sexta-feira, 3 de outubro de 2014


Reprodução da Veja online
Reprodução da Veja online


Como podem ver no documento abaixo, revelado pela Veja online, um relatório de setembro deste ano constata que sumiram 54 vagões de trens antigos da Supervia fora de uso. Esses vagões fazem parte do patrimônio do Estado e simplesmente desapareceram, igualzinho às vigas da Perimetral com Eduardo Paes. O leilão desses vagões poderia render R$ 40 milhões, mas os trens "evaporaram". Cadê os trens, Pezão?


Licitação para Parque Solar de 50 MW em Israel

Licitação para Parque Solar de 50 MW em Israel

Iniciativa de Energias Renováveis de Eilat-Eilot anuncia licitação para o Parque Solar de Timna, de 50 megawatts, no sul de Israel. O novo campo de energia solar irá aumentar a produção de energia renovável de Israel e diversificar a produção de energia do país.
 Licitação para Parque Solar
A licitação está programada para ser publicada em 19 de outubro e será aberta apenas para sistemas de painéis solares fotovoltaicos e o custo da oferta cobrirá apenas a aquisição do terreno. Será permitida a participação de licitantes qualificados internacionais.
“É com muito orgulho que anunciamos a licitação para o Parque Solar de Timna, expandindo significativamente a quantidade de energia solar produzida nas regiões de Arava e Eilat, que hoje é de 65 megawatts”, explica Dorit Davidovich-Banet, CEO da Iniciativa de Energia Renovável de Eilat-Eilot e Presidente da Conferência de Energia Verde de Eilat-Eilot. “O novo Parque Solar de Timna oferece aos licitantes e seus investidores uma oportunidade atraente para construir um campo de energia solar rentável, com o suporte da excelente infraestrutura e um ecossistema dinâmico de energia renovável.”
“Este projeto também tem o potencial de servir como base para a cooperação internacional em toda a região com conectividade e fornecimento de energia solar para as redes nacionais de países vizinhos.”, disse Eitan Parnass, Diretor-Geral da Associação de Energia Verde de Israel.
Cada licitante deverá apresentar um plano detalhado de sua tecnologia e sistemas propostos à Comissão Nacional de Planejamento israelense para aprovação.
 Licitação para Parque Solar
Timna
O novo empreendimento ocupará um terreno de 247 hectares adjacente ao local das antigas Minas Timna, aproximadamente 28 km ao norte de Eilat. Os mapas detalhados da área e o relatório de impacto ambiental serão fornecidos aos licitantes qualificados no processo.
Na Conferência de Eilat-Eilot durante a Israel Energy Week haverá uma sessão especial dedicada a discutir os detalhes do projeto e o processo de licitação para o Parque Solar de Timna. Esta sessão da conferência está prevista para as 13h do dia 9 de dezembro. No dia seguinte, às 08h, os licitantes serão levados a uma excursão ao terreno do Parque Solar de Timna.
Sobre Conferência de Energia Verde de Eilat-Eilot na Israel Energy Week
A Conferência e Feira Internacional de Energia Verde de Eilat-Eilot está entre as principais plataformas globais para apresentar inovações tecnológicas, oportunidades de negócios, políticas e aplicações no campo das energias renováveis. A conferência reúne milhares de participantes de todo o mundo.
A Missão Econômica de Israel está organizando uma delegação brasileira para a Israel Energy Week. Para mais informações sobre entre em contato conosco:
Luiza Martinez
T: +55 21 3259-9148
Luiza.Martinez@israeltrade.gov.il

Ana Claudia Felisardo
T: +55 11 3095-3111
Ana.Felisardo@israeltrade.gov.il
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Águas de ninguém

Águas de ninguém

A ONU está em busca de zeladores para cuidar de dois terços dos oceanos

por Rossana Silva
Setenta por cento dos 510 milhões de km2 da Terra são ocupados pelos mares. E dois terços dessa infinidade de água não têm dono. Ou seja: não há nenhum tipo de legislação sobre a pesca ou pesquisas que utilizem os recursos do fundo do mar em toda essa área. Esse vazio jurídico ocorre porque apenas as 200 milhas náuticas de cada país, contadas a partir do litoral, estão sujeitas às leis nacionais. Fora desse limite, não existe tribunal para julgar um navio que lava seus tanques com produtos químicos em alto-mar, por exemplo. "Isso é preocupante porque estamos vendo uma crise grave da biodiversidade marinha, com zonas sem oxigênio", explica o brasileiro André Abreu de Almeida, que coordenou a Campanha Oceanos da ONU com vistas à realização da Rio+20 e trabalha na ONG Tara Expeditions, da França.
Em 2008, um relatório da União Internacional pela Conservação da Natureza (IUCN) concluiu que menos de 1% dos oceanos têm áreas protegidas. Essa situação pode começar a ser solucionada com a criação de um novo órgão dentro da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (Unclos). A expectativa é que a nova instituição seja aprovada na 69ª Assembleia-Geral da ONU, em setembro de 2014. Ambientalistas e a comunidade científica torcem para que a nova agência seja criada nos moldes da International Seabed Authority, responsável por legislar apenas o fundo do mar - e não a coluna d'água.

COLETA SELETIVA :EMBALAGENS DEVO LAVAR OU NÃO LAVAR ?

Embalagens destinadas à coleta sweletiva: lavar ou não lavar?Afonso Capelas Jr. - 

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Você lava as embalagens dos produtos consumidos em casa antes de jogá-las na lata de lixo com a boa intenção de viabilizar a reciclagem?
Se respondeu afirmativamente saiba que esta pode não ser uma atitude tão sustentável quanto se imagina. Você certamente está desperdiçando muita água potável e, de quebra, aumentando a quantidade de esgotos despejados nos sistemas de coletas da sua cidade.
Por outro lado, a prática da lavagem desses recipientes – de plástico, alumínio, aço, papelão ou vidro – evita, sim, a infestação por formigas, baratas, moscas e ratos. O que fazer?
“Não existe resposta pronta, nem fácil”, afirma Sandro Mancini, especialista em reciclagem de resíduos sólidos e professor do curso de Engenharia Ambiental da Universidade Estadual Paulista (Unesp).
Mancini deixa claro que lavar as embalagens não facilita em nada a reciclagem desses materiais, porque eles serão derretidos a altíssimas temperaturas. “Esses materiais vão cair em fornos com temperaturas altíssimas. Ou seja, um pouco de refrigerante, leite condensado ou vinho que estiver dentro de suas embalagens de alumínio, aço e vidro não fará diferença alguma. Vai virar fumaça que será neutralizada pelo sistema de tratamento de efluentes gasosos da empresa recicladora”, informa o especialista da Unesp.
De acordo com Mancini, o alumínio é derretido a 700 graus, em média, o aço a quase 2 000 graus e o vidro a 1 000 graus. Já o material plástico é derretido a temperaturas em torno de 200 a 300 graus. “Por terem temperaturas de fusão bem mais baixas os plásticos, ao contrário dos outros materiais, somente são derretidos depois de uma lavagem para retirar impurezas”.
Mesmo no caso dos plásticos, contudo, lavá-los em casa também pode ser considerado desperdício de água potável, de esforço e de tempo, de acordo com Mancini.
Ele toma como exemplo um frasco de maionese feito de PET, todo lambuzado. “Na indústria de reciclagem esse frasco vai ser moído, antes de tudo. Os flocos vão cair numa banheira com água de reuso, não potável. Por estar moído, essa lavagem será bem mais eficiente e a água será mais uma vez reutilizada até ficar nojenta. Depois ela será tratada e, provavelmente, voltará ao processo novamente, sem desperdícios”.
Mas e os problemas com os perigos da contaminação e com os bichos atraídos pelos restos de alimentos nas embalagens? “Por enquanto não há solução mágica para esse impasse”, reconhece o professor da Unesp. Em casa, tampar adequadamente ocesto de lixo pode resolver a questão. Em um depósito ou em uma cooperativa a situação se complica.
“Imagine uma cooperativa com milhares de latas de leite condensado com potencial de contaminação. É possível refletir, com razão, que uma lavagem feita em casa antes do descarte ajudaria. Mas também se pode pensar – e novamente com razão – que para o processo de reciclagem em si essa lavagem é desnecessária, pois essa lata vai ser derretida a 2 000 graus”.
Então, na dúvida, a recomendação é que se evite lavar as embalagens usadas paraeconomizar água. Melhor ainda é perguntar ao catador que passa na sua rua que nível de limpeza é suficiente para a manipulação posterior. Ele saberá responder com precisão.

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Aécio, Dilma e Marina silenciam sobre o São Francisco

Aécio, Dilma e Marina silenciam sobre o São Francisco, artigo de Roberto Malvezzi (Gogó)

Publicado em setembro , 2014 por 
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bacia do rio São Francisco

[EcoDebate] Segundo a CEMIG, hoje entram 27 m3/s de água em Três Marias e saem 158,6 m3/s. Se não chover em um mês o rio São Francisco irá cortar num trecho de 40 km. Será a primeira vez em sua história conhecida.
Dizem os estudiosos que há milhões de anos atrás o São Francisco corria para o norte e desaguava no delta que hoje é do Parnaíba. A rota mudou a partir de Pilão Arcado. Dali ele ia para o Piauí. Mudanças geológicas alteraram o curso do rio e ele desceu na direção do que hoje é Remanso, indo desaguar entre Alagoas e Sergipe.
Dilma esteve nas obras da Transposição, como que inaugurando algum trecho, assim ganhar votos com a promessa da água abundante. Não teve coragem de visitar o São Francisco, nem dar uma única palavra aos 13 milhões de brasileiros que estão vendo seu rio morrer a cada instante. Aliás, em 4 anos de governo, Dilma manteve-se absolutamente infensa às demandas da população ribeirinha e do próprio rio.
Aécio, o governador de Minas, que não mexeu uma palha em defesa de seus municípios mais prejudicados, também disse que vai concluir a Transposição. Ótimo. Só não diz como vai abastecer os dez municípios de seu estado que estão praticamente sem água. Assim, o santo vai fazer milagre em território alheio, mas como todo santo, não cuida dos deveres básicos de seu território.
E Marina? Esteve no Ceará e falou que vai concluir a Transposição. Num evento de educadores católicos em Brasília misturou a Transposição com o Bolsa Família, FIES e disse que vai concluir a obra. Não falou uma única palavra sobre o São Francisco.
Nenhum deles citou a revitalização e nenhum deles cita a situação crítica da água em todo território brasileiro. O desespero da população de Itu, já ameaçando invadir a câmara de vereadores local é apenas o prefácio das revoltas que se instalarão por todo país caso o milagre das chuvas – como é bom ver as corporações técnicas e políticas invocando São Pedro! – não lhes salvar a pele. Porém, o retorno das chuvas apenas aliviará a tragédia, mas o problema retornará cada vez mais constante e severo, ainda mais com as mudanças climáticas em andamento. Vamos pagar um preço incalculável pela exploração predatória de nossos rios.
Assim, seja qual for o eleito, se o São Francisco depender de alguma política pública – e tantos outros rios brasileiros -, a finalização de seu assassinato é questão de tempo.
Roberto Malvezzi (Gogó), Articulista do Portal EcoDebate, possui formação em Filosofia, Teologia e Estudos Sociais. Atua na Equipe CPP/CPT do São Francisco.

A saga da Dona Xepa sustentável

A saga da Dona Xepa sustentável

Radicada no Morro da Babilônia, a chef Regina Tchelly – que, em 2011, criou o projeto Favela Orgânica - vai ensinar culinária sustentável aos cozinheiros do Vaticano

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Carolina Barbosa Veja Rio - 2014
Tomás Rangel

De Alain Ducasse a Daniel Boulud, raros seriam os mestres-cucas que não topariam o desafio de entrar no Vaticano para treinar os cozinheiros da Santa Sé. Corre no noticiário italiano, no entanto, que quem recebeu o convite para a tarefa sagrada foi Regina Tchelly, de 32 anos, paraibana de Serraria radicada no Morro da Babilônia, no Leme, há mais de uma década.

Ainda que não ostente no currículo nenhum certificado de uma prestigiada escola internacional de culinária, razões não faltam para explicar a solicitação. Militante da gastronomia sustentável, cujo grande pilar é o aproveitamento total dos alimentos, a cozinheira desenvolve um trabalho que está exatamente alinhado com os ideais do papa Francisco, dono de um discurso enfático contra o desperdício de comida no mundo. "A casca de uma cenoura pode ser incorporada a uma receita de bolo, e a rama, por sua vez, ser usada em um molho pesto", exemplifica ela.

De origem simples, Regina Tchelly tornou-se conhecida a partir de 2011, quando trabalhava como empregada doméstica e, em paralelo, criou no lugar onde vive o projeto Favela Orgânica*. O objetivo era ensinar aos moradores como aproveitar ao máximo os alimentos.

Tudo começou com um investimento de 140 reais e uma oficina para seis mulheres. Logo em seguida, a empreitada ganhou desdobramentos: um bufê e novas palestras e treinamentos, como o que fez na semana passada em Foz do Iguaçu, onde ensinou às merendeiras locais a arte de preparar lanches mais saudáveis - algo que, em maior proporção, foi feito na Inglaterra pelo chef e apresentador de TV Jamie Oliver, que liderou uma campanha por uma nova dieta estudantil. "As pessoas complicam muito a alimentação, e minha proposta é descomplicá-la. Os chefs querem ser mais estrelas do que a própria comida", critica a chef, que fez apenas um curso profissionalizante no Senac e sonha em conseguir fundos para construir uma sede para o projeto.

Com seu jeito espontâneo e batalhador, Regina teve reconhecimento instantâneo para sua iniciativa. Participou da Rio + 20, comandou o bufê para receber o príncipe Harry, em março de 2012, e organizou, no ano seguinte, um banquete para o ator Harrison Ford no Morro da Babilônia. Na ocasião, fez um salpicão de casca de melancia. Ao contar ao astro americano que se tratava de um "viagra natural", ouviu dele: "Very, very good!".

Mais recentemente, a convite do italiano Carlo Petrini, fundador do movimento internacional Slow Food, passou uma temporada na Universidade de Ciências Gastronômicas, em Pollenzo, onde mostrou sua técnica aos alunos. Antes dela, o último brasileiro que esteve lá foi Alex Atala, eleito o melhor chef do mundo pela revista inglesa Restaurant. "Regina desenvolveu seu talento com a ideia de não desperdiçar, uma tendência cada vez maior entre cozinheiros cuidadosos. Seu trabalho inclui um impressionante conjunto de valores que ligam comida e sociedade", diz Petrini. São receitas, como o Vaticano vai ver, para comer de joelhos
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quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Água desperdiçada e rio Paraíba seco

Patrícia Barreto
Foto: Leitor André Luiz Araújo
Inconformado com o desperdício de água, em meio a uma crise hídrica, um leitor registrou o flagrante da irrigação da área verde implantada pelo município no bairro Flamboyant, em Campos. Através de um caminhão-pipa, um funcionário realizou o serviço, por aproximadamente 40 minutos. Ainda de acordo com o leitor, este serviço é realizado três vezes por semana. Ele classifica o ato como afronta do poder público. Em junho deste ano, no site oficial, a Prefeitura divulgou uma matéria sobre os três anos de implantação do projeto de paisagismo e manutenção de jardins e canteiros. São mais de 100 praças em todo município regadas semanalmente em diversos bairros. A Assessoria da Prefeitura de Campos, não informou a origem da água que é utilizada para irrigar as praças e jardins da cidade. Nesta sexta-feira (26), enquanto o desperdício era apontado nas ruas da cidade, o rio Paraíba do Sul batia mais um recorde negativo, com o nível atingindo 4,55 metros, de acordo com informação do secretário municipal de Defesa Civil, Henrique Oliveira, que relatou que há previsão de chuvas para o interior de São Paulo nos próximos dias.
De acordo com o ambientalista Aristides Soffiati, cada litro de água gasto com a manutenção desses espaços pode ser uma porção de água a menos nas torneiras da população. “As áreas verdes são essenciais para o equilíbrio ambiental das cidades. Sem as praças e jardins, aumenta a poluição e piora a qualidade do ar. Cuidar das áreas verdes é melhorar a qualidade de vida nos centros urbanos. Mas há que se encontrarem alternativas para este trabalho, caso esta água utilizada seja potável”, ponderou.
Mesmo com o nível baixo, a concessionária de abastecimento, Águas do Paraíba, ainda não considera crítica a situação atual. Mas o gerente de Operações, engenheiro Silas Almeida, diz ser necessário o uso consciente da água por parte da população, sobretudo neste momento de seca e estiagem. “Não há o menor cabimento que continuem sendo registradas cenas de pessoas varrendo calçadas com água e lavando carros com mangueira”.
Ele explica que o rio Paraíba do Sul continua baixando progressivamente, pela ausência de chuvas nas cabeceiras e praticamente em todo o Sudeste do Brasil. Silas Almeida garantiu que ainda não há risco de desabastecimento na cidade e no interior, pois a água bruta em Campos é captada a um metro e meio de profundidade do leito do rio, no bairro do Caju. No início deste mês, a cota de 4,73m no rio. No dia 27 de agosto, o nível caiu s 4,65m.

Primeira parte da reserva do Cantareira pode acabar em 57 dias

Primeira parte da reserva do Cantareira pode acabar em 57 dias

O governo Geraldo Alckmin (PSDB) conta com uma segunda cota da reserva profunda das represas para manter o abastecimento

AE
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O secretário paulista de Saneamento e Recursos Hídricos, Mauro Arce, disse nesta quinta-feira, 25, que a primeira cota do volume morto do Sistema Cantareira deve durar até o dia 21 de novembro, se o índice de chuvas na região dos reservatórios permanecer como está. O governo Geraldo Alckmin (PSDB) conta com uma segunda cota da reserva profunda das represas para manter o abastecimento na Grande São Paulo até março do ano que vem sem adotar racionamento oficial de água.

"Nós agora temos um segundo volume que estamos preparando para usar. Vamos adiar o máximo", disse Arce, sobre os 106 bilhões de litros adicionais da reserva que a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) pretende utilizar. "Se continuar assim, vamos liberar no dia 21 de novembro", completou o secretário, que participou de uma visita ao Parque Várzeas do Tietê, na zona leste de São Paulo, ao lado de Alckmin. O uso do segundo volume morto ainda não foi liberado pelos órgãos reguladores do manancial.

Nesta quinta, o nível do Cantareira chegou a 7,4% da capacidade, o mais baixo da história. Restam hoje nos cinco reservatórios que formam o manancial 72,2 bilhões de litros da primeira cota do volume morto, de 182,5 bilhões, que começou a ser bombeada no dia 31 de maio. Alckmin tem apostado na próxima temporada de chuvas, que vai de outubro a março, para aliviar a crise de abastecimento e recarregar as represas. Para ele, há chances de não precisar utilizar a segunda cota do volume morto. "Nós estamos preparados. Mas talvez nem precise da chamada da segunda reserva técnica", disse o tucano, que havia descartado retirar mais água da reserva há três meses.

Laboratórios terão cinco anos para substituir 17 testes em animais por métodos alternativos

Laboratórios terão cinco anos para substituir 17 testes em animais por métodos alternativos

Ione Aguiar - Brasil Post -09/2014

sxbaird/Creative Commons


Boa notícia para quem é contra testes com animais!

Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação publicou, nesta quinta (26), uma resolução que reconhece 17 métodos alternativos ao uso de animais em atividades de pesquisa no Brasil.

Agora, os laboratórios terão cinco anos para substituir, em todos os casos cabíveis, o uso de animais pelos métodos alternativos listados pelo Ministério.

"A mudança deve permitir uma redução significativa do emprego de animais em estudos toxicológicos", disse o coordenador do Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (Concea), José Mauro Granjeiro, em comunicado.

Os 17 métodos servem para medir o poder de irritação e corrosão da pele e dos olhos, além de absorção e sensibilização cutânea e toxicidade. Com isso, diz Granjeiro, uma série de produtos, como cosméticos, agrotóxicos, medicamentos, tintas e saneantes deixarão de ser testados em animais.

Segundo Granjeiro, existe no Brasil uma questão histórica. "Se acredita ser mais fácil usar animal, já que os novos testes precisam ser padronizados. Mas agora nós estamos indicando que o caminho é substituir por essas alternativas, em suas diversas aplicações.

terça-feira, 30 de setembro de 2014


Outubro será de pouca chuva, prevê ONS

Relatório divulgado ontem pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) prevê que a situação dos reservatórios das hidrelétricas continuará baixo em outubro.
 
O mês, segundo o ONS, será marcado por poucas chuvas, o que provocará afluência hídrica “abaixo da média histórica” para o período. A exceção será a Região Sul. Para o período até 3 de outubro, no entanto, a expectativa é de aumento das afluências nos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Sul. Para as regiões Norte e Nordeste, o Programa Mensal de Operação (PMO) traz perspectiva de “recessão”. De acordo com o operador, a prioridade é preservar os estoques armazenados nos reservatórios das Hidrelétricaslocalizadas nas cabeceiras dos rios Grande, Paranaíba e São Francisco.

Consumo de energia cai este mês

O consumo médio de energia elétrica entre 1º e 23 de setembro caiu 0,6% em relação ao mesmo mês do ano passado. De acordo com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o uso médio no período foi de 59,131 mil MW. O Sudeste concentra o maior volume de consumo, com 61% (35.868 MW médios), seguido pelo Sul, com 17% (9.911 MW médios), e o Nordeste, com 16% (9.311 MW médios). A geração registrou leve alta, de 0,20% no período, com 61.802 médios. De acordo com o boletim semanal da CCEE, a geração térmica cresceu 32%, enquanto a eólica aumentou 91% frente a setembro do ano passado. Por ramo de atividade, setores com grande demanda de energia, como o de metalurgia e produtos de metal, reduziram o consumo em cerca de 12%, o químico em 11% e o de bebidas, em 24%.

FONTE CORREIO BRASILIENSE

Quatro animais prestes a desaparecer

Mudanças no habitat podem fazer estas espécies sumirem do mapa daqui a poucos anos
 
1 - Urso polar
É dependente do gelo para a pesca. Um adulto precisa de até 5 quilos de gordura de foca por dia somente para manter o peso. AsMudanças Climáticas tornaram cada vez mais difíceis a reprodução e a alimentação.

2 - Borboleta-monarca
A espécie é totalmente dependente da folha das plantas de serralha, onde seus ovos são postos, para sobreviver. No entanto, o uso disseminado de pesticidas e o corte ilegal de árvores põem em risco as populações.

3 - Baleia-franca-do-pacífico
É a espécie de baleia que enfrenta maior risco de extinção do mundo. Entre as ameaças estão a falta de diversidade genética, a escassez de fontes de alimentos e o derrame de petróleo.

4 - Tetraz-cauda-de-faisão
Seu habitat já teve 120 milhões de hectares, mas diminuiu drasticamente com a expansão da pecuária. A construção de estradas também contribuiu para fragmentar as populações.

 FONTE; O GLOBO

segunda-feira, 29 de setembro de 2014


A água do Sistema Cantareira pode acabar?

Você já deve saber que nossa água está acabando.
 
Assim, quando me deparei com o secretário de Recursos Hídricosdo Estado, Mauro Arce, e o presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu, em um mesmo palco, dispostos a responder perguntas, não resisti: “Se nos próximos 12 meses as chuvas forem semelhantes às que ocorreram nos últimos 12 meses, os 6 milhões de paulistanos que dependem exclusivamente do Sistema Cantareira terão água em 2015?” A pergunta é simples e não exige adivinhação, pois não questiona se vai chover. Simplesmente solicita a construção de um cenário a partir de dados já conhecidos. O sr. Andreu respondeu: “Se nós tivermos um ano parecido com esse, não teremos uma resposta satisfatórias na região metropolitana no ano de 2015”. O sr. Arce divagou sobre o que ocorreria se nunca mais chovesse. Fiquei sem resposta. Afinal, a água do Cantareira pode acabar?
Se os responsáveis pela ANA e pela Sabesp se recusam a nos contar o que pode acontecer em 2015, só me resta uma opção: tentar construir com você, caro leitor, os cenários mais prováveis. Isso é possível porque os dados necessários são atualizados diariamente em uma série de tabelas e gráficos publicados no site da ANA.
Convido a olhar com cuidado o gráfico acima. Ele mostra a quantidade de água estocada no Sistema Cantareira ao longo de cada ano, de 1982 até o presente. No eixo horizontal estão as datas. Cada linha vertical marca o início de um ano. No eixo vertical está o volume de água acumulada nos reservatórios do Cantareira em milhões de metros cúbicos (hm³). Este número vai de zero (reservatório seco) a 1.460, reservatório transbordando, totalmente cheio. Você também pode ver uma linha horizontal no valor 486, que separa o volume “vivo”, que pode ser retirado sem uso de bombas (entre 1.460 e 486) e o volume “morto” (entre 486 e 0), que só pode ser retirado por bombeamento.

É fácil verificar que todos os anos o nível do reservatório sobe e desce. Ele enche logo após o ano-novo (período de chuvas), se estabiliza antes da metade do ano, e esvazia na segunda metade do ano (período de secas). Mas o quanto ele enche e esvazia varia de ano para ano, dependendo de quanto chove e de quanta água é retirada. Veja o ano de 1999: ele iniciou com aproximadamente 1.050 hm³, subiu até 1.430 e desceu para 1.030. Em 1999, a água que entrou foi quase igual a água que saiu. Já em 1987, o reservatório começou com 860, subiu para 1.420 e só baixou para 1.200. Naquele ano entrou mais água do que saiu.
Acompanhe agora o que aconteceu a partir de 2010. Em 2010 o reservatório chegou ao seu máximo, 1.460, e caiu para 1.200, no ano seguinte (2011) ele subiu para 1.400 e terminou em 1.150. Em 2012, ele subiu muito pouco e terminou o ano em 950. O ano de 2013 já foi trágico, a subida foi pequena e a queda foi grande, e acabamos 2013 já com um pouco mais de 700 hm³, um dos menores níveis históricos. Foram quatro anos em que os níveis registrados em dezembro sofreram quedas grandes e sucessivas. E aí veio 2014, um ano em que ocorreu um fenômeno nunca antes observado. O ano de 2014 foi o único em que o reservatório nem sequer encheu, a quantidade de água armazenada caiu continuamente. Iniciou o ano com 700 hm³ e agora em setembro estamos com somente 370 hm³. Veja que em setembro de 2013 estávamos com 870 hm³. A queda nos últimos 12 meses foi de 500 hm³.
Agora, caro leitor, eu pergunto, você é capaz de responder a pergunta que a Sabesp e a ANA se recusaram a responder? Se os próximos 12 meses (setembro de 2014 a setembro de 2015) forem iguais aos 12 meses anteriores (setembro de 2013 a setembro de 2014), qual cenário enfrentaremos em setembro de 2015? É fácil, mas trágico. Se nos próximos 12 meses o nível cair 500 hm³ (como caiu nos últimos 12 meses), chegaremos muito antes de setembro ao nível zero, pois hoje só temos, 370 hm³ no Cantareira. Esta é a resposta simples e objetiva. Se tudo se repetir, milhões de pessoas vão ficar sem uma gota de água. Simples assim.
Mas talvez não seja correto ser tão pessimista, vamos imaginar que as chuvas do fim do ano acrescentem 200 hm³ ao reservatório, como aconteceu em 1985, 1988 e 2011. O nível vai passar de 370 para 570. Mas se continuarmos a tirar água como tiramos neste ano, vai cair para quase zero novamente, e as pessoas vão ficar sem água.
Mas o melhor seria se São Pedro ajudasse e repetíssemos em 2015 o que ocorreu em 1987, o reservatório subisse 650 hm³ em um único ano (o recorde). Aí passaríamos de 370 para 920 e se retirássemos os mesmos 500 acabaríamos o ano com 420 hm³, um pouco abaixo do limite do volume morto. Melhor, mas ainda preocupante.
É claro que estes cenários são os mais crus que um leigo educado pode deduzir a partir dos dados disponíveis. Eles assumem que a Sabesp não vai mudar a maneira como está retirando água do Cantareira e assumem que é possível retirar até a última gota do reservatório, o que não é verdade. O fato é que muito antes de o volume acumulado nos reservatórios chegar a zero não haverá água sequer para organizar um rodízio ou racionamento forçado.
Senhor secretário, senhor presidente da ANA, não fiquem acanhados em mostrar o que está errado nesses cenários criados por um simples biólogo. Todos gostaríamos de saber com que cenários a Sabesp e a ANA trabalham. Quais são seus cenários? Sei que devo estar errado nos detalhes, mas todos gostaríamos de saber o que teremos de enfrentar em 2015. Afirmar que teremos água até março não é suficiente. Afinal, é a vida cotidiana de milhões de pessoas que está em jogo.
Se outros cenários não forem descritos e justificados, só me resta acreditar que estes cenários, simples, mas lógicos, representam em grande parte o que nos espera em 2015.

FONTE:O ESTADO DE SÃO PAULO

Coletores de cartões de plástico são instalados em Brasília e no Rio

Cartões de plástico sem uso poderão ser descartados em coletores instalados na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, e no Jardim Botânico, no Rio de Janeiro, a partir da próxima segunda-feira (29).
 
26/09/2014 Brasília

Da Agência Brasil Edição: Stênio Ribeiro

A campanha "Reciclagem de cartões de plástico" - resultado de parceira entre o Ministério do Meio Ambiente, a Plastivida - Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos, o Instituto do PVC e o Programa Reciclagem de Cartão - tem o objetivo de incentivar a coleta e Reciclagem de cartões.

Qualquer cartão plástico pode ser reaproveitado, mesmo aquele com chip ou tarja magnética, como cartões de crédito e débito.

As máquinas coletoras trituram os cartões no momento em que são depositados, além de armazenarem o produto, que deve ser recolhido periodicamente por uma empresa especializada naReciclagem desse tipo de material.

Com o reaproveitamento, os cartões sem uso serão transformados em novos produtos, como porta copos, placas de sinalização, caixas, marcadores de páginas, cartões de visita, entre outros.

Miguel Bahiense, presidente da Plastivida e do Instituto do PVC, explica que o foco do projeto é a Educação Ambiental. “Não é só a sociedade que deve ter consciência ambiental, ela parte do poder público, da indústria, do envolvimento de todos”, disse ele, e antecipou que o projeto deve ser ampliado para outras cidades do país.
 

Especialista da UFF em geofísica marinha sustenta que obstrução da passagem da areia pelo terminal do porto gera erosão na Praia do Açu

O blog observando as postagens no perfil do professor Aristides Soffiati no Facebook viu suas afirmações sobre o problema da erosão na Praia do Açu e identificou que o mesmo atribui ao professor Eduardo Bulhões da UFF, a interpretação de que "o avanço do mar nesta época do ano é comum, mas a significativa perda da faixa de areia da praia – cerca de quinze metros nos últimos quatro anos – é preocupante. Existem duas correntes marinhas: a Norte, que retira a areia da praia e transporta para o mar; e a Sul, que repõe a areia para a praia".

"No parecer técnico de Eduardo Bulhões, o geógrafo afirma que para a instalação do estaleiro no Complexo Portuário do Açu, foram construídos dois espigões de pedra, um em cada margem do canal. Esse procedimento foi feito porque as correntes na região são fortes e, se não houver proteção, a areia poderia invadir o estaleiro. Os espigões obstruem a passagem da areia para o Sul e para o Norte. De acordo com o parecer técnico, o espigão do Sul segura a areia que sai do Açu em direção ao mar; já o espigão do Norte, impede o retorno da areia para a praia. Isso faz com que a praia perca areia e o mar avance com facilidade. “A ligação entre o estaleiro e o avanço do mar é nítida. O fenômeno aconteceu de forma semelhante no Canal das Flechas com a instalação do Complexo de Barra no Furado: em Quissamã a faixa de areia aumentou e, em Campos, a praia foi erodida. Portanto, a erosão da praia do Açu já estava prevista".

A posição consolida a tese sobre o problema da erosão na Praia do Açu que comentamos aqui em nota postada neste espaço hoje pela manhã. 

O professor Eduardo Manuel Rosa Bulhoes é especialista na questão. Ele é graduado e possui mestrado em Geografia pela UFRJ (2003 e 2006) e doutorado em Geologia e Geofísica Marinha pela UFF (2011).

Atualmente, ele é professor Adjunto II da Universidade Federal Fluminense e Coordenador do Curso de Graduação em Geografia. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Geomorfologia Costeira e Submarina e Geologia Marinha, atuando principalmente nos seguintes temas: geomorfologia costeira, processos litorâneos, impactos de tempestades na zona costeira, mapeamento costeiro e morfodinâmica de praias.

O Ministério Público Federal está analisando o relatório de seus técnicos e de especialista e deverá arguir judicialmente providências da empresa Prumo Logística Global S.A. sobre os problemas. A comunidade da Praia de Barra do Açu deseja que além de um acompanhamento e monitoramento, sejam providenciadas ações de reparação e mitigação do problema.

domingo, 28 de setembro de 2014

Ilhas de compostagens em NY para melhorar a gestão do lixo


Ilhas de compostagens em NY para melhorar a gestão do lixo

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O que fazer com a montanha de lixo que as grandes cidades produzem todos os dias? Enquanto o consumo não diminui, tem gente que fica matutando para encontrar boas soluções. É o caso da equipe de arquitetos da Present Architeture, de Nova York, que criou um projeto genial – The Green Loop* -, que reúne dez ilhas de compostagens espalhadas pela cidade.
Todos os anos o município produz aproximadamente 14 milhões de toneladas de lixo, cerca de 30% é orgânico. Esse detrito todo demanda U$ 300 mil para ser encaminhado ao destino adequado – fora do estado!!– além do prejuízo ambiental, que vai de emissões de gases de efeito estufa a grandes depósitos de resíduos que só crescem.
O The Green Loop deverá ser construído no Rio Hudson e contempla horta comunitária e vasta área verde para uso de moradores e turistas. A compostagem aconteceria embaixo do espaço de convivência. Para dar conta da quantidade de lixo orgânico produzido na cidade, seriam necessárias dez ilhas.
É um projeto bastante inovador que, pelo que parece, ajudaria a melhorar a gestão do lixo de Nova York e seria um grande apoio para as iniciativas lançadas pela gestão do antigo prefeito, Michael Bloomberg. Ele planejava implementar serviços de compostagem na cidade e chegou a lançar programa-teste antes de sair.
No distrito de Staten Island, 3,5 mil famílias se voluntariaram para participar desse programa, que já deu bons resultados e permite estimativa animadora: que 100 mil toneladas diárias seriam poupadas, caso a medida fosse ampliada para a cidade inteira.
Não se sabe se o programa será continuado pelo novo chefe da administração municipal, Bill de Blasio. Quem sabe ele se inspira no The Green Loop para promover uma cidade ainda maissustentável.
Veja mais imagens do projeto, abaixo:the-green-loop-ilhas-compostagens-em-NY-para-melhor-gestao-lixo_02Moradores em mutirão para cuidar da horta comunitária do The Green Loop
the-green-loop-ilhas-compostagens-em-NY-para-melhor-gestao-lixo_03Trabalhadores responsáveis pela compostagem da cidade, na parte de baixo de cada ilha
the-green-loop-ilhas-compostagens-em-NY-para-melhor-gestao-lixo_04O projeto contempla vasta área verde que seria bem aproveitada por moradores e turistas
Fotos: Divulgação