quarta-feira, 30 de outubro de 2013

4 novos modelos de energia renovável


4 novos modelos de energia renovável


Algumas pesquisas recentes vêm realizando experimentos com fontes e tecnologias que parecem um tanto insólitas, mas que podem compor a matriz energética das cidades do futuro. Conheça quatro delas abaixo.
Micróbios energéticos
Cientistas da Universidade de Stanford criaram uma técnica de geração de eletricidade a partir de águas residuais que batizaram de “bateria microbiana”.
A energia é extraída de micro-organismos anaeróbicos, que reagem a óxidos minerais e transformam nutrientes orgânicos em biocombustíveis. O protótipo de bateria de Stanford tem eficiência de 30%, semelhante à das células solares de uso comercial, mas os pesquisadores esperam que ela forneça parte da energia elétrica consumida no tratamento de águas residuais.
Por enquanto, a única desvantagem é que as baterias são feitas de óxido de prata, um material caro para fabricação em larga escala.
Do raio para o celular
A Universidade de Southampton e a Nokia se associaram para criar um sistema de recarga para o modelo Lumia 925 que capta e transforma os volts produzidos por raios e trovões.
“Reproduzimos o calor e a energia de um raio com um transformador de corrente alternada, que gera 200 mil volts em um espaço de 300 milímetros”, explica Neil Palmer, diretor do Laboratório de Alta Voltagem da universidade. “Em seguida, processamos o sinal gerado com um segundo transformador para carregar o celular”.
Palmer ficou surpreso ao ver como o celular Nokia estabilizou o sinal para carregar a bateria. “Essa descoberta comprova que dispositivos eletrônicos podem ser recarregados com as correntes que permeiam o ar, um passo importante para compreender os raios como fonte de energia”, acrescenta.
Pingos de chuva transformados em energia
Para visualizar um copo de água produzindo energia, pense em uma usina hidrelétrica. Uma equipe de pesquisadores do MIT descobriu que as gotas de água se carregam com eletricidade estática em contato com uma superfície repelente.
Os cientistas já sabiam que as gotas, ao entrar em contato com superfícies altamente repelentes, tendem a ser catapultadas pelo excesso de energia. Nesse caso, eles descobriram que as gotas são carregadas positivamente quando saltam e, em seguida, se repelem.
Sob a orientação de Nenad Miljkovic, os pesquisadores do MIT usaram uma superfície repelente, água e um eletrodo condutor de eletricidade. Com uma câmara de alta velocidade, eles registraram o momento em que as pequenas partículas se aproximam do fio.
Miljkovic explica que essa reação pode melhorar a superfície dos condensadores utilizados nas centrais elétricas. Além disso, podem auxiliar no desenvolvimento de sistemas para captem vapor da atmosfera e gerem energia a partir da exposição a elementos repelentes.
A luz também pode ser “colhida”
Pesquisadores da Universidade da Pensilvânia descobriram um novo método de “colher” a energia gerada pela luz. “Descobrimos um processo que é muito mais eficiente que a fotocondução convencional”, explica Dawn Bowell, diretor da pesquisa.
A descoberta se baseia no estímulo de nanoestruturas de plásmon, um material feito de partículas de ouro e moléculas fotossensíveis de porfirina, que otimiza a distribuição da luz a partir de radiações ópticas para gerar correntes elétricas. É uma reação que produz energia manipulável e pode servir para melhorar o desempenho das células solares e de outros dispositivos.
Com a descoberta, smartphones e computadores poderiam ser alimentados com circuitos que reagem à luz, um grande passo na direção da produção sustentável de energia.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Onze dicas para consumir e descartar o lixo de forma consciente

Onze dicas para consumir e descartar o lixo de forma consciente



Curitiba produz diariamente 1,8 mil toneladas de lixo. Isso significa que cada morador da cidade descarta, em média, um quilo de resíduos a cada dia. Somado à produção dos municípios da Região Metropolitana, este volume sobe para 2,5 mil toneladas.
Quanto maior o volume, maior o custo. No ano passado, a Prefeitura de Curitiba gastou R$ 176 milhões com a limpeza pública da cidade e a previsão para 2013 é de que sejam gastos R$ 184 milhões. Mas o maior custo não é financeiro, e sim ambiental.
Quanto maior a produção de lixo, mais a natureza fica sobrecarregada. Por outro lado, se cada cidadão fizer a sua parte, a situação pode melhorar muito. “Reduzir o volume de lixo é um hábito cada vez mais urgente e o processo começa com as escolhas que fazemos durante as compras”, afirma o secretário municipal do Meio Ambiente, Renato Lima.
Faça a sua parte, diminuindo a geração de lixo doméstico. Veja as dicas da Secretaria Municipal do Meio Ambiente:
1- Planeje bem suas as compras. Compre a quantidade de alimento necessária para o consumo, observe a data de vencimento, cozinhe o que será consumido. Isso evita o desperdício e reduz a geração de resíduos;
2- Utilize a impressora apenas quando for estritamente necessário e use os dois lados do papel. Na medida do possível, substitua os copos descartáveis por de vidros;
3- Escolha produtos com menos embalagens. Prefira produtos a granel para evitar potes e recipientes desnecessários. Evite aqueles produtos embalados individualmente, pois produzem mais resíduos. Compre produtos não descartáveis e que possuam refil; 
4- Dê preferência às embalagens retornáveis. “Quando jogamos alguma coisa fora, não estamos nos livrando de um pequeno resíduo, mas aumentando o problema da poluição”, alerta o secretário. Utilize embalagens de bebidas retornáveis, assim evitará que uma quantidade de lixo seja gerada desnecessariamente;
5- Prefira sacolas retornáveis para carregar suas compras, evitando as embalagens plásticas descartáveis;
6 - Boa parte das embalagens e outros produtos que se adquire podem ser reutilizados para fins úteis, transformando-se em potes para guardar mantimentos, decoração e embalagens de presente. Basta usar a criatividade;
7- Roupas e sapatos em bom estado podem ser doados ou reutilizados, modificando sua aparência ou finalidade; 
8- Busque alternativas para reduzir o peso de seu lixo. Retirar o líquido presente nas embalagens é fundamental, pois boa parte do resíduo recolhido pelos caminhões é água. As cascas de alimentos e o pó de café, por exemplo, podem ser reutilizados como adubo para vasos e jardins;
9- Outra dica para reduzir o volume do lixo doméstico é preferir embalagens que possam ser compactadas. Desmontar caixas longa vida e de papelão e comprimir as embalagens sempre que possível é uma maneira de aumentar a capacidade de cada caminhão. “Muitas vezes, um caminhão de coleta que pode comportar seis toneladas, carrega apenas três toneladas”, alerta a diretora do departamento de Limpeza Pública da Prefeitura de Curitiba, Gisele Ribas;
10 - Faça compostagem caseira com cascas de frutas, legumes e verduras;
11- Apenas plásticos, vidros, metais e papéis devem ser descartados no Lixo que não é Lixo. É importante que estes resíduos sejam colocados para coleta no dia certo em que o caminhão passa naquela região. Caso contrário, será recolhido pela coleta de lixo orgânico, inutilizando o trabalho de separação.

Intervenção urbana leva piscina olímpica para o Minhocão

Intervenção urbana leva piscina olímpica para o Minhocão



Uma intervenção urbana realizada pela X Bienal de Arquitetura em São Paulo vai transformar a pista do Minhocão, região central da cidade, numa piscina de verdade, enchida com água tratada com cloro no dia primeiro de dezembro. A intervenção será desativada no mesmo dia, e a água que vai ocupar uma faixa de 50 metros no Elevado Costa e Silva será utilizada para lavar as ruas da cidade.
Diferentemente dos outros projetos de piscinas que foram instalados no Minhocão, este possuirá a largura completa da pista, e as pessoas que passarem pelo local poderão aproveitar a instalação, que também vai oferecer um soundsystem em que vários DJs realizarão suas apresentações, até às 22h. O problema é que a profundidade do reservatório será de apenas 30 centímetros – basicamente um espelho d’água.
A instalação é projetada pela arquiteta Luana Gieger e inspirada no projeto sul-coreano Cheonggyecheon, realizado há oito anos em Seul, que tinha por objetivo recuperar um rio e acabou mudando para melhor todo o cenário urbano da capital asiática. Entre as principais influências para a criação da piscina, destacam-se a área de convivência do SESC Pompeia e o Crelazer, de Hélio Oiticica.
De acordo com o CatracaLivre, a instalação vai servir como pontapé inicial para a criação de um parque no Elevado Costa e Silva, objetivo maior da Associação Parque do Minhocão, recentemente criada por um grupo de ativistas. Esta não é a primeira piscina a ser criada na via elevada paulistana, e, em todos os domingos, a pista fica liberada para o uso dos pedestres.
Por Gabriel Felix – Redação CicloVivo

Poluição do ar causa vários tipos de câncer

Poluição do ar causa vários tipos de câncer, diz ONU




A agência especializada em câncer que integra a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou na última quinta-feira (17) que a poluição do ar é uma das principais causas ambientais de morte pela doença. Por meio de uma avaliação do Programa de Monografias da Agência Internacional para Pesquisa sobre o Câncer (IARC, na sigla em inglês) foram encontradas evidências suficientes de que a exposição ao ar poluído causa câncer de pulmão e aumenta até o risco de câncer de bexiga.
Em um comunicado, a IARC apontou que a poluição do ar já é conhecida por aumentar os riscos de desenvolvimento de uma ampla gama de enfermidades, como doenças respiratórias e cardíacas. Estudos indicam que, nos últimos anos, os níveis de exposição aumentaram significativamente em algumas partes do mundo, particularmente nos países muito populosos e com rápido processo de industrialização. Os dados mais recentes indicam que, em 2010, 223 mil mortes por câncer de pulmão foram resultado da poluição do ar.
No passado, o programa avaliou vários produtos químicos e misturas específicas que intensificam a poluição do ar. Estes incluíram escape de motores a diesel, solventes, metais e poeiras. No entanto, esta é a primeira vez que os especialistas classificaram a poluição do ar como uma causa da doença.
As principais fontes de poluição do ar são o transporte, a geração estacionária de energia, as emissões industriais e agrícolas, aquecimento residencial e até mesmo a ação de cozinhar. Também há alguns poluentes com fontes naturais.
“Classificar a poluição do ar como cancerígena para os seres humanos é um passo importante”, disse o diretor da IARC, Christopher Wild. “Há maneiras eficazes de reduzir a poluição do ar e, dada a escala da exposição que afeta pessoas em todo o mundo, este relatório deve enviar um sinal significativo para a comunidade internacional agir sem demora”, acrescentou.

Projeto das Delegacias Legais, criado por Garotinho, foi abandonado por Cabral


A primeira Delegacia Legal inaugurada por Garotinho em 1999
A primeira Delegacia Legal inaugurada por Garotinho em 1999
Aproveitando que o PR começa hoje a instalar os subdiretórios regionais da capital, vou mostrar várias realizações do meu governo e de Rosinha, que muita gente nem tomou conhecimento que fomos nós que fizemos. 
Vou começar pelas Delegacias Legais. Quem vive no Estado do Rio de Janeiro há muitos anos ainda lembra do estado vergonhoso das delegacias até 1999, quando assumi o governo do Rio. Algumas pareciam casarões mal assombrados, as pessoas tinham até medo de entrar.


Em março de 1999, três meses após tomar posse (vide matéria abaixo), iniciei um revolução na segurança pública inaugurando a primeira Delegacia Legal, a 5ª DP, na Avenida Gomes Freire.

Mas não se limitou a um projeto arquitetônico e de reforma das instalações para dar melhores condições de trabalho aos policiais e criar um melhor ambiente para a população. Pela primeira vez no Brasil, as delegacias começaram a ser interligadas através de internet e intranet, facilitando as consultas dos policiais aos bancos de dados e agilizando o serviço. Colocamos universitários para darem o primeiro atendimento às pessoas e liberamos os policiais para o trabalho de investigação. Com isso facilitamos o trabalho da Polícia Civil e obtivemos resultados com recorde de prisões.

Outra questão importante foi o fim das carceragens, que só foi possível porque construímos, no meu governo e no de Rosinha, 14 presídios e casas de custódia para transferir os presos. Com isso acabamos com a superlotação das delegacias e consequentemente das rebeliões.
Das 121 unidades policiais do Estado do Rio, eu e Rosinha deixamos prontas 194 delegacias legais. O projeto foi premiado internacionalmente.
Cabral e Beltrame abandonaram o projeto das Delegacias Legais
É inacreditável, mas hoje, passados quase 7 anos da gestão de Cabral, nem todas as delegacias foram reformadas e olha que só faltavam 17 unidades. Mas o pior é que o sistema informatizado interligado hoje não funciona mais, em muitas unidades computadores estão quebrados, as pessoas demoram horas para conseguir fazer um registro. Andamos para trás, mas a imprensa esconde as mazelas do governo Cabral.

Aposto que muitas pessoas não sabiam que fomos eu e Rosinha que mudamos a cara das delegacias do Rio de Janeiro e levamos a tecnologia para as unidades policiais. 

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Somos fracos, mas os filhos nos fazem fortes

Somos fracos, mas os filhos nos fazem fortes

Quando qualquer dificuldade ou medo aparecem pelo caminho, a inocência das crianças vira combustível para nossa valentia ISABEL CLEMENTE



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Certa vez, tive que me submeter a uma ressonância magnética com contraste, um exame que me foi prescrito como parte de uma nova rotina de prevenção. Para quem nunca fez, uma rápida descrição: você entra num tubo com um minicatéter na veia por onde será aplicado o contraste.
Dentro daquele túnel um tanto apertado, você ficará na mesma posição por 20 minutos, tirintando de frio se for friorento como eu porque uma máquina como aquela requer um ar condicionado capaz de reproduzir o clima do ártico. O barulho que ela emite é ensurdecedor, entrecortado por paradas breves, rápidos silêncios que só servem para aumentar a expectativa em relação ao próximo estrondo. Tampões de ouvido reduzem o desconforto, mas minha alma claustrofóbica precisa mais do que isso para não surtar dentro de um túnel gelado sem ninguém em volta para dar apoio moral.
Controlar o medo era o meu desafio porque o frio parecia não ter jeito, apesar do cobertor sobre minhas pernas e a camisolinha de hospital. A meu favor, contava a vergonha. Só a vergonha me impediria de apertar sem querer a campainha que só deve ser acionada em caso de emergência. "Se a senhora sentir alguma coisa", explicou a enfermeira.
Eu estava sentindo frio e medo, mas acho que frio e medo, mesmo sendo "alguma coisa", não caracterizam situação de emergência. Havia também apreensão com o resultado, sabe lá. Ninguém passa sem ficar um pouco tenso por um escrutínio desses. Vai que, no detalhe, aparece um defeito no meu corpo? O que farei? Também não era o caso de parar o exame por causa disso e eu fora bem orientada pela gentil enfermeira. Não mexe para não atrapalhar o exame. Diga isso para minhas pernas que não param de tremer de frio.
Só que o tempo, esse inimigo implacável dos ansiosos, não passava. Na minha cabeça, aquela revolução em torno do meu campo magnético - mesmo restrita à sala do exame - estava destrambelhando todos os relógios da clínica. Era a única explicação para o tempo, esse traidor, não passar.
As marteladas e as sirenes me soavam como as trombetas do apocalipse. O mundo vai acabar comigo aqui dentro, eu tinha certeza. Eu tinha que me acalmar. Eu precisava sobretudo voltar inteira para minha família, meu marido e minhas filhas, o trio que dá sentido à minha vida. Tratei de dizer coisas boas para mim. Que privilégio fazer um exame tão detalhado. Que honra, pensei, ter médicos tão atentos, não é verdade? Essa era eu, não mais Isabel, mas Polyanna.
Foi quando me ocorreu uma ideia mais elevada. Imagina se fosse uma criança? Antes eu do que minhas filhas. Antes eu, antes eu. Mas e se uma delas estivesse no meu lugar? O que eu faria para acalmá-la? Iria cantar, cantaria tão alto que minha voz calaria a máquina e a mente da gente. E quem sabe assim, melodia, versos e poesia viriam nos salvar das trombetas irritantes.
Eu iria também fantasiar. Porque fantasia é um lugar para onde podemos ir toda vez que a realidade parecer assustadora de mais. Estamos no meio de uma potente demonstração de tecnologia, pura ficção-científica, quem sabe dentro de um foguete em reparos. Ou prestes a decolar. Percebe o barulho da engrenagem?
Para resistirmos à viagem, precisamos de vitamina. Ir para a lua não é para qualquer um. Esse líquido geladinho entrando pela veia nos dará superpoderes no espaço, eu posso sentir, e você? Estranho, mas genial! Ele passeia pelo meu corpo agora.
Àquela altura, com gadolínio circulando nas veias, eu já era uma mulher mais forte, uma mutante, com garras de Wolverine e poderes da Tempestade. Nunca mais serei a mesma. Vou fazer chover e relampejar quando sair daqui.
Esse frio todo vem da lua, lugar inóspito onde, dizem, poucos pisaram. Os próximos seremos nós, comemorei com ar de vitória. Minha mente inquieta decidida a acalmar uma criança imaginária entoou todas as músicas preferidas das minhas filhas na viagem rumo ao espaço. As canções embalaram os minutos finais do exame. E o tempo, um rebelde resistente já dominado, voou.
Esqueci os barulhos do lado de fora. A vida dentro de mim estava mais divertida. Se a ressonância captasse pensamentos e reproduzisse imagens dos meus sentimentos, imprimiria depois uma pauta musical colorida com versos infantis, falando de natureza, de lagarta e borboleta, de Léo e Bia, de dias brancos, piratas e princesas.

Para tirar minha mente daquele tubo gelado, eu ficava apenas imaginando o sorriso inocente das duas crianças. Sem nada saber do que tinha me acontecido, elas apenas me saudariam em casa com um oi embrulhado em sorrisos, prontas para viajar comigo nas nossas aventuras interplanetárias.
É isso o que os filhos fazem pela gente. Mesmo longe, continuam presentes. As minhas filhas transformaram uma menina cheia de medos numa mulher um pouco mais valente.
P.S: esta coluna é minha contribuição pessoal à campanha Outubro Rosa, pela conscientização sobre o papel dos exames preventivos no combate ao câncer de mama. Você já fez o seu?

Militares podem ter provocado incêndio na Austrália

Militares podem ter provocado incêndio na Austrália



Um grande incêndio que começou na semana passada, na região sudeste da Austrália, pode ter sido provocado por exercícios de treinamentos com explosivos realizados pelo exército australiano. O desastre já destruiu 300 casas e causou, pelo menos, uma morte. Pressionada pela população local, a instituição tenta estabelecer uma relação com o incêndio.
O fogo que já destruiu cerca de 30 mil hectares teve início em Lithgow, nas proximidades de um campo do exército. As Forças de Defesa da Austrália vêm apurando as possíveis causas do desastre ambiental. "O incêndio começou em 16 de outubro, dia em que o pessoal do exército realizava exercícios de treinamento com explosivos", afirmaram as forças armadas em um comunicado publicado pela Exame.
Para piorar a situação, o calor intenso e as rajadas de vento esperadas para os próximos dias tendem a intensificar mais ainda os incêndios, que já se espalharam por 85 focos no estado de Nova Gales do Sul. Até agora, em um dos pontos mais preocupantes, o fogo vem destruindo a região que liga as cidades de Lithgow e Bilpin, situadas a 80 km de distância de Sydney.
Na última quinta-feira (17), uma nuvem de fumaça cobriu a cidade de Sydney pela manhã. Mais de mil bombeiros foram acionados para conter o desastre que pode ter sido causado pelos militares, que, além de ter arrasado residências e comércios, também aumenta exponencialmente a quantidade de material particulado no ar, mesma substância emitida pela queima de combustíveis fósseis no trânsito e nas usinas de queima de carvão. 

Parque da tijuca é eleito o melhor lugar do mundo para caminhadas

Parque da tijuca é eleito o melhor lugar do mundo para caminhadas



O Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro, foi eleito esta semana pelo Lonely Planet, considerado o maior guia de viagens do mundo, o melhor lugar para caminhadas em área urbana.
A edição do Lonely Planet lista mil aventuras ao redor do planeta e faz um ranking dos melhores locais. O ranking coloca as trilhas do parque carioca acima das de outros lugares como Londres, capital inglesa; Cidade do Cabo, na África do Sul; Sidney, na Austrália; e Vancouver, no Canadá.
A escolha foi feita pelos editores do próprio Lonely Planet e foi bem recebida pelo chefe do Parque Nacional da Tijuca, Ernesto Castro. Para ele, "o prêmio é um reconhecimento ao parque como um local privilegiado em uma cidade inigualável e também um reconhecimento aos funcionários e voluntários que fazem a sinalização e manutenção das trilhas para garantir a segurança e o lazer dos visitantes", disse o chefe.
O Parque Nacional da Tijuca tem quase 200 quilômetros de trilhas abertas e sinalizadas, além de mirantes, recantos e lagos. O parque recebe cerca de sete mil visitantes por dia e oferece muitos atrativos como o Corcovado, a Vista Chinesa, a Floresta da Tijuca e a Pedra da Gávea.
Segundo o chefe do parque, a Unidade de Conservação passa por obras para melhor atender aos visitantes. "O parque está passando por muitas melhorias, como a construção do complexo Paineiras, centro de visitantes com exposição educativa, restaurantes, banheiros, estacionamentos e lojas de suvenires no acesso ao Morro do Corcovado e a Trilha Transcarioca, que ligará vários parques, cruzando toda a cidade. No parque estão prontos 30 quilômetros de trilhas, ligando o Alto da Boa Vista ao Corcovado", disse Ernesto.
Sobre a segurança do parque, ele declarou que, com as medidas de vigilância adotadas, as ocorrências diminuíram. "Os acessos oficiais são controlados por vigilantes e agentes do ICMBio e as trilhas patrulhadas com apoio da Guarda Municipal e Polícia Militar. Apesar de ser um parque nacional, ele não está isolado do contexto da metrópole em que está inserido. O parque é o lugar mais seguro da cidade e em 4 mil hectares, foram registrados cinco assaltos este ano. A título de comparação, isso representa 0,4% do número de assaltos registrados no bairro de Santa Teresa, vizinho ao parque", disse.

Lançada pedra fundamental do Biodigestor e Sistema de Gás

Lançada pedra fundamental do Biodigestor e Sistema de Gás

Por Telmo Filho
A Prefeitura e a Concessionária Águas do Paraíba lançaram nesta quarta-feira (23), o primeiro biodigestor e sistema de biogás, que será construído na Terra Prometida. Trata-se do sistema para tratamento de esgoto de uso comunitário, social e ecológico e indicado para comunidades pequenas.

O equipamento vai tratar o esgoto de 270 famílias da Terra Prometida, que receberá rede coletora de 4.100 metros, beneficiando diretamente mais de mil pessoas. Além disso, o biogás produzido será utilizado em fogões industriais da cozinha do Ciep da Terra Prometida.

Representando a Prefeita Rosinha Garotinho, o secretário de Meio Ambiente, Zacarias Albuquerque, destacou que esta será mais uma obra importante em saneamento no município. “Campos avançou em saneamento básico, graças aos investimentos oriundos dos royalties do petróleo e o biodigestor será mais uma obra de saúde pública e preservação do meio ambiente”, revelou.

O superintendente da Águas de Paraíba, Mário Fazza, informou que o investimento de todo o sistema é de R$ 700 mil, acordado com o Ministério Público. “Este recurso é oriundo de fundo, formado por recursos retidos da indevida cobrança de ICMS, pelo serviço de água e esgoto, que não foram procurados pelos clientes da concessionária, mesmo após ampla campanha pública de devolução do imposto”, ressaltou.

Fazza lembrou que ao longo dos dois mandatos da prefeita, diversas ações foram realizadas, visando a qualidade de vida da população. “No primeiro mandato de Rosinha Garotinho inauguramos a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do Parque Imperial. Em seguida entregamos as ETEs de Donana e do Matadouro, totalizando seis ETEs em funcionamento no município, com 80% do esgoto coletado e, destes, 100% tratado, colocando Campos em primeiro lugar em saneamento básico no Estado do Rio”, comentou.

domingo, 27 de outubro de 2013

Relatório aponta iniciativas que tornam cidades mais eficientes e sustentáveis

Relatório aponta iniciativas que tornam cidades mais eficientes e sustentáveis


Do Instituto Carbono Brasil
Segundo dados das Nações Unidas, até 2030 cinco bilhões de pessoas – o que equivalerá a 60% da população mundial – viverão em centros urbanos, o que deve estimular a economia, mas também trazer uma série de consequências para o meio ambiente e os recursos naturais. Diante disso, surge a questão: como tornar as cidades mais sustentáveis e eficientes em recursos?
É isso que tenta responder o relatório ‘Como tornar uma cidade excelente’ (How to make a city great), divulgado nesta semana pela empresa de consultoria McKinsey&Company. Os pesquisadores da firma passaram um ano entrevistando prefeitos de 30 cidades em quatro continentes que conseguiram de alguma forma realizar melhorias ambientais, econômicas e na qualidade de vida de seus cidadãos.
Através das respostas desses líderes sobre como estão efetuando essas mudanças em suas cidades, a McKinsey tentou reconstituir as linhas estratégicas seguidas pelos prefeitos, e detectou os três pontos mais frequentes:
O primeiro seria garantir um crescimento inteligente, identificando e estimulando as melhores oportunidades, criando formas de lidar com as demandas, integrando o pensamento ambiental e garantindo que todos os cidadãos gozem da prosperidade da cidade.
O documento afirma que bons líderes urbanos também pensam no crescimento regional porque, à medida que a cidade cresce, eles precisarão da cooperação dos municípios vizinhos e de fornecedores de serviços regionais.
O texto continua, afirmando que integrar o ambiente às decisões econômicas é vital para um crescimento inteligente: as cidades devem investir, por exemplo, em infraestrutura que reduza as emissões, a produção de resíduos e o uso da água. Além disso, essa mesma infraestrutura deve ser pensada cada vez mais para comunidades de alta densidade.
De acordo com o relatório, um exemplo disso é a cidade de Copenhagen, capital da Dinamarca. O município investiu fortemente em infraestrutura verde e agora é classificado como a cidade mais sustentável da Europa pelo índice European Green City da Siemens. Em se tratando de energia, cada distrito tem um sistema de aquecimento central que usa os ‘resíduos’ de calor gerados pela eletricidade para aquecer as edificações.
Em relação ao transporte, a cidade é mundialmente conhecida por sua cultura do ciclismo e por ter uma infraestrutura que suporta isso. O município tem 388 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas, e, como resultado, cerca de 50% do transporte na cidade é feito em bicicleta.
Na questão da água, Copenhagen renovou todo o seu sistema de rede hídrica, e agora o desperdício é de 5%, comparado aos 20%-25% em outras cidades da Europa. Além disso, o município também apresenta coletores de água da chuva e sistemas para limpar águas residuais e dar novo uso a elas.
Por fim, em se tratando de resíduos, a cidade tem um programa de separação de lixo, que utiliza os resíduos orgânicos para a produção de biogás e bioetanol, utilizados nos sistemas de aquecimento distritais.
O segundo ponto detectado pelo relatório é fazer mais com menos: O documento sugere que cidades ‘excelentes’ protegem suas receitas, exploram parcerias de investimentos, abraçam novas tecnologias, fazem mudanças organizacionais que eliminam excessos e administram as despesas.
Conforme o texto, os líderes dessas cidades também aprenderam que, se bem elaboradas e executadas, parcerias público-privadas podem ser um elemento essencial para um crescimento inteligente, levando a infraestruturas e serviços de custos mais baixos e qualidade mais alta.
Um exemplo do uso de novas tecnologias é a cidade de Nova York, que criou um novo sistema para analisar seus bueiros. Comparando o sistema com dados que mostram quais restaurantes não reportavam usar transporte de resíduos licenciado, a administração do município detectou possíveis despejos ilegais no esgotamento sanitário da cidade, que se confirmaram em 95% dos casos.
O terceiro ponto detectado é conseguir apoio para aplicar as mudanças: De acordo com o relatório, as mudanças para práticas mais sustentáveis não são fáceis, e podem até atrair oposição.
Por isso, prefeitos com sucesso nesse quesito costumam criar um grupo de funcionários públicos para desenvolver um ambiente de trabalho em que todos os empregados sejam responsáveis por suas ações, e aproveitem cada oportunidade para chegar a um consenso das partes interessadas com a população local e a comunidade empresarial. Os prefeitos tomam medidas para recrutar e reter grandes talentos, enfatizando a colaboração e treinando os funcionários no uso de novas tecnologias.
Nesse caso, o exemplo é a cidade de Chicago, que lançou a Parceria de Reequipagem Residencial de Chicago, visando fornecer à população recursos e informações relacionadas à eficiência energética residencial. O Grupo de Inovação, formado por funcionários públicos, conduz uma análise de dados para determinar onde a reequipagem teria mais impacto, e ajuda a criar uma estratégia que chegue à parte da população que pode se interessar por isso.
“Prefeitos são muito conscientes de que seu mandato será limitado. Mas se planos em longo prazo forem articulados – e ganharem apoio popular por causa de seu sucesso em curto prazo – os líderes podem começar um ciclo virtuoso que sustenta e incentiva um excelente ambiente urbano”, conclui o relatório.
Matéria originalmente publicada em: http://www.institutocarbonobrasil.org.br/?id=735103