O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, de 55 anos, foi levado para uma unidade de tratamento intensivo em um hospital britânico, onde passou a noite. Um porta-voz disse ele está recebendo um "excelente atendimento".
Ele havia sido diagnosticado com coronavírus dez dias atrás, e foi sido levado ao hospital St. Thomas, em Londres, no domingo por causa de "sintomas persistentes" como febre alta.
Nesta segunda, foi anunciado que ele seria submetido a exames.
Um porta-voz do governo britânico afirmou que esta seria uma medida de precaução recomendada pelos médicos, já que os sintomas da doença têm continuado dez dias depois de resultados positivos para o vírus.
No início da noite em Londres (tarde no Brasil), o governo anunciou que o premiê foi levado à UTI após uma piora nos sintomas.
A rainha foi mantida informada sobre a saúde de Johnson pelo governo, segundo o Palácio de Buckingham.
Uma declaração do governo diz: "O primeiro-ministro esteve sob os cuidados de médicos do Hospital St. Thomas, em Londres, depois de ter sido internado com sintomas persistentes de coronavírus".
"No decorrer da segunda-feira à tarde, a condição do primeiro-ministro piorou e, recomendado por sua equipe médica, ele foi transferido para a unidade de terapia intensiva do hospital".
"O PM está recebendo excelente atendimento e agradece a todos os funcionários do NHS por seu trabalho e dedicação", acrescentou o texto.
Segundo um porta-voz, Johnson pediu que seu secretário do Exterior, Dominic Raab, o substituísse "sempre que necessário" durante este período.
segunda-feira, 6 de abril de 2020
Campos, RJ, tem seis casos de coronavírus confirmados pela Prefeitura
Três novos casos entraram para a lista da secretaria municipal de saúde neste domingo (5). Números ainda não constam na lista do Governo do Estado.
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Prefeito de Campos, RJ, diz que cidade tem seis casos confirmados de coronavírus
O prefeito de Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, divulgou na manhã deste domingo (5) que o número de casos confirmados de coronavírus na cidade chegou a seis. Três novos casos entraram na lista da secretaria municipal neste domingo.
Os casos ainda não constam na lista de casos confirmados da Secretaria de Estado de Saúde.
O anúncio foi feito por meio de um vídeo publicado pelo prefeito Rafael Diniz.
Segundo o prefeito, dos três novos casos, um foi contaminado por transmissão local porque teve contato com o primeiro caso registrado na cidade.
Os outros dois são de um paciente que veio de Nova York e um familiar que teve contato com ele. Segundo o prefeito, os dois apresentam sintomas leves da doença.
Ainda de acordo com o prefeito, todos os pacientes estão em isolamento social.
RIO — Um mês após a confirmação do primeiro caso do novo coronavírus no interior do país, 397 municípios fora as capitais e cidades das regiões metropolitanas já registram contaminação pela Covid-19, segundo levantamento do GLOBO com o auxílio das bases de dados Brasil. IO e Lagom Data. Em paralelo ao avanço da epidemia em centros como Rio, São Paulo e Fortaleza, o ritmo de contaminação também se acelerou em cidades de médio e pequeno porte na última semana. Nesse período, o número de municípios do interior com confirmação do vírus mais que duplicou, com novos registros em 222 cidades que até então não estavam nas estatísticas do Ministério da Saúde e das secretarias estaduais.
A interiorização do vírus aparece com mais força no Sul e no Sudeste, que tinham 256 cidades com casos confirmados até a manhã de ontem. Nessas regiões, sete a cada dez municípios com registros da Covid-19 não estão na região metropolitana nem nas capitais.
Especialistas na área de saúde alertam que a falta de estrutura hospitalar e de regras mais restritas de isolamento social em municípios menores podem aumentar os riscos para as populações locais, especialmente as faixas de menor poder aquisitivo e acima de 60 anos. Metade das cidades do interior do país que têm casos do novo coronavírus não tinha leitos de UTI pelo Sistema Único de Saúde (SUS) até fevereiro deste ano, data da última atualização do DataSUS.
— Mesmo que pessoas de cidades pequenas sejam infectadas, elas não serão tratadas lá. Elas vão para as cidades polo em cada estado. Esses centros urbanos irão sobrecarregar e, consequentemente, aumentar a demanda das capitais. Outra preocupação dos municípios são os recursos para a manutenção dos serviços essenciais, como limpeza e transporte coletivo — disse o prefeito de Campinas, Jonas Donizette (PSB), presidente da Frente Nacional de Prefeitos.
Falta de leitos de UTI
Em uma nota técnica sobre a situação de alocação de UTIs durante a crise do novo coronavírus, publicada no último dia 22, pesquisadores do Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (Ieps) alertaram para a distribuição desigual de equipamentos hospitalares e leitos de UTI pelo interior do Brasil. De acordo com o estudo, um terço das 450 regiões de saúde do país — divisões adotadas pelos estados para planejar recursos e atendimento às populações locais, com grupos de cidades próximas — não contavam com leitos de UTI na rede pública antes do início da pandemia. Além disso, oito regiões de saúde sequer contavam com respiradores, equipamento essencial em casos graves.
— O atendimento regionalizado se mostra mais eficiente para o sistema e o investimento público. Há um fluxo entre as cidades pequenas para as cidades-polo e temos limitações de recursos humanos e materiais. Por isso, as medidas de isolamento se mostram essenciais e racionais, até para o gasto público — afirmou Beatriz Rache, uma das autoras da nota técnica do IEPS.
Até o último sábado, ao menos 48 das cerca de 455 mortes confirmadas em decorrência do coronavírus haviam ocorrido com moradores do interior do país. Parintins (AM), uma das primeiras cidades do interior a registrar morte por Covid-19, no último dia 25, é um dos 65 municípios com contaminação confirmada sem infraestrutura de internação nos arredores. A vítima, um empresário de 49 anos, teve de ser levada numa UTI aérea até Manaus para ser internada no Hospital Delphina Aziz, onde faleceu. A mulher do empresário também testou positivo para Covid-19 e permanece em quarentena na capital amazonense.
Toque de recolher
Por conta da preocupação com o coronavírus, o município decretou toque de recolher das 20h às 6h e determinou que os alunos da rede municipal tenham aulas através do rádio. Um dos casos confirmados é de uma criança de 1 ano e 4 meses que vive em uma aldeia de pescadores e passou por mais de uma unidade de saúde em Parintins antes de ter a confirmação do Covid-19. A criança permanece isolada em um hospital municipal, e todos os 15 familiares que vivem na mesma casa estão em observação.
— Aqui bateu o terror por conta do coronavírus. O pessoal tinha aquele costume de às cinco da tarde tomar um banho, se arrumar e dar uma volta na cidade. Isso mudou. Hoje é uma cidade calma, pacata, silenciosa. Os ensaios do Festival do Boi (de Parintins) foram todos suspensos, porque é como se fosse escola de samba, e a princípio o festival será adiado de junho para outubro — afirmou o prefeito Bi Garcia (PSDB).
Valparaíso de Goiás (GO) tem 168 mil habitantes e cinco casos de Covid-19 confirmados. A cidade na divisa com o Distrito Federal e a 200 quilômetros de Goiânia é uma das que não dispõem de UTIs. Os pacientes em situação grave são transferidos para Goiânia, assim como o material para análise e confirmação dos casos. O prefeito Pábio Mossoró (MDB) conta que a cidade está acatando as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde e determinando medidas de isolamento social, como fechamento do comércio e suspensão de aulas.
— Nossa preocupação é que muitos moradores trabalham em Brasília, como domésticas, e depois retornam para a cidade. Aqui não temos estrutura para tratar casos graves. Os quatro confirmados estão sendo monitorados. Tivemos uma senhora com suspeita que teve uma complicação respiratória grave e foi transferida para UTI em Goiânia. A pandemia vai trazer enormes prejuízos financeiros para as cidades e para o país, mas a nossa prioridade é salvar vidas.
Procon-JP notifica Associação dos Supermercados para investigar de onde vem a alta no preço de produtos
Evanice Gomes FONTE SITE PROCON JP
A Secretaria Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor solicitou à Associação dos Supermercados da Capital a relação de fornecedores desses estabelecimentos para verificar os aumentos de produtos alimentícios, como arroz e feijão, nos supermercados na Capital. O Procon-JP vem recebendo diversas denúncias dos consumidores sobre a majoração exorbitante nos preços de vários produtos, inclusive material higiênico.
O Procon-JP está fiscalizando supermercados e similares desde a última sexta-feira, 27, realizando diligências para averiguar reclamações dos consumidores através do instragan @proconjp sobre aumentos abusivos nos supermercados e similares de João Pessoa.
Para o secretário Helton Renê, essa medida junto aos supermercadistas é importante porque se pode descobrir quem está, realmente, majorando os preços. “Estou no aguardo que a entidade supermercadista nos envie a lista dos fornecedores que abastecem os supermercados de João Pessoae, a partir daí, vamos descobrir de onde está vindo esse aumento de preços. Para quaisquer irregularidades encontradas aplicaremos o rigor da lei”.
Helton Renê acrescenta que “em um momento delicado como o que estamos passando não tem espaço para esse tipo de situação. O consumidor está sob uma tensão constante com medo de ficar doente devido ao COVID-19 e ter, ainda, de se preocupar com os preços subindo vertiginosamente e se preocupando que sua renda não possa cobrir a feira básica que necessita, chega a ser uma maldade. Esse é o momento de ajuda mútua e não de tirar vantagem da fragilidade das pessoas”.