segunda-feira, 16 de novembro de 2015


Manifestante usa máscara de Eduardo Cunha e simula estar atrás das grades no protesto de sexta-feira em São Paulo
Manifestante usa máscara de Eduardo Cunha e simula estar atrás das grades no protesto de sexta-feira em São Paulo


Eduardo Cunha está jogando todas as fichas no regimento interno da Câmara para seguir no na presidência da Câmara mesmo agonizando. Aceitou a abertura de processos contra Chico Alencar e Jean Wyllys, ambos do PSOL, com o intuito de encher a pauta do Conselho de Ética e atrasar a apreciação do seu caso. Cunha tem dito a aliados que pode aceitar outros pedidos de processo, no momento há 24 na gaveta, tudo para tumultuar o trabalho do Conselho de Ética. O relator Fausto Pinato (PRB-SP) vai entregar seu parecer inicial até quinta-feira. Deve relatar pela admissibilidade do processo, porém, pelos planos de Cunha e suas manobras, a decisão dos 21 membros do conselho só deverá acontecer - na melhor das hipóteses - em fevereiro, depois do recesso. Por isso se a oposição não se movimentar para pressionar Cunha obstruindo as sessões, ele vai continuar no cargo por vários meses. Será uma situação surreal, a menos que o STF decida afastá-lo do cargo, caso ele se torne réu na Lava Jato. 

FONTE BLOG DO GAROTINHO

Pecuária: em vinte anos, rebanho bovino do Amazonas cresceu três vezes mais que a média nacional


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 Outubro 2015  |  0 Comments
Por Jorge Eduardo Dantas

Manaus (AM) - Um estudo inédito, divulgado no início desta semana, revelou que o rebanho bovino do Amazonas cresceu 73% entre 1990 e 2012 - este índice é superior à média de crescimento nacional, que foi de 24% no mesmo período. 

Esse e outros dados foram divulgados na tarde da última segunda-feira (5), durante o lançamento da publicação “A Cadeia Produtiva da Carne Bovina no Amazonas”, produzida pelo Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (Idesam) e pelo WWF-Brasil.

O livro traz um diagnóstico sobre a produção e o consumo de carne de boi, com informações sobre o rebanho, o abate, a produção, o transporte e o consumo; e sobre os atores sociais envolvidos nesta cadeia produtiva. 

Segundo o estudo, que foi apresentado por um de seus autores – o gerente do Programa de Produção Rural Sustentável do Idesam, Gabriel Carrero – o Amazonas possui hoje um rebanho de 1,3 milhões de cabeças de gado, distribuídos por 17 mil propriedades rurais.

É possível baixar gratuitamente o estudo no link situado à direita.

Crescimento

As cidades de Apuí, Boca do Acre e Manicoré, no Sul do Estado, são os municípios com o maior número de cabeças de gado, com 54% do rebanho de corte do território. Eles também são aqueles com maior área desmatada, ficando evidente que eles têm sido o "motor" da atividade no Estado e onde a pecuária deve crescer mais rapidamente nos próximos anos. 

Uma informação trazida no relatório mostra que, nos últimos vinte anos, o Sul do Amazonas viu um enorme crescimento em seu rebanho: em 1990, eram 100 mil cabeças de gado; em 2012, este número era de 700 mil. 

Outros dados mostraram que, apesar desses números, a produção bovina amazonense ainda é muito baixa – 0,06 animais por hectare; e média de 75 animais por propriedade rural.

Clandestinos

Descobriu-se ainda que o Estado tem 52 abatedouros em todo o seu território. Mas apenas 15 (29%) deles são legalizados, o que configura um enorme risco sanitário para a população do interior – já que o abate do gado é feito em propriedades rurais e sem qualquer tipo de controle ou fiscalização. 

Outras constatações do relatório foram o fato de que a maior parte (70%) da carne bovina consumida pelos amazonenses vem de outros Estados, principalmente do Acre e de Rondônia; e que o consumo de carne de boi cresceu 8% entre 2002 e 2008 no Amazonas – ao contrário do consumo de peixe, que caiu quase 20% no mesmo período, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Debate

O lançamento da publicação foi seguido de um debate, que contou com a participação de órgãos do poder público, do empresariado e de entidades representativas do setor. 

Entre as questões discutidas na ocasião, estava a adoção de novas tecnologias que pudessem aumentar a produtividade da pecuária amazonense; as condições de transporte de gado no interior, que ainda são muito precárias; e a regularização fundiária, que poderia dar segurança jurídica e promover o acesso a benefícios e linhas de créditos para os produtores rurais.

Questão fundiária

Para o especialista em pecuária sustentável do WWF-Brasil, Ivens Domingos, o grande problema da pecuária do Amazonas é a dificuldade de promover a regularização fundiária.

“Sem essa regularização, os produtores têm dificuldades de acesso a financiamentos e não aderem ao Cadastro Ambiental Rural (CAR). Isso torna mais difícil a implementação de boas práticas produtivas, que é o que nos interessa”, afirmou o especialista.   

Segundo Ivens, a melhoria da eficiência, por meio das boas práticas, pode ajudar na redução do desmatamento, na adesão ao CAR e na fiscalização das propriedades rurais.  

“É importante notar que já existem boas iniciativas em andamento, como as ações desenvolvidas pelo Idesam com as unidades demonstrativas em Apuí. Então temos exemplos de práticas que devem ser fortalecidas e expandidas para outros municípios do Sul do amazonas”, disse Ivens.

O diretor-executivo do Idesam, Carlos Gabriel Koury, afirmou que a publicação do estudo é um primeiro passo para uma discussão mais qualificada sobre a pecuária no Amazonas. “Sentimos que as boas práticas na pecuária é um tema que precisa ser fomentado e debatido, e que tem uma relação muito próxima com a questão climática”, declarou.

Fundamental importância

O WWF-Brasil acredita que a parceria com o setor produtivo é de fundamental importância para que os objetivos de produzir sem destruir a natureza sejam alcançados, garantindo a sustentabilidade ambiental para as futuras gerações.

Desde 2003, trabalhamos com a Pecuária Orgânica no Pantanal e buscamos definir, de maneira transparente e participativa, princípios e padrões comuns a serem adotados pelo setor, que garantam o desenvolvimento de uma pecuária sustentável, socialmente justa, ambientalmente correta e economicamente viável.

FONTE: WWF BRASIL

domingo, 15 de novembro de 2015

Trabalho e renda a partir da reciclagem

Foto: Secom Campos/Divulgação
Em tempos de sustentabilidade e maior conscientização ambiental, lixo tem sido sinônimo de dinheiro. Atualmente, em Campos, cerca de 60 representantes de famílias de ex-catadores do antigo aterro controlado da Codin mudaram de vida com a implantação de duas cooperativas, a Reciclar, no Parque Novo Eldorado, e a Cata Sol, no Parque Aldeia, em Guarus. Mensalmente é enviada pela secretaria de Desenvolvimento Ambiental de Campos, a matéria-prima destinada às cooperativas, que é o lixo seco da coleta seletiva do município produzida pela população, que gera renda. Segundo o secretário municipal de Desenvolvimento Ambiental, Jorge Rangel, equipes da secretaria têm realizado novos cadastros intensificando o Programa de Coleta Seletiva, para que, cada vez mais catadores possam aderir às cooperativas e, com esses recursos, garantir a renda da família. Na cooperativa Reciclar, por exemplo, os cooperativados já recebem um salário mínimo. Se mais pessoas aderirem ao programa de Coleta Seletiva, os recursos poderão aumentar.
Ex-catadora, Sandra Genásio da Silva, 37 anos, trabalhou por 10 anos no aterro controlado da Codin. “Eu me empenho muito para que a cooperativa continue a dar certo e tenho fé em Deus que vai ser um grande sucesso. Estou trabalhando muito para isso, pois o que ganho aqui é fundamental na minha casa”, disse ela.
De acordo com o secretário Jorge Rangel, a coleta seletiva tem contribuído na renda de ex-catadores. Ele disse que na Reciclar, por exemplo, os trabalhadores já estão obtendo uma renda de um salário mínimo. “Assim também poderá ganhar aqueles que trabalham na Cata Sol. E os valores podem sempre aumentar de acordo com a produção”, diz ele.
— É a realização de um sonho antigo. Agora estamos trabalhando com dignidade e levando renda para nossas casas — destacou a presidente da cooperativa Cata Sol, Érika Borges.
Na inauguração foi assinado um Termo de Cooperação Técnica, permitindo a unidade receber 50 toneladas de lixo mensalmente.
As duas Unidades de Triagem de Material Reciclável possuem banheiros, refeitório, escritório e amplos espaços, onde está localizado todo o maquinário adequado para separação do lixo, como prensa e grandes contêineres. Antes de começarem a trabalhar, os ex-catadores passaram por capacitação e treinamento, além de terem recebido todo material de trabalho adequado.
Nos últimos meses, apesar das constantes campanhas de conscientização pelo Programa de Coleta Seletiva, a crise econômica do país vem refletindo na coleta de material reciclável. “Sabemos que, com a queda do consumo, é natural que a quantidade caia. Mas, estamos na expectativa de que, quanto mais conscientes as pessoas estejam sobre a importância de separar o lixo, mais material teremos para fornecer aos cooperativados”, disse o superintendente de Limpeza Pública, Carlos Morales.
O termo de cooperação técnica da Prefeitura com as cooperativas prevê a doação de material e o acompanhamento técnico, além de ter fornecido o galpão, equipamentos e custear despesas, como água e luz. A cooperativa recebe o material reciclável, faz a separação de garrafas pet, papelão e vidro e, depois, vende. “São preços diferenciados. Tudo é prensado e vendido. O valor arrecadado é dividido entre os cooperados”.
Morales destaca, ainda, que todos os cooperados também receberam Equipamentos de Proteção Individual (EPI) para o manuseio adequado do material. Ele faz um apelo à população para que não coloque, junto com o lixo, seja reciclável ou não, materiais pontiagudos e perfurantes. “Já aconteceu de ter seringas e isso pode machucar quem manuseia o material. Então, a gente pede que não coloquem também agulhas e vidros para evitar que machuque as pessoas”, reforça.
Coleta seletiva é estimulada
O trabalho de coleta seletiva implantado em Campos pela secretaria de Desenvolvimento Ambiental junto com as cooperativas de catadores que foram implantadas na cidade vem crescendo a cada dia e nos últimos 12 meses, o número do lixo reciclado chegou a 1.470 toneladas, o que mostra o sucesso do trabalho realizado. Entre 2009 e o quinto bimestre de 2015, esse número chegou a 6.422 toneladas.
Atualmente, são três caminhões da empresa contratada para o serviço, recolhendo diariamente o lixo nos locais determinados através de cadastro realizado pela própria secretaria. “Atualmente, temos oito funcionários percorrendo os diversos bairros da cidade, no trabalho de cadastramento de residências e pontos comerciais que estejam dispostos a colaborar com o programa.
A conscientização da população é cada dia maior e o aumento do quantitativo tem sido gradual”, afirmou o superintendente de limpeza pública, Carlos Morales.
Segundo ele, estão sendo visitadas residências e vários estabelecimentos como shoppings, condomínios, salões de festa, escolas e supermercados, para que os caminhões possam recolher o lixo reciclável, através de GPS, que já indica o local exato de busca.
Além disso, um trabalho de conscientização através de palestras tem sido realizado em escolas, condomínios e até mesmo em hospitais, como aconteceu recentemente no Álvaro Alvim, para médicos e funcionários, sobre a necessidade de preservação do meio ambiente, com a separação do lixo.
Quem ainda não foi visitado por equipes da secretaria e deseja se integrar ao programa, deve se dirigir à sede da secretaria para se cadastrar. “O lixo reciclável é trocado por adubo orgânico que é disponibilizado a todos os que participam”, declarou Morales. (A.N.)
FONTE: FOLHA DA MANHÃ (http://www.fmanha.com.br/)

sábado, 14 de novembro de 2015


Reprodução do Brasil 247
Reprodução do Brasil 247


Documentos comprovam que Cunha movimentou o dinheiro na Suíça que o lobista João Henriques depositou numa das contas. A documentação já existente é mais do que suficiente para Cunha ser condenado no Supremo Tribunal Federal, mas isso vai demorar. Em circunstâncias normais garantiria a cassação do seu mandato. Porém, o jogo do vale tudo vai ser decisivo. Acredito que o Conselho de Ética seja favorável à cassação, mas no plenário tudo vai depender da mobilização popular para pressionar os deputados. Cunha agora joga para que o Conselho de Ética não tome uma decisão até o recesso de final de ano para ganhar tempo. 

Por que as formigas desapareceram de região no sul da Argentina

Cientistas descobrem efeito colateral 'indesejado' do plantio de árvores em zona árida na Patagônia.

Laura PlittDa BBC Mundo
O estudo mostra que o reflorestamento pode ter grandes consequências em um escossistema e que precisa ser analisado com cautela (Foto: Amy Austin)O estudo mostra que o reflorestamento pode ter grandes consequências em um escossistema e que precisa ser analisado com cautela (Foto: Amy Austin)
Um dos inúmeros benefícios que as árvores prestam à humanidade é o de absorver parte do dióxido de carbono da atmosfera.
E, com a ameaça do aquecimento global causado pelo homem com a emissão em grandes quantidades de gases do efeito estufa, plantar árvores parece ser a "estratégia perfeita": mais árvores significam mais absorção de CO2 que, por sua vez, geram menos aquecimento.
Mas alguns pesquisadores alertam para a importância de se observar o ecossistema de cada região antes de optar pelo plantio desenfreado de árvores. Em uma região da Patagônia, no Sul da Argentina, por exemplo, as formigas desapareceram justamente por causa de um desequilíbrio no sistema causado pelo florestamento (plantio de árvores em região em que não havia floresta).

No sul da Argentina, a poucos quilômetros de San Martín de los Andes, na província de Neuquén, foram plantadas árvores tanto em lugares áridos, como em úmidos. Esse tipo de florestamento não planejado permitiu a Amy Austin, pesquisadora do Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas da Universidade de Buenos Aires, e a sua equipe estudar o impacto disso em ecossistemas a longo prazo.
"O que vimos é que plantar espécies exóticas tem um efeito sobre todos os aspectos do funcionamento dos ecossistemas", disse a pesquisadora.
"Vimos mudanças na produtividade primária (isto é, no crescimento das plantas nativas), alterações na abundância da fauna do solo, nas cadeias alimentares, na decomposição e reciclagem do carbono, e não sabemos quais serão as consequências dessas mudanças", completou.
O que Austin e Arzac conseguiram observar nesse tempo foi uma diminuição considerável da presença de formigas nesta região da Patagônia.
 Na Patagônia argentina foram reflorestados cerca de 70 mil hectares  (Foto: Amy Austin)Na Patagônia argentina foram reflorestados cerca de 70 mil hectares (Foto: Amy Austin)
"Diminuiu abruptamente a abundância desses organismos (artrópodes) nessas regiões de reflorestamento e quase desapareceram alguns grupos específicos como os solifugae, que são artrópodes predadores, e as formigas", explicou Arzac.
"Esse tipo de plantações geralmente traz formigas mais exóticas que vivem com essas espécies e acabam invadindo e dominando a biodiversidade natural."
"Mas aqui aconteceu o contrário e não sabemos por quê. Pode ser que tenha sido por causa da sombra que as árvores criam ou pelas mudanças na química do solo. Isso é algo que ainda vamos estudar", diz.
Importância
O desaparecimento das formigas pode parecer algo pouco relevante, mas elas cumprem funções essenciais nos ecossistemas - como a reciclagem de nutrientes, segundo as pesquisadoras. "Além disso, elas afetam a dinâmica da vegetação, dispersando as sementes e ainda ajudam a regular outras populações de insetos", diz Arzac.
Fazendo uma análise mais cautelosa, Austin classifica esses efeitos como indesejados – em vez de negativos – já que ainda não houve estudo mais profundo sobre o verdadeiro impacto dessa florestamento.
o caso da Patagônia argentina, os programas de florestamento foram iniciados nos anos 1970. Naquele momento, o Estado estimulava essa atividade para aumentar a produção de celulose e papel.
 As folhas do pinheiro não se decompõem tão fácil na terra  (Foto: Amy Austin)As folhas do pinheiro não se decompõem tão fácil na terra (Foto: Amy Austin)
E ainda que as árvores analisadas pelo grupo de Austin não tenham sido plantadas com a intenção de captar CO2, elas representam um bom caso de estudo, justamente por sua idade de quase quatro décadas. Nesse período, elas passaram por diferentes experiências de precipitações, já que algumas foram plantadas em zonas áridas, tais como pastagens, e outras em lugares de floresta nativa.
Cautela
Nesse sentido, Austin põe em xeque a estratégia do plantio de árvores com o objetivo de reduzir o CO2 da atmosfera. Ao menos no caso da Patagônia, onde houve florestamento com pinheiros espaçados por onde não havia árvores.
"Como estratégia para diminuir o carbono, a ação não teve muito sucesso, pelo menos nesse ecossistema local", explica a cientista.
O problema dos pinheiros é que eles soltam muitas pinhas e essas folhas secas têm muitos compostos que não se dão com os organismos que vivem no solo. Assim, as folhas demoram mais para se decompor na terra.
Isso significa que esse acabou não sendo o mecanismo mais eficiente na hora de tirar o carbono da atmosfera. Por isso, no caso da implementação dessa estratégia na Patagônia, "os custos superam os benefícios."
Amy Austin e sua equipe trabalhando na região da Patagônia (Foto: Amy Austin)Amy Austin e sua equipe trabalhando na região da Patagônia (Foto: Amy Austin)
Mas o que aconteceria se essas árvores fossem cortadas? "Ainda não sabemos se os ecossistemas poderiam voltar ao que eram antes", disseram as pesquisadoras.
"Não quero dizer categoricamente que reflorestar é bom ou ruim, mas a minha mensagem é que quando o foco disso é centrado unicamente em diminuir a quantidade de carbono no ecossistema, perde-se a perspectiva sobre os efeitos colaterais disso", diz Austin.
Se a ideia é plantar árvores com esse fim, é uma estratégia que precisa ser implementada com cuidado, alerta a pesquisadora.
FONTE: http://g1.globo.com/

sexta-feira, 13 de novembro de 2015


Reprodução do Brasil 247
Reprodução do Brasil 247


Movimentos sociais estão convocando pelas redes sociais manifestações na maioria das capitais contra Eduardo Cunha. Cresce a mobilização popular pelo afastamento de Cunha da presidência.


Reprodução do Facebook
Reprodução do Facebook
FONTE BLOG DO GAROTINHO

Petróleo, gás e mineração ameaçam quase um terço dos Patrimônios Naturais Mundiais


 Outubro 2015  
Londres -  - Quase um terço de todos os locais pertencentes à lista de Patrimônio Mundial Natural está ameaçado pela exploração de petróleo, gás e mineração. A informação foi divulgada no novo relatório “Protegendo um Excepcional Valor Natural”, produzido pelo WWF, Aviva Investors and Investec Asset Management, e que ressalta ainda o risco para os investidores que trabalham ou possuem a intenção de trabalhar com empresas que atuam com extração nesses lugares ou próximos a eles.

Patrimônios Mundiais Naturais (ou World Heritage Site, em inglês) são lugares de enorme valor natural, como o Grand Canyon, a Grande Barreira de Corais e a Reserva Selous Game, na Tanzânia. Cobrindo menos de 1% do planeta, eles contêm um enorme valor natural, como paisagens singulares e alguns dos animais mais raros da Terra, como gorilas da montanha, elefantes africanos, leopardos da neve, baleias e tartarugas marinhas.

De acordo com o relatório, os pontos de Patrimônio Mundial Natural estão em risco mais elevado do que jamais se pensou até então.

As ameaças estão relacionadas às operações em atividade ou à entrada de empresas para concessão de exploração de minérios, petróleo ou gás, e podem causar danos irreparáveis aos locais à biodiversidade, além de prejudicar as comunidades que tiram dali sua subsistência. No mundo todo, a maior ameaça está na África, onde o risco atinge 61% desses locais.
  
No relatório, os investidores estão sendo alertados dos riscos que correm ao apoiarem essas empresas - tanto riscos financeiros quanto de reputação. Em resumo, neste caso, há muito risco envolvido para um retorno que não é o suficiente.

O documento convida potenciais financiadores e apoiadores a:

•    Buscar informações se as empresas em que estão investindo, ou considerando investir, possuem concessões ou operações dentro de lugares considerados Patrimônios Mundiais Naturais;

•    Abordar diretamente companhias que trabalham nesses locais ou próximos a eles e as encorajar a mudar seus planos;

•    Considerar retirar o investimento nessas companhias se não forem tomadas medidas para sair desses lugares, e ainda divulgar o fim do apoio e as razões para isso.

O desenvolvimento alternativo e sustentável dos Patrimônios Naturais Mundiais é uma proposta muito melhor para resguardar tanto o futuro dos recursos naturais quanto o das comunidades locais, nacionais e globais. A preservação desses locais e de seus ecossistemas pode fornecer, a longo prazo, benefícios significativos, visto que:

•    93% dos Patrimônios Mundiais Naturais promovem o turismo e a recreação;
•    91% deles geram empregos;
•    84% deles contribuem para a educação.

O WWF convoca investidores a usar as evidências desse relatório para abordar as companhias de extração e encorajá-las a adotar compromissos significativos de “não atuação” e “não impacto” nos Patrimônios Mundiais Naturais, além de divulgar de forma proativa as operações em atividade (existentes, ou em vias de existir), dentro ou nas proximidades de Patrimônios Mundiais Naturais.

De acordo com o diretor-executivo do WWF do Reino Unido, David Nussbaum: “nós estamos indo aos confins da Terra em busca de mais recursos – incluindo minérios, petróleo e gás, que estão cada vez mais caros e difíceis de serem extraídos. Com isso, alguns dos lugares mais preciosos do mundo estão ameaçados por atividades industriais destrutivas que põem em perigo os valores pelos quais eles foram agraciados com o maior nível de reconhecimento do planeta”, comenta.

“Proteger esses locais únicos não é somente importante do ponto de vista ambiental, é crucial para o sustento e o futuro da população que depende deles. Os investidores têm uma oportunidade única assim como uma responsabilidade de administrar seu capital e desenhar nosso futuro”, completa Nussbaum. 

FONTE: WWF BRASIL

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Plano de Desenvolvimento Sustentável é a nova chance para o planeta


Setembro 2015  
Não é sempre que os governos de todo o planeta aprovam de forma unânime um acordo complexo do ponto de vista político e técnico. Foi isso que ocorreu nesta sexta-feira, 25/9, com a nova agenda de Desenvolvimento Sustentável, das Nações Unidas. O acordo “Transformando o nosso mundo: agenda para o desenvolvimento sustentável até 2030” é a melhor chance de eliminar a pobreza, promover a prosperidade e proteger o meio ambiente.

Atualmente, o planeta enfrenta questões urgentes que ameaçam o bem-estar de comunidades e o meio-ambiente. Esse histórico plano de 15 anos pretende assegurar alimentos, água e segurança elétrica para as futuras gerações.

“Poucas vezes na história os governos tomaram decisões que beneficiam as pessoas e o meio ambiente e nunca antes nesse nível tão ambicioso”, afirma Yolanda Kakabadse, presidente do WWF Internacional. A Agenda até 2030 e seus 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável vão ajudar a melhorar a qualidade de vida de 8,5 bilhões de pessoas em todo o planeta, por meio da conservação dos oceanos, da água doce e das florestas. “Esse acordo é melhor do que esperávamos, tem muito a ver com a nossa sobrevivência”, completa.

Para Kakabadse, os líderes políticos devem implementar as medidas mencionadas na Agenda urgentemente. “Eles devem manter a coragem que tiveram hoje e começar a por em prática todas as ações nas quais se comprometeram a nível econômico, social e ambiental, de forma transparente. Países do norte, sul, leste e oeste devem desempenhar o seu papel. A conclusão de um novo acordo climático global também é necessária para a agenda de desenvolvimento alcançar seus objetivos”, avalia.

Obter países para fornecer trilhões de dólares em financiamento é uma tarefa difícil. Mas tão importante quanto isso é ter certeza de que o dinheiro gasto está sendo utilizado de forma inteligente a partir de escolhas diferenciadas. É fundamental que o dinheiro se distancie de práticas prejudiciais e de desperdício - como a dependência de combustíveis fósseis -, e que se mova em direção ao desenvolvimento de políticas sustentáveis que ajudem o meio ambiente e apoiem os meios de subsistência.

O WWF tem trabalhado desde o início do processo para ter certeza de que o plano coloca o planeta rumo a um desenvolvimento verdadeiramente sustentável e que inclui os elementos ambientais que lhe proporcionam a melhor chance de sucesso. WWF vai trabalhar para garantir que os líderes vivam de acordo com os seus compromissos, ao mesmo tempo, em que trabalham com governos, empresas e comunidades.

"Ponto de partida: o mundo se reuniu hoje e demonstrou que as soluções reais são possíveis e alcançáveis quando trabalhamos em unidade e deixamos a política de lado. Agora vamos fazer isso acontecer juntos", concluiu Kakabadse.

FONTE: WWF BRASIL

segunda-feira, 9 de novembro de 2015


Pezão; abaixo, manchete de O Dia online
Pezão; abaixo, manchete de O Dia online


Pezão se elegeu governador, mas não age como tal, a verdadeira função dele hoje é de administrador de massa falida. O governo não produz nada de bom e Pezão não cobra nenhum secretário. É claro que falta dinheiro, mas o secretariado de Pezão é muito, mas muito fraco, falta competência, e na crise fica todo mundo parado torcendo para cair dinheiro do céu.

Aviso aos navegantes: A ordem de Pezão é até o final do ano empurrar com a barriga pagamentos de fornecedores, jogar para 2016. Só grandes fornecedores e empresários com fortes ligações com a turma do PMDB é que podem receber, com o aval direto de Pezão. Algumas dívidas de 2014 vão ser empurradas para 2016. 

domingo, 8 de novembro de 2015

Aquecimento solar, biodigestores e energia gerada nos telhados são iniciativas já testadas no Minha Casa Minha Vida

Publicado em outubro 30, 2015 por 
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Venda de energia solar gerada nos telhados, aquecimento solar de água do chuveiro e biodigestores são iniciativas testadas pelo programa
O programa Minha Casa Minha Vida, além de melhorar a qualidade de vida de mais de 9,6 milhões de famílias com renda salarial de até um salário mínimo, também ajuda na preservação do meio ambiente com as ações sustentáveis adotadas em suas construções.
Replicadas em empreendimentos País afora, essas soluções são muitas vezes simples, mas têm forte impacto positivo na qualidade dos condomínios e no bolso dos moradores.
Confira algumas das ações implementadas:
Aquecimento solar de água
Mais de 224 mil famílias beneficiadas em todo o País contam com um sistema de aquecimento solar de água do chuveiro. Segundo a Associação Brasileira de Ar Condicionado, Refrigeração, Ventilação e Aquecimento (Abrava), além de não poluir, a utilização desse sistema pode reduzir a conta de luz em até 30%.
Microusina de energia solar
Os 9.144 painéis fotovoltaicos instalados nos telhados transformaram os condomínios Praia do Rodeadouro e Morada do Salitre, em Juazeiro, no sertão baiano, em uma microusina de energia solar com potencial para produzir 2,1 Mega Watts (MW), o suficiente para abastecer 3,6 mil domicílios em um ano.
O projeto-piloto fez das mil famílias sócias do empreendimento. A energia vendida à distribuidora local rendeu R$ 1,89 milhão líquido entre fevereiro de 2014 e junho deste ano. O valor economizado é dividido. Parcela de 60% vai para o bolso das famílias, outros 30% abastecem um fundo de investimentos para o condomínio e a associação de moradores e os 10% restantes pagam as despesas de manutenção dos residenciais.
Em números, cada condomínio arrecada cerca de R$ 60 mil mensais, o que permitiu financiar centro comunitário, sala de informática, parada de ônibus, sinalização de trânsito e atendimentos médicos semanais. Cada família recebeu R$ 1.133 até junho, o que dá uma média de R$ 70 mensais, valor capaz de cobrir as prestações mensais do Minha Casa Minha Vida, que variam de R$ 25 a R$ 80.
Biodigestores

O Minha Casa Minha Vida Rural começou a incluir biodigestores nas residências entregues pelo País em 2014. Atualmente, 335 famílias de agricultores fazem uso desta tecnologia em Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Goiás.
Os biogestores são equipamentos que processam matéria orgânica, como dejetos animais e restos de alimentos, transformando-os em biogás e biofertilizantes. Com eles, os agricultores podem produzir energia elétrica, gás de cozinha, adubo orgânico para capim e plantações, incluindo pomares, sem alterar o sabor dos alimentos. Pelas contas de José Jackson, pequeno agricultor de Itaberaí (GO), a 100 km de Goiânia, a economia com biodigestor deve chegar a R$ 1,5 mil por ano.
Desenvolvimento Sustentável 
A estratégia de Desenvolvimento Integrado e Sustentável de Territórios (DIST) nasceu da necessidade de criar projetos nas áreas de saúde, ambiente, cultura, comunicação, esporte, lazer e formação técnica profissional para famílias de baixa renda que vivem em empreendimentos do Minha Casa Minha Vida.
Um dos projetos bem-sucedidos do DIST é o “Guerreiros sem Armas”, implantado pelo Instituto Elos na Baixada Santista. Ele funciona em um galpão que recebe crianças diariamente para atividades culturais como oficinas de fanzine, cinema de rua e festas culturais.
Casas de madeira (Wood Frame)
Nem todos os imóveis entregues pelo Minha Casa Minha Vida são de alvenaria. Uma tecnologia sustentável a seco homologada por Caixa e Ministério das Cidades possibilita a construção de casas de madeira.
O método alemão conhecido como wood frame (quadro de madeira) reduz em 75% a demanda por mão de obra e ainda minimiza o impacto ambiental da construção, uma vez que a opção por matérias-primas renováveis gera apenas 25% dos resíduos de um canteiro comum.
Selo Casa Azul
Criado pela Caixa Econômica Federal em 2010, o Selo Casa Azul é uma classificação socioambiental de projetos habitacionais financiados pelo banco para reconhecer empreendimentos que adotem soluções eficientes na construção. O selo possui 53 critérios de avalição e seis categorias: qualidade urbana, projeto e conforto, eficiência energética, conservação de recursos materiais, gestão da água, e práticas sociais.
Fonte: Caixa

in EcoDebate, 10/2015