sexta-feira, 18 de julho de 2014

E se todo mundo virar vegetariano?

E se todo mundo virar vegetariano?

Se o consumo de produtos animais virar tabu, o ambiente agradece. Mas os rebanhos, abandonados após milênios domesticados, seriam extintos. Acompanhe um pai e um filho por uma antiga região pecuária - onde surgem novas questões familiares

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Ilustração Elcerdo

Pedalavam. Nada ao redor dos dois, pai e filho, a não ser suas sombras no asfalto. Era o caminho que sempre faziam para tirar fotos de natureza: uma estrada vazia na fronteira do Brasil com o Uruguai, reta infinita cortando a planície oceânica. Até que o pai, que ia mais à frente, dobrou à direita, desviando para uma trilha de chão batido. O filho se surpreendeu. Mas o seguiu, e parou ao lado dele no alto de uma colina. Não sabia dizer o quê, mas havia algo estranho com seu pai. Calado, o cinquentão enxuto tirou seu capacete e lançou à paisagem um olhar de filósofo. E veio uma voz de filósofo.

- Filho, chegou a hora de termos uma conversa difícil. Eu sempre te dei liberdade, não dei?
O rapaz acenou concordando.

- Sempre fui um defensor da liberdade. Mas não apenas da sua. De todos os seres vivos. 
- Sei, pai. E daí?
- Sabia que toda essa área ao nosso redor já esteve repleta de bois e vacas?
Sem dar chance de resposta, o pai encadeou memórias: as viagens de carro com a família pelo Pampa, vendo aquelas coxilhas cheias de bovinos. Os churrascos com amigos, as feijoadas aos sábados, o peru de Natal. Outro mundo. 

Até que surgiu uma ten-dên-cia, ironizou o filho.
- Uma nova consciência!
, rebateu o pai. Cientistas, intelectuais, políticos. Todos começaram a se dar conta do absurdo que era comer carne. Fui um líder dessa causa. Agora, imagine como me sinto ao saber que meu próprio filho anda comendo queijo.

O rapaz tentou responder, mas o pai prosseguiu com o sermão. Lembrou-se dos protestos para acabar com aviários, matadouros, frigoríficos, pesqueiros.

- Olhando para trás, é óbvio que matar animais foi tão absurdo quanto a escravidão. Ou impedir mulheres de votar. Ou segregar pessoas por raça ou religião. Não entendo como ainda pode existir gente carnívora.
- Pai, você está exagerando. Não virei carnívoro. Não precisa matar uma vaca para extrair o leite e fazer queijo. Além disso, foram só algumas vezes. Posso parar quando quiser.
- Mas começa assim. Daqui a pouco, você se vicia em coisas mais fortes. Um ovo frito. Quando vê, já está no peito de frango. Em pouco tempo, está vendendo sua bicicleta para comprar picanha desses traficantes de carne. Você está dando força para algo que foi muito difícil de combater.

Irritado, o pai voltou com a aula de história. A pecuária tinha sido uma das principais atividades econômicas, com um lobby poderoso. Mas a mudança veio da sociedade. Ano após ano, cada vez mais gente foi deixando de comer carne. Beber leite também se tornou malvisto, e até ovos viraram alimentos proibidos. Produtos de origem animal se tornaram tabu. Casacos de pele, blusões de lã e travesseiros de pena eram peças de museu.

- Vestir uma jaqueta de couro é como se enrolar em um cadáver, concorda?
- Sua geração é muito extremista.
- Extremista? Quando leio que as florestas retomam o espaço dos pastos, que os peixes estão voltando aos mares, quando eu vejo essa paisagem vazia, sem animais criados apenas para morrer, sinto que estou deixando um mundo melhor para a sua geração.
- Podemos voltar agora? Aproveita e me deixa na clínica de reabilitação.
- Chega de ironia, garoto. Quero te mostrar um lugar.


Com um sinal do queixo, ele fez com que o filho montasse na bicicleta e o seguisse pela estradinha Pampa adentro. Depois de uns 15 minutos, pararam ao lado de uma cerca. O pai tocou o ombro do filho e usou um tom conciliador.

- A partir daqui, começa um santuário onde vivem em liberdade alguns dos últimos remanescentes daqueles rebanhos gigantescos.

Após milênios de domesticação, os animais abandonados foram incapazes de sobreviver na natureza. Pragas e predadores acabaram com quase todos - 99,9% dos 1,5 bilhão de bovinos pereceram, numa das maiores extinções em massa da história. O pai tirou da mochila sua câmera fotográfica. Em silêncio, posicionou a máquina e aguardou. Até que chamou o rapaz para olhar no visor. Uma mancha branca, desfocada. Com um ajuste, ela surgiu. Uma das últimas vacas do pampa.

- Não é um animal lindo?
O filho afastou a câmera do rosto e enxugou os olhos.

- Desculpa, pai. De verdade.
- Tudo bem!, respondeu o pai, abrindo outro bolso da mochila. Em sinal de trégua, acendeu um baseado e ofereceu ao filho. Fumaram juntos admirando a paisagem
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Amazônia cresceu após mudança climática há 2 mil anos

Amazônia cresceu após mudança climática há 2 mil anos, diz estudo

Um quinto da bacia da Amazônia foi savana antes de transformação natural.
Além disso, floresta pode ter sido ocupada por agricultores no passado.

Da Reuters
Aves sobrevoam a Floresta Amazônica (Foto: Luiz Claudio Marigo/Conservação Internacional/Divulgação)Aves sobrevoam a Floresta Amazônica (Foto: Luiz Claudio Marigo/Conservação Internacional/Divulgação)
Faixas da Amazônia podem ter sido pradarias até uma mudança natural para um clima mais úmido há cerca de 2.000 anos ter levado à formação da floresta tropical, de acordo com um estudo que desafia a crença comum de que a maior floresta tropical do mundo é muito mais velha.
A chegada de doenças europeias após Cristóvão Colombo ter cruzado o Atlântico em 1492 também pode ter acelerado o crescimento de florestas com a morte de populações indígenas que utilizavam a região para agricultura, escreveram os cientistas no periódico científico da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, a "PNAS".
“O ecossistema dominante era mais como a savana do que a floresta tropical que vemos hoje”, disse John Carson, que liderou a pesquisa na Universidade de Reading, na Inglaterra, sobre o sul da Amazônia.
Os cientistas disseram que uma mudança para condições mais úmidas, talvez causadas por alterações naturais na órbita da Terra ao redor do Sol, levaram ao crescimento de mais árvores a partir de 2.000 anos atrás.
Eles encontraram grandes quantidades de pólen de grama em sedimentos antigos de lagos próximos, sugerindo que a região era coberta por uma savana. Eles também encontraram evidências de plantações de milho, o que aponta para a agricultura.Provável savana
Os pesquisadores estudaram aterros feitos pelo homem, descobertos recentemente após desmatamento na Bolívia, que incluíam valas de até 1 quilômetro de comprimento e de até 3 metros de profundidade e 4 metros de largura.
A Amazônia tem sido tradicionalmente vista como uma floresta tropical primitiva e densa, povoada por populações caçadoras-coletoras. Nos últimos anos, no entanto, arqueólogos descobriram indicações de que povos indígenas viveram na selva densa, mas conseguiram abrir espaço de terra para agricultura.
Agricultores viviam na Amazônia
O estudo publicado no periódico "PNAS" sugere uma nova ideia de que a floresta simplesmente não existia em algumas regiões. As “descobertas sugerem que, em vez de ser uma floresta de caçadores-coletores, ou de desmatadores de florestas em grande escala, os povos da Amazônia de 2.500 a 500 anos atrás eram agricultores”, disse a Universidade de Reading em um comunicado.
Carson disse que, talvez, um quinto da bacia da Amazônia, no sul, pode ter sido savana até essas transformações naturais, ao passo que floresta cobriria o território restante.
Em um lago, o Laguna Granja, plantas de floresta tropical somente teriam tomado o lugar da grama como principais fontes de pólen em sedimentos há cerca de 500 anos, sugerindo uma ligação com a chegada dos europeus.
O propósito dos aterros é desconhecido - eles podem ter sido utilizados para defesa, drenagem ou para propósitos religiosos. A compreensão da floresta pode ajudar a resolver enigmas impostos pelas mudanças climáticas.
A floresta Amazônica afeta a mudança climática porque suas árvores absorvem dióxido de carbono, um gás de efeito estufa, à medida que crescem, e o liberam quando apodrecem ou quando são queimadas. O Brasil tem reduzido os níveis de desmatamento nos últimos anos.

Cerâmicas têm área para a Reserva Legal

Cerâmicas têm área para a Reserva Legal

O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) cedeu uma área do Parque Estadual do Desengano, unidade de conservação ambiental, entre os municípios de Campos, Santa Maria Madalena, aos ceramistas de Campos, para cumprirem a exigência da Reserva Legal, imposta pelo Código Ambiental.  A indústria cerâmica  reclamava a dificuldade em conseguir áreas regulamentadas e cobertas de vegetação para cumprir com a obrigatoriedade da Reserva Legal.
Com o acordo, ficou definido que os ceramistas pagarão pela quantidade de hectares necessários do parque, como medida compensatória, devido aos impactos causados pela extração de argila nas terras arrendadas a terceiros. A lei exige que a área para a Reserva Legal corresponda a 20% do terreno impactado. Pelo acordo firmado, a área paga pelos ceramistas continuará de posse do Estado.
Segundo o presidente do Sindicato dos Ceramistas de Campos, Amaro da Conceição, o acordo foi conseguido depois de três reuniões com a presidente do Inea, Isaura Frage, e foi importante para o setor. “O resultado da reunião foi importantíssimo para nós. Estávamos na dependência da liberação dessas áreas para podermos fazer a Reserva Legal e, enfim, reiniciar o processo de licenciamento das cerâmicas. O acordo também gera mais investimentos em áreas verdes”, contou o presidente do sindicato, adiantando que a indústria também conseguiu renovar as licenças ambientais.
De acordo com Amaro da Conceição, o setor cerâmico de Campos é  formado por 120 indústrias, a  grande maioria localizada na Baixada Campista, e se tornou o maior polo gerador de empregos da região, com oito mil postos de trabalho diretos.
(A.N.)
FONTE:FOLHA DA MANHA

quinta-feira, 17 de julho de 2014


E mais uma mentira do Globo
Reproduções do Globo online (no alto) e do jornal O Globo
Reproduções do Globo online (no alto) e do jornal O Globo


O Globo continua firme e forte tentando levantar a campanha de Pezão, o seu candidato. Com essa manchete dizendo que Pezão tem ao seu lado 1.800 candidatos a deputado tenta dar volume e mostrar o atual governador numa posição confortável.

Bem, para começar é mentira a sub manchete do Globo online, que diz que eu tenho apoio apenas de uma sigla. Como podem ver na versão impressa logo abaixo, o próprio jornal mostra que eu sou apoiado por três partidos (PR, PROS e PT do B), Crivella é que só tem apoio do PRB.

Mas o que quero chamar a atenção é que desses 1.800 candidatos dos 18 partidos da coligação de Pezão, centenas deles, eu disse centenas, não dezenas, não estão fazendo a campanha do governador. Os dirigentes partidários podem ter feito acertos com Pezão, mas os candidatos não são obrigados a pedir votos para Pezão. Uma verdadeira legião de candidatos dos partidos aliados não está fazendo campanha para Pezão. Muitos não pedem votos para governador, mas outros pedem para mim ou outros candidatos.

Aliás, sugiro uma pauta à imprensa. Deveriam ver na campanha de rua entre os candidatos dos 18 partidos da coligação de Pezão quantos não estão pedindo votos para ele. E chamo a atenção para um detalhe. Alguns candidatos recebem material de campanha da coordenação de Pezão e por isso os panfletos já vêm com o nome e número do governador, mas se repararem no corpo a corpo, ignoram completamente o candidato ao governo. Outros distribuem o panfleto com Pezão, mas de boca pedem voto para outro candidato.

Vocês vão ver que esse exército - para usar a expressão do Globo - de 1.800 no final não vai ter nem metade desse número.

Enquanto isso o "Exército do Bem" da Força do Povo a cada dia cresce mais e recebe novas adesões, muitas vindas do lado de Pezão. 

Prefeitura de São Paulo distribui duas mil composteiras domésticas

Prefeitura de São Paulo distribui duas mil composteiras domésticas. Inscreva-se!

Marina Maciel - Planeta Sustentável - 24/06/2014
Reprodução

Você sabia que a cidade de São Paulo manda para o aterro sanitário 18 mil toneladas de lixo todos os dias? Só os resíduos orgânicos representam 5 mil toneladas diárias, que poderiam ser compostados em casa e transformados em adubo.

Para incentivar os cidadãos a fazerem compostagem doméstica, a prefeitura da cidade de São Paulo lançou o movimento Composta São Paulo*, que selecionará duas mil pessoas para receber uma composteira.

A partir de agosto, os selecionados participarão de oficinas de compostagem e plantio, além de fazer parte de uma comunidade online de troca de conhecimento e experiências.

Durante os primeiros cinco meses, a ação espera compostar 300 toneladas de lixo orgânico. Outro objetivo é gerar informações e aprendizados para impulsionar e fomentar a elaboração de uma política pública que estimule a prática da compostagem doméstica na cidade.

Moradores da cidade de São Paulo interessados em participar do projeto podem fazer inscrições até 27/07, por meio do site da iniciativa.

Idealizado e executado pela Morada da Floresta, o movimento é uma iniciativa é da Secretaria de Serviços da Prefeitura de São Paulo, por meio da AMLURB, realizado pelas concessionárias de limpeza urbana Loga e Ecourbis
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Conheça 6 novos Patrimônios Mundiais da Humanidade


Conheça 6 novos Patrimônios Mundiais da Humanidade

 30 de junho de 2014
Por Luíza Antunes
Os Patrimônios Mundiais da Humanidade (ou World Heritage List) são locais considerados valiosos para todo mundo, independente da localização, e que, por isso, devem ser protegidos. Quem define a lista é a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), que classifica os patrimônios como culturais, naturais ou mistos. Com o tombamento, o país onde fica o patrimônio passa a receber recursos da UNESCO para sua conservação.
Esse mês, em Doha, no Catar, ocorreu a 38º sessão do Comitê de Patrimônio Histórico, e novos lugares foram discutidos e incluídos na lista. Com as novas adições definidas durante a reunião (foram 26, no total), hoje temos 1007 lugares considerados Patrimônios Mundiais da Humanidade, divididos entre 161 países. Conheça os 6 últimos locais tombados pela UNESCO.
6. Complexo Histórico e Arqueológico de Bolgar, Rússia
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Foto: Fondation Vozrojdenie, Bolgar Historical and Archaeological Complex (Russian Federation)
Às margens do rio Volga, numa região russa chamada de Tartaristão, ficam os restos da cidade medieval de Bolgar, traços de uma civilização chamada Bulgária do Volga. Tal cidade existiu entre os séculos VII e XV. Essa foi a primeira capital da Horda de Ouro, nome dado ao Império Mongol no século 13. O Complexo Histórico e Arqueológico de Bolgar, devido às várias ocupações e mudanças pelas quais passou, permite compreender melhor os intercâmbios culturais e as transformações na Eurásia ao longo dos séculos. A região até hoje é considerada um destino de peregrinação para os muçulmanos tártaros, que em 922d.C foram aceitos pelo búlgaros de Volga.

5. Esferas de pedras pré-colombianas de Diquís, Costa Rica
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Foto: Juan Julio Rojas/Museo Nacional de Costa Rica, View of El Silencio sphere – Precolumbian chiefdom settlements with stone spheres of the Diquis (Costa Rica)
Além do bom desempenho na Copa do Mundo, a Costa Rica conquistou seu quarto patrimônio tombado pela UNESCO, o primeiro classificado como cultural. As esferas de pedras pré-colombianas de Diquís ficam em quatro sítios arqueológicos que datam entre  500 e 1500 d.C, no Delta Diquís, no sul do país. Entre cemitérios e áreas pavimentadas dessa antiga civilização humana, ficam esferas perfeitas de pedra, que chegam a até 2,57 metros de diâmetro. O significado para tais peças, ou como elas foram produzidas, é um mistério.

4. Complexo paisagístico de Trang An, no Vietnã
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Foto: Paul Dingwall, Isolated towers standing on the corrosion plain and showing the end-point of the tower karst erosion cycle – Trang An Landscape Complex (Viet Nam)
O complexo de Trang An é uma região de relevo cárstico, um tipo de relevo que tem como característica a corrosão das rochas, levando ao aparecimento de cavernas, vales e paredões rochosos. Trang An fica no delta do Rio Vermelho, no Vietnã. Além da paisagem maravilhosa, as cavernas de alta altitude revelaram traços de uma civilização de quase 30 mil anos atrás. As descobertas mostram a ocupação dessas montanhas por coletores e como eles se adaptaram a esse clima e mudanças climáticas. O tombamento também inclui a antiga capital do Vietnã nos séculos 10 e 11, Hoa Lu, cidade com templos, vilas e fazendas.

3. Parque Nacional do Himalaia, Índia
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Foto: Dr Sanjeeva Pandey, A trekker at Khandedhar, Jiwa Nal – Great Himalayan National Park (India) (GHNPCA)
Você já deve saber que boa parte do norte da Índia é ocupada pela cadeia de montanhas do Himalaia, mas talvez não conheça o Parque Nacional do Himalaia, que fica num estado chamado Himachal Pradesh. Ali você encontra grandes montanhas com picos nevados, 25 florestas, rios e até desertos. O derretimento da neve eterna (também chamada de glaciar) no topo dessas montanhas é fonte de água para diversos rios importantes – inclusive é por ali que se encontra a nascente do famoso Ganges. O parque também tem diversas espécies de animais, incluindo algumas em risco de extinção, como o leopardo-das-neves.

2. Santuário de Vida Selvagem do Monte Hamiguitan, Filipinas
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Foto: Eden Licayan, The view of Mount Hamiguitan – Mount Hamiguitan Range Wildlife Sanctuary (Philippines)
O Monte Hamiguitan vai de 75 a 1637 metros de altura, criando um ambiente perfeito para observação da vida animal terrestre e aquática em diferentes elevações. O monte fica em uma cadeia de montanhas que se estende de norte a sul da Península de Pujada, nas Filipinas. Entre as diversas espécies de fauna e flora que vivem no santuário, 11 estão em risco de extinção e 8 delas só podem ser encontradas ali. Entre elas, alguns animais que são símbolos do país, como a águia-das-filipinas e a cacatua das filipinas.

1. Penhascos de Stevns Klint, Dinamarca
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Foto: Jacob Lautrup/GEUS, Stevns Klint (Denmark)
Os Penhascos de Stevns Klint, na Dinamarca, são muito mais do que belas paisagens com suas falésias de giz branco e brilhante. Tais penhascos, que se estendem por 15 quilômetros na costa do país nórdico, também têm muita importância geológica. Acontece que ali foram encontradas evidências do meteorito que teria extinto os dinossauros há 65 milhões de anos. O ponto de impacto do meteorito é o fundo do mar da península de Yucatán, no México, mas em Stevns Klint é possível ver marcas da nuvem de cinzas que se formou na terra após o impacto: trata-se de um registro fóssil visível, que permite compreender a sucessão da fauna e da micro-fauna que se recuperou após a extinção em massa.

Fonte: UNESCO

Prefeitura de Casimiro de Abreu realiza caminhada “Por uma Serra mais Limpa”

A Prefeitura de Casimiro de Abreu, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, realiza no próximo sábado, dia 26, uma caminhada ecológica na Rodovia Serramar (RJ-142). Com o slogan “Caminhando por uma Serra Mais Limpa”, o evento visa conscientizar moradores e visitantes sobre a importância de cuidar e preservar a Serra Casimirense.

O ponto de partida será às 8 horas, na entrada do Parque Natural Municipal Córrego da Luz (km 07), unidade de conservação municipal criada com o objetivo de preservar o ecossistema de Mata Atlântica, incentivar pesquisas científicas, a educação ambiental e o turismo ecológico.

Serão dois quilômetros de percurso até a Ponte de Arame, um dos principais atrativos turísticos do município. Nesse trecho, o rio Macaé apresenta água calma e cristalina, ideal para um delicioso e refrescante mergulho. Além de contemplar a natureza, os participantes também vão recolher o lixo que encontrarem pelo caminho.

Um ônibus sairá às 7h30 da frente da Secretaria de Agricultura, localizada no início da Estrada Serramar, para levar os caminhantes até o ponto de partida. A caminhada ecológica contará com o apoio da Guarda Municipal e da Secretaria de Saúde para garantir a segurança e bem-estar dos participantes.

Rodovia Serramar – A RJ-142, mais conhecida como Rodovia Serramar, liga os municípios de Nova Friburgo e Casimiro de Abreu. Atrativos naturais não faltam ao longo dos seus 60 quilômetros, como cachoeiras e muitos pontos de banho. “A região serrana é especialmente bela e todos nós temos o compromisso de cuidar desse patrimônio ambiental e garantir um futuro mais sustentável para as próximas gerações”, ressaltou o prefeito de Casimiro de Abreu, Antônio Marcos.

A estrada possui particularidades que a tornam extremamente especial. Praticamente todo o seu percurso é acompanhado pelo rio Macaé, manancial importantíssimo para o desenvolvimento da região, sendo a principal fonte de abastecimento de água de milhares de pessoas. É nessa região que estão as principais nascentes que contribuem para o seu curso principal.  


Emoldurada pela Mata Atlântica, possui áreas de florestas intocadas e preservadas por unidades de conservação. A região abriga uma fauna e flora riquíssimas, com diversos animais em risco de extinção, como a onça parda, mico-leão-dourado e o macaco bugio, além de uma grande diversidade de anfíbios, aves e insetos.

Fonte: Ascom/Casimiro de Abreu 
Foto: Magno Lopes/Ascom

 

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Habitação x especulação imobiliária em pauta no IFF

A 1ª audiência pública sobre Habitação de Interesse Social versus Especulação Imobiliária: o caso da Comunidade da Margem da Linha, acontece nesta quarta-feira (16), às 18h30, no auditório Miguel Ramalho. O objetivo é promover um debate sobre políticas públicas urbanas, com destaque para o direito à moradia digna e à convivência comunitária. “Também temos o objetivo de destacar a possibilidade de manutenção dos membros da comunidade da Margem da Linha, como uma alternativa viável, desde que haja a intervenção urbanística na própria área a qual os moradores estão há muitos anos”, explica Daniela Bogado, professora do IFF e membro da equipe da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares do IFFluminense.
O evento é aberto ao público e foram convidados representantes do Ministério Público Estadual (Promotoria de Tutela Coletiva); do Ministério Público Federal; da Defensoria Pública; da Secretaria de Família e Assistência Social; da Comissão de Direito Imobiliário da OAB; do CAU (Conselho de Arquitetura e Urbanismo); da Rede Salesiana de Ação Social; da Associação de Moradores da Margem da Linha; do Conselho de Meio Ambiente e Urbanismo, do Núcleo de Estudos e Pesquisa Socioambiental (NESA) da UFF; além da pró-reitora de Extensão e Cultura do IFF, Paula Aparecida Martins Borges Bastos, o diretor geral do campus Campos Centro, Jefferson Azevedo, diretor de Extensão do campus Centro, Jonivan Lisboa, e professores do Curso de Arquitetura e Urbanismo. “Nossa finalidade, ao propor a audiência pública, é demonstrar que, diante do crescimento urbano e da especulação imobiliária, a luta pelo direito à moradia digna e à convivência comunitária tornou-se uma grande causa para rearticulação, mobilização e protagonismo dos moradores da comunidade da Margem da Linha, especialmente diante de suas vulnerabilidades socioeconômicas, em razão de falta de estrutura habitacional, de baixa renda e baixa escolaridade e de violências que são perpetradas cotidianamente, especialmente pela negação ao acesso ao mínimo existencial”, destaca Daniela.
Saiba Mais: A professora do IFF relata que a situação de exclusão vem se agravando quando, a partir do final dos anos 90, nos arredores da comunidade, o bairro vizinho passou a receber empreendimentos imobiliários, inicialmente, com perfil “popular”, como foi o caso do Condomínio Recanto das Palmeiras e, posteriormente, com perfil de “luxo”, com condomínios residenciais de alto acabamento e empreendimentos comerciais como supermercados, e mais recentemente o Shopping Boulevard e a previsão de dois hotéis.
“Essa valorização da área, em função dos investimentos públicos e privados feitos no entorno, potencializam os rumores de que parte da Comunidade da Margem da Linha será removida para o Morar Feliz próximo a Ururai, uma vez que a área que vivem estaria sendo considerada inapropriada para a habitação, gerando inquietude nos moradores que sofrem pressões em razão do jogo político, econômico e social e que se angustiam ao perceberem que, ao invés de serem beneficiados, serão novamente excluídos”, destaca.
De acordo com Daniela, dos depoimentos dos moradores mais antigos da Comunidade, é possível afirmar que a mesma surgiu no município de Campos dos Goytacazes, pelo menos, há mais de quarenta anos às margens da linha da antiga Rede Ferroviária Federal, que fazia o trajeto Campos-Rio. Dados do Censo Demográfico do IBGE 2010 revelam que vivem na Comunidade 2196 pessoas, sendo 1112 homens e 1084 mulheres, residindo em 571 domicílios.
(com assessoria)
FONTE : FOLHA DA MANHA

Água Doce: MMA libera R$ 24 milhões para o Ceará

    Paulo de Araújo/MMAPrograma leva água potável para comunidades ruraisPrograma leva água potável para comunidades rurais
    Com a implantação de mais de 200 dessalinizadores, programa beneficiará 89 mil pessoas em 48 municípios do seminário cearense

    O programa Água Doce, coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente, destinará recursos para a implantação, recuperação e gestão de 222 sistemas de dessalinização nos 48 municípios mais críticos do Ceará. Com isso, serão beneficiadas com água potável cerca de 89 mil pessoas residentes em comunidades rurais do semiárido cearense.

    “Esse programa demonstra o compromisso do Governo Federal, em parceria com o Governo do Ceará, de ampliar a segurança hídrica para a população rural do semiárido brasileiro, como medida de adaptação às mudanças climáticas, em face da seca que assola a região nos últimos 3 anos”, afirma a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

    A região é uma das mais críticas em termos de águas subterrâneas. Cerca de 80% do seu território encontra-se sobre o embasamento cristalino, onde predominam solos rasos. Os poços localizados nessas zonas cristalinas, em sua maioria, apresentam concentrações de sais que colocam em risco a saúde humana.

    O secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do MMA, Ney Maranhão, explica que o programa busca o aproveitamento sustentável de águas subterrâneas com características salinas e salobras, incorporando cuidados técnicos, sociais e ambientais na gestão dos sistemas de dessalinização.

    A primeira fase do convênio já foi concluída pelo estado do Ceará, no qual 667 comunidades foram diagnosticadas nos 48 municípios mais críticos do semi-árido cearense. “A liberação dos recursos que ora tem lugar permitirá o início da fase de implantação dos sistemas de dessalinização do Programa Água Doce”, destaca o secretário.

    O convênio prevê a realização de 667 diagnósticos técnico-ambientais e 444 testes de vazão em poços profundos.

    5 passos para construir um sistema hidropônico

    5 passos para construir um sistema hidropônico
    Maio de 2014 

    Hidroponia geralmente significa o cultivo de plantas em água sem o uso de solo. Quando este fenômeno era novidade, era um pouco mais complicado e acabava sendo “confinado” às pessoas experientes, que sabiam sobre jardinagem e tinham conhecimento técnico.
    Mas agora, com o avanço no campo tecnológico o cenário mudou completamente e é possível que todos possam criar um sistema de hidroponia a partir do zero, isso também com poucas despesas. Não é necessário ser um técnico para construir este sistema. Se você for capaz de inserir um tubo em uma bomba de água e fixar em um reservatório, o sistema hidropônico poderá ser criado facilmente.
    Com informações do site Ecofriend, o CicloVivo separou cinco passos para construir um sistema hidropônico:

    Foto: Ecofriend
    1. Arranjo
    Esta é a parte essencial do procedimento e não é muito difícil ou complicado. Primeiramente é preciso decidir as espécies de plantas a serem cultivadas. O projeto será definido com base nesta escolha. O sistema deve ser executado de acordo com a exigência de cada espécie de planta.
    Para as plantas que dependem de água abundante, sistemas hidropônicos de fluxo e refluxo são considerados melhores, enquanto para outros, o sofisticado sistema de gotejamento é recomendado. Uma vez decidido o que será cultivado, é recomendável que se faça uma pesquisa para verificar qual é o sistema mais adequado à sua escolha. Quando isso for resolvido, compre as plantas. Na internet podem ser encontrados alguns sites que oferecem planos de hidroponia gratuitos.
    2. Elementos constitutivos
    Estes podem ser encomendados online ou comprados em lojas especializadas. Eles formam uma parte importante do sistema. Diversos sites na internet oferecem listas de componentes, além de guia sobre como criar um sistema hidropônico a partir do zero.
    Depois de saber quais componentes são necessários, é hora de comprá-los.  Escolha os componentes exatos que estão citados na lista. Nunca tente coisas similares. Uma simples mudança pode alterar o funcionamento do seu sistema. Lembre-se que os itens da lista são escolhidos por pessoas especializadas com base no melhor para o sistema.
    3. Construção do sistema
    Depois das compras, é hora de começar a construir o sistema. Tente construir um que possa durar bastante tempo.
    Há certas coisas que você deve saber nesta fase. Procure pelas dimensões, equilíbrio e ângulos corretos. Comece colocando as peças maiores, como um recipiente de nutrientes em um lugar seguro, onde ele permanecerá em equilíbrio. Depois, anexe as bandejas de acordo com a exigência do seu sistema hidropônico. Certifique-se que esteja usando equipamentos de apoio, se sentir que o tabuleiro não está em equilíbrio e seguro para permanecer constante para o recipiente.
    4. Não ignore os pequenos detalhes
    Muitas vezes, um sistema perfeitamente hidropônico pode ser arruinado por ignorar pequenas coisas. Algumas delas podem passar despercebidas quando se está construindo um sistema. Portanto, é melhor e recomendável fazer uma verificação final e completa quando a fase de construção do seu sistema hidropônico acabar. É melhor examinar os acessórios como tubos soltos, bombas não funcionais, tubos de ar e sistema de drenagem sem limites pelo menos uma vez. No caso de suspensão do sistema que estão sendo usados??, verifique se estão bem e devidamente montados.
    5. Diversos
    Isto é tudo o que um sistema hidropônico pode oferecer a uma planta: oxigenação e nutrientes, mas um vegetal geralmente requer mais do que isso. É também exigida uma boa temperatura, umidade e luz solar para que a planta cresça bem.
    Componentes extras, como umidificadores, luzes hidropônicas, sistemas de refrigeração e assim por diante, não são partes de um sistema hidropônico, como procedimento. A adição destes componentes ao sistema não só é muito necessária, mas benéfica também.
    Redação CicloVivo

    CAMPANHA: SEJA VOCÊ AGENTE DA SUSTENTABILIDADE.

    O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO NA SUA CASA OU NO SEU AMBIENTE DE TRABALHO  PELA SUSTENTABILIDADE DO PLANETA?