sábado, 14 de junho de 2014

Por que São Pedro sozinho não vai tirar São Paulo da seca

Por que São Pedro sozinho não vai tirar São Paulo da seca

Com o passar dos dias e a intensificação da estiagem histórica na Cantareira, fica cada vez mais cristalino que tem algo fora do eixo na gestão da água do Estado de São Paulo

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Vanessa Barbosa

Bert Kaufmann/Creative Commons
É fato que São Pedro não tem sido lá muito amigo dos paulistas nestes primeiros meses de 2014. Desde dezembro, o Estado de São Paulo vive sua pior estiagem em mais de 80 anos. Agora, acender vela para que o apóstolo abra as portas do céu e faça a água cair sobre as represas sedentas não é a solução mais racional. 


Aqui em terra, a preservação e proteção desse recurso é responsabilidade de todos, mas sua correta gestão recai, principalmente, sobre o poder público



Caprichos da natureza não são suficientes para justificar que o Estado com o maior PIB do país e lar de 10% da população brasileira esteja à beira de um colapso d´água. 



Com o passar das semanas e o aprofundamento do drama da Cantareira, que atingiu seu pior nível ontem, de 12,5%, fica cada vez mais cristalino que tem alguma coisa errada na gestão da água paulista. 



A suspeita é reforçada pela recente admissão pela Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp) de que existe, sim, risco de ocorrer rodízio de água, caso os níveis dos reservatórios da companhia no Estado de São Paulo não sejam reestabelecidos. 



Essa informação não consta em algum relatório recente feito na esteira da crise paulista, mas no relatório de sustentabilidade de 2013 da empresa divulgado esta semana. 



Até aí tudo bem, não fosse pelo fato da afirmação ir de encontro à negativa repetida a exaustão ao longo das últimas semanas pelo governo de Geraldo Alckmin de que "São Paulo não terá racionamento de água". 

AFINAL, QUEM TEM RAZÃO? 
Faz pelo menos quatro anos que o Estado de São Paulo está a par dos riscos de desabastecimento de água na Região Metropolitana. 



Em dezembro de 2009, o relatório final do Plano da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê, feito pela Fundação de Apoio à USP, não só alertou para a vulnerabilidade do sistema Cantareira como sugeriu medidas cabíveis a serem tomadas pela Sabesp a fim de garantir uma melhor gestão da água. 



O estudo afirmava que o sistema da Cantareira tinha "déficits de grande magnitude". Entre as recomendações feitas pelo relatório estavam a instauração de processos de monitoramento de chuvas e vazões do reservatório e implementação de postos pluviométricos. 



Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o promotor Rodrigo Sanches Garcia, do Grupo Especial de Defesa do Meio Ambiente, afirmou que a Sabesp já tinha conhecimento sobre a necessidade de melhorias há mais tempo. 



"Na outorga de 2004, uma das condicionantes era que a Sabesp tivesse um plano de diminuição de dependência do Cantareira. O grande problema foi a demora de planejamento", contou. 



INVESTIGAÇÃO 
Ministério Público de São Paulo (MP-SP) vai instaurar, ainda nesta semana, um inquérito civil para esclarecer a crise no Sistema Cantareira. 



Além de considerar a falta de chuvas sobre as bacias hidrográficas que alimentam a Cantareira nos primeiros meses do ano, o inquérito vai apurar informações sobre a possibilidade de erros de gestão da Sabesp. 



À frente do inquérito está o 1º Promotor de Justiça do Meio Ambiente da capital, José Eduardo Ismael Lutti



Referência em matéria de direito ambiental, o promotor já fez críticas públicas à possíveis falhas dos órgãos competentes pelo abastecimento de água e ao próprio governo Alckmin. 



"Temos o pior sistema de gestão de recursos hídricos que se pode imaginar", afirmou durante evento em São Paulo, em março, numa crítica direta a possíveis intervenções políticas. 



"Político não serve para ser gestor onde o conhecimento técnico tem que imperar. Nosso sistema de abastecimento está no limite há no mínimo quatro anos, e o que foi feito para evitar o colapso?", questionou. 



Segundo Lutti, a recusa por parte do governo em falar em racionamento tem conotações políticas claras, já que estamos em pleno ano eleitoral. 



AÇÕES DE EMERGÊNCIA 
Com a crise instalada, entraram em cena algumas medidas de emergência na tentativa de amenizar o problema. 



De saída, a Sabesp ofereceu desconto de até 30% na conta para quem economizasse água. Com a adesão popular e controle dos desperdícios, a medida já economizou volume suficiente para abastecer uma cidade do tamanho de Curitiba. 



Outra medida, essa menos popular por várias razões, foi a tentativa de provocar chuva artificial, um processo chamado de semeadura de nuvens, ao custo de R$ 4,5 milhões. 



Especialistas em meteorologia olham com reservas a técnica, que é alvo de controvérsias, por sua eficácia e possíveis efeitos indesejados no meio ambiente. 



Já que não chove nas represas, a investida mais radical será recorrer a obras para retirada do chamado volume morto, um reservatório que está abaixo do nível alcançado hoje pelo sistema de captação. 



Mas mesmo essa água extra tem limite, dá para garantir líquido extra na torneira por cerca de quatro meses. 



Outra alternativa, que depende menos do estado e mais da disposição dos vizinhos, é a proposta de construir um canal para retirar água da bacia do Rio Paraíba do Sul, que abastece o Rio de Janeiro. 



É polêmica. Para especialistas da área, retirar água do Paraíba do Sul pode antecipar um colapso de abastecimento para o povo fluminense. 



Agora que a crise já está instalada, começam a sair do papel projetos antigos que podem proteger a cidade de futuros colapsos. 



É o caso da construção de um novo reservatório de água, em Ibiúna, fruto de parceria público-privada, prevista para ser concluída em 2018. 



A NATUREZA FALA, MAS QUEM ESCUTA? 
Todas essas ações tomadas quando a crise já está instalada mostram que a solução vai muito além da boa vontade de São Pedro. 



A natureza fala e os sinais são claros. Mas estamos dando a devida atenção? O colapso do sistema da Cantareira é uma tragédia anunciada há tempos. 



Verões mais intensos e com padrões de chuvas alterados são sinais de mudanças no padrão climático. 



O verão de 2014 foi o mais quente de São Paulo em 71 anos. 



Além dos termômetros em alta recorde, o verão também trouxe tempo seco sem precedente e a falta de chuva, que levaram as principais represas à situação de estresse hídrico. 



Não há estudo que mostre a relação direta entre o aquecimento do planeta e as altas temperaturas registradas por aqui. 



No entanto, com a tendência de aquecimento dos últimos anos, verificados pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPPC), os extremos climáticos tornam-se mais comuns. 



ESCOLHAS 
Em agosto de 2014, a outorga do Sistema Cantareira deverá ser renovada. Na ocasião, o governo paulista vai alterar dispositivos, ao menos é isso que se espera. Vai decidir quanto de água o sistema poderá prover por dia, que regiões serão abastecidas, e com que prioridade. 



"Se a decisão for baseada em critérios técnicos, a vazão total deveria ser reduzida", escreveu o biólogo Fernando Reinach, em coluna no jornal Estado de S. Paulo. 



"No futuro, teremos mais anos com pouca chuva e mais anos com um grande excesso de chuvas. Para garantir o suprimento de água nos anos secos, os reservatórios deveriam ser administrados com uma folga maior. Menos água pode ser retirada, e os níveis médios devem ser mantidos mais altos", diz. 



Em carta, publicada no site da Agência Nacional de Águas, a Sabesp pede a renovação da outorga do sistema Cantareira. 



O documento de 43 páginas não menciona a redução da captação de água, apenas reitera que um estudo para diminuir a dependência do sistema Cantareira será apresentado, dentro de 30 dias após contrato firmado. 



Caberá ao governo decidir quanto de água poderá sair. 



Se seguir o pensamento técnico e determinar a redução da captação diária, não sobrará outra alternativa à Sabesp ou outras empresas candidatas que não implementar de imediato novas soluções. 



Se tudo permanecer do jeito que está, só vai restar acender vela para São Pedro, mesmo.

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Formigas são mais eficientes em busca do que o Google

Formigas são mais eficientes em busca do que o Google, diz pesquisa

  • O estudo mostrou que insetos desenvolvem complexos sistemas de informação para encontrar alimentos


Na busca por alimentos, formigas processam informações de modo mais eficiente do que o Google Foto: Terceiro / Agência O Globo

Na busca por alimentos, formigas processam informações de modo mais eficiente do que o Google Terceiro / Agência O Globo
RIO - Todos aprendemos desde pequenos que as formigas são prudentes, e que enquanto a cigarra canta e toca violão no verão, esses pequenos insetos trabalham para coletar alimento suficiente para todo o inverno. No entanto, segundo estudo publicado na revista Procedimentos da Academina Nacional de Ciências, elas não só são precavidas, mas também "muito mais eficientes que o próprio Google".
Para chegar a essa inusitada conclusão, cientistas chineses e alemães utilizaram algorítimos matemáticos que tentam enxergar ordem em um aparente cenário caótico ao criar complexas redes de informação. Em fórmulas e equações, descobriu-se que as formigas desenvolvem caminhos engenhosos para procurar alimentos, dividindo-se em grupos de "exploradoras" e "agregadoras".
Aquela formiga encontrada solitária que você encontra andando pela casa em um movimento aparentemente aleatório é, na verdade, a exploradora, que libera feromônios pelo caminho para que as agregadoras sigam o trajeto posteriormente com um maior contigente. Com base no primeiro trajeto, novas rotas mais curtas e eficientes são refinadas. Se o esforço for repetido persistentemente, a distância entre os insetos e a comida é drasticamente reduzida.
- Enquanto formigas solitários parecem andar em movimento caótico, elas rapidamente se tornam uma linha de formigas cruzando o chão em busca de alimento - explicou ao The Independent o co-autor do estudo, professor Jurgen Kurths.
Por isso, segundo Kurths, o processo de busca de um alimento realizado pelos insetos é "muito mais eficiente" do que a ferramenta de pesquisa do Google.
Os modelos matemáticos do estudo podem ser igualmente aplicados a outros movimentos coletivos de animais, inclusive em humanos. A ferramenta pode ser útil, por exemplo, para entender o comportamento das pessoas em redes sociais e até em ambientes de transporte público lotado.

  em http://oglobo.globo.com/sociedade/ciencia/formigas-sao-mais-eficientes-em-busca-do-que-google-diz-pesquisa-12614920#ixzz32vJDumAP 

Planos Municipais da Mata Atlântica vão propor estratégias para 12 cidades da Região dos Lagos

Planos Municipais da Mata Atlântica vão propor estratégias para 12 cidades da Região dos Lagos


 Nesta terça-feira, 27 de maio - Dia Nacional da Mata Atlântica – a AEMERJ - Associação Estadual de Municípios do Rio de Janeiro, a ONG ISER e a SEA, em conjunto com a Prefeitura de São Pedro da Aldeia, farão um seminário para lançamento do projeto e a divulgação das ações dos Planos Municipais da Mata Atlântica na região Lagos São João, que envolve os municípios de Araruama, Armação dos Búzios, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Casimiro de Abreu, Iguaba Grande, Maricá, Rio Bonito, Rio das Ostras, São Pedro da Aldeia, Saquarema e Silva Jardim.

A primeira região contemplada com a iniciativa foi o Noroeste Fluminense, em uma parceria com o COSEMMA - Conselho de Secretários Municipais de Meio Ambiente, na qual foram elaborados de 14 planos. Entre os resultados alcançados em defesa do bioma Mata Atlântica estão a criação de dez Unidades de Conservação Municipais, protegendo 26.709,71 hectares; de cinco Corredores Ecológicos Florestais e a produção de um projeto executivo para a recuperação em 500 hectares de mata ciliar.

Os Planos são instrumentos de planejamento e de gestão que promovem, junto aos municípios, ações para a conservação e a recuperação da Mata Atlântica, indicando trabalhos de forma objetiva e fornecendo informações ambientais para o aperfeiçoamento da gestão ambiental local. Articulados com outros instrumentos de planejamento municipais, como os Planos Diretores e os Planos Municipais de Saneamento eles privilegiam processos participativos, de responsabilidades compartilhadas.

Os Planos Municipais de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica no estado do Rio de Janeiro é fruto de um arranjo institucional constituído pela AEMERJ - Associação Estadual de Municípios do Rio de Janeiro, pela ONG ISER e pela SEA, através da Superintendência de Biodiversidade e Florestas.

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Cantareira pode secar em dezembro

Cantareira pode secar em dezembro, alerta especialista

Pesquisadores da USP e da Unicamp falam sobre os cenários possíveis para o futuro do principal sistema de abastecimento da cidade de São Paulo

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Fábio Lemos Lopes Veja São Paulo - /05/2014
Nacho Doce/Reuters

Responsável por abastecer 61% da região metropolitana, o Sistema Cantareira chegou ao nível de 8,8% neste domingo, 11/05. Com a baixa captação de água nos meses tradicionalmente chuvosos, a alternativa rápida encontrada pelo governo para não secar as torneiras de boa parte da cidade é utilizar o chamado volume morto, que antes não estava acessível para bombeamento. Entretanto, a solução é apenas paliativa. Se no final do ano as preciptações continuarem escassas, São Paulo pode passar por um uma situação ainda mais grave.

A reportagem entrevistou, separadamente, quatro especialistas sobre o assunto. As opiniões são divergentes em alguns pontos, mas todos concordam que a cidade vive uma seca sem precedentes e não existe solução rápida. Confira as análises de Pedro Cortês, professor de Gestão Ambiental da USP; Rubem Porto, especialista da Escola Politécnica; Antonio Carlos Zuffo, professor do Departamento de Recursos Hídricos da Faculdade de Engenharia Civil da Unicamp; e Stela Goldenstein, ambientalista e diretora-executiva da ONG Águas Claras do Rio Pinheiros.

ATÉ QUANDO DURA A ÁGUA DA CANTAREIRA 
Antonio Carlos Zuffo: Com o que temos hoje e mais o volume morto total (o que estará acessível para bombeamento a partir de agora e o restante, que pode vir a ser usado) teremos água suficiente até dezembro. Isso, porém, se não chovesse nada até lá, o que é quase impossível. Se levarmos em consideração a mesma quantidade de chuva deste ano para o próximo verão, chegaremos a zero em maio de 2015, entrando assim em um período de desabastecimento.

DIFICULDADES PARA A RECUPERAÇÃO DO SISTEMA 
Antonio Carlos Zuffo: Em condições normais, o Sistema Cantareira consegue se recuperar de 10% a 20% ao ano. Assim, levaria de cinco a dez anos para ficar cheio novamente.

Rubem Porto: A população precisa entender que 2015 e, possivelmente, 2016 serão anos de vacas magras, com pouca água disponível. Em condições normais, em menos de dois anos é impossível encher o Sistema Cantareira.

Pedro Cortês: Os reservatórios não funcionam como uma piscina impermeável, que acumula água assim que chove. Como o solo dos reservatórios está ressecado, como é possível ver as rachaduras nas fotos, a água primeiramente vai acumular no subsolo para depois voltar a aflorar na superfície, no que podemos chamar de efeito esponja. Mesmo se chegar a zero, o sistema vai se recompor com as chuvas.

RISCOS PARA O AMBIENTE 
Antonio Carlos Zuffo:
 A vegetação do sistema é formada basicamente por eucaliptos, usados para fazer carvão para pizzarias, e pasto. Não teríamos problemas, pois ela não depende da Cantareira. Alguns peixes, porém, podem morrer. Já as encostas preocupam, por causa de um possível assoreamento.

Pedro Cortês: sempre existe prejuízo. Se o nível do sistema baixar totalmente, quando encher de novo, algumas espécies aquáticas terão se perdido.

A QUALIDADE DO VOLUME MORTO
Pedro Cortês:
 Sim, a qualidade da água será igual. A Sabesp tem estrutura para isso.

Rubem Porto: Engana-se quem diz que essa água é do fundo do reservatório e com qualidade inferior. O volume morto tem uma lâmina de 25 metros de profundidade e a Sabesp utilizará uma porção superior de 5 a 6 metros. Mesmo se fosse a água do fundo, não teríamos problema.

ALTERNATIVAS À CANTAREIRA 
Rubem Porto:
 Sim, mas não são rápidas, são de médio prazo. Obras demoram e passam por liberações ambientais e negociações políticas, situações comuns que acontecem no mundo todo. A água da represa Jaguari, formada por um afluente do Rio Paraíba do Sul, que abastece parte do Rio de Janeiro, poderia dar um aporte de 160 milhões de metros cúbicos para o Sistema Cantareira, o que representa, ao ano, aproximadamente 16% da capacidade da Cantareira. Só com isso seria possível deixar o Cantareira em boas condições em quatro anos. Com um pouco de economia esse prazo pode cair. Mas ressalto que são hipóteses, pois existem muitas variáveis.

Pedro Cortês: a obra para captar água do Rio Paraíba do Sul depende de licenciamento ambiental e de acordos e isso leva tempo. A população também precisa fazer sua parte, com um consumo racional.

Stela Goldenstein: Não podemos falar só do Sistema Cantareira isoladamente. É preciso ver a gestão da água como um todo. Temos pouca água na região metropolitana. Por outro lado, a usamos mal. A questão é muito complexa, pois há um conflito imenso entre duas finalidades de uso, que são geração de energia e abastecimento. O sistema brasileiro de energia é unificado, o de abastecimento não. Não existe solução a curto prazo. É preciso colocar em prática várias estratégias. Uma seria aproveitar a represa Billings para a capital. Outra é construir novas represas na cabeceira do Rio Tietê, Reformar os piscinões com tratamento adequado também é uma alternativa. Na demanda, devemos explorar melhor a utilizado da água de reuso. Tem muito para ser feito.

RACIONAMENTO 
Rubem Porto: Usar o termo racionamento é errado. O correto é gestão de demanda. O ideal seria cada setor da cidade ter uma válvula. Mas a nossa rede é muito complexa. Até porque não podemos fechar completamente e esvaziar a rede, acabando com a pressão e correndo o risco de infiltração da água do solo e de esgoto. A diminuição da pressão ocorre, por isso a água não chega às vezes em pontos mais elevados.

Pedro Cortês: Mesmo sem o governo utilizar esse termo, algumas regiões da cidade sofrem um racionamento, por causa da diminuição da pressão, o que não permite a água chegar em locais mais elevados. A população precisa também se conscientizar, não podemos continuar consumindo como estamos, é fundamental uma mudança de comportamento
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Planta recém-descoberta absorve níquel e ajuda a descontaminar o solo

Planta recém-descoberta absorve níquel e ajuda a descontaminar o solo
 Maio de 2014 •


Cientistas da Universidade das Filipinas, em Los Baños, identificaram uma nova espécie de planta capaz de acumular grande quantidade de metais em seu organismo. No estudo publicado na revistaPhytoKeys, os pesquisadores dizem que a planta é capaz de armazenar até 18 mil ppm de níquel em suas folhas.
A nova espécie foi chamada de Rinorea niccolifera. Esta capacidade de absorver grandes quantidades do metal ocorre em menos de 1% das plantas utilizadas testes feitos em solo rico em metais. A pesquisa aponta para apenas 450 espécies identificadas com estas características em todo o mundo.
A planta foi encontrada na parte ocidental da Ilha de Luzon, nas Filipinas, conforme informado pela Dra. Marilyn Quimado, uma das líderes do estudo. A área é conhecida por ter solo rico em metais pesados.
“Plantas ‘hiperacumuladoras’ têm grande potencial para o desenvolvimento de tecnologias verdes, como a fitorremediação e a fito-mineração”, explica o Dr. Agostinho Doronila, da Escola de Química da Universidade de Melbourne, na Austrália. Ele também é co-autor do relatório sobre a nova espécie.
A fitorremediação ocorre quando as plantas são usadas para descontaminar o solo, sugando para si os metais pesados contidos no ambiente. Já a fito-mineração é o uso dessas plantas para agregar valor a áreas de coleta de metais valiosos.
Redação CicloVivo

5 lugares em que você se sentirá pequeno diante da natureza

5 lugares em que você se sentirá pequeno diante da natureza
21 de Maio de 2014 • Atualizado às 14h42


Quem mora nas grandes cidades pode nunca ter tido a oportunidade de observar de perto as exuberantes paisagens em meio à natureza. Grandes florestas, parques, árvores, montanhas. Não importa exatamente qual o local, mas é interessante vivenciar ao menos uma vez na vida a imensidão do mundo e como somos pequenos diante de tantas maravilhas.
- Uluru, Austrália

Corey Leopold/cc
Batizado de Patrimônio Mundial pela UNESCO, a pedra é considerada sagrada pelos aborígenes e está localizada no Parque Nacional de Uluru-Kata Tjuta. Possui inúmeras fendas, cisternas, cavernas rochosas e pinturas antigas.
- Preikestolen, Noruega

Aconcagua/cc
Uma falésia de 604 metros cujo topo mede aproximadamente 25 por 25 metros. É preciso fazer uma caminhada de, no máximo, três horas para chegar à formação rochosa acima das águas do Fiorde de Lyse.
- Salar de Uyuni, Bolívia

Luca Galuzzi/cc
Considerado o maior deserto de sal do mundo, é também um dos cenários mais bonitos da natureza. Localizado no sudoeste da Bolívia, a 3.650 metros de altitude, a área tem profundidade estimada de 120 metros.
- Half Dome, Estados Unidos

Pogo/Pixabay
A cúpula de granito localizada no Parque Nacional de Yosemite, na Califórnia está a mais de 1444 metros acima do nível do Vale de Yosemite.
- Great Ocean Road, Austrália

Diliff/cc
Tida como Patrimônio Nacional Australiana, a estrada Great Ocean Road é considerada uma atração turística. Por ela, é possível atravessar florestas tropicais, praias e falésias compostas de calcário e arenito.
A lista foi selecionada pelo site Matador Network. Para ver todos os lugares, confira aqui.
Redação CicloVivo

10 nomes engraçados de aves brasileiras

10 nomes engraçados de aves brasileiras
 Maio de 2014 • 


O famoso “jeitinho brasileiro” pode ter uma conotação ruim para muitas pessoas. Entretanto, é inegável a criatividade no país tupiniquim para resolver determinadas questões. Nessa onda, sobra até para as espécies animais, que são batizados com nomes um tanto cômicos, confira abaixo.
Painho-de-cauda-forcada (Oceanodroma leucorhoa): Trata-se de uma ave marinha muito comum nas ilhas da Escócia, Noruega e Islândia.  Apesar de pequena, a espécie se destaca pela sua capacidade de enfrentar ventos fortes. Alcança o litoral brasileiro, desde o Amapá até o trópico de Capricórnio.

Schlawe/cc
Polícia-inglesa-do-norte (Sturnella militaris): Também conhecido como Baieta, Papa-arroz , Pipira-do-campo e Papo-de-fogo, esta ave é comum em áreas não florestadas da Amazônia. Costuma andar pelo chão e empoleirar-se em arbustos baixos. Seu nome faz referência ao uniforme dos militares europeus do século XVIII, segundo o Wikiaves.

Bird Photos/cc
Saí-de-perna-amarela (Cyanerpes caeruleus): Essa ave também é conhecida como outro nome engraçado: Tem-tem-do-Espírito-Santo. A espécie habita regiões amazônicas.

Mike's Birds/cc
Rendeira (Manacus manacus): Seu nome vem do holandês “manakin”, que significa pequena coisa linda. A espécie está presente na maior parte da amazônia brasileira e ao leste segue de Pernambuco até Santa Catarina. Dependendo da região, o pássaro pode ser chamado de barbudinho, cabeça-de-prata, corrupião, maria-rendeira, monge, quebra-nozes, entre outros.

Shriram Rajagopalan/cc
Lavadeira-mascarada (Fluvicola nengeta): Tal ave possui duas populações distantes, uma no leste brasileiro e outra no noroeste da América do Sul. Ela também é conhecida como viuvinha, maria-lencinho, senhorinha, lavadeira-de-Deus. O seu habitat é junto a rios ou lagoas.

Dario Sanches/Flickr 
Tempera-viola (Saltator maximus): Presente em toda a Amazônia, nas regiões central e leste do Brasil chegando à São Paulo e Rio de Janeiro, esta ave também é chamada de Estevam, Sabiá-gongá, Sabiá-pimenta e Trinca-ferro.

Kathy & sam/cc
Noivinha (Xolmis irupero): Conhecida popularmente por viuvinha, acredita-se que o nome desta ave tenha origem asteca e signifique pássaro problemático. Bela ave do sertão nordestino, a espécie habita a caatinga e a beira de brejos, em especial, no nordeste e no sul do Brasil.

Lip Kee Yap/cc
Príncipe (Pyrocephalus rubinus): Chamado de Barão do Melgaço ou são-joãozinho, este pássaro é mais notado no final de junho, próximo aos festejos juninos. Seu vermelho vivo contrasta com o dorso escuro. É uma ave migratória que vai da região sul e sudeste do Brasil para a Amazônia.

Julian Londono/cc
João-pobre (Serpophaga nigricans): Ave cujo nome significa “comedor de mosquitos escuro”. Ele vive em beira de lagoas, rios e açudes se alimentando de insetos capturados em voo. Há espécies da Argentina ao sudeste do Brasil.

Dario Sanches/Flickr
Maria-leque (Onychorhynchus coronatus): Também conhecida também como maria-lecre e pavãozinho, esta ave é famosa por seu penacho que abre como um leque. É presente em toda a amazônia brasileira.

Hector Bottai/cc


quarta-feira, 11 de junho de 2014

DataFolha: Dilma (34%), Aécio (19%) e Eduardo Campos (7%)

O Instituto Datafolha divulgou nesta sexta-feira no site do jornal “Folha de S.Paulo” pesquisa de intenção de voto para presidente da República neste ano. A sondagem indica que a presidente Dilma Rousseff (PT) tem 34% das intenções de voto, contra 35% dos dez demais candidatos somados. Em relação a maio, quando foi feito o levantamento anterior, ela variou de 37% para 34%. Em três meses, a presidente caiu 10 pontos percentuais. Os números confirmam a tendência, cada vez maior, da realização de segundo turno.
Os principais rivais da petista, que somavam 38% na pesquisa anterior, agora recuaram para 35%. O senador Aécio Neves (MG), pré-candidato do PSDB à Presidência, oscilou um ponto para baixo. Agora está com 19%. O ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) recuou quatro pontos. Com 7%, ele aparece em situação de empate técnico com o Pastor Everaldo Pereira (PSC), 4%.
A pesquisa foi realizada entre os dias 3 e 5 de junho. Foram entrevistadas 4.337 pessoas em 207 cidades do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. Isso quer dizer que o instituto tem 95% de certeza de que os resultados obtidos estão dentro da margem de erro.
A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-00144/2014.
Desejo de Mudança —  A pesquisa Datafolha mostra também que o eleitor quer mudanças. Entre todos os que aparecem como os mais preparados para mudar o país surge o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que aparece como o mais identificado com as mudanças, com 35%. Mas em segundo lugar vem o tucano Aécio Neves com 21%. Dilma aparece em terceiro lugar como a mais preparada para mudar o pais, com 16%. Depois vem Campos com 9%, que aliás é o mesmo índice de não sabem (9%) e nenhum deles (9%).
No aspecto de desejo de mudanças, 74% querem que o novo presidente pratique ações que sejam diferentes das atuais e apenas 21% desejam que tudo fique como está.
 Fonte: O Globo E BLOG DO BASTOS.

Fotos de Gerson Gomes
Fotos de Gerson Gomes


Faço questão de destacar aqui no blog, a presença da Prefeita Rosinha Garotinho na inauguração da Delegacia da Mulher, em Campos ao lado do governador Pezão para lhes mostrar que a política não precisa ser baixa, à base de ódio e rasteiras. Rosinha se guia pelo espírito público.

O Cerimonial do Palácio Guanabara achava que Rosinha mandaria para a cerimônia seu vice, Dr. Chicão. Algumas pessoas próximas a ela também sugeriam a mesma alternativa, diziam que era para evitar um constrangimento, e que a delegacia pedida há tanto tempo só saiu agora por causa da eleição, que Rosinha iria "botar azeitona na empada" de Pezão.

Rosinha disse que iria de qualquer maneira. Alegou que para ela não havia constrangimento nenhum, como prefeita e mulher achava que o seu dever era estar presente. Se Pezão iria ficar constrangido era problema dele. Rosinha ainda lembrou, que o nomeou secretário do seu governo, sempre foi correta com ele, podia olhar nos seus olhos, de cabeça erguida. Aliás, Pezão carregou com ele um "papagaio de pirata". Era o ex-secretário de Transportes, Júlio Lopes (na foto de baixo).

Vale aqui uma lembrança para quem não acompanha o nosso blog há muito tempo. Quando eu fui Secretário de Governo de Rosinha convidei Pezão para ser meu subsecretário. Quando me desincompatibilizei do cargo para disputar as eleições presidenciais de 2006, Pezão assumiu a secretaria. Confiávamos tanto em Pezão, que batalhei muito até convencer Cabral a colocá-lo como seu vice. Pois na primeira semana do governo Cabral, Pezão foi visitar o interior e nos discursos atacou de cara Rosinha dizendo que seu governo, do qual ele era secretário - é bom frisar bem - era uma bagunça.
FONTE BLOG DO GAROTINHO. 

terça-feira, 10 de junho de 2014

Desmatamento eleva em 100 vezes o custo do tratamento da água

Desmatamento eleva em 100 vezes o custo do tratamento da água
 Maio de 2014 • 


Novas pesquisas mostram que o desmatamento pode causar mais danos e prejuízos do que se sabe até agora. Além de alterar o ciclo de chuvas, prejudicar a recarga de aquíferos subterrâneos e, consequentemente, reduzir os recursos hídricos disponíveis para o abastecimento humano, o desmate da vegetação que recobre as bacias hidrográficas tem forte impacto sobre a qualidade da água, encarecendo em cerca de cem vezes o tratamento necessário para torná-la potável.
Essa é a conclusão do pesquisador José Galizia Tundisi, do Instituto Internacional de Ecologia (IIE). “Em áreas com floresta ripária [contígua a cursos d'água] bem protegida, basta colocar algumas gotas de cloro por litro e obtemos água de boa qualidade para consumo. Já em locais com vegetação degradada, como o sistema Baixo Cotia [bacia hidrográfica do rio Cotia, na Região Metropolitana de São Paulo], é preciso usar coagulantes, corretores de pH, flúor, oxidantes, desinfetantes, algicidas e substâncias para remover o gosto e o odor”, explica Tundisi.
Segundo ele, todo o serviço de filtragem prestado pela floresta precisa ser substituído por um sistema artificial e o custo passa de dois a três reais a cada mil metros cúbicos para R$ 200 a R$ 300. “Essa conta precisa ser relacionada com os custos do desmatamento”, afirma.
Quando a cobertura vegetal na bacia hidrográfica é adequada – e isso inclui não apenas as florestas ripárias como também matas de áreas alagadas e demais mosaicos de vegetação nativa –, uma quantidade maior de água retorna para a atmosfera e favorece a precipitação.
Tundisi também explica que, neste caso, o escoamento da água das chuvas ocorre mais lentamente, diminuindo o processo erosivo. Parte da água se infiltra no solo por meio dos troncos e raízes, que funcionam como biofiltros, recarrega os aquíferos e garante a sustentabilidade dos mananciais.
Segundo o pesquisador, a mudança na composição química da água é ainda mais acentuada quando há criação de gado ou uso de fertilizantes e pesticidas nas margens dos rios. Ocorre aumento na turbidez e na concentração de nitrogênio, fósforo, metais pesados e outros contaminantes.
Tundisi salienta que, além de garantir água para o abastecimento humano, os ecossistemas aquáticos oferecem uma série de outros serviços de grande relevância econômica, como geração de hidroeletricidade, irrigação, transporte (hidrovia), turismo, recreação e pesca.
Por Karina Toledo, confira a matéria completa aqui.

Paes construiu "passarela de ouro" para os VIPS da FIFA


Reprodução do jornal O Globo
Reprodução do jornal O Globo


Com toda a franqueza eu não sei o que é mais gritante em termos de superfaturamento: a reforma da estação do metrô Maracanã, tocada por Pezão, que custou R$ 175 milhões ou essa passarela construída por Paes, que saiu por R$ 109 milhões. São números completamente escandalosos, que configuram claramente a roubalheira do dinheiro público municipal e estadual.

Fiz questão de postar uma foto que dá uma noção melhor da passarela (vide abaixo), para vocês perceberem o tamanho do absurdo. É uma passarela que começa na calçada do Maracanã e passa por cima da Radial Oeste e da linha do trem, descendo do outro lado em frente à Quinta da Boa Vista. Não tem escadas rolantes, o único diferencial é uma meia cobertura. E observem que o projeto é tão mal feito, que se chover e vier vento do lado oposto da cobertura os convidados VIPS da FIFA vão ficar encharcados.

A matéria do Globo fala de outra aberração, que é o fato de que desde o dia 22 de maio a passarela foi fechada à população e assim permanecerá até o dia 18 de julho. Foi entregue à FIFA e mesmo sem jogos, ninguém pode atravessar. O detalhe é que o primeiro jogo da Copa no Maracanã será só no dia 15 (Argentina x Bósnia) e a final é dia 13 de julho. Inacreditável como Paes e Pezão estão de cócoras diante da FIFA. Por que será? Dane-se o povo que precisa atravessar de um lado para o outro.

E antes que alguém venha dizer que a passarela e a reforma da estação do metrô vão ficar como legado para a população só quero lembrar uma coisa importantíssima. Com R$ 109 milhões daria para Paes fazer a passarela e mais um hospital "padrão FIFA". Essa é a verdade, que mais ninguém tem coragem de dizer. E o mesmo vale para a reforma de R$ 175 milhões da estação Maracanã, responsabilidade de Pezão. Pelo jeito o legado maior foi parar no bolso de alguém. Espero que o MP Estadual abra uma investigação, é o minimo.

Aprenda método para que orquídea floresça mais de uma vez

Aprenda método para que orquídea floresça mais de uma vez
 Maio de 2014 •


As orquídeas têm fama de serem difíceis de cultivar, entretanto elas precisam apenas de cuidados especiais e dedicação para que elas cresçam saudáveis. Geralmente, tais plantas florescem apenas uma ou dias vezes por ano, a dica a seguir ajudará na tarefa de fazer com que elas floresçam pela segunda vez.
O método mais comum, indicado por especialistas, é cortar a haste floral no terceiro nó. Para isso, é preciso executar a técnica cuidadosamente. O primeiro passo é esperar as flores secarem e depois fazer o corte da haste na diagonal com tesoura esterilizada.
O segundo passo é cobrir a área com uma camada de canela em pó, segundo Marcelo Vieira Nascimento, presidente da Federação Catarinense de Orquidofilia, o condimento é um estimulante para o crescimento. O profissional deu algumas dicas para uma matéria da Casa.
Feito isso, basta fazer a manutenção, deixando a planta exposta à luz natural – porém, sem incidência direta dos raios - e regas são necessárias a apenas cada dez dias. Além disso, recomenda-se o uso de fertilização quinzenal com adubo químico.
É importante também se preocupar com o local de compra da planta. Para não incentivar a coleta ilegal de orquídeas, opte por empresas produtoras de mudas ou de orquidófilos que tenham plantas disponíveis.
Redação CicloVivo