segunda-feira, 10 de outubro de 2016



100 DESTINOS MAIS SUSTENTÁVEIS DE 2016

Em busca de premiar os destinos que melhor representem um turismo sustentável, o Top 100 Green Destinations 2016 elegeu os lugares mais conscientes com a preservação ambiental e social, divulgando a lista no Dia Mundial do Turismo, no dia 27 de setembro, na Eslovênia.

Baseado em 15 critérios, os destinos verdes previamente tiveram de fornecer informações sobre o local e os esforços no intuito de manter a sustentabilidade em benefício dos visitantes, residentes e também do resto do mundo.

Todas as indicações foram avaliadas por especialistas e por membros do Green Destinations, Travel Mole Vision for Sustainable Tourism e do Destination Stewardship Centre, que incluíram mais de 60 especialistas em turismo sustentável.

No entanto, a própria organização diz que a sustentabilidade é um desafio constante e que nenhum destino é sustentável 100% do tempo. Mesmo nos destinos selecionados, afirmam os organizadores, ainda há questões importantes a serem resolvidas.

Dentre os destinos selecionados, o Brasil teve dois incluídos na lista. Confira a lista dos destinos:

PAÍS
DESTINO
Itália
Emilia-Romagna
Monte Pisano
Cogne
Jordânia
Sharhabil Bin Hassneh
Quênia
Área de Conservação de Loisaba
Reserva Mara Naboisho
Coréia do Sul
Dong Baek Yongsan
Parque ecológico Suncheon Bay
Letônia
Jurmala
Argentina
Bariloche
Tigre
Áustria
Werfenweng
Butão
Reino do Butão
Bolívia
Parque Nacional Madidi
Botswana
Chobe, Makgadikgadi e Delta do Okavango
Reserva Selinda
Brasil
Ponta de Nossa Senhora
Fernando de Noronha
Canadá
Cataratas do Niágara
Great Bear Rainforest
Dehcho-Akaitcho
Delta do rio Mackenzie
Costa rica
Osa Peninsula
Chile
Ilha Grande de Chiloé
Curacaví
Reserva Cape Horn
Reserva Huilo-Huilo
China
Yi Xian
Montanhas Huangshan
Reserva e Parque Nacional de Jiuzhaigoiu
Parque Nacional Sanqingshan
Colômbia
Santuário de fauna e flora de Otún Quimbaya
Croácia
Delnice
Drniš
Mali Lošinj
Gorski kotar
Ilha Krk
Pula
Chipre
Pafos
França
Bretanha
Alemanha
Norderney e Juist
Reserva Bliesgau
Uckermark
Grécia
Alónnisos
Índia
Parque Nacional Khangchendzonga
Reserva Parambikulam Tiger
Indonésia
Misool
Plataran L'Harmonie
Irlanda
Clonakilty
Ilhas Gozo e Comino
Holanda
Ameland
Noordwijk
Katwijk
Westvoorne Goeree-Overflakkee
Schouwen-Duiveland
Veere
Zuid-Limburg
Países Baixos Caribenhos
Bonaire
Saba
México
Grupo Ecológico Sierra Gorda
Nigéria
Cross River
Noruega
Svalbard
Geilo
Sognefjord
Palau
República de Palau
Filipinas
Lake Holon
Lake Sebu
Bojo
Portugal
Região Oeste
Azores
Parque Nacional da Peneda-Gerês
Lagos
Cascais
Sintra
Ruanda
Parque Nacional dos vulcões
Eslovênia
Ljubljana
Slovenia Green Destinations
África do Sul
Cape
Reserva Natural de Grootbos
Espanha
Parque Nacional das Ilhas Atlânticas da Galiza
Terres de l'Ebre
Baiona
Noja
Suécia
Sigtuna
Åre
Tajiquistão
Montanhas Pamir
Taiwan
Yilan Coast
Cihalaay
Tanzânia
Ilha Chumbe
Tailândia
Tung Dap
Timor leste
Ilha Ataúro
Reino Unido
Parque Nacional de Broads (Inglaterra)
Comrie (Escócia)
Condado de Down (Irlanda do Norte)
Lago Neagh (Irlanda do Norte)
Estados Unidos
Jackson Hole e Yellowstone
Grand Canyon
Vermont
Uruguai
Punta del Este

Disponível em: https://www.panrotas.com.br/noticia-turismo/destinos/2016/10/os-100-destinos-mais-sustentaveis-de-2016-confira-a-lista_140450.html






Seca afeta 90 municípios baianos; mais quatro entram em estado de emergência

Com a falta de chuva, 90 municípios da Bahia continuam em situação de emergência, principalmente na região do Semiárido do estado. Do total, 81 tiveram emergência reconhecida pelo Ministério da Integração, que divulgou na sexta-feira (7) o reconhecimento de mais quatro cidades, por meio da Secretaria Nacional de Defesa Civil.
A publicação, no Diário Oficial da União, inclui as cidades de Iraquara – Chapada Diamantina – Livramento de Nossa Senhora – Sertão Produtivo – Poções – região de Vitória da Conquista – e Santa Maria da Vitória – Bacia do Rio Corrente (afluente do Rio São Francisco). A portaria 181 contempla as cidades citadas para recebimento de auxílio, como caminhões-pipa.
Apesar da chuva dos últimos dias, em alguns pontos do estado a situação continua de emergência, já que a precipitação foi mal distribuída, o que não alterou o nível de água nos reservatórios e nos rios que abastecem as cidades. Segundo a Superintendência de Defesa Civil da Bahia (Sudec), desde o início do ano, 277 municípios foram homologados pelo estado, 109 reconhecidos pelo governo federal, o que totaliza 3,3 milhões de pessoas.
Algumas cidades já saíram da situação de emergência e, atualmente, 90 continuam nessa condição. Reconhecidos pelo governo federal, são 81 municípios, cuja população soma cerca de 1,5 milhão de pessoas, atingidas pela seca.
A maioria dos municípios em situação de emergência é atendida pela Operação Pipa, do Exército Brasileiro, com recursos do governo federal. No entanto, os moradores de Canudos, Cansanção, Chorrochó, Curaçá, Iramaia, Lagoa Real, Maracás, Quinjingue, Saúde e Uauá são atendidos por carros-pipa, em convênios com a Sudec.
A estiagem tem causado desabastecimento de água potável nos municípios, além de prejuízos à agricultura e pecuária em algumas regiões, sobretudo no Semiárido. Segundo a Sudec, a situação incomum foi enfrentada pelos municípios do Sul e do extremo Sul baiano, desde 2015, com pouca ocorrência de chuva. (Fonte: Agência Brasil).
Disponível em: http://noticias.ambientebrasil.com.br/clipping/2016/10/08/134197-seca-afeta-90-municipios-baianos-mais-quatro-entram-em-estado-de-emergencia.html?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter

domingo, 9 de outubro de 2016

Tratamento de resíduos da indústria requer R$ 1,7 bilhão por ano

O tratamento de resíduos industriais no Brasil representa um mercado potencial de R$ 1,67 bilhão ao ano, por pelo menos uma década, aponta a Abetre, entidade do setor, em estudo feito pela consultoria Tendências.
O estoque de passivos ambientais calculado é de 58 milhões de toneladas.
Hoje, a recuperação dos resíduos movimenta, em média, R$ 400 milhões anuais, afirma o presidente da associação, Carlos Fernandes.
“Com a retração econômica, as empresas colocaram o tema em segundo plano.”
A queda do orçamento público desacelerou os investimentos para eliminar lixões e aterros sanitários, o que contribui à paralisia do setor, diz.
O mercado mais aquecido hoje é o de tratamento de efluentes, impulsionado pela crise hídrica. “Há fundos interessados em investir no setor. O que falta é demanda.”

Disponível em: http://tratamentodeagua.com.br/tratamento-de-residuos-da-industria-requer-r-17-bilhao-por-ano/

sábado, 8 de outubro de 2016

CASA SUSTENTÁVEL

Residência verde – Uma tendência no mercado imobiliário

06/2015 - Por  em Casa Verde
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O setor imobiliário tem investido cada vez mais em projetos sustentáveis, visando a economia de energia elétrica e o bem estar daquele que habita este tipo de edificação. No passado, este setor teve um crescimento inesperado, onde foram construídos muitos imóveis que eram vendidos e financiados quase sem poder atender toda a demanda.
Após isso houve uma desaceleração das vendas, devido à crise econômica mundial, onde as construtoras se deparam com grandes dificuldades em finalizar os empreendimentos que já estavam em andamento.
Atualmente, após um grande investimento do governo federal, as construtoras – que vem investindo paulatinamente nos projetos sustentáveis – viram a chance de se reerguer e recuperar parte da efervescência econômica do passado. Além da rogativa ecológica, elas apelam para outros tipos de itens atrativos para os clientes, como a economia de recursos financeiros.
Segundo um artigo do site da Agente Imóvel, afirma-se: “...as construções sustentáveis beneficiam não apenas o meio ambiente, mas também garantem economia financeira para esses investimentos. Afinal, além de poupar despesas, os edifícios sustentáveis são capazes de gerar mais rentabilidade devido à sua qualidade e vida útil.”.

Vantagens

As vantagens de se investir em imóvel com apelo ecológico são muitas, dentre elas, a valorização em casos de venda, pois este tipo de moradia será uma nova preferência no mercado. Em média, uma casa ou prédio sustentável gera uma economia de aproximadamente 30% em sua manutenção, gasta menos água e energia elétrica. Estes imóveis são valorizados em torno de 10% a 30% se comparados a empreendimentos que não possuem um projeto verde. Alguns exemplo práticos para aguçar sua curiosidade sobre o assunto:

Sistema solar para aquecimento de água

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  • Um sistema solar bem dimensionado e corretamente instalado tem como proposta fornecer em média 75% dos dias do ano (nove meses) de água quente gratuita
  • Fonte não poluente e inesgotável de energia.
  • Considerando um consumo mensal de 220 KWh/mês, a economia obtida na conta de energia elétrica trará o retorno do investimento entre 24 e 36 meses.

Captação de água da chuva

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A Captação de água da chuva é uma prática muito difundida em países como a Austrália e a Alemanha, onde novos sistemas vêm sendo desenvolvidos, permitindo a captação de água de boa qualidade de maneira simples e bastante efetiva em termos de custo benefício. A utilização de água de chuva traz várias vantagens:
  • Redução do consumo de água da rede pública e do custo de fornecimento da mesma,
  • Evita a utilização de água potável onde esta não é necessária, como por exemplo, na descarga de vasos sanitários, irrigação de jardins, lavagem de pisos, etc.;
  • Os investimentos de tempo, atenção e dinheiro são mínimos para adotar a captação de água pluvial na grande maioria dos telhados, e o retorno do investimento é sempre positivo;
  • Ajuda a conter as enchentes, represando parte da água que teria de ser drenada para galerias e rios.

Lâmpadas Led

  • Economia de até 80% na conta de luz se comparada a lâmpada incandescente.
  • A energia consumida pelo LED é revertida em iluminação e não em calor. A cada 3,5 W de energia reduzida se obtém uma economia de 1 W no consumo do ar condicionado e/ou refrigeração.
  • A lâmpada a  LED tem vida útil muito superior as demais lâmpadas, além de ser resistente a impactos, (não quebra). Dessa forma, reduz-se drasticamente as trocas periódicas de lâmpadas.
  • LED (7ª geração) tem mais de 70.000 horas de vida útil, enquanto que:
    • Incandescente tem 1.000 horas de vida útil
    • Fluorescente Compacta tem 10.000 horas de vida útil
    • Fluorescente Tubular tem 7.000 horas de vida útil
    • Dicróica tem 3.000 horas de vida útil
  • Como o LED não é feito com substâncias pesadas não há necessidade de um descarte especial. Isso reduz o custo atual de descarte em relação as lâmpadas fluorescentes ou outras que tem descarte específico e de custo al

Investimento

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Se a sua casa ou edifício comercial não possui projeto sustentável, saiba que adaptá-la a esses padrões varia muito de acordo com a idade e o estado do imóvel, oscilando entre R$250 mil e R$400 mil. Este custo reflete na melhoria da qualidade de vida dos habitantes, reduz os impactos para as cidades e os custos operacionais, além de gerar mais rentabilidade para seus investidores. Em termos de rentabilidade, o investimento de apenas 2% em um projeto sustentável pode trazer uma economia de 10 vezes seu investimento inicial, com base em um período de 20 anos de construção. Outros benefícios observados estão na saúde física das pessoas que vivem nestes edifícios, as quais têm a produtividade de seus trabalhos atenuada, cerca de 2% a 16%.
A sustentabilidade aplicada setor imobiliário gera mais conforto, bem estar e economia de recursos de uma forma significativa e correta, e vem criando novos paradigmas que direcionam o setor para melhor atender às expectativas do mercado e do cliente, tornando assim um diferencial decisivo e determinante para que qualquer novo empreendimento seja bem sucedido.
Disponível em: http://www.coletivoverde.com.br/residencia-verde-uma-tendencia-no-mercado-imobiliario/

Ministério do Meio Ambiente lança cartilha “Construções e Reformas Particulares Sustentáveis”


O Ministério do Meio Ambiente publicou recentemente um guia intitulado “Construções e Reformas Particulares Sustentáveis”, através do qual busca ajudar o público a entender as melhores formas de realizar um projeto de reforma seguindo algumas diretrizes de sustentabilidade.
Em suas nove páginas, a cartilha mostra um esquema com cada cômodo da casa e aponta quais são as opções para a execução da obra dentro de alguns parâmetros que garantam maior conforto e menor impacto ambiental do projeto.
A utilização de materiais de construção deve seguir o que for melhor para a saúde e o meio ambiente. No caso do uso de tintas, por exemplo, é preferível aquelas à base de água, pois evitam bactérias, fungos e algas em regiões úmidas.
Em relação ao uso de madeira, a cartilha indica que os interessados dêem preferência às certificadas, garantindo que o produto não vem de área desmatada ilegalmente.
Além disso, a publicação enfatiza a importância de estratégias passivas, como o aproveitamento da iluminação e ventilação natural para diminuir o consumo de energia elétrica. Para isso, no momento de construir, o morador precisa levar em consideração variáveis climáticas e a orientação do terreno.
Disponível em: http://www.archdaily.com.br/br/768168/ministerio-do-meio-ambiente-lanca-cartilha-construcoes-e-reformas-particulares-sustentaveis

Associação de catadores de Juiz de Fora conquista novo galpão


A Associação Municipal de Catadores de Papel e Materiais Reaproveitáveis de Juiz de Fora (Ascajuf) inaugura nesta sexta-feira, 23/09/2016, às 15h, o novo Centro de Triagens de Materiais Recicláveis. Localizado na Rua Tenente Coronel Delfino, 20, no bairro Santa Tereza, o novo galpão de cerca de 350 m² vai possibilitar uma melhoria no trabalho realizado pelos catadores e também aumentar consideravelmente o potencial de produção da associação. A construção do novo centro foi financiada pela Fundação Banco do Brasil e o terreno foi viabilizado pela Superintendência do Patrimônio da União.
“A inauguração do novo galpão é um sonho da minha vida. Sabe o que é uma casa nova? Nunca mais vou precisar procurar emprego, eu tenho trabalho, eu tenho uma casa. Eu tenho um galpão. A vida me fez um papelão e o papelão fez a minha vida”, ressaltou a catadora e fundadora da Ascajuf, Vera Lúcia Assis.
A associação iniciou suas atividades em janeiro de 2008 com o objetivo de gerar trabalho e renda para os catadores que atuavam nas ruas coletando materiais recicláveis. A conquista deste novo espaço para desenvolver o trabalho com melhores condições é um avanço que vem sendo galgado a cada dia pelo Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), que neste ano completa 15 de existência.
Disponível em: http://www.insea.org.br/associacao-de-catadores-de-juiz-de-fora-conquista-novo-galpao/

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

As cidades mais verdes do mundo e suas lições de sustentabilidade
Que tal conhecer algumas delas de perto e depois aplicar suas estratégias na sua própria cidade? Algumas soluções são facilmente repetidas em casa
Fonte: VIAGEM E TURISMO   |   Por: Lívia Aguiar

Uma das grandes maravilhas de viajar é imergir em uma realidade totalmente diferente da nossa. Conhecer como as pessoas de outro lugar se relacionam, quais são os seus hábitos, suas lutas, problemas e maneiras de resolvê-los, contorná-los ou ignorá-los. Da mesma forma que é ótimo conhecer realidades muito melhores que a que vivemos e perceber o quanto ainda falta para melhorar, também é importante entrar em contato com outros lugares não tão legais assim em alguns aspectos e agradecer por tudo que já avançamos. E nem precisa ir a uma região muito pobre para perceber isso: se você reclama da internet no Brasil, basta uma viagenzinha à Itália para ver que nem todo país da Europa é tão bem resolvido nessa área assim.
O Sustainable Cities Index analisou 50 áreas urbanas pelo mundo e elegeu as mais sustentáveis delas, baseados em suas características econômicas, sociais e ambientais. E não se iluda de que elas já são um exemplo perfeito do que deve ser feito. Ainda há muito para mudar nos hábitos das pessoas e nas estruturas das metrópoles para alcançar o equilíbrio entre prosperidade econômica e cuidado com o meio ambiente – mesmo nas cidades da lista – e não existe fórmula mágica do sucesso. Mas as estratégias aprendidas por esses governos acima podem servir como pontapé inicial para a sua cidade.
Que tal parar de comparar o Brasil com a Escandinávia e tentar implantar aqui, com as devidas adaptações, as soluções que eles já testaram e aprovaram por lá? Algumas delas não precisam nem de ser aprovadas em lei ou orçamento participativo para começar a funcionar – já outras vão precisar de políticos engajados com a causa para acontecer (e o seu voto pode fazer a diferença!)

A cidade que é sede do Euro e reconhecida como um dos principais centros financeiros do mundo é também a urbe mais sustentável, de acordo com o Sustainable Cities Index. Há 25 anos, a cidade criou sua própria agência energética e começou a investir em produção de energia renovável produzida localmente. A cidade tem a meta de reduzir 10% das emissões de CO2 a cada 5 anos, o que resultará em um corte de 50% em 2030. Para realizar essa redução, a prefeitura investe em aumento de eficiência energética e redução de demanda residencial, comercial e nos setores de transporte e comunicações

Além do foco na redução energética, 15% de todos os transportes da cidade é feito de bicicleta, estimulados por diversos quilômetros de ciclovias, educação no trânsito fora delas e da possibilidade de levar a bike nos trens e metrô. Os cidadãos de Frankfurt também têm a vantagem de viver junto à maior floresta urbana da Alemanha, com mais de 8 mil hectares (um terço do território da cidade). Este cinturão verde que circunda Frankfurt serve não só como espaço de recreação como também define os limites da cidade, fazendo com que ela permaneça compacta.


Em 1957, o rio Tâmisa, que corta a cidade, foi considerado biologicamente morto, da mesma forma que vários rios urbanos brasileiros. Investimentos pesados na limpeza da bacia desde a década de 1960 fazem com que o rio seja hoje um exemplo de recuperação! Atualmente, vivem nele cerca de 125 espécies de peixes e mais de 400 espécies de invertebrados. Porém ainda há muito para ser feito pela cidade. Londres tem reduzido seus investimentos em infraestrutura nos últimos anos e está lutando para atender às demandas da população já existentes, sem falar no impacto de seu crescimento

Recentemente, o prefeito de Londres lançou um plano de metas para torná-la "A Melhor Cidade da Terra", considerando que a capital inglesa será o melhor lugar para trabalhar, viver, brincar, estudar, investir e negociar do planeta. O foco principal está em melhorias no setor de habitação, em busca de suprir as cerca de 49 mil novas casas que a cidade precisa anualmente para dar conta de sua população crescente. Londres também precisa melhorar sua cultura de consumo de energia, lixo e modalidades de transporte - e existem planos de tornar as águas do rio Tâmisa próprias para banho até 2023, instalando piscinas em seu leito abastecidas com água filtrada do rio. As obras já estão em andamento.


Quando a capital dinamarquesa fechou sua principal avenida do centro para pedestres, houve protestos da população, que acharam a medida um absurdo total. Porém os anos mostraram que a movimentação na rua aumentou exponencialmente, assim como as vendas das lojas e restaurantes da região. Sem dúvidas, é excelente para os turistas, que se movimentam pela cidade a pé, de bicicleta elétrica ou de metrô, nos deslocamentos mais longos.
Hoje, o centro histórico tem diversas ruas fechadas para carros, quase nenhuma vaga de estacionamento e a cidade flui com congestionamentos de bicicletas ocasionais: 55% das pessoas que vivem em Copenhague vão para o trabalho ou escola de bike. Seria de se esperar que o mar fosse poluído dentro da cidade, porém o processo de limpeza já tem 15 anos e hoje o porto conta até com pontos de banho no centro da Copenhague, com estrutura para os banhistas tomarem sol deitados na orla e escadas para entrar e sair das águas.


Amsterdã é uma cidade que encoraja investimentos em iniciativas sustentáveis, que produzem como "lixo" materiais que podem ser reaproveitados, e pesquisas em prol do meio ambiente sem perder o foco na lucratividade e desenvolvimento sustentável. Transporte movido a eletricidade vem crescendo na região e diversas empresas têm desenvolvido produtos verdes que fazem a diferença não só na Holanda, mas também no mundo todo.
A cultura do uso da bicicleta é difundida em toda a Holanda há várias décadas e a cidade estimula seu uso não só entre cidadãos de Amsterdã como também entre turistas, que têm diversos bike-tours, grátis e pagos, para escolher quando visitarem a cidade.

Roterdã – Holanda

Através do Programa de Sustentabilidade de Roterdã, a prefeitura lançou-se à ambição de tornar a cidade limpa, verde e saudável, com sustentabilidade contribuindo para uma economia forte. Um orçamento de 31 milhões de euros foi estipulado para melhorar a qualidade do ar, reduzir o barulho e as emissões de carbono pela metade até 2025.
Investimentos em construção de telhados verdes também tem sido pesado – a cidade conseguiu implantá-los em 160 mil metros quadrados até 2014 e pretende aumentar ainda mais. Os telhados verdes não só ajudam a absorver a água da chuva como limpam a atmosfera, reduzem a erosão do telhado e ajudam a equilibrar a temperatura do edifício, o que resulta em economia de energia para aquecê-lo ou resfria-lo.


Com uma população jovem e engajada, histórico de investimento em transporte público ao invés de carros e disposição para abraçar o novo, Berlim já largou na frente quando o assunto é sustentabilidade. Um eficiente sistema de caronas comunitárias aliado ao aumento do uso de bicicletas reduziu consideravelmente a quantidade de carros na cidade.
Além disso, Berlim tem uma população extremamente engajada na causa verde que disfruta da atmosfera de criação e colaboração estimulada pelo governo. São desenvolvidos projetos de urbanismo open-source do tipo faça-você-mesmo, espaços de co-habitação e coworking, jardins comunitários, arquitetura ecológica, projetos culturais e gastronômicos sustentáveis, entre outras. Existe até uma agência especializada em tours sustentáveis para guiar os turistas pelo que há de interessante e verde na cidade.


Assim como o Tâmisa em Londres, o rio Cheonggyecheon, que passa dentro de Seul, estava biologicamente morto, um esgotão canalizado escondido às vistas de todos e coberto por uma via de trânsito rápido, até que a prefeitura assumiu a responsabilidade de reinclui-lo à vida da cidade. Junto a esforços de limpeza e reabertura dos canais (e destruição da avenida), foi criado um parque linear multifuncional às suas margens, um oásis verde e público no centro da selva de pedra da capital sul coreana.
O governo também investiu pesadamente em transporte público para compensar o fim da via de acesso rápido. Em apenas 29 meses, a rodovia elevada se transformou em parque linear que vem aumentando a biodiversidade da região, reduziu as ilhas de calor do centro e a poluição do ar, além de melhorar a qualidade de vida das pessoas que vivem no centro. Tem sempre alguma coisa acontecendo no parque: atividade esportiva, exposição artística, artistas de rua... Graças à sua eficiente iluminação noturna, ele está sempre cheio de gente em todas as horas do dia – uma inspiração para os milhares de rios escondidos pelo concreto das cidades brasileiras.


Ainda que as propriedades custem caro e haja muita poluição do ar, Hong Kong está na lista devido ao incentivo à criação de empresas sustentáveis e por ser um excelente lugar para se viver, com parques extensos, excelente rede de transporte público e baixas taxas de criminalidade.
Na área de negócios, a cidade é muito eficiente: os destaques vão para boas leis que incentivam negócios sustentáveis, transparência e conexões entre grandes corporações baseadas em Hong Kong, que atraem empresas de todos os continentes.

Madri  Espanha

Ano passado, Madri fechou o centro para carros como parte do projeto de reduzir as viagens em carros particulares de 29% para 23% em 2020. E eles não fazem falta: a cidade tem ampla rede de metrô, que atende o centro especialmente bem.
Outras ações para melhorar o trânsito são a criação e expansão de faixas exclusivas de ônibus, sistema regulamentado de estacionamento para carros e o aumento da frota de bicicletas elétricas públicas, as Bicimad, que podem ser utilizadas tanto por moradores quanto por turistas. Para reduzir o gasto com energia elétrica, todas as lâmpadas de iluminação pública da cidade foram substituídas por LED, que gerou uma economia de 44%!


Apenas 50 anos após sua independência da Malásia, a cidade-estado de Cingapura é um dos maiores centros financeiros do mundo, uma hub de transportes global e sede asiática de diversas empresas multinacionais. Grande parte de seu sucesso se deve a um plano que conecta o planejamento da cidade com requerimentos sociais e de negócios.
Com a população prevista para crescer mais de seis milhões até 2030, o governo se comprometeu a investir em mobilidade e conectividade de baixa emissão de carbono dentro da cidade, com duas novas linhas de metrô, extensão das quatro linhas de MRT (trem rápido), novo terminal aeroportuário, criação de trem de alta velocidade entre Cingapura e Malásia e recolocação de seu porto de contêineres. Com a previsão de envelhecimento da população, mais de 19% acima dos 65 anos de idade em 2030, a cidade também está aumentando sua estrutura para cuidar melhor de seus idosos, com criação e expansão de casas de cuidado comunitárias, hospitais especializados em geriatria e asilos.












Gestão Integrada das águas subterrâneas e superficiais é a principal saída para minimizar crises de abastecimento

Mais de mil e quinhentas pessoas de todas as partes do país já passaram pelo Expo D. Pedro, em Campinas, São Paulo, para discutir as questões técnicas, mercadológicas e científicas ligadas às águas subterrâneas, reconhecidamente uma das melhores alternativas para aumentar a oferta de água do planeta em quantidade e qualidade
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O XIX Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas, que segue até o dia 23 de setembro, trouxe para a cidade os mais expressivos especialistas ligados a recursos hídricos – subterrâneos ou não – para discutir sobre a extração e uso da água subterrânea e como aumentar a oferta de água no Brasil. Estão sendo esperadas outras três mil pessoas até o final do evento.
A grande questão debatida nos dois primeiros dias está na necessidade urgente da implementação de políticas públicas eficazes que possibilitem a gestão integrada das águas e a necessidade de priorizar essa integração na revisão do Plano Nacional de Recursos Hídricos.
Para Cláudio Oliveira, presidente da ABAS – Associação Brasileira de Águas Subterrâneas, realizadora do congresso, o Brasil sempre foi visto como um país de água abundante. “Mas por aqui poucos estão preocupados com ela. São importantes para a formação dos rios e grande parte do abastecimento no país. Se não houver planejamento e fiscalização, esse recurso também estará ameaçado com gravíssimas consequências”, alerta.
O aprendizado com a estiagem de 2014 e 2015 no sudeste e a atual seca no nordeste também não foram esquecidas.
“Os administradores precisam ter consciência de que a situação deve ser enfrentada, amenizada e solucionada, na a medida do possível, através de um programa permanente e não por um somatório de eventos provisórios reativados a cada período de seca”, ressalta o presidente da ABAS.  “Programas que viabilizem a utilização sustentável dos recursos naturais disponíveis em cada região, somados a investimentos em obras de captação, armazenamento e infraestrutura capaz atender e dar regularidade ao abastecimento.  O uso cada vez mais eficiente da água disponível – chuva, rios, lagos e das águas subterrâneas acrescidas do reuso (reaproveitamento da água usada) – devem ser as práticas consideradas e incentivadas”, completa.
PokePoço
O evento trouxe embutida a preocupação de sair das discussões científicas e levar para a população os temas do seu interesse. Para isso, promove simultaneamente a exposição –Venha Conhecer o Fundo do Poço – de onde vem a água que você bebe?, e realiza apresentações de teatro onde a formação geológica do Aquífero Guarani é contada em verso e prosa.
Mas a atração que mais chama a atenção de congressistas e do público é o jogo PokePoço, que utiliza a mesma tecnologia de realidade aumentada do Pokémon Go, unida com ogamification para encontrar água no subsolo de uma cidade virtual impressa em um painel, ensinando, de forma lúdica, o que é a perfuração de um poço em todas as suas etapas e desafios.
Congresso fora da caixa
Para dar mais liberdade e mobilidade aos participantes, as palestras do XIX Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas estão acontecendo em um único auditório aberto, montado em formato de arena onde no palco central são realizadas quatro palestras simultâneas. Cada participante recebe um head fone (fone de tradução) pelo qual é possível conectar o áudio de qualquer uma das palestras, sem que o congressista precise se deslocar e sem que o áudio de uma conferência interfira nas demais.
Serão quatro eixos temáticos principais: Gestão, Ciência, Mercado e Perfuração de poços. Todo conteúdo é distribuído exclusivamente online, trazendo a importância da tecnologia para um evento de tamanha importância como a água. Os visitantes serão identificados através de um QR Code (código de barras para identificação que dá acesso instantâneo a todo o conteúdo e outras informações), além de um aplicativo criado especialmente para o evento.
Sobre águas subterrâneas 
A disponibilidade Hídrica no Brasil (13,3% da Terra) ou 47 mil m3 de água por habitante por ano. O número é considerado pela ONU como rica; porém com gestão deficiente.
Em Israel, a disponibilidade Hídrica em Israel é menor ou igual a 500 m3/habitante ano. Segundo a ONU, muito pobre. O país, porém, tem uma ótima gestão e é abastecido principalmente com água subterrânea de poços. 
No Brasil, apesar da grande quantidade de água existe o risco de escassez pela falta de infraestrutura e de gestão adequada de recursos. Há também a questão geográfica – a grande concentração de água não está necessariamente onde existe mais necessidade dela.
De acordo com estudos hidrológicos recentes, as águas subterrâneas possuem volume trinta vezes maior do que as águas doces superficiais (presentes nos rios, lagos, córregos e etc.). Em algumas localidades, as águas subterrâneas afloram das rochas com temperaturas elevadas.. Nesses casos, as águas, também chamadas de termais, são exploradas, são exploradas para fins de lazer, clínicos ou energéticos.
Assim como as águas superficiais, as águas subterrâneas podem enfrentar problemas relacionados à poluição decorrente, principalmente, da contaminação do solo por produtos químicos de origem agrícola (pesticidas), industrial (chumbo e outros metais pesados) e residencial (esgoto doméstico).
Os mais importantes aquíferos brasileiros são: Barreiras (costa nordeste e norte do Brasil); Solimões e Alter do Chão (Amazônia); Cabeças, Serra Grande e Poti-Piauí (estados do Piauí e Maranhão); Açu (no Rio Grande do Norte) e São Sebastião (na Bahia).
O Aquífero Guarani é um dos maiores do mundo localiza-se na região sul da América do Sul – Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. No Brasil está distribuído por São Paulo, Goiás, Matogrosso e Mato Grosso do Sul, Paraná, Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Águas subterrâneas no Estado de São Paulo
Segundo a CETESB – 2.012, no estado de São Paulo 73% dos Municípios são abastecidos com águas subterrâneas, 48% Totalmente (Ribeirão Preto, S. J. Rio Preto, Catanduva) e 25% Parcialmente (Bauru, S. J. Campos, Marília).
Na Região Metropolitana de São Paulo, o consumo de Águas Subterrâneas está estimado em aproximadamente 10 m3/segundo, através de um número de poços outorgados  estimado em mais de 9.000.
O número de poços outorgados na Bacia do Piracicaba, Capivari, Jundiaí (CBH – PCJ) até junho de 2.016 é de 3.826, contabilizando 60 municípios e 5 milhões de habitantes, incluindo Campinas, Jundiaí, Piracicaba, Sumaré e Rio Claro, em 14.178 km2.
Poços Outorgados apenas no município de Campinas até junho de 2.016 é de 1.200 (DAEE Campinas).
Os grandes consumidores de Águas Subterrâneas são: Indústrias (estimado em 95%); shopping Centers; escolas; hospitais; Clubes; Condomínios; Abastecimento rural e irrigações.
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Disponível em: http://tratamentodeagua.com.br/gestao-integrada-das-aguas-subterraneas-e-superficiais-e-principal-saida-para-minimizar-crises-de-abastecimento/

quinta-feira, 6 de outubro de 2016




A prefeita Rosinha Garotinho confirmou agora à tarde que nenhuma obra em andamento será paralisada, que os benefícios sociais, entre eles o Cheque-Cidadão serão mantidos até o dia 31 de dezembro, e que os funcionários da prefeitura não correm o menor risco de passar pela humilhação dos servidores estaduais. Rosinha disse ainda que não criará nenhuma dificuldade para que o próximo prefeito cumpra suas promessas, fornecendo todas as informações necessárias para que ele possa montar junto com sua equipe a transição de governo, e deseja que o povo não seja prejudicado com a interrupção da passagem social a R$ 1 ou de outros programas que integraram a cidade.


O estranho resultado da eleição em Campos

Reprodução do site do TSE
Reprodução do site do TSE



Os números não mentem como vocês poderão conferir abaixo, que foram extraídos do site oficial do TSE, que mostram que algo estranho ocorreu na eleição em Campos. Os votos dados às 4 coligações e outros 4 partidos que individualmente apoiaram a candidatura do Dr. Chicão somaram 161.148 votos. Por outro lado, a coligação que elegeu Rafael Diniz composta de PV, PPS - Rede obteve apenas 26.232 votos. A coligação de 4 partidos que apoiou Caio Vianna teve 45.178 votos. A coligação que apoiou Rogério Matoso obteve 7.178 votos e não elegeu nenhum vereador. Os partidos que apoiaram Nildo Cardoso, cada um com sua chapa própria, o DEM teve 5.09o votos, e o PP conseguiu 2.605 votos, sendo que nenhum dos dois elegeu vereadores, o mesmo ocorrendo com o PMDB, cuja soma de todos os seus candidatos a vereador somou 9.041 votos. O PT, que não apoiou nenhum candidato a prefeito coligou-se com PEN e PMN, que juntos somaram 10.282 votos, insuficientes também para eleger um vereador.

A soma dos votos obtidos pelos candidatos a vereador de todos os partidos e coligações da oposição foi de 105.606 votos, enquanto a coligação dos partido que apoiaram Dr. Chicão / Mauro Silva somaram 161.148 votos.

É no mínimo estranho que o Dr. Chicão tenha tido a metade dos votos de todos os candidatos da sua coligação, e que o vencedor da eleição, o futuro prefeito Rafael Diniz tenha tidos seis vezes os votos conseguidos por seus candidatos a vereador.

É claro que com a campanha mentirosa, difamatória, covarde desenvolvida nos últimos dias pelos meios de comunicação, que em massa apoiavam a candidatura do representante dos "barões" de Campos alguns votos pudessem ser descasados, mas nessa proporção é impensável e pouco provável.

A prefeita Rosinha Garotinho confirmou agora à tarde que nenhuma obra em andamento será paralisada, que os benefícios sociais, entre eles o Cheque-Cidadão serão mantidos até o dia 31 de dezembro, e que os funcionários da prefeitura não correm o menor risco de passar pela humilhação dos servidores estaduais. Rosinha disse ainda que não criará nenhuma dificuldade para que o próximo prefeito cumpra suas promessas, fornecendo todas as informações necessárias para que ele possa montar junto com sua equipe a transição de governo, e deseja que o povo não seja prejudicado com a interrupção da passagem social a R$ 1 ou de outros programas que integraram a cidade. 

FONTE BLOG DO GAROTINHO

BNDES Prioriza Apoio A Projetos De Energia Solar E Deixa De Financiar Térmicas A Carvão e A Óleo



O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) decidiu ampliar o apoio a projetos de energia solar de até 70% para até 80% dos itens financiáveis em Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), usada pela instituição em suas operações e atualmente em 7,5% ao ano. O banco também extinguiu o financiamento a usinas térmicas a carvão e a óleo.
As novas condições de financiamento para o setor de energia elétrica foram divulgadas ontem (3), pela instituição, no Rio de Janeiro, e já valem para os próximos leilões de energia, programados para outubro e dezembro próximos. O banco não concederá mais empréstimos-ponte para empreendedores do setor elétrico. Há exigência de participação mínima de 20% de recursos próprios do investidor nos projetos, com possibilidade de emissão de debêntures (título de crédito representativo de empréstimo que uma companhia faz junto a terceiros), das quais o BNDES se compromete a adquirir até 50%, visando reduzir o risco, principalmente na fase de construção do empreendimento.
A diretora de Infraestrutura e Sustentabilidade do BNDES, Marilene Ramos, informou que as decisões foram tomadas em consenso com o Ministério de Minas e Energia e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O objetivo é privilegiar, dentro dos recursos de TJLP, projetos de fontes de energia alternativas que mostram maior retorno social e ambiental. Haverá ainda espaço para financiamentos a taxa de mercado, buscando maior participação do setor privado na emissão de debêntures, segundo Marilene.
A diretora disse que a priorização para energia solar está ligada ao fato que essa é uma tecnologia em fase de desenvolvimento no Brasil e é preciso consolidar o segmento no setor de energia brasileiro. O banco manteve em até 80% sua participação em projetos de eficiência energética, definindo o mesmo nível de financiamento para projetos de iluminação pública eficiente.
“É um setor que, nós acreditamos, vai crescer muito, porque são projetos de grande viabilidade, têm condições de, financiados dessa forma, se pagarem em prazos relativamente curtos, e representam, para as cidades e prefeituras, uma enorme economia. Além disso, têm um impacto social muito grande, na medida em que as cidades mais iluminadas são mais seguras, permitem opções de lazer noturno e, além disso, propiciam a instalação aqui de uma cadeia de produção de todos os equipamentos”. Na questão específica das luminárias a ‘led’, Marilene Ramos destacou que é um mercado que gera empregos de alto nível e qualidade.
Energias alternativas
O BNDES decidiu manter em até 70% em TJLP sua participação nos itens financiáveis nas demais fontes alternativas, entre as quais eólica, biomassa, pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) e cogeração renovável. O intuito é dar incentivos à participação dessas fontes na matriz energética nacional. Para energia eólica, em especial, o prazo de financiamento é de 16 anos, “tendo em vista a vida útil do equipamento”, observou a superintendente da Área de Energia, Carla Primavera. Para as demais energias alternativas, o prazo de financiamento é de 20 anos.
A diretora de Infraestrutura disse que as novas condições de financiamento à energia elétrica estão alinhadas com o compromisso assumido pelo governo brasileiro no Acordo de Paris, em dezembro do ano passado, para aumentar a participação das energias alternativa na matriz. Daí a decisão do banco de não financiar mais usinas termelétricas a carvão e a óleo, responsáveis pela maior emissão de gases poluentes na atmosfera.
Dentro da meta de ampliar a participação privada nos setores de geração de energia de grandes usinas hidrelétricas, linhas de transmissão e distribuição, o BNDES promoveu alterações, prevendo participação maior do mercado privado. No caso das hidrelétricas, por exemplo, o banco reduziu a parcela em TJLP dos itens financiáveis de 70% para 50%. Marilene Ramos lembrou, porém, que assim como todos os demais setores, a participação do BNDES poderá se elevar até 80% do valor total dos itens financiáveis, incluindo a emissão de debêntures a serem emitidas pelo empreendedor.
No caso do setor de distribuição de energia, o banco manteve o financiamento em 50% dos itens financiáveis, sendo que a metade disso será com recursos em TJLP e a outra metade em taxas de mercado. No setor de transmissão, ocorreu alteração maior, onde a participação do banco chega a até 80% dos itens financiáveis, mas integralmente a custos de mercado. Nessa área, o banco alongou o prazo de financiamento para 20 anos, prevendo a possibilidade de emissão de debêntures.
Marilene Ramos informou que a decisão de deixar as linhas de transmissão sem crédito mais barato ou subsidiado, representado pela TJLP, objetiva evitar distorções em relação à geração. “Porque uma linha de transmissão muito longa, financiada a TJLP, acaba mascarando a maior ou menor viabilidade de um projeto de geração que está localizado em regiões mais distantes, em detrimento de outro que poderia ser mais viável. A ideia é que dentro do financiamento de linhas de transmissão, essa condição é totalmente internalizada na modelagem, antes do leilão e, com isso, você vai ter uma visão mais realista do que efetivamente custa transmitir energia no país, e não diluir parte desses custos para o conjunto geral dos consumidores”. A meta é definir seus custos reais, completou.
Térmicas a carvão
A diretora Marilene Ramos afirmou que a decisão do BNDES de não financiar mais térmicas a carvão e a óleo, com o objetivo de promover a participação na matriz de fontes de energia limpas, não impede que haja projetos com carvão no país desde que sejam financiados pelo mercado em geral. A superintendente de Energia, Carla Primavera, acrescentou que os projetos relativos a leilões passados respeitam as condições divulgadas pelo BNDES antes de sua realização. “Eventualmente, se existir algum projeto dentro da casa para aprovação, que foi objeto de um leilão passado, as condições passadas são respeitadas”.
Empréstimo-ponte
O banco não concederá mais empréstimos-ponte para empreendimentos do setor elétrico. “Mas estamos trabalhando para dar agilidade ao processo de financiamento internamente para que o empreendedor possa contar rapidamente com financiamento de longo prazo, evitando situações em que, às vezes, o projeto já está muito avançado quando, enfim, se consegue aprovar financiamento de longo prazo. Nós queremos tirar o empréstimo-ponte e colocar nesse lugar agilidade. Esse é o nosso objetivo”, ressaltou Marilene Ramos. Não há impedimentos para que o investidor faça também empréstimos pelo mercado, segundo a diretora.
Por Alana Gandra, da Agência Brasil, in EcoDebate, 04/10/2016
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