segunda-feira, 11 de agosto de 2014


Ação de SP já prejudica 3 usinas do Paraíba do Sul

Em documento, ONS alerta que medida levaria a ‘esgotamento completo’ em Paraíbuna, Santa Branca e Funil
 
-BRASÍLIA- A ação do governo de São Paulo de descumprir determinação federal e reduzir deliberadamente a vazão da usina hidrelétrica de Jaguari, no interior do estado, já prejudica outras trêsHidrelétricas da bacia do Rio Paraíba do Sul, segundo documento obtido pelo GLOBO. As usinas afetadas também ficam em São Paulo. Por conta da seca, a Agência Nacional de Águas (ANA) havia determinado em julho uma operação especial para elevar a vazão desses reservatórios e fazer chegar volume de água mínimo de 165 metros cúbicos por segundo à barragem de Santa Cecília, em Barra do Piraí (RJ), onde fica o complexo de Lajes, da Light. Sem a água do Jaguari, outras represas têm de verter mais.

RESERVATÓRIOS PODEM SECAR
Em ofício enviado à ANA na segunda-feira, o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrica (ONS), Hermes Chipp, informou que a decisão de São Paulo “conduziria a um desestoque desproporcional entre o reservatório de Jaguari e os demais reservatórios da bacia”. A ação poderia secar outros reservatórios.
“Esta operação levaria a um esgotamento completo dos volumes úteis dos reservatórios de Paraíbuna, Santa Branca e Funil no decorrer do período”, disse Chipp. Esses reservatórios servem a trêsHidrelétricas, respectivamente de Cesp, Light e Furnas. O volume útil de Santa Branca, por exemplo, caiu de 35,2% para 31,8% em apenas oito dias, a partir de 1º de agosto, desde quando a ordem paulista pra reduzir a vazão do Jaguari entrou em vigor. Segundo Chipp, com a medida, essas três usinas ficariam com “volumes armazenados próximos a 0% dos volumes úteis, caso não ocorra precipitação (chuva) significativa na bacia antes do final da estação seca”. A necessidade de chegar uma vazão mínima a Santa Cecília é fundamental para o abastecimento de água de parte do Rio e para asHidrelétricas da Light em Lajes. Chipp informou no ofício que, por conta de um programa de recuperação do reservatório de Paraibuna, seria necessário agora elevar a vazão de Jaguari para além do que operava antes da determinação do governo de São Paulo à Cesp, de reduzir a saída de água. A União tem pressa para resolver a situação no Jaguari, pois é crítico o estado da bacia do Paraíba do Sul sem chuvas.
 
Veiculo:
JORNAL O GLOBO
  Secao:
ECONOMIA
  Data:
2014-08-11
  Localidade:
RIO DE JANEIRO
  Hora:
06:39:16
  Tema:
AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS
  Autor:
DANILO FARIELLO - danilo.fariello@bsb.oglobo.com.br
  Avaliação:

Modelo de imunização de Campos apresentado no “HPV in Rio”

O modelo de imunização de Campos foi apresentado no evento “HPV in Rio”. Na ocasião, o diretor de Vigilância em Saúde, Charbell Kury, apresentou a estratégia de vacinação contra o vírus do papiloma humano (HPV) para meninos do município. O evento é organizado pelo professor da Universidade Federal Fluminense (UFF), Mário Romero Leal Passos. Ele é conferencista internacional, especialista em Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e cientista chefe do setor de Dessentologia da UFF.
O médico e professor Edilbert Pellegrini, coordenador do Programa Municipal de Combate à Hanseniase, especialista em HPV e DST, também ministrou duas palestras. O evento contou com mais de 300 participantes de todo o país e é um divisor de águas na tomada de decisões em relação à luta contra o HPV. O reitor da UFF, Professor Roberto Salles; o professor titular da Universidade Federal do Paraná, Newton Sérgio de Carvalho; e a professora doutora Angélica Espinosa, presidente da Sociedade Brasileira de DSTs, participaram do encontro. “Ficou clara a premente necessidade de colocarmos a vacina contra o HPV para meninos e a inclusão da vacina contra o HPV nos HIV positivos em todo o país. Também se debateu a inclusão da vacina nas vítimas de violência sexual, como estupro, projeto que deverá ser seguido por Campos também”, disse Charbell Kury.
Fonte: Secom/Prefeitura 

Por que morrem as civilizações?

Por que morrem as civilizações?




A resposta para esta pergunta pode estar em 5 regras - e até nós estamos sujeitos a elas

por Texto João Paulo Gomes

Era um domingo de Páscoa, em 1722, quando o explorador holandês Jacob Roggeveen avistou de seu galeão um pedaço de terra perdido na vastidão do sul do oceano Pacífico. De longe, o lugar não era nada atrativo. Ao contrário da maioria das outras ilhas daquela parte do mundo, o terreno não tinha grandes árvores e a grama era tão seca que, a distância, parecia areia. Recebido por uma comitiva de nativos em canoas frágeis e cheias de remendos, Roggeveen resolveu desembarcar e surpreendeu-se com as gigantescas figuras de pedra, esculpidas na forma de rostos humanos, espalhadas ao longo do litoral. “Ficamos muito espantados, pois não compreendíamos como essas pessoas, que não dispunham de cordas fortes ou madeira adequada para construir máquinas, conseguiram erguer aquelas imagens com mais de 10 metros de altura”, escreveu em seu diário de bordo.
No interior da ilha, dentro da cratera de um vulcão extinto onde as estátuas costumavam ser esculpidas, o ambiente era fantasmagórico. As ferramentas utilizadas pelos escultores espalhadas pelo chão, estátuas inacabadas e outras deixadas para trás nas estradas que levavam ao litoral davam a impressão de que o lugar havia sido abandonado.
Quase 300 anos depois, o mesmo mistério que intrigava o capitão holandês ainda paira no pensamento de quem desembarca no aeroporto de Mataveri e depara com os enormes moais, as colossais estátuas de pedra que resistem há séculos na ilha de Páscoa. Entre esses visitantes está o biólogo americano Jared Diamond. Professor da faculdade de medicina da Universidade da Califórnia, Diamond é autor do livro Collapse (“Colapso”, previsto para sair em agosto no Brasil), que investiga os motivos pelos quais as sociedades desaparecem.
A trágica história dos construtores de moais se repetiu em diferentes épocas com civilizações pequenas ou grandes, poderosas ou minúsculas. E o que Diamond percebeu é que elas desapareceram por motivos semelhantes – na verdade, com apenas 5 fatores é possível explicar o desaparecimento de todas as civilizações da história. Até a civilização em que vivemos hoje – cheia de maravilhas tecnológicas e com dezenas de países interligados – poderia sofrer esse mesmo fim. Conheça esses perigos – e a história das sociedades que se expuseram a eles.
Destruindo o ambiente
A chave para entender o misterioso desaparecimento dos construtores de moais está em uma ilha muito diferente da terra infértil e desmatada que Roggeveen encontrou. Analisando o pólen conservado por milhares de anos no fundo de pântanos na ilha de Páscoa, cientistas descobriram que, quando os primeiros polinésios chegaram lá, provavelmente há cerca de 1 400 anos, encontraram um pequeno paraíso. Eram 166 quilômetros quadrados cobertos por uma densa floresta subtropical que crescia sobre o solo fértil de origem vulcânica do qual a ilha é formada. Entre a vasta vegetação nativa, a planta mais comum era uma espécie de palmeira alta e robusta que só existia ali. Além de ter uma madeira forte o bastante para a construção de embarcações e para ajudar a transportar os moais, a palmeira fornecia nozes para a alimentação dos moradores.
A riqueza da fauna também se refletia nas panelas da ilha. Carne de golfinho, de focas e de 25 tipos de pássaros selvagens compunham o banquete – tudo cozinhado no fogo da lenha retirada da floresta. Também, haja comida. Pelos cálculos da arqueóloga Jo Anne Van Tilburg, da Universidade da Califórnia, cerca de 25% dos alimentos produzidos na ilha eram consumidos na intensa produção e transporte de estátuas. Estima-se que eram necessárias até 500 pessoas, utilizando cordas e uma espécie de trenó feito de grandes toras de palmeiras, para arrastar os moais por 14 quilômetros até o litoral.
A partir do ano 1200, a produção de estátuas entrou num ritmo mais acelerado, que durou por cerca de 300 anos. Era preciso cada vez mais madeira, cordas e alimentos para sustentar a crescente disputa entre os clãs que dominavam a ilha, que competiam para ver quem erguia as maiores estátuas. A competição, no entanto, acabou sem vencedores. Pouco depois de 1400, a floresta já não existia e a última palmeira foi cortada, extinta juntamente com outras 21 espécies de plantas nativas. Com a floresta, foram-se as fibras que eram transformadas em cordas, utilizadas em conjunto com as toras no transporte dos moais. Sem troncos fortes para construir canoas resistentes, capazes de ir até alto-mar, a pesca diminuiu muito e a carne de golfinho virou raridade nas refeições. As colheitas também foram prejudicadas pelo desmatamento, já que não havia mais vegetação para proteger o solo da erosão causada pelos ventos e pela chuva. Com seu habitat devastado, todas as espécies de pássaros que voavam pela ilha foram finalmente extintas.
Sem ter o que comer, o número de habitantes foi reduzido a um décimo dos 20 mil que chegaram a viver na ilha no auge do culto aos moais. Os moradores, famintos, finalmente cederam ao canibalismo. Em vez de ossos de pássaros ou golfinhos, arqueólogos passaram a encontrar ossos humanos em escavações de moradias datadas desse período. Muitos deles foram quebrados para se extrair o tutano. Até hoje, um dos maiores insultos que se pode dizer a um inimigo na ilha da Páscoa é algo como “tenho a carne da sua mãe presa entre meus dentes”. Não sobrou madeira nem pra palito.
O nome do crime cometido pelos nativos da ilha de Páscoa é ecocídio. Explore demais os recursos naturais de uma área e ela estará sujeita a um desequilíbrio que pode levar ecossistemas inteiros ao desaparecimento. Como todo ser humano depende desses recursos, um ecocídio acaba levando ao fim de civilizações inteiras. Às vezes, nem é preciso muito esforço: a própria natureza cuida de mudar todo o ambiente.
Que o digam os vikings. No ano 982, eles estabeleceram uma de suas comunidades em um fiorde na Groenlândia. O clima ali não era tão extremo e o lugar tinha pastos onde criavam ovelhas, cabras e gado. Além disso, os vikings completavam a alimentação caçando focas e caribus e trocando mercadorias com o continente. Só que, por volta do ano 1400, o tempo fechou. Foi a chegada da “pequena era glacial”, uma mudança climática que esfriou o planeta por quase 500 anos. Os verões ficaram mais curtos, o que dificultou a criação de gado. As focas e os caribus fugiram para outras regiões. Enormes blocos de gelo atrapalharam a navegação e impediram o comércio com o continente. A única comida que sobrou foram os peixes, que os vikings não comiam por motivos religiosos. Já os esquimós, que habitavam a vizinhança, não tinham nenhum problema quanto aos frutos do mar e conseguiram se manter, para a infelicidade dos conquistadores nórdicos. É que as relações entre as duas tribos nunca foram das mais amigáveis, o que pode ser visto em um relato viking do século 15 sobre os vizinhos: “quando eles recebem uma punhalada superficial, ficam com uma ferida branca, que não sangra. Mas quando são feridos mortalmente, sangram sem parar”. Com a chegada do frio, os poucos nórdicos que restaram foram exterminados pelos esquimós.
Disputas entre homens
Não se pode culpar só a natureza pelo fim das civilizações. Como qualquer economista diria, crises comerciais podem ser tão destruidoras quanto a pior das catástrofes ambientais. Foi o que aconteceu, por exemplo, em outras duas ilhas do Pacífico Sul. Pitcairn possuía ótimas fontes de minério para a produção de ferramentas e Henderson, a 150 km dali, concentrava o maior número de pássaros da região. As 2 dependiam de uma terceira ilha, Mangareva, para conseguir árvores próprias para fazer canoas e ostras que eram transformadas em anzóis para pescaria. A partir de 1400, surgiu então uma intensa rota de comércio entre as 3 ilhas. Enquanto isso, a população de Mangareva aumentava à medida que a ilha prosperava. O problema é que o número de habitantes cresceu tanto que os recursos – antes abundantes – começaram a ficar escassos. As florestas foram derrubadas e o solo não resistiu e acabou erodindo. Os alimentos já não eram mais suficientes nem para os moradores de Mangareva, quanto mais para as exportações das quais dependiam os vizinhos de Pitcairn e Henderson. Mangareva entrou em guerra civil e as matérias-primas pararam de chegar às outras 2 ilhas, que se viram isoladas. Definharam até que o último habitante deixou cada uma delas ou morreu.
Você já deve ter percebido a esta hora que aquela história de que uma tragédia nunca vem sozinha faz sentido. Não contentes em sofrer com problemas naturais e comerciais, muitas sociedades acabam entrando em guerra pelos poucos recursos que sobram. E esse fator só acelera o colapso da civilização. Os maias, instalados na península de Yucatán, no México, eram uma das civilizações mais avançadas da América pré-colombiana. Tinham calendário e escrita próprios, desenvolveram conhecimentos relativamente sofisticados em arquitetura e astronomia, mas, mesmo assim, falharam em resolver os problemas que levaram sua civilização à ruína. Com uma população que ultrapassava os 5 milhões, plantações tomaram o lugar de florestas inteiras na tentativa de alimentar todo mundo. Mas a devastação resultou em erosão, empobrecimento do solo e aumento das secas. Mais gente e menos comida, no fim das contas. As constantes guerras se intensificaram e acabaram se tornando batalhas por terras e alimentos. Os reis maias preferiram se isolar a tentar resolver os problemas que dizimavam seus súditos. “Eles apenas foram os últimos a morrer de fome”, afirma Diamond.
Vamos sobreviver?
O estopim para que uma sociedade vire poeira está, para Diamond, na combinação destes 4 fatores: destruição do meio ambiente, alterações climáticas, crises nas relações comerciais e guerras. Só que é preciso um quinto fator – o mais importante de todos – para liquidar de vez um povo: a estupidez. Qualquer problema minúsculo pode acabar com um povo se ele for incapaz de se adaptar. Por outro lado, alguns povos atravessaram catástrofes terríveis e continuaram vivos por muitos séculos.
A grande preocupação de Diamond é que, hoje, as grandes potências estão incorrendo nesses erros – e, para piorar, não dão sinais de que vão se adaptar ou corrigir a situação tão cedo. Olhando em retrospectiva, fica claro que as sociedades antigas cometeram erros óbvios. Destruir a floresta da qual depende sua sobrevivência, como fizeram os polinésios da ilha de Páscoa, além de burrice, significa cometer suicídio. “Hoje temos mais de 6 bilhões de pessoas, equipadas com máquinas pesadas e energia nuclear, enquanto os nativos da ilha de Páscoa não passavam dos 20 mil habitantes com ferramentas de pedra e a força dos próprios músculos. Mesmo assim, eles conseguiram devastar o ambiente e levar sua sociedade ao colapso”, diz Diamond.
Segundo o biólogo, nossa maior vantagem é a possibilidade de aprender com os erros de nossos antepassados. “É uma questão de transformar conhecimento em ações concretas. Apesar de sabermos das conseqüências, não agimos o bastante”, diz Eric Neumayer, especialista em desenvolvimento sustentável da Escola de Economia de Londres, Reino Unido. Ele cita como exemplo o Protocolo de Kyoto, acordo internacional em que 141 nações se comprometem a reduzir a emissão de poluentes que contribuem para o aquecimento global. Mesmo sabendo das possíveis conseqüências de uma mudança climática, os EUA – os maiores responsáveis pela emissão de dióxido de carbono na atmosfera – preferiram não participar do tratado. “Não adianta se isolar. As partes ricas do mundo precisam descobrir como viver sem arruinar a atmosfera para o resto do planeta”, diz John Mutter, vice-diretor do Instituto Terra, da Universidade de Columbia, em Nova York. “Os países africanos, por exemplo, vão ficar mais pobres. Haverá mais conflitos e mais mortes. Se não fizermos nada, a situação não vai se estabilizar. Apenas vai ficar pior, pior e pior”, diz. Mas, na opinião dos cientistas, não há motivos para perder a esperança. “Nossas sociedades precisam produzir e consumir causando muito menos impacto ambiental do que hoje. Chegar lá não é fácil, mas é possível”, afirma Neumayer. Difícil mesmo é saber o que estava pensando o lenhador quando cortou a última palmeira da ilha de Páscoa. O que quer que fosse, tomara que não precisemos passar pela mesma experiência.


Cúpula do Clima da ONU 2014

A mudança climática não é um problema distante. Está acontecendo agora e está a ter consequências muito reais na vida das pessoas. A mudança climática está afetando as economias nacionais, nos custando muito caro hoje e ainda mais amanhã. Mas há um crescente reconhecimento de que soluções acessíveis e escaláveis ​​estão disponíveis agora que vai permitir-nos ultrapassar as economias mais limpas, mais resistentes.
Há uma sensação de que a mudança está no ar. Secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, convidou os líderes mundiais, de governo, finanças, empresas e sociedade civil para Cúpula do Clima 2014 este 23 de setembro de galvanizar e catalisar a ação climática. Ele pediu esses líderes para trazer anúncios ousados ​​e ações para o Summit que irá reduzir as emissões, fortalecer a resistência ao clima, e mobilizar a vontade política para um acordo legal significativa em 2015 Cúpula do Clima 2014 oferece uma oportunidade única para os líderes para defender uma visão ambiciosa, ancorada na ação que permitirá um acordo global significativo em 2015.
Todo mundo pode intensificar e tomar a ação climática. Visite o site da Cúpula do Clima da ONU para descobrir como. # Climate2014

domingo, 10 de agosto de 2014

Cancelamento automático de telefone, TV e internet começa a valer na terça-feira


Cancelamento automático de telefone, TV e internet começa a valer na terça-feira

Por iG São Paulo - 
Texto

Consumidor poderá rescindir contrato pela web, sem ligar para call center; veja outras regras que entram em vigor

A partir desta terça-feira (8)DE JULHO os consumidores poderão cancelar assinaturas de TV, telefone einternet sem precisar ligar para a central de atendimento  – ou, pelo menos, sem precisar convencer um atendente.
As operadoras desses serviços deverão oferecer a possibilidade de cancelamento automático em seus sites e, nas centrais de atendimento telefônico, por meio de uma opção que precise apenas ser digitada. Caso o consumidor prefira falar com um atendente, esse terá de cancelar o serviço no momento do pedido.
De acordo com as novas regras, divulgadas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) em fevereiro, o contrato deverá ser rescindido em no máximo dois dias úteis.
Também na terça-feira (8) começam a valer outras cinco regras estabelecidas pela agência reguladora para esses serviços.  Veja quais são elas:

SXC
Operadora terá de ligar de volta se ligação cair

- Operadora deve entrar em contato com o consumidor se ligação cair
Caso a ligação do consumidor para  a central de atendimento caia, a operadora deverá ligar de volta. Se o retorno não for possível, ela deve mandar uma mensagem de texto com o número do protocolo. As conversas devem ser gravadas e o consumidor pode solicitá-las em até seis meses.
- Operadora deve resolver problema com a conta em até 30 dias
Quando o consumidor questionar o valor de uma conta, a operadora deve dar uma resposta em até 30 dias ou terá de corrigir a fatura automaticamente. Caso o consumidor já tenha pago o valor questionado, tem direito a receber a quantia em dobro. É possível questionar as faturas até três anos após a emissão.

Thinkstock/Getty Images
Cobranças erradas devem ser resolvidas em até 30 dias

- Crédito de celular pré-pago tem validade mínima de 30 dias
Todo crédito de celular deve ter validade mínima de 30 dias e o consumidor deve ser avisado pouco antes de o prazo expirar. As operadoras também devem oferecer opções com validade de 90 e 180 dias, inclusive nas recargas em supermercados e outros locais fora da loja  própria.
- Promoção vale para todos, inclusive assinantes
Quem já é assinante pode se beneficiar das promoções feitas pelas operadoras. Atualmente, muitas limitam essas ofertas a quem não é cliente. O consumidor deve ficar atento a uma eventual multa por mudança de plano.




- Operadora deve explicar melhor os contratos
As operadoras tem de deixar claro, por exemplo, se um valor inicial é ou não promoção e, caso seja, quando sobe e para quanto.
- Fim da cobrança antecipada
Os consumidores só podem ser cobrados por um serviço após utilizá-lo. Hoje, algumas operadoras fazem cobrança antecipada de serviços que serão prestados até o fim do mês. Com a mudança, o cliente que cancelar o serviço no meio de um mês só pagará o valor proporcional.
Além dessas cinco mudanças, em março de 2015 entram em vigor outras duas normas: 
- Faturas antigas, contratos e histórico têm de ficar disponíveis na internet
As operadoras terão de disponibilizar em seus sites os contratos, as faturas de até seis meses atrás e o histórico de utilização de cada cliente, que poderá acessar e baixar as informações mediante uso de senha. Caso o consumidor rescinda o contrato, os dados poderão ser acessados até seis meses depois.
Gravações de atendimento e protocolos estarão disponíveis na internet
As operadoras também deverão disponibilizar em seus sites o histórico de demandas de cada consumidor nos últimos seis meses. O consumidor poderá solicitar as gravações de atendimentos feitos via central telefônica. Caso o contrato seja rescindido, os dados poderão ser acessados até seis meses depois.
Preços deverão ser apresentados de forma padronizada
Todas as operadoras terão de disponibilizar, de forma padronizada, os preços de seus serviços e as condições de oferta. O objetivo é facilitar a comparação de preços por parte do consumidor.
Por fim, em setembro de 2015 as operadoras terão de unificar o atendimento no caso de combos: ou seja, o consumidor poderá resolver questões relativas a quaisquer dos serviços do pacote em uma única central de atendimento.
O regulamento dos direitos do consumidor de serviços de telecomunicação pode ser consultado no site da Anatel.

PARQUE NACIONAL DE BOA NOVA ABRIGA MAIS DA METADE DAS AVES DA BAHIA

PARQUE NACIONAL DE BOA NOVA ABRIGA MAIS DA METADE DAS AVES DA BAHIA

Local é considerado um dos principais destinos do turismo para observadores de aves do País
Parque Nacional de Boa Nova abriga mais da metade das aves da Bahia
Brasília (01/08/2014) — O Parque Nacional de Boa Nova (BA) é uma das Unidades de Conservação (UCs) mais ricas em aves no Brasil e abriga mais da metade das espécies da Bahia. Atualmente, existem cerca de 438 espécies catalogadas na região. "Esse número cresce a cada dia. Na verdade, acreditamos que existam muito mais, mas ainda estamos em estudos", disse Johan Silva Pereira, chefe da unidade.
Devido à rica biodiversidade, o Parque é considerado um dos principais destinos do turismo para observadores de aves do País, que visitam o local diariamente para analisar o comportamento dos animais em ambiente natural. "Nos surpreendemos todos os dias com novas descobertas de aves, inclusive algumas edêmicas ou que estão ameaçadas de extinção", explicou Pereira.
Criado em 2010 junto com um Refúgio de Vida Silvestre (Revis), a UC tem, ao todo, 27 mil hectares e protege uma importante área na transição entre os biomas Caatinga e Mata Atlântica. Em apenas 15 quilômetros de caminhada, os visitantes passam da caatinga mais seca à floresta mais úmida e ainda conhecem a mata de cipó. No trajeto, existem várias nascentes que desaguam em meio a altas montanhas e formam cachoeiras deslumbrantes.
Na floresta de altitude, localizada entre os dois biomas, vive uma ave rara, conhecida como gravatazeiro (Rhopornis ardesiacus), uma das prediletas para os observadores.
Patrimônio arquitetônico
Além das belezas naturais, formadas por atrações como a cachoeira Sete de Setembro, que tem 70m de altura, Caldeirões do Rio do Chumbo, Lagedo dos beija-flores, Serra do Timorante, Mirante do Rio do Chumbo e Morro do Inglês, a região de Bova Nova tem um importante patrimônio arquitetônico e mantém uma intensa atividade cultural popular.
Para quem não conhece a região, existem guias locais profissionais para acompanhar e informar os visitantes sobre as principais atrações. "Essas pessoas são preparadas, inclusive, para tirar dúvidas sobre algumas espécies", finalizou o chefe do Parque Nacional de Boa Nova.

ÁREAS SOBRE MARINHAS

 PROTEGIDAS (MPAS)

Imagine um mundo sem o Parque Nacional Kruger. Sem Yellowstone ou o Serengeti.

O mundo seria um lugar muito diferente. Duvido que haveria bisonte esquerda. Eu duvido que teríamos muitos elefante ou rinoceronte.Nossos ermos seria austero e árido. Estes parques nacionais terrestres foram criados cerca de 100 anos atrás. 
Mas os legisladores no momento esquecem os oceanos do mundo. Estamos agora em uma situação em que nossos oceanos precisam desesperadamente de proteção. Eles enfrentam ameaças sérias. Poluição, alterações climáticas, destruição do habitat e sobrepesca levaram estes ecossistemas marinhos para os seus próprios limites. Se não fizermos alguma coisa agora, nós vamos passar pontos de inflexão importantes; alguns dos quais podem já ter sido aprovada. Se não fizermos algo grande e ambicioso, nossos filhos não serão beneficiados com a bela biodiversidade dos oceanos do mundo. Para que não esqueçamos, que dependem inteiramente dos oceanos para a nossa sobrevivência. O próprio ar que respiramos, a água que bebemos, a chuva que alimenta as nossas culturas, os peixes que são a principal fonte de alimento de proteína para milhões de pessoas, o clima que envolve a todos nós ... todos eles dependem de um oceano saudável. Que é onde Áreas Marinhas Protegidas (AMPs) entrar. numa zona marinha protegida é uma área geograficamente definida, que é regulamentada e gerida para alcançar objetivos específicos de conservação. Enquanto começou Parques Nacionais terrestre a ser designado em 1800, a protecção do ambiente marinho tem ficado para trás, deixando um legado de-proteção sob nas zonas costeiras, e mais ainda em alto mar. Cerca de 13% das terras do mundo encontra-se em uma área protegida, mas menos de 3% da superfície do oceano está protegido, e quase todos de que nas zonas costeiras. Tal como o 'Parques Nacionais "em terra firme", Áreas Marinhas Protegidas (AMPs') vai demorar um pouco diferentes formas em diferentes países, e pode ter diferentes objetivos e sistemas de gestão. Estes podem variar de controles rigorosos em "não captura Zonas ', que proíbem a remoção de todos os animais selvagens, para' multi-uso áreas", que podem permitir que algumas indústrias extractivas.
O que está acontecendo nos oceanos de todo o mundo Os oceanos são projetados para serem auto-regulador: são ecossistemas lacrimejantes que se desenvolveram ao longo de milhões de anos de existir em perfeito equilíbrio. As principais ameaças para os oceanos de hoje são um resultado direto das atividades humanas que poluem, desnudar e destruir habitats oceânicos e matar os animais selvagens que eles sustentam. Coloque uma criança em um barco no oceano hoje, e seria difícil para ela imaginar o que parecia que 100 anos atrás. Contos dos marinheiros e velhos livros de registo baleeira dizer dos mares unindo com a vida, com um número aparentemente interminável de peixes, baleias, tartarugas e aves. O que vemos hoje é uma mera sombra de sua antiga glória. população após população de espécies marinhas caiu como os seres humanos têm sobre os exploraram. Muitas espécies, como a baleia azul poderoso, a enguia europeia, o skate comum e foca-monge estão reduzidos a uma pequena fração de seus antigos números. Em algumas áreas, o fundo do mar é um terreno baldio, em comparação com os habitats ricos que existiam. A verdade devastadora é que não sei mesmo o que nós perdemos. Mas nem tudo está perdido.Apesar dessa destruição importante da vida marinha e os habitats, ainda há muito no mar para se alegrar, desfrutar e proteger. E nunca devemos subestimar a capacidade extraordinária da natureza para se regenerar, dadas as circunstâncias eo ambiente certos. que resta é cada vez mais precioso como espécies após oscilar espécies à beira da extinção. Temos de agir agora para proteger e restaurar nossos ecossistemas marinhos, para que mais uma vez a equipe com abundante vida selvagem e são capazes de sobreviver e resistir a quaisquer desafios que o futuro nos reserva. A IUCN é a maior organização de conservação do mundo, e considera áreas a ser o protegido a maioria das medidas de sucesso que podem ser implementadas para a conservação da biodiversidade. Junte-se a nós no sentido de assegurar que isso acontece, nos sete mares, e mais além. 


sábado, 9 de agosto de 2014

Defaunação é ameaça crescente no mundo

Defaunação é ameaça crescente no mundo

Vanessa Barbosa - Exame.com -07/2014
ucumari/Creative Commons
Se perguntarem a uma pessoa quais são os grandes problemas ambientais dos dias de hoje, é certo que o desmatamento constará na lista. Mas a fragmentação do habitat causa não só a perda de várias espécies vegetais, mas também contribui com a defaunação, uma onda crescente de sumiço de espécies.

Uma série de artigos publicados na revista científicaScience, nesta sexta-feira (25), alerta que o mundo está passando por uma das maiores extinções de animais já vista, um problema galopante, mas pouco falado.

Há um agravante: diferentemente do desmatamento, que é detectável por satélites, o declínio de espécies animais pode passar despercebido pelos órgãos de proteção ambiental. Contudo, reserva consequências semelhantes em termos de escala e impacto.

A perda de grandes espécies, como tigres, rinocerontes, e pandas, até dos menores animais, como o elefante besouro, vai alterar fundamentalmente a forma e função dos ecossistemas dos quais todos nós dependemos, alertam os cientistas.

Além da perda de habitat, a caça furtiva é o outro agente depredador. A prática alimenta um dos mais lucrativos comércios ilegais do mundo: o tráfico de animais ou suas partes (como os chifres de rinocerontes e marfins), que movimenta aproximadamente 20 bilhões de dólares por ano.

Mauro Galetti, professor do Instituto de Biociências (IB) da Unesp, Câmpus de Rio Claro, é um dos autores dos artigos, produzidos em parceria com pesquisadores dos Estados Unidos, México e Reino Unido.

Segundo ele, do ponto de vista de abundância, nos últimos 40 anos, muitas espécies reduziram suas populações em cerca de 30%. A redução da abundancia de invertebrados tem sido mais severa ainda: 35% nos últimos 40 anos.

"Eles fornecem serviços ambientais imprescindíveis à sobrevivência da nossa própria espécie, não apenas porque são bonitinhos, diz Galetti.

polinização, por exemplo, que é um processo vital para o equilíbrio da natureza, corre risco. Insetos polinizam 75% da produção agrícola do mundo e a redução na fauna de abelhas e outros polinizadores pode reduzir a produção de alimentos.

Outros animais, como morcegos e aves controlam pragas agrícolas, um serviço estimado em US$ 45 bilhões de dólares por ano só nos Estados Unidos
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Limpeza do rio Tietê recolhe toneladas de lixo acumulado em Salto



Limpeza do rio Tietê recolhe toneladas de lixo acumulado em Salto

Publicado por http://www.agsolve.com.br/

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 Até peça de moto foi retirada do leito seco do rio. Em três dias, já foram recolhidas 2,5 toneladas de lixo
O tempo está colaborando e a limpeza do rio Tietê continua no município de Salto (SP) nesta segunda-feira (28). Em três dias de operação, foram retiradas 2,5 toneladas de lixo em um local em que passa o rio, próximo a Ponte Pênsil, que é onde a sujeira fica represada. A extensão total do trecho do rio Tietê no município é de aproximadamente 25 km. A prioridade do trabalho de limpeza é coletar objetos pequenos, como garrafas que vão direto para o aterro sanitário do município. Pedaços de madeira que ocupem muito espaço serão doados para abastecer caldeiras das fábricas de cerâmica da região.
A seca na Região Sudeste reduziu a vazão de rios importantes, deixando vários trechos com acúmulo de lixo nas margens. Especialistas ouvidos pelo G1 apontam que este é um bom momento para que o poder público limpe as áreas afetadas, antes da temporada de chuvas.
Cada sacola cheia retirada das pedras é espaço mais livre para que a água corra quando voltar o período de cheia. Mas, ainda há muito para ser feito. "Se a gente não faz isso agora, depois que o rio voltar ao nível normal vai ficar impossível, então temos que aproveitar a estiagem e ver nela uma oportunidade", diz o secretário municipal de Meio Ambiente, João de Conti Neto.
A descida de rapel não é mais novidade para os garis e objetos inusitados são "caçados": tênis, bolas, roupas velhas e até óculos já foram retirados do leito seco do rio. "Ainda tem muitos resíduos para ser retirado e tem também o outro lado da ilha. A gente já está preparando uma operação com tirolesa também para passar o material para o lado de cá e não ter que passar pelo rio", explica João de Conti Neto, secretário do Meio Ambiente.
A maior seca do rio Tietê nos últimos 70 anos revelou um cenário que é o retrato da falta de cuidado com o meio ambiente: a água baixou de uma forma impressionante e é possível ver uma grande quantidade de lixo acumulado durante anos de poluição.
Todo o tipo de material que vem pelo rio pode ser encontrado: é possivel ver garrafas pet, embalagens e resíduos. A sujeira ficou mais visível depois da maior estiagem das últimas décadas. Tudo está acumulado há muito tempo, mas ninguém sabe ao certo desde quando.
Salto organiza nova operação para a limpeza da outra margem do rio (Foto: Reprodução/TV Tem)
Salto organiza nova operação para a limpeza da outra margem do rio (Foto: Reprodução/TV Tem)
Fonte: G1 SP

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

PARQUE NACIONAL ADOTA TÉCNICAS DE CONSERVAÇÃO DO SOLO

PARQUE NACIONAL ADOTA TÉCNICAS DE CONSERVAÇÃO DO SOLO

Intenção é desenvolver atividades dos agricultores familiares de maneira mais sustentável
Parque Nacional adota técnicas de conservação do solo
Brasília (25/07/2014) — Os agricultores familiares que vivem no entorno do Parque Nacional de Ubajara (CE) agora têm o apoio da Cooperativa Agroextrativista Familiar da Ibiapaba e Norte Cearense (COOAF) para desenvolver suas atividades de uma maneira mais sustentável, a partir da adoção de técnicas de conservação do solo, água e vegetação.
A Cooperativa, criada no último dia 5, faz parte das ações do Projeto "Sertão Vivo: Saber e trabalho na Caatinga", desenvolvido pela Fundação Centro de Ecologia e Integração Social em parceria com a gestão do Parque, que promove ações de educação ambiental com foco na preservação de recursos naturais junto à comunidade nas áreas próximas às Unidades de Conservação (UC).
Com a necessidade de desenvolver atividades de geração de renda, trabalho e segurança alimentar, o chefe da UC, Gilson Mota, explicou que a Cooperativa vem se responsabilizar pela organização desses agricultores, inserindo-os no mercado de trabalho e na produção e comercialização dos produtos provenientes de área manejadas, de sistemas integrados de produção, principalmente carvão, além de frutas, verduras e artesanatos. "Tudo de acordo com o seu estatuto, as normas e legislação vigentes" informou Mota.
A assembleia de formação e criação da Cooaf aconteceu no Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Frecheirinha (CE) e contou com a participação de autoridades e representantes das Associações Comunitárias dos municípios de Frecheirinha e Ubajara (CE), membros do Instituto Carnaúba de Meruoca (CE) e dos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais dos municípios de Ubajara, Ibiapina (CE) e Frecheirinha.
Sobre o Parque Nacional de Ubajara
Criado em abril de 1959, o Parque Nacional de Ubajara é uma das 313 Unidades de Conservação federais geridas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). O Parque abrange uma área de 6,2 mil hectares e está localizado nos municípios cearenses de Ibiapina, Frecheirinha, Tianguá e Ubajara.
Vinculada à Coordenação Regional 5 (CR5) do ICMBio, a UC está inserida no Bioma Caatinga, mas dispõe de três ecossistemas: Mata Atlântica; Transição entre a Mata Atlântica e a Caatinga; e Caatinga. No local, são realizadas pesquisas científicas e atividades de educação e interpretação ambiental, recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico.
Entre os principais atrativos turísticos do Parque está o passeio de teleférico, que oferece não apenas uma visão panorâmica da Caatinga, como também leva à entrada da Gruta de Ubajara – uma das maiores do Brasil, repleta de formações rochosas esculpidas pela água, que escorre das paredes há milhões de anos.

ICMBIO PROMOVE SOLTURA DE MAIS UM PEIXE-BOI MARINHO EM ALAGOAS

ICMBIO PROMOVE SOLTURA DE MAIS UM PEIXE-BOI MARINHO EM ALAGOAS

Em 20 anos, este foi o 37º animal da espécie devolvido à natureza
ICMBio promove soltura de mais um peixe-boi marinho em Alagoas
Brasília (31/07/2014) — O Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Aquáticos (CMA/ICMBio) realizou na manhã da última segunda-feira (28) a soltura de mais um peixe-boi marinho no estuário do Rio Tatuamunha (AL), interior da Área de Proteção Ambiental (APA) Costa dos Corais. Este é o 37º animal da espécie devolvido à natureza em 20 anos.
A médica veterinária e coordenadora-substituta do CMA, Fernanda Niemeyer, destacou que trata-se de um número bastante expressivo, já que a população de peixe-boi marinho está ameaçada de extinção no Brasil. "Existem entre 500 e mil indivíduos, somente isso. Poder devolvê-los ao habitat natural, é uma tarefa gratificante", disse.
Desta vez, o peixe-boi marinho foi uma fêmea de 2,78m e idade aproximada de cinco anos. O animal foi encontrado encalhado, ainda com resquícios de cordão umbilical, em março de 2010 no Pontal do Maceió, município de Fortim (CE). "A Joana, assim como todos os outros 36 peixes-bois marinhos que resgatamos, chegou aqui ainda recém-nascida. Eles ficam encalhados e se não forem ajudados acabam morrendo", explicou Fernanda.
Após o resgate, Joana foi transportada para Centro de Reabilitação de Mamíferos Marinhos, em Itamaracá, PE, onde permaneceu até o dia 28 de abril deste ano, quando foi levada para um recinto de readaptação em Porto de Pedras. "Após 3 meses, ela aprendeu a lidar com as marés, variação de salinidade, ambiente do manguezal, conviveu com mais 6 peixes-bois e com outras espécies de manguezal. Agora, está apta à vida livre", comemorou a veterinária.
20 ANOS DE MANEJO PARA A CONSERVAÇÃO DOS PEIXES-BOIS NO BRASIL
O Programa de Manejo para a Conservação de Peixes-boi no Brasil teve início em 1994 com a reintrodução de dois animais em Paripueira/AL. Desde então, o Projeto Peixe-boi trabalha para reintroduzir novos animais. Os objetivos são recolonizar áreas ocupadas no passado, reconectar populações isoladas entre os estados de Alagoas e Pernambuco e aumentar a variabilidade genética destas populações, protegendo-as da extinção.
O CMA conta com a parceria do Instituto Mamíferos Aquáticos (IMA) e o apoio de diversas instituições para realização de pesquisas, manejo, monitoramento, desenvolvimento comunitário e educação ambiental nas áreas de ocorrência da espécie. A próxima soltura está prevista para a segunda semana de agosto.