não existe na sua cidade natal. Mesmo longe do país, ela e o carioca acompanham a movimentação que ganhou as ruas do Brasil. Embora considerem a qualidade do sistema de transporte público de São Paulo e Rio de Janeiro inferior ao oferecido em Nova York, eles não têm dúvida de que as reivindicações vão muito além da discussão da tarifa. "Foi apenas a gota d'água que transbordou o copo", opina Gamma.
"Acho que os brasileiros estão cansados de serem usados como caixas eletrônicos", diz Paula Maria. Para ela, os 20 centavos foram o estopim para quem quer não só transporte público de qualidade, mas também exige que os direitos dos cidadãos entrem de vez para a agenda dos políticos brasileiros.
Autoria Ivana Ebel
Edição Nádia Pontes

A nova visão do Planalto


ESPECIAL A VOZ DAS RUAS
|  N° Edição:  2275 |  21.Jun.13 - 17:40 |  Atualizado em 27.Jun.13 - 05:30

A nova visão do Planalto

Os bastidores de uma das semanas mais difíceis do governo Dilma. Quem a presidenta ouviu e como ela influenciou na revogação do reajuste em São Paulo

Izabelle Torres
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DE PRONTIDÃO 
Com receio de parecer ausente num momento delicado, 
Dilma cancelou viagens ao Japão e a Salvador
Ninguém sabe como as marchas iniciadas pela revogação do aumento da passagem de ônibus vão terminar, mas é certo que o governo Dilma Rousseff não poderá funcionar como antes. Na manhã da sexta-feira 21, uma reunião entre Dilma Rousseff e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e demais autoridades ligadas a áreas de segurança, inclusive da Copa do Mundo, ocorreu num ambiente de dúvida e impasses. A proposta mais natural, nessa situação, seria um pronunciamento ao País – mas a presidenta gostaria de ter uma noção clara sobre o estado de coisas antes de se manifestar perante todos os brasileiros, gesto que pode produzir um efeito decisivo sobre o País e sobre seu governo.

Em qualquer caso, os tempos são outros. O programa de gestão pelo piloto automático, num governo de altos índices de aprovação e aliados cada vez mais numerosos para somar tempo na tevê e enfrentar uma campanha presidencial sem sustos, se desfez na medida em que a mobilização crescia nas ruas e o grito das multidões se transformava num urro de cidadania e raiva. Sem receber sequer um alerta dos serviços de informação sobre eventuais riscos de um vexame na inauguração do estádio Mané Garrincha, Dilma enfrentou uma vaia gigantesca, que não permitiu que suas palavras fossem ouvidas pela plateia.
integrantes da base aliada aproveitam o momento
para questionar o governo e importância de Lula cresce
No dia seguinte, a presidenta perguntava, durante uma reunião inicialmente convocada para debater a viagem de uma comitiva brasileira à Rússia, a opinião de ministros e assessores mais próximos sobre os rumos que a situação política poderia tomar. Ouviu palpites, ora triviais, ora perplexos. O vice-presidente Michel Temer assegurou que o Congresso não criaria dificuldades para aprovar um pacote de medidas que pudessem melhorar o transporte público. Convidado em nome de sua “experiência,” o senador José Sarney (PMDB-AP) recomendou “diálogo.” Na semana mais difícil de seu governo, a presidente cancelou uma viagem a Salvador, na sexta-feira passada, pelo receio de enfrentar protestos. Também desistiu de uma viagem ao Japão, no início desta semana, pelo receio de estar ausente quando sua presença pudesse tornar-se particularmente necessária. Num governo frequentemente acusado de submeter a política às estratégias publicitárias, Dilma resolveu fugir de teorias conspiratórias, semelhantes àquelas que deram um ar patético a tantos governantes – ditadores ou não – que já enfrentaram manifestações de caráter semelhante na Ásia e no Oriente Médio. Num discurso pronunciado na terça-feira 4, Dilma colocou as coisas em seu devido lugar. Lembrando o gigantesco protesto da véspera, que dera uma dimensão nacional às manifestações, ela disse, em tom de reconhecimento, que “o Brasil hoje acordou mais forte.” Falou também que era “bom ver tantos jovens e adultos, o neto, o pai, o avô, juntos com a bandeira do Brasil”. Procurando unir seu destino ao dos manifestantes, disse que “as vozes das ruas querem mais. Mais cidadania, mais educação, mais transporte, mais oportunidades. Meu governo também quer mais.” Quando a presidenta discursou, um twitter chamado “Fora Dilma” atingia o pico, ficando entre os dez mais vistos do dia. Reproduzido ao longo do dia pela internet, o discurso atingiu um padrão superior a 250 mil acessos, patamar que o Planalto comemorou.
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PALÁCIO CERCADO
Às 17h30 da quinta-feira 20, homens do Exército fazem 
cordão no entorno do Planalto, onde a presidenta despacha
Convencida de que a labareda inicial da crise se encontrava em São Paulo, Dilma mobilizou o governo e aliados para convencer o prefeito Fernando Haddad a revogar o reajuste de R$ 0,20. Ela e Luiz Inácio Lula da Silva tiveram uma conversa a três com Haddad, quando, conforme relatos feitos à ISTOÉ, o ex-presidente disse ao prefeito: “Se estivesse em seu lugar, eu revogaria.” Mas a decisão de Haddad pela revogação só saiu aos 45 do segundo tempo, depois que o prefeito do Rio, Eduardo Paes, decidiu baixar a tarifa em sua cidade. Já isolado do Planalto, ele recorreu ao governador Geraldo Alckmin em busca de apoio, para, enfim, recuar.

Os movimentos de uma turba fora de controle que se infiltrou nas manifestações para atacar dois ônibus e o hotel em Salvador onde estão alojados os cartolas da Fifa levaram a entidade máxima do futebol a fazer uma pressão exagerada contra a presidenta. Na quinta-feira 20, a Fifa teria levado o seguinte recado à Dilma: se mais algum membro da entidade, das seleções que participam da Copa das Confederações ou da imprensa internacional sofrer algum tipo de violência advinda dos protestos que tomaram conta do País, a Copa das Confederações será cancelada. Oficialmente, o porta-voz da entidade nega a pressão. É compreensível que os cartolas exijam segurança, mas a ameaça é desproporcional. As manifestações também ajudaram a elevar vozes dentro do governo e da base aliada que antes só faziam críticas em voz baixa. Problemas que ficaram camuflados por uma perspectiva confortável de renovar o mandato em 2014 tornaram-se preocupantes e urgentes. Convencidos de que o governo Dilma realiza movimentos cada vez mais conservadores, lideranças históricas cobram uma volta às origens, sugerindo que assim seria possível recuperar eleitores hoje desiludidos. De outro lado, no sintoma mais notável do que ocorre, nos últimos dias o ex-presidente Lula cresceu um pouco mais como liderança paralela, consolidando o instituto que leva seu nome como uma fonte de poder dentro do partido. Referindo-se ao bairro que dá sede ao instituto, militantes veteranos do PT se referem ao lugar como “o diretório do Ipiranga.”
Fotos: Pedro LADEIRA/AFP PHOTO; Adriano Machado
FONTE: REVISTA ISTO É 

Estudo da Abrelpe mostra desafios à espera da PNRS

Em 2012, 24 milhões de toneladas de lixo não tiveram destino adequado e outros 6,2 milhões sequer foram coletados
Dois dias após o seminário promovido pela CNseg sobre Política Nacional de Resíduos Sólidos, um estudo divulgado pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) deixa claro os desafios à espera da Lei 12.305 e gera preocupação entre os atores da futura responsabilidade compartilhada. O estudo dá conta de que, em 2012, 24 milhões de toneladas de lixo (37,5%) foram enviados para destinos inadequados. E acrescenta que, dos 64 milhões de toneladas de resíduos gerados ao longo do ano passado, 6,2 milhões não foram sequer coletados. Mesmo assim, o percentual de coleta apresentou um aumento de 1,9% em comparação a 2011, totalizando 55 milhões de toneladas em 2012. “Percebemos, nesses dez anos de estudo, que o índice de coleta tem crescido paulatinamente, indicando que a universalização desses serviços é um caminho possível”, avaliou o diretor executivo da Abrelpe, Carlos Silva Filho.
Por região, o Nordeste é a região com maior percentual de resíduos levados para destinações inadequadas, como lixões. Segundo o estudo, 65% do lixo gerado na região, um total de 25,8 mil toneladas por dia, não tiveram destinação final adequada. Já a melhor cobertura de coleta foi verificada no Sudeste (96,8%), a região que melhor destina os resíduos, com 72% do lixo (pouco mais de 70 mil toneladas diárias) enviados para aterros sanitários. Apesar disso, 51% das cidades da região, o equivalente a 854 municípios, não tratam adequadamente os seus resíduos.
Para o diretor da Abrelpe, faltam os investimentos necessários para avançar na coleta e destinação correta dos resíduos sólidos. “As mudanças demandadas pela PNRS requerem investimentos concretos e perenidade”, ressaltou. O problema, segundo Silva Filho, é que muitas cidades não têm condições de aportar esses recursos. “A maioria desses municípios tem menos de 10 mil habitantes e não dispõe de condições técnicas e financeiras para solucionar a questão dos resíduos sólidos de maneira isolada”, completou.[3]
O estudo da Abrelpe está disponível para download no site da entidade: http://www.abrelpe.org.br/panorama_apresentacao.cfm

Fonte: http://www.segs.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=119406:-estudo-da-abrelpe-mostra-desafios-a-espera-da-pnrs&catid=45:cat-seguros&Itemid=324

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Pesquisadores listam as piores mentiras para faltar ao trabalho

Todo mundo já contou uma mentirinha para não ir ao trabalho pelo menos uma vez na vida. Provavelmente por conta de uma bebedeira no dia anterior, ou por pura preguiça: aquele dia nublado, friozinho, que deixa a cama mais gostosa do que nunca. Mas você ainda lembra qual foi a última desculpa que usou pra enganar seu chefe?
Pesquisadores do Benenden Health, empresa de convênios de saúde, perguntaram a mil trabalhadores e mil chefes quais as piores desculpas já dadas ou recebidas. E, nessa, descobriram que a credibilidade anda em baixa: 60% dos chefes não acreditam quando seus empregados dizem que estão doentes e não poderão trabalhar. Outros 25% questionam a voz, aparentemente saudável, de seus colegas de trabalho.
Entre as piores mentiras, os pesquisadores destacaram essas aqui:
- “Uma lata de comida caiu no meu dedão”

- “Eu estava nadando tão rápido que bati a cabeça na borda da piscina”
- “Eu fui picado por inseto”
- “Eu me machuquei durante o sexo” (???)
- “Meu hamster morreu” (clássica…)
- “Não consegui dormir a noite inteira”
- “Eu escorreguei em uma moeda” (problemão, hein)
- “Eu estou preso em casa porque a porta quebrou”

E aí, já usou alguma dessas? Ah, caso interesse, os pesquisadores também descobriram quevirosecólicas e ânsia de vômito são as desculpas que mais colam.
(Via Telegraph)
Crédito da foto: flickr.com/pinguino

Escolas terão mudas de árvores frutíferas

Escolas terão  mudas de árvores frutíferas

Por Marcio Fernandes
A prefeita Rosinha Garotinho plantou esta semana, no Jardim de Infância Municipalizado Alva Doralice Ribeiro de Castro, em Santa Cruz, a primeira muda de árvore frutífera, de um total de 100 mil que a Secretaria de Meio Ambiente vai espalhar pelas escolas da rede municipal de ensino. O projeto “Árvore na Escola” chegará a todas as unidades de ensino que tenham uma área livre para que o plantio possa ser feito.

De acordo com o secretário de Meio Ambiente, Zacarias Albuquerque, além de mudas de árvores frutíferas, também será plantado Pau-Brasil. A árvore, que deu origem ao nome do país, chega a alcançar entre 8 e 30 metros de altura. Seu tronco mede de 40 a 70 centímetros de diâmetro e as folhas têm de 10 a 20 centímetros. A muda plantada em Santa Cruz foi de acerola, mas também podem ser plantadas pitanga, abacate, carambola, goiaba, abacate e outras.

- A meta é atingirmos as 100 mil mudas plantadas durante os quatro anos do governo. Estamos iniciando este projeto esta semana e aos poucos, vamos alcançando mais escolas - disse o secretário de Meio Ambiente. 

Segundo o secretário, o tamanho da área disponível no interior da escola é que vai definir qual a árvore frutífera a ser plantada. O projeto de plantio de árvores frutíferas vai ser realizado também nos conjuntos habitacionais do programa Morar Feliz, que têm 5.426 casas.

Fonte: site da PMCG
Postado por: Luciana Fonseca - 22/06/2013 10:05:00

Empresa japonesa de engenharia cria estacionamento subterrâneo para bicicletas

Empresa japonesa de engenharia cria estacionamento subterrâneo para bicicletas


Do portal Ciclovivo
Assim como acontece em São Paulo e em outras grandes cidades, Tóquio sofre com a falta de lugares para estacionar carros e a situação é ainda pior para as bicicletas. Diante disso, a empresa japonesa de engenharia Giken Seisakusho Co. Ltda. desenvolveu um estacionamento subterrâneo para bikes.
A proposta é tornar mais seguro o armazenamento das bicicletas e também incentivar o seu uso como meio de transporte. O site da empresa enfatiza a importância de oferecer locais seguros para que os usuários possam manter suas bicicletas e que sejam próximos aos centros comerciais. Assim, as pessoas utilizam a opção com mais frequência e facilidade.
Apelidada de Eco-Cycle, a tecnologia se assemelha ao modelo já utilizado em algumas cidades espanholas, conhecido como Biceberg. Os fabricantes garantem total segurança das bikes, sem a necessidade de prendê-las a algum ponto fixo ou do uso de cadeados.
Superficialmente, a estrutura se assemelha a um elevador. O uso é simples e o ciclista precisa, apenas, inserir sua bicicleta através de uma porta-automática, que o sistema se encarrega de levá-la até uma vaga desocupada. A ferramenta possui apenas sete metros de largura, mas sua profundidade permite o armazenamento de até 144 bicicletas.

Mercado se adapta à Política Nacional de Resíduos Sólidos

Nova realidade gera riscos e oportunidades, conforme debatido em seminário realizado pela CNseg
Considerar as questões sociais e ambientais nas decisões de aceitação de risco, exigindo dos segurados as correções necessárias para adequação aos princípios da sustentabilidade, ajudará as seguradoras no aprimoramento dos processos de gestão de risco, além de gerar novas oportunidades de inovação nos negócios. Esse foi o consenso durante os debates na parte da manhã do I Seminário sobre os Impactos Jurídicos e Operacionais da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) no Mercado Segurador, promovido pela CNseg, no Rio de Janeiro.
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..............(Foto: Marcello Bravo) 
Como lembrou a diretora executiva da CNseg, Solange Beatriz, a partir da entrada em vigor da Lei 12.305, que Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, a preocupação com o tema no mercado segurador deixa de ser facultativa, passando a ser obrigatória, devido à questão da responsabilidade compartilhada. “Diante disso, quais as práticas que podem ser incentivadas?”, questiona. “Todos nós temos comprometimento, responsabilidade e podemos ser cobrados por isso”, disse ainda.
Após exibir números do setor, mostrando sua importância econômica, Solange Beatriz destacou algumas ações da CNseg em prol da sustentabilidade, como a assinatura do Protocolo Verde com o Ministério do Meio Ambiente e a adesão, junto à ONU, aos Princípios de Sustentabilidade em Seguros.
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Mariana Meirelles, secretária de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do Ministério do Meio Ambiente conta com o apoio das seguradoras.
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Renato Campos, diretor da Escola Nacional de Seguros, observado por Solange Beatriz, diretora-executiva da CNseg. (Fotos: Marcello Bravo)
Para Renato Campos, diretor da Escola Nacional de Seguros, a preservação do meio ambiente e o mercado de seguros andam de mãos dadas. “Afinal, tudo que acontece ao planeta, de alguma forma impacta a atividade de seguros”, disse na abertura do evento.
A secretária de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Mariana Meirelles, aposta no apoio das seguradoras à implementação das inovações da Lei, que foi discutida por 21 anos até ser aprovada em 2010. Ela informou que existem dois acordos de cooperaração firmados com a CNseg e com a Febraban. A sugestão de Mariana é que o mercado segurador use como referência a política sócio-ambiental orientada para os grandes bancos, definida pelo Branco Central, na elaboração de sua própria política.
Marco Antonio Ferreira, subscritor de risco de responsabilidade ambiental do Itaú Unibanco, mediador da palestra “Implicações Jurídicas para empresas de seguros”, disse que as seguradoras precisarão conhecer mais profundamente os impactos da Lei de Resíduos Sólidos para a atividade. “Quem sabe quais são os aterros ou lixões para onde vão os resíduos produto dos capotamentos de cargas perigosas?”, perguntou, instigando palestrantes e público. “As seguradoras podem ser incluídas em ações civis públicas e ambientais, havendo, ainda, os riscos de imagem, que precisam ser gerenciados”, disse Ferreira, que também é coordenador da subcomissão de seguro de Responsabilidade Civil Ambiental da FenSeg. “A Lei, que no artigo 40 fala de seguro e responsabilidade civil ambiental, abre um universo de possibilidades para o setor, tanto em relação a riscos como em relação a oportunidades”, disse ainda.
Os palestrantes do painel, Carlos Zoppa, diretor da Terra Brasis Resseguros; Eduardo Menezes, superintendente da Bradesco Seguros Auto RE; Gerson Arruda, engenheiro químico e Jorge Costa Laranjeiro, especialista da Itaú Seguros, seguiram a mesma linha. Laranjeiro, instigou a plateia com outra pergunta: “Qual a responsabilidade das seguradoras, dos segurados e como preparar nossos técnicos e especialistas para a subscrição correta do risco, levando em conta a co-responsabilidade da Lei?” Ele mostrou situações de acidentes, nos quais a responsabilidade da seguradora acabou por ir muito além do que estava no contrato. “O risco foi assumido depois de todas as inspeções e cumpriu com todas as exigências de seguradoras e resseguradoras. No entanto, a realidade nos mostrou que ainda temos muito para avaliar”, disse.  Segundo ele, além do incêndio, danos ambientais com a fumaça e contaminação de solo, o cliente e a seguradora tiveram de arcar com elevados gastos para remover os resíduos sólidos consequentes do incêndio.
Eduardo Menezes enfatizou que é preciso definir claramente o que é salvado. No conceito clássico, é o que sobra de um sinistro e tem valor econômico. No entanto, para tratamento de resíduos sólidos, não é bem assim. O fato de não ter valor econômico não deixa de ter implicações na nova Lei. “A partir de que momento o bem se torna salvado? Temos responsabilidade de participar da regulação, mas a responsabilidade do resíduo é do dono e não da seguradora”, acredita ele, para quem esses detalhes têm de ser conhecidos para que todos possam se preparar para exigir dos parceiros de negócios o comprometimento com o tema.
Zoppa enfatizou que a análise e gerenciamento de risco devem ser ainda mais valorizadas pelas seguradoras, incluindo a responsabilidade compartilhada na avaliação do ciclo do produto. “No relatório de inspeção, já é possível avaliar o cenário e recomendar ao segurado ações que possam mitigar problemas futuros no relacionamento das partes”, concluiu.

Fonte: http://www.cnseg.org.br/cnseg/servicos-apoio/noticias/mercado-se-adapta-a-politica-nacional-de-residuos-solidos.html

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Desmascarando a manipulação do Globo

4/06/2013 11:28
Manchetes do Globo, 1ª edição (à esquerda) e 2ª edição
Manchetes do Globo, 1ª edição (à esquerda) e 2ª edição


Reparem a grande diferença da manchete da 1ª edição e a da 2ª edição. Na primeira diz: "Protesto reúne multidão na orla do Rio". Certamente não agradou a direção do jornal, que deve ter achado que era uma manchete que reforçava o movimento de protestos.

Dentro da estratégia de tentar manipular o movimento, vejam a maldade do Globo, trocou a multidão pela esquerda e extrema direita. Por que colocar a "extrema direita" na manchete? Não sou ingênuo, é óbvio que o Globo quer que as pessoas achem que o movimento serve à extrema direita para deixarem de participar. Pura manipulação! Mais uma vergonha do Globo que tenta se infiltrar no movimento popular, com o objetivo de manipulá-lo. 
Fonte: blog do Garotinho

Direito imobiliário exige saber de áreas relacionadas

Entre 2008 e 2012, algumas capitais, como o Rio de Janeiro e São Paulo, experimentaram um vertiginoso aumento de preço dos imóveis e um volume intenso de lançamentos e transações, o que foi chamado de “boom imobiliário”.
Esse fenômeno, obviamente, não foi programado. Na realidade, derivou da conjunção de diversos fatores, como a consolidação do controle da inflação, a redução das taxas de juros, o estímulo ao crédito, inclusive com a solidificação de instrumentos jurídicos de financiamento imobiliário, a elevação da renda do trabalhador brasileiro, e, ainda, o anúncio da realização de grandes eventos no país, como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016.
Tais circunstâncias aqueceram a economia, viabilizando a aquisição de imóveis por pessoas físicas, para uso próprio, bem como por investidores, que, anos antes, não teriam condições de investir ou mesmo interesse/confiança na destinação de recursos para este segmento da economia. E o resultado disso foi a descompressão do mercado imobiliário, gerando uma natural elevação dos preços. Até porque, após anos de inércia e abandono, o mercado imobiliário estava absolutamente defasado, necessitando mesmo de reajustes nos preços dos imóveis e de significativo aumento da oferta de novos produtos.
Adicionalmente, vale mencionar que a legislação teve um papel importante nesse movimento. A consolidação da utilização da alienação fiduciária nos contratos imobiliários, prevista na Lei 9.514/1997, permitiu que toda e qualquer providência combativa ao inadimplemento fosse tomada de maneira célere e extrajudicial. Já as normas protetivas para os adquirentes, plasmadas principalmente no Código de Defesa do Consumidor e na Lei 10.931/2004, esta última dispondo sobre patrimônio de afetação nas incorporações imobiliárias, conferiram maior segurança ao mercado (a vendedores e compradores), bem como incentivos tributários para a realização dos investimentos no setor da construção. E, mais recentemente, com o advento da Lei 11.977/2009, instituiu-se o Programa Minha Casa Minha Vida, mediante o qual os investimentos na construção civil voltados para o mercado de baixa renda foram definitivamente incentivados e incrementados.
Ocorre que, em 2011, teve início a contenção da euforia do mercado imobiliário, especialmente em razão do estouro do orçamento de algumas incorporadoras, que notadamente enfrentaram a falta de mão de obra, materiais e equipamentos, acarretando o atraso na entrega de muitos empreendimentos e, consequentemente, reduzindo o número de novos lançamentos.
Naquele momento, o mercado sinalizou que o investimento imobiliário, com todo o seu ciclo de maturação — desde a concepção do produto, aquisição do terreno, aprovação de projetos e obtenção de licenças, construção, até a entrega de unidades aos adquirentes —, não poderia caminhar na mesma velocidade das decisões e pressões típicas do mercado financeiro junto à Bolsa de Valores. Assim, a queda no valor das ações de muitas incorporadoras acabou se tornando o reflexo natural deste descompasso.
A verdade é que a pressão pelos lançamentos imobiliários foi muito grande e depois, no momento da realização dos empreendimentos, não foi possível acompanhar o mesmo ritmo. Logo, houve uma considerável diminuição na oferta de imóveis e muitas empresas do setor reavaliaram suas estratégias e até mesmo seus produtos.
Por outro lado, ao contrário da retração de preços e da estagnação que marcaram a fase anterior a 2008, o pós-boom vem revelando um equilíbrio entre os lançamentos e as vendas, bem como uma moderada elevação dos preços, acompanhando a demanda ainda existente.
Ademais, um novo cenário vem despontando no mercado imobiliário, através da estruturação jurídica de empreendimentos multiuso, produto este que reúne em um único imóvel a exploração de diferentes atividades, como residencial, empresarial, inclusive lajes corporativas, serviços e hotelaria. Essa tendência é notada não só em investimentos nos grandes centros urbanos, mas também em suas zonas periféricas, onde ainda existem demanda, renda e terrenos disponíveis.
Paralelamente, há uma franca expansão de formas alternativas de funding imobiliário, como a criação de fundo de investimento imobiliário (FII), nos termos da Lei 8.668/1993, que, através do administrador do FII, na condição de empreendedor, locador e/ou adquirente, investe em diversos negócios imobiliários. O FII é um condomínio fechado de valores mobiliários, representado pelas cotas adquiridas pelos investidores, cujo retorno do capital investido ocorre através da distribuição dos resultados da respectiva atividade imobiliária para a qual o FII foi constituído.
Neste contexto, surgem novos desafios aos empreendedores imobiliários e aos advogados desta área, na medida em que as atividades imobiliárias, atualmente, vão muito além dos clássicos contratos de compra e venda ou de locação.
Hoje, o advogado especializado em direito imobiliário, que se propõe a atender clientes de médio e grande porte, deve conhecer muito bem as normas que regem atividades estruturadas, como os shopping centers, os empreendimentos multiuso e os fundos de investimento imobiliário. Além disso, é fundamental deter conhecimento de outras áreas relacionadas, tais como aspectos ambientais, estruturações societárias e fiscais destas operações.
Em relação aos grandes empreendedores, o mercado exige não mais um simples volume de lançamentos. A nova ordem é buscar produtos muito bem pensados e que atendam efetivamente às expectativas do consumidor. Neste sentido, os produtos têm sido cada vez mais bem concebidos e estruturados. Não basta simplesmente comercializar apartamentos, mesmo que em grandes quantidades; torna-se necessário, por exemplo, oferecer unidades residenciais inseridas em complexo multiuso com serviços e infraestrutura que atendam efetivamente às necessidades daquele adquirente que, ali, muitas vezes, mora, trabalha e vê suas necessidades básicas de consumo atendidas. Da mesma forma, os instrumentos jurídicos de estruturação deste produto têm como maior desafio, e mesmo principal obrigação, assegurar a harmonia do convívio destas diferentes atividades sobre o mesmo empreendimento concebido.
Por conseguinte, a sofisticação do mercado imobiliário no pós-boom exige um advogado que entenda não só da lei, da doutrina e da jurisprudência, mas que também seja criativo, experiente e entenda do funcionamento do negócio do seu cliente.
Bruno Aronne é associado do Veirano Advogados e Mestre em Direito Processual pela UERJ.
Rodrigo de Castro é sócio do Veirano Advogados e Professor de Direito Imobiliário e Direito Notarial e Registral em diversas instituições.

Revista Consultor Jurídico, 1º de junho de 2013