segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Casal ferido em desabamento de imóvel interditado em Atafona, em SJB

Casal ferido em desabamento de imóvel interditado em Atafona, em SJB

Três famílias já foram retiradas de seus imóveis por conta do risco de desabamento
 Carlos Grevi/Arquivo

Três famílias já foram retiradas de seus imóveis por conta do risco de desabamento

Um casal ficou ferido após o teto de um imóvel desabar por volta das 20h dessa quarta-feira (18/02), em Atafona, em São João da Barra. O local estava interditado por conta do avanço do mar.
O casal teria entrado na residência durante a noite e com o avanço do mar, um parede e o teto da casa desabaram atingindo os dois. Eles sofreram escoriações e foram socorridos pelo Corpo de Bombeiros para o Hospital ferreira Machado (HFM). 
De acordo com a Defesa Civil do município, o imóvel estava interditado há cerca de quatro meses e estava devidamente sinalizado, com placas e barricadas.
O coordenador da Defesa Civil, Adriano Martins, disse que em alguns pontos o mar chega a avançar cerca de dez metros e que toda extensão do trecho da antiga caixa d’água até o Pontal todas as casas estão interditadas.
Segundo Adriano, somente este ano três famílias já foram retiradas de seus imóveis por conta do risco de desabamento.
A Defesa Civil alerta para que as pessoas respeitem as sinalizações para não correr perigo. “A gente pede para que as pessoas não adentrem nessas casas, nem e aproximem com carros para tirar fotos”, ressaltou Adriano.

domingo, 22 de fevereiro de 2015


Reprodução do site jurídico JusBrasil
Reprodução do site jurídico JusBrasil


Vale a pena vocês lerem na íntegra essa matéria do site JusBrasil, que revela documentos secretos do Secretaria de Estado dos Estados Unidos com relatos da participação de Roberto Marinho na articulação da ditadura militar. É a comprovação de um fato que todos sabiam, que as Organizações Globo deram sustentação à ditadura militar. 

Rio pode conviver com racionamento em agosto

Rio pode conviver com racionamento em agosto

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015     –     Foto: Filipe Lemos/Campos 24 Horas

Rio Paraíba seca 2
Há pouco mais de um mês para o Dia Mundial da Água, comemorado em 22 de março, a escassez do recurso preocupa moradores das principais cidades do Sudeste.Enquanto o governo estuda um possível racionamento, no Rio de Janeiro, especialistas alertam para intervenções que podem evitar uma crise de abastecimento, como o reflorestamento e pequenas obras para facilitar a penetração da água no solo, que acaba escorrendo para o mar.
O desabastecimento de água no estado deve ser enfrentado ainda em 2015, alerta o coordenador do curso de especialização em Engenharia Sanitária e Ambiental da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), Adacto Ottoni. Na previsão dele, se as chuvas não se intensificarem, o risco é que a população sofra um racionamento a partir de agosto.O Governo do Rio de Janeiro não descarta medidas para a economia de água e de energia. O estado convive com a pior seca dos últimos 84 anos, segundo a Secretaria Estadual do Ambiente.
“Se cair pouca chuva [até abril, antes do período de estiagem], podemos ter um colapso. Se não for neste ano [agosto], será no ano que vem, quando as Olimpíadas [2016] coincidem com o período de seca e haverá dezenas de milhares de pessoas no Rio”, destacou Ottoni, que é também assessor de meio ambiente do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea-RJ).
Segundo ele, apesar de as chuvas serem determinantes para o futuro da população fluminense, o grande problema de abastecimento hoje é a degradação dasbacias hidrográficas, que não conseguem mais reter a água e infiltrá-la na terra, nos lençóis freáticos. “Não adianta chover para ter água se não tiver floresta para reter. A água gera enchente, inundação e depois a população fica sem. Ou seja, convive com racionamento e com a enchente”, disse, lembrando que a floresta também amortece enxurradas, que provocam desabamentos.
Essa também é a avaliação da vice-presidente do Comitê de Integração da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul (Ceivap), Vera Lúcia Teixeira, que desde 2013 alerta para a situação dos rios que abastecem São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.  “O que a gente não vê é como recuperar e revitalizar essa bacia”, ressaltou. A seu ver faltam propostas concretas tanto do governo federal quanto do governo estadual. O comitê só faz recomendações e depende de políticas municipais e estaduais, como o saneamento. “Precisamos retirar o esgoto dos rios e os investimentos são poucos”, ressalta.
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, anunciou na segunda-feira (9), a liberação de R$ 360 milhões de R$ 930 milhões previstos para um plano de segurança hídrica até 2050, ainda em elaboração. O governo estadual planeja obras de saneamento básico da Região Metropolitana, incluindo a Baixada Fluminense – região que frequentemente sofre ora com torneiras secas, ora com enchentes -,  além do reflorestamento das margens dos rios Paraíba do Sul e Guandu.
Para evitar uma crise de desabastecimento, nos últimos dias a Prefeitura do Rio de Janeiro criou um grupo de trabalho. O prefeito, Eduardo Paes,  não descarta medidas para a economia de água e energia. “Talvez, vamos fazer isso depois do carnaval”, declarou. “O Brasil tem uma cultura de natureza abundante e isso acaba em muito desperdício”, completou.

Designer cria invenção que reusa até 90% da água do banho


Designer cria invenção que reusa até 90% da água do banho

Rafael Barifouse Da BBC Brasil em São Paulo 02/2015\


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Em meio à crise hídrica, uma das principais recomendações é reusar água para reduzir o consumo diário. Mas fazer isso não é exatamente fácil ou prático, ao menos quando se fala de um dos hábitos diários que mais demandam água: o banho. Hoje, é preciso recorrer a bacias ou baldes para evitar que um grande volume vá pelo ralo - e, ainda assim, grande parte desta água se perde. Mas o designer húngaro Alberto Vasquez criou uma técnica simples, que permite que até 90% da água do banho seja reaproveitada.

"O sistema Gris é resultado de um trabalho de dois anos que fiz durante minha faculdade", diz Vasquez à BBC Brasil. "É uma ideia simples, mas que exigiu uma pesquisa complexa."
Reservatórios interligados

A plataforma é antiderrapante para evitar acidentes durante o banho. Os módulos são inclinados para o centro, onde a água é captada. Uma vez cheios, reservatórios podem ser desconectados. A invenção permite armazenar até 40 litros por vez. O Gris é composto por uma plataforma antiderrapante formada por quatro reservatórios interligados que se inclinam ligeiramente para o centro, onde entradas permitem que a água se acumule em seu interior.

Cada reservatório comporta até dez litros, o mesmo que um balde comum. Quando estão cheios, a pessoa pode desconectá-los e usar a água armazenada para outros fins, como dar descarga ou fazer a limpeza da casa. Segundo a Sabesp, empresa responsável pelo abastecimento em São Paulo, um banho de ducha de cinco minutos – a duração recomendada para não deperdiçar água – gasta 45 litros. Assim, o uso do sistema Gris permitiria reutilizar quase toda a água usada no banho.

Prêmios

Alberto Vasquez ganhou dois prêmios internacionais de design com seu invento. Vasquez inspirou-se na falta de água constante enfrentada por comunidades da Colômbia, onde nasceu sua mãe e onde o designer passou parte da infância. Desde que apresentou o Gris no ano passado, o designer já ganhou dois dos prêmios internacionais, o iF Design Award e o A'Design Award, além de ter sido premiado pelo governo húngaro.

"Recebo de 40 a 50 emails por dias de pessoas que querem compra-lo porque enfrentam problemas de água em seus países", afirma Vasquez. Mas, por enquanto, o designer tem apenas um protótipo. Ele espera comercializá-lo por um preço entre US$ 20 e US$ 40. "Estou em busca de parceiros para produzi-lo em grande escala e, assim, poder começar a vendê-lo."

Designer cria invenção que reusa até 90% da água do banho7 fotos

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O designer húngaro Alberto Vásquez inspirou-se na falta de água enfrentada por comunidades na Colômbia para criar um equipamento que reusa até 90% da água do banho. O sistema Gris usa reservatórios inteligados para captar a água do banho para reuso Leia mais Divulgação

sábado, 21 de fevereiro de 2015

ONU inicia negociações para tratado de biodiversidade marinha


ONU inicia negociações para tratado de biodiversidade marinhaJosé Eduardo Mendonça - 01/2015 

Seria o primeiro a lidar especificamente com a questão
diversidade biológica nos oceanos teve uma queda dramática desde o começo da industrialização, no século 19. As causas primárias incluem a destruição de habitats por sobrepesca, poluição e eutroficação dos mares, assim como pela progressão constante da mudança do clima. Este processo de declínio acontece talvez de forma inédita na história.
Mas, ao mesmo tempo, foi identificada apenas uma pequena fração das espécies de mar profundo e dos oceanos polares, o que torna mais difícil registrar e avaliar as perdas.
Os ecossistemas marinhos desempenham certas funções crucialmente importantes. Uma delas é a produção de biomassa do sol e nutrientes (produção primária), que representa a fonte básica de alimentação para toda a vida nos oceanos e, em parte significativa, para os humanos.
Cerca de metade desta produção primária, em todo o mundo, é conseguida por plantas microscópicas, os fitoplânctons. Outra função é a de criar habitats, ou estruturas, no sistema costeiro. Microalgas, grama marinha e corais, por exemplo, formam grandes florestas, pastos e recifes submersos, que são habitats de moluscos, crustáceos e peixes.
Tudo isso se encontra agora sob ameaça. Por esta razão foi saudado por ambientalistas o anúncio feito pela ONU, no sábado, do início de negociações para aproteção da biodiversidade marinha em áreas oceânicas além de águas territoriais. O tratado seria o primeiro a tratar especificamente da questão, e envolveria a preservação de grandes extensões ameaçadas por poluiçãosobrespesca eaquecimento global.
A maioria das nações concorda com ação rápida, mas alguns países, como Estados Unidos, Rússia, Canadá, Islândia e Japão mostravam relutância. O tratado representaria zonas internacionais que perfazem 64% dos oceanos do mundo e um total de 43% da superfície da Terra.
“É a maior biosfera do planeta e não existe instrumento legal a estabelecer parques nacionais para sua proteção”, disse Karen Sack, da instituição Pew Charitable Trusts. “O acordo de hoje pode ser um grande passo para a proteção da qual os altos mares precisam desesperadamente”, afirmou Sofia Tsenikli, do Greenpeace. A concordância foi conseguida depois de quatro dias de discussões em Nova York, e ainda precisa ser aprovado pela Assembleia Geral da ONU, para o tratado que surgiria em 2018, na melhor das hipóteses, informa o Phys Org.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Nossa água vem da Amazônia

Nossa água vem da Amazônia

A chuva em várias regiões do país depende da preservação da Floresta Amazônica. Ela é responsável pela produção do vapor d’água, que em nuvens viaja por todo o território brasileiro

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Ilustração Raul Aguiar/Superinteressante

Estas informações fazem parte do infográfico produzido pela revista Superinteressante, que - junto com os infográficos Desmatamento e degradação e Estamos ilhados - integra a reportagem O Brasil secou. Para conferi-lo em formato de infográfico, clique aqui.
Entenda o processo de transpiração da floresta e à formação das nuvens sobre ela. Abaixo, conheça o percurso dos rios voadores e como eles levam chuvas por todo o continente:
Ilustração Raul Aguiar/Superinteressante
1. A chuva penetra no permeável solo florestal e fica armazenada em sua parte porosa, ou escorre até os aquí¬feros subterrâneos gigantescos.
2. A água é absorvida pelas raízes, que podem ter até 20m de profundidade, e levada pelos xilemas, espécie de artérias que transportam a seiva bruta para cima.
3. Por fim, passa pelas estruturas evapo¬radoras das folhas, que funcionam como painéis solares químicos, capazes de absorver a energia do sol para transpirar.
4. Além de água, as folhas liberam compostos orgânicos, que oxidam e precipitam, formando uma poeira finíssima. Essa poeira funciona como núcleo para condensação das nuvens.

OS RIOS VOADORES
Guiados pelo vento, els se chocam contra a Cordilheira dos Andes, fazem a curva no Acre e rumam para o Centro-Sul do país, indo até a Argentina
1. Os ventos úmidos do oceano entram na Amazônia, atraídos pela baixa pressão atmosférica, especialmente no verão. Formam um imenso reservatório de água no céu, que dá origem aos rios voadores.
2. Os rios voadores, guiados pelo vento se chocam contra a Cordilheira dos Andes, fazem a curva no Acre e rumam para o Centro-Sul do país, indo até a Argentina.
3. Essas chuvas de verão impedem que tenhamos um deserto no Brasil. Nesta mesma área tropical do mapa, há desertos em todos os continentes, como o Saara, o da Namíbia e o da Austrália.

DADOS E NÚMEROS DOS RIOS VOADORES 
- 20 trilhões de litros de água é o quanto a Amazônia transpira por dia. Equivale a 8 mil piscinas olím¬picas. Cada árvore pode transpirar até 1 mil litros diários;
- A umidade da floresta faz uma trajetória de mais de 3 mil km;
- Mágica no ar: a poeira que existe na atmosfera amazônica é rica em compostos orgânicos voláteis, que são liberados pelas folhas. Eles atuam no crescimento, reprodução e defesa da planta, mas também têm muita influência na atmosfera. Auxiliam na formação de nuvens e no controle do clima;
- Comparativo de quantidade de água transportada: Rios voadores x outros rios brasileiros:
Rios voadores: 3.200m³/s
Rio São Francisco: 2.800 m³/s
Rio Paraíba do Sul: 1.120m³/s

Fontes Agência Nacional de Águas, Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos, Companhia Ambiental do Estado de São Paulo, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Instituto Nacional de Pesquisas da Espaciais, Naturalis Biodiversity Center, O Futuro Climático da Amazônia (Antonio Donato Nobre, INPE), Patricia Bulbovas (USP).

HSBC na Suíça; reprodução do Globo online
HSBC na Suíça; reprodução do Globo online


O escândalo Swissleaks, das contas secretas no HSBC da Suíça vazadas por um consórcio internacional de jornalistas investigativos, está tendo reações das autoridades de inúmeros países. Aqui no Brasil a Receita Federal diz que vai investigar os casos de envolvidos no Petrolão, que porventura tenham contas nesse banco. Só que a lista que ainda não vazou inteira, mas que pode ser divulgada a qualquer momento, já se sabe que constam 8.667 brasileiros. Também foi divulgado, através da imprensa portuguesa, que Jacob Barata, o "Rei dos Ônibus" está na lista com uma conta de R$ 270 milhões. Aliás quero ver se a mídia brasileira vai ter coragem de divulgar a lista completa. Duvido! Mas também é preciso que a Receita Federal vai em cima dessas pessoas, confronte os numerários nas contas com as respectivas declarações de renda. 

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015


Reprodução da Folha de S. Paulo
Reprodução da Folha de S. Paulo
FONTE BLOG DO GAROTINHO

E é importante deixar claro que a Folha mostra uma parte do problema. A crise do Rio está ligada à farra de isenções fiscais, que diminuiu a arrecadação, além da gastança do dinheiro público com mordomias, criação de 4.400 novos cargos de confiança, viagens, a fortuna torrada em publicidade, e claro, o superfaturamento de obras, a começar pelo Maracanã. Mas para o Globo a crise é só no Paraná e no Distrito Federal. Brincadeira! 

As 10 florestas mais ameaçadas do mundo

As 10 florestas mais ameaçadas do mundo
072013 • 



A organização Conservação Internacional divulgou um estudo mostrando as áreas florestais mais ameaçadas do mundo. A pesquisa, que enumerou os dez em maior perigo, tem a Mata Atlântica ocupando a quinta colocação.
Os “hotspots de biodiversidade”, como foram chamadas as análises, mostram áreas espalhadas por todo o globo, que abrigam grande biodiversidade com espécies animais e vegetais únicas, mas que correm sérios riscos de extinção. As áreas ranqueadas estão no sudeste asiático, na Nova Zelândia, na China, na África Oriental, em Madagascar e também no Brasil.
Todas as florestas consideradas no estudo já perderam, pelo menos, 90% de sua vegetação original. A preocupação maior está no fato de que essas áreas abrigam pelo menos 1.500 tipos de espécies nativas endêmicas, que só existem ali. A Mata Atlântica é um bom exemplo disso. A sua área original ocupava grande parte da costa brasileira e hoje restam apenas 8% dessa vegetação em todo o território nacional. Mesmo assim, ela possui cerca de 20 mil espécies de plantas, 40% delas endêmicas.
O desmatamento é uma preocupação constante já que as florestas cobrem apenas 30% do nosso planeta e são responsáveis por fornecer alimentos para 1,6 bilhões de pessoas. Além disso, elas fazem a manutenção do clima e têm importância econômica.
As florestas também são importantes reservatórios de água doce, já que três quartos da água potável do mundo é proveniente de vertentes florestais, e a maior parte das cidades depende delas para conseguir água limpa.
O intuito do estudo, segundo a CI é encorajar os países a definirem novas estratégias de proteção aos biomas, exaltando o fato de que também é possível obter benefícios econômicos mantendo a floresta em pé.
Ranking completo das dez florestas mais ameaçadas no mundo
1 – Regiões da Indo-Birmânia (Ásia-Pacífico): Possui rios e pântanos importantes para a conservação da fauna. No entanto, boa parte dos rios foi represada para a instalação de usinas hidrelétricas e muitos mangues foram transformados em reservatórios com interesses econômicos. Restam apenas 5% da vegetação original.
2 - Nova Zelândia (Oceania): Abriga mamíferos, anfíbios e répteis que não são encontrados em nenhum outro lugar do planeta. A caça e destruição dos habitats e florestas causaram a extinção de algumas espécies. Outro problema que dificulta a biodiversidade local é a drenagem de pântanos. Resta hoje apenas 5% do bioma local.
3 – Sunda (Indonésia, Malásia e Brunei – Ásia Pacífico): A área abriga 17 mil ilhas equatoriais, inclusive as duas maiores do Boréo e Sumatra, e suas florestas estão sendo dizimadas para o uso comercial, para a produção de borracha, óleo de dendê e celulose. Apenas 7% da vegetação original existe até hoje.
4 – Filipinas (Ásia-Pacífico): É considerado um dos países mais ricos em biodiversidade do mundo. Porém, as intensas atividades madeireiras e a agricultura destruíram 93% da vegetação do país. A situação fica ainda pior devido ao aumento da taxa de crescimento populacional.
5 – Mata Atlântica (América do Sul): Já esteve presente em praticamente toda a costa brasileira, abrigando 20 mil espécies de plantas. A floresta foi prejudicada inicialmente pelo cultivo de cana-de-açúcar. Hoje, os principais problemas estão associados à urbanização de São Paulo e Rio de Janeiro.
6 – Montanhas do Centro-Sul da China (Ásia): Inclui uma incrível diversidade de habitats, a maior taxa de endemismo do mundo e a maior parte dos sistemas hídricos asiáticos. O principal problema da região é a construção de barragens para a obtenção de energia. Esse e outros problemas fizeram com que restassem apenas 8% da vegetação nativa.
7 – Província Florística da Califórnia (América do Norte): Possui clima mediterrâneo e abriga o maior organismo vivo do planeta, a sequóia gigante. É também o local de maior reprodução de aves dos Estados Unidos. A expansão das áreas urbanas é o maior problema da região, que possui apenas 10% de sua área inicial.
8 – Florestas Costeiras da África Oriental (África): Espalhadas por países como Quênia e Tanzânia possuem grande diversidade de espécies endêmicas, que sofrem com um solo pobre e o crescimento populacional.
9 – Madagascar e ilhas do Oceano Índico (África): As ilhas possuem diversos animais que não são encontrados no continente. Somente 10% do habitat original conseguiu resistir às pressões oferecidas pelo aumento no contingente populacional e nas atividades como mineração e extração de madeira.
10 – Florestas Afromontane (África Oriental): Espalhadas por montanhas dispersas, essas florestas possuem uma flora única e abrigam alguns dos lagos mais bonitos do mundo. A agricultura é a principal ameaça, seguida do comércio de carne, que resultaram na destruição de 89% do habitat original.

Escassez de água já afeta 30% das indústrias no RJ, diz Firjan

Escassez de água já afeta 30% das indústrias no RJ, diz Firjan

Medidas alternativas estão sendo tomadas para evitar prejuízo.
Empresas já pensam em captar a água de pontos mais distantes.

Do G1 Rio

A crise da água chegou às indústrias e 30% delas já enfrentam problemas, de acordo com a Federação das Indústrias do Rio (Firjan). Medidas alternativas estão sendo tomadas para evitar que o prejuízo chegue à produção, como mostrou o RJTV nesta quarta-feira (28).
O distrito industrial de Santa Cruz, na Zona Oeste, é um dos maiores do país. Ao todo, são 14 indústrias instaladas e todas dependem de muita água para produzir. São siderúrgicas, metalúrgicas, fábricas de cimento e produtos químicos.
Nove delas compram água encanada da Cedae. As outras cinco têm autorização do estado para captar água doce do canal de são Francisco, uma extensão do Rio Guandu. A distância que separa o ponto de captação das indústrias da Baía de Sepetiba é de 7,5 quilômetros.
Há oito meses o nível do canal começou a baixar e a correnteza de água doce não conseguiu evitar a invasão da água salgada da Baía de Sepetiba. Quando a maré sobe, as empresas são obrigadas a interromper o bombeamento de água.
O uso de água salgada pode estragar as máquinas. Por isso, as interrupções são cada vez mais frequentes. E as empresas já pensam em captar a água de um ponto ainda mais distante da Baía de Sepetiba.
“Não houve prejuízo ainda porque as empresas aproveitam as janelas de oportunidade de captação de água doce para retirar mais do que necessitam e estocar em reservatórios próprios”, afirmou Abílio Faia, coordenador de segurança e meio ambiente.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Apoie a conservação da biodiversidade

Denuncie o desmatamento de florestas e áreas de proteção ambiental. Desmatamento sem autorização é crime previsto em lei.
• Ao comprar produtos de madeira, exija certificação ambiental para ter certeza de que o estabelecimento vende madeira extraída dentro das exigências legais.
• Economize papel. Quando não reciclado, ele é fabricado a partir da celulose extraída da madeira das árvores.
• Nunca compre animais silvestres e denuncie seu comércio em feiras livres.
• Não solte balões: além de ser crime, os balões são responsáveis por grande parte dos incêndios florestais no nosso Estado.
• Sempre que possível, dê preferência a alimentos orgânicos. Além de mais saudáveis, sua produção não envolve o uso de produtos químicos que poluem o solo.

Número de espécies descritas na costa brasileira pode chegar a 13 mil

Número de espécies descritas na costa brasileira pode chegar a 13 mil

Karina Toledo - Agência Fapesp - 29/10/2013
Alvaro E. Migotto/Cifonauta


















A mais recente revisão publicada sobre a biodiversidade da zona costeira e marinha sul-americana – divulgada em 2011 na revista PLoS One – aponta a existência de 9.103 espécies diferentes de animais, plantas e algas já conhecidas em águas brasileiras. Mas o número pode chegar perto de 13 mil espécies descritas, segundo Maria de los Angeles Gasalla, professora no Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IO/USP).

A afirmação foi feita durante o penúltimo encontro do Ciclo de Conferências 2013 do BIOTA-FAPESP Educação, organizado pelo Programa de Pesquisas em Caracterização, Conservação, Recuperação e Uso Sustentável da Biodiversidade de São Paulo (BIOTA), ocorrido na quinta-feira (24/10). Gasalla comparou os dados do artigo publicado na PLoS One por Patricia Miloslavich, pesquisadora da Universidad Simón Bolívar, da Venezuela, e colaboradores, com números provenientes de revisões recentes feitas por pesquisadores brasileiros.

O levantamento coordenado por Miloslavich abrangeu tanto a costa do Atlântico como a do Pacífico, na América do Sul, e foi realizado no âmbito de um projeto internacional conhecido como Censo da Vida Marinha, que teve início no ano 2000 e levou cerca de dez anos para ser concluído.

Em relação à plataforma marítima brasileira, o trabalho destaca o grupo dos crustáceos, com 1.966 espécies conhecidas, como o de maior diversidade, seguido pelos moluscos (1.833), peixes (1.294) e poliquetas (987) – juntos, segundo o artigo, esses animais correspondem a 66,79% da biota marinha conhecida no Brasil.

“Esses números, a princípio, pareciam até mais elevados do que algumas estimativas anteriores. Mas, avaliando o artigo profundamente, percebemos que estão subestimados. Somando dados de trabalhos recentes feitos por pesquisadores brasileiros, chegamos ao número de 10.804 espécies diferentes apenas no que diz respeito à fauna marinha. Se considerarmos também a flora, o número pode chegar perto de 13 mil espécies”, afirmou Gasalla.

De acordo com a revisão da literatura compilada por Gasalla, o número de espécies de crustáceos descritos na costa brasileira atingiria de 3.335. Além disso, já seriam conhecidas 1.886 espécies de moluscos, 1.420 de peixes e 987 de poliquetas.

Os cientistas não sabem ao certo qual é a porcentagem da biota marinha ainda desconhecida no Brasil. Acredita-se, no entanto, que esta seja muito alta e que muitas espécies poderão desaparecer antes mesmo de serem descobertas. A pressão antrópica – o impacto causado por atividades humanas como poluiçãodegradação de habitats por empreendimentos econômicos, expansão do turismo desordenado, introdução de espécies exóticas e atividade pesqueira não manejada – é considerada a principal ameaça à biodiversidade da chamada Amazônia Azul (a costa brasileira).

A zona marinha do país abrangia originalmente uma área de 3,5 milhões de quilômetros quadrados. Com a extensão da plataforma continental solicitada pelo Brasil à Organização das Nações Unidas (ONU) na última década, a extensão da Amazônia Azul passou para 4,5 milhões de km2.

Um estudo apresentado pelo Ministério do Meio Ambiente em 2010 apontou que 40% desse território corresponde às áreas definidas como prioritárias para a conservação da biodiversidade. No entanto, segundo Gasalla, apenas 1,87% da zona marinha brasileira está protegida em Unidades de Conservação, sendo que em torno de 10% já foram licenciados para a exploração de petróleo e gás natural.

“A porcentagem de área protegida chega a 1,87% se forem considerados apenas os 3,5 milhões km² originais da zona marinha; caso contrário, o número é ainda menor. Além disso, alguns estudos mostram que diversas Unidades de Conservação não foram delimitadas criteriosamente na sua implantação, seja do ponto de vista científico ou das comunidades locais, e algumas existem do ponto de vista burocrático, mas não funcionam na prática”, avaliou a pesquisadora.

Uma das metas acordadas em 2010 durante a Conferência das Partes das Nações Unidas (COP 10), da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), realizada na cidade de Aichi, no Japão, é de que até 2020 pelo menos 10% das áreas marinhas e costeiras consideradas de especial importância para a biodiversidade e os serviços ecossistêmicos tenham sido incluídas em sistemas de áreas protegidas.

“Não adianta, porém, sair criando áreas de proteção por meio de decretos para atender, supostamente, metas de tratados. A parte política da conservação deve caminhar junto com a fundamentação científica e com o contexto social. O processo precisa ser embasado pelo conhecimento científico, além de envolver efetivamente as comunidades locais que utilizam o mar como meio de sobrevivência, caso contrário, além de não funcionar, pode criar problemas ainda maiores”, alertou Gasalla.

uso sustentável de recursos naturais marinhos para atender necessidades humanas de alimentação e renda por meio da pesca e aquicultura também foi mencionado por Gasalla. A professora enfatizou a importância do manejo com objetivos claros para a pesca e aquicultura de modo a garantir níveis sustentáveis daspopulações marinhas, mitigação de impactos colaterais, viabilidade econômica, e equidade social. "Para isso, a ciência pesqueira deverá ser mais desenvolvida no Brasil, assim como ouvida pelos tomadores de decisão no que diz respeito à manutenção dos níveis de intensidade pesqueira necessários para atingir esses objetivos”, disse
.

Brasileiros são os mais participativos na ação Meu Mundo

Brasileiros são os mais participativos na ação Meu Mundo

Cerca de nove mil cidadãos do país já responderam à pesquisa das Nações Unidas a respeito das mudanças mais importantes que precisam ser feitas no mundo. Educação de qualidade e um governo honesto e atuante são os principais desejos da população brasileira


saulocruz/Creative Commons

Os cidadãos brasileiros parecem, mesmo, estar com vontade de fazer a sua parte para mudar o mundo. Dados divulgados pela ONU revelam que, pelo menos por enquanto, os internautas do país são os mais participativos na pesquisa Meu Mundo.

Lançada em janeiro, em mais de 190 países, a iniciativa questiona a população a respeito das mudanças mais importantes e urgentes que precisam ser feitas no planeta. A ideia é entender melhor as necessidades e prioridades dos cidadãos para levá-las em conta na elaboração dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável - metas que devem ser adotadas por todos os países-membros das Nações Unidas após 2015, quando vence o prazo para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. (Saiba mais em: A ONU quer saber: que mudanças você quer ver no mundo?)

Cerca de nove mil brasileiros já responderam à pesquisa Meu Mundo. Em segundo lugar, no ranking dos mais participativos na iniciativa, está a população da Grécia, seguida pela dos EUA, Ucrânia, Reino Unido, Camarões, Libéria, México e Espanha.

Na pesquisa, as Nações Unidas oferecem 16 opções de mudanças que precisam ser promovidas no planeta. Cada internauta tem o direito de escolher seis, que julga mais importantes. Por enquanto, as mais votadas no Brasil são, respectivamente:
- educação de qualidade;
- governo honesto e atuante;
- melhoria dos serviços de saúde;
- proteção a florestas, rios e oceanos;
- proteção contra o crime e a violência e
- acesso à água potável e ao saneamento.

Os resultados prévios da Meu Mundo já foram entregues aos líderes mundiais responsáveis pelas negociações dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, mas a pesquisa ainda está rolando. Não deixe de participar!