quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Mudanças Climáticas Subestimando o aquecimento global: lacunas nos dados de temperatura do Ártico iludem cientistas e sociedade

Mudanças Climáticas

Subestimando o aquecimento global: lacunas nos dados de temperatura do Ártico iludem cientistas e sociedade

2014   -   Autor: Jeremy Hance   -   Fonte: Mongabay


Nenhum local na Terra está aquecendo mais rapidamente do que o Ártico, mas a velocidade que isso está acontecendo permanece um ponto de interrogação devido a grandes lacunas nos dados de temperatura ao longo dessa vasta região.
Um estudo recente publicado no periódico Quarterly Journal of the Royal Meteorological Society conclui que, além de o Ártico estar aquecendo oito vezes mais rápido do que o resto do planeta, erros na contabilização das temperaturas têm resultado na subestimativa do aquecimento ao redor do globo.
Recentemente, alguns cientistas têm notado que o ritmo do aquecimento parece ter diminuído – enquanto muitos céticos climáticos e a imprensa têm, erroneamente, alegado que o fenômeno estagnou. Porém, ao adicionar novos dados de temperatura dos satélites, cientistas relatam que o clima está aquecendo tão rapidamente quanto o previsto.
O principal autor do estudo, Kevin Cowtan, da Universidade de York, argumenta que é muito fácil enxergar como a exclusão das temperaturas do Ártico tem resultado em conjuntos imprecisos de dados da temperatura global.
“Se você fizer uma média, mas não considerar parte dos dados que se comportam diferentemente, então terá uma resposta errada”, disse ele ao mongabay.com. “Então, por exemplo, fazer uma média sobre como são as pessoas altas com base em um grupo amostral consistindo apenas de mulheres, o resultado seria subestimado – pois os homens são mais altos, na média. Da mesma forma, se for feita uma média da taxa de aquecimento da Terra baseada apenas em locais que não estão aquecendo muito rápido, então o resultado estará subestimado”.
Isso é exatamente o que tem ocorrido com o conjunto de dados do frequentemente citado Hadley Center e da Unidade de Pesquisas Climáticas (CRU, em inglês), que engloba 84% do planeta, mas deixa de fora grande parte do Ártico. O mesmo problema ocorre com dados do Centro Nacional de Dados Climáticos (NCDC) da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos(NOAA).
Por sua vez, o conjunto de dados GISS da NASA tem considerado o aquecimento no Ártico ao preencher as brechas com estações meteorológicas próximas, entretanto, mesmo estes cálculos ainda subestimam o aquecimento total compilado por Cowtan e seu parceiro, Robert Way, da Universidade de Otawa.
Em seu estudo, Cowtan e Way consideraram duas soluções possíveis para as falhas nos dados do Ártico.
“Uma é simplesmente extrapolar as estações meteorológicas mais próximas que usam dados do CRU. A NASA tem feito algo similar há muito tempo, mas o CRU tem trabalhado bastante para conseguir várias estações em latitudes altas”, comentou Cowtan. O outro método é mais novo: o par recorreu a satélites que medem a temperatura da baixa atmosfera com sensores de micro-ondas.
“Não é a mesma coisa que a temperatura da superfície, mas é um bom indicador da temperatura sobre o continente, e, até onde conhecemos, da superfície do gelo marinho também”, comentou Cowtan. Posteriormente, os pesquisadores usaram um método estatístico, conhecido pelos cientistas como “Krigagem”, para reconstruir temperaturas no nível da superfície com base em dados de satélite.
O Ártico tem sido monitorado por satélite apenas desde 1979, o que significa que eles só conseguem acabar com as lacunas até esse ano. Entretanto, o que os cientistas descobriram é chocante: os resultados mostram que, nos últimos 15 anos, as taxas de aquecimento têm disparado no Ártico, oito vezes mais rapidamente do que o resto mundo. Além disso, quando esse aquecimento é adicionado no total global, a tal diminuição das mudanças climáticas desaparece.
Por exemplo, dados dos HadCRU mostram o aquecimento geral em 0,05°C nos últimos 15 anos, mas adicionando os novos dados do Ártico, isso mais do que dobra para 0,012°C. Cowton disse ao mongabay.com que, apesar de a mudança não “ser muito” e não contribuir muito para o cenário em longo prazo – que é o que os cientistas climáticos estão preocupados –, mostra que o aquecimento global ainda está aumentando aceleradamente.
“A ciência diz exatamente o que sempre disse. Tudo o que fizemos foi colocar de lado um pouco da incerteza em relação às tendências de curto prazo, que estava sendo usada para obscurecer a ciência”, nota Cowtan, completando que “os cientistas têm, em sua maioria, sido cautelosos ao tirar conclusões de tendências de curto prazo, mas elas têm aparecido de forma significativa no discurso público”.
De fato, o discurso – e muitos céticos das mudanças climáticas – tem sido obsecado pelo clamor relacionado à “pausa” nas mudanças climáticas. Até o mais recente relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) toma nota da diminuição na taxa atual de mudança climática versus a passada. Diminuição essa, que, segundo Cowtan e Way, é baseada em dados fracos.
“O HadCRUT e o NCDC precisam lidar com o problema. Idealmente, deveriam encontrar outra abordagem para lidar com a questão – quanto mais esse problema for atacado de forma diversa, mais claro o cenário fica”, ponderou Cowtan, que ressalta que a base de dados da NASA é a mais próxima às suas conclusões, mas ainda subestima um pouco o aquecimento, apesar de os pesquisadores ainda não terem certeza por que.
O aquecimento rápido do Ártico já desregula os ecossistemas. Em 2012, a extensão do gelo marinho caiu 50% abaixo da média do período 1979-2000 e chegou ao menor ponto já registrado, alarmando cientistas. No total, o Ártico perdeu cerca de 40% do gelo marinho desde 1980.
Pesquisadores estimam que o Oceano Ártico não terá mais gelo em algum momento entre 2020 e 2100. Recentemente, cientistas teorizaram que a perda de gelo marinho no Ártico pode ser responsável por extremos climáticos em locais como Estados Unidos e Europa, tais como correntes de jato incomuns, e até pela forte onda de frio que atingiu a América do Norte.
Citação: Kevin Cowtan and Robert G. Way. (2013) Coverage bias in the HadCRUT4 temperature series and its impact on recent temperature trends. Quarterly Journal of the Royal Meteorological Society. doi:10.1002/qj.2297
Traduzido por Fernanda Müller
Leia o original no Mongabay (inglês)

Restos de uísque são capazes de purificar a água


Restos de uísque são capazes de purificar a água



A pesquisadora Leigh Cassidy, da Universidade de Aberdeen, na Escócia, desenvolveu um método que pode revolucionar o tratamento de água no mundo todo. Utilizando os resíduos da produção de uísque, a especialista conseguiu eliminar da água o arsênico, substância contaminante encontrada no solo, que causa a morte por envenenamento de várias pessoas no mundo. Sabendo aproveitar a bebida até a última gota, a cientista já desenvolve projetos concretos para a aplicação da nova técnica sustentável.
Com objetivo de encontrar uma solução para a poluição da água no Reino Unido, Leigh desenvolveu a nova técnica, depois de verificar que o insumo gerado após a fermentação da bebida, chamado de borra, poderia ser um agente eficaz na limpeza da água contaminada. Segundo o jornal The Guardian, são as cascas de cevada encontradas na mistura que são usadas na filtragem do arsênico, formando um filtro com os resíduos dos grãos.
No laboratório da Universidade de Aberdeen, a cientista modificou as sobras do uísque e adicionou um ingrediente secreto, criando o filtro DRAM (siga em inglês para Dispositivo para Remediação e Atenuação de Múltiplos Poluentes). Com o sucesso das experiências, o método de purificação rendeu à pesquisadora uma parceria com a empresa social canadense PurifAid, que tem por objetivo levar a técnica aos locais em que a população sofre com a contaminação da água e do solo por arsênico.
A intenção é comercializar cada filtro DRAM por dez dólares, e o primeiro destino da equipe é Bangladesh, país asiático que tem o solo contaminado por altos níveis de arsênico. Por lá, estima-se que uma em cada cinco mortes são causadas pela ingestão da substância. São cerca de 77 milhões de pessoas ameaçadas pela propriedade nociva, mesmo com pesados investimentos públicos para a obtenção de água potável e projetos de aproveitamento da água da chuva.
Além do método de filtragem, os escoceses já descobriram diversas utilidades para o uísque, que vão além da mesa do bar e das festas. Devido ao alto teor energético, o scotch pode produzircombustíveis limpos e já é utilizado na geração de eletricidade – é o caso da usina Helius Energy, que leva energia renovável a mais de nove mil residências escocesas.
Redação CicloVivo

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Artista usa areia como tela para suas obras na Califórnia

Artista usa areia como tela para suas obras na Califórnia
 Fevereiro de 2014 •


Sem agredir a natureza, o artista Andres Amador, de São Francisco, realiza um belíssimo trabalho nas praias da Califórnia (EUA). Sua arte é feita na areia, sendo que os desenhos costumam ser feitos em até duas horas. Entretanto, contemplar o resultado é quase impossível: as águas do mar limpam a sua tela momentos depois de finalizada.

Com um rastelo na mão e os pés na areia, Amador precisa ser rápido, antes que a maré suba e apague o trabalho já iniciado. Depois de pronto também resta pouco tempo para ser apreciado pelo público que se forma em torno da praia. Os cliques de pessoas desconhecidas e do próprio artista garantem que a efemeridade de suas obras se eternize.

“Com as criações, gosto de deslumbrar as pessoas, de trazer maravilha e beleza ao mundo”, afirma Amador em seu site. “A única constante em nossa existência é a impermanência. No final, as nossas vidas são sobre as experiências que tivemos, e não sobre as coisas que temos realizado”, relata o artista.

O conceito de “impermanência” está muito presente no contexto budista em que se prega, entre outras coisas, o desapego e a aceitação. Em seus desenhos é possível perceber uma forte influência esotérica.

A maior parte de seus trabalhos foi realizada no norte da Califórnia. Segundo ele, é bom ter sempre uma tela em branco nas areias das praias.

Sua arte é levada para diversos eventos e ele realiza workshops com oficina de criação e arte. 

GreenClick lança selo de certificação sustentável para websites


GreenClick lança selo de certificação sustentável para websites



Um estudo realizado pelo Greenpeace mostra que o mundo tem mais de 30 milhões de data centers. O consumo de energia elétrica gerada para manter sites em funcionamento na nuvem já soma quase 700 bilhões de kWh, e em 2020, pode superar os volumes de consumos da França, Alemanha, Canadá e Brasil juntos.
Diante deste cenário, surge a GreenClick, empresa que contribui com a neutralização da emissão de CO2 no país, emitindo selo de certificação sustentável para websites.
A iniciativa calcula o consumo estimado de energia gerada pelo site por meio do número de visualizações de página (pageviews). Após a contratação do serviço, o cliente recebe um selo de certificação sustentável, que é publicado nas páginas do seu site. Com um clique, é possível verificar por quantas árvores a empresa tornou-se responsável e quantos quilos de CO2 são neutralizados com a iniciativa.
“A GreenClick possui também uma ferramenta que audita o número de pageviews do site, ou seja, comprova a veracidade da informação”, explica Cecília Vick, Diretora Executiva da GreenClick.
Cada árvore neutraliza aproximadamente 7 kg de monóxido de carbono, assim, a meta da empresa é agir sobre 70 toneladas de CO2 em um ano. “A ideia é termos 10 mil árvores plantadas até o final de 2014”, contabiliza Cecília.
“Sabemos que o selo de certificação é uma parte de ações amigas do meio ambiente. O Selo pode motivar as corporações a aderirem à outras ideias sustentáveis”, explica a Diretora Executiva.
A GreenClick plantará as árvores por todo o território nacional, em parceria com um programa regional do IBF - Instituto Brasileiro de Florestas. Qualquer site pode aderir a iniciativa.

Maior ponte solar do mundo é inaugurada em Londres


Maior ponte solar do mundo é inaugurada em Londres



Londres concluiu na última quarta-feira (22) a maior ponte solar do mundo com mais de 4.400 painéis solares instalados acima da nova plataforma da estação Blackfriars.
A histórica estação ferroviária de Londres passou por uma revitalização de milhões de libras, para atender mais passageiros e melhorar o serviço de trem. A obra, que se iniciou em 2011, inclui o alargamento da plataforma junto a Ponte Blackfriars, uma estrutura construída em 1886 que atravessa o Rio Tamisa.

Foto: Divulgação/London Networkrail e SolarCentury
A ponte vitoriana possui cerca de seis mil metros quadrados de painéis fotovoltaicos (PV), satisfazendo metade da necessidade energética da estação, tornando-se o maior painel solar da cidade e a maior ponte solar do mundo.
A Solarcentury, empresa britânica que está gerenciando a instalação, espera que os painéis gerem cerca de 900 mil kWh de eletricidade por ano, reduzindo as emissões anuais de CO2 em aproximadamente 511 toneladas.
"A Ponte Blackfriars é um local ideal para a energia solar, um novo grande espaço de telhado icônico, bem no coração de Londres", disse Derry Newman, executivo-chefe da Solarcentury, em um comunicado.
"Estação de edifícios e pontes são partes fixas de nossa paisagem urbana e é ótimo ver que esta gerará energia renovável todos os dias no futuro. Para que as pessoas vejam que a energia solar está funcionando este é um passo vital para um futuro de energia limpa."

Foto: Divulgação/London Networkrail
Outras medidas de economia, tais como sistemas de coleta de água da chuva e tubos de sol para iluminação natural, também foram instalados na Blackfriars, como parte dos planos da Network Rail (Rede Ferroviária) para reduzir as emissões de carbono em 25% por quilômetro a cada passageiro até 2020.
Lindsay Vamplew, diretora de projetos da Rede Ferroviária Blackfriars, disse que a reforma irá tornar a estação um modelo para as estações verdes ao redor do mundo. “Nós estamos criando uma estação espaçosa e moderna e entregando um melhor serviço de trem para os passageiros, enquanto que, ao mesmo tempo a instalação do maior painel solar de Londres faz a Blackfriars mais ecológica e sustentável”.
"A ponte faz parte da história da nossa estrada de ferro", disse ela. "Construído na era do vapor, estamos trazendo a tecnologia solar do século 21 para criar uma estação icônica para a cidade."

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

6 plantas que melhoram a qualidade do ar em residências

6 plantas que melhoram a qualidade do ar em residências


Quem mora nas grandes cidades sofre muito com a poluição urbana. O ar poluído pode afetar até mesmo os que passam mais tempo em casa do que nas ruas. Isso acontece porque o ar que circula nos ambientes internos também pode ser prejudicial à saúde humana.
Neste sentido, não só como item de decoração, cultivar plantas em casa é um grande benefício para seus moradores. Algumas plantas, em especial, podem desempenhar seu papel de forma mais eficaz. Conheça seis delas que melhoram a qualidade do ar.
Azaléia

Foto: Lucyinthesky (CC2.0)
Eficiente para combater poluentes como COVs (Compostos orgânicos voláteis) e amoníacos (um composto presente em diversos produtos de limpeza). Essa planta é indicada para cozinhas e banheiros. Precisa de rega apenas uma vez por semana e de cinco horas de sol diariamente.
Bromélia

Foto: Gert Jan (CC2.0)
Ajuda na absorção de fumaça, por isso é indicada para cozinha. Para manter essa planta, basta fazer uma rega a cada três dias. Ao contrário da Azaléia que precisa de muito sol, a Bromélia necessita apenas de luz solar indireta.
Cacto

Foto: Sergis Blog (CC2.0)
Muito útil para barrar as ondas eletromagnéticas. É indicado ter um cacto na sala próximo ao aparelho de TV ou na cozinha, junto ao micro-ondas. Para os supersticiosos, a planta ajuda a tirar o mau olhado nos ambientes.
Gérbera, begônia e crisântemo

Foto: dinesh_valk (CC2.0)
São indicadas para as residências onde há fumantes. As três podem atuar com eficiência contra a fumaça de cigarro. A Gérbera gosta de luz, já a Begônia tem que ser protegida da luz solar direta, assim como a Crisântemo que, apesar de precisar de muita luz, não suporta sol direto. Elas devem ser expostas nas salas e quartos.
Redação CicloVivo


Programa seleciona projetos de sustentabilidade para financiamento

Programa seleciona projetos de sustentabilidade para financiamento
30 de Janeiro de 2014 • Atualizado às 08h21


Com o intuito de apoiar projetos que contribuam para o desenvolvimento sustentável do país nasceu o programa Inova Sustentabilidade. Os interessados em ter suas ideias avaliadas e, quem sabe, financiadas têm até a próxima sexta-feira (31) para se manifestarem.
O programa incentivará investimentos na área ambiental com base em soluções inovadoras. As propostas devem apresentar maneiras de amenizar os impactos das atividades produtivas sobre o meio ambiente e devem se encaixar em uma das seguintes linhas temáticas: produção sustentável, recuperação de biomas brasileiros e fomento às atividades produtivas sustentáveis de base florestal; saneamento ambiental; e monitoramento de desastres ambientais.
Podem participar do processo seletivo empresas independentes ou pertencentes a grupos econômicos. O programa poderá financiar Planos de Negócios acima de cinco milhões de reais, com prazo de execução de até 60 meses. Veja aqui o edital.
O programa é realizado, em parceria, pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Ministério do Meio Ambiente (MMA).
Redação CicloVivo 

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Pesquisadores encontram espécies de peixes não documentadas no Brasil

Pesquisadores encontram espécies de peixes não documentadas no Brasil


Buscando mapear a fauna em uma região ainda não estudada, pesquisadores do Instituto Mamirauá descobriram duas espécies de peixes nunca documentadas no Brasil. A Pyrrhulina zigzag e aApistogrammoides pucallpaensis foram encontradas na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, município de Maraã, no limite entre essa unidade de conservação estadual e a Reserva Extrativista Auati-Paraná, ambas no Rio Amazonas.
Os peixes são caracterizados pela beleza ornamental e o porte pequeno. Eles são encontrados com facilidade na Amazônia peruana. Durante fevereiro, maio, agosto e novembro de 2013 os pesquisadores fizeram expedições na reserva.
“Esta é uma área que estamos começando a estudar. Então, fizemos a coleta de peixes nos períodos de seca, enchente, cheia e vazante. As duas espécies foram encontradas em todas as expedições”, comentou o técnico de pesquisa em ecologia e biologia de peixes, Jonas Oliveira.
Na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá os pesquisadores tiveram cinco pontos para coletar os dados. Oliveira acredita que a vinda destes animais se deve ao fato do local ser um habitat propício para as espécies. “Eles estão em uma área de várzea. O Apistogrammoides costuma ficar em área de lama que é a mesma que temos aqui”, explicou.
Agora, os pesquisadores do Instituto Mamirauá querem estudar a incidência destes animais e descobrir o motivo do encontro das espécies no Rio Auati-Paraná, que faz confluência com os Rios Japurá e Solimões. As informações são do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

Ingo Koslowski/Fish Base

Proposta obriga órgãos públicos a instalarem coletores de pilhas usadas

Proposta obriga órgãos públicos a instalarem coletores de pilhas usadas



Órgãos públicos federais, estaduais e municipais, dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, serão obrigados a instalar, em suas dependências, coletores de pilhas e baterias portáteis usadas. É a medida prevista no Projeto de Lei 5712/13, do deputado Luiz de Deus (DEM-BA).
A regra se aplica para pilhas e baterias utilizadas em telefonia e equipamentos eletroeletrônicos (jogos, brinquedos, ferramentas elétricas portáteis, equipamentos de informática, lanternas, equipamentos fotográficos, entre outros). Segundo a proposta, os coletores deverão ser instalados em locais visíveis e de fácil acesso.
O deputado argumenta que o projeto busca aumentar os locais de coleta para facilitar a correta destinação de pilhas e baterias, retirando-as do meio ambiente. “A grande preocupação com o tema está ligada aos danos causados à saúde e ao meio ambiente pelas substâncias químicas contidas nas baterias e pilhas. Estudos revelam que esses materiais podem estar ligados à anemia, a problemas neurológicos e ao desenvolvimento de câncer”, afirma o parlamentar.
Descarte correto
A proposta também determina que os materiais recolhidos sejam entregues a estabelecimentos que comercializem pilhas e baterias ou à rede de assistência técnica autorizada pelas respectivas indústrias. Eles devem então repassá-los aos fabricantes ou importadores, para que estes adotem, diretamente ou por meio de terceiros, os procedimentos de reutilização, reciclagem e tratamento.
Tramitação
O projeto será analisado de forma conclusiva pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Veja na íntegra a PL-5712/2013.
Agência Câmara Notícias

Reunião define membros do Conselho de Proteção a Serra do Itaoca

Reunião define membros do Conselho de Proteção a Serra do Itaoca

Por Thábata Ferreira
A primeira reunião para a formação do Conselho Consultivo da Área de Proteção Ambiental (APA) da Serra do Itaóca será realizada no próximo dia 11, às 16h, no Centro de Educação Ambiental. A reunião é promovida pela secretaria Municipal de Meio Ambiente, através do setor de Estruturação de Unidades de Conservação Ambiental.

Qualquer pessoa poderá participar da reunião, que será aberta à comunidade. Na ocasião, serão escolhidos cinco membros da sociedade civil organizada e governo, que irão compor o Conselho, já que se trata de composição paritária.

O conselho tem como objetivo cooperar com ações voltadas à efetiva implantação e implementação dos instrumentos de gestão das Áreas de Preservação Ambiental. Segundo o secretário de Meio Ambiente, Zacarias Albuquerque, o primeiro passo do conselho será a efetivação da obra da sede deste, que já possui projeto e está em fase de orçamento.

- Uma das primeiras ações do conselho também será no sentido de centralizar, em parceria com a Guarda Ambiental, a fiscalização na Área de Preservação Ambiental da Serra do Itaóca e confeccionar o Plano de Manejo, que consiste num documento técnico que define o tipo de uso das áreas específicas no Morro do Itaoca - pontuou Zacarias.

Postado por: Secom - 05/02/2014 11:59:49


sábado, 8 de fevereiro de 2014

Mundo pode desmatar área equivalente ao tamanho do Brasil até 2050

Mundo pode desmatar área equivalente ao tamanho do Brasil até 2050



Cerca de 849 milhões de hectares de terra - quase o tamanho do Brasil - podem ser desmatados até 2050, caso os padrões atuais de uso da terra continuem, alerta um novo relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) lançado na última sexta-feira (24) em Davos, na Suíça.
Segundo o relatório “Avaliação Global do Uso da Terra: Equilíbrio do Consumo com o Fornecimento Sustentável”, a necessidade de produzir alimentos para uma população global em crescimento levou a agricultura a ocupar 30% das terras do mundo, resultando em uma degradação e perda de biodiversidade em 23% dos solos globais.
“Como a terra é um recurso limitado, precisamos nos tornar mais eficientes na forma de produzir e consumir. As recomendações do relatório alertam líderes e contribuem para as discussões sobre o uso sustentável de recursos, incluindo novas metas para o desenvolvimento sustentável pós-2015”, afirmou o subsecretário-geral da ONU e diretor executivo do PNUMA, Achim Steiner, no lançamento do documento.
O estudo foi produzido pelo International Resource Panel (IRP) com a participação de 27 cientistas, 33 representantes de governo e especialistas, e está disponível em inglês no site do PNUMA, veja aqui

Plantio de árvores em escola municipal de Ururaí

Plantio de árvores em escola municipal de Ururaí

Por Telmo Filho
A Secretaria de Meio Ambiente plantou 22 árvores no pomar da Escola Municipal João Borges Barreto, em Ururaí, nesta quarta-feira (5). Ao todo, foram plantadas 17 mudas de árvores frutíferas, como caju, pitanga, acerola, amora e abricó, e cinco nativas, entre elas, Pau-Brasil. O plantio faz parte do projeto + Verde, que vem sendo desenvolvido em parceria com a Secretaria de Governo.

Segundo o coordenador de Arborização da Secretaria de Meio Ambiente, Wilson Silva, a meta é plantar entre 10 mil e 15 mil árvores em todo o município ao longo deste ano. Wilson lembrou que o + Verde começou a ser desenvolvido nos canteiros das principais avenidas de Campos e que já se expandiu para os conjuntos habitacionais e para as escolas e creches da rede municipal.

De acordo com a diretora da Escola João Borges Barreto, Maria Tereza Teixeira Nunes, o projeto é muito importante, pois vai ofertar sombra e fresca para os alunos e todos os funcionários da escola. “Vamos contar também com uma área externa para que os professores possam desenvolver um trabalho didático e diferenciado”, afirmou a diretora.



Postado por: Francisca de Assis - 05/02/2014 16:03:14