domingo, 29 de dezembro de 2013

OAB relembra 25 anos da morte de Chico Mendes

OAB relembra 25 anos da morte de Chico Mendes


Brasília – Completaram-se no domingo 25 anos da morte do seringueiro e líder ambientalista Chico Mendes. Alvejado por um tiro de espingarda, Chico Mendes tornou-se ícone da luta por preservação da Amazônia e uma inspiração para milhões de brasileiros. Segundo o presidente do Conselho Federal da OAB, Marcus Vinicius Furtado Coêlho, o seringueiro mostrou ao mundo a importância da preservação.
“Chico Mendes pôs a questão da preservação dos recursos naturais como tema central da agenda de discussão do país”, afirmou o presidente da OAB. “Neste momento em que lembramos a luta deste líder, reafirmo o compromisso da OAB com o direito ao meio ambiente de forma equilibrada.”
Francisco Alves Mendes Filho, o Chico Mendes, acreditava no uso responsável dos recursos da Floresta Amazônica. Tendo passado grande parte de sua vida em Xapuri, no Acre, participou de sindicatos e enveredou pela política. Sua morte, em 22 de dezembro de 1988, aos 44 anos, chocou todo o país e repercutiu no mundo, trazendo atenção para a insegurança de quem lutava por melhores condições de vida e de trabalho na Amazônia.

Refúgio de aves, Lagoa do Peixe será opção de roteiro para turistas na Copa


 Refúgio de aves, Lagoa do Peixe será opção de roteiro para turistas na Copa

Local é um dos parques nacionais promovidos pelo governo do estado.
Além de passeio turístico, pesquisadores encontram espécies diferentes.

Do G1 RS
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Lagoa do Peixe (Foto: Reprodução/RBS TV)Lagoa do Peixe é paraíso de aves migratórias (Foto: Reprodução/RBS TV)
 Um passeio diferente encanta turistas no Litoral Sul do Rio Grande do Sul. A Lagoa do Peixe, na cidade de Tavares, permite ficar próximo à natureza. O santuário ecológico é protegido por lei e foi transformado em parque em 1986, como mostra a reportagem do Jornal do Almoço, da RBS TV (veja no vídeo ao lado). O local é promovido também pela organização da Copa do Mundo.
Entre o Oceano Atlântico e a Lagoa dos Patos, os quase 36 mil hectares de área reservam cenários como imensas dunas preservadas. Além de proporcionar belas paisagens, o Parque Nacional da Lagoa do Peixe tem grande importância ambiental. É considerado um dos principais refúgios de aves migratórias, que viajam quilômetros, e encontram ali descanso e comida em abundância.
“Os parques nacionais são sempre procurados em visitação. Aqui a natureza é praticamente intacta e tem muito apelo em razão das aves. Dentro do Brasil, este é o local que mais recebe aves do Hemisfério Norte”, explica o turismólogo João Batista.
A ligação entre a água salgada do oceano e a água doce da lagoa criou um local perfeito para o encontro de flamingos, cisnes e garças. O maçarico, por exemplo, sacia a fome depois de viajar 8 mil quilômetros desde o Canadá. O local reúne 250 espécies de aves, o que atrai fotógrafos e pesquisadores de todo o país.
Além dos pesquisadores, a Copa do Mundo de 2014 pode fortalecer ainda mais o turismo na região. O Parque da Lagoa do Peixe foi um dos cinco novos roteiros aprovados pelo governo do Rio Grande do Sul e pelo Sebrae.
“A gente tem toda uma característica ambiental dentro do Parque da Lagoa do Peixe e na área de entorno que favorece a realização de determinadas atividades, como a observação de aves”, explica Roseli Nascimento, consultora do Sebrae.

Vilarejo captura diariamente centenas de cobras para fazer sapatos

Vilarejo captura diariamente centenas de cobras para fazer sapatos

Moradores do vilarejo de Kertasura (Indonésia) capturam diariamente centenas de cobras, de diferentes tipos, nas matas, nos arrozais e no litoral da região da ilha de Java - totalizando 200 quilos.

Depois da captura, o couro é separado da carne e vendido a países ricos para a confecção de sapatos para homens e mulheres.

Couros com padronagem mais incomum são mais valorizados no mercado internacional.
Fotos: Barcroft Media/Other Images

sábado, 28 de dezembro de 2013

Conheça Minha Fanpage de Trabalho: https://www.facebook.com/ytujr6ths6ursu

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Professor,Advogado ,militante político há muitos anos ,com experiência na função de Gestor Público,tendo ocupado diversos cargos no Governo de Campos dos Goytacazes.Secretário de Serviço Público, Meio ambiente e Defesa Civil e Limpeza Pública e atualmente Secretário de Meio Ambiente da Prefeita Ro...

Saiba mais sobre meio ambiente em Campos: leia a página oficial da Secretaria do meio ambiente

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Arquiteto cria edifício agro-urbano em cidade japonesa

Arquiteto cria edifício agro-urbano em cidade japonesa



O edifício Asian Crossroads Over the Sea (ACROS), localizado na cidade de Fukuoka, no Japão, é praticamente um parque urbano. Construído em 1994, ele possui três fachadas convencionais: uma delas, possui enormes terraços, que, juntos, assemelham-se a uma montanha. O local era o último espaço verde restante no centro da cidade.
O projeto, do escritório de arquitetura argentino Emilio Ambasz & Associates, propõe uma solução nova para um problema urbano comum: conciliar o desejo de desenvolver um lugar para uso rentável, oferecendo, ao mesmo tempo, espaços verdes. O plano de Fukuoka atende às duas necessidades numa única estrutura, através da criação de um modelo inovador agro-urbano.

Foto: Divulgação/Prefeitura de Fukuoka
Os 15 terraços, que atingem cerca de 60 metros acima do solo, contém 35 mil plantas, representando 76 espécies. Um grande átrio semicircular e um saguão triangular proporcionam contraste com a vegetação.

Foto: Divulgação/Prefeitura de Fukuoka
O telhado verde reduz o consumo energético do edifício, pois mantém a temperatura interna mais constante e confortável, além de captar águas pluviais e dar suporte à vida de pássaros e insetos.

Foto: Divulgação/Prefeitura de Fukuoka
Uma série de espelhos d’água nos terraços são conectados por pulverização ascendente de jatos de água. Estas piscinas ficam acima do átrio de vidro, no interior do edifício central, trazendo luz difusa para o interior.

Foto: Divulgação/Prefeitura de Fukuoka
Uma grande "pedra" ao pé do parque-terraço atravessa a entrada em forma de “V”. Este elemento também funciona como ventilação de escape para os pisos subterrâneos e como um palco elevado para apresentações de música no local.
O lugar também possui sala de exposições, museu, teatro, sala de conferências, escritórios privados e governamentais, bem como vários níveis subterrâneos de estacionamento e lojas.

Foto: Divulgação/Prefeitura de Fukuoka
O ACROS é muito utilizado como área de exercício e de repouso, com vistas para a cidade e para o rio, que corre ao lado da construção.

Foto: Divulgação/Prefeitura de Fukuoka
Mayra Rosa - Redação CicloVivo

Dispositivo utiliza abelhas para detectar câncer e outras doenças

Dispositivo utiliza abelhas para detectar câncer e outras doenças



Um dispositivo criado por uma designer portuguesa utiliza a aguçada sensibilidade das abelhas para encontrar tumores e outras doenças graves no organismo humano. Por meio do novo aparelho, os insetos passam a dar complemento aos exames, identificando, ainda em fase inicial, as anormalidades na saúde das pessoas.
Desenvolvido pela designer Susana Soares, o dispositivo é composto por duas câmaras e conectado ao corpo do paciente submetido ao exame. Em um dos reservatórios, o cheiro exalado pelo organismo da pessoa é retido, e, no outro, ficam as abelhas prontas para entrar em ação: caso um odor desconhecido seja identificado, elas ficam perturbadas, voando em direções diferentes, o que explica a ocorrência das doenças.

As abelhas conseguem perceber as menores moléculas presentes no ar e são sensíveis às propriedades exaladas pelas glândulas apócrinas, que carregam as informações sobre a saúde do organismo. Segundo informou recentemente o site InHabitat, quando colocados no dispositivo, os polinizadores identificam todos os odores relacionados ao câncer de pulmão, câncer de pele e do pâncreas, assim como tuberculose.
O grande avanço sustentável para a descoberta de doenças foi apresentado na Dutch Design Week, um dos mais importantes eventos de design da Europa, realizado em Eindhoven, na Holanda. Ainda não há previsão de quando o equipamento passará a ser utilizado nos hospitais e laboratórios, mas, em algumas partes do mundo, as abelhas já vêm sendo incorporadas em biosensores, durante a execução de exames específicos.
Por Gabriel Felix – Redação CicloVivo

10 momentos marcantes da sustentabilidade em 2013Débora Spitzcovsky -

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2014 já está batendo na porta, mas antes de dar as boas vindas ao novo ano, a equipe do Planeta Sustentável*, da Editora Abril, preparou esta lista com os 10 momentos da sustentabilidade que marcaram 2013. Além de lembranças, esperamos que eles deixem um legado de inspiração para o surgimento de outras boas iniciativas em prol de um mundo melhor. Feliz ano novo!
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1. REDUÇÃO DA FOME NO BRASIL  

A boa notícia foi divulgada pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), em junho deste ano. Segundo a agência da ONU, desde 1990, o Brasil reduziu em 53% a proporção de pessoas que passam fome em seu território.
Com isso, o país atinge – 2,6 anos antes do prazo -, o Objetivo de Desenvolvimento do Milênio número um da ONU, que prevê que, até 2015, as nações diminuam pela metade o número de cidadãos famintos.
Apesar da conquista, o Brasil não pode relaxar: dados do governo revelam que cerca de 7% da população brasileira ainda passa fome, o que representa 13 milhões de cidadãos.  
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2. MANIFESTAÇÕES POPULARES

“Quem estava no Brasil em meados de junho presenciou um momento histórico, um ataque de raiva, um basta de quem segurou por muito tempo o que tinha para dizer ”. Foi assim que Rodrigo Vieira da Cunha, jornalista e embaixador do TEDx na América Latina, descreveu – em artigo para a revista Vida Simples, publicado em nosso site – asemblemáticas manifestações que aconteceram por todo o Brasil no final do primeiro semestre de 2013.    
A população surpreendeu a si mesma, foi em massa para as ruas e deixou sua mensagem: não acha normal as notícias de corrupção que pipocam na mídia e deseja mudanças urgentes. Mas, talvez, o mais importante recado deixado pelo povo – até mesmo de forma não intencional – foi quanto à ineficiência dos atos de violência. “Mostramos para nós mesmos que uma democracia se constrói também por passeatas e palavras de ordem, quase sempre pacíficas. E que assim é possível mudar as coisas. (…) Não é preciso disparos para causar uma revolução”, escreveu Vieira da Cunha.
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3. PODEMOS ATINGIR META DE REDUÇÃO DO DESMATAMENTO ANTES DO PRAZO
Em agosto, Carlos Klink, secretário nacional de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental, garantiu que, antes do prazo, o Brasil vai atingir meta para reduzir em 84% o desmatamento, que ainda é a principal fonte das emissões de gases do efeito estufa do país.
Klink não informou o ano exato em que a conquista acontecerá, mas disse que, antes de 2020, o país chegará a um patamar inferior a 4 mil quilômetros desmatados por ano –conforme prometeu na Conferência do Clima de Copenhague, em 2009 – e que o governo está ciente de que é importante adotar medidas para manter esse resultado.
Com a redução do desmatamento, o Brasil diminuirá em 60% suas emissões de gases poluentes e vai ajudar a cobrir em 50% o déficit de emissões que haverá no mundo em 2020, segundo estudos. Ao oferecer tal contribuição global, o país fica com “mais moral” para cobrar esforços mais efetivos dos outros países.
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4. A POLÊMICA DOS COSMÉTICOS TESTADOS EM ANIMAIS

Os beagles do Instituto Royal ficaram famosos em 2013 depois de uma ação coletiva de protetores dos animais. Em uma madrugada de outubro, eles se uniram para invadir a empresa, sediada em São Roque, e resgatar centenas de cachorros que, suspeitava-se, eram submetidos a testes cruéis para a produção de cosméticos.
A ação fomentou no país as discussões sobre a real necessidade de usar animais em testes de produtos de beleza. À frente da causa, a Humane Society International (HSI) garante que já existem outras técnicas capazes de substituir, sem prejuízos, a prática.
Dando o exemplo, em fevereiro, a União Europeia proibiu o comércio de cosméticos testados em animais. Índia e Israel também já haviam banido a prática em seus territórios.
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5. NEGÓCIOS DO BEM

Também em outubro, o movimento internacional Empresas B chegou ao Brasil. A iniciativa, que já soma mais de 850 empresas espalhadas por 28 países, atua para conscientizar e certificar companhias que, além de lucrar, usam seus negócios para ajudar a resolver problemas sociais e ambientais.
Sete empresas nacionais já fazem, oficialmente, parte da iniciativa. Jay Coen, cofundador do Empresas B, aproveitou o evento de lançamento no Brasil para declarar seu desejo de ter cada vez mais ‘companhias verde e amarelas’ engajadas no movimento. É o nosso desejo também, Jay!
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6. PUNIÇÃO PARA QUEM JOGA LIXO NA RUA

Quando foi anunciada, a multa para quem fosse flagrado jogando lixo nas ruas da capital fluminense deu o que falar. Mas, com polêmica e algum atraso, a medida foi implantada – e deu certo. Já na primeira semana, a quantidade de resíduos sólidos jogados na rua diminuiu 34%.
Segundo a assessoria da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb), a capital fluminense foi a primeira do Brasil a, de fato, aplicar a multa para aqueles que emporcalham as ruas e está inspirando outras cidades, país afora, a adotar a medida.
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7. AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS NO BRASIL

clima foi um dos assuntos que mais bombou em 2013. As maiores novidades aconteceram no segundo semestre do ano. Em setembro, o Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas apresentou o primeiro relatório sobre alterações do clima no Brasil.
Os resultados são um pouco chocantes. Segundo o documento, considerando os atuais níveis de concentração de poluentes na atmosfera, a temperatura no Brasil subirá entre 2ºC e 3ºC, em 50 anos. Mas a boa notícia é que, com os dados brasileiros, será muito mais fácil para o país investir em medidas eficazes de adaptação e mitigação. Mais do que isso: a iniciativa de criar um painel nacional para tratar de mudanças climáticas está inspirando outros países, como a Argentina.  
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8. AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS NO MUNDO

Depois do relatório brasileiro, foi a vez do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) roubar a cena com o lançamento da primeira parte do 5º Relatório de Avaliação sobre o estado das alterações do clima no planeta.
Entre as principais conclusões do documento, está a certeza de que:
- o aquecimento global é real e atingiu níveis sem precedentes,
- o homem tem participação importante nesse fenômeno e
- a única maneira de estancar o problema é reduzir drasticamente as emissões de gases do efeito estufa, caso contrário, podemos chegar ao final do século com aumento médio da temperatura do planeta de até 5,8ºC.
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9. O SISTEMA PIONEIRO PARA ESTIMAR EMISSÕES

O Brasil voltou à cena em novembro, com o lançamento do Sistema de Estimativa de Emissões de Gases de Efeito Estufa (o SEEG). Desenvolvida pelo Observatório do Clima, a ferramenta é inédita: não existe nenhuma outra no mundo, desenvolvida pela sociedade civil, para calcular as emissões brasileiras de poluentes.     
A intenção é que o SEEG leve conhecimento técnico aos diferentes públicos, incentivando-os a dar sua contribuição para a redução das emissões brasileiras. Cá entre nós, estamos mesmo precisando de ajuda. A ferramenta revelou que, entre 2009 e 2012, as emissões do país aumentaram em todos os setores. A única que ‘se safou’ foi a área de Mudanças do Uso da Terra, por conta das medidas de combate ao desmatamento.
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10. A CONFERÊNCIA (MORNA) DO CLIMA

Com tantas informações novas a respeito das mudanças climáticas, a COP19 do Clima, que aconteceu no fim de novembro, na Polônia, poderia ter dado um desfecho excelente para o ano de 2013, mas não foi o que aconteceu. A Conferência da ONU foi “morna”: não deu ao assunto a urgência que ele merece, “mas, pelo menos, não andou para trás e fechou três acordos significativos para não irmos para casa com a sensação de tempo, dinheiro e oportunidade desperdiçados”, resumiu a jornalista Liana John em nosso Blog do Clima.
Entre as decisões tomadas, uma das mais importantes para o Brasil é a validação do mecanismo de REDD+, que trata da Redução de Emissões por Desmatamentos e Degradação Florestal e valoriza o papel da conservação e do manejo florestal sustentável. Até agora o REDD+ estava à margem dos instrumentos oficiais de combate às mudanças climáticas, mas o novo acordo permite aumentar a escala desse mecanismo – o que é ótimo para o Brasil, que possui a segunda maior área florestal do mundo. Quem quiser se aprofundar mais no tema, pode ler o post de Tasso Azevedo, especialista em mudanças climáticas e curador do mesmo blog.
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O ANO DO PLANETA SUSTENTÁVEL
No Planeta Sustentável também tivemos bom momentos em 2013, que contribuíram para seguirmos em nossa principal missão: disseminar conhecimento para ajudar a encontrar soluções para os grandes desafios da atualidade.
Em maio, lançamos o segundo livro do selo Planeta Sustentável, Corporação 2020, do economista Pavan Sukhdev. O indiano veio ao Brasil, a nosso convite, para os eventos de lançamento da obra e chegou a participar da Expedição Planeta 2013 , que debateu em Foz do Iguaçu, com especialistas, os rumos da matriz elétrica brasileira e a sustentabilidade do setor energético.
Todo o rico conteúdo gerado durante o evento está reunido no aplicativo Energia, Negócios e Meio Ambiente, outro lançamento do Planeta Sustentável em 2013. Disponível, gratuitamente, em versões para computador e tablets iOS e Android, o app reúne dados, artigos, vídeos, infográficos e fotografias, que revelam, de forma bastante interativa, os principais desafios e oportunidades do setor energético no Brasil. 
Em setembro, publicamos outros dois livros – dessa vez, apenas em versão digital, disponível no IBA – em parceria com o Instituto Ethos e o Projeto Cata Ação. O primeiro, Novo Contrato Social, traz propostas para a renovação da agenda global, para que atenda melhor a todos os cidadãos e respeite os limites da natureza. Já o segundo, Lixo Zero, argumenta que uma sociedade próspera é aquela que cuida bem até mesmo do que descarta.
Por fim, em outubro, mais uma grande publicação. Trouxemos o economista britânicoTim Jackson ao Brasil para o lançamento de Prosperidade sem Crescimento, o terceiro livro do selo Planeta Sustentável. A obra, que desmistifica o desafio de prosperar economicamente sem crescer, contou com três eventos de lançamento em São Paulo, para diferentes públicos, e com memoráveis encontros – como o bate-papo entre Tim Jackson, Pavan Sukhdev e Ricardo Abramovay.
2013, realmente, foi um ano de momentos marcantes. Mal podemos esperar para as novidades de 2014… Que venha o novo ano! 
*Participaram também Caco de Paula, Matthew Shirts, Mônica Nunes, Marina Maciel e Jessica Miwa
Foto: rubatos/Creative Commons

Ginseng brasileiro: da várzea aos holofotes

Combate de agentes causadores de doenças, produção de energia e matéria prima para a indústria de cosméticos. Conheça as utilidades dessa planta medicinal

por Liana JohnFonte: Planeta Sustetável
     
Costa PPPR – Creative Commons

NG - Folhas de ginseng brasileiro (Pfaffia glomerata)

Folhas de ginseng brasileiro (Pfaffia glomerata)
As raízes se parecem: tuberosas, bifurcadas, às vezes com o formato de troncos humanos, com pernas e braços. Os usos populares se confundem: dizem que todos são afrodisíacos, tônicos, tranquilizantes, cicatrizantes, regeneradores do sangue e ainda tratam diabetes, reumatismos, diarreias, inflamações, febre, hemorroidas, distúrbios gástricos e anemias. Os nomes vulgares começam todos com ginseng: asiático, americano, paraguaio, brasileiro.
Mas essas semelhanças pedem muito cuidado e boas doses de pesquisa: antes de tomar um ginseng por outro, é melhor prestar atenção ao nome científico da planta e checar o que de fato já foi comprovado por estudos confiáveis para aquela espécie.
Veja o exemplo do ginseng brasileiro, cujo nome científico é Pfaffia glomerata. Trata-se de uma planta perene de meio metro a 2,5 metros de altura, mais comum na bacia dos rios Paraguai e Paraná, sobretudo no Mato Grosso do Sul, onde ocorre nas matas ciliares, nas margens dos rios, nas capoeiras úmidas e nos campos de inundação. Apesar de ter uma raiz parecida com a do ginseng asiático – o “original”, digamos assim, consumido há pelo menos 5 mil anos na China – tem folhas bem diferentes, flores brancas em lugar de vermelhas e pertence a outra família: Amaranthaceae. O ginseng asiático (Panax ginseng), o americano (Panax quinquefolius) e o paraguaio (Panax japonicus) são da família Apiaceae.
Apesar da fama de servir “para-tudo”, nos circuitos mais sérios o ginseng brasileiro é consumido apenas como fitoterápico auxiliar no tratamento da perda de memória, sobretudo a memória de curto prazo e a declarativa. O princípio ativo associado a esse uso é a b-ecdisona.
Os demais poderes atribuídos ao ginseng asiático e transferidos ao ginseng brasileiro por semelhança ainda não são comprovados. A atividade antidiabética atribuída a seu extrato, por exemplo, não passou nos testes com ratos, em um estudo realizado nas faculdades de Farmácia das universidades Estadual de Maringá (UEM) e Paranaense (Unipar), por uma equipe coordenada por Diógenes Aparício Garcia Cortez. Os pesquisadores não verificaram redução de glicemia nos animais tratados com o ginseng brasileiro.
Em compensação, o mesmo grupo de cientistas atestou a eficácia da planta nacional para matarmoluscos como o caramujo Biomphalaria glabrata, hospedeiro dos vermes do gênero Schistosoma, causadores da esquistossomose ou barriga d’água. Após 24 horas em contato com extratos brutos metanólicos de Pfaffia glomerata a temperatura ambiente, a mortalidade dos caramujos foi de 100%. A solução inicial era de 400 ppm e depois foram testadas outras concentrações, chegando a uma dose ideal de 200 ppm com os mesmo 100% de mortalidade dos moluscos.
O ginseng brasileiro também tem uma boa dose de saponinas, substâncias de usos diversos na indústria de cosméticos, por suas propriedades na separação de líquidos de densidades diferentes. Essas saponinas podem ser extraídas de modo economicamente viável com um novo método desenvolvido porRenata Vardanega, na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Sem contar que os restos da planta normalmente descartados no campo após a colheita das raízes servem para produzir energia, a exemplo do que é feito com o bagaço e a palha de cana nas usinas de etanol. De acordo com um dos co-orientadores de Renata, Diego Tresinari dos Santos, também da Unicamp, metade da biomassa descartada nos campos de produção do ginseng brasileiro seria suficiente para suprir toda a eletricidadee o calor necessários à produção dos extratos das raízes, se usados os métodos desenvolvidos na universidade e já patenteados.
E o melhor de tudo é o fato de o ginseng brasileiro ser uma planta fácil de multiplicar, seja por semente, seja por estaquia (galho) ou pela raiz. Já há cultivares disponíveis no mercado e, com as plantações comerciais, dá para evitar a coleta predatória de plantas nativas, em locais onde elas devem ser preservadas. Além disso, com o cultivo da espécie certa, o controle de qualidade é maior e o consumidor deixa de comprar gato por lebre.
Tem mais: segundo divulgou a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) a pesquisadora Renata Vardanega obteve uma bolsa de doutorado para continuar pesquisando extratos das raízes do ginseng brasileiro e para avaliar o potencial de extração, a partir do resto da planta, de metabólitos secundários, substâncias que podem ter novos usos farmacêuticoscosméticos ealimentícios. Ou mesmo energéticos.
Valeu ou não valeu tirar o ginseng brasileiro das várzeas (e da confusão com outros ginsengs) para colocá-lo sob holofote próprio?