sexta-feira, 20 de novembro de 2015


Reprodução do Estadão online
Reprodução do Estadão online


É impressionante como Eduardo Cunha continua usando o cargo para sua defesa pessoal. Hoje, Cunha decidiu abrir uma sessão extraordinária deliberativa na mesma hora em que começava a sessão do Conselho de Ética. Pelo regimento interno não podem acontecer sessões de comissões ou do conselho na mesma hora de sessões deliberativas. Por isso a sessão do Conselho de Ética foi cancelada sem a leitura do parecer do relator Fausto Pinato (PRB-SP). Enquanto Cunha permanecer como presidente vai usar a Câmara como marionete dos seus interesses. É bom que os deputados se conscientizem disso. 
FONTE BLOG DO GAROTINHO

quinta-feira, 19 de novembro de 2015


Reprodução do Portal do Planalto
Reprodução do Portal do Planalto


Ontem, depois de se reunir com os governadores de Minas Gerais e do Espírito Santo, Dilma anunciou que vai transformar a tragédia de Mariana "num caso exemplar de recuperação ambiental". Segundo Dilma, o Rio Doce ficará "melhor do que estava antes". Chegou a declarar ainda sobre o Rio Doce: "(vamos) revitalizá-lo no sentido de torná-lo novamente o rio que ele foi antes de nós, humanos, termos chegado ali". Menos, menos, Presidente Dilma! Isso lembra aquele discurso de Dilma quando disse: "vamos deixar a meta em aberto, quando atingirmos a meta, dobraremos a meta". Se o governo federal não se omitir e ajudar a recuperar a vida normal das pessoas e da região já será uma grande coisa, porque infelizmente o histórico de desastres ambientais no Brasil não tem grande exemplos de recuperação. Aliás, de acordo com o TCU, de 2009 a 2013, apenas 1,76% das multas ambientais aplicadas pelo IBAMA foram pagas, e o governo não faz muito esforço para recebê-las. Na prática, em 5 anos, só foram pagos R$ 272 mil em multas. 

FONTE BLOG DO GAROTINHO


Estes são alguns dos danos ambientais causados pela lama da barragem da Samarco


Danos vão de risco de intoxicação até a morte do rio Doce

BRUNO CALIXTO
11/2015 


As imagens aéreas de Mariana, em Minas Gerais, são impressionantes. A lama tomou conta de tudo. Cinco dias depois do rompimento de duas barragens da mineradora Samarco, bombeiros ainda procuram as vítimas e a lama já chegou ao Espírito Santo. Ainda vai demorar para sabermos a extensão do impacto que o rompimento causará ao meio ambiente – isso depende de estudos, que já começaram. Mas já é possível fazer uma previsão dos principais danos que os rejeitos de minério de ferro, despejados na natureza, podem causar. De intoxicação à morte do rio Doce, estes são os principais impactos:
A lama é ou não tóxica?
O rompimento das barragens de Fundão e Santarém despejou 62 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério de ferro no meio ambiente – a lama que podemos ver nas muitas imagens chocantes feitas após o desastre. Segundo a Samarco, essa lama não é tóxica. Ela é composta principalmente de sílica, um tipo de areia, e de ferro.
Isso, ao menos, é o que a mineradora diz. Mas sempre tem um porém. Segundo o Jornal Hoje, o serviço autônomo de água e esgoto de Governador Valadares, uma das cidades atingidas pela lama, fez uma análise química da água do rio Doce. A análise encontrou alto índice de ferro, o que era esperado, mas também "uma grande quantidade de mercúrio". O mercúrio é altamente tóxico. Segundo oMinistério do Meio Ambiente, ele pode "afetar o cérebro, o coração, os rins e pulmões e o sistema imune dos seres humanos". Isso se as pessoas forem expostas a grandes quantidades de mercúrio e por tempo prolongado. Ainda não é certo que o mercúrio tenha vindo especificamente da lama de rejeitos, mas essa é uma possibilidade que precisa ser analisada.
Nada crescerá na área tomada pela lama
Se considerarmos que a lama é segura do ponto de vista da saúde humana, o maior impacto que ela causará será no meio ambiente. Esses rejeitos devem deixar o solo de toda a área atingida infértil. Oportal G1 entrevistou professores da UFRJ que explicam como isso acontece. Segundo eles, o resíduo é pobre em material orgânico, e por isso não favorece o nascimento de plantas ou de vegetação. Aos poucos, a lama vai secando, criando uma capa ressecada no solo onde nada nasce. É como se a terra fosse "cimentada". Hortas e roças de pequenos agricultores estarão inviabilizadas.
As nascentes foram soterradas
O pior impacto, sem dúvida, será no rio Doce. O jornal O Tempo, de Minas Gerais, falou com responsáveis por um projeto que monitora os impactos ambientais nos rios mineiros. O cenário que os pesquisadores descrevem é devastador. A lama deverá matar peixes, algas, invertebrados, répteis e anfíbios. Ou seja, toda a vida que depende do rio. As nascentes, locais importantes para as espécies de peixes do rio se reproduzirem, foram soterradas pelos rejeitos, comprometendo a saúde do rio, das espécies e o abastecimento de cidades. No curto prazo, o leito do rio se tornará estéril.
A maior tragédia ambiental de Minas
É possível que o rompimento das barragens represente o maior dano ambiental da história de Minas Gerais. Talvez até do Brasil. Ao descer pelo rio Doce, a lama afetou 15 municípios. Desses, apenas um não depende exclusivamento do rio para abastcimento de água. Alguns municípios já interromperam o abastecimento. A expectativa é que500 mil pessoas fiquem sem água. Ao seguir o curso do rio Doce, os 62 milhões de metros cúbicos de lama da Samarco percorreram um trajeto de cerca de 400 quilômetros até chegar na costa do Espírito Santo. É muita lama.
FONTE: http://epoca.globo.com/
11/2015

Reserva ambiental no RJ ajuda no abastecimento de reservatório

Mata atlântica na reserva do Tinguá faz parte do ciclo natural da água.
Região é responsável por abastecer 92 mil pessoas em Nova Iguaçu.

Do G1 Rio

Após a chuva dos últimos dias, a represa de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, voltou a ficar cheia, como mostrou o Bom Dia Rio. Mesmo durante a estiagem, o nível de água no local quase não foi afetado. O segredo foi uma joia da mata atlântica: a reserva biológica do Tinguá. O fornecimento de água quase não foi prejudicado.
Na reserva, a companhia de abastecimento tem 32 estações de captação de água, que abastecem um reservatório. Com o funcionamento normal, a vazão para captação é de 520 litros por segundo. Durante a crise hídrica, o número já foi reduzido para 170 litros por segundo, quase um terço da vazão atual.
Durante a crise, alguns bairros de Nova Iguaçu ficaram sem água. Mas a Cedae afirma que a preservação da vegetação nativa ajudou a diminuir a seca na represa. A mata atlântica é fundamental no ciclo das águas. Ela protege a cobertura do solo para não ser ressecado pelo sol e libera, como uma esponja, a água retida.
“A água cai da chuva, infiltra pelo solo, abastece os rios normais, abastece os rios subterrâneos e chega ao mar”, explica Flávio Silva, o chefe da Reserva Biológica do Tinguá.
A partir daí, o ciclo segue. Os raios solares fazem a água do mar evaporar, formam-se nuvens e chove de novo.

A represa é responsável pelo abastecimento de 92 mil pessoas em Nova Iguaçu. Para especialistas, a reserva ambiental é uma joia, porque a água é de boa qualidade e a floresta é preservada.
FONTE: http://g1.globo.com/

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Por que falta água no Brasil?

Somos o país mais abastado em recursos hídricos do mundo. Corrupção, falta de investimentos e inversão de prioridades quase sempre são o motivo para a falta d’água.
POR Camila Almeida EDITADO POR Felipe Van Deursen

SecaAndre Felipe/Getty Images
Moradora da cidade de Acauã, no Piauí, carrega balde na cabeça em meio à seca

Problemas de gestão estão no leito da escassez brasileira. Nossa fartura fez com que nunca tivéssemos o assunto como prioridade. Olhando para a América do Sul, o Brasil está atrás de Bolívia, Peru, Argentina, Venezuela e Chile no uso sustentável da água, segundo ranking de desempenho ambiental da Universidade Yale.
No saneamento básico, também vamos mal. Estamos com índices inferiores aos de Argentina, Chile e Uruguai. Isso custa caro. Em um ano, 400 mil pessoas são internadas no País por diarreia, causada pela má qualidade da água, e custam para o SUS R$ 140 milhões. Gastos que poderiam ser poupados. Para cada dólar investido em saneamento, o retorno é de US$ 5 em custos evitados.
O problema não é só a falta de investimentos. Mesmo quando existem, podem ter seu curso alterado. Em abril, o Ministério Público Federal denunciou desvio de verbas destinadas à construção de um sistema de abastecimento em Farias Brito (CE).
Já em Palhoça (SC), foi instaurada uma CPI das Águas, para investigar desvios de R$ 10 milhões nos serviços de água e esgoto. Os atrasos na Transposição do São Francisco já dobraram o custo da obra. E foram encontrados R$ 776,2 milhões em sobrepreço e serviços desnecessários.

Bons exemplos existem?

Do Japão a Minas Gerais, veja as histórias de quem sabe usar a água.
No Japão, não se desperdiça água: as pessoas se lavam em banheiras, que têm a água compartilhada por toda a família. Em algumas casas, a água do banho cai direto na lavanderia. Todas as descargas têm a opção de despejar dois níveis diferentes de água. Nos lava-rápidos, toda água gasta na lavagem dos carros é captada, tratada e reutilizada.
Em Cingapura, país com a melhor gestão de água do mundo, todo o ciclo da água é levado em conta: desde a coleta de água da chuva até o tratamento da água utilizada. No mundo, há 21 países empatados no 1º lugar nos quesitos acesso à água e saneamento, com 100% da população contemplada.
Apesar de não fazer grandes investimentos em tecnologia inteligente para o uso de água, o Brasil também tem bons exemplos.Uberlândia (MG) é a cidade campeã do saneamento: 100% da população é abastecida e 99% do esgoto coletado. E ainda conta com planejamento traçado para os próximos 55 anos.
FONTE: http://super.abril.com.br/

terça-feira, 17 de novembro de 2015

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Notícias sobre meio ambiente em Campos,no Estado do Rio,no Brasil:Saiba mais lendo,curtindo e seguindo:
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Mudança climática não tem passaporte e não conhece fronteiras, diz Ban Ki-moon

Criado em 011/15 Por Laura Gelbert Fonte:Rádio ONU

Em evento de alto nível na sede das Nações Unidas, em Nova York, nesta quarta-feira, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, declarou que a "mudança climática não tem passaporte e não conhece fronteiras nacionais". 
Ele afirmou ainda que um "acordo significativo" sobre a questão deve ser "universal e justo".

COP 21

A expectativa é de que um acordo seja alcançado durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, conhecida como COP 21, que ocorre em Paris entre 30 de novembro e 11 de dezembro.
O chefe da ONU afirmou que o "mundo estabeleceu um prazo para a conclusão de um acordo climático universal" e que este prazo está "a apenas 4 semanas de distância".
Ban disse que está "otimista" com a possibilidade de os governos firmarem  o acordo em Paris e que "há pedidos de todos os setores da sociedade para que façam isso".

Contribuições Nacionais

Ele afirmou que até o fim de outubro, 155 países submeteram seus planos climáticos, conhecidos como Contribuições Voluntárias Nacionais, Indcs, que cobrem cerca de 90% das emissões globais.
O chefe da ONU elogiou os governos que enviaram os documentos e apelou aos restantes que compartilhem suas contribuições o mais rápido possível, antes da conferência em Paris.
Para o secretário-geral, estes planos fornecem um "ponto de partida" para o "destino final": um mundo com o aumento da temperatura global limitado a menos de 2º Celsius.

Negociações

No entanto, apesar de meses de negociações, "assuntos chave" permanecem em jogo.
Ban disse que vai fazer um apelo a líderes mundiais para que digam a seus negociadores que este é o momento de consenso e acordo.
Para o secretário-geral, "os países devem trabalham em direção ao interesse comum, além de interesses nacionais".

Acordo

O chefe da ONU apontou aspectos que acredita serem necessários para que o acordo em Paris seja bem sucedido.
Segundo Ban, o acordo deve ser "durável e flexível" e deve demonstrar "solidariedade com os países mais pobres e vulneráveis".
Ele afirmou que o tratado também deve ser "credível em sua resposta à urgência da mudança climática", inclusive fornecendo meios financeiros, entre outros, para apoiar esta resposta.
Para o secretário-geral da ONU, o acordo deve "encontrar um equilíbrio entre o papel de liderança dos países desenvolvidos e a crescente responsabilidade dos países em desenvolvimento de agir de acordo com suas capacidades e respectivos níveis de desenvolvimento".
Ele disse ainda que Paris deve incluir mecanismos "claros e confiáveis" para medir, monitorar e relatar progressos de forma transparente.

Recursos

Ban destacou que um acordo deve também prever meios de implementação, incluindo o financiamento climático.
Entre outros pontos, o chefe da ONU disse que os países desenvolvidos devem manter sua promessa de fornecer US$ 100 bilhões por ano até 2020.
Ele pediu que estas nações façam promessas financeiras públicas, antes do encontro em Paris e que equilibrem tanto necessidades de adaptação quanto de mitigação.
Para Ban, isto é essencial para a construção da confiança necessária para assegurar um "acordo universal e significativo".
FONTE: http://www.ebc.com.br/

Prêmio pela boa gestão da água: não é o momento de comemorar


Outubro 2015 
Apesar do Brasil possuir uma Política Nacional de Recursos Hídricos, criada pela Lei 9.433/1997, o que temos presenciado desde então não pode ser considerado muito animador. O tema vem sendo negligenciado na pauta política e, consequentemente, os investimentos têm sido insuficientes para implementar a referida lei. Além disso, as mudanças climáticas têm tido efeito devastador para a segurança hídrica nacional, comprovando que não estamos preparados para enfrentar eventos extremos como secas e inundações. A crise hídrica que atualmente enfrentamos é, sobretudo, uma crise de governança.

Tudo isso fica muito visível na crise hídrica de São Paulo. Já se sabia da possibilidade de riscos no abastecimento de água na megalópole paulista desde meados de 2004 quando a Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp) renovou a outorga do Sistema Cantareira. A licença só foi concedida pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) com a condição de que outras alternativas de abastecimento fossem encontradas, pois já se sabia que o Cantareira seria insuficiente para suprir a crescente demanda da atualidade e das próximas décadas.

Nesse mesmo período, o WWF-Brasil entregou ao governador Geraldo Alckmin uma carta solicitando providências para os reservatórios da região, após um sobrevoo que nos permitiu comprovar a situação deles. Estudos e documentos como os Planos das Bacias do PCJ e Alto Tietê (2004 e 2009 respectivamente), o Atlas de Abastecimento Urbano da Agência Nacional de Águas de 2011 e o Plano Diretor da Macro Metrópole Paulista de 2013, também alertaram para uma crise de abastecimento. Nada foi feito. 

Em fevereiro de 2014, a escassez de água em São Paulo começou de verdade com a queda do nível do reservatório do Cantareira para menos de 20%, a pior marca em 40 anos. O governo de São Paulo minimizou o problema e negou que a crise hídrica fosse grave – sendo que o Brasil sediaria a Copa do Mundo em junho. A negação continuou mesmo após o fim da Copa, já com o uso do volume morto dos reservatórios e a população sofrendo em diversos bairros da Grande São Paulo.

A posição do governo estadual continuou a mesma: negar a existência do racionamento e da crise. Somente em fevereiro de 2015, o governo Alckmin reconheceu, pela primeira vez, a gravidade da situação e, subitamente, tentou acelerar as obras de transposição e interligação de reservatórios, atropelando licenças ambientais e audiências públicas sob a justificativa da emergência e da gravidade da situação – que, como mencionado acima, nunca antes tinha sido reconhecida. 

Somado ao já exposto, o governo de São Paulo jamais se posicionou publicamente a respeito dos polêmicos contratos dos grandes usuários privados de água da cidade, o que gerou revolta nos moradores dos bairros afetados pelo racionamento. Após o lançamento do aplicativo “tá faltando água”, foi registrada mais de uma notificação por minuto, resultando em mais de 1200 denúncias de casos de escassez na região metropolitana – esse número não considera sobreposições, ou seja, mais de uma notificação no mesmo endereço.

Por todos os motivos expostos, o WWF-Brasil considera inaceitável que o governador de São Paulo Geraldo Alckmin receba um prêmio pela boa gestão dos recursos hídricos oferecido pela Câmara dos Deputados. O gesto representa um acinte não só à população de São Paulo como a do Brasil. O momento não é de premiações e celebrações. Há muito trabalho a ser feito e a crise hídrica da megalópole paulistana ainda não foi resolvida.

O WWF-Brasil vem a público requerer um conjunto de ações que são necessárias para a superação da crise de escassez de água que afeta São Paulo e o país:

A aprovação do Projeto de Lei (PL) que cria a Política Nacional de Serviços Ambientais pois é um instrumento necessário para a proteção de mananciais e nascentes em larga escala e para a geração de renda e a criação de um mercado verde da restauração florestal, além de possibilitar a melhoria da qualidade e da quantidade de água no país. O PL tramita desde 2007.

A criação de um marco regulatório de re-uso da água no paísinexistente até o momento, mas que poderia ser uma solução ambiental e economicamente atrativa para o setor privado, possibilitando a redução de custos de produção industrial, a pressão sobre os reservatórios e a competição entre grandes usuários de água.

O WWF-Brasil mantém um programa dedicado à gestão e à conservação da água e dos ecossistemas aquáticos do país há 14 anos e coloca-se inteiramente à disposição para apoiar e colaborar com o Governo de São Paulo e com a Câmara dos Deputados para pôr em prática ações concretas que beneficiem toda a sociedade e garantam o direito de acesso à água, reconhecido como direito humano básico pela Organização das Nações Unidas.

FONTE: WWF BRASIL

segunda-feira, 16 de novembro de 2015


Manifestante usa máscara de Eduardo Cunha e simula estar atrás das grades no protesto de sexta-feira em São Paulo
Manifestante usa máscara de Eduardo Cunha e simula estar atrás das grades no protesto de sexta-feira em São Paulo


Eduardo Cunha está jogando todas as fichas no regimento interno da Câmara para seguir no na presidência da Câmara mesmo agonizando. Aceitou a abertura de processos contra Chico Alencar e Jean Wyllys, ambos do PSOL, com o intuito de encher a pauta do Conselho de Ética e atrasar a apreciação do seu caso. Cunha tem dito a aliados que pode aceitar outros pedidos de processo, no momento há 24 na gaveta, tudo para tumultuar o trabalho do Conselho de Ética. O relator Fausto Pinato (PRB-SP) vai entregar seu parecer inicial até quinta-feira. Deve relatar pela admissibilidade do processo, porém, pelos planos de Cunha e suas manobras, a decisão dos 21 membros do conselho só deverá acontecer - na melhor das hipóteses - em fevereiro, depois do recesso. Por isso se a oposição não se movimentar para pressionar Cunha obstruindo as sessões, ele vai continuar no cargo por vários meses. Será uma situação surreal, a menos que o STF decida afastá-lo do cargo, caso ele se torne réu na Lava Jato. 

FONTE BLOG DO GAROTINHO

Pecuária: em vinte anos, rebanho bovino do Amazonas cresceu três vezes mais que a média nacional


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 Outubro 2015  |  0 Comments
Por Jorge Eduardo Dantas

Manaus (AM) - Um estudo inédito, divulgado no início desta semana, revelou que o rebanho bovino do Amazonas cresceu 73% entre 1990 e 2012 - este índice é superior à média de crescimento nacional, que foi de 24% no mesmo período. 

Esse e outros dados foram divulgados na tarde da última segunda-feira (5), durante o lançamento da publicação “A Cadeia Produtiva da Carne Bovina no Amazonas”, produzida pelo Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (Idesam) e pelo WWF-Brasil.

O livro traz um diagnóstico sobre a produção e o consumo de carne de boi, com informações sobre o rebanho, o abate, a produção, o transporte e o consumo; e sobre os atores sociais envolvidos nesta cadeia produtiva. 

Segundo o estudo, que foi apresentado por um de seus autores – o gerente do Programa de Produção Rural Sustentável do Idesam, Gabriel Carrero – o Amazonas possui hoje um rebanho de 1,3 milhões de cabeças de gado, distribuídos por 17 mil propriedades rurais.

É possível baixar gratuitamente o estudo no link situado à direita.

Crescimento

As cidades de Apuí, Boca do Acre e Manicoré, no Sul do Estado, são os municípios com o maior número de cabeças de gado, com 54% do rebanho de corte do território. Eles também são aqueles com maior área desmatada, ficando evidente que eles têm sido o "motor" da atividade no Estado e onde a pecuária deve crescer mais rapidamente nos próximos anos. 

Uma informação trazida no relatório mostra que, nos últimos vinte anos, o Sul do Amazonas viu um enorme crescimento em seu rebanho: em 1990, eram 100 mil cabeças de gado; em 2012, este número era de 700 mil. 

Outros dados mostraram que, apesar desses números, a produção bovina amazonense ainda é muito baixa – 0,06 animais por hectare; e média de 75 animais por propriedade rural.

Clandestinos

Descobriu-se ainda que o Estado tem 52 abatedouros em todo o seu território. Mas apenas 15 (29%) deles são legalizados, o que configura um enorme risco sanitário para a população do interior – já que o abate do gado é feito em propriedades rurais e sem qualquer tipo de controle ou fiscalização. 

Outras constatações do relatório foram o fato de que a maior parte (70%) da carne bovina consumida pelos amazonenses vem de outros Estados, principalmente do Acre e de Rondônia; e que o consumo de carne de boi cresceu 8% entre 2002 e 2008 no Amazonas – ao contrário do consumo de peixe, que caiu quase 20% no mesmo período, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Debate

O lançamento da publicação foi seguido de um debate, que contou com a participação de órgãos do poder público, do empresariado e de entidades representativas do setor. 

Entre as questões discutidas na ocasião, estava a adoção de novas tecnologias que pudessem aumentar a produtividade da pecuária amazonense; as condições de transporte de gado no interior, que ainda são muito precárias; e a regularização fundiária, que poderia dar segurança jurídica e promover o acesso a benefícios e linhas de créditos para os produtores rurais.

Questão fundiária

Para o especialista em pecuária sustentável do WWF-Brasil, Ivens Domingos, o grande problema da pecuária do Amazonas é a dificuldade de promover a regularização fundiária.

“Sem essa regularização, os produtores têm dificuldades de acesso a financiamentos e não aderem ao Cadastro Ambiental Rural (CAR). Isso torna mais difícil a implementação de boas práticas produtivas, que é o que nos interessa”, afirmou o especialista.   

Segundo Ivens, a melhoria da eficiência, por meio das boas práticas, pode ajudar na redução do desmatamento, na adesão ao CAR e na fiscalização das propriedades rurais.  

“É importante notar que já existem boas iniciativas em andamento, como as ações desenvolvidas pelo Idesam com as unidades demonstrativas em Apuí. Então temos exemplos de práticas que devem ser fortalecidas e expandidas para outros municípios do Sul do amazonas”, disse Ivens.

O diretor-executivo do Idesam, Carlos Gabriel Koury, afirmou que a publicação do estudo é um primeiro passo para uma discussão mais qualificada sobre a pecuária no Amazonas. “Sentimos que as boas práticas na pecuária é um tema que precisa ser fomentado e debatido, e que tem uma relação muito próxima com a questão climática”, declarou.

Fundamental importância

O WWF-Brasil acredita que a parceria com o setor produtivo é de fundamental importância para que os objetivos de produzir sem destruir a natureza sejam alcançados, garantindo a sustentabilidade ambiental para as futuras gerações.

Desde 2003, trabalhamos com a Pecuária Orgânica no Pantanal e buscamos definir, de maneira transparente e participativa, princípios e padrões comuns a serem adotados pelo setor, que garantam o desenvolvimento de uma pecuária sustentável, socialmente justa, ambientalmente correta e economicamente viável.

FONTE: WWF BRASIL