sábado, 14 de novembro de 2015

Por que as formigas desapareceram de região no sul da Argentina

Cientistas descobrem efeito colateral 'indesejado' do plantio de árvores em zona árida na Patagônia.

Laura PlittDa BBC Mundo
O estudo mostra que o reflorestamento pode ter grandes consequências em um escossistema e que precisa ser analisado com cautela (Foto: Amy Austin)O estudo mostra que o reflorestamento pode ter grandes consequências em um escossistema e que precisa ser analisado com cautela (Foto: Amy Austin)
Um dos inúmeros benefícios que as árvores prestam à humanidade é o de absorver parte do dióxido de carbono da atmosfera.
E, com a ameaça do aquecimento global causado pelo homem com a emissão em grandes quantidades de gases do efeito estufa, plantar árvores parece ser a "estratégia perfeita": mais árvores significam mais absorção de CO2 que, por sua vez, geram menos aquecimento.
Mas alguns pesquisadores alertam para a importância de se observar o ecossistema de cada região antes de optar pelo plantio desenfreado de árvores. Em uma região da Patagônia, no Sul da Argentina, por exemplo, as formigas desapareceram justamente por causa de um desequilíbrio no sistema causado pelo florestamento (plantio de árvores em região em que não havia floresta).

No sul da Argentina, a poucos quilômetros de San Martín de los Andes, na província de Neuquén, foram plantadas árvores tanto em lugares áridos, como em úmidos. Esse tipo de florestamento não planejado permitiu a Amy Austin, pesquisadora do Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas da Universidade de Buenos Aires, e a sua equipe estudar o impacto disso em ecossistemas a longo prazo.
"O que vimos é que plantar espécies exóticas tem um efeito sobre todos os aspectos do funcionamento dos ecossistemas", disse a pesquisadora.
"Vimos mudanças na produtividade primária (isto é, no crescimento das plantas nativas), alterações na abundância da fauna do solo, nas cadeias alimentares, na decomposição e reciclagem do carbono, e não sabemos quais serão as consequências dessas mudanças", completou.
O que Austin e Arzac conseguiram observar nesse tempo foi uma diminuição considerável da presença de formigas nesta região da Patagônia.
 Na Patagônia argentina foram reflorestados cerca de 70 mil hectares  (Foto: Amy Austin)Na Patagônia argentina foram reflorestados cerca de 70 mil hectares (Foto: Amy Austin)
"Diminuiu abruptamente a abundância desses organismos (artrópodes) nessas regiões de reflorestamento e quase desapareceram alguns grupos específicos como os solifugae, que são artrópodes predadores, e as formigas", explicou Arzac.
"Esse tipo de plantações geralmente traz formigas mais exóticas que vivem com essas espécies e acabam invadindo e dominando a biodiversidade natural."
"Mas aqui aconteceu o contrário e não sabemos por quê. Pode ser que tenha sido por causa da sombra que as árvores criam ou pelas mudanças na química do solo. Isso é algo que ainda vamos estudar", diz.
Importância
O desaparecimento das formigas pode parecer algo pouco relevante, mas elas cumprem funções essenciais nos ecossistemas - como a reciclagem de nutrientes, segundo as pesquisadoras. "Além disso, elas afetam a dinâmica da vegetação, dispersando as sementes e ainda ajudam a regular outras populações de insetos", diz Arzac.
Fazendo uma análise mais cautelosa, Austin classifica esses efeitos como indesejados – em vez de negativos – já que ainda não houve estudo mais profundo sobre o verdadeiro impacto dessa florestamento.
o caso da Patagônia argentina, os programas de florestamento foram iniciados nos anos 1970. Naquele momento, o Estado estimulava essa atividade para aumentar a produção de celulose e papel.
 As folhas do pinheiro não se decompõem tão fácil na terra  (Foto: Amy Austin)As folhas do pinheiro não se decompõem tão fácil na terra (Foto: Amy Austin)
E ainda que as árvores analisadas pelo grupo de Austin não tenham sido plantadas com a intenção de captar CO2, elas representam um bom caso de estudo, justamente por sua idade de quase quatro décadas. Nesse período, elas passaram por diferentes experiências de precipitações, já que algumas foram plantadas em zonas áridas, tais como pastagens, e outras em lugares de floresta nativa.
Cautela
Nesse sentido, Austin põe em xeque a estratégia do plantio de árvores com o objetivo de reduzir o CO2 da atmosfera. Ao menos no caso da Patagônia, onde houve florestamento com pinheiros espaçados por onde não havia árvores.
"Como estratégia para diminuir o carbono, a ação não teve muito sucesso, pelo menos nesse ecossistema local", explica a cientista.
O problema dos pinheiros é que eles soltam muitas pinhas e essas folhas secas têm muitos compostos que não se dão com os organismos que vivem no solo. Assim, as folhas demoram mais para se decompor na terra.
Isso significa que esse acabou não sendo o mecanismo mais eficiente na hora de tirar o carbono da atmosfera. Por isso, no caso da implementação dessa estratégia na Patagônia, "os custos superam os benefícios."
Amy Austin e sua equipe trabalhando na região da Patagônia (Foto: Amy Austin)Amy Austin e sua equipe trabalhando na região da Patagônia (Foto: Amy Austin)
Mas o que aconteceria se essas árvores fossem cortadas? "Ainda não sabemos se os ecossistemas poderiam voltar ao que eram antes", disseram as pesquisadoras.
"Não quero dizer categoricamente que reflorestar é bom ou ruim, mas a minha mensagem é que quando o foco disso é centrado unicamente em diminuir a quantidade de carbono no ecossistema, perde-se a perspectiva sobre os efeitos colaterais disso", diz Austin.
Se a ideia é plantar árvores com esse fim, é uma estratégia que precisa ser implementada com cuidado, alerta a pesquisadora.
FONTE: http://g1.globo.com/

sexta-feira, 13 de novembro de 2015


Reprodução do Brasil 247
Reprodução do Brasil 247


Movimentos sociais estão convocando pelas redes sociais manifestações na maioria das capitais contra Eduardo Cunha. Cresce a mobilização popular pelo afastamento de Cunha da presidência.


Reprodução do Facebook
Reprodução do Facebook
FONTE BLOG DO GAROTINHO

Petróleo, gás e mineração ameaçam quase um terço dos Patrimônios Naturais Mundiais


 Outubro 2015  
Londres -  - Quase um terço de todos os locais pertencentes à lista de Patrimônio Mundial Natural está ameaçado pela exploração de petróleo, gás e mineração. A informação foi divulgada no novo relatório “Protegendo um Excepcional Valor Natural”, produzido pelo WWF, Aviva Investors and Investec Asset Management, e que ressalta ainda o risco para os investidores que trabalham ou possuem a intenção de trabalhar com empresas que atuam com extração nesses lugares ou próximos a eles.

Patrimônios Mundiais Naturais (ou World Heritage Site, em inglês) são lugares de enorme valor natural, como o Grand Canyon, a Grande Barreira de Corais e a Reserva Selous Game, na Tanzânia. Cobrindo menos de 1% do planeta, eles contêm um enorme valor natural, como paisagens singulares e alguns dos animais mais raros da Terra, como gorilas da montanha, elefantes africanos, leopardos da neve, baleias e tartarugas marinhas.

De acordo com o relatório, os pontos de Patrimônio Mundial Natural estão em risco mais elevado do que jamais se pensou até então.

As ameaças estão relacionadas às operações em atividade ou à entrada de empresas para concessão de exploração de minérios, petróleo ou gás, e podem causar danos irreparáveis aos locais à biodiversidade, além de prejudicar as comunidades que tiram dali sua subsistência. No mundo todo, a maior ameaça está na África, onde o risco atinge 61% desses locais.
  
No relatório, os investidores estão sendo alertados dos riscos que correm ao apoiarem essas empresas - tanto riscos financeiros quanto de reputação. Em resumo, neste caso, há muito risco envolvido para um retorno que não é o suficiente.

O documento convida potenciais financiadores e apoiadores a:

•    Buscar informações se as empresas em que estão investindo, ou considerando investir, possuem concessões ou operações dentro de lugares considerados Patrimônios Mundiais Naturais;

•    Abordar diretamente companhias que trabalham nesses locais ou próximos a eles e as encorajar a mudar seus planos;

•    Considerar retirar o investimento nessas companhias se não forem tomadas medidas para sair desses lugares, e ainda divulgar o fim do apoio e as razões para isso.

O desenvolvimento alternativo e sustentável dos Patrimônios Naturais Mundiais é uma proposta muito melhor para resguardar tanto o futuro dos recursos naturais quanto o das comunidades locais, nacionais e globais. A preservação desses locais e de seus ecossistemas pode fornecer, a longo prazo, benefícios significativos, visto que:

•    93% dos Patrimônios Mundiais Naturais promovem o turismo e a recreação;
•    91% deles geram empregos;
•    84% deles contribuem para a educação.

O WWF convoca investidores a usar as evidências desse relatório para abordar as companhias de extração e encorajá-las a adotar compromissos significativos de “não atuação” e “não impacto” nos Patrimônios Mundiais Naturais, além de divulgar de forma proativa as operações em atividade (existentes, ou em vias de existir), dentro ou nas proximidades de Patrimônios Mundiais Naturais.

De acordo com o diretor-executivo do WWF do Reino Unido, David Nussbaum: “nós estamos indo aos confins da Terra em busca de mais recursos – incluindo minérios, petróleo e gás, que estão cada vez mais caros e difíceis de serem extraídos. Com isso, alguns dos lugares mais preciosos do mundo estão ameaçados por atividades industriais destrutivas que põem em perigo os valores pelos quais eles foram agraciados com o maior nível de reconhecimento do planeta”, comenta.

“Proteger esses locais únicos não é somente importante do ponto de vista ambiental, é crucial para o sustento e o futuro da população que depende deles. Os investidores têm uma oportunidade única assim como uma responsabilidade de administrar seu capital e desenhar nosso futuro”, completa Nussbaum. 

FONTE: WWF BRASIL

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Plano de Desenvolvimento Sustentável é a nova chance para o planeta


Setembro 2015  
Não é sempre que os governos de todo o planeta aprovam de forma unânime um acordo complexo do ponto de vista político e técnico. Foi isso que ocorreu nesta sexta-feira, 25/9, com a nova agenda de Desenvolvimento Sustentável, das Nações Unidas. O acordo “Transformando o nosso mundo: agenda para o desenvolvimento sustentável até 2030” é a melhor chance de eliminar a pobreza, promover a prosperidade e proteger o meio ambiente.

Atualmente, o planeta enfrenta questões urgentes que ameaçam o bem-estar de comunidades e o meio-ambiente. Esse histórico plano de 15 anos pretende assegurar alimentos, água e segurança elétrica para as futuras gerações.

“Poucas vezes na história os governos tomaram decisões que beneficiam as pessoas e o meio ambiente e nunca antes nesse nível tão ambicioso”, afirma Yolanda Kakabadse, presidente do WWF Internacional. A Agenda até 2030 e seus 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável vão ajudar a melhorar a qualidade de vida de 8,5 bilhões de pessoas em todo o planeta, por meio da conservação dos oceanos, da água doce e das florestas. “Esse acordo é melhor do que esperávamos, tem muito a ver com a nossa sobrevivência”, completa.

Para Kakabadse, os líderes políticos devem implementar as medidas mencionadas na Agenda urgentemente. “Eles devem manter a coragem que tiveram hoje e começar a por em prática todas as ações nas quais se comprometeram a nível econômico, social e ambiental, de forma transparente. Países do norte, sul, leste e oeste devem desempenhar o seu papel. A conclusão de um novo acordo climático global também é necessária para a agenda de desenvolvimento alcançar seus objetivos”, avalia.

Obter países para fornecer trilhões de dólares em financiamento é uma tarefa difícil. Mas tão importante quanto isso é ter certeza de que o dinheiro gasto está sendo utilizado de forma inteligente a partir de escolhas diferenciadas. É fundamental que o dinheiro se distancie de práticas prejudiciais e de desperdício - como a dependência de combustíveis fósseis -, e que se mova em direção ao desenvolvimento de políticas sustentáveis que ajudem o meio ambiente e apoiem os meios de subsistência.

O WWF tem trabalhado desde o início do processo para ter certeza de que o plano coloca o planeta rumo a um desenvolvimento verdadeiramente sustentável e que inclui os elementos ambientais que lhe proporcionam a melhor chance de sucesso. WWF vai trabalhar para garantir que os líderes vivam de acordo com os seus compromissos, ao mesmo tempo, em que trabalham com governos, empresas e comunidades.

"Ponto de partida: o mundo se reuniu hoje e demonstrou que as soluções reais são possíveis e alcançáveis quando trabalhamos em unidade e deixamos a política de lado. Agora vamos fazer isso acontecer juntos", concluiu Kakabadse.

FONTE: WWF BRASIL

segunda-feira, 9 de novembro de 2015


Pezão; abaixo, manchete de O Dia online
Pezão; abaixo, manchete de O Dia online


Pezão se elegeu governador, mas não age como tal, a verdadeira função dele hoje é de administrador de massa falida. O governo não produz nada de bom e Pezão não cobra nenhum secretário. É claro que falta dinheiro, mas o secretariado de Pezão é muito, mas muito fraco, falta competência, e na crise fica todo mundo parado torcendo para cair dinheiro do céu.

Aviso aos navegantes: A ordem de Pezão é até o final do ano empurrar com a barriga pagamentos de fornecedores, jogar para 2016. Só grandes fornecedores e empresários com fortes ligações com a turma do PMDB é que podem receber, com o aval direto de Pezão. Algumas dívidas de 2014 vão ser empurradas para 2016. 

domingo, 8 de novembro de 2015

Aquecimento solar, biodigestores e energia gerada nos telhados são iniciativas já testadas no Minha Casa Minha Vida

Publicado em outubro 30, 2015 por 
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Venda de energia solar gerada nos telhados, aquecimento solar de água do chuveiro e biodigestores são iniciativas testadas pelo programa
O programa Minha Casa Minha Vida, além de melhorar a qualidade de vida de mais de 9,6 milhões de famílias com renda salarial de até um salário mínimo, também ajuda na preservação do meio ambiente com as ações sustentáveis adotadas em suas construções.
Replicadas em empreendimentos País afora, essas soluções são muitas vezes simples, mas têm forte impacto positivo na qualidade dos condomínios e no bolso dos moradores.
Confira algumas das ações implementadas:
Aquecimento solar de água
Mais de 224 mil famílias beneficiadas em todo o País contam com um sistema de aquecimento solar de água do chuveiro. Segundo a Associação Brasileira de Ar Condicionado, Refrigeração, Ventilação e Aquecimento (Abrava), além de não poluir, a utilização desse sistema pode reduzir a conta de luz em até 30%.
Microusina de energia solar
Os 9.144 painéis fotovoltaicos instalados nos telhados transformaram os condomínios Praia do Rodeadouro e Morada do Salitre, em Juazeiro, no sertão baiano, em uma microusina de energia solar com potencial para produzir 2,1 Mega Watts (MW), o suficiente para abastecer 3,6 mil domicílios em um ano.
O projeto-piloto fez das mil famílias sócias do empreendimento. A energia vendida à distribuidora local rendeu R$ 1,89 milhão líquido entre fevereiro de 2014 e junho deste ano. O valor economizado é dividido. Parcela de 60% vai para o bolso das famílias, outros 30% abastecem um fundo de investimentos para o condomínio e a associação de moradores e os 10% restantes pagam as despesas de manutenção dos residenciais.
Em números, cada condomínio arrecada cerca de R$ 60 mil mensais, o que permitiu financiar centro comunitário, sala de informática, parada de ônibus, sinalização de trânsito e atendimentos médicos semanais. Cada família recebeu R$ 1.133 até junho, o que dá uma média de R$ 70 mensais, valor capaz de cobrir as prestações mensais do Minha Casa Minha Vida, que variam de R$ 25 a R$ 80.
Biodigestores

O Minha Casa Minha Vida Rural começou a incluir biodigestores nas residências entregues pelo País em 2014. Atualmente, 335 famílias de agricultores fazem uso desta tecnologia em Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Goiás.
Os biogestores são equipamentos que processam matéria orgânica, como dejetos animais e restos de alimentos, transformando-os em biogás e biofertilizantes. Com eles, os agricultores podem produzir energia elétrica, gás de cozinha, adubo orgânico para capim e plantações, incluindo pomares, sem alterar o sabor dos alimentos. Pelas contas de José Jackson, pequeno agricultor de Itaberaí (GO), a 100 km de Goiânia, a economia com biodigestor deve chegar a R$ 1,5 mil por ano.
Desenvolvimento Sustentável 
A estratégia de Desenvolvimento Integrado e Sustentável de Territórios (DIST) nasceu da necessidade de criar projetos nas áreas de saúde, ambiente, cultura, comunicação, esporte, lazer e formação técnica profissional para famílias de baixa renda que vivem em empreendimentos do Minha Casa Minha Vida.
Um dos projetos bem-sucedidos do DIST é o “Guerreiros sem Armas”, implantado pelo Instituto Elos na Baixada Santista. Ele funciona em um galpão que recebe crianças diariamente para atividades culturais como oficinas de fanzine, cinema de rua e festas culturais.
Casas de madeira (Wood Frame)
Nem todos os imóveis entregues pelo Minha Casa Minha Vida são de alvenaria. Uma tecnologia sustentável a seco homologada por Caixa e Ministério das Cidades possibilita a construção de casas de madeira.
O método alemão conhecido como wood frame (quadro de madeira) reduz em 75% a demanda por mão de obra e ainda minimiza o impacto ambiental da construção, uma vez que a opção por matérias-primas renováveis gera apenas 25% dos resíduos de um canteiro comum.
Selo Casa Azul
Criado pela Caixa Econômica Federal em 2010, o Selo Casa Azul é uma classificação socioambiental de projetos habitacionais financiados pelo banco para reconhecer empreendimentos que adotem soluções eficientes na construção. O selo possui 53 critérios de avalição e seis categorias: qualidade urbana, projeto e conforto, eficiência energética, conservação de recursos materiais, gestão da água, e práticas sociais.
Fonte: Caixa

in EcoDebate, 10/2015

sábado, 7 de novembro de 2015

"A boa notícia é que, atualmente, a Antártida não está contribuindo para o aumento do nível do mar. Na verdade, está tirando 0,23 milímetros por ano". A má notícia? O estudo não está de acordo com o Relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, feito em 2013, que indicou que a Antártida perdeu 147 bilhões de toneladas de gelo por ano, entre 2002 e 2011.
Isso significa um aumento de 0,27 milímetros por ano no nível do oceano. Mas se o relatório está enganado, quer dizer que existe alguma outra contribuição para o aumento do nível dos oceanos que não está sendo contada. E dado que essa compensação na Antártida só vai durar mais algumas décadas, logo o aumento vai ser ainda maior.
De acordo com o glaciologista Ben Smith, da Universidade de Washington, que não participou da pesquisa, os resultados mostram como é difícil detectar mudanças na altura do gelo apenas com dados de satélites: "Fazer altimetria com precisão em áreas grandes é extremamente difícil, e existem medidas que de acumulação de neve que precisam ser feitas de forma independente para um melhor entendimento do que está acontecendo no lugar".

sexta-feira, 6 de novembro de 2015


Reprodução do UOL: abaixo, reprodução de nota jogada por manifestante
Reprodução do UOL: abaixo, reprodução de nota jogada por manifestante


A Câmara pegou fogo com o protesto contra Eduardo Cunha. 
FONTE BLOG DO GAROTINHO:
COMENTÁRIO:FORA CUNHA DO SUIÇÃO ! VAMOS REAGIR A ESSE ATENTADO NA VIDA PÚBLICA, QUE É A PERMANÊNCIA DE EDUARDO CUNHA, PRESIDINDO A CÂMARA DOS DEPUTADOS.

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

PIB Verde e proteção de animais estão na pauta da Comissão de Meio Ambiente

   
Iara Guimarães Altafin | /10/2015.
A agenda de terça-feira (3) da Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) inclui projeto que prevê a divulgação do PIB Verde e proposta para acrescentar a proteção de animais entre as prioridades da educação ambiental.
O Projeto de Lei da Câmara (PLC) 38/2015 determina que, ao lado da divulgação anual do Produto Interno Bruto (PIB), somatório de todos os bens e serviços produzidos no país, seja também divulgado o PIB Verde, que inclui o patrimônio ecológico nacional.
O senador João Capiberibe (PSB-AP), relator do projeto, explica que será possível avaliar a qualidade do desenvolvimento brasileiro a partir do cálculo do PIB Verde, que leva em conta aspectos da biodiversidade, da fauna e da flora.
“Com a disponibilização de ambos os índices, será possível identificar se estamos produzindo riqueza ou se estamos apenas consumindo o patrimônio ecológico nacional, bem como perceber se estamos constituindo passivo ambiental a ser entregue às gerações futuras”, disse Capiberibe, em voto favorável.
Antes da adoção do PIB Verde, o projeto, apresentado pelo deputado Otavio Leite (PSDB-RJ), prevê que o índice seja discutido com a sociedade e com instituições públicas, incluindo o Congresso Nacional.

Animais

Também está na agenda o PLC 105/2014, que visa estimular a escolha de produtos fabricados sem atos de abuso ou maus-tratos a animais.  O autor do texto, deputado Weliton Prado (PT-MG), quer incluir preceitos de bem-estar animal na Política Nacional de Educação Ambiental (Lei 9.795/1999) e estimular campanhas de conscientização dos consumidores.
O relator, Romero Jucá (PMDB-RR), apresentou voto favorável, com emendas de ajustes ao texto. Entre as sugestões do relator está a inclusão, nas prioridades da educação ambiental, de reforço à responsabilidade dos consumidores no processo de seleção e acondicionamento de resíduos sólidos, favorecendo a coleta seletiva, reutilização e reciclagem de lixo.

Áreas verdes

A pauta da comissão, formada por doze proposições, inclui ainda o Projeto de Lei do Senado (PLS)396/2014, que torna obrigatória a delimitação de áreas verdes urbanas na elaboração de plano diretor municipal, e o PLS 214/2015, que exclui a silvicultura, ou o cultivo de árvores florestais, da lista de práticas poluidoras e prejudiciais ao meio ambiente, isentando a atividade da Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental.
A CMA se reúne na sala 6 da Ala Nilo Coelho, a partir das 9h30.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

quarta-feira, 4 de novembro de 2015


Reprodução da revista Época
Reprodução da revista Época


A revista Época revela na sua edição desta semana relatórios do COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), documentos oficiais, que revelam as movimentações milionárias de Lula, Antônio Palocci, Fernando Pimentel (governador de Minas Gerais) e Erenice Guerra (ex-braço-direito de Dilma, que a sucedeu no Ministério da Casa Civil do governo Lula). São valores estratosféricos: Lula movimentou R$ 52,3 milhões, Palocci chegou a impressionantes R$ 216 milhões. Se os governos do PT ajudaram a vida de muita gente através do Bolsa Família, com certeza melhoraram muito mais a vida dos petistas. A evolução patrimonial dos petistas é inacreditável. Os trabalhadores viraram milionários. Resta explicar a origem de todas essas fortunas. 

FONTE BLOG DO GAROTINHO


A política ambiental do governo brasileiro é boa ou ruim para o clima?


Política brasileira contra o aquecimento global mostra duas histórias – uma de sucesso e uma de fracasso

BRUNO CALIXTO
08/2015

Plataforma marítima de extração de petróleo em Niterói,  Rio de Janeiro (Foto: Buda Mendes/Getty Images)


No final do ano, represententes de todos os países se reunirão em Paris para tentar fechar um acordo contra as mudanças climáticas. Cada país colocará na mesa de negociações sua proposta para impedir que a média de temperatura global aumente mais do que 2ºC. O Brasil também deve apresentar propostas. Se você ouvir as falas do governo, terá certeza de que a posição do Brasil é muito mais positiva do que a de outros poluidores no mundo, como China e EUA. Se ouvir a posição da sociedade civil, saberá que o Brasil está fazendo menos do que China e EUA. Quem tem razão?
Um relatório publicado nesta semana pelo Observatório do Clima, uma rede de ONGs sobre a questão climática, mostra que a política ambiental brasileira conta duas histórias: uma de sucesso, com o controle do desmatamento da Amazônia, e outra de fracasso, com o aumento do uso de usinas termelétricas caras e poluidoras.
O estudo é uma análise das emissões de gases de efeito estufa no Brasil, entre os anos de 1970 e 2013. Essa análise, feita por um sistema chamado de SEEG, apresenta estimativas anuais, mas é uma análise extraoficial. Os dados oficiais são feitos pelo Ministério de Ciência e Tecnologia, e os mais recentes vão até 2012. Apesar de extraoficiais, os números do SEEG são muito similares às estimativas trabalhadas pelo governo, com apenas pequenas mudanças de metodologia.
O gráfico abaixo conta a primeira história. Ele mostra as emissões totais de gases de efeito estufa do Brasil desde 1990. Os números mostram uma queda até maior do que as propostas por outros países. Por exemplo, se fizermos como a Europa e compararmos com o ano de 1990, as emissões do Brasil caíram 15%. Se fizermos como os EUA e compararmos com 2005, as emissões brasileiras caíram quase pela metade. Tudo isso graças à forte redução no desmatamento da Amazônia entre 2004 e 2009.
Gráfico de evolução das emissões de gases de efeito estufa do Brasil (Foto: SEEG/OC)
O próximo gráfico conta a outra história. Se tirarmos o desmatamento para observar melhor os demais setores, percebemos que todos eles aumentaram as emissões continuamente. O setor de energia, por exemplo, aumentou 103% suas emissões desde 1990. Indústria aumentou 93%, resíduos sólidos, 68% e o setor agropecuário, 46%. Basicamente nada foi feito para conter emissões nesses setores. Para piorar, políticas econômicas recentes do governo, como a redução de impostos para a compra de carros, o controle artificial do preço do petróleo e o acionamento das usinas termelétricas no período de seca lançaram ainda mais poluição na atmosfera.
Gráfico de evolução das emissões de gases de efeito estufa do Brasil sem considerar desmatamento (Foto: SEEG/OC)
Se há duas histórias, e as duas são verdadeiras, qual devemos considerar para as políticas futuras? "Estamos comparando omuito com o suficiente", diz Tasso Azevedo, o coordenador do estudo. "O Brasil fez muito ao reduzir o desmatamento, mas isso ainda não é o suficiente." Segundo ele, toda a redução do desmatamento da Amazônia apenas fez com que o Brasil voltasse ao mesmo patamar da média global, e é hora de ser mais ousado nas propostas sobre o clima. "É importante faturar sobre o que já foi feito, mas isso não pode ser usado como cortina de fumaça para não fazer mais nada."
O relatório apresenta uma série de medidas que o Brasil poderia adotar para reduzir suas emissões. São propostas como zerar o desmatamento da Amazônia, investir em fontes renováveis e universalizar o tratamento de resíduos sólidos. Segundo Azevedo, essas medidas não exigem sacrifício. "São coisas que fazem sentido sem considerar emissões ou mudanças climáticas. Trazem benefícios para a saúde das pessoas, para a economia", diz.
O governo brasileiro ainda não apresentou sua proposta oficial nas Nações Unidas para a Conferência de Paris. Até o momento, 26 países já protocolaram suas metas, incluindo grandes poluidores como União Europeia, Estados Unidos e China.
FONTE: http://epoca.globo.com/