domingo, 11 de março de 2012

Dia Mundial da Água abordará Segurança Alimentar


Mesmo com a grande pressão exercida sobre os recursos hídricos, o mundo terá que consumir mais água para atender à demanda de alimentos de uma população crescente. Pensando nisso, a ONU escolheu o tema da segurança alimentar para o Dia Mundial da Água de 2012


Estima-se que o consumo diário de água por pessoa seja de dois a quatro litros. Mas a maior quantidade que "bebemos" vem de dentro dos alimentos. A produção de um quilo de trigo, por exemplo, consome 1.500 litros de água, segundo dados da FAO - Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação*. O órgão também aponta que aproximadamente um bilhão de pessoas no mundo sofre de fome crônica, enquanto as pressões sobre os recursos hídricos aumentam. 


Para promover discussões sobre o desafio de garantir o acesso a alimentos nutritivos para a população mundial crescente e ao mesmo tempo racionalizar o consumo da água, a ONU escolheu para o Dia Mundial da Água, comemorado no dia 22 de março, o tema Segurança Alimentar. O vídeo abaixo mostra por que este recurso natural é tão importante para a nossa alimentação, com exemplos da quantidade de água necessária para produzir outros alimentos: 







A campanha da FAO para o Dia Mundial da Água de 2012 procura mostrar que é possível tomar medidas, desde a produção até o consumo final, para conservar a água e garantir o fornecimento de alimentos para todos. Eis algumas recomendações da organização: 

- consumir produtos que façam uso menos intensivo de água; 
- reduzir o grande desperdício de alimentos, já que 30% dos alimentos produzidos em todo o mundo não são consumidos e a água usada para produzi-los se perde; 
- produzir mais alimentos, de melhor qualidade e com menos água, e 
- levar uma alimentação saudável. 

Para celebrar o Dia Mundial da Água serão organizados diversos eventos em todo o mundo. Acompanhe as informações no site da FAO, onde ainda é possível assistir a vídeos sobre o ciclo de água e sobre o reuso deste recurso nas cidades. 

Centro de Eventos Populares será palco de grandes espetáculos



Por Liliane Barreto e Ruan Barros

  
Foto: Roberto Joia
Grandes shows com artistas nacionais e locais vão marcar a inauguração do espaço 

O Centro de Eventos Populares Osório Peixoto será palco de grandes eventos, em Campos, que passa a contar com espaço adequado para shows, desfiles cívicos e apresentações culturais. Além do novo espaço, que será inaugurado pela Prefeita Rosinha Garotinho no dia 28 de março, aniversário da elevação da vila à categoria de cidade, a população também vai ganhar de presente grandes shows com artistas nacionais e locais. Serão quatro dias de festa. O evento começa na quarta-feira (28), às 18h, com o tradicional desfile cívico e cultural, seguido do show do cantor sertanejo Gusttavo Lima, que a partir das 22h, sobe ao maior palco fixo público da América Latina, cantando os seus sucessos.
A festa continua na quinta-feira (29), com o desfile de bandas de fanfarras, a partir das 18h. Em seguida, às 22h, o cantor evangélico Fernandinho sobe ao palco, onde vai cantar sucessos, como “Faz Chover”. Na sexta-feira (30), às 21h, tem micareta com a banda baiana Parangolé, no trio elétrico, que vai percorrer a passarela de 280 metros de extensão. Logo depois, será a vez dos “Pratas da Casa” subirem ao palco para mostrar os talentos da cidade.
No sábado (31), encerrando as comemorações, a Escola de Samba União da Ilha do Governador vai mostrar um pouco do carnaval do Rio de Janeiro. Em seguida, para fechar com chave de ouro a programação de aniversário, Alexandre Pires comanda a festa.  O espaço, que terá um calendário anual recheado de evento, possui uma megaestrutura dotada de acessibilidade, com estacionamento para 520 veículos, banheiros, arquibancadas para 15 mil pessoas sentadas e camarotes. Para os shows, a capacidade é de 40 mil pessoas.
O secretário de Obras e Urbanismo, Edilson Peixoto, afirma que a estrutura já está pronta e que, agora, só falta concluir o palco. “Os trabalhos estão concentrados no palco, que é de grandes dimensões”, informa Edilson, citando também a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), subestação de energia elétrica e um castelo d’água, além de posto médico.
- Com esta obra, a Prefeita Rosinha Garotinho vai deixar um grande legado para a cultura. Na programação de inauguração, a prefeita pensou em todos os públicos. Os artistas locais terão a oportunidade de cantar em uma estrutura que poderá receber artistas internacionais. Tudo está sendo pensado para que a população prestigie os eventos com tranqüilidade e segurança – completa a presidente da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima, Patrícia Cordeiro.
Campos Folia 2012 - Entre os dias 27 e 29 de abril, acontecerá o Campos Folia 2012, o Carnaval fora de época do município. "São 178 anos de um dos carnavais mais antigos do país. Este ano, vamos homenagear, com o Campos Folia, a passagem do centenário da Sociedade Carnavalesca Clube Tenentes de Plutão. Mas, o Centro de Eventos Populares vai abrigar, também, desfiles cívicos, festival de quadrilhas e eventos folclóricos", contou o secretário de Cultura, Orávio de Campos.

*Fonte: Site da PMCG

sábado, 10 de março de 2012

Hora do Planeta 2012: apague as luzes em 31/03


CONTRA O AQUECIMENTO GLOBAL


Que tal ficar no escuro por 60 minutos para mostrar que você se preocupa e faz sua parte contra o aquecimento global? Essa é a ideia da campanha Hora do Planeta, que é promovida há cinco anos pela ONG WWF e, em 2012, convida a população mundial a apagar as luzes por uma hora, no dia 31/03, a partir das 20h30. Vai aderir?


Débora Spitzcovsky

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A data para a mobilização mundial Hora do Planeta 2012* já está definida: será no sábado, 31/03, das 20h30 às 21h30. Promovida pelo quinto ano consecutivo pela ONG internacionalWWF, a ação convida pessoas de todos os cantos do planeta a ficar no escuro durante 60 minutos para mostrar que estão preocupadas e dispostas a fazer sua parte para combater o aquecimento global. 

Esta será a quarta vez que o Brasil participará, oficialmente, da Hora do Planeta. Nos outros anos, não só sociedade civil mas também governos e empresas nacionais aderiram à mobilização e símbolos importantes do país - como o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, e o Auditório do Ibirapuera, em São Paulo - foram apagados durante os sessenta minutos. 

Em 2012, a WWF pretende conseguir ainda mais adeptos para a iniciativa. No ano passado, 1 bilhão de pessoas participou da ação e, agora, a ONG internacional espera a adesão de cerca de 1,8 bilhão de cidadãos, de mais de 5250 cidades de 135 países de todos os cantos do planeta. Que tal aderir também? Apague as luzes da sua casa por uma hora no dia 31/03, a partir das 20h30, e, se possível, desligue também os aparelhos eletrônicos - como TV, computador e micro-ondas

E, claro, adquira o hábito de economizar energia no seu dia a dia e não só na Hora do Planeta. Para se inspirar, assista, abaixo, ao vídeo oficial da iniciativa (em inglês) para o ano de 2012. 



Substitua o copo descartável



COMPRA CONSCIENTE

Algumas garrafas e moringas bacanas para ajudar você a evitar os copinhos de plástico descartáveis
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Esta moringa de porcelana, de 600 ml, foi premiada no iF Product Design Award 2011. Tem várias estampas e sua tampa serve de copo. Custa 99 reais no site www.jodja.com.br
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Uma garrafa de vinho reciclada de 750 ml é transformada nesta moringa. Vendida na loja virtual Revira Ideias por 80 reais. www.reviraideias.com.br
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Equipada com filtro de carvão, que deve ser trocado a cada dois meses, a garrafa plástica Bobble, do designer Karim Rashid, comporta 550 ml de água. Por 44 reais em www.spicy.com.br
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De cerâmica e com interior esmaltado, a moringa Sabor tem capacidade para 1,4 litro. O copo de 200 ml serve de tampa. Encontrada por 29,90 reais na Tok & Stok. www.tokstok.com.br


Fonte renovadora




Muito caprichada, a horta da chef Claudia Mattos tem mais de 250 espécies





BOM HÁBITO

Cultivar as sementes da natureza em nosso lar pode mudar a relação que mantemos com o planeta, com o que comemos e até com os outros

Patricia Bernal/Bons Fluidos - 10/2011


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A vida nas grandes metrópoles é cheia de contrastes, não é mesmo? Se por um lado ganhamos praticidade, conforto e acesso ao que há de mais moderno, por outro acabamos nos desligando de coisas essenciais relacionadas ao nosso bem-estar. Não é à toa que, cada vez mais, sentimos a necessidade de nos reconectar com a natureza. "Por meio dessa ligação, somos capazes de ativar nosso lado mais humano e aprender a lidar melhor com as relações com o outro e com nós mesmas", diz a psicóloga Solange Martins Ferreira, do Hospital Santa Catarina, em São Paulo. Para constatar se os laços "verdes" foram de fato cortados basta observar alguns hábitos do dia a dia que foram se perdendo. 

Ao caminhar em um parque você tira o tênis para sentir o toque fresco da terra? Toca com as mãos a grama ou as árvores? Ao escolher os alimentos, você consegue perceber a diferença de sabor, cor e aroma entre os produtos orgânicos ou com agrotóxico? Sabe a época certa de cada fruto? "O distanciamento cada vez maior com o universo das coisas naturais despertou a necessidade de retomarmos essa conexão há tempos perdida", completa a psicóloga. E por onde começar? 

Um bom caminho é criar um espaço verde dentro de casa. Melhor ainda se for uma horta que, além de bonita, enriqueça o cardápio diário com temperos e verduras sempre fresquinhos. "Além de estimular os sentidos como o olfato, o paladar e até a visão, estabelecemos uma nova sintonia com a natureza", constata Marta Tátini, consultora gastronômica do Centro Cultural Caravansernai, em São Paulo. Isso se traduz, inclusive, em acompanhar o ciclo de vida de cada alimento, hábito desgastado pelo nosso desejo de consumir tudo o que brota da terra durante o ano todo. "A natureza é sábia e por isso oferece o alimento necessário ao corpo em cada estação", diz Marta. Além disso, garante a chef, presenciar o nascimento e o crescimento das sementes nos inspira a ter uma alimentação mais saudável. "Além do sabor inigualável, o alimento produzido por nós mesmas oferece uma energia vital única", afirma a chef Claudia Mattos, que possui no quintal de sua casa, na capital paulista, cerca de 250 espécies de plantas, dentre elas legumes, verduras, temperos, frutas e até flores comestíveis.


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"Quando você nutre a natureza, ela nutre você. Com isso, nos aproximamos dela e aprendemos a respeitá-la." - Marta Tátini, consultora gastronômica

Vale a pena salientar também que durante o plantio ocorrem trocas energéticas entre você e a terra. "Nosso corpo tem duas saídas prontas para descarregá-las, os pés e as mãos. O contato dessas superfícies com o solo é capaz de eliminar a tensão e os excessos de irritabilidade dos órgãos internos", explica Hélio Ferreira Pinto Júnior, terapeuta de medicina natural na clínica Novo Tempo, em Campinas, interior de São Paulo. Segundo o especialista, nas palmas das mãos existe uma série de canais de energia conhecidos como meridianos. Relacionados à acupuntura, eles estão associados ao intestino grosso e ao delgado, ao pulmão, à circulação e ao coração. "O fato de estar cutucando e afofando a terra já estimula o início dessa movimentação", diz Ferreira Pinto. Dentro desse princípio, as energias estagnadas e ruins são eliminadas e, ao mesmo tempo, passam a receber a energia viva e renovadora da natureza. Já os pés possuem pontos que atingem outros órgãos como a vesícula, o estômago, o pâncreas, os rins, a bexiga e o fígado. 

MENTE TRANQUILA 
A inclusão do cultivo no cotidiano pode ser também transformadora no sentido de acalmar nossa mente sempre tão sobrecarregada. "Quando não paramos para relaxar, surge o estresse, a ansiedade e a angústia de não dar conta do recado. Em seguida, podem vir o mau humor e até a depressão", constata a psicóloga Solange Martins. Com isso, acabamos "nos tirando" da agenda e passamos a ser reprodutores desses estados: "É preciso tomar um distanciamento a fim de enxergar as soluções". Para afastar-se dessa turbulência, é necessário buscar práticas que estimulem a calma e a paz interior, como o contato direto com a terra, capaz de gerar um profundo estado de relaxamento. E, mesmo que de imediato você ache que não leva jeito para a coisa e que não dispõe de um lugar adequado em sua moradia, faça um planejamento e se aventure. 

"Só por meio da experimentação saberemos se a atividade é um canal de bem-estar ou de desgaste", observa Solange. "Em um primeiro momento é normal que ocorram dificuldades. Mas com a prática essa situação tende a mudar", afirma a psicóloga. E, caso suas sementes não vinguem, eis uma boa oportunidade de reflexão. "Assim como na vida, as dificuldades e os desacertos nos fazem pensar até encontrarmos as soluções. Por isso, se uma plantinha morrer, pare, observe o que foi feito de errado e refaça", dá a dica. E, em última instância, se a atividade lhe parecer perda de tempo, a psicóloga garante: "Só vivenciando é que passamos a identificar o enorme bem-estar físico e emocional da atividade, e sentimos o desejo de ampliar cada vez mais essa conexão com a natureza e com todos que fazem parte dela", finaliza Solange. 

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HÁBITO CULTIVADO 
Abençoada com alimentos vindos da horta da mãe na época em que moravam juntas em uma casa espaçosa, na cidade de Curitiba, a paisagista Andréa Schrappe levou consigo o hábito do cultivo ao se casar e mudar de Estado. Há 13 anos, vive no 17o andar de um edifício em São Paulo. Desde então, passou a cultivar temperos e plantas ornamentais. "Um dia vi que estava uma bagunça, arranquei todas as ornamentais e passei a plantar apenas as comestíveis ou que dessem algum fruto", explica. Hoje ela tem cerca de 19 vasos, com 30 espécies, espalhados pelo apartamento. "Para mim, sentar e cuidar delas é como uma terapia", diz. E tem mais: "Saber que o alimento foi plantado por mim dá muito orgulho, pois vejo crescer uma nova vida na qual depositei todo o meu carinho e dedicação. Isso, com certeza, vai refletir em uma comida mais saborosa".

Celulares podem ganhar tela com célula solar


Sistema atualmente tem uma eficiência de 11%, produzindo um total de 5 miliwatts (mW) em um dispositivo com tela de 3,7 polegadas

Monica Campi, de 

Smartphone

Um smartphone comum utiliza até centenas de miliwatts e até 68.6 miliwatts em um estado suspenso.

São Paulo – Um pesquisador do Centro de Nanotecnologia de Londres desenvolveu uma solução que poderá resolver o problema da curta vida útil das baterias de celular: embutir células solares na tela dos aparelhos.

Segundo o pesquisador, Arman Ahnood, somente 36% da luz produzida pelos displays OLED é projetada e o restante é desperdiçado. E esta sobra que “vaza” pelas bordas do visor pode ser aproveitada com células solares, embutidas dentro da própria tela.

O sistema desenvolvido pelo pesquisador atualmente tem uma eficiência de 11%, produzindo um total de 5 miliwatts (mW) em um dispositivo com tela de 3,7 polegadas, mas ainda é inferior ao que um smartphone necessita.

Segundo pesquisas, um smartphone comum utiliza até centenas de miliwatts e até 68.6 miliwatts em um estado suspenso. Mas Ahnood afirma que a eficiência pode aumentar significativamente, ao ponto onde o sistema possa ampliar a vida da bateria em algumas horas.

O próximo passo das pesquisas será utilizar novos designs e materiais para que a eficiência energética chegue até 90%, o que já permitiria estender a vida útil da bateria em uma única recarga.

sexta-feira, 9 de março de 2012


03/2012 12:33
Decisão acontece num dia atípico, uma sexta-feira, quando a maioria dos parlamentares já retornou para os seus estados
 
Garotinho em plenário: defesa permanente dos royalties dos contratos do pós-sal já licitados
Garotinho em plenário: defesa permanente dos royalties dos contratos do pós-sal já licitados
será instituída ainda hoje, sexta-feira, dia 9, a Comissão que vai discutir os royalties do petróleo. Numa decisão estranha, o presidente da Câmara, Marco Maia (PT – RS) não quis instalar a comissão especial criada por ele mesmo no final do ano passado, mas aceitou sob pressão uma comissão paritária com cinco membros dos estados produtores e o mesmo número de representantes dos estados não produtores. Um detalhe merece destaque: como o colegiado não tem prazo definido para apresentar relatório, ele pode ter o seu trabalho encerrado a qualquer momento.


O que se diz nos corredores da Câmara é que Marco Mai vai votar o projeto dos royalties, no máximo até a segunda quinzena de abril e que a grande pressão sobre ele é do presidente do Senado, José Sarney, pois com o novo critério da lei do senador Vital do Rêgo, o Maranhão passaria a receber de royalties mais do que o Rio de Janeiro.

De qualquer maneira vamos lutar. Os representantes do Rio e do Espírito Santo na comissão já foram escolhidos. São eles: Anthony Garotinho (PR), Leonardo Picciani (PMDB), Hugo Leal (PSC) e um deputado a ser indicado pelo PT, isso pelo Rio de Janeiro. O Espírito Santo indicou a deputada Rose de Freitas, vice-presidente da Câmara.

Governo e empresas discutem acordo sobre forma de descartar lâmpadas


Muitas lâmpadas fluorescentes param na rua e depois vão para lixões, o que é um perigo para a saúde e o meio ambiente.

O Governo Federal e as empresas que fabricam ou importam lâmpadas fluorescentes estão perto de um acordo sobre a forma de descartar esse produto sem poluir o meio ambiente. E já decidiram quem vai pagar a conta para implantar o programa.
Formas e cores se multiplicam. O mercado de lâmpadas fluorescentes, que gastam até 80% menos energia do que as incandescentes, disparou na última década.
Cerca de 290 milhões são vendidas por ano no Brasil, quase todas importadas, como as do prédio onde Heron trabalha. “Quando queima, enrolo no jornal e jogo fora”, ele conta.
Essa é a prática no Brasil: 95% das lâmpadas fluorescentes são descartadas em lugares inadequados. Muitas vão parar na rua e depois vão para aterros e lixões. Um perigo para a saúde e para o meio ambiente, porque as lâmpadas fluorescentes têm mercúrio, um metal altamente tóxico.
A Lei de Resíduos Sólidos, aprovada há um ano e meio, diz que fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes devem recolher e dar um destino adequado às lâmpadas usadas. Mas a lei ainda não foi implantada porque o assunto está sendo discutido pelo setor.
A proposta da Abilux, uma das duas associações que reúnem fabricantes e importadores, é que os consumidores entreguem as lâmpadas usadas em postos de coleta no comércio. Uma associação sem fins lucrativos responsável pelo transporte e pela descontaminação receberia dos fabricantes R$ 0,40 por lâmpada vendida. O custo seria repassado para o consumidor no preço da lâmpada.
“Se queremos um ambiente melhor, nós vamos ter que pagar pelo descarte adequado”, avalia Isac Roizenblatt, diretor da Associação da Indústria de Iluminação.
O governo diz que o programa deve começar até o fim de ano nas maiores cidades do país e que ainda estuda quanto o consumidor vai pagar.
“Está sendo avaliado, e o custo vai ter que ser repassado àqueles que são usuários das lâmpadas”, explica Zilda Veloso, do Ministério do Meio Ambiente.
Por enquanto, as iniciativas são voluntárias, como a da prefeitura de São José dos Campos, no interior paulista, que coleta e descontamina as lâmpadas.
Uma loja de material de construção em São Paulo gasta R$ 200 mil por ano para dar um destino adequado às lâmpadas levadas pelos clientes.
Os materiais são separados em uma fábrica. As pontas metálicas são vendidas para fundições. O vidro e o pó fosfórico vão para a indústria cerâmica. E o mercúrio é doado para institutos de pesquisa.
“Uma lâmpada fluorescente de 32 watts tem potencial para poluir 30 mil litros de água. Você imagina tudo isso indo para lixões, caçambas, de forma indiscriminada. O impacto ambiental é muito prejudicial”, alerta Carlos Alberto Pachelli, dono da empresa.
A Abilumi, outra associação dos importadores de lâmpadas, informou que concorda com a proposta que está sendo discutida. Alertou sobre a importância de que todo o setor cumpra o acordo para que não haja uma concorrência desleal com produtos mais baratos, de empresas que não seguirem as normas do descarte adequado.
*Fonte: Jornal Nacional - Edição do dia 08/03/2012

Programação Semanal da Limpeza Pública



Vai esquentar a luta pelos royalties do petróleo



Garotinho discursando na tribuna da Câmara (Foto de Saulo Cruz - Agência Câmara)
Garotinho discursando na tribuna da Câmara (Foto de Saulo Cruz - Agência Câmara)


Será instituída dentro de instantes, a Comissão que vai discutir os royalties do petróleo. Numa decisão estranha, o presidente da Câmara, Marco Maia (PT – RS) não quis instalar a comissão especial criada por ele mesmo no final do ano passado, mas aceitou sob pressão uma comissão paritária com 5 membros dos estados produtores e o mesmo número de representantes dos estados não produtores, porém com um detalhe, esta comissão não tem prazo definido para apresentar relatório, ou seja, pode ser encerrada a qualquer momento.

O que se diz nos corredores da Câmara é que Marco Mai vai votar o projeto dos royalties, no máximo até a segunda quinzena de abril e que a grande pressão sobre ele é do presidente do Senado, José Sarney, pois com o novo critério da lei do senador Vital do Rêgo, o Maranhão passaria a receber de royalties mais do que o Rio de Janeiro.

De qualquer maneira vamos lutar. Os representantes do Rio e do Espírito Santo na comissão já foram escolhidos. São eles: Anthony Garotinho (PR), Leonardo Picciani (PMDB), Hugo Leal (PSC) e um deputado a ser indicado pelo PT, isso pelo Rio de Janeiro. O Espírito Santo indicou a deputada Rose de Freitas, vice-presidente da Câmara.

Para ecologista, Rio+20 poderá estimular ações ambientais



Sergio Besserman, no entanto, disse que o evento não dará a receita para o desenvolvimento sustentável

Alana Gandra, da 

Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr
O chanceler Antonio Patriota, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, cumprimentam-se antes da 4ª Reunião da Comissão Nacional para a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável Rio 20
A Conferência Rio+20 foi convocada para discutir o desenvolvimento sustentável com foco na economia verde e no combate à pobreza
Rio de Janeiro - O presidente do grupo de trabalho da prefeitura do Rio para a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, Sergio Besserman, disse que o evento não dará a receita para o desenvolvimento sustentável, mas será uma oportunidade significativa para que as ações nessa área ganhem impulso.
A Conferência Rio+20 foi convocada, de acordo com Besserman, para discutir o desenvolvimento sustentável com foco na economia verde e no combate à pobreza. “É preciso saber até onde irão a profundidade e a coragem de enfrentamento dos grandes problemas da crise ambiental”, disse.
Para ele, a economia verde não pode restringir-se à questão das inovações tecnológicas que poupem os recursos naturais. “E o combate à pobreza não pode esquecer os que mais sofrem nas várias dimensões da crise ambiental – aquecimento global, desertificação -, que são as populações pobres do planeta”.
É preciso, destacou, “enfrentar de frente e com coragem” o fato de que o atual modo de produzir e de consumir não é sustentável. Segundo Besserman, esse deve ser o significado da Rio+20: discutir os modelos de economia de produção e de consumo que permitem a manutenção do processo de inclusão social, “sem ameaçar a civilização nos seus custos e perdas, no horizonte que já é visto”.
A conferência da ONU vai discutir também a questão da governança global. O economista e ambientalista disse que hoje em dia há uma deficiência na área da governança que se manifesta, inclusive, no âmbito das Nações Unidas quando se obtém um acordo. Ele citou o caso do Acordo de Biodiversidade, firmado em Nagoia, no Japão, no fim de 2010, em que o Brasil teve papel de liderança. Esse novo tratado garante a soberania dos países sobre os recursos da biodiversidade.
Besserman observou que apesar de o acordo ter sido ratificado, “isso, no mundo de hoje, não se transforma em ação. As metas não são cumpridas. Não há qualquer penalidade para os atores que não cumpram essas metas”. Esse é um problema que evidencia a falta de governança no mundo, reforçou.
Ele lembrou que não há a expectativa de que a conferência vá resolver todos esses problemas, mas admitiu que ela pode oferecer uma sinalização positiva. “Pode dizer ao mundo que é necessário começar a avançar mais rapidamente, que é necessário que passem a ocorrer as ações que permitirão evitar os piores cenários de toda essa situação de crise ecológica”.
Na opinião do ambientalista, este é um momento singular da história, uma vez que os países têm que enfrentar uma crise econômica e, ao mesmo tempo, não perder de vista os limites do planeta.
Na Conferência da ONU sobre o Meio Ambiente de 1992, a Rio 92, havia, argumentou Besserman, um “otimismo ingênuo de que nunca mais ocorreriam grandes crises e, identificados os problemas que a ciência apontava, nós nos reuniríamos e encontraríamos as soluções. Em 2012, sabemos que há um processo muito mais profundo e mais complexo, assim como as imensas transformações que a economia e a política global terão que passar”. Por isso, assegurou que não há nenhuma razão para esperar que a Rio+20 seja uma cartilha ou mapa do caminho, ou que apresente soluções para um problema da magnitude que é o desenvolvimento sustentável.
O ecologista lembrou ainda que na Rio+20, chefes de Estado estarão fazendo uma declaração política e discutindo a governança global. “Essa declaração política, se for fraca, representará um retrocesso nas discussões. Mas, se for forte, pode significar um impulso para que se acelerem as negociações do clima, da biodiversidade e os meios para torná-las realidade”.