domingo, 28 de dezembro de 2014

Licença para matar

Licença para matar

As impressionantes estratégias das lagartas carnívoras para abocanhar seus pratos predilétos: moscas e formigas

por Darlyne A. Murawski
     
Darylene A. Murawski

Lagarta carnívora

Esta lagarta carnívora - uma espécie do gênero Eupithecia - prende e devora uma mosca no Havaí.
Blindagem, odores sedutores, camuflagem sofisticada – essas são as armas físicas e comportamentais usadas pelas lagartas carnívoras. No Havaí, costumam sair à caça disfarçadas de pedaço de pau. Na Dinamarca, algumas vivem sob a terra, fartando-se de formigas. Uma espécie australiana invade os ninhos da formiga Oecophylla smaragdina e devora suas larvas. Dentre as cerca de 160 mil espécies conhecidas de borboletas e mariposas, menos de 1% é carnívora. Algumas começam a vida ingerindo um tipo específico de planta e só depois passam a se alimentar de determinada espécie de inseto. É muito difícil encontrar essas lagartas carnívoras – que estão vulneráveis à extinção.
Uma tocaia silenciosa
Pronta para atacar, uma solitária mede-palmo (lagarta da mariposa Eupithecia orichloris) confunde-se com uma folha de Freycinettia arborea na ilha havaiana de Maui. Junto a sua cabeça, seis pernas servem para agarrar presas que se contorcem. Pêlos e nervos nas costas detectam o toque de outros animais.
Quando um cupim inadvertido se encosta nela, basta um décimo de segundo para a lagarta virar-se e prendê-lo, pronta para devorá-lo. Saciada a fome, ela relaxa e degusta as derradeiras migalhas enquanto as antenas da cabeça decepada do cupim ainda se contorcem.
No Havaí, todas as 20 espécies conhecidas de Eupithecia conseguem camuflar-se com perfeição. Embora existam centenas de espécies de Eupithecia em todo o mundo, a maioria alimenta-se exclusivamente de flores e frutos. Somente no Havaí, contudo, elas se tornaram carnívoras – em um intrigante desvio evolutivo.
Na casa do inimigo
Uma lagarta Maculinea alcon avermelhada devora, incólume, uma larva de formiga do gênero Myrmicadiante de uma formiga adulta que cuida do ninho. Tal postura só é possível graças a um truque olfativo.
Na ilha dinamarquesa de Laeso, a borboleta Maculinea alcon brota de um minúsculo ovo branco numa genciana. Após a eclosão, a lagarta alimenta-se da flor por duas semanas, quando cai no solo. A camada de hidrocarboneto sobre seu corpo exala odor quase idêntico ao das larvas das formigas Myrmica. Enganadas, as formigas consideram a lagarta como uma delas, e a carregam até seu ninho. Lá elas lhe dão alimentação boca-a-boca, com líquidos regurgitados – uma dieta que a lagarta completa com as larvas de formigas. Quando se transforma em borboleta, ela tem de fugir logo do ninho das formigas – e reiniciar todo o ciclo.
Saída pelos fundos
Escapar de formigas furiosas tornou-se uma arte para a Liphyra brassolis. Ainda lagarta, esta borboleta australiana, protegida por lei, alimenta-se só de larvas da formiga Oecophylla smaragdina. Assim que emerge da carapaça protetora, a borboleta adulta torna-se vulnerável a ataques letais das formigas. Em busca da saída do formigueiro, a borboleta solta escamas brancas expelidas das asas e do abdômen. As escamas aderem às formigas, confundindo-as. Só as borboletas que se alimentam de formigas têm essas escamas, uma incrível adaptação. Logo após esticar as asas, a borboleta sai atrás de um parceiro. Seus ovos serão postos perto de um ninho de Oecophylla smaragdina, alvo da geração seguinte de lagartas carnívoras.

sábado, 27 de dezembro de 2014

Dois animais silvestres capturados pela GAM

Dois animais silvestres capturados pela GAM

Patrícia Barreto
Fotos: Divulgação
A equipe da Guarda Ambiental (GAM) de Campos resgatou dois animais silvestres. Após denúncia anônima, um filhote de maritaca foi capturado, em Sapucaia, nesta segunda-feira (15). E no último sábado (13), um cágado foi entregue na sede da corporação, na antiga Ceasa, em Guarus. De acordo com o comandante da GAM, Sávio Tatagiba, este anoforam resgatados, capturados e soltos 479 animais silvestres.  “Recebemos 435 denúncias, 63% delas relacionadas a animais silvestres. Quase 80% desses animais são aves. Os outros 20% se dividem entre répteis e mamíferos”.  O comandante explicou que os animais capturados foram levados para o laboratório do Núcleo de Estudo e Pesquisa de Animais Silvestres (Nepas), da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf).  “Também em 2014, o GAM efetuou 17 prisões em flagrante, referentes à caça ilegal de animais e criação de animais silvestres em cativeiro”, disse Tatagiba.
No mês passado, a GAM apreendeu oito pássaros silvestres da espécie Trinca-Ferro, Papa-Capim e Canários da Terra, que estavam sendo mantidos ilegalmente em cativeiro, em uma casa na localidade de Dores de Macabu, distrito de Campos. Após uma avaliação dos veterinários do Nepas, os animais foram reinseridos na natureza.  
De acordo com o artigo 29 da Lei Federal 9.605, de 1998, regulamentada pelo artigo 24 do Decreto 6.514, de 2007, manter animais silvestres em cativeiro sem a devida licença e/ou autorização do órgão competente é crime. “A multa para quem descumpre a lei é de R$ 500 a R$ 5 mil por espécie. O infrator poderá ainda responder administrativamente e criminalmente. A detenção é de seis meses a um ano”, alertou Tatagiba, acrescentando que pássaros são os animais silvestres mais apreendidos.
Ainda de acordo com o comandante da GAM, alguns animais podem ser criados em cativeiro. Para isso, o proprietário precisa ter registro de criador de passeriformes e o animal ser registrado no Ibama.Para denunciar qualquer crime ambiental basta ligar para os telefones (22) 2725-6483, da Guarda Ambiental, ou 153 da Guarda Municipal. 

Para agradar passageiros e aéreas, Anac revê regras de bagagem


Para agradar passageiros e aéreas, Anac revê regras de bagagem

Solly Boussidan 11/2014 

Muita gente não sabe, mas uma comissão técnica da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) estuda os resultados de consultas públicas realizadas nos últimos meses sobre as regras referentes às bagagens transportadas por passageiros em voos com destino, origem ou trânsito no Brasil.
Tradicionalmente, existem no mundo dois conceitos de bagagem: peso e peça. No primeiro sistema, o passageiro pode despachar uma franquia fixa de peso, inclusa no preço da passagem,  independentemente da quantidade de volumes. Nesse sistema, por exemplo, os 23 kg da franquia de um viajante podem estar concentrados em uma única mala ou distribuídos em diversos volumes, que, em conjunto, não ultrapassem o peso permitido.
Já pelo conceito de peça, o passageiro tem direito a transportar um ou dois volumes de entre 23 kg e 40 kg cada, dependendo do país e da companhia aérea.
No caso de excesso de bagagem, o viajante paga um valor fixo por quilo extra transportado no sistema por peso, o que geralmente gera taxas altíssimas; ou paga uma tarifa fixa para transportar uma peça extra completa no segundo sistema.
EUA, Canadá, Japão e alguns países do Oriente Médio e da África costumam adotar o conceito de bagagem por peça, enquanto o resto do mundo geralmente adota o sistema de peso, mais vantajoso para as companhias aéreas.
Com a proliferação de companhias aéreas de baixo custo, diversos países concentrados principalmente na Europa, América do Norte e Ásia passaram a permitir que as empresas aéreas vendessem bilhetes que não incluem o transporte de bagagem. Nesses casos, independentemente do sistema observado no país, o cliente paga sempre que quiser despachar uma mala. No geral, a principal diferença fica por conta de a cobrança ser feita com base no peso ou na quantidade de volumes despachados, como ocorre com o excesso de bagagem.
A tendência de separar o serviço de transporte propriamente dito dos demais serviços oferecidos pelas companhias aéreas é generalizada. A Gol começou, em 2013, a cobrar pelas refeições servidas a bordo, uma prática comum no exterior há mais de uma década. TAM e Gol também já seguem o modelo internacional e cobram taxas extras por assentos com mais espaço ou mais bem localizados em suas aeronaves.
Há empresas no exterior cobrando ainda pelo direito de embarcar primeiro no avião, pela escolha do assento na classe econômica na hora da compra da passagem e pelo acesso ao sistema de entretenimento a bordo. Há casos extremos: a Spirit Airlines, nos EUA, cobra uma taxa para que o passageiro possa levar bagagem de mão, enquanto a Ryanair, da Irlanda, cobra para que os passageiros possam falar com um funcionário se quiserem fazer o check-in no aeroporto e não pela Internet.
O mercado de taxas auxiliares –o jargão utilizado pelas aéreas para incluir toda cobrança além do bilhete– é o maior filão de crescimento do setor. Para 2014, a estimativa é que US$ 49,9 bilhões da receita de companhias aéreas seja proveniente desse tipo de cobrança, segundo a CarTrawler, uma consultoria irlandesa do setor de aviação. Com base nesses números, a revista Forbes estima que somente nos EUA 10,2% do faturamento das empresas aéreas seja proveniente desse tipo de taxa.
Dentre todos os tipos de cobranças adicionais, o despacho já da primeira mala é a que mais incomoda e irrita os passageiros –e um dos motivos do estudo da Anac é justamente verificar o quanto é possível flexibilizar as regras atuais sem prejudicá-los.
As companhias aéreas nacionais argumentam que a cobrança pelo despacho de bagagem permitiria dar descontos aos passageiros que viajam sem malas. A experiência no mundo, entretanto, mostra que isso não ocorre –as tarifas das grandes companhias aéreas permanecem as mesmas e os passageiros são penalizados com novas taxas.
A irritação já faz com que algumas aéreas grandes do setor, como a Lufthansa, revejam suas políticas em voos europeus.
Regras desencontradas
A Anac, no Brasil, ao contrário de órgãos análogos do exterior, tem demonstrado uma preocupação maior com o lado do passageiro quando há conflitos de interesse. Mesmo assim, a agência às vezes erra a mão.
Na tentativa de garantir de forma mais consistente a quantidade mínima de bagagem que as empresas aéreas devem permitir aos passageiros transportarem, a Anac determinou que para bilhetes com voos originados no Brasil o viajante tem direito a transportar gratuitamente 23 kg em rotas domésticas e na América do Sul. Já para as rotas intercontinentais são dois volumes de 32 kg cada.
Com isso a Anac acabou instituindo um sistema duplo para o Brasil, no qual, dependendo da rota, vigora o sistema de peso ou de peça. Apesar da inconsistência, esse não chega a ser o pior problema da regra atual.
Por um descuido legislativo na redação da norma, a Anac expressou que a regra era válida para bilhetes com voos começados no Brasil, em vez de utilizar a praxe internacional de “origem, destino ou trânsito''.
Foi o suficiente para que empresas –sobretudo estrangeiras– passassem a aplicar regras diferentes para passageiros diferentes.
Por exemplo, quem viaja para a França saindo de São Paulo com um bilhete de ida e volta terá direito a despachar duas malas de 32 kg cada nos dois sentidos. Já um turista francês, viajando pela mesma companhia nos mesmos voos, mas com o primeiro trecho do bilhete saindo da Europa, só terá direito a embarcar com 23 kg –a regra protege quem sai do Brasil, mas prejudica o comércio nacional, já que os visitantes têm muito menos espaço para fazer compras no país.
A possível mudança nas regras de bagagem pela Anac é uma ótima oportunidade de corrigir erros como esses.
SAIBA SEUS DIREITOS
Franquia grátis em bilhetes com voos originados no Brasil*
Destinos:
Domésticos: 23 kg
América do Sul: 23 kg
Demais destinos: Até dois volumes de 32 kg cada
* Segundo as atuais regras da Anac, o passageiro tem direito a essa franquia mínima tanto em voos somente de ida, quanto de ida e volta, quando o primeiro voo parta do Brasil e todos os voos são parte de um mesmo bilhete.
Franquia grátis em bilhetes com destino ou partida do Brasil originados no exterior, por companhia aérea**
Air France/KLM: 1 volume de 23 kg
Air Canada: 2 volumes de 32 kg cada (idêntico às regras da Anac para voos originados no Brasil)
Alitalia: 2 volumes de 23 kg cada
American Airlines: 2 volumes de 32 kg cada (idêntico às regras da Anac para voos originados no Brasil)
British Airways: 2 volumes de 32 kg cada (idêntico às regras da Anac para voos originados no Brasil)
Copa Airlines: 2 volumes de 32 kg cada para origem nos EUA ou Canadá (idêntico às regras da Anac para voos originados no Brasil)
Delta Airlines: 2 volumes de 32 kg cada (idêntico às regras da Anac para voos originados no Brasil)
Emirates: 2 volumes de 32 kg cada (idêntico às regras da Anac para voos originados no Brasil)
Etihad: 2 volumes de 32 kg cada (idêntico às regras da Anac para voos originados no Brasil)
Gol: 1 volume de 23 kg
Lufthansa: 1 volume de 23 kg
Qatar Airways: 2 volumes de 32 kg cada (idêntico às regras da Anac para voos originados no Brasil)
TAM: 2 volumes de até 23 kg cada (voos iniciados nos EUA e Londres: 2 volumes de até 32 kg cada)
TAP: 2 volumes de 32 kg cada (idêntico às regras da Anac para voos originados no Brasil)
United Airlines: 2 volumes de 32 kg cada (idêntico às regras da Anac para voos originados no Brasil)
** Franquia para voos somente de ida, ou de ida e volta, quando o primeiro voo do bilhete não parte do Brasil, em classe econômica.



A presidente do Tribunal de Justiça, Desembargadora Leila Mariano, suspendeu até o trânsito em julgado, ou seja, em última instância, a liminar do juiz da 2ª Vara Cível de Campos, na ação popular movida pelo vereador Rafael Diniz, garantindo a eficácia da Lei Complementar 8.598/2014, que autoriza a Prefeitura Municipal de Campos e o Banco do Brasil a realizarem operação de cessão de crédito.

Em sua decisão, a presidente do Tribunal de Justiça afirma que “a suspensão de segurança é um instituto oferecido ao Poder Público na defesa do interesse coletivo. Consiste em um meio de decisão judicial nas ações movidas contra o Poder Público ou os seus agentes, em caso de manifesto interesse público ou de flagrante ilegitimidade”.

A desembargadora presidente ao analisar o pedido apresentado pela Prefeitura afirma que “a economia pública do Município de Campos dos Goytacazes fica seriamente ameaçada. Afinal restou demonstrada a queda da receita ocasionada pela brusca queda da cotação do barril de petróleo na ordem de 35% dos últimos meses”.

Com a decisão já publicada pelo Tribunal de Justiça na data de hoje, a Prefeitura de Campos e o Banco do Brasil estão liberados para concretizar a cessão de crédito, que resultará na injeção de R$ 250 milhões na economia do Município. 

Reprodução do Radar online, da Veja
Reprodução do Radar online, da Veja


Ou Cabral está em estado de delírio ou então só pode ser piada de Natal. Cabral é um dos que está na lista que o MPF vai pedir abertura de processo no STF por conta do Petrolão. E vai aparecer em outras listas das delações premiadas. Podem apostar que em 2016, Cabral vai estar todo enrolado na justiça. Se já foi escondido na campanha de Pezão, imaginem daqui a um ano. Sem chances! 
fonte: BLOG DO GAROTINHO

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Natal pelo mundo: conheça as comemorações em vários cantos do globo


Natal pelo mundo: conheça as comemorações em vários cantos do globo

Denise de Almeida
Do UOL, em São Paulo


Natal é festa em família, tem Papai Noel e árvore enfeitada... mas cada lugar do planeta comemora a data de um jeito, seguindo os costumes de sua cultura. Conheça abaixo como a festa acontece em dez diferentes países.
Grécia 
AP Photo/Petros Giannakouris
Tanto na véspera de Natal quanto no Réveillon, crianças vão às ruas e cantam canções típicas nas casas de familiares e conhecidos. Elas são parecidas com as músicas natalinas conhecidas no Brasil, mas, claro, cantadas em grego. Cada região do país tem letras diferentes para as músicas e o show não sai de graça: os adultos costumam retribuir a cantoria com dinheiro.
No dia 25, as pessoas vão à igreja bem cedo, principalmente os mais velhos, para rezar em agradecimento. Mas este costume não tem sido seguido pelos mais jovens e muitos deles viajam nesta data. Existem muitas festas por todo o país nesse período entre Natal e Ano-Novo.
Os gregos fazem mais festa no Réveillon do que no Natal. Lá, Papai Noel se chama Ágios Vasílis, mas só chega com presentes para a virada de ano. Um prato típico desta data por lá é um bolo chamado Vasilopita. Dentro dele há uma moeda e dizem que a pessoa que ganhar o pedaço "premiado" terá sorte no próximo ano.
Estados Unidos 
Lionel Cironneau/AP
Os americanos gostam muito de enfeitar casas, ruas e até carros na época do Natal. Shoppings e lojas também fazem decorações muito bonitas e iluminadas, assim como no Brasil. Por lá, o Papai Noel é chamado de Santa Claus.
A tradição é cada membro da família pendurar uma meia próximo à lareira, para receber pequenos presentes. No dia 24 há a ceia natalina e as crianças vão dormir cheias de ansiedade, porque os presentes só podem ser abertos na manhã do dia 25!
Há outro dia no calendário americano em que se faz um grande jantar, como o da ceia de Natal brasileira: é o Dia de Ação de Graças, feriado que acontece no final de novembro. A data serve para reunir família e amigos e agradecer tudo o que se tem.
Japão 
Toru Yamanaka/AFP
Como a maioria da população não é cristã, no Japão não é feriado no Natal, embora a data seja comemorada por lá atualmente. Depois de um dia normal de trabalho, os japoneses comemoram jantando com a família no dia 25.
O cardápio geralmente é frango assado e, como sobremesa, comem um bolo de morango com creme chantili chamado de "Christmas Cake" (ou bolo de Natal). A saudação para a data é Merii Kurisumasu, que significa Feliz Natal.
As crianças recebem presentes do Papai Noel, conhecido por lá como Santa Kuroosu. Nas escolas, há uma troca de presentes. Mas não como no amigo secreto: lá, os presentes vão rodando de mão em mão enquanto uma música é tocada. Quando a canção para, o presente que estiver na sua mão é seu.
A comemoração maior é no Ano-Novo, quando as crianças recebem dos adultos um envelope com dinheiro chamado otoshidama.
Itália 
REUTERS/Alessandro Bianch
Na Itália existe a ceia do dia 24 e o almoço do dia 25. Tudo com bastante comida! O Papai Noel lá é chamado de Babbo Natale e traz presentes no dia 24. As pessoas também costumam assistir à Messa di Natale, conhecida no Brasil como Missa do Galo.
Mas este não é o único dia do ano com presente pra criançada! No dia 6 de janeiro a Befana, uma bruxa boa, traz presentes para quem foi comportado e também deixa dentro de uma meia, como o bom velhinho faz em alguns países. Quem não se comportou ganha um carvão. Mas, calma! O tal carvão na verdade é um doce feito de açúcar.
Inglaterra 
REUTERS/Eddie Keogh
Na Inglaterra, as crianças deixam bolachas, pedaço de bolo de Natal e um copo de leite para o Papai Noel na noite de 24/12. A comemoração mesmo e a troca de presentes é no dia 25, com um almoço, e o feriado se estende até o dia 26.
O panetone não é comum na Inglaterra, mas existe um bolo típico de Natal, com frutas secas. As cidades são enfeitadas com muitas luzes coloridas. Nesta época, como é inverno por lá, começa a anoitecer muito cedo, por volta das 16h. A iluminação, então, destaca-se bastante.
Esse período do ano não é de férias no país, as crianças têm aula até perto do Natal. Os menores fazem apresentação teatral de Natal e festa de Natal com as famílias na escola. Assim como na Alemanha, lá existe o Calendário do Advento, com um chocolatinho ou docinho para cada dia de dezembro que antecede o Natal.
Na noite do dia 24, as crianças vão de porta em porta cantando músicas natalinas e pedem dinheiro para a caridade. A vizinhança vai se juntando, carregando lanternas.
Alemanha 
Michaela Rehle/Reuters
Lá, o Natal é muito esperado mesmo. Tanto que tem até contagem regressiva. Cerca de um mês antes do Natal começa a época chamada de Advento.
Os alemães fazem a Coroa do Advento, que é parecida com as guirlandas conhecidas no Brasil, mas o detalhe é que existem quatro velas encaixadas nela. A primeira vela é acessa quatro domingos antes do Natal e, a cada semana, se acende mais uma. Isso tudo pra simbolizar a chegada de Jesus, trazendo luz às pessoas.
Mas essa não é a única contagem. As crianças também fazem o Calendário do Advento, a partir de 1º de dezembro. O tal calendário tem 24 "janelinhas", uma pra ser aberta a cada dia. Atrás delas, podem ter imagens, guloseimas, tarefas ou presentinhos. Existem versões compradas e feitas em casa.
Como nesta época do ano costuma fazer muito frio na Alemanha e anoitece cedo, as pessoas ficam mais tempo em casa e aproveitam para fazer os preparativos para o Natal. Entre as tarefas, estão enfeitar a casa, escrever cartinhas, ensaiar músicas de Natal ou fazer biscoitos natalinos. Agora, tente falar o nome dos biscoitos: Weihnachtsgebäck.
No dia 6/12 é o dia de São Nicolau, que distribui chocolates ou frutas às crianças nas escolas. Por lá também existe o Papai Noel, chamado de Weihnachtsmann (que significa "o homem do Natal"). Mas quem traz presente de Natal mesmo não é ele, e sim o Menino Jesus, "Das Christkind", em alemão.
Os alemães fazem a ceia no dia 24, com comidas simples e muitas bolachinhas, e um almoço bem caprichado no dia 25. Enquanto brasileiros costumam comer peru, na Alemanha se come pato. E a festa não acaba aí: o dia 26 também é feriado de Natal!
Finlândia 
AFP
As celebrações de Natal na Finlândia começam no Domingo de Advento, que é o primeiro domingo quatro semanas antes do Natal. É nesse dia que são inauguradas as decorações das lojas e escritórios.
As crianças finlandesas também têm um Calendário do Advento e são acesas as velas do Advento, como na Alemanha. É só no último domingo antes do Natal que as pessoas compram e decoram a árvore de Natal. Os finlandeses gostam de pendurar na árvore bandeiras de vários países e um enfeite feito de palha chamado himmeli.
Na Finlândia a primeira refeição que comemora o Natal é feita às 12h do dia 24/12. Por volta das 17h do mesmo dia, as famílias costumam ir à igreja agradecer e rezar por seus parentes e amigos queridos. Lá, o Papai Noel se chama Joulupukki.
Portugal 
Francisco Seco/AP
Em Portugal também é costume fazer a ceia de Natal na véspera, que por lá é chamado de Consoada. Os pratos típicos da data são bacalhau, polvo cozido com arroz, carne de porco, bolinho de jerimum, filhós (massa de pastel frita com açúcar e canela) e bolo rei (um bolo especial de frutas).
As crianças também ficam muito ansiosas pela chegada do Pai Natal, como Papai Noel é conhecido pelas crianças portuguesas. Na noite do dia 24/12, elas deixam uma meia com docinhos, castanhas e um biscoito chamado rebuscado para o Bom Velhinho.
Israel 
Ammar Awad/Reuters
A maioria das pessoas que moram em Israel são judias e, por isso, no dia 25 de dezembro não é feriado lá. Mas os cristãos que moram em Israel também fazem ceia e comemoram a data.
Existe uma festa muito popular em dezembro em Israel. A partir do dia 8/12 começa a celebração de Chanucá, a festa das luzes, que celebra a multiplicação do azeite usado para reacender a Memorá (um candelabro de sete braços) depois da reconquista do Templo Sagrado de Israel há muito tempo.
A festa é celebrada durante oito dias e, a cada anoitecer, uma criança da família acende uma vela na primeira noite, duas na segunda, e assim por diante. Durante a Chanucá as crianças trocam presentes, jogam pião e comem doces como sonho e latkes (um bolinho de batata) e recontam a história que deu origem à festa.
África do Sul 
Stephane De Sakutin/AFP
No dia do Natal, os sul-africanos costumam ir às igrejas onde costumam cantar muitas músicas natalinas. É quando voltam da missa que as pessoas servem a ceia em uma mesa cheia de parentes e amigos. Todos comem frango, carne bovina, carne de carneiro ensopada e bolinhos de massa.
No Natal, as crianças sul-africanas ganham brinquedos, roupas e doces de presente. No dia 26 de dezembro também é feriado na África do Sul. A data é uma maneira de comemorar o fato do país ser independente hoje em dia e é uma forma das famílias esticarem as celebrações de Natal.
Agradecimentos: Centro da Cultura Judaica, Consulado da Finlândia em São Paulo, Consulado da África do Sul em São Paulo, Goethe-Institut São Paulo, Casa de Portugal, sala de professores de língua japonesa da Fundação Japão em São Paulo (FJSP), Evrediki Aidonopoulou, Isabel Hölzl, Stephanie Jones, Renata Sperling Konrad, Camila Sture, Paula Dume e Akira Suzuki.

Transposição de água do rio Paraíba do Sul para Cantareira não encerra crise da água, dizem especialistas

Transposição de água do rio Paraíba do Sul para Cantareira não encerra crise da água, dizem especialistas

Publicado por http://www.ecodebate.com.br/
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 Além de não resolver problema de SP, transferência de água da bacia do rio Paraíba do Sul para sistema paulista pode afetar abastecimento no RJ. Sob críticas, governo federal diz que medida é “tecnicamente viável”.

Estiagem afeta o rio Paraíba do Sul na cidade de Barra do Piraí, no Rio de Janeiro

A transposição de água da bacia do rio Paraíba do Sul para o Sistema Cantareira pode amenizar, mas não dar fim à crise da água no estado de São Paulo. Segundo especialistas ouvidos pela DW Brasil, além de não solucionar a escassez nos reservatórios paulistas, a medida poderia prejudicar o abastecimento na região metropolitana do Rio de Janeiro.
A proposta foi apresentada em março pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Nesta quarta-feira (05/11), o presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu, sinalizou que a transposição é “tecnicamente viável”.
“Tudo é possível, mas tem um custo. As autoridades erram ao não fazerem um estudo técnico antes de tomarem uma decisão política”, critica o oceanógrafo David Zee, professor da Uerj.
A bacia do rio Paraíba do Sul banha os estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. De acordo com a proposta de Alckmin, o rio Atibainha, que fica no Sistema Cantareira, receberia água do reservatório do rio Jaguari, que é um dos afluentes do Paraíba do Sul.
“Uma retirada adicional de água trará impactos que serão sentidos com mais força quando houver escassez de chuva”, diz Paulo Carneiro, pesquisador do Laboratório de Hidrologia da Coppe/UFRJ. “A segurança hídrica deve diminuir, e a frequência de períodos de seca na bacia, aumentar.”
O especialista em recursos hídricos Antônio Carlos Zuffo não acredita que a transposição irá resolver a crise hídrica em São Paulo. O volume do Cantareira continuará descendo, mesmo que em menor intensidade.
“A cada dia, o nível do reservatório fica mais baixo. Enquanto entram em torno de 9,63 metros cúbicos de água por segundo, são retirados 22,5 [metros cúbicos] para o Alto Tietê e o consórcio PCJ, que abastece algumas cidades do interior paulista. A defasagem é grande”, diz Zuffo.
O nível do sistema Alto Tietê e da represa Guarapiranga também diminuiu de forma drástica. Como os reservatórios do sudeste e do centro-oeste estão com volume muito baixo, se chover pouco até o fim deste ano, é possível que haja um racionamento de energia, alerta Zuffo.
Interesses em jogo
A transposição da bacia do Paraíba do Sul envolve impasses jurídicos, administrativos e econômicos. Carneiro afirma que o argumento de que a medida vai aumentar a segurança hídrica é falso.
Para o especialista, a pressa da ANA e do governo de São Paulo em fazer a transposição é questionável. O projeto, que é complexo e exige uma série de etapas preparatórias, seria executado num período mínimo de três anos.
“Isso só mostra que houve de fato uma incompetência no planejamento de longo prazo. Não dá para querer sangrar o Paraíba do Sul sem trazer o assunto para o debate amplo, sem colocar as cartas na mesa”, diz Carneiro. “São Paulo sabia há mais de duas décadas que era necessário fazer investimentos para evitar uma crise de abastecimento.”
Além das obras, a transposição exigiria resolver entraves jurídicos. O reservatório Jaguari foi construído pela Companhia Elétrica de São Paulo (Cesp) para a geração de eletricidade. Segundo Zuffo, para fazer a transposição, a ANA precisa fazer outra outorga junto ao Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), para que o reservatório também seja destinado ao abastecimento urbano.
“A Cesp terá de ser indenizada, porque a retirada de água vai reduzir o rendimento da usina hidrelétrica. A amortização do investimento feito na construção não será cumprida no período previsto”, afirma.
Em nível territorial, o gerenciamento de recursos hídricos no Brasil é dividido por bacias hidrográficas. Apesar de estar em São Paulo, a bacia do Paraíba do Sul é federal e de responsabilidade da ANA. O domínio da bacia, no entanto, é do estado de São Paulo.
“Há uma sobreposição de legislações. Esse imbróglio jurídico precisa ser resolvido, por isso, está no Supremo [Tribunal Federal (STF)]“, diz.
O ministro Luiz Fux, do STF, convocou uma audiência de mediação para que o tema seja debatido entre o governo federal, agências reguladoras, Ministério Público Federal e representantes dos estados. Fux negou um pedido de liminar da Procuradoria Geral da República para impedir a transposição.
Ainda estão em jogo os interesses do Rio de Janeiro e de Minas Gerais, já que a bacia do Paraíba do Sul abastece várias cidades nos dois estados. O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, declarou que, se a União decidir transferir água do Paraíba do Sul para o Sistema Cantareira, ele irá acatar.
Matéria de Karina Gomes, da Deutsche Welle, DW.DE, reproduzida pelo Portal EcoDebate