terça-feira, 15 de abril de 2014

Plástico feito de cascas de camarão fortalece o solo após o uso

Plástico Feito de cascas de camarão fortalece o individual de APOS o OSU
06 de Março de 2014 • 14h30 Atualizado Como


Como cascas de Camarões, um dos Resíduos Mais descartados nn Oceanos e NAS Praias apos UMA Atividade pesqueira, Deram Origem a Um Novo Tipo de plástico ecologicamente correto. Produzido por hum Grupo de pesquisadores Fazer  Instituto Wyss , na Universidade de Harvard, o material E Composto Pela quitosana - Polímero Naturais extraído de forma Orgânica dos Crustáceos, Baixos Opaco dez Custódio los SUAS ETAPAS de Processamento.
O Ciclo de Vida fazer bioplástico novo E Totalmente Sustentável, POIs, ALÉM de hum Produção Localidade: Não Gerar nenhum Impacto no Meio Ambiente, o material de de também E biodegradável. E Localidade: Não Parágrafo POR AI: POR SE TRATAR de hum insumo Orgânico, Os pesquisadores provaram Opaco o bioplástico possui ATÉ MESMO UM capacidade de prover Nutrientes par o solo, num Curto PERÍODO de tempo, fortalecendo Plantações e evitando o USO de defensivos Agrícolas.
Para Aumentar a Qualidade ea Resistência fazer material, Cientistas OS Uniram UMA Substância Retirada DOS Crustáceos Ao Po Opaco E extraído da Madeira. ASSIM, O PRODUTO aproveita Resíduos provenientes de Diferentes Cadeias produtivas - Tanto da pesca e da Alimentação, da Indústria Madeireira de Como e ATÉ das serralherias. ASSIM, AO passar Pelos Processos Laboratório los e servi unida Ao Po, a quitosana forma hum plástico com rigidez Suficiente Parágrafo Manter UMA forma tridimensional.
O Objetivo da Pesquisa e Produzir o bioplástico escala los larga, e, Parágrafo chegar à versão final, FORAM necessários Diversos testículos los Laboratório. ASSIM, como os antes de concluírem Este novo Modelo, pesquisadores criaram OS hum materiais misto de quitosana e Proteína de seda, Chamado de  Shrilk  - Opaco, EM INGLES, significa UMA Junção dos TERMOS  camarão  (camarão) e  seda  (seda). No entanto, um dEste insumo deixava o plástico Bem Mais caro versão utilização Que hum atualmente Concluída.
O novo material de de CRIADO e Pelos pesquisadores de Harvard Mais Eficiente Opaco Como versões biodegradáveis ​​utilizadas atualmente, POIs dispensa o cultivo de Vegetais com o FIM Exclusivo Parágrafo uma Indústria de plástico e reduz OS Gastos da FABRICACAO Fazer o material de convencional. Disso de Além, Uma fase de incorporação AO Sozinho Fazer novo plástico PODE ATÉ incentivar Mais PESSOAS de plantarem casas los SUAS, uma Fazer reaproveitamento Partir Fazer Resíduo.
Por Gabriel Felix - Redação CicloVivo

domingo, 13 de abril de 2014

Canadenses projetam vila de casas na árvore

Canadenses projetam vila de casas na árvore
 Março de 2014 


O escritório canadense de arquitetura Ferrow Partnership planejou um modelo de casa na árvore que não compromete o desenvolvimento e crescimento da espécie. Os arquitetos se inspiraram na forma de uma semente para o projeto que será uma vila turística.
Construir uma casa na árvore exige bastante da engenharia. Construir um conjunto com esse tipo de casa exige muito mais, principalmente se o intuito é ter um projeto sustentável.
Para que fosse possível manter a árvore intacta, os canadenses usaram a mesma lógica de um guarda-chuva. Assim sendo, cabos estruturais de alta resistência abraçarão árvore e serão os responsáveis por manter a estrutura fixa ao tronco, sem que seja necessário pregar uma madeira sequer à árvore.

Foto: Divulgação
Por estar localizado em uma Reserva da Biosfera da Unesco, os arquitetos também precisam se preocupar com os impactos gerados no ambiente ao redor durante a construção e na fase de uso. A estrutura, apelidada de Projeto Samara, será levantada durante o inverno, período em que pertubará menos os animais selvagens da floresta de Ontário, no Canadá, e contará com sistemas de compostagem, tratamento e reuso de água.

Foto: Divulgação
As casas na árvore serão construídas a partir de três placas de madeira pré-fabricadas, feitas com material certificado. A vila instalada no parque será como um oásis em que os turistas poderão ter o conforto de um quarto, mesmo estando imerso na natureza.

Foto: Divulgação
Redação CicloVivo

Somos natureza:Sebastiao Salgado

Somos natureza

Sebastião Salgado mantém o encantamento ao falar das experiências vividas durante a produção de Gênesis, seu mais recente projeto

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Ricardo Lisboa

Perto de completar 70 anos - 40 deles dedicados à fotografia -, Sebastião Salgado mantém o encantamento ao falar das experiências vividas durante aprodução de Gênesis, seu mais recente projeto. Entre 2004 e 2011, ele visitou cinco continentes, em mais de 30 viagens para regiões quase sempre inóspitas, como Sibéria, Galápagos e Papua Nova Guiné. Pela primeira vez, Salgado documentou, como frisa, "outros animais além do homem". Retratou paisagens, fauna, flora e comunidades humanas que ainda vivem dentro de suas tradições ancestrais, imunes às transformações impostas pelo modo de vida contemporâneo.

Como foi a experiência de fazer Gênesis?Com dois anos de preparação, oito de fotografia e mais dois de pós-produção, passei grande parte da minha vida dentro desse projeto. Foram, em média, oito meses por ano viajando, naquele que talvez possa considerar o período mais rico da minha carreira. Gênesis fecha um ciclo com os projetos que fiz antes, sobre as guerras na África, trabalhadores e refugiados. Agora, tive a chance de conhecer locais fabulosos e aprender a respeito da minha relação com o planeta e com outros seres humanos. Convivi com grupos que representam o que fomos 10 mil anos atrás. Fui bem recebido. O homem é um ser gregário por natureza. Minha impressão é que a agressividade surgiu depois de certa organização espacial.

Como foi a sua relação com os povos retratados?Quando você passa um tempo com as pessoas e elas compreendem o seu trabalho, que você deseja mostrar a dignidade, a personalidade delas, a maneira como vivem, elas têm orgulho de participar. Os nenets, do norte da Sibéria, por exemplo. Eles montam e desmontam suas casas todos os dias. À noite a gente comia junto, discutia junto questões cotidianas. Se eles matam uma rena, também tomam o sangue, e sempre aparece alguém com uma garrafa de vodca. É como uma família.

Aprendi com eles algo que nós perdemos na nossa sociedade: o conceito de essencial. Temos uma quantidade enorme de coisas. Compramos, acumulamos e não usamos. Se você der aos nenets um presente que eles não possam transportar no trenó, eles não aceitam. Eles possuem apenas o necessário para subsistir em uma condição climática extrema e são tão felizes quanto uma pessoa que vive em um grande apartamento em São Paulo. O que perdemos com a massificação global dos modos de vida?

Quando eu era menino, o Brasil tinha 90% de população rural. Hoje, 90% da população é urbana. Por outro lado, na Amazônia brasileira, restam povos ainda não contatados, que vivem como há 10 mil anos. São uma referência viva do nosso passado ancestral.

Exemplos desse tipo de contradição não faltam. A Índia acabou de lançar um automóvel de 2 mil dólares. Todo mundo vai comprar. Está todo mundo felicíssimo porque vai ter um carro, mas será que esse modelo consumista ocidental é o melhor para a Índia? Nossa espécie é nova, mas tomou conta do planeta. Escravizamos as outras espécies. Se tivéssemos a capacidade de enxergar a vida como uma evolução de dezenas de milhares de anos, compreenderíamos a nossa origem e o nosso lugar, até concluir algo simples e importante: somos natureza.

O que você diria aos jovens documentaristas brasileiros?
Que fotografem mais os nossos grupos indígenas. No início da história escrita da humanidade, na antiga civilização egípcia, pessoas já habitavam a Floresta Amazônica. Temos a obrigação de conhecer e proteger esse legado cultural e ambiental.

Qual a missão da fotografia?As duas únicas linguagens que não necessitam de tradução são a fotografia e a música. E a fotografia é, possivelmente, a linguagem mais acessível e universal que possa existir
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sábado, 12 de abril de 2014

Uma gigafábrica de baterias

Uma gigafábrica de bateriasTasso Azevedo - 2014 

blog-do-clima-gigafabrica-teslaEsta é o tipo de ação radical de que precisamos para uma economia de baixo carbono!
Há alguns dias, a Tesla - fabricante de carros elétricos fundada pelo visionário empreendedor sul africano Elon Musk – anunciou a implementação da maior fábrica de baterias do mundo a ser construída nos EUA e que deve entrar em operação em 2017.
Não é à toa que ela foi batizada de Gigafábrica (Gigafactory): quando estiver operando a plena capacidade em 2020, anualmente produzirá baterias com capacidade de armazenamento de 50 mil MW. Isto é, mais do que a capacidade atual de todas as fábricas de bateria do mundo somadas (34 mil MW/h).
Para ilustrar bem o significado prático de toda esta capacidade, basta imaginar que as baterias produzidas pela gigafábrica, em um ano, poderiam armazenar toda energia necessária para atender a demanda média de energia elétrica no Brasil inteiro, por quase uma hora, ou armazenar a energia gerada por todas as usinas eólicas em um dia.
A Gigafábrica será autossuficiente em energia a partir de um parque eólico e outro solar anexos, que serão construídos ao lado da fábrica.
A estimativa dos empreendedores é baixar em, pelo menos, 30% o custo das baterias para veículos e todo o tipo de equipamentos como computadores.
Os sinais que esta iniciativa aponta são, no entanto, mais profundos. Ela representa uma aposta de US$ 5 bilhões (investimento estimado) na eletrificação do mundo e na real possibilidade de transformar o armazenamento de energia em um sistema distribuído na nuvem, similar ao que já acontece com processamento e armazenamento de dados.
A Tesla estima que produzirá mais de 500 mil carros elétricos por ano, até 2020 (em 2013 foram 30 mil, contra 2 mil dois anos antes). A bateria dos automóveis (de qualquer equipamento eletrônico) poderá conversar com a rede e ser utilizada para armazenar e despachar energia de acordo com a demanda do sistema elétrico integrado(smartgrid). Em larga escala, este sistema inteligente permitirá muito mais flexibilidade e estabilidade para fontes renováveis, mas intermitentes de energia como a solar e a eólica. O limitante para um sistema assim funcionar era a disponibilidade de grandes quantidades de bateria. Em pouco tempo, já não será mais.
É este tipo de movimento desruptivo, de larga escala e grande impacto que é necessário para produzirmos as mudanças urgentes rumo à economia de baixas emissões de gases de efeito estufa (GEE).
E atenção! Elon Musk, o empreendedor por trás da Gigafábrica é um visionário, mas não é um aventureiro. Entre os empreendimentos que colocou de pé, além da Tesla, estão o PayPall (maior sistema de pagamentos pela internet), a Space X (que, com menos de 10 anos de vida, já é a única empresa privada a suprir a estação espacial internacional) e a SolarCity (maior empresa de energia solar fotovoltaica nos EUA).
Veja documento divulgado pela Tesla para saber mais detalhes da Gigafábrica.
Imagem: Divulgação/Tesla

Paisagista cria jardim inspirado na história do universo

Paisagista cria jardim inspirado na história do universo
 Março de 2014 • 


O arquiteto e paisagista norte-americano Charles Jencks leva muito mais do que beleza aos jardins que planeja. Um dos exemplos da grandiosidade de seus projetos é apelidado de “The Garden of Cosmic Speculation” – O jardim da especulação cósmica.
Como o nome já diz, ele é muito mais do que uma área verde. Cada um de seus detalhes foi pensado para dar ao visitante noções sobre a formação do Universo. A estrutura está situada em Dumfris, na Escócia, e trata-se de um complexo paisagístico, formado por 25 jardins.
A paisagem conta com diversos níveis e em cada um deles os visitantes podem vivenciar uma experiência diferente, até mesmo entender a distorção entre espaço e tempo causada por um buraco negro. O topo representa o tempo e, conforme vão descendo, as pessoas caminham em direção ao passado, aprendendo sobre os últimos 13 bilhões de anos em evolução cósmica.
O The Garden of Cosmic Speculation está localizado em uma propriedade particular. Por conta disso, ele é aberto ao público apenas uma vez ao ano. No entanto, este não é o único projeto do tipo idealizado por Jencks.

Conforme descrito em seu próprio site, um dos objetivos do paisagista é descobrir as relações entre o grande e o pequeno, entre a ciência e a espiritualidade e entre a paisagem e o universo. Portanto, esses itens estão presentes em cada um de seus trabalhos.

Nova Zelândia oferece bolsa de estudos a brasileiros na área de sustentabilidade

Nova Zelândia oferece bolsa de estudos a brasileiros na área de sustentabilidade
28 de Março de 2014 • Atualizado às 14h14


Estão abertas as inscrições para os interessados em garantir uma das 14 bolsas de estudo oferecidas pelo governo da Nova Zelândia para mestrado e doutorado no país, com foco em desenvolvimento econômico sustentável. A iniciativa faz parte do programa New Zealand Development Scholarships (NZDS) e contempla estudos a partir do ano letivo de 2015. Além do Brasil, podem concorrer às oportunidades estudantes de outros 17 países da América Latina.
As bolsas são oferecidas em áreas prioritárias para a Nova Zelândia, com destaque para Desenvolvimento Agrícola e Energias Renováveis – incluindo Desenvolvimento de Energia Geotérmica.  Além de mestrado (pesquisa ou trabalho, com duração de um a dois anos) e Doutorado (PhD, com duração prevista de três anos e meio a quatro anos), há também a possibilidade de cursar a pós-graduação (seis meses) ou conquistar o diploma de pós-graduação (um ano).
Para concorrer, os candidatos devem passar por duas etapas:
- Verificar, até o dia 30 de abril, as ofertas de vagas junto às instituições de ensino reconhecidas pelo Governo da Nova Zelândia. Para isso, os candidatos podem acessar as listas de qualificações para Desenvolvimento Agrícola e Energias Renováveis e, em seguida, contatar as universidades neozelandesas para verificar aceitação de sua inscrição.
- Cientes das oportunidades existentes, os interessados devem enviar o formulário disponível no site do programa, até 1º de agosto. Os requisitos necessários para classificação, bem como informações sobre as instituições, demais cursos disponíveis e o processo de seleção, podem ser consultados na página do NZDS.
O objetivo da iniciativa é contribuir para o desenvolvimento econômico da região e proporcionar aos estudantes alta capacitação em universidades e instituições técnicas da Nova Zelândia. O plano de estudos deve contemplar o desenvolvimento do setor econômico no país de origem do candidato, e não simplesmente focar no desenvolvimento profissional do estudante.
Benefícios de estudar na Nova Zelândia
Conhecido por sua natureza exuberante e como um local propício à prática de esportes, entre eles surfe, rafting, esqui, bungee jump e iatismo, o país é destino de brasileiros em busca dos cursos de idioma, ensino médio e cursos universitários, como graduação e pós-graduação.
Uma das grandes vantagens de estudar na Nova Zelândia é a possibilidade de trabalhar no país. As mudanças foram anunciadas recentemente e se aplicam aos estudantes de idioma e também aos estudantes de ensino superior. Para os estudantes de ensino superior, uma novidade, além das condições já existentes para estudantes de graduação, estudantes matriculados em cursos de mestrado e doutorado (sempre que acompanhados de defesa de tese) terão permissão para trabalhar em tempo integral.
Participar de um doutorado na Nova Zelândia é uma opção muito interessante para toda a família. As taxas para estudos de candidatos internacionais é a mesma que a de residentes, diferentemente de outros países. Estudantes em cursos de mestrado e doutorado podem trabalhar um número ilimitado de horas e os esposos/parceiros de doutorandos também recebem uma permissão de trabalho válida por toda a duração do programa. Filhos e dependentes de estudantes matriculados em programas de PhD recebem os mesmos benefícios que crianças neozeolandesas, até o último ano do ensino médio, e têm a possibilidade de estudar sem qualquer custo nas escolas públicas em todo o país.

sexta-feira, 11 de abril de 2014

A inteligência das plantas revelada

A inteligência das plantas revelada

Pesquisas recentes mostram que as plantas têm linguagem, memória, cognição e são capazes de fazer escolhas. Ao site de VEJA, pesquisadores desvendam o mecanismo da inteligência vegetal e mostram como as plantas passaram a dividir com os animais o status de criaturas autônomas e sensíveis

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Rita Loiola Veja.com - 
dani_vazquez/Creative Commons

Em 1880, o naturalista britânico Charles Darwin foi o primeiro a escrever que as extremidades das raízes vegetais "agem como o cérebro de animais inferiores". Desde então, cientistas descobriram que as plantas atuam também como se tivessem linguagem, memória, visão, audição, defesas e cognição. Percebem-se como indivíduos e são capazes de fazer escolhas. Em outras palavras, elas têm o que Darwin previa no último parágrafo de seu livro O Poder do Movimento nas Plantas: inteligência.

As evidências para isso vêm de diversos países ao redor do globo, em instituições de pesquisa como a Universidade da Califórnia e a Universidade de Washington, nos Estados Unidos, o Instituto Max Planck e a Universidade de Bonn, na Alemanha, a Universidade de Lausanne, na Suíça, além de institutos de pesquisa no México, França, Itália e Japão.

Nos últimos meses, diversos estudos, publicados em revistas científicas como Nature, Science ou Plos One têm demonstrando o funcionamento dessas até então desconhecidas habilidades vegetais. E provado que as plantas estão longe de ser criaturas passivas, como se acreditava. Um dos estudos mais recentes, divulgado no fim do ano passado na revista Ecology Letters, mostrou como as plantas se comunicam por meio de compostos voláteis. Viajando pelo ar, eles avisam outras árvores sobre a presença de herbívoros potencialmente perigosos — as folhas recebem a mensagem e tornam-se mais resistentes às pragas.

"As plantas são capazes de comportamentos muitíssimo mais sofisticados do que imaginávamos", afirma o biólogo Rick Karban, da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, e principal autor do estudo sobre comunicação vegetal. "Elas passaram por uma seleção em que tiveram de lidar com os mesmos desafios que os animais e desenvolveram soluções que, às vezes, guardam semelhanças com as deles." É o avanço dos estudos em biologia e fisiologia vegetal, aliado a tecnologias mais potentes para conduzir experimentos e recolher dados, que está fazendo com que os cientistas percebam que árvores e arbustos são criaturas sensíveis, que dividem o mesmo espaço com os animais na escala evolutiva.
História

A LÍNGUA DAS PLANTAS
Quem está mostrando as evidências mais contundentes de uma cara característica animal — a linguagem — nos vegetais são pequenas artemísias. Há mais de uma década, Karban cuida do cultivo de quase cem delas em um campo aberto na Califórnia. Regularmente, suas folhas ganham pequenos cortes que imitam dentadas de insetos para que emitam os compostos orgânicos voláteis, conhecidos pela sigla VOC. O objetivo é entender o papel desses elementos perfumados na natureza, que parecem enviar mensagens muito precisas de uma planta para outra.

Com seu campo californiano, Karban não só provou que esses compostos existem, como percebeu que eles viajam a até 60 centímetros de distância e são percebidos por outros ramos da planta, por pés vizinhos da mesma espécie e, por vezes, por outras espécies que estão ao lado. "As plantas coordenam suas defesas e as de seus parentes", afirma Karban, que estuda o tema há mais de trinta anos. "Esse e outros trabalhos indicam que a comunicação entre os vegetais é um fenômeno real que ocorre na natureza."

Pelas contas do pesquisador, outros 48 estudos de comunicação vegetal confirmam que as plantas detectam esses sinais aéreos. E dominam mais de uma língua: algumas conseguem também enviar mensagens para predadores de herbívoros que, atraídos pelos compostos emitidos, evitam que as folhas sejam comidas. "Plantas reconhecem os herbívoros que as atacam, às vezes até antes que eles cheguem", diz o pesquisador. "Descobrir essa linguagem das plantas, além de ser muito interessante, pode nos mostrar como manipular a defesa de safras inteiras."

SINAPSES VEGETAIS
Afora as mensagens voláteis, as plantas emitem sinais elétricos — semelhantes a sinapses dos neurônios — para enviar informações entre uma célula e outra. Edward Farmer, o biólogo pioneiro em pesquisas sobre comunicação vegetal da Universidade de Lausanne, na Suíça, descobriu, há alguns meses, uma maneira até então inédita de transmissão de sinais elétricos vegetais, com pulsos que seguem por longas distâncias entre as membranas da planta. É como um rudimento das sinapses animais
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Petróleo vazado no Golfo do México em 2010 causa anomalias em peixes

Petróleo vazado no Golfo do México em 2010 causa anomalias em peixes

Publicado em março 27, 2014 por 
Estudo aponta que espécies de atum nascem com problemas cardíacos e dificuldades para nadar. Explosão da plataforma da BP em 2010 derramou mais de 4 milhões de barris de petróleo na costa nos Estados Unidos.
Petróleo vazado no Golfo do México em 2010
O petróleo cru que vazou no Golfo do México após a explosão da plataforma Deepwater Horizon, em abril de 2010, está provocando anormalidades no desenvolvimento de espécies marinhas. Uma das consequências é a má-formação cardíaca em peixes como o atum-rabilho e o atum-amarelo.
A conclusão faz parte de um estudo da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA, da sigla em inglês) divulgado nesta terça-feira (25/03) na publicaçãoProceedings of the National Academy of Sciences. A data também marca os 25 anos do pior vazamento de petróleo da história do país, quando o navio Exxon Valdez despejou 41 milhões de litros de petróleo em uma área selvagem no Alasca.
No caso do desastre ambiental de 2010 no Golfo do México, mais de 4 milhões de barris de petróleo foram despejados ao longo de 7 mil quilômetros da costa norte-americana. Apesar das dimensões visíveis do acidente, estima-se que metade de todo o material tenha sequer chegado à superfície. No entanto, o acidente coincidiu com a época de reprodução dessas espécies, que depositam ovos na superfície oceânica.
A pesquisadora da Universidade de Standford, Barbara Block, uma das autoras do estudo, afirma que as evidências apontam um efeito comprometedor do óleo na fisiologia e morfologia dos embriões e larvas. O estudo mostrou que o petróleo age como um fármaco que impede processos-chave nas células cardíacas. O movimento de contração e descontração do músculo cardíaco é afetado, o que provoca arritmias.
As observações foram feitas usando microscópio, já que os alevinos dessas espécies são transparentes. A dificuldade maior dos pesquisadores foi encontrar amostras para os experimentos, uma vez que em seu habitat natural, as larvas de peixe estão misturadas a outros tipos de plâncton.
Larvas com defeitos
Assim, os cientistas inverteram o processo: utilizaram amostras do óleo cru colhidas no local do acidente em larvas criadas em cativeiro, uma atividade bastante rara. As anormalidades nos atuns foram observadas mesmo em baixas concentrações de óleo, inferiores às medições feitas no Golfo do México durante o acidente.
Os resultados confirmam uma tendência já verificada em estudos anteriores. De acordo com o coordenador do estudo, John Incardona, os atuns e olhos-de-boi, outro peixe estudado, foram afetados de maneira similar aos arenques que sofreram deformações depois do acidente do navio petroleiro Exxon Valdez.
Ele explica que os problemas cardíacos afetam diretamente a capacidade de natação dos peixes, criando uma mortalidade tardia ainda relacionada aos derramamentos. Como a pesquisa confirmou deformidades que já haviam sido registradas, os autores acreditam que peixes-espada, marlins, cavalas e outras espécies também enfrentem o mesmo problema.
Além disso, o estudo afirma que os hidrocarbonetos aromáticos policíclicos derivados do óleo, que são as substancias que afetam diretamente o coração dos peixes, podem permanecer nos habitats marinhos por muitos anos, ampliando os impactos ambientais do acidente.
Matéria de Ivana Ebel , da Agência Deutsche Welle, DW, reproduzida pelo EcoDebate, 27/03/2014

quinta-feira, 10 de abril de 2014

ATENTAI-VOS:Chevron e os danos socioambientais no Equador: crime sem castigo

Chevron e os danos socioambientais no Equador: crime sem castigo, por Luiz Eça

Publicado em março 27, 2014 por 

Resíduos da Chevron no Equador. Foto do CUBADEBATE
Resíduos da Chevron no Equador. Foto do CUBADEBATE

[Correio da Cidadania] A Chevron acaba de ganhar um processo nos EUA contra 30 mil indígenas e sitiantes do Equador. Eles pleiteavam uma indenização por catástrofe ambiental provocada pela gigantesca petrolífera, uma das maiores do mundo.
Que envenenou toda a água de uma região e causou efeitos destruidores em extensas áreas da floresta amazônica, a maior reserva de oxigênio do planeta.
Tudo começou assim. Entre 1964 e 1992, a Chevron explorou petróleo na região de Oriente, no leste da Amazônia equatoriana.
Depois se retirou, levando consigo bilhões de lucros, e deixando derramados no solo um legado de 18 bilhões de galões de resíduos tóxicos, contendo hidrocarboneto aromático policíclico, em níveis muitas vezes mais alto do que o permitido nos EUA.
Com isso, toda a água da região foi contaminada, aumentando em 150% as chances das pessoas de contraírem câncer, além de causar graves doenças e outros problemas de saúde nos atuais moradores e até nas próximas gerações.
Relata a ONG Friends of The Forest: “Morte, abortos e defeitos de nascimento se espalham pelas comunidades, ameaçando alguns grupos indígenas de extinção. A destruição do meio ambiente das florestas foi devastadora”.
Desde 1993, advogados de moradores das áreas afetadas abriram processos contra a Chevron, exigindo que limpasse a sujeira provocada e reparasse os danos causados à saúde das pessoas.
Em 1995, a empresa concordou, em parte. No entanto, a limpeza que fez foi meramente cosmética. Limitou-se a cobrir de lixo fossas de petróleo usadas pela companhia para armazenar permanentemente detritos de petróleo e de produtos químicos, que acabavam penetrando nos suprimentos subterrâneos de água.
O processo prosseguiu e, em 2011, uma corte de justiça equatoriana decidiu a favor dos querelantes, condenando a Chevron a lhes pagar 19 bilhões de dólares.
Houve recursos e a corte superior reduziu as indenizações a 9,5 bilhões de dólares. Mas os pobres índios e sitiantes não receberam nada.
A Chevron já havia se mudado do Equador, não deixou quaisquer recursos para cumprir a sentença a que fora condenada.
A solução seria processá-la nos EUA e outros países, onde ela opera. Começaram por New York, onde ficavam seus escritórios centrais. Um acordo sequer foi tentado.
Em entrevista à revista New Yorker, diretores da Chevron afastaram esta possibilidade: “Nós lutaremos até mesmo se o inferno congelar. E, se isso acontecer, lutaremos no gelo”.
A gigantesca multinacional convocou um time de 60 firmas de advogados para defender sua causa.
Eles alegaram que a Chevron era a vítima, não os 30 mil moradores da floresta, que estariam tentando enganar a justiça com acusações falsas.
Os pobres equatorianos, junto com seu advogado, Steven Donziger, foram acusados de promover uma extorsão contra a Chevron.
A empresa apelou para o estatuto RICO – criado originalmente para processar sindicatos do crime organizado.
Apresentou provas de que um dos juízes equatorianos teria sido subornado por alguém ligado à causa das comunidades atingidas.
O SF Gate – blog de San Francisco (em 23/2/2014) – lembrou memorando que, em 2008, Sam Singer – um expert em gerenciamento de crises – enviou ao executivo da Chevron, Ken Robertson. Aconselhava a Chevron a acusar o judiciário equatoriano de corrupto e montar um ataque contra os indígenas e sitiantes e seus advogados. O que foi feito.
A Chevron apresentou depoimentos de um ex-juiz do Equador, narrando o suborno de um dos juízes do processo para dar ganho de causa aos querelantes.
Essa figura, Alberto Guerra, a testemunha-chave da argumentação em favor da Chevron, acabou admitindo que a “Chevron pagou 48 mil dólares por evidências físicas do suborno e para pagar despesas de viagem dele e de sua família… despesas de advogado…  e comprometeu-se a lhe pagar 12 mil dólares mensais, durante 2 anos, para suas despesas nos EUA”.
Muito em função do que essa testemunha relatou, o juiz Kaplan considerou desnecessário examinar todos os pareceres científicos dos danos causados ao povo e ao ambiente da floresta amazônica leste. E proibiu que fossem apresentados no julgamento pelo advogado dos 30 mil prejudicados.
Esqueceu-se de que os advogados da Chevron violaram lei federal ao pagarem pelo depoimento de uma testemunha e, especialmente, ao subornarem o ex-juiz Alberto Guerra para depor a seu favor.
Pelo princípio de que a árvore doente contamina os seus galhos, tudo apresentado com base no que foi obtido ilegalmente teria de ser desconsiderado.
Mas Kaplan considerou a Chevron inocente.
Para muitos advogados que acompanharam o processo, o juiz estava predisposto contra os autores do processo.
Tentou mesmo decidir de forma definitiva, excluindo a possibilidade de recurso a instâncias superiores, o que, porém, foi recusado.
Os 30 mil pobres equatorianos, sob ameaça do câncer e mortes prematuras, e comunidades indígenas condenadas a desaparecer por abortos, mortes de nascituros e crianças defeituosas, perderam esta batalha.
Mas não a guerra. Há recursos na justiça norte-americana e processos em andamento no Brasil, Canadá e México, onde a Chevron tem negócios e consideráveis ativos.
A lei tarda, mas não falha. Vamos ver se é verdade.
Leia também:
Luiz Eça é jornalista.
Website: www.olharomundo.com.br

Artigo originalmente publicado no Correio da Cidadania, parceiro estratégico do EcoDebate na socialização da informação.
EcoDebate, 27/03/2014

Mapa inédito coloca o Brasil em 3º lugar em conflitos ambientais

Mapa inédito coloca o Brasil em 3º lugar em conflitos ambientais

O mapa mostra como os conflitos ecológicos estão aumentando por demanda mundial das classes média e alta


Fonte: BBC Brasil

Em um projeto inédito, a Universidade Autônoma de Barcelona mapeou conflitos ambientais em todo mundo. No mapa, o Brasil aparece em terceiro lugar (ao lado da Nigéria) em número de disputas, enquanto a mineradora brasileira Vale ocupa a quinta posição no ranking de empresas envolvidas nessas questões.
O mapa (veja aqui), uma plataforma interativa, é o resultado do trabalho de uma equipe internacional de especialistas coordenados pelos pesquisadores do Instituto de Ciência e Tecnologia Ambiental da universidade espanhola.
Entre os 58 conflitos ambientais em curso no Brasil há disputas agrárias como o caso de Lábrea, cidade no Amazonas próxima à fronteira com o Acre e Rondônia, onde agricultores são vítimas da ameaça de madeireiros e grileiros.
Há ainda diversos conflitos indígenas, disputas por recursos hídricos e por reservas minerais.
No caso da Vale, 14 das 15 disputas em que a empresa está envolvida ocorrem na América Latina, especialmente no Brasil, mas há casos também na Colômbia, no Peru e no Chile. O mapa cita ainda um conflito entre a mineradora e agricultores em Moçambique.
Segundo o artigo do pesquisador da Fiocruz Marcelo Firpo Porto mostrado na seção sobre o Brasil, apesar de o país ter passado por um processo de industrialização e não ser mais exclusivamente agrário, seu modelo de exportação “reproduz o padrão da América Latina e continua concentrado na exploração dos recursos naturais, com commodities crescendo em importância em relação a produtos manufaturados nos últimos anos”.
“Conflitos ambientais no Brasil que aparecem no mapa do EJOLT (Environmental Justice Organizations, Liabilities and Trade, um projeto europeu de organizações de justiça ambiental) refletem esse modelo de desenvolvimento adotado pelo governo brasileiro”, afirma o pesquisador.
Porto afirma que vários conflitos estão associados à expansão da agricultura, mineração, hidroelétricas e exploração de petróleo em áreas de terras altas e no litoral – e destaca entre as áreas afetadas os territórios de comunidades tradicionais que, historicamente, viviam de forma sustentável.
“Essas populações continuam vivendo à margem do sistema político e sem políticas públicas que reconheçam e garantam sua subsistência e territórios. Conflitos de terras envolvem disputas entre setores econômicos e índios, quilombolas, ribeirinhos, extrativistas (como o seringueiro assassinado Chico Mendes), pescadores artesanais e um grande número de comunidades rurais que tradicionalmente exploram coletivamente a terra e os recursos das florestas.”
O pesquisador aponta que muitos conflitos também estão associados à construção de obras de infraestrutura e geração de energia, como estradas, ferrovias, oleodutos, complexos portuários, hidroelétricas e termelétricas, e até fazendas de energia eólica.
E na lista de conflitos ambientais no Brasil apontados no mapa do EJOLT estão empreedimentos como o gasoduto Urucu-Coari-Manaus, da Petrobras, o complexo petroquímico de Itaboraí, no Rio de Janeiro, a usina hidroelétrica de Aimorés, a exploração de petróleo e gás em Coari, no Amazonas, entre outros.

Classes média e alta
O mapa foi apresentado na quarta-feira em Bruxelas, pela Delegação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente.
“O mapa mostra como os conflitos ecológicos estão aumentando em todo o mundo, devido a demanda por materiais e energia da população mundial de classe média e alta”, afirmou Joan Martínez Alier, diretor do EJOLT.
“As comunidades mais impactadas por conflitos ecológicos são pobres, frequentemente indígenas e não têm poder político para ter acesso à justiça ambiental e aos sistemas de saúde”, acrescentou.
O mapa permite que os usuários localizem e visualizem conflitos por tipo de material (minerais, hidrocarbonetos, água ou resíduos nucleares), por companhias envolvidas e por países.
Na América Latina o maior número de casos documentados pelo mapa estão na Colômbia, com 72 casos, Brasil, com 58, Equador, 48 conflitos ambientais, Argentina, 32, Peru, 31, e Chile com 30 casos.
A iniciativa, que contou com a participação de 23 universidades e organizações de justiça ambiental de 18 países, tem vários objetivos. Entre eles, tornar mais acessível a informação e dar mais visibilidade a estes problemas.
Os criadores do projeto esperam que novas organizações civis e especialistas contribuam para preencher os espaços ainda vazios no mapa com mais pontos de conflito e informações.
Por enquanto, apesar de os milhares de conflitos assinalados ainda despertarem pessimismo, os responsáveis pelo mapa apontam para sinais positivos.
“O mapa mostra tendências preocupantes como a impunidade de companhias que cometem crimes ambientais ou a perseguição dos defensores do meio ambiente, mas também inspira esperança”, disse Leah Temper, coordenadora do projeto. “Entre as muitas histórias de destruição ambiental e repressão política, também há casos de vitórias na justiça ambiental.”
Temper afirma que este é o caso em 17% dos conflitos analisados: ações foram vencidas na justiça, projetos foram cancelados e bens foram devolvidos para algumas comunidades.

Postado por Daniela Kussama

Rio e São Paulo não têm nenhum rio com boa qualidade

AMBIENTE

ÁGUAS TURVAS

Rio e São Paulo não têm nenhum rio com boa qualidade

Fundação SOS Mata Atlântica analisou a qualidade da água de 96 rios, córregos e lagos que passam pelo bioma Mata Atlântica, em sete diferentes estados do Brasil. Apenas 11% apresentam boa qualidade e nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro nenhum passou no teste. Principal fonte de poluição é o despejo de esgoto doméstico

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Débora Spitzcovsky Planeta Sustentável -

Rodrigo Soldon/Creative Commons

Na Semana Mundial da Água, a necessidade de cuidar melhor dos cursos d’água do Brasil urge. Levantamento divulgado nesta quarta-feira (19) pela Fundação SOS Mata Atlântica revelou que a maioria dos rios, córregos e lagos brasileiros apresenta baixa qualidade.

O estudo analisou a água de 96 cursos que correm por sete estados do sul e sudeste do Brasil, no bioma Mata Atlântica. O resultado? 40% deles têm qualidade ruim ou péssima, 49% estão em situação regular e, apenas, 11% podem ser considerados de boa qualidade. Não por coincidência, todos os rios e mananciais que foram aprovados no teste estão localizados em áreas protegidas e que contam com matas ciliares preservadas.

"Notamos na prática a importância de recuperar a floresta. Em seis pontos que monitoramos, por exemplo, nos Córregos São José e da Concórdia e no Rio Ingazinho, na Bacia do Rio Piraí, em SP, a qualidade da água passou de regular a boa após trabalho de reflorestamento", conta Malu Ribeiro, coordenadora da Rede das Águas, da SOS Mata Atlântica, e coordenadora do estudo. Ela conclui: "Isso comprova que para garantir água em qualidade e quantidade é preciso recompor matas ciliares e manter as florestas".

Mas não é só de mais verde que o Brasil precisa. Melhor coleta e tratamento deesgoto, bons planos diretores e um trabalho de conscientização dos cidadãostambém são fundamentais. Isso porque o estudo da SOS Mata Atlântica apontou que as principais fontes de poluição e contaminação nos cursos d’água analisados são a falta de saneamento básico, o lançamento de produtos químicos nas redes públicas de tratamento e a poluição proveniente do lixo, respectivamente.

SÃO PAULO E RIO PASSARAM VERGONHA Em análise inédita feita em rios das 32 subprefeituras da capital paulista e de 15 pontos estratégicos da cidade do Rio de Janeiro, a SOS Mata Atlântica concluiu que nenhum curso d’água desses dois municípios tem água de boa qualidade.

Em São Paulo, o levantamento feito em fevereiro deste ano revelou que 23,53% dos rios têm qualidade péssima, 58,82% apresentam qualidade ruim e 17,65% possuem qualidade regular. Entre eles, estão o Lago do Ibirapuera e a Represa Billings. Em ambos os casos, a água foi considerada "ruim".

Já no Rio de Janeiro, análise feita no mesmo período concluiu: 40% dos cursos d’água estão em situação regular e 60% em situação ruim - como é o caso dos rios do canal do Jockey, no Jardim Botânico, e do canal do Mangue, na Vila Isabel.

VAMOS ÀS BOAS NOTÍCIAS O estudo da SOS Mata Atlântica ainda comparou a situação de 88 cursos d’água, localizados nas cidades de São Paulo e Minas Gerais, em 2010 e 2014. De acordo com o relatório, o número de rios de péssima qualidade caiu de 15 para 17, assim como os de qualidade regular - eram 50 em 2010 e são 37 em 2014.

E mais: a quantidade de rios classificados como bons subiu de 5 para 15, assim como a de rios ruins, que foram de 18 para 29. "Mas isso não significa que aumentou o ruim. Tivemos a diminuição da quantidade de classificações péssima", explica Gustavo Veronesi, um dos organizadores do levantamento.

Confira o relatório Observando os Rios, da SOS Mata Atlântica, na íntegra
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