domingo, 23 de março de 2014

Cápsula flutuante filtra água do mar e despolui o ar

Cápsula flutuante filtra água do mar e despolui o arMarina Maciel -03/2014 

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Falta de águapoluição do ar e aumento do nível do mar decorrente do agravamento das mudanças climáticas. Imagine estes três grandes problemas enfrentados atualmente pela humanidade, solucionados por um projeto ousado e de design arrojado.
Esta foi a ideia dos arquitetos do escritório francês Sitbon Architectes* ao projetar, especialmente para o Oceano Índico, a cápsula gigante e parcialmente submersa da foto acima. Batizada de Bloom, a “fazenda aquática” promete despoluir o ar, converter a água do mar em água potável e, ainda, monitorar o aumento do nível do mar.
A principal razão de existir da cápsula é a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas. Para tanto, abrigará aquários gigantes de fitoplânctons - seres microscópicos que habitam o oceano e têm papel de destaque na retirada de dióxido de carbono da atmosfera -, que servirão como estufas orgânicas.
Além disso, a estrutura possuirá uma central de alertas meteorológicos, capaz de avisar a ocorrência ou aproximação de maremotos, tsunamis e outras catástrofes ambientais.
Apesar de ainda não ter saído do papel, em 2013, o projeto foi finalista da competição internacional Architizer A+Awards, na categoria “Arquitetura+Clima”.

sábado, 22 de março de 2014

Hora do Planeta 2014: 'use seu poder' em 29/03

Hora do Planeta 2014: 'use seu poder' em 29/03

Redação* - Planeta Sustentável 

Divulgação





*Colaborou Jéssica Miwa 
Use seu poder para salvar o planeta. Este é o slogan da campanha Hora do Planeta, promovida pela ONG WWF desde 2007 e que convida o mundo a apagar todas as luzes de casa por 60 minutos. Assim, todos estão convidados a aderir a esse gesto simples e simbólico no dia 29/03, entre 20h30 e 21h30. 


Este ano, a campanha ganhou seu primeiro embaixador global: o Homem-Aranha. Por isso, os atores Andrew Garfield, Emma Stone e Jamie Foxx - protagonistas do novo filme do personagem, O Espetacular Homem-Aranha 2, que deve ser lançado em maio próximo por aqui - também aderiram à iniciativa. 



Mas estes não serão os únicos participantes ilustres da Hora do Planeta de 2014. "Ao longo da campanha, vamos apresentar outros embaixadores, reais e fictícios, para mostrar que é possível usar o poder que todos temos para salvar o planeta", conta Renata Soares, superintendente de Marketing do WWF-Brasil. 



Além das pessoas, empresas e instituições podem aderir à campanha. Basta se cadastrar no site e ajudar a divulgar a iniciativa por meio de banners e mídias sociais. As cidades também podem fazer parte desse movimento. Neste caso, as prefeituras devem solicitar o Termo de Adesão Hora do Planeta 2014 para oficializar seu envolvimento. Até agora, 15 cidades brasileiras confirmaram participação - no ano passado foram 113. 



A campanha começou em Sidney, na Austrália, em 2007. E não parou de crescer: mais de um bilhão de pessoas aderiram em cinco mil cidades de 152 países diferentes. As pirâmides do Egito, a Torre Eiffel, a Acrópole de Atenas, o Cristo Redentor (RJ) e a Ópera de Manaus estão entre os monumentos mais famosos que apoiam a iniciativa e se mantêm no escuro durante 60 minutos na data marcada.

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Engenheiro civil dá dicas para quem quer fazer um jardim vertical

Engenheiro civil dá dicas para quem quer fazer um jardim vertical
Março de 2014 • 

Em mundo cada vez mais urbano e cinza surge a necessidade da criação de áreas verdes. No entanto, as casas e apartamento estão cada vez menores e conseguir um cantinho para criar o tão sonhado espaço verde se torna quase impossível. O que muitos não sabem é que pode haver uma solução simples e viável: o jardim vertical.
A ideia é uma ótima opção para quem busca realizar uma mudança em casa ou mesmo no escritório e também melhorar a qualidade de vida. "Essa é uma solução tanto para ambientes internos quanto externos. Serve como decoração e embelezamento dos centros urbanos. Também pode ser combinado com um jardim suspenso", afirma o engenheiro civil e fundador da rede Rei da Reforma, René Conter.
Pode ser aplicada em espaços que vão desde varandas de apartamento até muros de casas. As espécies também variam: trepadeiras, suculentas, samambaias e outras. "O jardim vertical, conhecido também como eco parede, normalmente é composto de floreiras e cremalheiras, e são especialmente projetados para reservar água e repassar o excedente ao vaso debaixo, formando um efeito cascata até o último recipiente", explica.
Segundo Conter, para fazer um jardim vertical é possível encontrar no mercado blocos de concreto e de cerâmica pré-moldados, que já são vendidos com os formatos ideias para colocação de plantas e também para a correta drenagem. Outra opção mais simples são os kits de sistema modular, feitos de estrutura de plástico, onde os vasinhos são adquiridos separadamente.
"Obviamente também pode ser feito de uma forma mais artesanal e caseira. Você deve estar se perguntando como é possível? É muito fácil. Pregando vários vasinhos de diversos tamanhos na parede, formando uma composição harmoniosa. Para uma melhor drenagem, a dica é utilizar vasos e placas de fibra de coco", revela.
Esse tipo de vegetação nas construções oferecem muitos benefícios. Confira alguns deles:
- Conforto térmico e acústico para ambientes internos;
- Diminui a temperatura tanto do micro quanto do macro ambiente externo pelo controle de energia solar;
- Fácil montagem e manutenção;
- Diminui a amplitude térmica, contribuindo para maior durabilidade das edificações;
- Aumento da biodiversidade, pelos jardins verticais;
- O jardim vertical externo colabora com a diminuição dos efeitos da emissão de carbono, atenuante da poluição do ar.

sexta-feira, 21 de março de 2014

Para economizar água, uso de energia térmica é ampliado no Brasil

Para economizar água, uso de energia térmica é ampliado no Brasil
 Março de 2014 • 


O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) elevou em 6,9% a carga de energia elétrica proveniente de usinas termelétricas para suprir o baixo potencial das usinas hidrelétricas, que estão com os reservatórios de água com níveis abaixo do usual. Este acréscimo teve início no último sábado (8) e prosseguirá até 14 de março.
Por ser uma geração energética mais cara, os gastos são repassados para o consumidor final. No ano passado, o consumo deste tipo de energia, que é mais poluente, exigiu investimentos adicionais de R$ 9,5 bilhões, e neste ano, com os reservatórios mais baixos, a carência dessa alternativa será maior.
A necessidade de poupar água dos principais reservatórios do país fez com que o ONS elevasse o volume autorizado para despacho das usinas térmicas para 17.442 megawatts (Mw) médios ao longo da semana, ante 16.308 Mw médios da semana anterior (01 a 07).
De acordo com o ONS, o armazenamento de água melhorou um pouco em alguns reservatórios, que estavam em situação mais crítica, e são os que abastecem o Subsistema Sudeste/Centro-Oeste, que responde por mais de 70% da capacidade instalada do Sistema Interligado Nacional.
A situação nas demais regiões é mais tranquila, pois os reservatórios do Subsistema Sul armazenam 40,62% da capacidade instalada, o nível sobe para 42,12% nos reservatórios do Nordeste e dobra para 82,95% na Região Norte.

Bairro nobre de SP pode perder 5 mil árvores em troca de prédios de luxo

Bairro nobre de SP pode perder 5 mil árvores em troca de prédios de luxo
10 de Março de 2014 • Atualizado às 18h09


Moradores do bairro do Morumbi, na zona sul de São Paulo, entraram com ação no Ministério Público Estadual para proteger uma área de preservação ambiental ameaçada por empreendimentos imobiliários.
A faixa verde, à beira da Marginal Pinheiros, possui 717 mil metros quadrados de área e comporta mais de cinco mil árvores numeradas e catalogadas individualmente. Mesmo que seja considerada um patrimônio histórico tombado, a área pode ser substituída por 16 torres e um shopping. Caso saia do papel, o empreendimento será uma espécie de parede de concreto ao redor do Parque Burle Marx.
A região já foi alvo de problemas envolvendo empreendimentos luxuosos e os órgãos municipais de proteção ambiental. Em 2011, o condomínio Panamby ganhou as páginas dos jornais por despejar todo o seu esgoto diretamente no Rio Pinheiros. Mesmo com apartamentos que chegam a R$ 5 milhões, o condomínio não possuía sistema de tratamento de esgoto.
Agora foram os próprios moradores que resolveram se juntar para impedir que as novas construções sejam feitas. Em declaração ao jornal O Estado de S. Paulo, o advogado Roberto Delmanto explicou que já é possível perceber clareiras abertas em meio à floresta. Segundo ele, esse desmatamento em diferentes pontos é comum antes que as construtoras façam o pedido de licença. A justificativa é de que quando a prefeitura fizer as análises serão encontrados menos exemplares e menos espécies de árvores, o que facilita a autorização municipal.
Os moradores contam com fotos, vídeos e também com as plantas dos empreendimentos que estão planejados para a região. Há um ano a prefeitura já autorizou a retirada de 1.787 árvores nativas para a construção de um condomínio. E a população local garante que o novo desmatamento já começou.
As incorporadoras responsáveis pela área são a Camargo Corrêa e a Cyrela. A primeira delas já possui autorização da prefeitura, mas ainda aguarda a liberação das licenças ambientais para prosseguir com o projeto. A segunda admite que tenha interesse em construir na área, mas ainda não solicitou as licenças oficiais.
A região do Morumbi, mais especificamente a Vila Andrade, onde está localizado o Parque Burle Marx, é uma das últimas faixas de floresta nativa de Mata Atlântica que restou entre a represa de Guarapiranga e o Rio Pinheiros. Além disso, a região é uma das mais nobres da cidade, gerando alto interesse imobiliário.
Redação CicloVivo

quinta-feira, 20 de março de 2014

Sistema Cantareira atinge menor volume de água já registrado

Sistema Cantareira atinge menor volume de água já registrado
 Março de 2014 


O Sistema Cantareira, responsável por levar água à metade da população da região metropolitana de São Paulo, está com 16,0% da sua capacidade de armazenamento. De acordo com dados da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), é o menor volume de água registrado pela empresa.
Na semana passada, o governador do estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, admitiu que a Sabesp já trabalha com a hipótese de usar parte dos 400 milhões de metros cúbicos do volume morto do Sistema Cantareira. Volume morto é a parte do reservatório que não é alcançado atualmente pelas bombas. A Sabesp estuda instalar equipamentos para a retirada desta região.
No início do mês de fevereiro, o governo estadual lançou campanha para incentivar a economia de água, na qual os consumidores que usarem menos 20% da sua média de consumo terão 30% de desconto na tarifa. Ainda não há balanço dos resultados.
Flávia Albuquerque - Agência Brasil

Garotinho na lista dos políticos mais influentes da internet

Reprodução da Época
Reprodução da Época
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quarta-feira, 19 de março de 2014

Participe de hangout sobre o efeito das mudanças climáticas na Amazônia

Participe de hangout sobre o efeito das mudanças climáticas na Amazônia

Marina Maciel - Planeta Sustentável - /03/2014
Andre Deak/Creative Commons

O site Climasphere.org* tem um alerta importante para o Dia Internacional das Florestas, celebrado em 21 de março: a Amazônia, morada de uma em cada dez espécies conhecidas, está ameaçada pelas mudanças climáticas.

Para chamar a atenção para o efeito que a mudança do clima exerce sobre a maior floresta tropical do planeta, o portal vai promover um Google Hangout nessa data, às 13h30. O encontro também visa divulgar o que está sendo feito para proteger a Amazônia.

Intitulado “Going, going, gone? The Amazon rainforest and climate change”, o bate-papo reunirá representantes de ONGs, do governo e comunidades científicas, com mediação da jornalista Afra Balazina:
Fabio Scarano, vice-presidente sênior para a divisão das Américas da Conservation International (CI);
Paulo Artaxo, professor da Universidade de São Paulo (USP) e membro do IPCC;
Carlos Rittl, secretário executivo do Observatório do Clima;
Dan Nepstad, presidente e fundador do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), além de autor-colaborador do relatório do Grupo de Trabalho 2 (GT-2) do IPCC, que será divulgado em 31/03
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Manchete do JB Digital
Manchete do JB Digital


Sei que esse assunto é espinhoso, afinal de contas essa gente poderosa normalmente fica impune de tudo, e usa de todos os meios para perseguir e tentar destruir aqueles que lhes cobram coerência. Mas não posso deixar de fazer uma pergunta: Quem vai pagar o prejuízo de R$ 18 milhões que o TRE - RJ abriu num buraco no Centro do Rio de Janeiro? Esse é o valor enterrado numa obra embargada por falta de planejamento adequado, que a 8ª Vara Federal suspendeu em ação cautelar por diversas irregularidades, como falta de projeto executivo, falta de autorização do IPHAN, e violação da Lei das Licitações. O caso é gravíssimo e requer explicações daqueles que causaram um enorme prejuízo ao Erário Público.

Juízes não estão acima da lei, nem mesmo desembargadores. O prédio que seria ali construído estava causando danos ao bicentenário Hospital São Francisco de Assis, tombado pelo IPHAN. Por isso a obra não será retomada. Quem vai dar conta dos R$ 18 milhões já gastos até agora? Além disso, o relatório que resultou no embargo da obra apresenta situações gravíssimas quanto à probidade das atitudes tomadas. As Varas de Fazenda Pública que fiscalizam os gestores públicos não podem no caso de seus superiores julgá-los. A necessária correção deverá vir ou de ação no Conselho Nacional de Justiça ou no Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. É bom deixar claro para os leitores que a atual gestão do TRE - RJ não tem nenhuma responsabilidade pelos atos praticados por seus antecessores. Aliás, a atual administração também aprovou por unanimidade, a suspensão da obra e a instauração de processo administrativo para apurar diversas irregularidades no processo licitatório e no contrato de execução da obra.

O que se espera daqueles que julgam a vida de todas as pessoas é que eles sirvam de exemplo e não de vergonha. 

FONTE :BLOG DO GAROTINHO

terça-feira, 18 de março de 2014

Hamburgo quer tirar carros das ruas em 20 anos

Hamburgo quer tirar carros das ruas em 20 anos
Fevereiro de 2014 •


A cidade de Hamburgo, na Alemanha, está lançando um projeto ousado de mobilidade urbana. A intenção é devolver as áreas tomadas pelos carros aos pedestres, ciclistas e parques, reduzindo ao máximo o uso de automóvel para transitar pelas ruas.
O plano prevê a ligação das maiores áreas verdes do município, como parques, reservas, playgrounds, jardins comunitários e cemitérios. Isso corresponde a 40% da área total de Hamburgo, que será totalmente interligada por meio de ciclovias e vias para pedestres.
Chamado de Grünes Netz (em português, Rede Verde), o plano será concluído entre 15 a 20 anos. A partir de então, os moradores poderão circular por toda a cidade sem ter que tirar o carro da garagem.
Também serão ampliadas as áreas verdes. De forma que, assim como os moradores, os animais também sejam beneficiados. Serão conectados habitats para que as espécies possam cruzar o município sem serem atropelados.
Para que a “Rede Verde” seja, realmente, coloca em prática uma equipe da prefeitura atuará na junção de forças: cada um dos sete distritos da região metropolitana terá um representante.
Além de melhorar o trânsito na cidade, um dos principais objetivos do projeto é reduzir a poluição de ar. A temperatura média anual de Hamburgo está em 9 graus Celsius, aproximadamente, 1,2 grau a mais do que há 60 anos. Neste período, o nível do mar também subiu cerca de 20 centímetros.

Prefeitura de Hamburgo
Redação CicloVivo

5 infográficos para entender as mudanças climáticas

5 infográficos para entender as mudanças climáticasDébora Spitzcovsky - 17/02/2014 às 10:00

Os infográficos deste post integram a Revista do Clima, volume 2, publicada pelo Planeta Sustentável em dezembro de 2013
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Com o aquecimento global, todo mundo vai ficar pelado? Não! Mas, então, o que pode acontecer, caso a temperatura do planeta suba além do limite de 2ºC, estabelecido pela ONU? E, no Brasil, quais são os impactos das mudanças do clima? Aliás, quanto custa reduzir as emissões de gases de efeito estufa no nosso país?
Entender as questões climáticas não é fácil. Trata-se de um assunto denso e complexo, mas atual e muito importante para a sobrevivência do planeta, da maneira como o conhecemos hoje.
Por isso, o Planeta Sustentável produziu 5 infográficos a respeito do tema para serem publicados nas revistas parceiras da Editora Abril. O material reúne os dados mais relevantes sobre as mudanças climáticas – tudo de forma muito simples e resumida, afinal não temos tempo a perder. Não deixe de vê-los (e lê-los), antes de entrar em qualquer discussão sobre clima.      
1. SÉRA QUE VAI CHOVER? 
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(veja aqui o infográfico ampliado)

2. SOMOS NÓS 

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(veja aqui o infográfico ampliado)
3. COM O AQUECIMENTO GLOBAL, TODO MUNDO VAI FICAR PELADO? 

pagina-planeta-aquecimento-global-pelado
(veja aqui o infográfico ampliado)
4. OS CIENTISTAS ADVERTEM… 
cientistas-advertem-560
(veja aqui o infográfico ampliado)
5. QUANTO CUSTA REDUZIR AS EMISSÕES NO BRASIL?

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(veja aqui o infográfico ampliado)

segunda-feira, 17 de março de 2014

Aquecimento Global: professores da Uenf falam sobre efeitos na região

Aquecimento Global: professores da Uenf falam sobre efeitos na região

Produção agrícola seria uma das mais prejudicada no período de inverno
 Arquivo - Ururau / Reprodução *

Produção agrícola seria uma das mais prejudicada no período de inverno

As altas temperaturas registradas em todo o país nos últimos meses podem se tornar cada vez mais frequentes no decorrer do século. É o que aponta o estudo sobre os impactos do aquecimento global divulgado no final de 2013 pelo Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC), organismo criado em 2009 pelo Governo Federal com o objetivo de disponibilizar informações científicas sobre os aspectos relevantes das mudanças climáticas no Brasil.
Embora o momento seja de estiagem no Centro-Sul, as projeções mostram aumento de chuva no Sul e Sudeste e diminuição das chuvas no Norte e Nordeste, podendo apresentar, até o final do século, um acréscimo médio da temperatura global de 2ºC a 5,8°C (graus Celsius). A porção nordeste da Mata Atlântica poderá ter alta de temperatura (entre 2°C e 3°C) e baixa pluviométrica (entre 20% e 25%). 
Com base em experimentos realizados no Laboratório de Zootecnia e Nutrição Animal da Uenf (LZNA), o professor de aquicultura Manuel Vazquez Vidal afirma que, com o aquecimento das águas, animais de algumas espécies aquáticas podem sofrer morte embrionária em decorrência do aumento do consumo das reservas de vitelo, uma reserva de nutrientes das células-ovo que alimenta o embrião.
"O aquecimento provoca aumento no metabolismo dos animais pecilotérmicos (sangue frio), que passam a consumir mais nutrientes e antecipam sua época de reprodução. Num primeiro momento fica parecendo que apenas o calendário de desovas mudaria, mas o desenvolvimento embrionário também é afetado pela elevação da temperatura", disse.
Os anfíbios também poderão sofrer uma significativa diminuição nas suas populações existentes na Mata Atlântica. Estudo realizado por pesquisadores do Laboratório de Biogeografia da Conservação da Universidade Federal de Goiás (UFG) estima que até 12% das 431 espécies desses animais do bioma poderão ser extintas nas próximas décadas. O professor Carlos Ruiz-Miranda, do Laboratório de Ciências Ambientais (LCA) da Uenf, lembra que os impactos não se restringiriam à óbvia perda destas espécies nativas.
"Os anfíbios são parte de uma cadeia alimentar que envolve várias espécies de vertebrados".
Outros organismos como mamíferos, aves, insetos e vegetais também ficariam suscetíveis a tais mudanças climáticas. Diferentemente do que ocorre com a espécie humana, muitas dessas espécies não conseguem se adaptar, principalmente as vegetais. Professor do Laboratório de Engenharia Agrícola da Uenf (LEAG), Elias Fernandes de Sousa explica de que forma este cenário afetaria a produção agrícola na região Norte Fluminense.
"O aumento da demanda hídrica no inverno poderia intensificar os efeitos das estiagens que ocorrem frequentemente no inverno e, no verão, a maior frequência de chuvas intensas provocaria inundações e alagamentos. Esses dois eventos já prejudicam bastante a produção agrícola na região. Com o cenário de aquecimento, os efeitos danosos poderão se intensificar", afirma Elias, lembrando que o Norte Fluminense normalmente se destaca no Estado do Rio de Janeiro pelo baixo índice pluviométrico comparado a outras regiões. 
Para o pesquisador, os efeitos desse aquecimento não se restringirão a uma determinada espécie.
"Com esse cenário, muito provavelmente todas as espécies vegetais e animais seriam alcançadas, pois as alterações climáticas previstas podem afetar toda forma de vida", afirma.
Como uma das soluções para o Norte Fluminense, Elias afirma que a região dispõe de recursos hídricos e de estruturas hidráulicas que podem ser utilizadas para um manejo da água visando reduzir os efeitos das estiagens.
"Deve-se investir na recuperação dos solos e da vegetação nativa em áreas estratégicas para contenção de morros e redução da erosão, aumentando a infiltração de água no solo e reduzindo os efeitos das chuvas intensas, principalmente em áreas de baixa produção agrícola", conclui.
* Fotos: Mauro de Souza e Thiago Macedo - Arquivo / Reprodução

FONTE:SITE URURAU.

Reforço aéreo na África, para proteger os animais

DRONES E ROBÔS

Reforço aéreo na África, para proteger os animais

Mesmo proibida desde os anos 70, a caça de animais selvagens no Quênia só cresce. Para conter a prática, o Parque Nacional Masai Mara adotou drones. Veja como funciona o sistema de proteção

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Raquel Beer Veja - 02/2014
Conservation Drones.org

A caça a elefantes no Quênia é ilegal desde 1973 - e, no entanto, desde 2010 pelo menos 1 092 animais foram mortos por caçadores. O Parque Nacional Masai Mara, que abriga mais de mil elefantes em seus 1 510 km2 - o equivalente ao tamanho da cidade de São Paulo -, começou a utilizar drones no fim do ano passado para vigiar e proteger os animais.

1. A equipe responsável pela segurança dos animais usa um programa similar ao Google Earth para traçar o percurso que o drone deve fazer, levando em conta a localização dos poucos elefantes que já têm coleira com GPS. O lançamento da aeronave é autorizado via iPad;

2. O drone, de 60 centímetros de diâmetro, equipado com câmera de foto e vídeo de alta resolução, decola e começa a percorrer o caminho previamente determinado;

3. A equipe de segurança analisa as imagens captadas para monitorar os animais e detectar a presença de caçadores;

4. As imagens flagradas pelos drones são armazenadas e depois analisadas por especialistas do parque, que assim podem determinar quais áreas devem ser mais policiadas;

5
. Caso o elefante se aproxime de alguma pessoa suspeita, ou de áreas em que haja registros de caça ilegal, a equipe desloca alguns dos guardas do parque para o local e aproxima o drone do elefante. Afugentado pelo barulho da aeronave, o animal ruma para longe do perigo
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domingo, 16 de março de 2014

José Goldemberg: na prática, já vivemos um racionamento

CONSUMO DE ENERGIA

José Goldemberg: na prática, já vivemos um racionamento

O apagão do início de fevereiro foi um sinal de que há uma grave sobrecarga no sistema elétrico brasileiro, na avaliação de José Goldemberg, físico e ex-ministro de Ciência e Tecnologia

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Flávia Furlan Exame -/2014
CreativeCommons/johnnytakespictures

consumo de energia está crescendo por uma orientação do governo de ampliar o acesso da população a eletrodomésticos e a outros bens. Mas os investimentos para elevar a oferta de energia não têm acompanhado essa expansão. "O resultado é que o sistema elétrico está estressado", diz o físico José Goldemberg, professor do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo e ex-ministro das pastas de Ciência e Tecnologia e Meio Ambiente de 1990 a 1992. O pior: "Não há solução de curto prazo", afirma ele. "Por ora, é rezar para que chova."

Qual a sua avaliação sobre o apagão de 4 de fevereiro, que afetou 13 estados?
É um sinal grave de sobrecarga do sistema elétrico. Não tenho dúvida disso. O consumo está crescendo e não tem sido acompanhado das obras de infraestrutura necessárias. Então o sistema está estressado e no limite.

Qual o motivo para essa situação?A demanda por energia cresce rapidamente por uma orientação ideológica. O governo enfatizou o consumo das populações de baixa renda nos últimos anos. Não tenho objeção a isso, mas do jeito que está sendo feito leva a distorções.

Mas o investimento no setor tem crescido, certo?O investimento não está sendo feito corretamente. O governo entendeu que precisa atrair o setor privado com os leilões para geração. Só que, até recentemente, todas as fontes competiam entre si. Quem vencia sempre eram as hidrelétricas - o que é até bom, por serem mais baratas e poluírem menos. Mas elas sobrecarregam o sistema de transmissão, porque normalmente estão longe do local que abastecem. Outro problema é que os leilões são nacionais, mas deveriam ser regionais, para haver um tipo de geração que seja vantajosa - como a eólica no Nordeste, onde venta bastante, e a por biomassa em São Paulo, onde há muito bagaço da produção de cana-de-açúcar.

Qual o problema da transmissão de energia?Falta de manutenção. As linhas de transmissão são de responsabilidade do governo - só agora ele tem passado um pouco para a iniciativa privada. Eu fui presidente de uma empresa de energia e, dentro da cultura do setor, a manutenção não tem o mesmo prestígio da construção de usinas. A solução está em gerar mais energia, fazer leilões de forma correta e construir hidrelétricas com reservatórios para dar mais segurança ao sistema. Os ambientalistas vão reclamar, e o governo terá de gerir isso.

Há risco de racionamento de energia? Já estamos vivendo um racionamento na prática. É só ver as explicações oficiais depois do apagão: cortou-se a energia de um lugar e abasteceu-se aquele considerado mais importante. O operador do sistema fez muito bem. Mas isso mostra que o sistema cresceu desordenadamente.

Qual a diferença entre a reação do governo atual e a que houve no racionamento em 2001 e 2002?Naquela época, houve propaganda oficial para as pessoas apagarem as luzes e reduzirem o consumo. Desta vez, isso, que poderia ajudar muito, não está sendo feito.

O que esperar daqui para a frente?Se não chover dentro de um ou dois meses, os problemas vão se agravar. E aí não há solução para o curto prazo. O mais recomendável a fazer agora é rezar para que chova
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sábado, 15 de março de 2014

Brasileiro cria hortas verticais de baixo custo com garrafas PET

Brasileiro cria hortas verticais de baixo custo com garrafas PET
Março de 2014 • Atualizado às 16h36


O sistema Desenhe Plante transforma as paredes em hortas e jardins verticais sem gastar muito dinheiro e nem precisar de muito espaço, usando garrafas PET e outros materiais reaproveitados. Apostando em estratégias de design e arquitetura sustentável, o método criado pelo jovem empreendedor Irineu Costa Junior dá nova vida aos espaços cinza encontrados na cidade, e pode ser montado tanto pelos especialistas da empresa, como por pessoas com conhecimentos básicos de jardinagem.

O projeto surgiu com a tendência crescente dos jardins e hortas verticais pelo mundo, mas o idealizador apostou em materiais mais democráticos para a elaboração destas áreas verdes.  “Percebi que poderia unir a reutilização de garrafas PET com a ornamentação e cultivo de hortaliças em jardins verticais comparáveis aos construídos por renomados arquitetos”, diz Costa Junior, que aposta em diferentes desenhos nas suas criações.

Com o aproveitamento de materiais para a construção dos módulos verdes, o sistema garante uma economia de até 40% em relação aos jardins verticais convencionais. Além das garrafas PET, estas intervenções também utilizam outros recursos de design sustentável, como iluminação em LED e irrigação programável realizada por uma torneira simples. “Não estamos falando de um jardim artesanal como aqueles feitos de PET, em casa. O Desenhe Plante permite o plantio e instalação em paredes de alvenaria em boas condições, além da possibilidade de se fazer vários desenhos sem a necessidade de replantar os vegetais”, explica o idealizador.

Diversas plantas podem ser cultivadas nos módulos verdes verticais – o ideal é respeitar as características de cada ambiente, como a iluminação e as influências climáticas. Assim, vale apostar tanto em hortaliças que exigem cuidados mais simples e podem ser utilizadas na cozinha, como em plantas ornamentais.
Os locais que recebem pouca luminosidade, por exemplo, são indicados para o plantio de orquídeas e samambaias. Além disso, uma das vantagens do sistema é a ocupação de espaços versáteis. “Os módulos são excelentes para aplicação em quintais de casas, sacadas de apartamentos e jardins de inverno. Assim, você dará um destino digno a suas garrafas de refrigerante e também contribuir com as cooperativas de catadores da sua região”, completa o empreendedor.
A sede do projeto Desenhe Plante fica localizada em Sorocaba, interior de São Paulo, mas os trabalhos também são realizados na capital paulista e em todo o país – é o caso de um jardim em desenvolvimento em Curitiba. Costa Junior também explica que tem disponibilidade para fazer as instalações pessoalmente em outras partes do Brasil.
Por Gabriel Felix – Redação CicloVivo