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domingo, 30 de agosto de 2015
ENGENHEIRO APONTA POSSÍVEIS IMPLICAÇÕES DE UM COLAPSO NO ABASTECIMENTO DE ÁGUA
Entre as prováveis consequências, especialista cita o racionamento e o aumento da tarifa
Pensando sobre a crise hídrica em um âmbito mais amplo, o engenheiro em Sistemas Urbanos e Ambientais, Ludovic Freire Gomes, aponta algumas implicações a médio e curto prazo de um colapso no sistema de abastecimento de água, entre elas: crise sanitária e social; água de menor qualidade e poluída; racionamento permanente durante todo o ano, com horários definidos para uso de água; aumento dos impostos e do preço da água; e risco de corrupção devido à competição para o acesso à água.
Segundo o promotor de justiça do Ministério Público de São Paulo, Ricardo Manuel Castro, a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) não tem tratado corretamente a água do volume morto, até então pouco utilizada para consumo. A companhia negou a afirmação declarando trabalhar com padrões rígidos de qualidade, além de já utilizar o volume morto há mais de quatro décadas para abastecer os municípios da região de Campinas sem registro de qualquer problema à saúde da população.
O mesmo vale para o aumento nas contas de água no Estado de São Paulo, que, do final do ano passado até aqui, já tiveram dois reajustes, ambos sob o argumento da crise hídrica: um de 6,49%, em dezembro de 2014, e outro de 15,24% em junho deste ano.
Quanto ao racionamento, há indícios de ele já vem sendo praticado desde que a crise começou a se agravar no ano passado, ainda que a Sabesp tenha negado. No entanto, de acordo o tecnólogo Marzeni Pereira, funcionário da Sabesp há mais de duas décadas, a companhia estaria fechando o registro de água, o que justificaria a ausência de fornecimento em algumas regiões.
Reprodução do Estadão online; ao lado Clarissa Garotinho
Trinta e cinco parlamentares, entre eles minha filha, Clarissa Garotinho, assinaram hoje o manifesto que pede o afastamento de Eduardo Cunha da presidência da Câmara dos Deputados. É claro que muitos deputados, mesmo concordando com a afastamento de Cunha, não vão assinar o manifesto por medo de retaliações. Vários parlamentares alegam que aguardam a decisão do STF, se vai ou não acatar a denúncia do MPF contra Cunha, se ele vai virar réu em processo por corrupção e lavagem de dinheiro.
Depois de jurarem de pés juntos, Pezão e o secretário André Corrêa, que não havia risco de desabastecimento, agora dizem que só água para 9 meses, por isso os dois voltaram a apelar para São Pedro. Ora, é impressionante, a única coisa que Pezão e seu secretário fazem é rezar para São Pedro. Nem depois de admitirem a gravidade da crise hídrica anunciam qualquer medida ou obra para minimizar o problema. O povo faz a sua parte, com exceção de alguns sem consciência, mas o governador precisa fazer mais do que rezar para São Pedro. Estamos lascados!
FONTE BLOG DO GAROTINHO
Cidade recebe equipamentos para minimizar efeitos da crise hídrica
Secretário de Estado de Ambiente, André Corrêa, também entregou caminhão de Coleta Seletiva de lixo
BARRA MANSA
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BARRA MANSA
O secretário de Estado de Ambiente, André Corrêa, entregou na manhã desta terça-feira, 25, ao prefeito de Barra Mansa, Jonas Marins, um caminhão de coleta seletiva do Programa de Coleta Seletiva do estado do Rio de Janeiro; o certificado que habilita a secretaria municipal de Meio Ambiente a promover o licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades de impacto local e mais dois sistemas de captação flutuantes voltados para minimizar os efeitos provocados pela falta de chuvas dos últimos meses. A solenidade foi realizada no pátio da prefeitura e contou com a representação do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), do Comitê de Integração da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul (Ceivap), da Associação Pró-Gestão das Águas da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul (Agevap), secretários municipais e dos vereadores Pedro Paulo Lopes e Paulo Afonso Sales Moreira da Silva, o Paulo Chuchu.
Na ocasião, o diretor executivo do Saae BM (Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Barra Mansa), Horácio Delgado, falou sobre a importância da parceria com a secretaria estadual de Ambiente. “Assumimos o governo com apenas 2% de esgoto tratado na cidade e, através de investimentos obtidos junto ao governo do Estado, está sendo possível implantar as Estações de Tratamento de Esgoto (ETE´s) com capacidade de tratamento de 100 % do esgoto doméstico. São investimentos da ordem de R$ 53 milhões no município em obras que ficam embaixo da terra e que são imprescindíveis para melhorar a qualidade de vida da população e o meio ambiente”, destacou Horácio.
O vereador Pedro Paulo reforçou a preocupação do município com a preservação ambiental. “São obras que não são vistas, mas de fundamental importância”, ressaltou. André Corrêa comentou a respeito da crise hídrica. “Estamos vivendo a maior crise de todos os tempos e é necessário que a população tenha a compreensão deste momento, economizando água e fazendo a sua reutilização. Os sistemas de captação flutuante que hoje destinamos à cidade permitirá a captação de água mesmo naqueles dias em que nível do Rio Paraíba do Sul estiver baixo. Desta maneira, pretendemos minorar os efeitos da falta de chuvas”, salientou Corrêa.
Jonas Marins lembrou que há cerca de um ano, o nível do Rio Paraíba do Sul na cidade chegou a um metro, inviabilizando a captação de água. “Com o sistema flutuante esse tipo de situação será resolvida. No entanto, precisamos continuar realizando ações direcionadas ao consumo racional da água. Também não podemos mais aceitar o descarte incorreto do lixo. Acredito que a educação ambiental seja a solução para essas questões”, disse o prefeito, destacando que Barra Mansa tem hoje, em andamento, a construção da maior ETE do Médio Paraíba Flumimense, no bairro Barbará.
- São obras que beneficiam a cidade como um todo, mas também a região metropolitana do Rio que é abastecida com as águas que são transpostas do Rio Paraíba para o Rio Guandu, em Piraí – lembrou o prefeito.
Os sistemas de captação flutuante já estão no pátio da Estação de Tratamento de Água do Centro, ao lado do Parque da Cidade.Elessão compostos por bomba, motor e quadro elétrico, com capacidade para captar 350 litros de água por segundo, cada. O investimento é de R$1,15milhão.
COLETA SELETIVA –Com o novo caminhão de coleta seletiva será possível ampliar os serviços na região central de Barra Mansa, segundo o responsável pelo setor, Sérgio Antônio da Silva. “Realizamos a coleta seletiva em 27 bairros, atendendo a mais de 10 mil residências, com um de nossos caminhões. Temos mais de 50 pontos fixos de coleta para atender as grandes empresas, escolas e órgãos públicos, onde outro caminhão atua na coleta. Na parte comercial do Centro e do Ano Bom, a coleta é feita das 17h às 21h. Já a coleta de quatro mil litros/mês de óleo de cozinha é feita por meio de uma van cedida pelo Inea. Com este novo caminhão e os outros três já existentes será possível atingir 80% do município com o serviço de coleta seletiva”, explicou Sérgio. Ele ainda disse que Barra Mansa foi um dos 15 municípios, entre 26 cidades do estado do Rio, contemplado com o caminhão do programa estadual.
RJ: Cedae reduz captação de água no Paraíba do Sul
Estiagem afeta o rio Paraíba do Sul na cidade de Barra do Piraí, no Rio de Janeiro
A partir de hoje (27) a captação de água do Rio Paraíba do Sul para o sistema Guandu, que abastece a cidade do Rio de Janeiro, vai cair de 80m³/s para 75m³/s. A medida foi autorizada em março pela Agência Nacional de Águas (ANA) e está sendo implantada gradativamente pelo Grupo de Acompanhamento da Operação Hidráulica do Paraíba do Sul, que conta com representantes da agência, do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), dos comitês de bacia e de usuários.
Com isso, a vazão em Santa Cecília, onde é feita a transposição do Paraíba do Sul para o sistema Guandu, chegou ao limite mínimo autorizado, de 110m³/s. Os 35m³/s restantes seguem para a foz do rio, em São João da Barra. As reduções na vazão estão sendo implantadas desde maio de 2014, quando o limite mínimo passou de 190 para 173m³/s.
De acordo com o diretor-geral do Comitê Guandu, Julio Cesar Antunes, que participa do grupo técnico, os ajustes na vazão são feitos para que não seja atingido o volume morto dos quatro reservatórios do Paraíba do Sul: Santa Branca, Paraibuna, Jaguari e Funil. Segundo ele, com essa gestão, não vai faltar água para o abastecimento até o próximo período chuvoso.
“Tivemos uma chuva em janeiro e fevereiro, então os reservatórios recuperaram um pouco. O que estamos fazendo é ser o mais conservador possível, de forma a evitar entrar no volume morto. Mas ainda temos o volume morto. Então, ainda tem um reservatório [de água]. Em São Paulo já estão utilizando o volume morto, nós estamos acima disso. Estamos gerenciando para não atingir esse volume morto até o próximo verão. Se isso [falta de chuva] continuar, aí, realmente, vai aumentando a possibilidade de entrar na mesma situação em que está São Paulo”.
Hoje, segundo os dados da agência de águas, o volume equivalente desses reservatórios está em 7,7%. Em agosto do ano passado, estaeve em 19,2% do volume útil e chegou a 0,66% em janeiro deste ano. É chamado de volume morto, o nível de água abaixo da capacidade de geração elétrica pelas usinas.
Em evento de lançamento de programas sociais com recursos da Loteria do Estado do Rio de Janeiro (Loterj), ocorrido nesta quarta-feira (26), o governador Luiz Fernando Pezão comentou a redução da captação de água. Ele disse que a possibilidade de falta d´água preocupa muito, mas que o estado está fazendo o possível para contornar o problema. Segundo ele, a Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) já economizou 1,5 trilhão de metros cúbicos de água desde o começo da crise do ano passado.
“Claro que a gente está bem atento, fizemos uma grande reunião hoje de manhã, tomando outras medidas para nos preparar e garantir o abastecimento de água para 2016. Em 2015, estamos indo bem e agora é torcer para chover. Nós nos reunimos semanalmente com a ANA, falo com a ministra Izabela [Teixeira, do Meio Ambiente] toda semana, estamos com um grande acompanhamento do nível dos reservatórios, temos um bom entendimento com o governador Geraldo Alckimin, com o governador Fernando Pimentel, nos precavendo, mudando capitação de algumas cidades, melhorando para sofrer menos e economizando água, o que é o mais importante”.
Por meio de nota, a Cedae informou que “permanecerá produzindo a quantidade de água necessária ao atendimento da população do Grande Rio dentro de todos os parâmetros determinados pela portaria 2914 do Ministério da Saúde”.
*Colaboraram Nanna Pôssa e Tâmara Freire, repórteres do Radiojornalismo
Por Akemi Nitahara, da Agência Brasil*, in EcoDebate, 27/08/2015
Está aberta a temporada de quebra de recordes na temperatura média global. Depois de 2014 bater o recorde de ano mais quente já registrado, 2015 se prepara para ser ainda mais quente. Segundo novo relatório publicado nesta segunda-feira (20) pela NOAA, a agência americana que estuda os oceanos e a atmosfera, a primeira metade de 2015 registrou a maior tempeatura desde o início das medições, há 136 anos.
De acordo com a NOAA, o primeiro semestre do ano foi 0,85ºC mais quente do que a média do século XX. Isso significa a quebra de recordes em quase todos os quesitos. 2015 é, até o momento, o ano mais quente na temperatura em terra, no mar e no Hemisfério Norte. Só fica em segundo lugar na temperatura do Hemisfério Sul - perde para 2010, que foi um ano particularmente quente por aqui.
O mapa abaixo mostra como a primeira metade do ano foi quente. Ele compara a média de 2015 com a temperatura dos ultimos 30 anos (1981 - 2010). As regiões em vermelho registraram temperatura acima da média, e as em azul, abaixo. Com exceção de algumas regiões, como o leste dos EUA, a maior parte do mundo estava mais quente.
O mês que mais se destacou no primeiro semestre do ano foi junho de 2015. O mês passado foi o mais quente já registrado globalmente. Ele registrou 0,88ºC acima da média do século XX, graças às fortesondas de calor que atingiram a Índia e o Paquistão e ao calor no Hemisfério Norte, onde é verão. Mas mesmo no Hemisfério Sul, onde é inverno, as temperaturas estão acima da média.
A NOAA separou as principais anomalias climáticas registradas em junho de 2015: temperaturas acima da média na América do Sul, Espanha, Austrália, oeste dos Estados Unidos e Austrália; seca em Ohio, nos EUA, e chuvas extremas na Turquia; e a terceira pior redução do gelo no Ártico desde o início do registro, na década de 1970. A perspectiva é que as temperaturas acimas da média continuem nos próximos meses, por conta da formação dofenômeno El Niño.
Segundo o Painel Intergovernamental de Mudanças do Clima (IPCC), não há dúvidas de que o mundo está passando por um aquecimento global, e esse aquecimento é causado pela ação humana, por atividades como a queima de combustíveis fósseis e desmatamento. No final do ano, os governos de todo o mundo devem se reunir naConferência do Clima em Paris para tentar fechar um acordo de redução de gases de efeito estufa e, desta forma, limitar o aquecimento global a apenas 2ºC. As projeções, entretanto, indicam que o mundo pode aquecer mais de 4ºC até 2100, causando eventos climáticos extremos como secas, inundações, ciclones e o aumento do nível do mar.
Finalmente o governo decidiu reduzir o número de ministérios e cortar cargos comissionados. Cortar 10 ministérios acho que está de bom tamanho. É um absurdo tanto ministério, só para atender a partidos e políticos. Os Estados Unidos tem 15 ministérios, a Itália, um dos países da Europa Ocidental com mais ministros tem 18. O México tem 19.
O problema é que Dilma vai reduzir os ministérios na pior hora, quando o governo está enfraquecido e as relações com o Congresso são as mais tumultuadas desde o início do primeiro mandato de Dilma. Os ministérios poderiam ser reduzidos no início do segundo mandato de Dilma, o clima lhe muito mais favorável no Congresso. Agora vai gerar mais crises com aliados, com o PMDB, com as correntes internas do PT. Tem que fazer, mas poderia ter sido feito antes.
O que não está de bom tamanho é o corte de cargos comissionados. O governo vai acabar com 1.000 cargos, mas tem 25.500. Para a crise que estamos enfrentando, com a necessidade de redução dos gastos públicos, deveriam ser cortados mais cargos comissionados. Mas aí o PT iria espernear.
FONTE BLOG DO GAROTINHO
quarta-feira, 26 de agosto de 2015
CEMPRE APRESENTA SISTEMA BRASILEIRO A PAÍSES DOS BÁLCÃS
Mais uma vez, o modelo de coleta seletiva com inclusão de catadores organizados em cooperativas está servindo de exemplo para outros países que se veem diante da necessidade de introduzir esses trabalhadores em seus sistemas. Foi para compartilhar a experiência brasileira que o Cempre esteve presente, a convite da organização turca Cevko, no “Workshop Internacional e Seminário sobre Implementações de EPR e Impacto dos Catadores de Rua na Coleta Seletiva”, realizado em maio, em Istambul, na Turquia.
Participaram do encontro representantes da Albânia, Bósnia-Herzegovina, Bulgária, Croácia, Macedônia, Grécia, Kosovo, Montenegro, Romênia, Sérvia, Eslovênia e Turquia. Em comum, eles têm que lidar com a crescente influência dos catadores e sucateiros na cadeia de reciclagem, tornando necessária a revisão do modelo adotado na região. As organizações responsáveis pelo planejamento e apoio a projetos de coleta seletiva e reciclagem (licenciadas pelo Green Dot como a Cevko e a Ecopack) enfrentam, no momento, o desafio de incorporar esses setores às suas ações, uma vez que eles têm reduzido a quantidade de material recolhido pelas estruturas oficiais.
“É notável que o modelo atualmente adotado nos países europeus não se sustenta e a inclusão dos catadores é uma tendência irreversível nos Bálcãs. O impacto da atividade desses trabalhadores reduziu a importância das estruturas de coleta tradicionais que não conseguem mais alcançar as metas quantitativas estabelecidas”, analisa André Vilhena, diretor do Cempre. Após sua apresentação, Vilhena esclareceu dúvidas dos participantes sobre a legislação brasileira e o conceito de responsabilidade compartilhada, a inclusão dos catadores na cadeia formal de reciclagem, os tipos de investimentos feitos pelas empresas nas cooperativas de catadores a fim de cumprir seu papel na responsabilidade compartilhada e como medir a efetividade do sistema, entre outros aspectos.
“A experiência do Brasil merece ser avaliada em nossas discussões na Turquia sobre como integrar esses trabalhadores ao sistema formal de gerenciamento de coleta de embalagens pós-consumo.”
Mete Imer, secretário-geral da Cevko
Segundo Mete Imer, secretário-geral da Cevko, “as maiores contribuições do modelo brasileiro estão ligadas ao aspecto social, sobretudo no que diz respeito à segurança social, capacitação, utilização de equipamentos de proteção individual e à esperança e ao otimismo dados aos catadores que passam a se sentir efetivamente parte do sistema”. Na avaliação de Imer, o encontro permitiu colocar a questão dos catadores em evidência.
“Registramos as opiniões de diferentes organizações da região, incluindo a Turquia, ouvimos autoridades e associações locais turcas e tivemos a oportunidade de analisar o exemplo brasileiro. Chegamos à conclusão que a situação dos catadores nos países dos Bálcãs é prejudicial para as atuais práticas de gestão de resíduos de embalagens, estabelecidos de acordo com a legislação europeia. No entanto, cada país deve encontrar uma solução para o problema, considerando suas condições locais. Como participantes do seminário, vamos continuar a colaborar e trocar experiências.”
Para saber mais: https://twitter.com/cemprebr / http://www.cevko.org.tr/
Fonte:CEMPRE
Acordo para plano de ação global para estudo climático nas regiões polares é finalizado, diz ONU
Publicado em 20/07/2015
“Avanços na previsão polar vão levar a melhorias na previsão do tempo, previsões climáticas e melhores serviços para aqueles que vivem e trabalham nestas latitudes mais elevadas”, disse o presidente da OMM.
Vista da borda de gelo polar em 2009. Foto: ONU/ Mark Garten (arquivo)
Um plano de ação internacional para melhorar as previsões das condições meteorológicas, do clima e do gelo nas regiões polares foi acordado em um esforço para minimizar os riscos e maximizar as oportunidades associadas com as mudanças rápidas nos ambientes do Ártico e da Antártida, de acordo com a Organização Meteorológica Mundial das Nações Unidas (OMM).
“Avanços na previsão polar vão levar a melhorias na previsão do tempo, previsões climáticas e, finalmente, melhores serviços para aqueles que vivem e trabalham nestas latitudes mais elevadas, assim como aqueles que vivem nas regiões de menor latitude”, disse o presidente da OMM, David Grimes, em um comunicado de imprensa divulgado nesta quinta-feira (16).
A conferência realizada em Genebra, entre 13 e 15 de julho, que reuniu e centros de previsão e operação do clima, especialistas em meio ambiente, pesquisadores, agências de financiamento e setores do transporte marítimo e turísticos, finalizou os planos para o chamado Ano de Previsão Polar. O projeto ocorrerá entre meados de 2017 e 2019, a fim de cobrir um ano inteiro, tanto no Ártico e na Antártida, e procurará acelerar e consolidar a pesquisa, observação, modelagem, atividades de verificação e educacionais como parte de um Projeto de Previsão Polar mais amplo.
Há um interesse crescente nas regiões polares, alimentado por preocupações sobre o ritmo acelerado das mudanças climáticas, disse a OMM. O Ártico está aquecendo mais ou menos o dobro da taxa média global, com consequentes reduções de gelo e da camada de neve e derretimento das geleiras e do pergelissolo – camadas de gelo permanente encontradas no subsolo. O impacto desta não se limita ao Ártico, mas é sentida em outras partes do globo – como no aumento do nível do mar e na alteração dos padrões de tempo e clima.
Japonesa NEC instala sistema integrado de monitoramento no TMult do Porto do Açu
A empresa NEC está instalando no Terminal Multicargas (TMult) do Porto do Açu, circuito fechado de monitoramento por TV (CFTV), com 58 câmeras, controle de acesso, além de rede wireless em ambiente externo que deverá estar funcionando até outubro próximo.
A Prumo, controladora do Porto do Açu informa que prepara o TMult que possui dois berços instalados em 500 metros de cais, para movimentar quatro milhões de toneladas por ano (entre granéis sólidos e carga geral).
Pelo projeto do TMult com profundidade de 14,5 metros irá operar movimentação de contêineres e veículos (roll on - roll off). Dependendo das negociações para a sua operação, o TMult tem possibilidade de expansão para 1.200 metros de cais.
A expansão do TMult está vinculada ao acesso ferroviário que depende de licitação da ANTT e construção do trecho Rio-Vitória, passando no Porto do Açu, que não ficará pronto antes de 2023.
terça-feira, 25 de agosto de 2015
Instituições financeiras anunciam US$ 400 bilhões para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
Publicado em /07/2015
O valor será financiado pelos bancos multilaterais de desenvolvimento e o FMI ao longo dos próximos três anos, buscando alcançar o desafio dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
Proteger o meio ambiente, reduzir a fome e a pobreza no mundo são alguns dos objetivos de desenvolvimento sustentável: Foto: ONU
Os bancos multilaterais de desenvolvimento (MDBs) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) sinalizaram nesta sexta-feira (10) planos para estender para 400 bilhões de dólares o financiamento ao longo dos próximos três anos. As entidades prometeram ainda trabalhar mais estreitamente com os parceiros dos setores público e privado para ajudar a mobilizar os recursos necessários para enfrentar o desafio histórico de alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs).
O anúncio veio às vésperas da Terceira Conferência Internacional sobre o Financiamento do Desenvolvimento, em Addis Abeba, que terminará na próxima quinta-feira (16). O financiamento do desenvolvimento dos MDBs cresceu de 50 bilhões em 2001 para 127 bilhões de dólares em 2015. Para cada dólar investido por seus acionistas, os MDBs são capazes de aplicar entre dois e cinco dólares em novos financiamentos a cada ano. O voto para aumentar a sua contribuição para mais de 400 bilhões de dólares ao longo dos próximos três anos reflete os esforços para tornar ainda melhor a utilização de seus balanços.
Satisfazer as necessidades espantosas, mas alcançáveis da agenda de ODSs requer que todos possam fazer o melhor uso de cada dólar de cada fonte, e atrair e aumentar o investimento público e privado. A assistência oficial ao desenvolvimento, estimada em 135 bilhões de dólares por ano, fornece uma fonte fundamental de financiamento, especialmente nos países mais pobres e mais frágeis. Entretanto, as necessidades de investimento em infraestrutura por si só chegam a 1,5 trilhão de dólares por ano em países emergentes e em desenvolvimento.
“Temos de jogar fora os estereótipos de ajuda e pensar sobre o desenvolvimento de forma diferente. Trata-se da criação de oportunidades para todos, dando às pessoas uma chance igual para ter sucesso na vida, e preparar o mundo para lidar com os desafios da mudança climática e da próxima pandemia. Precisamos de trilhões, não bilhões, de dólares para atingir esses objetivos, e o dinheiro vai vir de várias fontes”, disse o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim. “Esses investimentos em pessoas irão ajudar a acabar com a pobreza extrema em apenas 15 anos”.
segunda-feira, 24 de agosto de 2015
A ciência contra a fome
Não vai ser fácil alimentar 10 bilhões de pessoas. Mas, apertando um pouco e pesquisando muito, a gente pode chegar lá
PORRedação Super Daniel Azevedo
Para alimentar mais alguns bilhões de terráqueos, o lema entre cientistas e empresas é: produzir mais com menos. Para começar, é possível verticalizar a produção. Estamos falando de pilhas de miniestufas, prédios-horta que ocupariam muito menos área territorial para produzir muitas variedades de verduras e hortaliças. Em cada andar dessas estruturas poderia se criar um ambiente controlado, permitindo desenvolver todo o potencial genético das culturas e mais colheitas por ano.
Com o clima e manejo perfeitos, é possível triplicar a produtividade de rúcula, quadruplicar a de pimentão. Com tomates, a performance vai de 9 kg/m² para 80 kg/m², 800% de aumento. Uma verdadeira "fábrica" de hortifrútis. A técnica é muito cara para culturas que exigem maior escala, como grãos; ainda assim, pesquisadores brasileiros colheram 15 toneladas de trigo em um hectare (10 mil m2) controlado, quando a média é de apenas duas toneladas. Outra solução nesse sentido é a hidroponia, em que o vegetal é "plantado" em uma solução nutritiva de água e sais minerais num ambiente fechado. (Quando a solução é vaporizada, chama-se aeroponia.) A absorção de nutrientes é facilitada, as plantas crescem 50% mais rápido e costumam ter o dobro de volume - 4 m² podem render 30 pés de alface por mês. No Japão, a técnica já é utilizada para produzir vegetais até no subsolo de restaurantes. No futuro, se cada condomínio tivesse uma horta hidropônica, além de legumes e verduras fresquinhos, reduziríamos o trânsito, a poluição e abriríamos "espaço" para outras culturas no campo.
O prédio também pode ter inquilinos animais. Isso porque muitas pesquisas indicam que o gado e as aves se desenvolvem melhor quando suas "condições de vida" são mais confortáveis. O exemplo literal de mais com menos é a produção moderna de peixes. As tilápias em aquários chegam a ganhar 1 kg vivo com apenas 760 gramas de ração. A explicação é que elas também comem algas microscópicas que surgem espontaneamente nos reservatórios.
Por falar em algas, seu potencial de crescimento impressiona: pesquisadores de uma empresa brasileira conseguiram gerar 20 toneladas de matéria seca a partir de apenas 150 ml da alga Chlorella em nove dias. Verdade que, por enquanto, algas são mais usadas para produzir biocombustíveis, o que, de certa maneira, já é bom para liberar espaço para lavouras.
Mas nada supera o aproveitamento do que a ONU classificou como "uma excelente alternativa para alimentação da humanidade", "rica em nutrientes, barata, ecológica e deliciosa": insetos. Com técnicas apropriadas, traças, besouros e gafanhotos poderiam ser produzidos em casa, em recipientes de até 1 kg, garantindo 10% da dieta. Antes de virar a cara, saiba que estamos falando só do filé, o 1% comestível do conjunto de 1,5 milhão de espécies.
Genes contra a fome
As fundações dos edifícios-fazenda do futuro estão surgindo nos laboratórios de hoje. A seleção genética é uma velha aliada, permitindo que animais gerem mais carne com menos ração. Exemplo: em 1970, para engordar 1 kg, um suíno precisava comer 4 kg; hoje, precisa comer 2 kg; até 2030, será apenas 1,6 kg. Tudo isso pela escolha dos exemplares com melhores genes, sem qualquer hormônio. Na agricultura, especialistas calculam que a genética contribuiu com 2/3 do aumento de produtividade que as lavouras tiveram nos últimos 50 anos, a chamada Revolução Verde. (O resto se deve à evolução do manejo e dos melhores defensivos.) Até 2050, ela deve permitir mais 1/3 de produtividade, e até quadruplicar culturas cruciais como trigo ou cana.
Também já se investe muito em nutrigenômica, a interação entre a nutrição e os genes. Funciona assim: técnicas de mapeamento em nível molecular identificam os genes de interesse comercial que estão "desligados" e, a partir dos nutrientes certos, eles são ativados. Os animais alcançam o peso ideal comendo 20% menos ração - produzida com 75% menos minerais. Isso melhora a quantidade e a qualidade da carne produzid.
A próxima aposta é a nanotecnologia, que poderia ser uma alternativa aos transgênicos. Em vez de inserir um gene exótico na planta, a técnica permitiria "colar" nanopartículas no DNA sem alterá-lo. Isso possibilitará enriquecer os alimentos com vitaminas e outros nutrientes. Além disso, reduziria o uso de defensivos agrícolas - com um combate muito mais eficiente a doenças e pragas. Essas intervenções em nível atômico trariam benefícios na produtividade em geral, na minimização de perdas e na redução do impacto ambiental.
Cultivo controlado urbano. Novas técnicas de produção. Modificação em laboratório. Insetos e algas no cardápio. São avanços que podem resolver o problema de alimentação do mundo, mas que também podem trazer consequências inesperadas. A Revolução Verde deixou um legado de danos ambientais, exagero no uso dos agrotóxicos e modelos de produção que estão se esgotando. Da mesma forma, esta nova revolução também pode trazer obstáculos inesperados. Faz sentido trazer produção a agrícola e pecuária para metrópoles onde a falta de água já é um risco real? Soluções odem trazer novos problemas.
Mas, com ou sem edifícios-horta, uma solução é necessária. Ou vai faltar comida no prato.
Avanços no prato
Nutrigenômica
Alimentos que ligam genes bons aumentam a produção pecuária.
Bem-estar animal
Pesquisas mostram que rebanhos bem cuidados rendem mais.
Concentração de CO²
Há provas de que ele turbina lavouras. Ponto para fazendas urbanas.
Nanotecnologia
Partículas que deixam a planta imune a doenças e pragas.
Sem desperdício
Otimizar o processo é chave: hoje, 1/3 dos alimentos vai para o lixo.
Condomínio fazenda
Verticalizar a produção de comida já é possível. No futuro, deve ser comum
Cobertura
Ambientes controlados
No Japão, restaurantes e famílias já têm suas próprias hortas hidropônicas - às vezes até no subsolo. A produção controlada de cereais é mais cara, mas pesquisadores brasileiros já testaram a técnica em um hectare de trigo e conseguiram quintuplicar sua produtividade.
3º andar
Algas
Elas são excelentes fontes de proteína e algumas espécies são capazes de quadruplicar sua biomassa a cada dia. Só isso seria motivo para imaginá-las cada vez mais presentes no cardápio humano.
2º andar
Insetos
A ONU recomenda. Um recipiente de 1 kg é o suficiente para garantir 10% da dieta de uma família. Além do alto índice de proteína (barata, 60%, boi, 28%), são ecológicos: com a mesma ração de um bovino, geram oito vezes mais comida.
1º andar
Fábrica hortifrúti
O gerenciamento do clima e o manejo científico da horta geram um crescimento exponencial da produção de alimentos como tomate, rúcula, pimentão e pepino. Térreo
Peixes e pecuária
Na piscicultura, os peixes ganham mais peso do que comem - beliscam microalgas que se formam nos tanques. E a criação moderna de gado e aves alia espaços pequenos com bem-estar animal.
Subsolo
Aves e Suínos
Melhorar as "condições de vida" aumenta a produtividade. Porcos ganham massageadores e brinquedos, e aves ganham mais espaço e ar-condicionado.