quinta-feira, 15 de janeiro de 2015


Reprodução do Extra online
Reprodução do Extra online


É impressionante a cara de pau do governador Pezão ao comentar o caso da estudante morta na abordagem policial completamente equivocada. Lamentou a morte, disse que ficou triste, mas atribuiu indiretamente a culpa pelo episódio ao meu governo, ao de Rosinha e dos nos antecederam. Disse que ele e Cabral estão melhorando muito a formação policial, mas que encontraram um quadro de caos, e que vai continuar melhorando. Ora mostrei aqui na nota anterior, que o curso de formação de policiais militares que na minha época e de Rosinha era de 9 meses, mais 6 meses de estágio passou a ser de apenas 6 meses e sem estágio. Pezão prefere contar mentiras do que enfrentar a realidade, mas claro a imprensa não questiona nem contesta nada. 

fonte BLOG DO GAROTINHO

Seca em SP: haverá água em 2015?

Seca em SP: haverá água em 2015?

Publicado por Portal R7
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Para especialista, Estado vai precisar de plano de contingência e maior economia de água 

Milhões de paulistas enfrentaram, ao longo de 2014, torneiras secas e falta de explicação do governo estadual para um problema que, segundo especialistas, poderia ter sido evitado com planejamento adequado. A aposta do Estado era de que as chuvas, a partir de setembro, resolveriam a crise nas represas que abastecem a Grande São Paulo. Mas, até dezembro, isso não aconteceu e a sétima maior aglomeração urbana do planeta começa o próximo ano sem a certeza de que terá água suficiente para consumo.


Principais sistemas de abastecimento de água da Grande São Paulo estão com níveis críticos. Luis Moura/Estadão Conteúdo

Marussia Whately, coordenadora do Programa Aliança pela Água do ISA (Instituto Socioambiental), afirma que pouco do que foi feito pela Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) e anunciado pelo governo até agora garantem o abastecimento no ano que vem. Ela defende um plano emergencial com diversos cenários possíveis.

— Assim como a gente não chega a uma crise desse tamanho só por causa de um fator, a gente não sai dela somente com as medidas de um único ator, no caso a Sabesp. Nós, da Aliança pela Água, temos feito um apelo para que seja apresentado e que se inicie o quanto antes a discussão de um plano de contingência para 2015. A partir de agora, nós temos quatro meses [até o inverno, quando chove menos] para nos organizarmos para um ano que pode ser pior do que 2014. Não existem indícios de que a seca tenha passado até agora.

O plano proposto serviria para determinar quais medidas tomar diante de determinada situação. Por exemplo, com mais consumidores dependendo de caminhões-pipa, como garantir a eles que a água será de qualidade? Como regular os preços dessa água?

Responsabilidades

Muito se falou durante este ano que o governo tinha parcela de responsabilidade sobre a crise hídrica. Durante a eleição, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) culpou a seca histórica e defendeu que o racionamento seria a pior saída. A situação mais preocupante sempre foi a do Sistema Cantareira, conjunto de represas que abasteciam mais de 9 milhões de pessoas até o começo do ano e hoje, com medidas de remanejamento de consumidores, abastece 6,5 milhões. Outras represas acabaram absorvendo essa demanda extra e hoje se encontram na mesma condição, como é o caso do Sistema Alto Tietê.

Marussia diz que o atual cenário já deveria ter sido previsto no passado e lista três principais motivos para a crise: falha na gestão do Sistema Cantareira, já que a Sabesp deveria ter retirado menos água ao longo dos anos; mananciais poluídos e com entorno desmatado; e falta de diálogo e participação da sociedade em relação à crise.

— Foi feita a gestão do Sistema Cantareira retirando a mesma quantidade em três verões com menos chuva. É que nem um orçamento, se você gasta mais do que ganha, uma hora vai ter dívida.

E agora?

A garantia de milhões de consumidores tem sido o volume morto do Cantareira — a primeira cota começou a ser captada em maio e a segunda em novembro. Trata-se da quantidade de água do fundo das represas, que estava abaixo das bombas. Mas, se não chover o suficiente no verão, essa reserva não vai durar muito. Marussia lembra que as chuvas de outubro e novembro não elevaram os níveis dos reservatórios.

— A gente não sabe nem quanto tempo esses volumes mortos vão demorar a encher. As chuvas não estão nem mexendo [nas medições]. Se daqui a quatro meses a gente chegar ao nível em que nós estávamos em abril deste ano, já é uma situação que, no mínimo, vamos viver o mesmo estresse deste ano que passou.

Além do plano de contingência, ela diz as pessoas têm de reduzir mais ainda o gasto. O grande desafio, segundo Marussia, está nos grandes consumidores, como shoppings, hotéis, escolas, hospitais e outros imóveis.

As obras anunciadas pelo governo do Estado, como o Sistema São Lourenço, e a interligação de represas do Cantareira com o rio Paraíba do Sul, não ficarão prontas em menos de dois anos. Com isso, Marussia reforça a necessidade de governos e prefeituras estudarem alternativas que impactem diretamente na vida das pessoas, para que as autoridades não fiquem sem saída, caso as torneiras sequem.

— Há um descompasso entre o que precisaria para o ano que vem e o que tem sido apresentado. Tem um conjunto de obras sendo apresentadas que não resolvem a situação para 2015 e não tem um conjunto de medidas que suavizariam a situação sendo apresentadas à sociedade.

Após este ano, em que a maioria dos paulistas entendeu a importância de economizar água e o governo corre para corrigiras falhas do passado, só resta uma certeza: a crise d’água em São Paulo está longe de terminar.

Fonte: Portal R7

Dois navios graneleiros esperam há 5 dias para atracar no Açu para transportar minério de ferro

Por falta de condições de atracação no terminal 1 do Porto do Açu, dois navios estão há cinco dias fundeados próximos ao porto aguardando condições de atracação.

Segundo informações obtidas pelo blog, o mar agitado e o forte vento vem impedindo que a atração possa ser feita. A mesma fonte diz que há cerca de 250 mil toneladas de minério de ferro armazenadas, na área de FerroPort, empresa que é uma joint-venture entre a mineradora Anglo American e a Prumo Logísitica Global S.A. controladora do Porto do Açu.

O terminal 1 do Porto do Açu, onde são feito os embarques de minério
Foto da Prumo
Os navios não estão visíveis durante do dia do litoral porque estão fundeados relativamente afastado da praia de Barra do Açu. Só à noite as luzes são percebidas.

O fato de se tratar de um porto com terminal em mar aberto traz esse problema, embora, se diga que ele será eliminado quando os píeres (quebra-mar) do terminal 1 for completamente construído.

É certo que problemas deste tipo devem encarecer e bem o frete cobrado pelos donos das embarcações (os armadores). Cinco dias parados interfere na produtividade dos navios, já que uma viagem entre o Brasil e a China é estimada em cerca de 40 dias, variando conforme a embarcação e o volume de carga transportada.

A previsão é que assim que as condições o tempo melhore as das embarcações atraquem simultaneamente, o que será a primeira vez que isso ocorrerá no Porto do Açu. A conferir!



FONTE:BLOG DO ROBERTO MORAES

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Clarissa: “Em 2016, o PR só precisa escolher o candidato certo”

Foto/Folha da Manhã
Eleita deputada federal com 335.061 voto, segunda maior votação no estado do Rio, sendo superada apenas pelo deputado Jair Bolsonaro (PP), Clarissa Garotinho (PR) já se prepara para assumir o seu novo desafio, dessa vez em uma Casa com mais de 500 deputados e conhecida por ser uma “selva política” com “animais” bem perigosos. A deputada conversou com o blog sobre sua luta contra a eleição de Eduardo Cunha para a presidência da Câmara Federal, ocupação de espaços na Alerj, desempenho do grupo em Campos, o “lado humano” do pai e eleições de 2016. Confira:
Blog -  Em recente entrevista você citou a série “House of Cards” e se referiu ao deputado federal Eduardo Cunha (PMDB) como o “Frank Underwood da política brasileira”. Na série, o personagem do Kevin Spacey pisou nos adversários alcançou o seu objetivo. E o deputado Eduardo Cunha, vai conquistar a presidência da Câmara dos Deputados?
Clarissa  - Comparei o Eduardo Cunha ao personagem da série americana pelos métodos que utiliza. Nem sempre os fins justificam os meios, mas não é assim que pensa Frank Underwood. A série ainde não terminou para o personagem cantar vitória. Pelo contrário, a terceira temporada estreia em breve. Espero que Cunha não vença. Estou trabalhando pra isso. O Brasil não aguenta mais a política da chantagem. Mas, se acontecer, não será com o meu voto. Espero que a Câmara seja presidida com independência e harmonia com o Governo, no conceito que foi criado com a repartição de poderes.
Blog - Logo após a eleição você tentou organizar um bloco de oposição na Alerj. A ideia era enfrentar a candidatura do PMDB. O que deu errado? Como você viu a aliança pragmática do PR com o deputado Jorge Picciani (PMDB), que deve voltar a comandar a Casa?
Clarissa –  O mais correto era que as forças de oposição se unissem e lançassem uma candidatura própria à presidência da Casa. Foi o que defendi. Mas isso não foi possível porque o PSOL não quis. Então não tivemos o número mínimo para registrar a chapa. Formamos um Bloco com PRB e PCdoB e chegamos ao número de 12 deputados. O que fazer com esse número expressivo? Declarar voto contra os dois candidatos do PMDB que pleiteavam a presidência ou ocupar os espaços a que regimentalmente temos direito? O PR não fez nenhuma aliança com o PMDB, muito menos com o Governo do Estado. O PR vai ocupar a primeira secretaria da Alerj e Comissões importantes. Esses espaços políticos expressam a vontade da população, que fez do PR a segunda maior bancada da casa. E serão fundamentais para o fortalecimento da oposição.
Blog -  No início de 2012, em entrevista à Folha, você afirmou que “a oposição em Campos não faz nem cosquinha”. Agora, três anos depois, diante da votação do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) na cidade, e do desempenho do deputado Anthony Garotinho (PR), você continua com a mesma opinião? A oposição pode fazer “cosquinha” em 2016 ou a candidatura apoiada pela máquina entra com grande vantagem?
Clarissa - Garotinho venceu as eleições em Campos. A população da nossa cidade me deu a honra e a responsabilidade de ter sido a deputada federal mais votada do nosso município, com 47 mil votos. Reelegemos o deputado federal Paulo Feijó. Elegemos dois deputados estaduais do nosso grupo político: Pudim e Bruno Dauaire. Vencemos as eleições em Campos porque a população reconhece o grande governo que a Rosinha está fazendo, apesar das dificuldades econômicas do país e da crise do petróleo. Em 2016, o PR só precisa escolher o candidato certo: que o una o partido e dialogue com a sociedade.
Blog - Se em Campos o PR vai tentar manter a hegemonia, após dois mandatos da prefeita Rosinha, no Rio de Janeiro o partido luta para quebrar a sequência de vitórias do PMDB. Existe a possibilidade de diálogo com nomes como Romário (PSB) e Marcelo Freixo (PSOL)? E você, toparia entrar nessa “briga” pela Prefeitura?
Clarissa - Por enquanto estou concentrada em assumir o mandato de deputada federal, o que já é um grande desafio, principalmente neste momento em que o Brasil é afetado pela crise econômica e que o Congresso pode viver uma das maiores crises institucionais da sua história, com vários parlamentares citados na operação Lava-Jato. O povo brasileiro espera uma nova postura dos deputados eleitos e eu quero fazer parte deste time que acredita no Brasil. O restante vou refletir no momento oportuno.
Blog - Após a derrota do deputado federal Anthony Garotinho (PR) na disputa pelo governo estadual, ficando fora do segundo turno, você afirmou que “era a oportunidade dele de desfazer um personagem que criaram e que não era ele”. Quem é o verdadeiro Garotinho? Ele também não ajudou a criar esse “personagem”?
Clarissa - O Garotinho é um homem que cresceu na vida pelos seus ideais e esforço pessoal. Que sendo um humilde radialista virou prefeito de sua cidade e conquistou o Estado sendo o governador mais jovem da nossa história e elegendo sua esposa como sucessora. Garotinho fez uma belíssima candidatura à presidência da República, surpreendendo até analistas políticos. Foi o deputado mais votado do Rio de Janeiro e teve atuação destacada em Brasília. Não se deslumbrou com o poder. Não é patrimonialista. Continua sendo uma pessoa simples e acessível. Garotinho é corajoso e destemido, enfrentou – como poucos – grupos econômicos e midiáticos muito poderosos. E sofreu as consequências. Teve sua imagem distorcida e não teve espaço para se defender. Agora, sofreu um revés eleitoral. Muitos outros políticos na história também passaram por isso. José Serra quase venceu a eleição para presidente da República. Dois anos depois, perdeu para prefeito de São Paulo. Hoje, é senador.
Blog -  Quais serão as suas principais bandeiras em Brasília? Já conta com projetos para serem apresentados logo no início do mandato?
Clarissa -  Já tenho alguns projetos para serem apresentados, mas prefiro falar sobre eles depois que assumir o mandato. Acho que o Brasil tem que ter algumas prioridades: Reforma Política, Educação e Infra-estrutura.

Balé no Mar(BALEIA FRANCA)

Balé no Mar

As melhores alternativas para avistar as baleias francas no litoral sul de Santa Catarina

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Fabrício Brasiliense
Viagem e Turismo - 11/2014
Luis Esnal/Creative Commons


Qual é a melhor época para ver as baleias em Santa Catarina e como funciona o passeio de barco para observá-las? A pergunta foi feita pela leitora da revista Viagem e Turismo, Paôla Sebben, de Curitiba.

A diretora de pesquisa do Projeto Baleia Franca Brasil,Karina Groch, alerta que os passeios de barco na área de proteção ambiental Baleia Franca, que vai da praia da Pinheira à do Rincão, estão proibidos desde maio do ano passado. Como não existem estudos de impacto desse tipo de turismo na re¬gião, a Justiça entendeu que a atividade poderia colocar as ba¬leias em risco.

A suspensão não é definitiva, mas não há previsão de revogação. Karina Groch avisa: “As baleias francas podem ser facilmente observadas da terra. Elas são uma espécie de hábitos costeiros, se aproximam da praia no período reprodutivo e ficam logo depois da arrebentação ou próximas aos costões. Nos dias de mar calmo e céu aberto, a avistagem é mais fácil, especialmente nas praias da Gamboa, em Garopaba, e da Ribanceira, em Imbituba. É lá que elas ficam por mais tempo na temporada, que vai de julho a novembro – setembro costuma ser o mês em que elas aparecem em maior quantidade”.

Karina revela que na sede do projeto, na Praia de Itapirubá, há um deque bacana para observação e biólogos à disposição dos visitantes. “Nosso site* mantém um mapa atualizado com a localização mais recente das baleias”. 

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

O que acontece se o sistema Cantareira secar ?

O que acontece se o sistema Cantareira secar

As sete represas do sistema Cantareira, que abastecem mais de 9 milhões de pessoas na região metropolitana de São Paulo, estão com apenas 6% do volume total de sua capacidade

BRUNO CALIXTO 12/2014 
Fundo seco em uma represa em São Paulo (Foto: Luis Moura / Parceiro / Agência O Globo)
As sete represas do sistema Cantareira, que abastecem mais de 9 milhões de pessoas na região metropolitana de São Paulo, estão com apenas 6% do volume total de sua capacidade. O governo de São Paulo já utilizou duas cotas do volume morto, a reserva de água que fica abaixo do sistema de captação, e ainda assim os níveis continuam caindo. Para piorar, a previsão do tempo não é nada boa: ao que tudo indica, as chuvas neste verão ficarão abaixo da média mais uma vez. A possibilidade de a água dos reservatórios acabar é real. O que acontece se o sistema secar?
Segundo o professor Antonio Carlos Zuffo, pesquisador da área de recursos hídricos da Unicamp, se a Catareira secar, São Paulo ficará completamente dependente da vazão natural dos rios. "Não será um desabastecimento completo porque ainda poderemos contar com a vazão natural." É a água que chega na Cantareira pelas nascentes, rios e chuvas. Acontece que a vazão natural é insuficiente para atender a região metropolitana de São Paulo e as cidades da bacia dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, que também dependem da Cantareira.
Segundo Zuffo, se isso acontecer, São Paulo viverá um cenário de privação. "Será uma restrição brutal do uso da água. A vazão natural não consegue abastecer a todos, então teríamos uma situação de privação, de racionamento. As pessoas não terão água o tempo todo - elas serão abastecidas uma, duas vezes por semana, durante algumas horas por dia", diz. Nesse cenário, os consumidores só serão atendidos se chover e entrar água no sistema, já que não haverá água nos reservatórios.
A matemática para evitar o cenário mais extremo não é simples. Depende de chuvas próximas da média, o que até o momento não aconteceu, e diminuição do consumo. Segundo o pesquisador da Unicamp, para que 2015 não seja pior do que este ano, precisamos recuperar toda a água utilizada do volume morto – já retiramos o equivalente a 23% do sistema de água do volume morto – e chegar a abril com 10% do volume útil da Cantareira. Qualquer recuperação menor do que essa significará uma situação ainda mais complicada para São Paulo no ano que vem.

Ginseng brasileiro: da várzea aos holofotes

Ginseng brasileiro: da várzea aos holofotes

Combate de agentes causadores de doenças, produção de energia e matéria prima para a indústria de cosméticos. Conheça as utilidades dessa planta medicinal

por Liana JohnFonte: Planeta Sustetável
     
Costa PPPR – Creative Commons

NG - Folhas de ginseng brasileiro (Pfaffia glomerata)

Folhas de ginseng brasileiro (Pfaffia glomerata)
As raízes se parecem: tuberosas, bifurcadas, às vezes com o formato de troncos humanos, com pernas e braços. Os usos populares se confundem: dizem que todos são afrodisíacos, tônicos, tranquilizantes, cicatrizantes, regeneradores do sangue e ainda tratam diabetes, reumatismos, diarreias, inflamações, febre, hemorroidas, distúrbios gástricos e anemias. Os nomes vulgares começam todos com ginseng: asiático, americano, paraguaio, brasileiro.
Mas essas semelhanças pedem muito cuidado e boas doses de pesquisa: antes de tomar um ginseng por outro, é melhor prestar atenção ao nome científico da planta e checar o que de fato já foi comprovado por estudos confiáveis para aquela espécie.
Veja o exemplo do ginseng brasileiro, cujo nome científico é Pfaffia glomerata. Trata-se de uma planta perene de meio metro a 2,5 metros de altura, mais comum na bacia dos rios Paraguai e Paraná, sobretudo no Mato Grosso do Sul, onde ocorre nas matas ciliares, nas margens dos rios, nas capoeiras úmidas e nos campos de inundação. Apesar de ter uma raiz parecida com a do ginseng asiático – o “original”, digamos assim, consumido há pelo menos 5 mil anos na China – tem folhas bem diferentes, flores brancas em lugar de vermelhas e pertence a outra família: Amaranthaceae. O ginseng asiático (Panax ginseng), o americano (Panax quinquefolius) e o paraguaio (Panax japonicus) são da família Apiaceae.
Apesar da fama de servir “para-tudo”, nos circuitos mais sérios o ginseng brasileiro é consumido apenas como fitoterápico auxiliar no tratamento da perda de memória, sobretudo a memória de curto prazo e a declarativa. O princípio ativo associado a esse uso é a b-ecdisona.
Os demais poderes atribuídos ao ginseng asiático e transferidos ao ginseng brasileiro por semelhança ainda não são comprovados. A atividade antidiabética atribuída a seu extrato, por exemplo, não passou nos testes com ratos, em um estudo realizado nas faculdades de Farmácia das universidades Estadual de Maringá (UEM) e Paranaense (Unipar), por uma equipe coordenada por Diógenes Aparício Garcia Cortez. Os pesquisadores não verificaram redução de glicemia nos animais tratados com o ginseng brasileiro.
Em compensação, o mesmo grupo de cientistas atestou a eficácia da planta nacional para matarmoluscos como o caramujo Biomphalaria glabrata, hospedeiro dos vermes do gênero Schistosoma, causadores da esquistossomose ou barriga d’água. Após 24 horas em contato com extratos brutos metanólicos de Pfaffia glomerata a temperatura ambiente, a mortalidade dos caramujos foi de 100%. A solução inicial era de 400 ppm e depois foram testadas outras concentrações, chegando a uma dose ideal de 200 ppm com os mesmo 100% de mortalidade dos moluscos.
O ginseng brasileiro também tem uma boa dose de saponinas, substâncias de usos diversos na indústria de cosméticos, por suas propriedades na separação de líquidos de densidades diferentes. Essas saponinas podem ser extraídas de modo economicamente viável com um novo método desenvolvido por Renata Vardanega, na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Sem contar que os restos da planta normalmente descartados no campo após a colheita das raízes servem para produzir energia, a exemplo do que é feito com o bagaço e a palha de cana nas usinas de etanol. De acordo com um dos co-orientadores de Renata, Diego Tresinari dos Santos, também da Unicamp, metade da biomassa descartada nos campos de produção do ginseng brasileiro seria suficiente para suprir toda a eletricidadee o calor necessários à produção dos extratos das raízes, se usados os métodos desenvolvidos na universidade e já patenteados.
E o melhor de tudo é o fato de o ginseng brasileiro ser uma planta fácil de multiplicar, seja por semente, seja por estaquia (galho) ou pela raiz. Já há cultivares disponíveis no mercado e, com as plantações comerciais, dá para evitar a coleta predatória de plantas nativas, em locais onde elas devem ser preservadas. Além disso, com o cultivo da espécie certa, o controle de qualidade é maior e o consumidor deixa de comprar gato por lebre.
Tem mais: segundo divulgou a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) a pesquisadora Renata Vardanega obteve uma bolsa de doutorado para continuar pesquisando extratos das raízes do ginseng brasileiro e para avaliar o potencial de extração, a partir do resto da planta, de metabólitos secundários, substâncias que podem ter novos usos farmacêuticoscosméticos e alimentícios. Ou mesmo energéticos.
Valeu ou não valeu tirar o ginseng brasileiro das várzeas (e da confusão com outros ginsengs) para colocá-lo sob holofote próprio?

Município gaúcho aprova lei de proteção animal para atender TAC do MP

CONTRA O ABANDONO

Município gaúcho aprova lei de proteção animal para atender TAC do MP



A partir de março de 2015, a permanência e a circulação de animais domésticos soltos pelas vias públicas serão proibidas em Cachoeira do Sul (RS). A prefeitura terá autorização para apreender cães, gatos, cavalos entre outros, que apresentarem sintomas de raiva, estiverem mal-alojados, submetidos a maus tratos ou que estiverem em propriedade alheia.
A autorização legal vem com a promulgação da Lei Municipal 4.345, pelo prefeito Neiron Viegas, no dia 28 de novembro, atendendo pedido do Ministério Público estadual e em consonância com o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com a municipalidade em dezembro de 2011. Na época, a prefeitura resistia às tentativas de construir um canil municipal e de castrar e colocar chip nos animais soltos, o que, aos olhos da Promotoria de Justiça local, impedia a construção de uma política pública que resolveria o problema do abandono animal e suas consequências — obrigação da municipalidade prevista na Constituição.
Segundo o MP, cães e gatos abandonados e em situação de risco, além de se constituir num problema ambiental, que envolve o direito dos animais, é também caso de saúde pública, pois atenta contra o direito do ser humano ao meio ambiente urbano ecologicamente equilibrado. Muitos desses animais são portadores de doenças transmissíveis ao ser humano, colocando em risco a saúde da população.
Além de controlar e identificar animais soltos nas ruas, por meio de chips eletrônicos, a lei vai promover a castração, campanhas de adoção, peças educacionais e parcerias com instituições de proteção animal, prevendo até multas para quem desobedecer seus dispositivos.
Assim, ferir, espancar ou mutilar um animal sujeitará o infrator à multa 12 Unidades de Referência Municipal (cada URM vale R$ 46,27), sem prejuízo de outras penalidades previstas na legislação ordinária. Não alimentá-lo diariamente, por exemplo, rende multa de 20 URMs. A lei discrimina 28 tipos de infrações, classificando-as como leves (de 0,25 a 3 URMs), graves (de 4 a 13 URMs) e gravíssimas (14 a 25 URMs).
A nova lei embasa o já em funcionamento Centro Municipal de Proteção Animal (Cempra) e marca o início da política pública de proteção animal em Cachoeira da Sul. A iniciativa introduz o conceito de responsabilidade para quem vende e adquire os animais, detalha medidas para manter o controle das populações errantes e garante proteção e conforto aos que vivem sob a responsabilidade de seus donos.
Legislação moderna
“Acredito que seja uma das leis mais completas do estado sobre a matéria, construída juntamente com esta Promotoria”, reconheceu a promotora de Justiça Giani Pohlmann Saad, que batalhou incansavelmente para colocar um ponto final nesta chaga, presente em todos os municípios gaúchos.
A grande vantagem da nova lei é que as iniciativas do Poder Público municipal não serão interrompidas, pois passam a se constituir em política permamente — e com previsão de recursos no orçamento municipal. O Cempra, que já conta com abrigo, segundo a promotora, deve ganhar mais dois locais para acolher novos cães e gatos em 2015. Também estão previstas a construção de um ambulatório, de sala pós-parto, de sala de banho e de uma área administrativa. Após a castração, os animais recolhidos e tratados são encaminhados para adoção.
A redação do projeto que criou a ‘‘Política Municipal de Gestão Animal’’ esteve a cargo do advogado Rafael Rochembach, servidor do quadro da Procuradoria Jurídica do município.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Exploração do gás de xisto no Oeste Paulista preocupa MPF

Exploração do gás de xisto no Oeste Paulista preocupa MPF

Publicado por G1
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 Ação civil pede a suspensão dos efeitos da 12ª rodada da ANP. Blocos exploratórios estão sob 37 municípios da região
O Ministério Público Federal está preocupado com a exploração do gás de xisto no Oeste Paulista, devido a degradação ao meio ambiente. A ação civil pública com pedido de liminar, que pede suspensão dos efeitos da licitação realizada no ano passado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), que leiloou a exploração de gás de xisto na bacia do Rio Paraná.
De acordo com o procurador da República, Luís Roberto Gomes, “o MPF pede a suspensão dos efeitos da 12ª rodada da ANP e a suspensão dos contratos de concessão entre os contatos firmados entre a Petrobrás, a Bayar e a Petra Energia, tendo em vista os blocos exploratórios da região de Presidente Prudente, presentes no Estado de São Paulo”.
São cinco blocos que estão no Oeste Paulista, em uma área de 11.090,21 km². Os blocos estão sob 37 municípios das regiões de Presidente Prudente, Dracena e Tupã, e foram arrematados por R$ 10,2 milhões, em um investimento previsto em R$ 55 milhões.
O xisto é um gás natural, barato e que é utilizado principalmente por indústrias e para geração de eletricidade. O gás está concentrado em uma camada profunda de rochas impermeáveis e de difícil acesso. Nos últimos anos, a exploração deste combustível cresceu, principalmente nos Estados Unidos da América (EUA), mas em outros países, ela foi proibida por causa dos danos causados ao meio ambiente.
De acordo com o Ministério Público Federal, a técnica utilizada para fazer a extração do gás coloca em risco os recursos hídricos, localizados na bacia do Rio Paraná. O procurador da república disse que ainda faltam estudos específicos sobre os impactos que o processo poderá causar à região.
“Nenhum estudo com a profundidade necessária com a avaliação ambiental de áreas sedimentares, de forma que não se sabe os efeitos da exploração de gás de xisto na região”, disse o procurador da República. Ele acrescenta ainda que “isto viola o princípio da precaução ao tempo e também não obedece o princípio do desenvolvimento sustentável”.
O processo chamado de "fraturamento hidráulico" consiste na perfuração do solo com uma sonda a mais de 3 mil metros de profundidade. Além disso, para obter o xisto é necessário provocar explosões e, injetar no solo, uma mistura de areia, água e compostos químicos, que criam fissuras nas rochas permitindo que o gás escape. Este processo controverso libera no lençol freático boa parte dessas substâncias e, de acordo com os ambientalistas, colocam em risco a saúde da população e também a atividade econômica.
O advogado ambientalista Carlos Arraes ponta que o processo “vai trazer grandes transtornos ambientais, na forma de como isso será explorado”. “A tecnologia moderna ainda não descobriu como explorar o xisto e o gás sem danificar e sem causar danos ao solo, à água e ao lençol freático. Isso vai ser explorado em cima do lençol freático, que é o aquífero guarani, e causa um grande risco nesse sistema de exploração".
Para o presidente da Bacia Hidrográfica do Pontal do Paranapanema, Ênio Magro, os municípios estão preocupados com a preservação ambiental dos recursos hídricos e por isso, são contra a exploração. “O comitê fez um estudo, tentou se aprofundar e fez uma moção, que foi contrária no sentido de que a preservação dos recursos hídricos aconteça”, destacou.
“A preocupação com a possível poluição do lençol freático, sobre tudo os aquíferos, nós precisamos de mais estudos, que possa dar condições para saber dos impactos ambientais. O comitê continua observando para evitar essa poluição e, se acontecer, que aconteça com toda segurança", acrescentou o presidente da Bacia Hidrográfica do Pontal do Paranapanema.
Por meio de nota, a ANP disse que houve a devida manifestação positiva do órgão estadual ambiental competente e, caso venha ocorrer a exploração, ela será feita de acordo com as melhores práticas da indústria mundial e com respeito ao meio ambiente.
Fonte: G1

Chuveiro a vapor pode ser alternativa para economia de água

Chuveiro a vapor pode ser alternativa para economia de água

Publicado por http://www.ecodesenvolvimento.org/
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                 chuveiro-ecod.jpg
Funcionamento do chuveiro foi inspirado nas saunas a vapor
Imagem: 
Yanko DesignQuem é que não gosta de tomar um bom banho de chuveiro, principalmente no inverno? O problema é que essa prática é uma das principais vilãs das contas de luz e água. Só para se ter ideia, cerca de 135 litros de água são gastos a cada 15 minutos embaixo do chuveiro.
Está certo que o ambientalmente correto seria que deixássemos a água correndo apenas para nos enxaguar, mas o banho perderia toda sua graça. Ao pensar nisso, os estudantes da universidade de ZheJiang, na China, desenvolveram um chuveiro a vapor.
Um painel controlado com sistema touch screen ajusta a temperatura, a quantidade de água e a concentração de vapor.
Batizado de "Vapo", o produto inovador ainda é apenas um projeto conceito, mas tem tudo para dar certo. O funcionamento do chuveiro foi inspirado nas saunas a vapor e permite que o usuário varie entre o módulo de fluxo de água, como um chuveiro normal, e o modo vapor. 
A ideia é que, enquanto nos ensaboamos ou passamos xampu nos cabelos, apenas o vapor fique ligado, permitindo uma sensação boa, mas sem desperdiçar água. Dessa forma, o chuveiro pode ser ligado apenas no momento de enxaguar o corpo, o que permitiria uma grande economia de água.
Quente e úmido
A parte interna do chuveiro verte água para o enxágue e a externa fornece vapor para quando nós estamos aplicando produtos ou nos ensaboando.
Um painel controlado com sistema touch screen ajusta a temperatura, a quantidade de água e a concentração de vapor. Ao tomar banho, as pessoas tendem a deixar a água correndo mesmo quando estão apenas se ensaboando ou passando xampu. Usando o Vapo, os usuários podem ajustar o aparelho para oferecer vapor, mantendo o banho quente e úmido.