terça-feira, 24 de julho de 2012

Militantes em causa própria


Eles nasceram no auge da discussão ambiental e herdarão um planeta caótico. Quem é a geração em busca de um futuro mais verde e saudável

ALINE RIBEIRO|
Mateus Ferreira da Silva (Foto: Pedro Farina / Época)paulistano Pedro Sartori, de 13 anos, passou as férias de janeiro com o pai, a mãe e as três irmãs nos Estados Unidos, dividindo-se entre as montanhas-russas da Disney, espetáculos de baleias orcas no Sea World e visitas a seus super-heróis favoritos nos parques da Universal. Embarcaram num avião em São Paulo rumo a Orlando e, depois de 15 dias, retornaram ao Brasil com as malas cheias de mimos e um monte de história para contar. Em outros tempos, seria uma viagem inocente. Em época de mudanças climáticas, derretimento das geleiras e extinção de espécies, um simples passeio pode vir embutido de um sentimento de culpa. De volta para o colégio Bandeirantes, a escola particular onde estuda, Pedro estimou na aula de ciência quanto ele e a família emitiram de gases do efeito estufa, uma das causas do aquecimento global, na ida aos EUA. O cálculo, feito por um site, mostra quanto cada um poluiu e quantas árvores poderia plantar para aliviar seu pecado. Pedro precisa plantar 38 mudas no solo para pagar sua conta.
Esse é um dos carmas da geração de Pedro, nascida no auge do caos ambiental. Ela precisa agora assumir a responsabilidade pelo passivo de seus antecessores. O prenúncio da catástrofe está em toda parte. No comercial de TV que mostra um urso-polar desolado sobre a única ilha que não derreteu. Ou na campanha de uma ONG em que uma motosserra destrói a floresta. O bombardeio não se restringe aos problemas que assolam a Terra. Essas crianças e jovens – que vieram ao mundo entre a Rio 92, quando a discussão das mazelas ganhou fôlego, e a Rio+20 – sofrem uma chuva de cobranças.
Ana Livia Lopes de Queiroz  (Foto: Rogério Cassimiro/ÉPOCA)
Nada mais é inconsequente. Até mesmo os passatempos frugais se transformaram numa chance de salvar o planeta. A tradicional brincadeira de plantar um grãozinho de feijão no copo de iogurte, e esperar despretensiosamente que o broto desponte do algodão ensopado, agora ganhou contornos mais nobres. A Danone lançou uma edição especial de Danoninho que vem com sementes nativas da Mata Atlântica. As livrarias oferecem guias para crianças sobre como ser sustentável. Um deles relaciona dez passos de um dia amigo do meio ambiente. Isso inclui comer ovos de galinha caipira (difícil é encontrar um), criada ao ar livre e com alimentação mais saudável, e jogar a casca em composteiras orgânicas para gerar menos lixo. Até os super-heróis do cinema vestiram a capa verde. Em O Lorax: em busca da trúfula perdida, o menino Ted descobre que o sonho de sua amada é ver uma árvore de verdade, em extinção no mundo criado pelos autores do filme, onde tudo – da flor à parede das casas – é de plástico.
A tradicional brincadeira de plantar feijão no copo de iogurte agora virou salvamento da mata atlântica 
A parte que lhe cabe para salvar a Terra do colapso anunciado, Pedro está fazendo. Antes de saber qual seria sua dívida para este ano, já plantara cerca de 50 árvores num sítio da família no interior de São Paulo. Tem, portanto, um crédito verde. “Você olha e pensa: nossa, fui eu que coloquei aí. Legal”, diz. Desde pequeno, quando a avó lhe ensinou que o plástico jogado na rua corre com a enxurrada para os bueiros, cai nos rios e depois no oceano, ele não joga lixo no chão.
A despeito do exagero, são jovens como Pedro que estarão por aqui nas próximas décadas, convivendo num mundo que nem os cientistas sabem ao certo como será. O recém-divulgado Panorama Ambiental Global, das Nações Unidas, afirma que 38% dos recifes de corais sofreram redução desde 1980 e 20% das espécies vertebradas estão ameaçadas. O encolhimento da biodiversidade diminui as chances de os cientistas descobrirem novos remédios. Sem falar no possível aquecimento de até 4 graus até o fim do século, suficiente para aumentar a frequência de desastres climáticos e elevar o nível dos oceanos.

Diante das ameaças, os jovens de hoje assumiram um protagonismo inédito. “As crianças de antigamente saíam da sala quando chegava visita”, afirma Mário Volpi, coordenador do programa Cidadania dos Adolescentes do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). “Agora são chamadas para opinar. Não existe mais conversa de adulto.” A sociedade começa a superar o conceito da incapacidade infantil. Os pequenos podem não ser maduros, mas conseguem pensar e tomar decisões. Eles contam com informações para contestar. No passado, recebiam os conceitos da Igreja, da escola e da família. Agora, entram no Google dentro da sala de aula para questionar o professor.

A visão catastrofista é imobilizadora. É preciso mostrar a esses jovens que a sociedade sempre resolveu suas grandes questões com inovação, atuação política e individual. A geração de hoje dispõe de ferramentas para convencer quem está a sua volta a sair do sofá e brigar por uma causa. O fluminense Mateus Ferreira da Silva, de 13 anos, usa as redes sociais para convocar os moradores de Búzios, no Rio de Janeiro, a preservar o Mangue de Pedra, um ecossistema raro no mundo. O manguezal sofre com o lixo jogado de forma irregular pela população. E, mais recentemente, com a possível construção de um empreendimento imobiliário. Em dias de sol forte, Mateus reúne os amigos para retirar o piche que chega pelo mar e fica grudado nas pedras do mangue. Com o calor, ele amolece. “Tenho muito afeto por este lugar”, diz. “É único e me faz sentir conectado com a natureza.” Mateus abraçou a luta há três anos. Há poucos meses, durante uma audiência pública sobre os rumos do ecossistema, foi convocado a falar de última hora. Pegou o microfone e discursou para uma plateia na Câmara de Vereadores. Na ocasião, acusou irregularidades na obra e reivindicou que a área seja transformada num parque estadual. Foi aplaudido. “Ele me dá orgulho, mas no fundo fico preocupada porque peita demais, faz denúncias”, diz a mãe, Aldenora. A pressão local fez com que o Ministério Público embargasse a construção.
Em geral, os valores morais, como o senso de justiça e a importância de fazer o bem ao próximo, são passados de pais para filhos. Mas alguns princípios éticos para um mundo mais sustentável seguem o fluxo contrário. São transmitidos dos filhos para os pais.
Práticas consideradas naturais no passado, como matar um passarinho com estilingue ou lavar o quintal com uma mangueira de água, não são mais aceitáveis para grande parte das crianças. “Elas ajudam a desenvolver uma consciência que não existia na infância de seus genitores”, afirma Volpi.
Nadson Weyne (Foto: Jarbas Oliveira/ÉPOCA )
Na casa da mineira Olívia Blanc, de 11 anos, que vive em Belo Horizonte, é ela quem cuida do comportamento dos pais quando se trata das ações diante de sua amiga Terra. Vigiava os pais durante o banho para ver se desligavam o chuveiro enquanto se esfregavam com a bucha. Depois que aprendeu a escrever, passou a colar bilhetes nas pias da casa com os dizeres: “Favor fechar a torneira ao ensaboar as mãos”. Um impasse, porém, Olívia ainda não conseguiu resolver. Sua mãe, arquiteta, não abre mão das lâmpadas incandescentes, por considerá-las mais aconchegantes. Um abajur aceso constantemente à noite para guiar os passos de quem cruza a sala é o pesadelo da filha. Ela não suporta a ideia de manter a luz sem ninguém ali, e menos ainda de não trocar as lâmpadas por fluorescentes, mais econômicas. “Já mostrei a conta do mês para ela, para explicar que nosso consumo é baixo”, diz a mãe, Ana Paula. “Mas ela me inferniza para substituir as lâmpadas.”
Alguns princípios éticos para o mundo sustentável são transmitidos dos filhos para os pais 
A nova resolução de Olívia é parar de comer carne vermelha e de frango, apesar de gostar de ambas. Influenciada por vídeos na internet que mostram o abate cruel dos animais, decidiu trocar o filé por proteína de soja, mais feijão e legumes. “Vou deixar de comer peixe e frutos do mar também quando fizer 18 anos”, afirma. “Meus pais não poderão me obrigar.” Olívia diz ter virado semivegetariana porque sente pena dos bichos, mas também por saber que o metano emitido pelos bois contribui para o aquecimento do planeta. E que o gado é um dos principais responsáveis pela derrubada da Amazônia, uma vez que toma o lugar das florestas. Pela liderança notável, Olívia virará até personagem do filme O que queremos para o mundo, parte de um projeto de um grupo de artistas mineiros.

Os pedidos pelo fechamento das torneiras ou por um destino correto para os resíduos chegaram às casas dos bairros pobres. A paulistana Ana Livia Lopes de Queiroz, de 11 anos, vive na Brasilândia, um distrito de 280 mil habitantes da Zona Norte de São Paulo, com um dos mais baixos Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) da capital. Sua casa fica no meio do quarteirão, numa ladeira inclinada e rodeada por residências sem acabamento. A poucas ruas dali, adolescentes se juntam em rodinhas no meio-fio, com o som alto no celular ou no porta-malas do carro, para fumar ervas aromáticas em narguilés, que entrou na moda nas redondezas.

Foi num projeto socioambiental da prefeitura, o Saci, que Ana Livia ouviu falar em conceitos como energias renováveis, mudanças do clima e contaminação das águas. Eram meados de 2009, e ela tinha só 8 anos. Naquela época, andava com dois cartões de papelão a tiracolo, um verde e um vermelho, parabenizando e repreendendo quem cruzava seu caminho – de acordo com as atitudes de cada um em relação ao planeta. Ana Livia é uma agente ambiental mirim. Tirou o primeiro lugar em seu trabalho de conclusão do curso no Saci com uma ideia simples: conscientizar os vizinhos a guardar óleo de cozinha para fazer sabão em casa. Ana Livia tinha ouvido falar de uma senhora do bairro que usa o resíduo numa receita de sabão em pedra. Ao deixar de jogar o óleo pelo ralo, pensou, as donas de casa ajudariam a manter os rios despoluídos. Além de parar de gastar com detergente. “Elas podem vender e ter uma nova fonte de renda”, diz. “E a gente terá água limpa para beber.”

Essas atitudes não são exclusivas da juventude brasileira. As crianças de outros países parecem até mais conscientes. Segundo uma pesquisa do canal infantil Nickelodeon com 16 mil crianças entre 6 e 11 anos de sete países latino-americanos, os brasileiros são os menos preocupados com o meio ambiente. O estudo, do final de 2010, mostrou que, no México, 84% dos entrevistados se dizem sensíveis à causa. No Brasil, último do ranking verde, 56% deles afirmaram se importar com a natureza. As conversas mostram que, mesmo sem saber exatamente como contribuir na prática, já faz parte da rotina dos pequenos não jogar lixo na rua, fechar a torneira enquanto escovam os dentes e não tomar banho de mais de 15 minutos.
Banhos curtos e torneiras fechadas já fazem parte dos hábitos das crianças brasileiras 
As empresas detectaram o movimento verde no universo infantojuvenil. Guiada por pesquisas, a Danone criou o Danoninho Para Plantar (aquele das sementes da Mata Atlântica no potinho). Além das sementes, a criança recebe um código para acessar uma página na internet. Com alguns cliques, “planta” 1 metro quadrado de floresta de verdade no interior de São Paulo. O plantio real é responsabilidade de uma organização parceira do grupo. “Tivemos um resultado rápido em termos de construção de marca ecológica”, afirma Mariana Rodrigues, gerente de produto de Danoninho. A estratégia deu tão certo que foi exportada para México, França e Espanha.
Olívia Blanc (Foto: Leo Drumond/Nitro/ÉPOCA)
A TV paga voltada para esse mesmo público também enxergou uma oportunidade de negócios. O canal Discovery Kids tem hoje três séries voltadas essencialmente à ecologia. “Os pais pedem que esses assuntos estejam em pauta”, diz Fernando Medin, presidente da Discovery Networks no Brasil. O Canal Futura tem o programa Um pé de quê?, que usa as árvores nativas do Brasil como ponto de partida para ensinar cultura e história do país. Os canais da Disney contam com uma plataforma on-line onde os jovens podem assumir compromissos com o planeta, o Amigos Transformando o Mundo. “Incorporamos o meio ambiente num esforço de oferecer conteúdos que vão além do entretenimento”, diz Cecilia Mendonça, gerente geral dos canais Disney na América Latina.
Sabrina Camillo das Neves (Foto: Rogério Cassimiro/ÉPOCA )
Alguns críticos da educação ambiental dizem que o tema, apesar de insistentemente presente em casa, na sala de aula, nos programas de TV e nos filmes, ainda precisa ser abordado com mais profundidade. “Há uma limitação financeira e de formação dos profissionais”, afirma Pedro Roberto Jacobi, professor da Universidade São Paulo (USP) e especialista em educação e meio ambiente. As escolas, diz ele, precisam ir além da hortinha e dos ensinamentos sobre coleta seletiva. Devem abordar as políticas públicas, o papel do governo e de cada indivíduo na busca de soluções eficientes para as questões ambientais. “É fundamental criar um sentimento de corresponsabilidade, para que as crianças entendam que o problema tem a ver com elas.”
O cearense Nadson Weyne, de 17 anos, entendeu na prática que é parte do problema. E saiu para a ação. Morador da cidade de Horizonte, região metropolitana de Fortaleza, sofre de asma desde que nasceu. Suas crises pioravam cada vez que um vizinho punha fogo nos restos de galhos e folhas que cobrem a terra, uma prática usada na região para preparar o solo para o plantio. Outra fonte de fumaça na cidade era um lixão irregular. Os moradores queimavam os resíduos em vez de enterrá-los. A combustão do material orgânico gera partículas em suspensão no ar e prejudica a respiração. Nadson não saía do hospital. Foi internado quase dez vezes. Chegou a ir cinco vezes ao ambulatório numa única semana. Perdeu um ano na escola por faltas.

Num projeto da escola municipal onde estudava, apresentou um trabalho para tratar da poluição do ar. Peregrinou com um grupo de amigos de sítio em sítio para explicar aos moradores os efeitos das queimadas. Tentava fazê-los compreender que o fogo empobrece o solo, ao contrário do que eles pensavam. Também foi à prefeitura exigir do governo um aterro sanitário legalizado. Deu tão certo que Nadson foi eleito o “delegado” do colégio.
Depois da cidade. E do Estado. Em 2010, foi um dos 12 jovens selecionados entre 700 para representar o Brasil na Conferência Internacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente. Horizonte ganhou um novo aterro sanitário (o velho passou a receber bem menos lixo). Boa parte dos sítios vizinhos deixou o fogo de lado. Nadson não lembra a última vez em que esteve num hospital por causa da asma. “Pretendo agora levar essa metodologia para uma cidade vizinha que sofre com o mesmo problema”, afirma.

Embora tenham uma consciência ambiental surpreendente, as crianças geralmente não associam a produção de um carrinho, uma boneca ou uma camiseta ao consumo de água e energia elétrica, à emissão de gases poluentes ou à produção de lixo tóxico. “A relação entre o consumo e o meio ambiente não é direta”, afirma Helio Mattar, presidente do Instituto Akatu pelo Consumo Consciente. Diante dessas mensagens dúbias, os jovens ficam sem saber ao certo como proceder. “Tenho minhas dúvidas sobre qual lado será mais forte para essas crianças”, afirma Jacques Demajorovic, pesquisador de sustentabilidade e professor do Centro Universitário da FEI.

A pequena Sabrina Camillo das Neves, com 5 anos recém-completados, não resiste às tentações do consumo – um comportamento natural para a idade dela. “Explico para ela que tudo custa dinheiro”, diz a mãe, Patrícia. “E que a mamãe trabalha bastante para ganhar, mas não dá para comprar tudo.” De uma guitarra cor-de-rosa da Barbie, Patrícia não conseguiu escapar recentemente. A menina desejou tanto o brinquedo que quase ficou doente. Patrícia deixou de comprar um chuveiro novo para a casa para adquirir o instrumento. Mas Sabrina também sabe que o consumo de tantos produtos gera uma montanha de lixo no planeta. Parte desse material poderia ser reutilizada. E o resto pode ser descartado em lugar adequado, para não sujar as ruas e os rios.
Pedro Sartori (Foto: Camila Fontana/ÉPOCA)
Sabrina só larga a guitarra cor-de-rosa num canto da casa, em Campinas, no interior de São Paulo, para falar sobre sua maior obsessão, zelar pela limpeza da Terra. “Já fui fiscal da natureza na minha escola e fico muito nervosa quando vejo alguém jogando papel na rua”, diz, com as sobrancelhas franzidas. Quando vai com a mãe à manicure, o trajeto entre a casa e o salão de beleza fica três vezes mais demorado do que em dias normais. “Ela para o tempo todo porque encontra um papel ou uma bituca”, afirma Patrícia. Indignada com a sujeira da cidade, Sabrina diz que seu sonho é ter um aspirador bem grande para passar na calçada. Um dia desses, ela chamou a atenção da própria mãe. Patrícia colocara na lixeira algumas canetinhas já gastas da filha. Quando soube, Sabrina correu em direção à área de serviço para resgatar as tampas. Queria reaproveitá-las na construção de um robô de sucata. “Dava para fazer as perninhas”, afirma Sabrina. Quando pergunto por que gosta tanto do planeta, ela responde apressadamente:
– Porque a gente vive dentro dele, ué.
E por que a gente precisa cuidar dele?
– Porque senão ele fica triste, ué.
E o que vai acontecer se a gente não cuidar?
– Ele chora, ué.
Para Sabrina, é tão óbvio que qualquer adulto deveria ter a obrigação de saber.

Resultado da conferência é tímido. E o Brasil por pouco não entra para a história como líder de um documento criticado até pelo secretário-geral da ONU


João Marcello Erthal, de 
Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr
Presidente Dilma e autoridades da ONU no encerramento da Rio 20
Autoridades no encerramento da Rio 20: conferência contou com a participação de 100 delegações e ONGs de mais de 190 países
Sucesso e fracasso são conceitos intimamente ligados às expectativas lançadas sobre uma conferência, uma reunião de trabalho ou uma partida de futebol. Se o desmilinguido Flamengo empatar com o Barcelona, por exemplo, a torcida rubro-negra vai erguer as mãos ao céu, enquanto o time do argentino Lionel Messi vai levar um castigo na concentração. Ainda é cedo para afirmar que os pessimistas triunfaram, e que a Rio+20 revelou-se um fracasso retumbante. Mas é indiscutível que, pela confiança depositada no encontro “histórico” e pela oportunidade de reunir uma centena de representantes de países, dos Estados Unidos às Ilhas Maldivas, a sensação é de que pouco se fez, em nada se avançou.
O resultado não chega a ser uma surpresa: semanas antes da conferência, em Nova York, houve um esforço para que uma conquista da Rio 92 – o direito universal a água potável – não fosse suprimido em uma das versões prévias do documento. E, por incrível que possa parecer ao público leigo – maioria absoluta – uma das “vitórias” da Rio+20 é justamente “não haver retrocessos”. Ora, se esta fosse uma possibilidade real, o melhor seria sequer reunir os países-membros da ONU. Ou, no máximo, realizar um encontro por Skype, lista de e-mails ou teleconferência.
Em vez disso, o Rio de Janeiro – e o Brasil – abriram caminho para as mais de 100 delegações, ONGs de 193 países, que para se movimentar precisaram de um feriado de três dias, com mudança de trânsito, cancelamento de voos e restrições de espaço aéreo. Esta é outra marca do evento: nem no carnaval o feriado é tão grande.
Em parte a frustração se deve à expectativa que os próprios organizadores lançaram sobre a conferência de agora. “Mudar o mundo”, “escrever o futuro” e “o que nós queremos” são expressões que deixam no ouvinte a sensação de que um grande passo está próximo. Não é bem assim. E o tal medo do “retrocesso” não era infundado, se considerada uma das principais derrotas da Rio+20: a exclusão das garantias de direitos reprodutivos das mulheres, uma vitória principalmente do Vaticano, que cria uma saia justa para o Brasil, que liderou a última fase das negociações.


segunda-feira, 23 de julho de 2012

Agenda da Campanha eleitoral da Prefeita rosinha Garotinho


DATA      DIA      HORA EVENTO LOCAL


22/07/2012Domingo15:00Encontro do DEM/PTN Automóvel Clube
     
23/07/2012Segunda14:00Caminhada Lapa / Matadouro
23/07/2012Segunda19:00Encontro do PHSAutomóvel Clube
     
24/07/2012Terça14:00Caminhada Jardim Carioca (Praça São Cristóvão)
24/07/2012Terça19:00Encontro do PR/PRBAutomóvel Clube
     
25/07/2012Quarta14:00Caminhada Jockey-Club
25/07/2012Quarta19:00Encontro do PPAutomóvel Clube
     
26/07/2012Quinta14:00Caminhada Pq Corrientes
26/07/2012Quinta19:00Encontro do PTB/PSDBAutomóvel Clube
     
27/07/2012Sexta14:00Caminhada Pq Prazeres
27/07/2012Sexta19:00Encontro do PSBAutomóvel Clube
     
28/07/2012Sábado10:00CaminhadaBeira-Valão / Pelinca
28/07/2012Sábado14:00CaminhadaPq Califórnia
28/07/2012Sábado19:00Encontro do PT do B / PRTBAutomóvel Clube
     
29/07/2012Domingo15:00Encontro do PTCAutomóvel Clube
     
30/07/2012Segunda19:00Encontro do PSCAutomóvel Clube

Campos tem mais de meio milhão de habitantes !

Pesquisa do IBGE em 2010 ,aponta município com 142.416 domicílios e população de 463.734 habitantes.Poucos tem dúvidas que a população de Campos está em fase de crescimento acelerado.No entanto não temos ferramentas de atualização.
Preocupado com o tema, busquei informações com a AMPLA, sobre nº ligações residenciais de energia elétrica e os números são surpreendentes.Veja o quadro evolutivo a seguir:

2010

1 - Total de Unidades Consumidoras, Por Classe de Consumo, Cadastradas em Dezembro/2010 no Município de Campos dos Goytacazes:

1.1   – Residencial: 223.099
1.2 ..  
1.3  .. 
1.4   – Rural: 5.567
Total: 228.666

2011
2 – Total de Unidades Consumidoras, Por Classe de Consumo, Cadastradas em Dezembro/2011 no Município de Campos dos Goytacazes:

2.1 – Residencial: 241.902
2.2 – ...
2.3 – ...
2.4 – Rural: 5.865

Total: 247.767
 Portanto ,podemos observar uma enorme diferença ente o nº de domicílios apontado pelo IBGE e o nº da AMPLA , que são reais.
Chama atenção a evolução do nº de ligações residenciais que em 2010 era 228.666 e em 2011, saltou para 247.767, uma diferença de mais de 24.000 novos domicílios.
Com base nestes números podemos estimar que Campos em Julho de 2012,tem mais de 600.000 habitantes.
Com a palavra o IBGE.









Lixo e entulhos nas ruas de Santo Amaro geram queixas


Falta de vagas em cemitério preocupa


Conhecido pela tradicional festa em homenagem ao santo padroeiro, comemorado em 15 de janeiro e que atrai romeiros de várias cidades, o distrito de Santo Amaro, na RJ 216 (Campos/Farol de São Thomé), é um bom lugar para se viver, segundo a população. A tranquilidade é sua maior característica. No entanto, em meio à calmaria, existem problemas que, na opinião dos moradores, são antigos. Entre eles estão a falta de vagas no cemitério municipal, o estado de abandono da sede de uma estação ferroviária, que foi desativada, e lixo e entulhos espalhados pelas ruas.


Eles disseram que a estação ferroviária foi desativada há mais de 30 anos e a falta de cuidados deixa o local com uma imagem negativa. Segundo o comerciante, Bonifácio Branco Pereira, 62 anos, o ideal seria re-formar o prédio e transformá-lo num centro comunitário, que atenda crianças, jovens, adultos e idosos.



— Não queremos um espaço para atender apenas aos idosos, mas a todos os moradores. O centro comunitário seria um local para a realização de bailes e festas, além de recreação, aulas de música e atividades es-portivas — disse o comerciante.



Outro problema citado por Bonifácio foi a falta de vagas no cemitério. Segundo ele, os moradores já teriam procurado a Companhia de Desenvolvimento do Município de Campos (Codemca) para reclamar do problema, mas ainda não teria havido resposta. “Isso é um absurdo. Se morrer alguém daqui tem que enterrar em localidades ou distritos próximos. Estamos preocupados com essa situação. O ideal seria que a Prefeitura adquirisse um terreno perto do cemitério para sua ampliação”, disse.



Respostas — Em relação à estrutura da antiga estação ferroviária, ela está localizada numa área particular, mas o secretário de Cultura, Orávio de Campos, informou que a Procuradoria Geral do Município está fazendo uma análise sobre a viabilidade de desapropriação para que o espaço se transforme em um Centro Cultural.



Sobre a falta de vagas no cemitério, o presidente da Codemca, Jivago Faria, informou que já existe um planejamento pa-ra ampliação do cemitério em uma área atrás do mesmo.


Lixo e entulhos nas ruas geram queixas

Penúltima parada antes da  praia do Farol, Santo Amaro, terceiro distrito de Campos, chama atenção pela sua bela praça, com árvores cuidadosamente cortadas de forma simétrica.  Pequeno e aconchegante, o lugar recebe turistas durante todo o ano, mas é no dia 15 de janeiro, dia do pa-droeiro Santo Amaro, que há uma maior movimentação de visitantes.



Quanto aos serviços de educação e saúde, os morado-res disseram não ter do que reclamar. O problema, segundo eles, são os lixos e entulhos espalhados pelas ruas. A auxiliar de serviços gerais, Eliane de Fátima Nogueira, 58 anos, disse que o serviço de limpeza não estaria acontecendo com regularidade e, por isso, o lixo fica acumulado nas ruas. “A limpeza é feita de vez em quando. A população também deveria ter consciência e não jogar lixo e entulhos na rua. Isso precisa ser fiscalizado”, disse Eliane.
O secretário municipal de Serviços Públicos, Zacarias Albuquerque, informou que o distrito é atendido com coleta de lixo três vezes por semana (às segundas, quartas e sextas-feiras) e que, em Santo Amaro, a cada intervalo de dois meses, é feito um mutirão de limpeza nas vias públicas. 
Ele pede a colaboração de toda comunidade para que não depositem lixo e nem entulho nas vias públicas.

*Fonte: Jornal Folha da Manhã - 23/072012

Nota do Secretário:

Mais uma vez o Jornal Folha da Manhã não presta informações corretas a quem merece todo respeito: O SEU LEITOR.
Admitimos que ocorreu o descarte de lixo e todo tipo de resíduo em algumas ruas de Santo Amaro. No entanto, a equipe de limpeza efetuou o serviço de limpeza na sexta-feira.
Portanto, a matéria está desatualizada e atrasada.

Atenção eleitores: Mesmo que não seja seu candidato,NÃO JOGUE NA RUA OU EM QUALQUER OUTRO LUGAR QUE NÃO SEJA A LIXEIRA.

Relatório do PNUMA mostra políticas locais bem sucedidas para criação de cidades sustentáveis

Uma série de políticas transformadoras e inspiradoras de iniciativa de cidades e governos locais, que podem ajudar a criar um século 21 sustentável, foi destacada em um relatório divulgado neste sábado (16/06) pelo ICLEI – Governos Locais pela Sustentabilidade e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).
O Panorama Ambiental Global 5 (Global Environment Outlook) – GEO-5 para Governos Locais cita dezenas de políticas, desde sistemas “de estabelecer um teto e negociar” (Cap and Trade) em Tóquio até a gestão ambiental em Windhoek, na Namíbia, que mostram que a ação transformadora no nível local pode contribuir com as metas globais e retardar ou interromper a degradação ambiental.
O relatório afirma que os governos locais têm papel central no desenvolvimento sustentável, moldando a transição para uma economia verde, e faz recomendações que podem apoiar esse trabalho e ajudar a transferência/transposição de suas políticas bem sucedidas para outras cidades e países.
O estudo, lançado recentemente, é um relatório complementar ao GEO-5, uma avaliação abrangente sobre a situação do meio ambiente, coordenada pelo PNUMA.
O relatório GEO-5 adverte que se a humanidade não mudar urgentemente seus padrões insustentáveis de produção e de consumo de recursos naturais, os governos deverão lidar com níveis de danos e degradação sem precedentes.
Cidades e governos locais, que já se ressentem de muitas tensões ambientais, terão que enfrentar novos desafios, principalmente frente ao crescimento das populações e da urbanização, identificadas pelo GEO-5 como as principais impulsionadoras da mudança ambiental.
A segurança energética, o acesso à água e ao saneamento, e a biodiversidade podem ser afetados de forma negativa pelo crescimento das cidades, a menos que os governos locais os inclua no plano diretor de expansão urbana.
Apesar dos desafios, cidades e governos locais têm estado no centro dos esforços para responder às mudanças ambientais mesmo quando a resposta global e nacional continua fraca.
“O mundo é rico em políticas, iniciativas e projetos locais e, na ausência de uma ação internacional forte, suas respostas representam sinais de esperança”, disse o Subsecretário-Geral da ONU e Diretor Executivo do PNUMA, Achim Steiner. “Por exemplo, a mudança climática foi um ponto focal para uma ação local antes mesmo da introdução de mecanismos internacionais sobre o clima.”
O GEO-5 afirma que é possível alcançar um ambicioso conjunto de metas de sustentabilidade até meados do século se as políticas e estratégias atuais forem modificadas e reforçadas. Muitos dos exemplos de sucesso no relatório foram realizações de âmbito local de cidades e metrópoles onde reside mais da metade da população mundial.
O levantamento desses estudos de casos são feitos para os governos locais e incluídos no relatório do ICLEI como destaques das melhores políticas e como incentivo às cidades e governos locais para que continuem a agir. Para acelerar a realização do desenvolvimento sustentável e das metas acordadas internacionalmente, o governo local deve ser apoiado por uma liderança global e nacional sobre o meio ambiente.
“As cidades e os governos locais desempenham um papel importante no fornecimento de exemplos que podem ser replicados, e portanto contribuição deles para atingir objetivos e metas deve ser reconhecida como fundamental”, declarou Konrad Otto-Zimmermann, secretário-geral do ICLEI – Governos Locais pela Sustentabilidade. “Eles já estão mostrando que mudanças radicais são possíveis, e que os líderes mundiais podem aproveitar essas conquistas na Rio+20.”
Seguem alguns exemplos de políticas e ações bem-sucedidas por cidades e governos locais destacados no relatório:
  • Uma parceria público-privada em Pangkalpinang, Indonésia, transformou uma antiga área de mineração de estanho em um jardim botânico com novos serviços ecológicos, incluindo abastecimento de água para as comunidades locais
  • Tóquio desenvolveu um sistema verde de “estabelecer um teto e negociar” para o programa Green Buildings (Edifícios Verdes) para reduzir as emissões de carbono em 25% até 2020, comparado com os níveis de 2000
  • Bonn, na Alemanha, está promovendo a aquisição de bens e serviços sustentáveis, atuando como catalizadora nos esforços de adoção do verde pelas cadeias de abastecimento às margens do perímetro urbano.
  • Bogotá, na Colômbia, foi pioneira no ordenamento criativo e integrado do uso do solo e é conhecida pelo seu sistema de ônibus expresso
  • Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, aplicou a administração costeira integrada, estabelecendo limites para o desenvolvimento urbano – isolando as áreas críticas e definindo as áreas preservadas.
  • San José, nos Estados Unidos, introduziu uma política de construção verde para reduzir o consumo de energia e água em novos projetos de construção residencial, comercial e industrial
  • A câmara municipal de Windhoek, na Namíbia, introduziu um plano de gestão ambiental para proteger o abastecimento de água na barragem de Goreangab da contaminação por um assentamento informal em expansão.

Conclusões e recomendações

O relatório mostra que as autoridades locais desempenham um papel crucial na implementação de acordos ambientais multilaterais, facilitando a transição das economias das cidades para economias urbanas verdes e também para definir objetivos e metas mais ambiciosos de desenvolvimento sustentável.
O relatório faz as seguintes recomendações específicas:
  • Metas globais, que devem ser mensuráveis, precisam ser complementadas com metas nacionais, regionais e locais
  • Os governos nacionais precisam ser mais receptivos às demandas locais, modificando dispositivos institucionais, de procedimentos e outras disposições, além de fornecer suporte jurídico, técnico ou financeiro necessário localmente
  • Na ausência de objetivos, metas e diretivas nacionais, os governos locais ainda assim devem tomar medidas para apoiar o desenvolvimento de objetivos de âmbito nacional
  • Capacidade local e a criação de condições são necessárias para promover um desenvolvimento urbano sustentável, particularmente onde houver/se estiver ocorrendo rápida urbanização
  • Estruturas e processos organizacionais, institucionais, jurídicos e políticos que promovam o planejamento e a implementação são necessários para evitar a degradação ambiental e gerar flexibilidade urbana e comunitária.
Para ler a íntegra do relatório, clique aqui.

Milhares de pneus enviados ao Rio para reciclagem


Por Kelly Maria (Estagiária)

Na manhã desta terça-feira (17), o secretário de Serviços Públicos, Zacarias Albuquerque, esteve no galpão, onde milhares de pneus foram mandados para reciclagem Foto: Divulgação

A Secretaria Municipal de Serviços Públicos, em parceria com a Cooperativa de Reciclagem Reciclanip, vem desenvolvendo um trabalho de desenvolvimento sustentável em Campos. O Eco-Ponto de Pneus, localizado no Jardim Ceasa, é a principal referência da cidade para descarte desses materiais. Na manhã desta terça-feira (17), o secretário de Serviços Públicos, Zacarias Albuquerque, esteve no galpão, onde milhares de pneus foram mandados para reciclagem.
De acordo com o secretário, esta é a quarta carga de pneus e todo material é destinado para o pólo cimenteiro de Cantagalo, no Rio de Janeiro. Feito isso, esses pneus são triturados e reaproveitados como combustível.

- Em apenas um mês, totalizamos cerca de 10 mil pneus, que foram entregues por borracheiros, revendedores e recauchutadores. Isso prova que esse convênio com a Reciclanip, que já dura dois meses, tem dado certo – disse o secretário.

Zacarias Albuquerque alertou, ainda, para o devido armazenamento dos pneus. “Esses materiais devem ser armazenados ao abrigo da luz e do clima chuvoso e, posteriormente, entregues na sede do Eco-Ponto, de segunda à sexta-feira, das 8h às 15h”, finalizou Zacarias.
*Fonte: Site da PMCG

Logística Reversa de Pilhas Alcalinas e Outras Inservíveis em Campos



MINHAS PILHAS ALCALINAS :O QUE FAZER ?

Pela nova legislação ,alguns residuos obrigatoriamente devem retornar ao comerciante,fabricante e importador,e que denomina-se LOGÍSTICA REVERSA.É o caso das pilhas e baterias alcalinas.No exercicio da cidadania responsável,você deve fazer a devolução na loja onde comprou.
Em Campos ,a SSP identificou os seguintes estabelecimentos que após receber estes residuos,posteriormente destinam para as indústrias de ,que destinam para a cadeia da reciclagem em São Paulo.
  • Eletrônica Real - Rua Boa Morte esquina com Rua Gil de Góis - telefone (22) 27240260
  • Eletrônica São Salvador - Rua Dr. Gesteira Passos, nº 38, Centro - telefone (22) 27330576
  • Agência Correios Campos dos Goytacazes - Praça Santíssimo Salvador, nº 53 - Centro - telefone (22) 27331641
  • Banco Santander - todas as agências de Campos dos Goytacazes
  • Agência da AMPLA-Rua Gov. Teotônio ferreira de Araújo,Centro.
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domingo, 22 de julho de 2012

Lixo recebe toneladas de ouro e prata por ano


Agência FAPESP – O lixo eletrônico é um problema importante e também valioso. Segundo instituições ligadas à Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 320 toneladas de ouro e 7,5 mil toneladas de prata são utilizadas anualmente para a produção de aparelhos eletrônicos como computadores,tablets e celulares.
O valor dos metais empregados soma cerca de US$ 21 bilhões – US$ 16 bilhões em ouro e US$ 4 bilhões em prata – a cada ano e, quando os aparelhos são descartados, menos de 15% do ouro e da prata são recuperados.
O resultado do acúmulo constante é que o lixo eletrônico mundial contém “depósitos” de metais preciosos de 40 a 50 vezes mais ricos do que os contidos no subsolo, de acordo com dados apresentados na semana passada em reunião organizada pela Universidade das Nações Unidas e pela Global e-Sustainability Initiative (GeSI) em Gana, África.
As quantidades de ouro e prata que vão parar no lixo aumentam à medida que crescem as vendas de aparelhos como os tabletes, cujas vendas em 2012 deverão chegar a 100 milhões de unidades em todo o mundo, número que deverá dobrar até 2014.
Produtos elétricos e eletrônicos consumiram 197 toneladas em 2001, equivalentes a 5,3% da oferta mundial do metal. Em 2011, foram 320 toneladas, com 7,7% do total disponível. Apesar do crescimento de cerca de 15% na oferta de ouro na última década, o preço do metal disparou, aumentando cinco vezes entre 2001 e 2011, segundo o levantamento.
“Em vez de olharmos para o lixo eletrônico como um fardo, precisamos encará-lo como uma oportunidade”, disse Alexis Vandendaelen, representande da Umicore Precious Metals Refining, da Bélgica, durante o evento.
De acordo com os especialistas, além de melhores padrões de consumo sustentável, os sistemas de reciclagem precisam melhorar para lidar com o novo tipo de lixo, mais valioso, porém mais difícil de trabalhar do que plástico ou papel.
De acordo com o levantamento feito pela GeSI e pela iniciativa Solving the E-Waste Problem (StEP) – que envolve organizações da ONU, da sociedade civil e empresas –, cerca de 25% do ouro é perdido e não pode ser recuperado por conta dos processos de desmanche empregados nos países mais desenvolvidos. Nos países em desenvolvimento, o total inviabilizado chega a 50%.
Para os especialistas presentes na reunião em Gana, o lixo eletrônico não deve ser encarado como lixo, mas como recurso, uma vez que representa uma importante fonte de renda e sua reciclagem é fundamental para a preservação do ambiente e para o desenvolvimento sustentável.
E isso não se aplica apenas ao ouro e à prata, mas a diversos outros metais, como cobre, paládio, platina, cobalto ou estanho, contidos nos produtos eletrônicos descartados.
“Precisamos recuperar elementos raros de modo a poder continuar a fabricar produtos de tecnologia da informação, baterias para carros elétricos, painéis solares, televisores de tela plana e uma infinidade de outros produtos populares”, disse Ruediger Kuehr, secretário executivo da StEP.
“Um dia – espero que mais cedo do que tarde –, as pessoas vão olhar para trás e perguntar como foi que nós conseguimos ser tão cegos e desperdiçar tanto nossos recursos naturais”, disse Kuehr.
Mais informações: www.step-initiative.org

Brasil está nos últimos lugares de ranking de eficiência energética


O Brasil, junto com os Estados Unidos, Canadá e Rússia, se encontra nos últimos lugares de uma classificação de eficiência energética publicada nesta semana pelo Conselho Americano para uma Economia de Eficácia Energética (ACEEE).
Já o Reino Unido e os países da Europa Ocidental são os melhores alunos nesta matéria.
Segundo o ACEEE, o Reino Unido se situa em primeiro lugar numa relação de 12 grandes potências econômicas, incluindo a União Europeia, no que se refere à quantidade de energia consumida em relação a vários critérios como o PIB ou a população.
Depois do Reino Unido, em a Alemanha, o Japão e a Itália. E em seguida, a França, a União Europeia, a Austrália e a China. No final da classificação, estão os Estados Unidos, Brasil, Canadá e Rússia.
Os britânicos se distinguem particularmente pela eficácia energética de sua indústria, enquanto que a China é a primeira em questões de eficiência energética nos edifícios. No que se refere ao transporte, os chineses, italianos, alemães e britânicos compartilham o primeiro lugar.
A Alemanha é a primeira no “esforço nacional” em termos de eficácia energética, uma noção que agrupa elementos como fiscalização, pesquisa ou gastos públicos dirigidos para este fim.
“Nossos resultados mostram que, inclusive, quando há países que estão fazendo mais coisas que outros, ainda resta uma ampla margem de melhoria em cada um deles’, afirmam os autores do relatório.
Quanto aos Estados Unidos, o relatório afirma que a ineficácia energética da primeira economia mundial “se traduz num enorme gasto de energia, recursos e de dinheiro”.
Enquanto que o resto do mundo investe para melhorar sua eficiência energética, a ACEEE questiona “como os Estados Unidos poderão enfrentar o desafio da concorrência mundial se continuam empregando mal o dinheiro e a energia que outros países economizam e reinvestem”. 
(Fonte: Portal iG)


Novo Disque Entulho: Saiba o que é e o que fazer com seu entulho e outros resíduos




Pelo telefone do Disque Limpeza (2726 4809) você solicita o serviço de coleta de PEQUENOS VOLUMES de entulhos e demais resíduos de sua residência OU APARTAMENTO..

A - ENTULHO de pequenas obras residenciais: deverão estar obrigatoriamente acondicionados em sacos plásticos de até 20 litros e serão removidos no máximo 150 (cento e cinquenta) sacos por residência.

B - GALHADAS de pequenas podas: deverão ser formados conjuntos de galhos, de comprimento máximo de 1,5 metros, amarrados através de barbantes ou outro material (para facilitar o manuseio pelo gari) e serão removidos no máximo 12 conjuntos de amarrados por residência.

C - TELHAS (pequenas) ou TIJOLOS: unidades inteiras (unidades quebradas devem ser consideradas como entulho) deverão estar agrupadas de forma a facilitar o carregamento e serão removidos no máximo 150 unidades de telhas e/ou de tijolos por residência.

D - BENS INSERVÍVEIS: somente serão removidos no máximo 6 itens por residência com suas respectivas quantidades, exceto para os bens de grande peso ou volume (geladeira, freezer, cofre, sofá, armário, etc), que a remoção fica limitada a 2 itens por residência. 

Em caso de necessidade de nova solicitação de serviço, o mesmo só poderá ser realizado 15 (quinze) dias após o serviço.

Caso o cidadão não queira aguardar este prazo ou ainda, se o material a ser removido estiver fora das condições estabelecidas nesta Portaria, o serviço deverá ser contratado junto a carroceiro, que deverá transportar e destinar a carga de resíduos (entulho, terra, galhada e etc.) para um dos ENTULHÓDROMOS existentes. Em caso de contratação de caminhoneiro avulso e/ou empresas privadas, o mesmo deverá transportar e destinar a carga de resíduos (entulho, terra, galhada e etc) para o aterro de inertes localizado na Av. Santo Amaro, s/nº, no Distrito Industrial da CODIN, subdistrito de Guarus.

Todo entulho e demais resíduos só será coletado se estiver armazenado dentro da residência E/OU GARAGEM OU ÁREA DE SERVIÇO DO PRÉDIO.

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email: zacaalbuquerque@gmail.com
twiter:@zacariasalbuquerque

sábado, 21 de julho de 2012

Lâmpadas Fluorescentes



   

 

A Prefeitura de Campos tem o dever de coletar o seu lixo doméstico. No entanto, nem todo o lixo da nossa casa ou empresa é resíduo domiciliar.  
            No caso das lâmpadas fluorescentes inservíveis, o usuário deve adotar as seguintes atitudes, de acordo com a Lei Estadual 5.131/2007, Decreto Regulamentar 41.752/2009 e Lei Federal 12.305/2010:

1 - Deverá se dirigir com sua lâmpada inservível e entregar na loja onde foi adquirida;

2 - Nas lojas que comercializam lâmpadas fluorescentes, em geral, as mesmas, por força de lei deverão ter caixas para armazená-las. Caso haja dificuldade ou recusa da loja em receber as lâmpadas, manter contato com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, que é o órgão responsável pela fiscalização ou com a Secretaria Municipal de Serviços Públicos, através do Disque Limpeza (22-2726 4809).

A Secretaria Municipal de Serviços Públicos informa também, que com base na lei, lâmpadas fluorescentes que forem disponibilizadas para coleta terão sua coleta recusada e posterior adoção de medidas por parte do órgão público.
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Após vender casa para comprar crack, ex-usuária reconstrói vida como catadora de lixo no Rio


Por causa do vício, Maricélia perdeu patrimônio construído em 25 anos
Bruno Rousso, do R7, no Rio
coop2Bruno Rousso/R7
Maricélia tenta reconstruir a vida em meio ao lixo

Maricélia Silva Dantas, a Lindinha, deixou João Pessoa, na Paraíba, em 1982, com o sonho de construir uma nova realidade no Rio de Janeiro. Sem estudo, trabalhou em diferentes lugares e fez de tudo um pouco. Ao longo de 25 anos, conquistou seu maior bem, uma casa na rua do Fubá, na Penha, zona norte. Mas o vício do crack a fez perder tudo em pouco tempo. No fundo do poço, buscou na cooperativa de catadores de lixo Beija-Flor forças para se reerguer e largar as drogas.
O drama de Maricélia começou aos 43 anos, em 2010, quando vendeu por apenas R$ 1.000 seu único bem para comprar bebida alcoólica e pedras de crack. Segundo ela, o imóvel valia ao menos R$ 10 mil, o que já seria motivo suficiente para arrependimento. Mas a pior notícia estava por vir. Pouco depois, a prefeitura demoliu todas as casas — erguidas em área que pertencia ao município — e deu apartamentos novos em Santa Cruz, na zona oeste, a todos os proprietários.
— Quando soube disso, me droguei tanto que tive a minha primeira overdose. Vendi tudo que tinha na alucinação do crack e estava vendo todo mundo ali ganhando uma casa novinha. Foi horrível.
A situação de Lindinha se agravou. Ainda em 2010, foi internada em uma clínica pública de reabilitação. Lá, lhe cortaram todos os vícios, inclusive o cigarro. Ela não aguentou e, dias depois, voltou para a rua. Sem rumo, buscou auxílio nas amigas da cooperativa Beija-Flor. Teve recaídas, mas os catadores e a presidente, dona Iraci, incentivaram como puderam. Cada um do seu jeito.
— A Iraci parou de me dar dinheiro, disse que não ia me dar dinheiro para eu me drogar. As amigas e os amigos pediam por favor para eu ficar, não me render. Então, encontrei aqui a esperança. Me mantendo ocupada foi mais fácil. E o apoio e carinho de todos foi fundamental.
O vício de Maricélia durou dois anos — entre 2008 e 2010. Hoje, ela diz não correr mais riscos de voltar a usar drogas, mas ainda sofre com crises de abstinência. E quem “paga o pato” são os companheiros de trabalho.
— Eu tomava remédio, mas acabou e não tenho mais como comprar, pois é caro e precisa de receita. Queria um psicólogo, mas não consigo atendimento. Às vezes, tenho crises fortes e fico maltratando todo mundo aqui. Ainda bem que eles entendem e têm consideração comigo.