quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Governo do Rio garante cumprir a meta de tratar 80% do esgoto que migra para a Baía de Guanabara

Governo do Rio garante cumprir a meta de tratar 80% do esgoto que migra para a Baía de Guanabara

Publicado em janeiro 30, 2015 por 


Compromisso de sanear pelo menos 80% da Baía de Guanabara, onde serão disputadas local de algumas provas dos Jogos Olímpicos, será cumprido, diz Casa Civil. Foto: Arquivo/Agência Brasil

O secretário estadual da Casa Civil, Leonardo Espíndola, afirmou ontem (29) que o Rio de Janeiro cumprirá o compromisso com o Comitê Olímpico Internacional, de sanear 80% da Baía de Guanabara até a disputa dos Jogos, no próximo ano. De acordo com o secretário, o acordo não prevê a “limpeza” de 80% da baía, mas o tratamento de 80% do esgoto que é despejado nela.
“O compromisso olímpico está mantido. Hoje, já tratamos 50% do esgoto da baía. Ainda falta a entrega dos troncos coletores do Faria Timbó e da Cidade Nova. Antes dos Jogos Olímpicos de 2016, pretendemos cumprir a meta de tratar 80% do esgoto que migra para a baía, o que é completamente diferente de tratar 80% da Baía de Guanabara”, disse.
Segundo ele, para o teste de iatismo, feito no fim do ano passado, as raias do evento já mostravam condições de balneabilidade aceitáveis para esse tipo de competição.
“Estamos absolutamente tranquilos. Assim como foi no teste, teremos plenas condições nas raias em 2016. A competição de vela será realizada em um cenário maravilhoso, com perfeitas condições para que os atletas consigam desempenhar suas capacidades”, salientou Espíndola.
Além do tratamento de esgoto, está previsto o uso de ecobarreiras nos rios, para reter resíduos sólidos antes que eles cheguem à Baía de Guanabara, e de ecobarcos, para recolher o lixo flutuante que atingir o corpo d’água.
O secretário garantiu que a Linha 4 do metrô, ligando a zona sul à Barra da Tijuca, será concluída em 2016. Ele acrescentou que estão mantidos os compromissos e prazos de entrega das obras de modernização do Parque Aquático Julio Delamare e de instalação de quadras de aquecimento do ginásio do Maracanãzinho.
As duas obras eram de responsabilidade do governo estadual, na Matriz de Responsabilidade dos Jogos, mas foram repassadas ao Consórcio Maracanã, concessionária que administra o complexo esportivo. Conforme Espíndola, a Odebrecht, principal empresa do consórcio, pediu reequilíbrio financeiro do contrato, mas isso não afetará o andamento das obras.
Por Vitor Abdala, da Agência Brasil.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015


Reprodução do Informe do Dia
Reprodução do Informe do Dia


Fico impressionado como Pezão está fora da realidade. Num momento de crise como o que o Estado do Rio vive, sem dinheiro até para a merenda das crianças, Pezão passou a semana tentando arrumar dinheiro para as escolas de samba. Aliás, Pezão fez tudo errado em relação ao carnaval. Na campanha prometeu ao pessoal do samba que iria reajustar a cota de patrocínio do Estado sabendo que não iria ter dinheiro. E só avisou as escolas de samba que não teria como pagar quando faltavam três semanas para o carnaval. 


FONTE  BLOG DO GAROTINHO

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Vida marinha está à beira da extinção em massa

Vida marinha está à beira da extinção em massa

Gabriel Garcia - INFO Online - 19/01/2015

Wikimedia Commons















Um grupo de cientistas concluiu que os humanos estão prestes a causar um dano sem precedentes aos oceanos e os animais que vivem neles.

"Podemos estar sentados à beira do precipício de uma grande extinção", afirmou Douglas McCauley, ecologista da Universidade da Califórnia e autor do estudo, publicado na revista Science na quinta-feira (15).

Segundo McCauley, ainda há tempo para evitar uma catástrofe maior. Isso porque, comparados com os continentes, os oceanos estão quase intactos.

"Os impactos estão aumentando, mas não estão tão graves a ponto de não podermos reverte-los", afirmou Martin Pinsky, biólogo marinho da universidade Rutgers e coautor do estudo.

A pesquisa de McCauley e Pinsky é sem precedentes, pois cruzou dados de diversas fontes, desde relatórios sobre a exploração de combustíveis fosseis até estatísticas sobre remessas de containers, pesca e mineração oceânica.

Os cientistas detectaram sinais claros que os seres humanos afetaram os oceanos e a vida marinha de forma grave.

Enquanto algumas espécies sofrem com a superpopulação, outras estão ameaçadas de extinção, devido a destruição seus habitats naturais, geralmente causada pela intervenção humana.

A população de recifes de corais, por exemplo, diminuiu 40% no século passado, principalmente pelas consequências do aquecimento global.

Algumas espécies de peixes estão migrando para águas mais frias. Outras espécies, com a locomoção reduzida, não irão conseguir encontrar novos lares.

Ao mesmo tempo, as emissões de gases do efeito estufa estão alterando a química da água do mar, tornando-a mais ácida.

Ainda assim, a pesquisa afirma que há tempo para reduzir os estragos, com a implantação de programas que limitem a exploração dos oceanos.

Os autores alegam que a limitação da industrialização dos oceanos em algumas regiões permitiria que espécies ameaçadas migrassem para outras partes ainda preservadas.

"Acredito que nosso melhor parceiro para salvar o oceano é ele próprio", afirma McCauley.

Construindo outro mundo tijolo por tijolo: cidades buscam a sustentabilidade

Construindo outro mundo tijolo por tijolo: cidades buscam a sustentabilidade

Por Stephen Leahy, do IPS (Inter Press Service)
Uma tarde de 2005, no povoado de Ashton Hayes, no condado inglês de Cheshire, alguém iniciou uma conversa em um bar sobre a mudança climática e a energia. Dois anos depois, moradores do lugar haviam reduzido em 20% suas emissões de dióxido de carbono e os custos energéticos. Ashton Hayes agora procura se converter na primeira comunidade neutra em carbono da Inglaterra.
“A gente sabe bem que são necessárias grandes transformações diante da mudança climática e do esgotamento de recursos”, afirmou Rob Hopkins, um dos fundadores do movimento Transition Towns, que reúne os moradores preocupados em melhorar as ruas e os bairros. “Comecei com amigos e vizinhos, perguntando o que podemos fazer como pessoas comuns, sabendo que nossos governos não resolverão?”, contou à IPS.
Diante de um problema crescente de lixo, os moradores da comunidade sul-africana de Greyton processaram os dejetos e os colocaram em garrafas de plástico para fabricar “ecotijolos”, um bom material de construção com alta capacidade de isolamento, que agora é usado para construir banheiros.
Em Portugal, onde o desemprego supera os 20% da população economicamente ativa e os salários se deterioram, o movimento lançou iniciativas para limitar a circulação de dinheiro. Em uma pequena localidade foi proibido o uso de moedas e notas durante três dias, e os moradores trocaram bens e serviços.
“Podemos fazer com que funcione”, disse Hopkins, autor do livro Power of Just Doing Stuff – How Local Action Can Change The World (O poder de simplesmente fazer algo – Como a ação local pode mudar o mundo). Agora há mais de mil comunidades envolvidas no Transition Towns, movimento voluntário e sem fins lucrativos. Estas inventam suas próprias formas de reduzir a dependência dos combustíveis fósseis, enquanto aumentam sua capacidade de resistência e sua autossuficiência em alimentação, água, energia, cultura e bem-estar.
Segundo um informe de 200 páginas do Grupo Intergovernamental de Especialistas sobre a Mudança Climática (IPCC), divulgado no dia 30 de setembro, as temperaturas registradas no hemisfério Norte, entre 1983 e 2012, foram as mais altas dos últimos 1.400 anos. O informe, redigido de forma muito cautelosa, detalha os últimos impactos observados, como as mudanças nas precipitações e os eventos climáticos extremos. Também confirma que esses e outros efeitos se agravarão conforme aumentarem as emissões de dióxido de carbono.
“As cidades têm o papel mais importante nos esforços por uma emissão zero”, destacou George Ferguson, prefeito da localidade britânica de Bristol, com meio milhão de habitantes. “Bristol dá ênfase no transporte a pé e de bicicleta, e planejamos duplicar ou triplicar a cobertura florestal. Queremos melhorar a qualidade do ar e a saúde dos residentes”, disse Ferguson à IPS.
Esta cidade, uma das primeiras a integrar o movimento Transition Towns, é um laboratório vivo para ideias e experimentos destinados a criar uma “ecocidade” para todos, destacou Ferguson. Entre três e cinco horas da tarde está proibida toda circulação de automóveis. Isso permite que as ruas fiquem livres e sejam usadas como lugar para brincadeiras por meninos e meninas.
Bristol também é um exemplo na Grã-Bretanha em matéria de reciclagem, e prevê criar uma companhia municipal de energia sustentável. A partir do próximo ano, as crianças aprenderão ecologia nas escolas, que ensinarão a plantar árvores em seus bairros como parte de um esforço anual para aumentar os espaços verdes da cidade. “Creio que as crianças ensinarão seus pais importantes lições ecológicas”, afirmou Ferguson, que recebe todo seu salário em moeda alternativa da cidade, chamada libra Bristol, e que só pode ser gasta no comércio local. “Minha bicicleta, minhas calças, minha comida e o barbeiro, pago tudo com a libra Bristol”, contou.
Há mais de 400 moedas alternativas em uso em todo o mundo, e o número cresce rapidamente em resposta à globalização e ao domínio corporativo. Embora os moradores possam pagar inclusive seus impostos em libras Bristol, as grandes redes de supermercados não as aceitam, explicou o prefeito. Neste verão boreal, Bristol foi premiada por seus esforços, ao ser designada a Capital Verde da Europa 2015, a primeira cidade britânica a obter esse reconhecimento. “O que fazemos pode ser aplicado em milhares de cidades e localidades, e nos divertimos muito fazendo isso”, afirmou Ferguson.
Saint-Gilles-Du-Mene é um povoado rural na região francesa da Bretanha, que decidiu se reinventar como uma comunidade produtora de energia. Hoje, utilizando biomassa, biodigestores, fontes eólicas e solares, além de sistemas melhorados para isolamento das casas, produz 30% de sua própria energia. Os moradores esperam que até 2025 possam vendê-la também a outras comunidades.
“Nossa transformação energética criou novos empregos e sinergias. Temos uma nova instalação para realizar videoconferências e produzimos nosso próprio biodiesel para os tratores agrícolas”, detalhou Celine Bilsson, da Comissão de Energias Renováveis do povoado. Ela acrescentou que sua localidade se inspirou no exemplo de Güssing, povoado austríaco outrora pobre que foi o primeiro da Europa a utilizar completamente energia renovável, no final da década de 1990.
Güssing reduziu seu gasto energético em 50% graças à melhoria da eficiência, e agora ganha milhões de euros vendendo energia renovável para outras comunidades. “Não perdemos tempo fazendo estudos. Simplesmente reagimos. Vocês devem fazer o mesmo”, aconselhou Bilsson.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Quando as estruturas pedem reforços

Quando as estruturas pedem reforçosLiana John - 05/09/2013 às 18:08

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Se metais, minerais e polímeros convencionais não dão conta de garantir o desempenho esperado em estruturas de pontes, viadutos ou edificações, é hora de a Engenharia Civil se render à flexibilidade e à resistência das fibras naturaisPiaçava,curauálicuri são algumas das espécies nativas adotadas como reforço de vigas, painéis e placas, em compósitos estruturais. E, com certeza existem muitas outras opções nas matas, cerrados e campos do Brasil, prontas para serem testadas.
Compósito, vale detalhar, é um material com dois ou mais componentes diferentes, cujas características e propriedades são combinadas. A madeira já é um compósito feito pela natureza, com celulose (o componente mais flexível) mais lignina (o componente mais durável). E a madeira também pode ser parte de um compósito reforçado pelo homem com fibras naturais, como o curauá (Ananas erectifolius), originário da Amazônia e cultivado no Pará, e o sisal (Agave sisalana) proveniente do México e cultivado no Nordeste.
“Estudamos as fibras naturais como reforço em tábuas para vigas de grandes dimensões, quando é preciso fazer emendas para chegar ao comprimento desejado, caso das estruturas de pontes ou de telhados”, exemplifica o engenheiro civil e doutor em Engenharia de Estruturas, Antonio Alves Dias, da Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (EESC/USP). Ele orientou um aluno de Iniciação Científica e um mestrado sobre esse tema.
“Os compósitos com fibras naturais poderiam ser usados inclusive para reforçar estruturas que necessitam de reparos ou restauração, em substituição à fibra de vidroou à fibra de carbono”, acrescenta. A dificuldade atual, segundo o pesquisador, é conseguir encontrar mantas de fibras naturais prontas para aplicação, como acontece com os compósitos sintéticos. A questão, aí, é desenvolver esse mercado. Sobretudo no caso do curauá: apesar de a fibra ser considerada de excelente qualidade, sua exploração envolve uma logística complexa e custosa a ser negociada entre alguns poucos e pequenos produtores da Amazônia e a grande demanda de potenciais fabricantes do Centro-Sul.
Quando a fibra natural adicionada ao compósito é a piaçava (Attalea funifera), no entanto, a história é um pouco diferente. A fibra de piaçava é extraída de uma palmeira capaz de produzir em solos de baixa fertilidade, considerados impróprios para outras culturas. No Brasil, mais de 90% das plantações estão situadas na Bahia, embora ainda exista um pequeno porcentual procedente de reservas extrativistas amazônicas. Cada palmeira rende até 10 kg de fibra por ano, durante 20 anos. A maior parte da produção era destinada a fábricas de vassouras, que agora são feitas de plástico. Assim, há disponibilidade de matéria prima e possibilidade de adaptar o sistema de produção para novas aplicações.
A fibra de piaçava não é tão boa quanto o sisal e o curauá nas emendas de vigas de madeira, conforme a avaliação de Antonio Alves Dias, porém se presta muito bem a servir de reforço para matrizes poliméricas, garantindo a necessária resistência mecânica e, ao mesmo tempo, bastante flexibilidade na composição do material. Isso faz toda a diferença em projetos com requisitos específicos, de acordo com as pesquisas realizadas por uma equipe da Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF), liderada pelo engenheiro metalúrgico e doutor em Ciência e Engenharia dos Materiais, Sérgio Neves Monteiro.
Ao testar compósitos à base de poliéster com as fibras de piaçava dispostas de modo longitudinal, os pesquisadores da UENF observaram uma tensão de ruptura maior do que a de materiais semelhantes, feitos com bagaço de cana-de-açúcar, ou mesmo maior do que compensados e aglomerados de madeira. Ou seja, é possível fabricar estruturas mais resistentes quando se tem a piaçava como reforço. E há vantagens extras como o comprimento das fibras, de até 4 metros, e o potencial para aproveitar até resíduos industriais de piaçava.
Outra fibra eleita para reforçar estruturas é a das folhas da palmeira licuri (Syagrus coronata), estudada pela engenheira mecânica com doutorado em Ciência e Engenharia de Materiais, Mirtânia Antunes Leão, do Instituto Federal da Bahia (IFBA). Abundante no semiárido nordestino, essa palmeira produz um coquinho que sustenta a ararinha-azul-de-lear e fornece óleo comestível. Suas fibras têm alto teor de lignina e, portanto, o reforço em compósitos poliméricos confere firmeza e rigidez estrutural, além de ter boa durabilidade.
Uma dificuldade a ser contornada é o alto teor de cera que impregna naturalmente a fibra de licuri e atrapalha a adesão da fibra à base. Mas isso pode ser superado com tratamentos químicos ou com o uso de resinas termoplásticas, entre outras soluções. Em sua tese de doutorado, defendida em março de 2013, Mirtânia testou também oenvelhecimento ambiental do compósito feito com licuri, simulando a exposição a raios ultravioleta, umidade e variações de temperatura. “A fibra do licuri comportou-se muito bem, com resultados superiores aos das fibras de curauá e juta”, diz a pesquisadora, acrescentando que o material ainda ficou muito bonito, com uma textura apropriada até para uso como portas de armário, divisórias ou outras peças aparentes.
Ainda faltam mais pesquisas para colocar estas e outras fibras naturais em uso. Mas já dá para vislumbrar a perspectiva de desenvolver diversos materiais para reforçar estruturas na construção civil e até para a decoração de interiores!
Foto: Liana John (palmeiras nativas, Traipu de Fora, BA)

Declínio no número de abelhas traria desnutrição a nações pobres

Declínio no número de abelhas traria desnutrição a nações pobres

Espécies polinizadoras respondem por até 40% da oferta de nutrientes em todo o mundo

por José Eduardo Mendonça, do blog Planeta Urgente - Planeta Sustentável
     
Inlovepai/iStock/Thinkstock

Abelha

Um novo estudo mostra que metade das pessoas em alguns países em desenvolvimento podem estar em risco de desnutrição se continuar o declínio de espécies polinizadoras, como as abelhas.
Apesar do saber popular de que elas são cruciais para a nutrição humana, nenhum trabalho científico tinha provado isto até agora. O estudo, das universidades de Vermont e Harvard, ligou pela primeira vez o que as pessoas realmente comem em quatro países em desenvolvimento com as necessidades de polinizadores para as plantas que lhes fornecem alimentação e nutrientes.
“A resposta é: o declínio de polinizadores realmente importa para a saúde humana, e os números são alarmantes no caso de deficiência de vitamina A, por exemplo”, afirma Taylor Ricketts, de Vermont, e co-autor do estudo. Estas espécies respondem por até 40% da oferta de nutrientes em todo o mundo.
A pesquisa revela que em algumas populações, como partes de Moçambique estudadas – onde crianças e mães mal tem chance de conseguir os micronutrientes necessários, como a vitamina A– o desaparecimento pode levar 56% das pessoas a uma situação de desnutrição.
De novo no caso da vitamina A, segundo o trabalho publicado no Plos One, sua falta pode levar a cegueira e maiores taxas de mortalidade por doenças já disseminadas em países pobres, em especial a malária. A “fome oculta“, dizem os cientistas, afeta no momento mais de 25% da população mundial.
Ricketts argumenta que, com os resultados produzidos por sua equipe, deve-se agora considerar medidas de proteção dos polinizadores como uma questão internacional de interesse humano, e não apenas parainsetos e amantes da natureza. “Os danos ao ecossistema causam danos à saúde”, afirmou ele, de acordo com a Nature World News.

Florestas urbanas ajudam a salvar vidas

Florestas urbanas ajudam a salvar vidas

Cientistas constatam que árvores auxiliam no controle das pequenas partículas de poluição que ocasionam doenças graves.

Entorno da Reserva Biológica Tamboré. Foto: Instituto Brookfield.
Amanhã, dia 17, comemora-se o Dia de Proteção às Florestas e não faltam motivos para incentivarmos a preservação. Com elas, temos: a estabilização e a melhoria do clima; contribuição para a saúde; benefícios econômicos e sociais, além de toda a beleza. Agora você terá mais um motivo para amar ainda mais o verde: as florestasajudam a salvar vidas.
Segundo um estudo feito por cientistas doServiço Florestal dos Estados Unidos e o Instituto Davey sobre o impacto das florestas urbanas nas grandes cidades, as árvores podem salvar uma vida a cada ano e reduzir a poluição local.
Os cientistas constataram que as árvores auxiliam no controle das pequenas partículas de poluição que ocasionam doenças graves, como: problemas cardíacos, inflamações; problemas no pulmão e até mesmo morte prematura. A amostra da pesquisa contou com dez cidades americanas: Baltimore, Chicago, Nova York, São Francisco, Filadélfia, Atlanta, Syracuse, Los Angeles, Minneapolis e Filadélfia.

Central Park, em Nova York. Foto: Getty Images.
Nova York foi o lugar que apresentou melhores resultados na relação entre florestas urbanas e qualidade de vida. Nesta cidade, as árvores são responsáveis por salvarem até oito pessoas por ano. Na Filadélfia, a redução da mortalidade em consequência das árvores plantadas na cidade a partir do ano de 2011 permitiu uma economia financeira de US$ 9, 7 milhões.
Você sabia?
Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que todo município ofereça o mínimo de 12 metros quadrados de área verde por habitante para manter a boa qualidade de vida de cada indivíduo.

domingo, 8 de fevereiro de 2015


O mar volta a jogar água na avenida Atlântica na praia do Açu

fonte blog do Roberto Moraes
Quem informa é o morador, técnico e pequeno empresário Denis Toledo que diz: "Dessa vez, foi na área de shows. Perto da rua que vai pra escola municipal Chrisanto Henrique de Sousa".

O problema e as ameaças continuam. Atribuir o problema unicamente à natureza é grave:































COMENTÁRIO DO BLOGUEIRO ZACARIAS:

Assustei-me muito com o grande avanço do mar também em Guaxidinba , que pude constatar na semana passada.

sábado, 7 de fevereiro de 2015

O que é que a mandioca tem

O que é que a mandioca tem

Barata, resistente, nutritiva e cheia de carboidratos especiais, ela foi eleita pela Organização das Nações Unidas o alimento do século 21. Conheça as vantagens dessa raiz que brota de norte a sul no Brasil



Na mesa do homem mais veloz do mundo não falta... mandioca. Ela é a principal fonte de energia do jamaicano Usain Bolt, segundo revelou seu pai durante as Olimpíadas de Pequim em 2008, após o filho bater o recorde mundial dos 100 metros rasos. E faz sentido: essa raiz tem dois tipos de carboidrato, a amilopectina e a amilose, que, juntos, liberam a glicose mais lentamente para o corpo. Isso facilita a digestão, evita picos de açúcar no sangue e dá gás de sobra para o dia a dia.

Mas não é preciso ser medalhista para tirar proveito do alimento que já foi batizado de a "rainha do Brasil". Tanto é que a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) vem endossando sua produção e seu consumo mundo afora. A entidade quer acabar com o status de "comida de pobre" e utilizá-la inclusive para combater a fome. "Infelizmente, a mandioca tem uma riqueza pouco conhecida", diz o engenheiro agrônomo Joselito Motta, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, a Embrapa.

Fonte de fibras e isenta de glúten - qualidade que a faz não pesar tanto na digestão -, a raiz carrega versatilidade no nome, nas condições de plantio e nas formas de preparo. Dependendo da região, é chamada de aipim, macaxeira, maniva, uaipi ou xagala. Não há tempo ou terra ruim pra ela. "A mandioca é um camelo vegetal", brinca Motta, fazendo referência ao fato de que a planta cresce em solos pobres e resiste a períodos de seca. À mesa, ela pode ser degustada cozida, frita, em purê e dá origem a tapioca, polvilho e farinha. Ah, a brasileirinha ainda é barata: custa em média 2 reais o quilo, 30% a menos que a batata.

Por falar na sua rival, a mandioca leva certas vantagens. "Ela possui maior quantidade de vitaminas A, B1, B2 e C", diz a nutricionista Maria Carolina von Atzingen, da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo. Fazendo justiça, porém, precisamos avisar que a abundância em energia traz um efeito colateral: 100 gramas de mandioca têm quase três vezes mais calorias que a mesma porção de batata - são 160 calorias contra 58.

Só que isso não deve assustar quem se preocupa com o peso. "A composição de carboidratos da raiz faz com que ela prolongue a saciedade", conta Rafaella Allevato, coordenadora do Serviço de Nutrição do Hospital San Paolo, na capital paulista. Não por menos, a mandioca costuma ter passe livre em dietas e é indicada a diabéticos. "Ao contrário de outras fontes de carboidrato, ela não gera picos de glicemia", diz Rafaella. Agora, note bem: justamente por ser um reduto desse nutriente, é prudente que ela não seja misturada nas refeições com outros depósitos de carboidrato, como arroz, macarrão...

Por ser livre de glúten, a mandioca é queridinha de outra parcela da população, os portadores de doença celíaca - estima-se que sejam 2 milhões só no Brasil. Graças a seus derivados como a farinha e o polvilho, os celíacos conseguem ampliar o limitado cardápio de quem não pode ingerir a proteína que dá as caras no trigo, por exemplo. Segundo Ana Vládia Bandeira Moreira, professora de nutrição da Universidade Federal de Viçosa, em Minas Gerais, o tubérculo ainda ajudaria a conter episódios de diarreia nessa turma. Aliás, a raiz é uma boa pedida diante de diversos problemas que atrapalham o ganho de nutrientes. Tudo por causa daquele lento processo de absorção dos carboidratos, que dá ao organismo mais tempo para assimilar outros compostos. Na hora de cozinhar a mandioca, uma dica: adicione um fio de óleo na água
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Suspensa comercialização de três produtos agrotóxicos no RS

Suspensa comercialização de três produtos agrotóxicos no RS
Decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, suspende a comercialização, no Rio Grande do Sul, de três produtos agrotóxicos, baseados nas substâncias paraquat e trifenil hidróxido de estanho, que tiveram cadastro negado pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental do estado (Fepam). A decisão, tomada nos autos da Suspensão de Liminar (SL) 683, vale até o julgamento de mérito de um mandado de segurança (MS) impetrado no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS) para discutir a questão.
A empresa que teve o pedido de cadastramento negado impetrou mandado de segurança no TJ-RS para questionar a decisão da Fepam, que indeferiu seu pleito. A fundação se baseou em normas estaduais – entre elas a Lei 7.747/1982 (RS) – segundo as quais a licença estaria condicionada à comprovação de que o uso dos produtos é autorizado nos seus países de origem. Para a empresa, essas normas seriam inconstitucionais, por invadirem matéria de competência privativa da União para legislar sobre comércio exterior e interestadual, conforme prevê o artigo 22, inciso VIII, da Constituição Federal. Alegou, também, que a decisão da Fepam feriu os princípios do contraditório e da ampla defesa.
O juiz de primeiro grau negou o pedido de liminar no MS, mas essa decisão foi cassada pela 21ª Câmara Cível do TJ-RS que, ao julgar agravo de instrumento interposto contra essa decisão, considerou ter havido, no caso, a alegada ofensa aos princípios do contraditório e da ampla defesa.
O MP-RS interpôs Recurso Extraordinário contra essa decisão e, ao mesmo tempo, ingressou com a SL 683 no Supremo, por considerar que haveria manifesta e flagrante lesão à ordem jurídica, política e social.
Segundo o MP-RS, ao cassar a decisão do juiz de primeiro grau e liberar o cadastro e comercialização dos produtos, o TJ-RS sustentou que a legislação estadual inclui uma exigência não contida na legislação federal que rege o tema, a Lei federal 7.802/89, que prevê que os fornecedores de agrotóxicos estão obrigados a registrar os produtos nos órgãos competentes. Segundo o TJ, a lei federal não exige a comprovação de liberação do uso no país de origem.
Para o MP, contudo, a condição contida na legislação estadual tem o claro propósito de ampliar a proteção ao meio ambiente e à saúde pública, consoante o que pretende a legislação federal e o que determina a Constituição Federal de 1988.
Toxicidade
Em termos técnicos, o MP gaúcho revela que o parecer da Fepam aponta que os produtos que contêm a substância “paraquet” superariam os níveis aceitáveis para a saúde dos trabalhadores, mesmo com a utilização de equipamentos de proteção individual. Seus efeitos seriam irreversíveis, não havendo antídotos que possam combater a intoxicação por ele causada.
Já a substância trifenil hidróxido de estanho foi banida da União Europeia por força de decisão da Comissão da Comunidade Europeia, datada de junho de 2002, revelou o MP. De acordo com o parecer da Fepam, o trifenil seria extremamente tóxico à vida marinha e aos pássaros, apresentando marcante neurotoxicidade e imunotoxicidade.
Com esses argumentos, o MP pediu ao STF a suspensão imediata da decisão da 21ª Câmara Cível do RS, que liberou a comercialização dos produtos questionados.
Ao analisar o pedido, o presidente do STF lembrou que no julgamento do RE 286789, a Segunda Turma do STF afirmou a recepção da Lei estadual 7.747/1982 pela Constituição. Mas, para o ministro Joaquim Barbosa, a discussão no sentido de a recepção da norma incluir ou não a possibilidade de vedar a comercialização do produto no território estadual é matéria que deve ser alvo de indagação no momento oportuno, na análise do recurso extraordinário interposto.
Ao deferir o pedido de suspensão de liminar, o ministro disse entender que deve prevalecer a atuação estatal, em atenção ao princípio da precaução, uma vez que, neste momento, está suficientemente demonstrada a existência de risco à saúde e ao meio ambiente. Com isso, a decisão questionada, que liberou a comercialização dos produtos, fica suspensa até o julgamento de mérito do mandado de segurança em curso no TJ-RS.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Crise hídrica:SÃO PAULO Alarme!

Crise hídrica: Alarme!

Publicado por Envolverde
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A cidade de São Paulo está diante de uma catástrofe social, econômica e ambiental sem precedentes. O nível do sistema Cantareira está em cerca de 6% e segue baixando por volta de 0,1% ao dia. O que significa que, em aproximadamente 60 dias, o sistema pode secar COMPLETAMENTE!
O presidente da Sabesp declarou que o sistema pode ZERAR em março ou, na melhor das hipóteses, em junho deste ano. E NÃO HÁ UM PLANO B em curto prazo. Isto significa que seis milhões de pessoas ficarão praticamente SEM UMA GOTA DE ÁGUA ou com enorme escassez. Não é que haverá apenas racionamento ou restrição. Poderá haver ZERO de água, NEM UMA GOTA.
Você já se deu conta do que isto significa em termos sociais, econômicos (milhares de estabelecimentos inviabilizados e enorme desemprego) e ambientais? Você já se deu conta de que no primeiro momento a catástrofe atingirá os mais vulneráveis (pobres, crianças e idosos) e depois todos nós?
O que nos espanta é a passividade da sociedade e das autoridades diante da iminência desta monumental catástrofe. Todas as medidas tomadas pelas autoridades e o comportamento da sociedade são absolutamente insuficientes para enfrentar este verdadeiro cataclismo.
Parece que estamos todos anestesiados e impotentes para agir, para reagir, para pressionar, para alertar, para se mobilizar em torno de propostas e, principalmente, em ações e planos de emergência de curto prazo e políticas e comportamentos que levem a uma drástica transformação da nossa relação com o meio ambiente e os recursos hídricos.
Há uma unanimidade de que esta é uma crise de LONGUÍSSIMA DURAÇÃO por termos deixado, permitido, que se chegasse a esta dramática situação. Agora, o que mais parece é que estamos acomodados e tranquilos num Titanic sem nos dar conta do iceberg que está se aproximando.
Nosso intuito, nosso apelo, nosso objetivo com este alarme é conclamar as autoridades, os formadores de opinião, as lideranças e os cidadãos a se conscientizarem urgentemente da gravíssima situação que vive a cidade, da dimensão da catástrofe que se aproxima a passos largos.
Precisamos parar de nos enganar. É fundamental que haja uma grande mobilização de todos para que se tomem ações e medidas à altura da dramática situação que vivemos. Deixar de lado rivalidades e interesses políticos, eleitorais, desavenças ideológicas. Não faltam conhecimentos, não faltam ideias, não faltam propostas (o Conselho da Cidade de São Paulo aprovou um grande conjunto delas). Mas faltam mobilização e liderança para enfrentar este imenso desafio.
Todos precisamos assumir nossa responsabilidade à altura do nosso poder, de nossa competência e de nossa consciência. O tempo está se esgotando a cada dia.
por Oded Grajew*
* Oded Grajew é empresário, coordenador da secretaria executiva da Rede Nossa São Paulo, presidente emérito do Instituto Ethos e idealizador do Fórum Social Mundial.
** Publicado originalmente no site Rede Nossa São Paulo.
Fonte: Envolverde.

Escola em Brasília troca copos descartáveis por reutilizáveis

Escola em Brasília troca copos descartáveis por reutilizáveis
Agosto de 2013 •



Você já imaginou ser possível modificar a consciência ecológica e comunitária através de uma fácil mudança de hábito? Pois um grupo de alunos da Escola das Nações, em Brasília, acreditou que sim, e conseguiu retirar todos os copos descartáveis que diariamente eram utilizados no local, através do projeto Oneless Cup.
Os estudantes apoiaram-se nos números apresentados pela instituição: cerca de 900 alunos e 200 funcionários lancham e almoçam na escola. As refeições consumiam 76.000 copos descartáveis por mês, onerando 2.500 reais por mês ao orçamento da escola. Todos estes copos não tinham nenhuma outra finalidade a não ser a lata de lixo e são pouquíssimas as empresas habilitadas para reciclá-los. Além, é claro, do estrago ecológico provocado por estes produtos, já que liberam toxinas cancerígenas.
“O projeto não consiste somente em substituir o copo descartável pelo reutilizável. Nós queremos alcançar um nível de consciência ecológica e comunitária, para que o aluno ou funcionário possa levar essa atitude para fora do ambiente escolar”, explica Lívia Verdolin Bernardes, uma das idealizadoras do projeto. E foi com este objetivo que os estudantes chegaram até os copos reutilizáveis produzidos pela empresa catarinense Meucopo Eco. “Vimos que o plástico é a melhor opção para o ambiente escolar, para o meio ambiente e seria financeiramente viável”, justifica.
Com a ideia fortalecida e o projeto aprovado, os alunos trataram de colocar em prática o projeto, escolhendo os Meucopo Eco personalizados da Escola das Nações. “Para nós foi uma surpresa ver jovens arregaçando as mangas e colocando em prática um projeto tão especial, já que além de reduzir o consumo dos copos descartáveis, eles ainda estão promovendo uma verdadeira modificação na consciência ambiental dos alunos, funcionários e, é claro, das suas respectivas famílias e comunidades. É disto que precisamos!”, destaca Larissa Kroeff, sócia do Meucopo Eco.
O projeto teve início em outubro de 2012. Nesta etapa inicial foram produzidos 6000 mil Meucopo Eco para o projeto One Less Cup. “Tenho muita expectativas em relação ao projeto e que ele abra uma consciência para o uso mais sustentável dos materiais. Espero também que, a partir de agora, nosso almoço não seja apenas gostoso, mas que cada um não tenha mais a culpa de jogar fora vários copos por dia”, finaliza Livia.

ESTADO LANÇA MAIS UMA CAMPANHA SOBRE ECONOMIA DE ÁGUA

ESTADO LANÇA MAIS UMA CAMPANHA SOBRE ECONOMIA DE ÁGUA 29/01/2015 - 

Iniciativa se junta à ação de combate ao desperdício, no ar desde novembro

O Governo do Estado prepara uma nova campanha institucional para conscientizar a população do Rio de Janeiro da importância de economizar água. A ação publicitária irá ao ar nos próximos dias. Esta não será a primeira iniciativa do Estado. Em novembro do ano passado, antes da chegada do verão, a Cedae já havia lançado uma campanha para chamar a atenção dos fluminenses sobre desperdício e economia de água.

Para ilustrar a ação, foram criados dois personagens, os irmãos Esbanja e Manera. O primeiro, como diz o nome, vive desperdiçando água. O outro, o Manera, é um menino consciente, que passa o tempo todo lembrando o irmão esbanjador da necessidade de economizar água.

Nos filmes e anúncios impressos, os irmãos Esbanja e Manera vivem situações do cotidiano, como tomar banhar, escovar os dentes, fazer a barba, entre outros. Nas rádios, o jingle, criado por Martinho da Vila, chama a atenção do ouvinte para a importância de ser o Manera e economizar água.

Os filmes, comerciais e anúncios estão sendo veiculados em rádios, televisões e jornais impressos.

Os filmes e o jingle estão disponíveis para download no site da Cedae (www.cedae.com.br).

Extinção de aves reduz tamanho de semente de palmito


Um grupo de cientistas estudou detalhadamente a ecologia da palmeira conhecida como palmito juçara (Euterpe edulis) em 22 áreas na mata atlântica. Os pesquisadores notaram que em locais onde os tucanos haviam sido extintos há mais de 50 anos pela caça ou desmatamento, as palmeiras juçaras produziam frutos pequenos, enquanto em florestas conservadas, ainda com as aves, as palmeiras possuíam frutos de tamanhos mais variados, pequenos e grandes.
O professor Pedro Brancalion, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba, integrou a equipe da pesquisa, liderada por Mauro Galetti, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Rio Claro. O resultado do trabalho foi publicado na última edição de maio da revista Science.
“Como consequência da redução da cobertura florestal e da caça, perdemos dispersores de sementes de maior porte, sejam eles aves ou mamíferos, por serem mais sensíveis à degradação e também mais caçados pelo homem”, comenta Brancalion. Se os grandes dispersores somem das matas, sobram as aves e animais de menor porte, que não conseguem dispersar plantas com sementes grandes. “Na falta desses animais, as sementes das plantas que dependem de animais dispersores se concentram próximas à planta mãe, prejudicando a regeneração da espécie”.
O palmito juçara é bem conhecido por produzir o palmito, muito consumido na culinária brasileira e por isso hoje ameaçado de extinção. Na Mata Atlântica, o juçara é uma importante fonte alimentar para mais de 50 espécies de aves, como papagaios, sabiás, jacús, arapongas e tucanos. “Muitas aves grandes que consomem frutos são caçadas ou não sobrevivem ao desmatamento e a redução da floresta” relata Mauro Galetti.
Segundo Brancalion, se a mata não tem mais esse tipo de animal perde-se o principal dispersor dos frutos maiores, o que pode comprometer a perpetuação da espécie. “Isso resultou numa mudança genética dessas populações ao longo dos mais de cem anos de fragmentação e defaunação da Mata Atlântica, fazendo com que hoje populações de juçara em matas sem tucanos produzam sementes menores”, observa.