sábado, 24 de janeiro de 2015

FONTE BLOG DO GAROTINHO
Reprodução da capa do jornal Extra
Reprodução da capa do jornal Extra


Não faltam alertas de especialistas, mas só Pezão e seu governo é que parecem não dar importância a esse grave problema, que piora a cada dia. A CEDAE perde 30% da água em vazamentos, o Rio é o terceiro pior estado em perdas no fornecimento. A omissão e a inoperância do governo Pezão só agravam o quadro dramático. A CEDAE já está fazendo um racionamento camuflado, disfarçado em manobras que tiram água de regiões para garantir o abastecimento de outras. 

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

BLOG DO GAROTINHO
Reprodução do Globo online
Reprodução do Globo online


Mais rápido do poderíamos imaginar, o principal reservatório de água, que abastece o Rio, inclusive o sistema do Guandu, chegou a zero, atingiu o volume morto. E isso sem que Pezão e o seu governo tomassem medidas para minorar as consequências, a não ser claro, pedir ajuda à Fundação Cacique Cobra Coral. Até hoje, Pezão e sua equipe só sabem descartar possibilidade de racionamento, mas tentam minimizar a situação. Agora está a dura realidade na cara de todos. 

Grande sertão paulista

Grande sertão paulista

A seca afeta seis milhões de pessoas, causa doenças, prejuízo de 200 milhões de reais e saques

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Ana Carolina Soares
Veja São Paulo - 29/10/2014
Fernando Moraes


Ruas sujas e empoeiradas, banhos diários de caneca, prejuízo no comércio, surto de doenças e ânimos inflamados. Eis a rotina de aproximadamente 6 milhões de moradores do grupo de 37 municípios no interior mais afetados pela seca. As prefeituras de Tambaú e Cordeirópolis decretaram estado de calamidade pública, que caracteriza desastres de grande porte responsáveis por esgotar os recursos da administração local. Artur Nogueira, Casa Branca e Valinhos estão em situação de emergência, um estágio mais brando diante de uma fatalidade. Na prática, funciona como um aviso de alerta à população. Em Itu, outra cidade bastante atingida, ocorrem cenas dignas dos filmes apocalípticos de Hollywood sobre o esgotamento de recursos naturais. No local, os caminhões-pipa passaram a receber escolta da polícia depois da ocorrência de assaltos.

Localizada no nordeste paulista e distante 270 quilômetros da capital, Tambaú é uma das cidades que mais sofrem com a estiagem. Seus 23 500 moradores enfrentam um surto de dengue e virose porque muita gente, na afobação, tem estocado água de qualquer jeito. Em abril, começou o racionamento. No início, o fornecimento ocorria dia sim, dia não. Há três meses, a política ficou mais severa. Agora, as torneiras permanecem vazias durante 48 horas e são abastecidas por dezessete.

Segundo a Associação Industrial e Comercial de Tambaú, a cidade acumula um prejuízo de mais de 4 milhões de reais. "Falta água para produzir cerâmica, o principal item da economia do nosso município. As empresas acabam demitindo funcionários, e isso gera recessão", diz Marcos Stocco, presidente da entidade. A cidade tem 65 fábricas nesse setor e, segundo dados do sindicato dos trabalhadores da categoria no local, cerca de 25% dos 4 000 empregados foram demitidos neste ano.
Fernando Moraes
Renô Sumeira, ceramista em Tambaú há 20 anos, sofre com a crise. Água é fundamental na elaboração das telhas. Com o tempo quente, o gasto pulou de 500 litros para 2000 litros por dia. Para piorar, as duas minas de seu terreno secaram. "Só consigo trabalhar porque os vizinhos me dão água", diz. Até o ano passado, ele produzia por mês 300 000 peças e faturava mais de 70 000 reais. Hoje, fabrica no mesmo período 20 000 telhas e o rendimento caiu para 35 000 reais. "Corro o risco de fechar".
A região é abastecida por duas represas. Uma delas secou completamente em julho e a outra só não tem o mesmo destino porque diariamente caminhões-pipa enchem o local com água do Rio Macuco, manobra custeada com parte da ajuda de 2 milhões de reais recebida do governo do estado. Mas, para resolver o transtorno de vez, as autoridades estimam um investimento de 15 milhões de reais para reformar o encanamento de Tambaú, datado de 1930 e administrado pelo Departamento Municipal de Água e Esgoto (Demaet), que teve poucos investimentos ao longo das últimas décadas.

"O problema não começou agora, mas a população não entende. Sou xingado nas ruas, furaram os pneus do meu carro e houve manifestação na frente da minha casa", reclama o prefeito Roni Donizetti Astorfo. A exemplo de seus conterrâneos, ele garante ter mudado a rotina para economizar. "Desde agosto, só me lavo de caneca e reutilizo a água do banho para dar descarga", conta. "Também faço a barba dia sim, dia não".

Além dessas medidas práticas, Astorfo, que vem de uma família bastante religiosa, apela para outras forças. Tem andado com um tercinho enrolado no pulso esquerdo e pede orações à população. O segundo nome do prefeito foi escolhido por seus pais para homenagear o padre Donizetti (1882-1961), padroeiro da cidade, que está com um processo de beatificação no Vaticano. "Só Deus mesmo para ajudar a gente", desabafa Maria Eni Tezzei da Silva, aposentada de 71 anos, moradora da Vila Padre Donizetti, um dos bairros mais prejudicados.

O local chega a ficar uma semana sem água. Desde julho, Eni lidera uma novena para chamar a atenção de São Pedro. Todo fim de tarde, um grupo de aproximadamente dez fiéis se reúne aos pés do cruzeiro da paróquia São Sebastião, reza o terço e lê o capítulo Em Tempos de Calamidade e Atribulação do livro Manual de Nossa Senhora Aparecida. Para finalizar o ritual, cada pessoa joga um copo de água na cruz. "Quando chegou a Tambaú, em 1926, o padre Donizetti também sofreu com uma estiagemsemelhante e, após uma novena, choveu e tudo se recuperou", explica Anderson Godoi de Oliveira, pároco do Santuário Nossa Senhora Aparecida. Apesar de manter a fé, ele acredita que a seca só vai acabar quando as pessoas aprenderem a lidar com o meio ambiente.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Salvador terá inventário de emissões de CO2 em 2015

Salvador terá inventário de emissões de CO2 em 2015


Banhada pela Baía de Todos-os-Santos, uma das maiores do mundo, a cidade de Salvador é uma das mais ameaçadas do Brasil pelas consequências das mudanças climáticas, sobretudo quando o assunto é a possível elevação do nível do mar. Nesse sentido, mensurar as emissões de gases do efeito estufa da capital baiana, a fim de reduzi-las, trata-se de uma medida importante para à sua população, estimada em cerca de três milhões de pessoas.
Ao pensar nisso, a Secretaria da Cidade Sustentável, pretende lançar, em 2015, um inventário para medir as emissões de gases causadores do efeito estufa no município. O documento, que já está sendo preparado, tem valor estimado em R$ 600 mil. "Esse é um valor baseado nos documentos feitos em outras cidades", esclareceu o secretário André Fraga à revista [B+].
No entanto, a prefeitura não gastará recursos próprios com o inventário. "É um projeto da Prefeitura Municipal de Salvador com recursos da Embaixada Britânica", explicou Fraga. Segundo ele, o inventário, que será elaborado pelo Conselho Internacional para Iniciativas Ambientais Locais (Iclei) e pelo World Resources Institute (WRI), tem o objetivo de levantar as emissões de gases causadores do efeito estufa em Salvador e, em seguida, reduzi-las.
"A ideia é que o inventário esteja pronto próximo de maio de 2015", prevê o secretário. Capitais como Recife, Fortaleza e São Paulo já têm iniciativas semelhantes. Em Salvador, as iniciativas anteriores foram pontuais e criadas por empresas para medir suas próprias emissões, mas não para todo o município.
Matéria originalmente publicada no portal EcoDesenvolvimento

Mar avança no litoral do Açu em época pouco comum

fonte blog do Roberto Moraes
Na tarde desta terça-feira, apesar de normalmente ser uma época do ano em que o mar em nosso litoral volta a se afastar, ele voltou a jogar água na rua da beira-mar, na praia da Barra do Açu, já completamente atingida.

As imagens abaixo foram enviadas ao blog pelo morador, técnico e comerciante, Denis Toledo. Além do Açu, também hoje, o jornalista e blogueiro Ricardo André aqui em seu blog (também foto ao lado), publicourelease da Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Campos, informando que nesta quarta-feira será interditada a variante que a PMCG havia construído como alternativa à estrada litorânea entre as praias do Farol e Açu, que foi recentemente atingida pelo avanço e erosão da costa do mar, naquela região.

O motivo foram também o avanço do mar que atingiu a variante e o tráfego de veículos se tornou um eminente risco. Assim, as pessoas que precisarem se deslocar terão que sair do Farol até Baixa Grande pela RJ-216, para chegar ao antigo 5 Distrito de SJB.

Os fatos nessa época do ano parecem sedimentar a interpretação de que a construção dos píeres e quebra-mar do Porto do Açu, modificaram a movimentação oceânica naquela região, fenômeno normalmente conhecido e prevenido com ações de engorda das áreas atingidas. É assim no mundo inteiro.

Não é preciso ser especialista na questão para estimar que a continuar a paralisia das autoridades e dos responsáveis pelo empreendimento do Porto do Açu, quando a época mais complicada de ventos, marés, entre maio e outubro chegarem, o risco do balneário ser fortemente atingido, já que não há mais barrancos de proteção são enormes.




FONTE: BLOG DO GAROTINHO
Reprodução do Radar online, da Veja
Reprodução do Radar online, da Veja


Manoel Severino, citado na nota, foi secretário de Articulação Governamental no governo de Benedita da Silva. Foi Benedita quem conseguiu sua nomeação na Casa da Moeda, no primeiro governo Lula. Manoel Severino caiu quando o publicitário Marcos Valério entregou uma lista do Mensalão onde o petista constava como tendo recebido R$ 2,7 milhões. Agora o PT - RJ quer a Casa da Moeda de volta. Aliás os petistas do Rio estão atirando para todo o lado à caça de cargos no governo Dilma. 
FONTE :BLOG DO GAROTINHO
Reprodução do Radar online
Reprodução do Radar online


Agilizar as investigações é tudo o que não querem os políticos e outros envolvidos no Petrolão. Mas está chegando ao fim o recesso da Justiça e vem aí a lista dos políticos que o MPF vai pedir ao STF que sejam investigados. O suspense é grande. 

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Com pior crise hídrica da história, Cantareira pode levar 5 anos para se recuperar

Com pior crise hídrica da história, Cantareira pode levar 5 anos para se recuperar
Dezembro de 2014 •


Antes de 2014, a pior crise de falta de água a afetar o estado de São Paulo tinha ocorrido em 2003, lembra Marussia Whately, uma das fundadoras da Aliança pela Água, organização da sociedade civil criada para propor soluções à crise hídrica atual.
No dia 1º de dezembro de 2003, o Cantareira registrava 1,6% da capacidade em volume útil. A recuperação total dos reservatórios só foi realidade cinco anos depois. Marussia estima que esse é o tempo mínimo para que o Cantareira se recupere da crise atual.
Antônio Carlos Zuffo, especialista em recursos hídricos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), explica que, mesmo com a chegada da chuva, o aumento do nível do Cantareira ainda vai demorar.  A água da precipitação infiltra-se no subsolo, em um processo muito lento, a uma velocidade de milímetros ou centímetros por dia. “A água que se infiltrou hoje só vai chegar ao reservatório, dependendo do lugar em que ela caiu, dois, três ou até seis meses depois”, disse.
Como solução à crise que deve se alongar por anos, Marussia defende que o governo paulista repense a estratégia de investimento em obras e passe a reduzir as perdas de água provocadas por vazamentos e captação irregular. “Trabalhar no combate às perdas é uma forma de ampliar a oferta de água sem ter que construir, por exemplo, novas represas”, diz.
Em 2014, segundo a assessoria de imprensa da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), as perdas totais foram 30,5%, enquanto a média nacional foi 37%. O índice inclui as perdas físicas por vazamentos, que correspondem a 19,7%, e as perdas com “gatos”, fraudes e problemas em hidrômetros, que chegam a 10,8% do total. O padrão internacional de perdas físicas é 19,7%.
“A Sabesp tem investido cerca de R$ 6 bilhões no Programa de Redução de Perdas de Água no período de 2009 a 2020 e já atingiu redução de nove pontos percentuais nos últimos dez anos (um dos menores índices do país). Com essa diminuição, a companhia reduziu suas perdas em 9,2%, água suficiente para abastecer 2 milhões de pessoas”, argumenta a assessoria.
Uma das formas de cortar perdas, cita Marussia, é reduzir a pressão da rede, com o objetivo de diminuir o volume de água perdido por vazamentos, medida que já vem sendo adotada pela Sabesp. Essa estratégia, porém, pode trazer riscos. “Quando você diminui a pressão, aquele encanamento que está passando por outras regiões que tem, por exemplo, outro encanamento de águas fluviais ou esgoto, pode se juntar em alguma sucção. Isso pode acontecer, mas não vi nenhuma comprovação”, declarou.
A redução da pressão da rede também pode causar a falta de água em bairros da periferia paulistana. “Isso resulta na interrupção do abastecimento em algumas regiões, mas é uma medida menos brusca que a interrupção total do fornecimento. Na situação a que chegamos, essas medidas são aceitáveis”, disse Marussia.
Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Municipal, a presidenta da Sabesp, Dilma Pena, disse que parte da cidade passou por um contingenciamento de água pela diminuição de pressão, o que dificulta a água chegar a bairros mais altos ou afastados. “Isso é uma redução da pressão na rede para diminuir as perdas de água. A falta de água depende da reservação que, se é adequada, a família não ficará sem água”.
A CPI da Sabesp foi criada em agosto para analisar os contratos entre a companhia e a prefeitura de São Paulo. Dilma Pena explicou que a diminuição da pressão não significa racionamento, porque todas as redes estão abertas em tempo integral.
Segundo a assessoria de imprensa da Sabesp, a redução de pressão é uma técnica adotada desde 2007, como parte do Programa de Redução de Perdas. O plano envolve a implantação de válvulas de redução de pressão, a substituição de redes, as trocas de ramais, a pesquisa e os reparos de vazamentos, a substituição de hidrômetros, implantação de distritos de medição e controle, calibração de macromedidores e o combate a fraudes e às ligações clandestinas.
Por Fernanda Cruz - Agência Brasil

Escócia começa a construir a maior usina de energia de maré do mundo

Escócia começa a construir a maior usina de energia de maré do mundo


A maior usina de energia das marés está prestes a inaugurar a fase de obras. O local escolhido para abrigar esta estrutura foi o litoral da Escócia. A empresa responsável pela gestão do projeto é a australiana Atlantis Resources, que contará com o apoio financeiro através do Fundo de Investimento em Energia Renovável do Reino Unido.
Apelidada de MeyGen, a usina possuirá 269 turbinas, instaladas no fundo do mar em Ness of Quoys, na região nordeste da Escócia. Quando finalizada, a estrutura deve ser capaz de gerar energia suficiente para abastecer 175 mil casas, com potencial total de 400 MW.
Conforme comunicado oficial, a construção deve ser iniciada ainda neste mês e a previsão é de que a eletricidade comece a ser entregue em 2016, quando 60 turbinas já estarão instaladas. A expectativa é de que a usina seja finalizada em 2020.
Antes de instalarem as turbinas, os primeiros passos da obra serão destinados à instalação das redes de transmissão. Assim, mesmo que não esteja operando em capacidade total, já será possível aproveitar a energia, sem desperdício.
Aproveitar o movimento dos oceanos para produzir energia limpa é um dos principais objetivos do Reino Unido. Desde 2011 os britânicos têm instalado diferentes sistemas de teste e a intenção é de que os britânicos produzam 190 gigawatts de energia renovável até 2050.  
Matéria originalmente publicada no portal CicloVivo
FONTE BLOG DO GAROTINHO
Reprodução do Globo online
Reprodução do Globo online


Todos sabem que eu como cristão sou contra a pena de morte, só Deus tem o direito de tirar a vida. Mas me impressiona o tratamento dado pela mídia - de um modo geral - ao caso do traficante brasileiro de classe média alta, que foi condenado à pena de morte na Indonésia. Teve o tratamento quase de um herói, de um mártir, que certamente não foi.

Em compensação no mesmo dia em que o traficante foi executado, na África, no Níger, quatro templos de missionários brasileiros, dois da Igreja Presbiteriana Viva, de Volta Redonda, além de uma escola mantida por uma ONG protestante do Brasil foram incendiados em protestos de muçulmanos contra o jornal Charlie Hebdo. Infelizmente a mídia não deu nenhum destaque a essa notícia, que merecia muito mais solidariedade, não apenas por serem ataques a igrejas protestantes brasileiras, mas por envolver riscos a cidadãos brasileiros que realizam um trabalho de evangelização na África. A mídia preferiu chorar a morte do traficante brasileiro. 

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Bacias do rio Paraíba do Sul

fonte:ANA
O rio Paraíba do Sul resulta da confluência dos rios Paraibuna e Paraitinga, que nascem no Estado de São Paulo, a 1.800 metros de altitude. O curso d’água percorre 1.150km, passando por Minas, até desaguar no Oceano Atlântico em São João da Barra (RJ). Os principais usos da água na bacia são: abastecimento, diluição de esgotos, irrigação e geração de energia hidrelétrica, sendo que o Paraíba do Sul é o principal manancial de abastecimento do estado do Rio de Janeiro. No leito do rio Paraíba do Sul estão localizados importantes reservatórios de usinas hidrelétricas, como Paraibuna, Santa Branca e Funil.
A bacia hidrográfica do rio Paraíba do Sul tem destacada importância no cenário nacional por estar localizada entre os maiores polos industriais e populacionais do País e pelo processo que envolve o gerenciamento de seus recursos hídricos. Caracteriza-se pelos acentuados conflitos de usos múltiplos e pelo peculiar desvio das águas para a bacia hidrográfica do rio Guandu com a finalidade de geração de energia e abastecimento de cerca de nove milhões de pessoas na Região Metropolitana do Rio de Janeiro (RMRJ), formando o Sistema Hidráulico do Rio Paraíba do Sul, um intrincado e complexo conjunto de estruturas hidráulicas existentes nas bacias hidrográficas dos rios Paraíba do Sul e Guandu, que interliga as duas bacias.
Imagem diagrama
UHE – Usina Hidrelétrica
UEL – Unidade Elevatória

A bacia do rio Paraíba do Sul tem uma área de aproximadamente 62.074km² e abrange 184 municípios, sendo 88 em Minas Gerais, 57 no Rio de Janeiro e 39 em São Paulo. Dos 52 municípios que são banhados pelo rio Paraíba do Sul, ou por seus reservatórios formadores (Paraibuna e Paraitinga), 28 captam água do Paraíba do sul para abastecimento.
Imagem de planilha
  Fonte: Atlas Brasil de Abastecimento Urbano de Água

Desde outubro de 2013, as chuvas registradas na região Sudeste, onde está localizada a Bacia do Paraíba do Sul, estão muito abaixo da média. Há dados disponíveis consolidados de níveis de rios desde 1930, que correspondem a uma série de 84 anos. Neste ano de 2014, as chuvas e vazões observadas foram as menores do histórico. Veja boletim diário dos reservatórios da bacia do Paraíba do Sul.

Vazões Liberadas na Estação Elevatória de Santa Cecília

Na Estação Elevatória Santa Cecília, no município de Barra do Piraí (RJ) é feita a divisão entre as águas que serão bombeadas para serem transpostas para o rio Guandu e as que seguirão para jusante da bacia (rio abaixo). Por um lado (rio Guandu), está o abastecimento de cerca de nove milhões de pessoas da RMRJ, além de indústrias e outros usuários. Por outro, estão outras cidades e usuários.
Santa Cecília recebe vazões afluentes dos reservatórios de Funil, Jaguari, Santa Branca e Paraibuna, mais a vazão natural (chuvas) a partir de Funil. Em condições hidrológicas normais, a vazão mínima em Santa Cecília é 190 m³/s, sendo 71m³/s para atender aos usos a jusante à barragem e 119 m³/s para o bombeamento, ou seja, para a transposição para o rio Guandu, conforme estabelece a Resolução ANA 211, de 26 de maio de 2003, que dispõe sobre as regras a serem adotadas para a operação do sistema hidráulico do Paraíba do Sul.
No entanto, como medida preventiva para o enfrentamento dessa crise de escassez hídrica, desde maio de 2014, a ANA vem emitindo resoluções que buscam preservar os estoques disponíveis de água no reservatório equivalente desta bacia. Atualmente em vigor, aResolução ANA nº 2051, de 23 de dezembro de 2014, autoriza a flexibilização da vazão mínima a partir da barragem de Santa Cecília de 190 m³/s para 140 m³/s até 31 de janeiro de 2015.
A operação dos reservatórios do Paraíba do Sul é discutida periodicamente no âmbito do Grupo de Trabalho Permanente de Acompanhamento da Operação Hidráulica do Paraíba do Sul (GTAOH), do Comitê de Integração da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul (Ceivap), que conta, entre outros, coma participação der representantes dos órgãos gestores dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Resoluções:

Interligação dos reservatórios Jaguari, na bacia do Paraíba do Sul, ao reservatório Atibainha que integra o Sistema Cantareira, bacia do rio Piracicaba

No âmbito das discussões sobre a segurança hídrica da bacia hidrográfica do rio Paraíba do Sul e para avaliar a proposta feita pelo governo do estado de São Paulo de interligar o reservatório Jaguari, localizado na bacia do rio Paraíba do Sul, ao reservatório Atibainha, que integra o Sistema Cantareira, localizado na bacia dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), em 9 de abril a ANA promoveu a primeira reunião técnica entre os estados que dividem a bacia (SP, MG e MG) com o objetivo de harmonizar dados hidrológicos, demandas futuras e dados sobre a qualidade da água.
Em reunião em 15 de julho de 2014, desta vez com a participação dos secretários de estado, foi decidido criar um grupo técnico de trabalho para desenvolver uma proposta que atenda às necessidades dos estados e aumente a segurança hídrica da bacia. Desde então, o grupo, formado por técnicos da ANA, do Instituto Estadual do Meio Ambiente – RJ (Inea), Departamento de Água e Energia Elétrica do Estado de São Paulo (DAEE), do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) e da AGEVAP, vem se reunindo periodicamente.

Informações produzidas pelo grupo:

Ofícios:

Medidas para garantir a segurança hídrica do Paraíba do Sul serão apresentadas à sociedade
FONTE  ANA 16/1/2015
chamada


O grupo criado pela Agência Nacional de Águas (ANA) para discutir a bacia do rio Paraíba do Sul aprovou hoje as conclusões do Relatório Conjunto que trata da segurança hídrica da Bacia e da viabilidade hidrológica da interligação, no estado de São Paulo, entre o reservatório de aproveitamento hidrelétrico Jaguari (UHE), que fica no rio Jaguari, na bacia do rio Paraíba do Sul, ao reservatório do rio Atibainha, que integra o Sistema Cantareira, localizado na bacia dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ).
Até o fim do mês, o relatório, que inclui a minuta de Resolução Conjunta ANA/DAEE/INEA/IGAM com novas regras de operação dos reservatórios da bacia do Paraíba do Sul, será encaminhando ao Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul (Ceivap) que vai promover e articular uma discussão sobre as novas regras propostas com usuários e sociedade civil.
A operação da interligação entre os reservatórios das duas Bacias só terá início quando as obras estiverem concluídas e começarem a valer as novas regras de operação dos reservatórios do Paraíba do Sul, portanto, a interligação não irá ocorrer no atual período hidrológico, quando os níveis dos reservatórios estão muito baixos.
Participaram da reunião o secretário de Meio Ambiente do Rio de Janeiro, André Corrêa; o secretário de Saneamento e Recursos Hídricos do estado de São Paulo, Benedito Braga, a diretora-geral do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), Marília Carvalho de Melo, que representou a secretaria de Meio Ambiente de Minas; o presidente do Ceivap, Danilo Vieira Júnior; o diretor-presidente da ANA, Vicente Andreu, além da diretora do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), do Rio de Janeiro, Rosa Formiga, do diretor da ANA João Lotufo e técnicos da ANA, do Igam e do Inea.
A ANA promoveu a primeira reunião do grupo de discussão sobre a segurança hídrica do Paraíba do Sul em 9 de abril. Desde então, já foram realizadas onze reuniões, sendo oito entre técnicos da ANA, Igam, DAEE, Inea e Ceivap e três com a presença dos secretários de estado.
Observação:
Resolução ANA 211, de 26 de maio de 2003 dispõe sobre as regras de operação do sistema hidráulico do Paraíba do Sul. No entanto, como medida preventiva para o enfrentamento da atual crise de escassez hídrica, desde maio de 2014 a ANA vem emitindo resoluções que buscam preservar os estoques disponíveis de água no reservatório equivalente desta Bacia. Atualmente está em vigor a Resolução ANA nº 2051, de 23 de dezembro de 2014, que autoriza a flexibilização das regras ao permitir que a vazão mínima a partir da barragem de Santa Cecília seja reduzida de 190 m³/s para 140 m³/s até 31 de janeiro de 2015.