segunda-feira, 13 de outubro de 2014


Prefeituras decretam multa para quem desperdiçar água

Os problemas causados pela falta de chuva em Minas estão obrigando prefeitos a adotar medidas drásticas para evitar o desperdício de água.
 
Apenas campanhas educativas e rodízio não estão sendo suficientes para conscientizar a população.

Quem for flagrado desperdiçando água em Formiga (Centro-Oeste), como lavar a calçada e o carro com mangueira, poderá ser multado em até R$ 180, conforme decreto do Executivo. “Chegamos a fazer rodízio, mas não resolveu. Muitas pessoas continuam usando água inadequadamente”, justificou o diretor-geral do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), Ney Araújo.

Na primeira vez que os fiscais abordarem o morador, ele será orientado sobre a necessidade de economizar água. Na segunda, a multa será aplicada. Havendo uma terceira incidência, o fornecimento do serviço será cortado.

Apenas na semana passada foram expedidas 500 notificações. Ney explicou que a vazão do rio Formiga é, normalmente, de 187 litros por segundo. Porém, nessa quinta-feira (9), atingiu menos da metade: 90 litros por segundo. “A situação é crítica. A água que captamos vem da cabeceira do rio. O restante é só esgoto”.

A punição também foi a alternativa encontrada pela Prefeitura de Itapecerica (Centro-Oeste) para evitar que a situação se agrave. O morador que desperdiçar água terá que pagar R$ 120.

Já Igarapé, na Grande BH, estuda implementar medida semelhante. “Aguardamos a aprovação da Copasa sobre quanto tempo o sistema rio Manso conseguirá fornecer água para a cidade”, disse o secretário municipal de Administração, Leandro Pereira.

Sem Aulas

Em Oliveira (Centro-Oeste), as aulas na rede pública foram suspensas há uma semana, afetando cerca de 7 mil alunos, e só devem ser retomadas em 20 de outubro. A medida, segundo o prefeito João da Madalena, foi necessária porque há risco de não ter água suficiente para a limpeza das escolas. “Questão de saúde pública. Essa é uma das piores captações de água da história”, disse.

O racionamento também motivou o cancelamento de um evento no início da semana na Universidade Federal de Viçosa (UFV), na Zona da Mata, com 20 mil participantes. A direção da instituição determinou a redução em 25% do volume de água captado na represa da universidade.

Plano de Segurança

O Instituto Mineiro de Gestão de Águas (Igam) planeja instituir um plano de segurança hídrica para 2015. O objetivo é fazer um diagnóstico com ações preventivas para as situações em todos os períodos – seca e chuva – no Estado. “No momento, todas as bacias mineiras estão com o nível baixo. No entanto, quando o período chuvoso atingir seu ápice, o problema da seca termina e começa o das enchentes”, explicou a diretora-geral do Igam, Marília de Melo.

Medida paliativa tem resultado positivo

Com a estiagem prolongada, medidas adotadas pelos municípios para serem paliativas acabaram se tornando alternativas eficazes para evitar o desabastecimento. É o caso das pequenas barragens formadas com sacos de areia para aumentar a captação no rio e das manobras para direcionar e controlar a água para os bairros, garantindo que moradores sejam abastecidos por certo tempo num mesmo dia e evitando o racionamento.

São os casos de Manhuaçu e Governador Valadares, dois dos 228 municípios da Bacia Hidrográfica do Rio Doce – 26 capixabas e 202 mineiros – que figuram entre os mais atingidos pela estiagem. Em Valadares, o nível do rio chegou a 29 centímetros negativos há duas semanas.

De acordo com a direção do SAAE, o abastecimento é garantido por causa das manobras, da dragagem e a construção de uma barragem com sacos de areia no principal ponto de captação de água. Uma bomba submersível também foi instalada no rio.

Em Manhuaçu, manobras são feitas para levar água para os bairros. Segundo o diretor do SAAE, Jorge Aguiar, as pequenas barragens têm ajudado a garantir o abastecimento. “Estamos fazendo manobras diárias, revezando para não racionar. Esperamos vencer essa estiagem com elas”. Aguiar disse ainda que as campanhas de conscientização apresentam resultados positivos.

Vazão na represa de Três Marias é reduzida

A vazão da represa de Três Marias (região Central de Minas) foi reduzida de 150 metros cúbicos para 140 metros cúbicos. A medida foi autorizada nessa quinta-feira (9) pela Agência Nacional de Águas (ANA), em reunião com o Operador Nacional do Sistema (ONS) e o Comitê da Bacia do Rio São Francisco. Por causa da seca prolongada, a situação do Velho Chico é a pior em 83 anos, desde que as vazões começaram a ser medidas, em 1931.

O nível da represa está em apenas 4,4% (551 metros). Um cronograma para novas reduções foi agendado até o fim do ano. Segundo o presidente do comitê, Anivaldo Miranda, a medida pretende frear a queda do nível do reservatório e chegar até o fim de novembro com 2% do volume útil.

Anivaldo disse que, com a forte estiagem, os prejuízos financeiros e ambientais ao longo do rio superam milhões de reais. “Um cenário drástico pode se transformar em catastrófico”, ressaltou.

Uma nova reunião sobre a situação do Velho Chico será realizada no fim do mês, e a Cemig levará dados de testes feitos com turbinas para avaliar a produção de energia com a vazão menor.

Caminhada na Praça da Liberdade

No próximo domingo, a Praça da Liberdade será o ponto de partida da Caminhada pela Água, realizada pela Associação Brasileira de Águas Subterrâneas (Abas). A concentração está marcada para as 8h. O espaço público também receberá, a partir deste sábado (11), uma exposição interativa
sobre o tema.

A mostra “Venha conhecer o fundo do poço – de onde vem a água que você bebe” será aberta às 9h30. Além de falar sobre economia e desperdício da água, os trabalhos ressaltam a importância do líquido para a vida e história dos povos e mostra de onde vem a água que bebemos. O público poderá visitar a exposição até o dia 19 de outubro.

FONTE :HOJE EM DIA

Mais de 30 pássaros silvestres apreendidos em residência de SFI

Mais de 30 pássaros silvestres apreendidos em residência de SFI

Ação se deu através de uma denúncia anônima aos agentes
 Reprodução / Blog Show Francisco

Ação se deu através de uma denúncia anônima aos agentes

Uma ação conjunta da Secretaria de Meio Ambiente e a Unidade de Policiamento Ambiental (UPAm) do Desengano apreendeu vários pássaros silvestres na tarde desta quinta-feira (02/10), na localidade de Ponta da Ilha, no município de São Francisco de Itabapoana.
Segundo informações do secretário de Meio Ambiente, Cláudio Henri, o objetivo das constantes ações é coibir os crimes contra a fauna. A ação se deu através de uma denúncia anônima e ao chegarem ao local, uma residência foram encontrados 10 pássaros da espécie Tiziu, 18 coleiros, sete sanhaço e um coleiro do brejo, totalizando 36 pássaros.
O proprietário da casa, identificado com as iniciais C.A.A.M, de aproximadamente 40 anos teria confessado que capturava os animais e os mantinha em cárcere.
Também na tarde desta quinta-feira, durante uma denúncia anônima, os agentes estiveram em uma área de taboa, na localidade de Amontado, em SFI, onde estava sendo praticada queimada. No local nenhum suspeito foi localizado.
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Reprodução da Folha de S. Paulo online
Reprodução da Folha de S. Paulo online


Em seu depoimento à Justiça Federal, o ex-diretor da PETROBRAS Paulo Roberto Costa além de mostrar as entranhas da corrupção na estatal revelou um fato que pode causar muita polêmica no Rio de Janeiro. Disse que organizou este ano reuniões para um candidato a governador, inclusive para arrecadar fundos e montar programa de governo na área de energia. Até as paredes da CEDAE sabem quem organizou a reunião. Afinal quem na CEDAE foi funcionário de carreira na PETROBRAS junto com Paulo Roberto Costa? E "Paulinho", como o homem da CEDAE o chama, estava empenhadíssimo, haviam inclusive prometido a ele um cargo de secretário no próximo governo. 

FONTE BLOG DO GAROTINHO

domingo, 12 de outubro de 2014

Poluição plástica nos mares: problemas para a fauna e para o ser humano

Poluição plástica nos mares: problemas para a fauna e para o ser humano

Medidas estão sendo tomadas, mas impacto ambiental continua grande

Pesquisadores da The University of Western Australia e da CSIRO Wealth from Oceans Flagship fizeram um estudo, ao fim de 2013, em que puderam apurar que a cada quilômetro quadrado de água da superfície do mar australiano está contaminado por cerca de quatro mil pequenos fragmentos de plástico. Essa pesquisa permitiu o primeiro mapeamento de plásticos flutuantes marinhos no litoral australiano. O professor Charitha Pattiaratchi afirmou que, em hotspots ("pontos quentes" - regiões de grande biodiversidade), plásticos foram encontrados no mar perto de áreas densamente povoadas, em regiões em que as correntes oceânicas convergem. Mas esse problema está muito mais próximo do que podemos imaginar.
No litoral brasileiro, a maior parte de lixo marinho é plástico. Fatores como o descarte incorreto dos banhistas, de embarcações e falta de coleta seletiva em determinadas regiões faz com que esse resíduo sólido entre em contato no ambiente marinho e acarrete diversos tipos de problemas para o ecossistema.
No país, o aumento de consumo de peixe aumentou 196% entre 2002 e 2010, conforme último levantamento feito pelo Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA). Isso tem gerado preocupações, uma vez que existe o problema com relação à toxicidade do plástico em animais marinhos. Pesquisas realizadas no Brasil comprovaram que alguns peixes apresentam alto índice de toxinas pesadas em seu organismo e isto está diretamente ligado à poluição de rios e oceanos.
O professor Alexander Turra do Laboratório de Manejo, Ecologia e Conservação Marinha do Instituto Oceanográfico, criado no ano de 2012, quer coletar e monitorar o lixo marinho com o objetivo de compreender a fonte do resíduo, identificar características como: tipos, materiais, porcentagem, número e peso. O projeto monitora seis praias do litoral de São Paulo e está em expansão para abranger um maior número de praias.
Consequências e envolvimentos
Problemas como formação de ilhas de plásticos nos oceanosasfixiaingestão e envenenamento em animais marinhos, são resultantes do lixo humano nos mares. Estudos realizados no atum destinado ao consumo humano detectaram microplásticos em seu estômago, o que significa que também estamos expostos a esse problema. “Há cada vez mais evidências de que animais marinhos, que vão desde o plâncton às baleias, ingerem grandes quantidades de plásticos carregados de poluentes, que possa então ser incorporado na cadeia alimentar”, explica Doutor Reisser, PHD do UWA Oceans Institute.
Os plásticos têm altos índices de absorção de poluentes e substâncias tóxicas e podem sofrer alteração com a exposição aos raios ultra violetas e a água salgada, juntando-se ao plâncton. Logo, um peixe ou qualquer tipo de animal marinho que se alimente desses materiais corre o risco de contaminação.
Há investimentos em tecnologias que podem ajudar nesse controle do lixo humano, como o desenvolvimento do "robô aquático" que navega pelos oceanos coletando plásticos e do "filtro auto-sustentável marinho", que filtra o resíduo de diversos tamanhos. E também há o processamento do plástico encontrado no oceano para utilizar na produção de embalagens como a "garrafa feita de plástico do oceano". Essas iniciativas junto com outras podem contribuir na redução desse material nos oceanos, mas ainda são muito iniciais.
Se você tem dúvidas de onde descartar aquele material que você não utiliza mais, clique aqui para ver locais onde você possa descartar corretamente e evite contribuir para aumentar a poluição marinha.

Sinalização de trilha reúne 600 voluntários no Rio

Sinalização de trilha reúne 600 voluntários no Rio















Foi um enorme sucesso a ação voluntária para sinalizar 100km da Trilha Transcarioca, o maior caminho ecológico carioca, ligando Grumari ao Pão de Açúcar. Nada menos do que 600 voluntários participaram do mutirão que sinalizou 34 trechos da trilha, no domingo. A ação conjunta envolveu 23 organizações, entre instâncias públicas das três esferas, organizações do terceiro setor e grupos de excursionistas. A Transcarioca deverá estar 100% implementada em 2016.

fonte: JORNAL O GLOBO

bope e Datafolha: Aécio tem 46%, e Dilma, 44%

Pesquisa Ibope divulgada nesta quinta-feira (9) aponta os seguintes percentuais de intenção de voto no segundo turno da corrida para a Presidência da República:
- Aécio Neves (PSDB): 46%
- Dilma Rousseff (PT): 44%
- Branco/nulo/nenhum: 6%
- Não sabe: 4%
A pesquisa foi encomendada pela TV Globo e pelo jornal “O Estado de S. Paulo”. Na margem de erro, os candidatos estão empatados tecnicamente. É o primeiro levantamento divulgado pelo instituto no segundo turno da eleição presidencial.
Votos válidos
Se forem excluídos os votos brancos e nulos e dos eleitores que se declaram indecisos, mesmo procedimento utilizado pela Justiça Eleitoral para divulgar o resultado oficial da eleição, os índices são:
Aécio – 51%
Dilma – 49%
Na margem de erro, os candidatos estão empatados tecnicamente.
O Ibope ouviu 3.010 eleitores em 205 municípios de 7 e 8 de outubro. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%, o que quer dizer que, se levarmos em conta a margem de erro de dois pontos, a probabilidade de o resultado retratar a realidade é de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-01071/014.
1º turno
No primeiro turno, Dilma teve 41,59% dos votos válidos e Aécio, 33,55% (veja os números completos da apuração no país).
Pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (9) aponta os seguintes percentuais de intenção de voto no segundo turno da corrida para a Presidência da República:
- Aécio Neves (PSDB): 46%
- Dilma Rousseff (PT): 44%
- Branco/nulo: 4%
- Não sabe/não respondeu: 6%
A pesquisa foi encomendada pela TV Globo e pelo jornal “Folha de S.Paulo”. Na margem de erro, os candidatos estão empatados tecnicamente. É o primeiro levantamento divulgado pelo instituto no segundo turno da eleição presidencial.
Votos válidos
Se forem excluídos os votos brancos e nulos e dos eleitores que se declaram indecisos, mesmo procedimento utilizado pela Justiça Eleitoral para divulgar o resultado oficial da eleição, os índices são:
Aécio – 51%
Dilma – 49%
Na margem de erro, os candidatos estão empatados tecnicamente. O Datafolha ouviu 2.879 eleitores nos dias 8 e 9 de outubro. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. Isso significa que, se forem realizados 100 levantamentos, em 95 deles os resultados estariam dentro da margem de erro de dois pontos prevista. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-01068/2014.
1º turno
No primeiro turno, Dilma teve 41,59% dos votos válidos e Aécio, 33,55% (veja os números completos da apuração no país).
Fonte: G1

sábado, 11 de outubro de 2014

O Gol do plástico na Copa do Mundo

O Gol do plástico na Copa do Mundo
30/06/2014
Ao longo dos anos, com a evolução tecnológica, o plástico se tornou um dos materiais mais utilizados em todo o mundo, considerado um recurso que facilita e dinamiza muitas atividades do dia-a-dia. Dos utensílios domésticos aos veículos de transporte, da logística à agricultura, até a aplicação em estádios e equipamentos esportivos, são inúmeras as soluções plásticas desenvolvidas pela indústria química.
Com as atenções voltadas à Copa do Mundo deste ano, realizada no Brasil, os estádios podem ser vistos como um dos principais campos de aplicação do plástico e seus derivados: cadeiras, pintura, traves do gol, estruturas de suspensão, copos descartáveis, tampas e rótulos de bebidas, tudo isso contém elementos como polietileno, polipropileno ou PVC.
A Braskem, maior produtora de resinas termoplásticas das Américas, é uma das empresas responsáveis por vários destes produtos, como o xileno. O composto faz parte das tintas e solventes aplicados nas traves, nos postes de iluminação e nos suportes dos refletores nos estádios, garantindo maior durabilidade e proteção anticorrosiva às superfícies.
Os assentos das cadeiras também contêm elementos plásticos em sua composição. Nos estádios Arena Fonte Nova (BA), Mané Garrincha (DF) e Itaquerão (SP), o polipropileno produzido pela Braskem serve como a matéria prima para os assentos. No caso do estádio do Morumbi, em São Paulo, os assentos utilizaram polietileno verde, polímero desenvolvido a partir da cana de açúcar, matéria-prima renovável, e produzido em larga escala exclusivamente pela Braskem.
No Maracanã, que sediará a grande final da Copa do Mundo, um dos componentes que reveste a cobertura do estádio é a Unilene, resina hidrocarbônica de petróleo de baixo peso molecular, que auxilia na resistência à ação da luz e do tempo e na performance de características isolantes.
O plástico se tornou ainda uma opção atraente para a confecção de produtos esportivos, como chuteiras, luvas de goleiro e bolas. Devido ao baixo custo de produção, o couro sintético, feito a partir de resinas termoplásticas PVC, é cada vez mais utilizado pela indústria esportiva. Para as roupas dos jogadores, e na rede do gol, os principais compostos são o paraxileno e o cumeno, presentes nas fibras sintéticas de poliéster e nylon.
Além de couro sintético, os solados das chuteiras também utilizam como matéria prima o butadieno, composto presente no revestimento interior das bolas. O plástico é visível até mesmo no gramado dos estádios: o polietileno é um dos compostos usados para a produção da grama sintética aplicada no campo.
O público que assiste aos jogos é outro grande usuário dos referidos itens. Dentro dos estádios, a maioria das cornetas, dos apitos, dos chapéus e de outros acessórios utilizados pela torcida é feita com compostos químicos. Além deles, os produtos comercializados dentro e fora de campo, como saquinhos de salgadinhos, copos descartáveis, tampas e rótulos de bebidas, compõem a variedade de itens que utilizam plástico e derivados em sua composição.

Fonte: ABC do ABC

Racionamento de água chega a 2,8 milhões de pessoas em SP

Racionamento de água chega a 2,8 milhões de pessoas em SP

Redação VEJA.com - 10/2014
jonrawlinson/Creative Commons



racionamento oficial de água de São Paulo já atinge 2,77 milhões de pessoas em 25 municípios do Estado. De acordo com levantamento feito pelo jornal Folha de S. Paulo, o número de habitantes afetados pelo rodízio é 32% maior do que em agosto, quando 2,1 milhões de pessoas viviam sob essa condição. O racionamento ocorre em cidades onde o abastecimento de água e o tratamento de esgoto são feitos pelos governos municipais.

O maior município com racionamento é Guarulhos, onde 87% da água é comprada da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). A prefeitura diz que estuda a captação de novos mananciais e a Sabesp informou que reduziu a vazão para a cidade por exigência da Agência Nacional de Águas (ANA), que solicitou a diminuição da captação do sistema Cantareira.

CRISE HÍDRICA Desde fevereiro, a Sabesp tem adotado um conjunto de ações para diminuir a retirada de água do sistema, que antes da crise era de 31 mil litros por segundo. Além do desconto na conta para quem economizar água, a concessionária remanejou os recursos hídricos de outros sistemas para bairros atendidos pelo Cantareira e reduziu a pressão da água na rede de distribuição à noite - medida que levou a queixas de falta d’água. Mesmo com essas medidas, a empresa teve de captar água do volume morto do sistema que ainda abastece 6,5 milhões de pessoas só na Grande São Paulo.

Pelos cálculos, a primeira cota do volume morto deve durar até a primeira quinzena de novembro. Para garantir o abastecimento da Grande São Paulo até março de 2015 sem decretar racionamento oficial, a Sabesp pretende usar uma segunda cota da reserva, de 106 bilhões de litros.

A Agência Nacional de Águas (ANA), um dos órgãos reguladores, condicionou a autorização de uso da água à apresentação de um plano de contingência pela companhia, que prometeu entregar uma versão final nesta segunda-feira.

(Com Estadão Conteúdo)

CNJ prepara política pública voltada para a sustentabilidade

CNJ prepara política pública voltada para a sustentabilidade
Notícias - Geral
Seg, 15 de Setembro de 2014 09:46

CNJ prepara política pública voltada para a sustentabilidade
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) disponibilizará para consulta pública, a partir desta segunda-feira (8/9), a minuta da resolução que dispõe sobre políticas públicas voltadas à sustentabilidade no Poder Judiciário. O uso racional de recursos naturais e de bens públicos tem como objetivo a eficiência do gasto público e o menor impacto no meio ambiente. O texto estará disponível no portal do CNJ até 7 de outubro. Quem quiser encaminhar sugestões sobre o tema poderá fazê-lo pelo e-mail consultapublica@cnj.jus.br.
A minuta prevê a criação de unidades ou núcleos socioambientais para criação de projetos, desenvolvimento de ações de sustentabilidade, monitoramento de metas anuais de economia de recursos e avaliação de resultados. Para isso, estabelece o chamado Plano de Logística Sustentável do Poder Judiciário (PLS-PJ), prevendo levantamento de dados relativos a gastos com produtos e serviços que deverão ser informados pelos tribunais e repassados periodicamente ao CNJ.
Divulgação anual – O Balanço Socioambiental do Poder Judiciário será alimentado por informações consolidadas em relatórios de acompanhamento do PLS-PJ e as informações serão publicadas anualmente pelo CNJ e nos sites dos respectivos órgãos do Poder Judiciário.
Entre os pontos incluídos na minuta da resolução estão a adoção de coleta seletiva de resíduos, as realizações de campanhas de sensibilização e de consumo consciente de água e energia, a substituição no uso de materiais danosos ao meio ambiente, bem como o uso racional de bens, como papel, em razão da implementação do Processo Judicial Eletrônico (PJe).
As unidades socioambientais cuidarão do planejamento dessas ações voltadas à qualidade do gasto público e ao uso racional de recursos naturais e bens públicos, desde as compras sustentáveis, passando pela sensibilização e capacitação dos servidores, até a qualidade de vida no ambiente de trabalho.
Após 7 de outubro, a minuta voltará a ser debatida pelos conselheiros do CNJ, gestores e servidores do Poder Judiciário.
Regina Bandeira
Agência CNJ de Notícias

Falta interesse de professor por carreira

Falta interesse de professor por carreira, diz estudo

Os cursos de formação de professores têm evasão maior que 30%, acima da média registrada por outras graduações

AE
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Apesar de haver escolas sem professores no Brasil, o número de licenciados entre 1990 e 2010 seria suficiente para atender à demanda atual por docentes. É o que revela a pesquisa inédita do professor José Marcelino de Rezende Pinto, da Universidade de São Paulo (USP). Faltam, portanto, profissionais interessados em seguir carreira dentro da sala de aula.
O estudo aponta para a necessidade de tornar a profissão mais atrativa e de incentivar a permanência estudantil na área. Isso porque o número total de vagas na graduação é três vezes maior que a demanda por professores estimada nas disciplinas da educação básica (mais informações nesta página). Em todas as áreas, só as vagas de graduação nas universidades públicas já seriam suficientes para atender à demanda.
Para realizar a pesquisa, o autor cruzou a demanda atual por profissionais na educação básica com o número de formados nas diferentes disciplinas curriculares entre 1990 e 2010. Assim, apenas em Física é possível afirmar de fato que o número de formandos não é suficiente para suprir a necessidade.
Segundo Marcelino, os titulados preferem ir para outras áreas a seguir a docência. "A grande atratividade de uma carreira é o salário. Mas, além da remuneração, o professor tem um grau de desgaste no exercício profissional muito grande. E isso espanta", afirma o pesquisador, que é da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP de Ribeirão Preto.
Os cursos de formação de professores têm evasão maior que 30%, acima da média registrada por outras graduações. "Em vez de financiar novas vagas, muitas vezes em modalidade a distância sem qualidade, precisamos investir para que o aluno entre e conclua."
Dados recentes mostram que há um déficit nas escolas brasileiras de 170 mil professores apenas nas áreas de Matemática, Física e Química. Só na rede estadual de São Paulo, 21% dos cargos necessários estavam vagos no ano passado, como revelou o Estado na ocasião. A maior lacuna era em Matemática e Português, esse último com falta de 7,1 mil docentes - o governo do Estado afirma que os alunos não ficam sem aula, mesmo que acompanhados por professores de outras formações.
Em Língua Portuguesa, a pesquisa revela um dos maiores abismos. O número de concluintes entre 1990 e 2010, de 325 mil, é quase três vezes maior que a demanda calculada, em torno de 131 mil.
Só três disciplinas aparecem com razão negativa entre concluintes e demanda: Ciências, Língua Estrangeira e a já citada Física (veja o infográfico ao lado). Nas duas primeiras, os dados não refletem algumas condições: a área de Língua Estrangeira é atendida por formados em Letras, que tem alto índice de estudantes, e muitos professores de Ciências têm formação em Biologia - que tem a maior proporção de concluintes.
Ganho. O salário de um professor é, em média, 40% menor que o de um profissional de formação superior. Foi essa diferença de renda que fez Simone Ricobom, de 40 anos, deixar a docência em 1998 - após cinco anos na área - para trabalhar na Previdência Social. "Havia o pensamento de que o professor tinha de ser um pouco mãe e eu queria ser profissional. Também percebi que não havia projeção na carreira." Ela voltou a atuar na educação infantil entre 2008 e 2012, dessa vez na rede particular, mas se decepcionou novamente.
O coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, diz que o resultado da pesquisa desconstrói um falso consenso sobre um "apagão". "Os dados reforçam que a principal agenda na questão docente é a da valorização", diz. "Valorização é garantia de boa formação inicial e continuada, salário inicial atraente, política de carreira motivadora e boas condições de trabalho."
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

MPF pede suspensão das obras de recuperação das lagoas da Barra da Tijuca, RJ

MPF pede suspensão das obras de recuperação das lagoas da Barra da Tijuca, RJ

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Lagoa na Barra da Tijuca, tomada por esgoto. Foto do Projeto Olho Verde, do Biólogo Mario Moscatelli

Projeto foi aprovado sem Estudo de Impacto Ambiental e sem autorização dos órgãos federais competentes
O Ministério Público Federal no Rio de Janeiro (MPF/RJ) expediu na última sexta-feira, 12 de setembro, recomendação à Secretaria Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro e ao Instituto Estadual de Ambiente (Inea) para que sejam suspensas as obras relacionadas ao chamado “Projeto de Recuperação Ambiental do Sistema Lagunar da Barra da Tijuca e Jacarepaguá. O projeto, apresentado pelo Governo do Estado, foi avaliado em R$ 660 milhões, e abrange obras de dragagem das lagoas de Jacarepaguá, Camorim, Tijuca, Marapendi e do Canal de Joatinga, a extensão do quebra-mar do Canal da Joatinga em 180 metros e a criação de ilha artificial na lagoa da Tijuca, a partir do material resultante da dragagem do complexo lagunar.
De acordo com a recomendação dos procuradores da República Sergio Gardenghi Suiama e Ana Cristina Bandeira Lins, as obras não deverão ser executadas sem a prévia elaboração de Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (EIA-RIMA) e a prévia manifestação dos órgãos federais competentes: Ibama, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Secretaria de Patrimônio da União (SPU) e Marinha do Brasil.
O MPF pede ainda que as licenças ambientais já concedidas, relacionadas ao projeto, sejam anuladas. As autoridades estaduais tem um prazo de 30 dias para informar ao MPF a respeito do cumprimento da recomendação.
Irregularidades do projeto de recuperação das lagoas da Barra – Investigações do MPF identificaram diversas irregularidades no Projeto de Recuperação Ambiental do Sistema Lagunar da Barra da Tijuca e Jacarepaguá. A Comissão Estadual de Controle Ambiental (CECA) dispensou a elaboração do EIA-RIMA para as obras, determinando somente a apresentação de um Relatório Ambiental Simplificado (RAS). Em maio de 2013, o Inea expediu licença prévia para o projeto tendo por base apenas o RAS, elaborado pela empresa Masterplan.
Para o MPF, a legislação federal obriga a Secretaria Estadual a realizar EIA-RIMA em razão: a) do volume de dragagem previsto (de 5,7 milhões de metros cúbicos); b) do impacto direto causado na linha da costa, decorrente da obra de extensão do quebra-mar, afetando diretamente a balneabilidade e alteração da hidrodinâmica das praias do Pepê e Joaatinga; c) da criação de um ecossistema artificial de mais de 444 mil metros quadrados – denominado de “ilha-parque”, em detrimento do ecossistema nativo existente entre as lagoas do Camorim e da Tijuca.
Tais fatores, segundo a recomendação, são potencialmente causadores de significativa degradação do meio-ambiente, e afetam diretamente bens da União, sobretudo o mar territorial e os terrenos da marinha situados na costa. Além disso, o projeto engloba em sua área de influência 22 Unidades de Conservação de Proteção Integral, inclusive o Parque Nacional da Tijuca.
O MPF especificou que, por esses motivos, é necessária a prévia manifestação do órgão ambiental federal (o IBAMA) a respeito do projeto, bem como autorizações do ICMBio, da Secretaria de Patrimônio da União e da Marinha para a execução das obras.
Segundo o art. 60 da Lei 9.605/98, é crime, punido com pena de detenção, de um a seis meses, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente, “construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer funcionar, em qualquer parte do território nacional, estabelecimentos, obras ou serviços potencialmente poluidores, sem licença ou autorização dos órgãos ambientais competentes, ou contrariando as normas legais e regulamentares pertinentes”. O artigo 6º, parágrafo 1º, da Lei Federal 7.661/98 também prevê a interdição e a demolição das obras, caso elas sejam executadas sem prévia licença ambiental válida.
Fonte: Procuradoria da República no Estado do Rio de Janeiro
EcoDebate, 09/2014

Tendências e desafios das emissões brasileiras de Gases de Efeito Estufa

Tendências e desafios das emissões brasileiras de Gases de Efeito Estufa (GEE)Tasso Azevedo - 25/08/2014 às 18:34

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No inicio da década passada, o Brasil chegou a ser o terceiro maior emissor de gases de efeito estufa, mas, com a queda do desmatamento, essas emissões tiveram redução expressiva, em especial no período de 2005 a 2010. Apesar deste decréscimo, o Brasil ainda está entre os dez países mais emissores, com emissão per capital muito similar à global: 7 toneladas de CO2e por habitante/ano.
Esta é uma das diversas constatações do conjunto de relatórios analíticos, sobre trajetórias e tendências das emissões brasileiras de bases de efeito estufa, lançado na última semana pelo Observatório do Clima (OC) a partir dos dados produzidos peloSistema de Estimativa de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG).
São seis volumes classificados por setor – energia, indústria, agropecuária, resíduos e mudança de uso da terra – e um relatório síntese. Nos primeiros, são analisadas as trajetórias das emissões brasileiras de 1990 a 2012 e das políticas públicas que influenciam esta trajetória. O relatório síntese também faz a projeção das emissões do Brasil em 2020 e propõe referências para metas de redução do Brasil no médio e longo prazos (2030 e 2050), além de uma série de recomendações para colocar o Brasil na trajetória de uma economia de baixo carbono.
O relatório aponta que, entre 2005 e 2012, houve grande transformação na composição das fontes de emissão dos gases de efeito estufa no Brasil. A participação das emissões por mudança de uso da terra (onde está incluído o desmatamento) caiu pela metade – de 65 para 32% – e a participação do setor de energia dobrou, crescendo de 14 para 30%.
Veja as figuras abaixo que indicam as emissões de GEE no Brasil, por setor e gás, no período de 2005 a 2012. Clique nelas para ver os detalhes:
Gases-por-Setores-e-Gases-em-CO2e-(2005)-menor

Gases-por-Setores-e-Gases-em-CO2e-(2012)menor
Os dados de 2012, quando agrupados por atividade econômica, mostram que o agronegócio responde por 62,5% das emissões brasileiras, o que inclui emissões diretas da atividade agropecuária, boa parte das emissões por desmatamento, emissões de energia consumida no setor e emissões por resíduos industriais do setor.
No setor de transportes, as emissões por transporte individual (carro e moto) são mais do que o triplo das emissões do transporte coletivo (68 x 20 milhões de tCO2e), apesar de este último transportar muito mais gente que o primeiro. A redução do consumo de álcool e o aumento do consumo de gasolina, entre 2009 e 2012, agrava este dado.
Veja a figura abaixo, que mostra a distribuição das emissões de GEE no Brasil em 2012, por atividade econômica. Clique nela para ver os detalhes:
Gases-por-Atividade-Economica-em-CO2e-(2012)-(2)-menor
O relatório síntese indica que a trajetória de quedas pode estar se encerrando e, em 2020, deve chegar a uma trajetória ascendente, apesar de estar ainda dentro da meta estabelecida na Politica Nacional de Mudanças Climáticas. Esta é uma fonte de preocupação, pois o desenho do novo acordo global de clima em construção indica a necessidade de todos os países assumirem compromissos de redução de emissões no período pós 2020.
O Observatório do Clima propõe que o Brasil estabeleça um conjunto de metas de médio e longo prazos para as emissões de GEE, que seja compatível com a trajetória global de emissões durante este século para limitar o aumento de temperatura em 2ºC. Em 2030, as emissões que, em 2012, estavam em 1,5 Gt CO2e deveriam ser reduzidas a um máximo de 1 Gt CO2e e, em 2050, não deveriam ultrapassar 0,5 Gt CO2e.
Trata-se da primeira proposta concreta de metas de redução de emissões para o Brasil no médio e longo prazos. Um bom subsídio para o debate do novo acordo climático global em 2015.

Foto: .joao xavi./Creative Commons/Flickr