quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

O Brasil secou

PLANETA MAIS QUENTE

O Brasil secou

A falta d’água se alastrou pelo País, sintoma das mudanças climáticas e do desmatamento na Amazônia, cada vez mais debilitada. Nos aproximamos de um futuro desértico - e a culpa é toda nossa

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Mariana Pekin/Veja.com
Três outros infográficos complementam esta reportagem, publicada pela Superinteressante em novembro de 2014: 
Nossa água vem da Amazônia
Desmatamento e Degradação 
Estamos todos ilhados
Em 2014, não choveu. Pelo menos não quanto deveria. Os índices de chuvas apresentam déficit, os reservatórios minguaram a percentuais críticos, a nascente do Rio São Francisco secou pela primeira vez na história. Esses eventos extremos estavam previstos pelos estudiosos das mudanças climáticas, causadas quase exclusivamente pela atividade humana, especialmente pela queima de combustíveis fósseis. Mas outro fator está agravando esse quadro: o desmatamento. A Amazônia é a responsável por manter úmido todo o continente, e sua depredação influencia diretamente no clima.

A floresta funciona como uma fábrica de chuvas. Por cima das nossas cabeças, há imensos rios seguindo seu curso, levando nuvens carregadas por onde passam. São os rios voadores, que começaram a ser estudados em 2006, numa parceria entre o aviador francês Gérard Moss e o cientista da Terra Antonio Donato Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa). Sobrevoando a floresta, eles descobriram todo o seu potencial de bombeamento de água e traçaram o curso que os rios voadores seguem pelo País. Esta capacidade de exportar umidade é um dos cinco segredos da floresta, poeticamente explicados no relatório O Futuro Climático da Amazônia, publicado recentemente por Nobre.

O fluxo dos rios voadores é mais intenso no verão, estação em que chove na maior parte do País. Isso acontece graças à inclinação da Terra nesta época do ano, que favorece a entrada dos ventos marítimos na América do Sul. Mas há mais uma vantagem geográfica que garante esse circuito: a Cordilheira dos Andes, localizada a oeste da floresta. O imenso paredão faz com que os ventos não passem direto e deixem o resto do Brasil sem umidade. De acordo com o climatologista Philip Fearnside, do Inpa, é no começo do ano que os rios voadores reabastecem as fontes e os reservatórios brasileiros. Ao se chocarem contra a Serra da Mantiqueira e da Canastra, no Sudeste, enchem a nascente de vários rios importantes, como o São Francisco. "Esta região é a caixa d’água do Brasil", avalia Fearnside. "Se não chover na época em que tem que chover, os reservatórios não serão recarregados ao longo do ano", completa. Esse tem sido o drama em 2014.

DESMATAMENTO QUE VAI, VOLTA
Poder contar com a maior floresta tropical do mundo, inclusive em relação aos recursos hídricos, é um privilégio. Pouquíssimo valorizado. Nos últimos 40 anos, derrubamos 42 bilhões de árvores. Além disso, devido às queimadas, existe mais de 1 milhão de km² de floresta degradada. O que não se imaginava é que uma revanche em forma de seca chegaria tão rápido. "Hoje, estamos vivendo a reciprocidade da inconsequência", atesta Nobre. Há mais de 20 anos, estudos alertavam para esse perigo. Em 1991, o climatologista Carlos Nobre, irmão de Antonio e também do Inpe na época, comandou uma simulação para avaliar os impactos no clima da mudança do uso da terra. Constataram que, se a floresta fosse substituída por plantações ou pastagens, a temperatura média da superfície aumentaria cerca de 2,5 ºC, a evapotranspiração das plantas diminuiria 30% e as chuvas cairiam 20%. Também se previa uma ampliação da estação seca na área amazônica. Hoje, com metade da floresta original danificada, tais efeitos parecem ter vindo à tona.

"O desmatamento zero é para ontem. Chegamos a níveis climáticos críticos. Precisamos começar a replantar o que já perdemos", aponta Antonio Nobre. Apesar da urgência, as perspectivas não são animadoras. Só na região amazônica, há mais de 40 projetos do Programa de Aceleração do Crescimento do Governo Federal só no quesitogeração de energia. São usinas, barragens e outras medidas que causam inundações, corte de árvores e afetam diretamente populações indígenas. Os projetos de estradas também são preocupantes. A recuperação da Rodovia Manaus-Porto Velho (BR-319), abandonada desde a década de 1980 por falta de manuntenção, também consta no PAC. De acordo com Philip Fearnside, o projeto é um risco para a Amazônia. "Uma estrada valoriza demais a terra, e especulação gera desmatamento e favorece a grilagem", explica. O mesmo acontece com a Rodovia Santarém-Cuiabá (BR-163), com mais de 1.700 km de extensão.

"A estrada vai ser recuperada para facilitar o transporte da soja produzida no Mato Grosso", aponta Fearnside, sobre uma das áreas amazônicas que mais sofre com o agronegócio. "A terra valoriza tanto que pecuaristas estão vendendo suas terras para produtores de soja do Sul. Por sua vez, isso tem aumentado muito o desmatamento no Pará, com a liberação de terrenos para a criação do gado desses pecuaristas", critica o especialista. Ele também destaca o fortalecimento da bancada ruralista no Congresso, após as eleições deste ano.

CLIMA EM CRISE
Neste verão, os rios voadores não avançaram sobre o Sudeste; tampouco as frentes frias. O aparecimento recorrente de padrões de bloqueio tende a manter as chuvas afastadas. Por isso, a água que iria para a região acabou esborrando na borda dessa bolha quente, gerando chuvas acima da média no Sul e países vizinhos. Hoje, há registros de seca em todos os Estados brasileiros. Em alguns deles, a seca é "excepcional", ainda mais grave do que a "extrema". O quadro já era grave no ano passado, quando o Nordeste viveu a pior seca dos últimos 50 anos, inserindo o Brasil no mapa de eventos climáticos extremos, da Organização Mundial de Meteorologia.

De acordo com o físico especialista em ciências atmosféricas Alexandre Araújo Costa, da Universidade Estadual do Ceará, o agravamento das secas e das cheias está relacionado ao aumento da temperatura na atmosfera. Aquecida, ela se expande, fazendo com que seja necessário reunir mais vapor d’água para formar nuvens. "Esse processo demanda mais tempo, portanto tende a prolongar os períodos de estiagem. Por outro lado, as nuvens se formam a partir de uma quantidade maior de vapor d’água, fazendo com que os eventos de precipitações se tornem mais intensos. Um planeta mais quente é um planeta de extremos", explica.

Para a filósofa e ecologista Déborah Danowski, que lançou recentemente o livro Há Mundo por Vir? Ensaio sobre os medos e os fins, com seu marido e antropólogo Eduardo Viveiros de Castro, entramos num caminho sem volta. "A crise climática não pode mais ser evitada. Se cortássemos agora as emissões de CO2, a Terra ainda iria se aquecer aproximadamente 1 ºC. Isso porque já jogamos no ar uma quantidade tão grande, que muito dele ainda nem foi absorvido", aponta. O que não quer dizer que não haja muito o que fazer. Para ela, o primeiro passo é repensar os modelos econômicos de crescimento e consumo. "O que nos cabe é tentar mitigar as causas que levam ao aprofundamento das mudanças climáticas e, ao mesmo tempo, nos adaptar à vida em um mundo mais difícil ecologicamente."

Fontes Agência Nacional de Águas, Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos, Companhia Ambiental do Estado de São Paulo, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Instituto Nacional de Pesquisas da Espaciais, Naturalis Biodiversity Center, O Futuro Climático da Amazônia (Antonio Donato Nobre, INPE), Patricia Bulbovas (USP).
blog do garotinho
Reproduções do Globo online e do Extra online
Reproduções do Globo online e do Extra online


Na quarta-feira, o secretário estadual de Ambiente, André Corrêa foi para o RJ TV garantir que não há possibilidade de racionamento de água. Hoje no Bom Dia Rio, da TV Globo, o secretário mudou o discurso e admitiu que já há um plano de racionamento e que empresas abastecidas pelo sistema Gundu podem ter o fornecimento de água interrompido pela CEDAE, e consequentemente pararem de produzir gerando mais desemprego. Pezão continua mudo sobre o assunto, não quer se desgastar. Mas só vem se confirmando tudo o que venho dizendo aqui no blog sobre a crise hídrica no Rio. Só agora a mídia começou a acordar que também vai sofrer, por isso começou a mostrar a realidade que vem sendo escondida por Pezão. 
FONTE:blog do garotinho
Reprodução do Globo online
Reprodução do Globo online


O secretário do Ambiente, André Corrêa foi desautorizado por Pezão. Corrêa admitiu hoje que já há um plano de racionamento, mas segundo Pezão isso não é verdade. Pezão prefere continuar negando que a CEDAE já está fazendo manobras que tiram água de regiões para abastecer outras. Pelo jeito Pezão em vez de buscar soluções para o problema insiste em negá-lo. É um péssimo caminho. 

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Pesquisa feita no Rio Tietê revela técnica para despoluição da água

Pesquisa feita no Rio Tietê revela técnica para despoluição da água

Camila Boehm - Agência Brasil - /01/2015


Luciano Piva / Veja São Paulo



















Resultados de pesquisa iniciada em 2013 pelo Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da Universidade de São Paulo (USP) revelam a possibilidade de aplicação de medidas visando a despoluição de águas contaminadas por metais pesados e agroquímicos.

A pesquisa fornece também elementos que levam à descoberta de antibióticos eficazes contra bactérias resistentes à ação de remédios atualmente.

No que se refere à despoluição de águas contaminadas, o estudo mapeia a diversidade de microrganismos ao longo do curso do Rio Tietê, no estado de São Paulo.

Coordenada pelo professor Welington Luiz de Araújo, doDepartamento de Microbiologia do ICB, a pesquisa mostrou a capacidade do rio em recuperar-se mesmo depois de trechos muito poluídos.

Algumas bactérias e fungos reagem contra os poluentes e fazem com que a água volte a ter boa qualidade, podendo ser usada para nadar e até pescar.

A proposta de Araújo é usar esses microrganismos na água poluída, antes que ela seja escoada para o rio. A nova técnica de tratamento poderá ser reaplicada, evitando não só a poluição do Tietê, mas também de outros rios.

"A nascente do Rio Tietê, em Salesópolis, na Grande São Paulo, apresenta diversidade [de microrganismos] que é alterada nas áreas mais poluídas, próximas da capital", disse Araújo.

"No entanto, essa diversidade encontrada no início do curso do Tietê se restabelece cerca de 150 quilômetros adiante, na região de Piracicaba, e se mantém até a foz, no Rio Paraná. Isso demonstra que o rio possui capacidade de se recuperar após sofrer os efeitos da poluição".

Nas áreas mais poluídas, os pesquisadores identificaram espécies de bactérias resistentes a metais pesados. "Pesquisas mais detalhadas poderão levar à utilização dessas bactérias em processos de remediação de áreas contaminadas", disse o professor.

"A ideia não é jogar essas bactérias de volta no rio, mas usá-las em estações detratamento de esgoto em etapas anteriores à chegada dessa água ao curso do rio", explica.

Araújo destaca a importância de outra linha da pesquisa, aquela que identifica bactérias que degradam agroquímicos, "já que na parte anterior à Grande São Paulo há um cinturão verde, com grande quantidade de produtores rurais".

Além do controle da poluição, o projeto pode beneficiar a área médica, de acordo com o pesquisador.

Ele explica que a quantidade de bactérias e fungos no Rio Tietê é muito grande e a tendência é que haja uma competição entre eles a fim de sobreviverem.

Com isso, eles produzem moléculas de defesa, que podem funcionar como antibióticos e antifúngicos em pessoas e animais.

O grupo trabalha agora identificando o potencial de cura dessas moléculas de defesa. É preciso saber, ao longo da pesquisa, a eficácia das moléculas no combate a doenças que se manifestam resistentes à ação de antibióticos.

No entanto, ele alerta para a realização de testes até a fabricação de um novo medicamento. "Alguns grupos, que podem apresentar propriedades antimicrobianas, poderão ser usados na produção de antibióticos, mas, para isso, as moléculas devem ser caracterizadas num processo que pode levar entre 10 anos e 15 anos, até que o fármaco seja testado clinicamente e disponibilizado no mercado".

A volta dos trens movidos a bateria

A volta dos trens movidos a bateriaJosé Eduardo Mendonça - 13/01/2015 às 12:43

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Empresa de transporte ferroviário testa alternativa limpa
Um novo trem movido a bateria irá apanhar seus passageiros esta semana, sinalizando que os dias de barulho e poluição das locomotivas a diesel podem virar coisa do passado.
Depois do teste com êxito de um protótipo em trilhos em Derby e Lancashire, na Inglaterra, o trem irá prover um serviço diário por cinco semanas entre as estações Harwich International e Manningtree, no condado de Essex.
É o primeiro de seu tipo em trilhos britânicos em mais de 50 anos. A National Rail disse que irá contribuir com a meta da companhia de redução de emissões, melhorar asustentabilidade e reduzir seu custo operacional em 20% nos próximos cinco anos.
“Estamos sempre buscando meios de reduzir nossos custos e tornar a operação mais verde ao mesmo tempo”, disse hoje o diretor da empresa, James Ambrose. “Este projeto tem o potencial de contribuir de forma significativa com estas metas”.
Locomotivas a bateria existem há cerca de um século, embora raramente tenham sido usadas para o transporte de passageiros. Elas foram usadas, por exemplo, por fábricas de munição na Primeira Guerra para evitar o risco de explosão de fagulhas em locomotivas a vapor. Existe, hoje, uma frota delas no metrô de Londres, usadas em serviços de manutenção.
“Depois de meses de trabalho de engenharia e testes, o trem está funcionando do modo que esperávamos. Neste período de cinco semanas, coletaremos dados sobre como eles poderão operar o serviço de passageiros – e muitos deles deles vão perceber como a locomotiva é silenciosa”, disse Ambrose, de acordo com oClickGreen.
Foto: Gene Hunt via photopin cc

Descoberta espécie de caramujo que usa insulina para atordoar sua presa

Descoberta espécie de caramujo que usa insulina para atordoar sua presa

Gabriel Garcia - INFO Online - /01/2015
Reprodução





















Uma equipe da universidade de Utah, nos Estados Unidos, descobriu que duas espécies de caramujoConus geographus e a Conus tulipa, usam insulina para paralisar o metabolismo de suas presas.

Esses caramujos usam o tipo específico de insulina de sua presa para induzí-la a um choque hiperglicêmico. Dessa forma, ao invés de perseguirem sua caça, essa espécie apenas expele insulina ao redor do animal. Isso causa uma supressão de glicose nos órgãos vitais do peixe, por exemplo, tornando-o letárgico e de fácil captura.

"Sabiamos que esses animais fabricam centenas de neurotoxinas que causam degradação de tecidos e afetam a função cardiovascular da caça", afirma Helena Safavi, coautora do estudo. "Mas agora podemos colocar outro mecanismo nessa lista: causar a disfunção do metabolismo da presa", diz.

Os cientistas da universidade de Utah estavam usando o sequenciamento de DNA e de proteínas para examinar os componentes do veneno dessa espécie de caramujo, esperando que ele pudesse ter algum potencial farmacêutico.

Mas, durante a pesquisa, foi descoberto que um dos compostos não era uma neurotoxina, mas insulina. Ela não apenas foi encontrada em grande quantidade, mas era mais semelhante com a insulina produzida pelas presas do caramujo do que a normalmente presente no organismo da espécie.

A equipe sintetizou o hormônio e o testou em peixes, descobrindo que a insulina reduzia os níveis de glicose do sangue após ser absorvida por meio das guelras do peixe.

As espécies de caramujo estudadas costumam se alimentar de minhocas e moluscos, além de peixes. A pesquisa descobriu que a Conus geographus e a Conus tulipaproduzem a insulina específica de sua presa, de acordo com o que comem.

É a primeira vez que insulina é encontrada na composição de um veneno animal, de acordo com os pesquisadores. A indução de choque hiperglicêmico na presa ainda não havia sido verificada na natureza.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Mesmo com intenso calor, população de Campos deve economizar água

CIDADES E REGIÃO - SECA

Mesmo com intenso calor, população de Campos deve economizar água

Previsão é que o nível do Rio Paraíba do Sul continue baixando
 Mauro de Souza

Previsão é que o nível do Rio Paraíba do Sul continue baixando


“Não há previsão de chuvas para os próximos dias no Sul de São Paulo e na Zona da Mata Mineira, as principais cabeceiras do Paraíba do Sul, sem falar na transposição do rio para o Sistema Cantereira. A água não vai mais chegar até aqui com a mesma intensidade e o problema pode se agravar ainda mais”, pontuou o secretário.
O calor não dá trégua e a possibilidade de chuva na região continua distante. A Defesa Civil Municipal de Campos faz um alerta: a população deve economizar água. Segundo o secretário Henrique Oliveira, o maior recurso hídrico do município, o Rio Paraíba do Sul, atingiu o nível nesta quinta-feira (22/01) de 4,62 metros. A previsão é que o rio continue baixando, de acordo com o secretário. Esta é a maior estiagem dos últimos 40 anos.
Henrique disse que toda a região continua aguardando as chuvas de verão. “Enquanto isso não acontece, a principal medida a ser tomada é economizar o uso da água”, frisou o secretário, acrescentando que o nível do rio está sendo monitorado uma vez por dia, sempre nas primeiras horas da manhã.

A volta dos trens movidos a bateria

A volta dos trens movidos a bateriaJosé Eduardo Mendonça - 13/01/2015 às 12:43

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Empresa de transporte ferroviário testa alternativa limpa
Um novo trem movido a bateria irá apanhar seus passageiros esta semana, sinalizando que os dias de barulho e poluição das locomotivas a diesel podem virar coisa do passado.
Depois do teste com êxito de um protótipo em trilhos em Derby e Lancashire, na Inglaterra, o trem irá prover um serviço diário por cinco semanas entre as estações Harwich International e Manningtree, no condado de Essex.
É o primeiro de seu tipo em trilhos britânicos em mais de 50 anos. A National Rail disse que irá contribuir com a meta da companhia de redução de emissões, melhorar as ustentabilidade e reduzir seu custo operacional em 20% nos próximos cinco anos.
“Estamos sempre buscando meios de reduzir nossos custos e tornar a operação mais verde ao mesmo tempo”, disse hoje o diretor da empresa, James Ambrose. “Este projeto tem o potencial de contribuir de forma significativa com estas metas”.
Locomotivas a bateria existem há cerca de um século, embora raramente tenham sido usadas para o transporte de passageiros. Elas foram usadas, por exemplo, por fábricas de munição na Primeira Guerra para evitar o risco de explosão de fagulhas em locomotivas a vapor. Existe, hoje, uma frota delas no metrô de Londres, usadas em serviços de manutenção.
“Depois de meses de trabalho de engenharia e testes, o trem está funcionando do modo que esperávamos. Neste período de cinco semanas, coletaremos dados sobre como eles poderão operar o serviço de passageiros – e muitos deles deles vão perceber como a locomotiva é silenciosa”, disse Ambrose, de acordo com oClickGreen.
Foto: Gene Hunt via photopin cc

FONTE BLOG DO ROBERTO MORAES


NOV faz primeiro embarque de tubos flexíveis submarinos no Porto do Açu

O Grupo americano NOV (National Oilwell Varco) através de sua fábrica NOV Flexibles, instalada junto ao terminal 2, do Porto do Açu, fez na quarta-feira (21/02) o primeiro embarque de carreteis com tubos flexíveis produzido na unidade.

O embarque de vários carreteis foi feito em balsa da própria NOV com ajuda de outro navio, já que um grande guindaste da empresa, ainda está em fase de testes e por isso, não foi utilizado.

A NOV tem sede em Houston, EUA e produz dutos submarinos usados na produção de petróleo offshore. A fábrica do Açu é gerenciada pela sua subsidiária NKT Flexibles, recebeu investimentos de cerca de R$ 400 milhões e iniciou suas atividades no ano passado, estando instalada ao lado da francesa Technip que é sua concorrente na produção também de tubos flexíveis.

A fábrica do Açu foi planejada para atuar com 400 trabalhadores visando atender basicamente a demanda da Petrobras, com contrato de fornecimento estimado em cerca de US$ 2 bilhões.
Veja abaixo algumas imagens da produção da fábrica da NOV no Porto do Açu.

Outas informações sobre movimentação no Porto do Açu:

1) No terminal 1 do Porto do Açu, um outro navio graneleiro está sendo carregado com minério de ferro pela Ferroport (Anglo American + Prumo).

2) Uma terceira grande draga se uniu a outras duas no trabalho de dragagem nos canais de acesso do porto.

3) A maioria das empresas instaladas na retroárea do Porto do Açu ainda recebe alimentação de eletricidade de grupo de geradores elétricos contratados da empresa Agrecco. O fato se dá pela não conclusão da subestação que interligará a mesma por linhas de transmissão à subestação de Furnas em Campos. Muito provavelmente, em função do calor, nesses últimos dias dois geradores de eletricidade se incendiaram junto às instalações da NOV exigindo a atuação da brigada de incêndio.






domingo, 25 de janeiro de 2015

Papa Francisco: 'Liberdade de expressão não dá direito de insultar a fé do próximo'

Papa Francisco: 'Liberdade de expressão não dá direito de insultar a fé do próximo'

Em viagem pela Ásia, pontífice condena mortes em nome da religião, mas alerta para limites do discurso

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Papa Francisco em coletiva informal no avião rumo a Manila: pontífice condenou os dois lados envolvidos em massacre Foto: Alessandra Tarantino / AP
Papa Francisco em coletiva informal no avião rumo a Manila: pontífice condenou os dois lados envolvidos em massacre - Alessandra Tarantino / AP

MANILA - Em visita a países asiáticos, o Papa Francisco disse a jornalistas a bordo do avião papal que existem limites à liberdade de expressão quando as crenças dos demais estão envolvidas. Apesar de condenar severamente o ataque ao ‘Charlie Hebdo’, em Paris, o pontífice afirmou que o insulto e o deboche não podem ser naturalizados.
— Matar em nome de Deus é uma aberração, mas a liberdade de expressão não dá direito de insultar a fé do próximo — disse. — Acredito que tanto a liberdade religiosa quanto a de expressão são direitos humanos fundamentais. Todos têm não apenas o direito, mas a obrigação de dizerem o que pensam pelo bem comum. Podemos fazer isto sem ofender. Se, meu bom amigo, o doutor (Alberto) Gasparri (assessor que organiza as viagens papais), xingar minha mãe, pode esperar que levará um soco. É normal. Mas você não pode provocar, insultar a fé dos outros, fazer zombaria.
Pontífice e jornalistas se dirigiam do Sri Lanka às Filipinas na viagem, e a questão da intolerância religiosa foi um dos temas principais na entrevista informal. Ele também falou de questões climáticas, em vista da Cúpula de Paris, mas o tema predominante foi a religião e seus conflitos.
— Consideremos nossa própria história. De quantas guerras religiosas a Igreja Católica participou? Até nós fomos pecadores — avaliou.
O Papa ainda descartou temer um ataque a sua própria vida.
— Estou nas mãos de Deus — brincou. — Se tenho medo? Vocês sabem que tenho o defeito de ser descuidado. Se algo acontecer comigo, avisei ao Senhor apenas que não doa, porque perco a coragem diante da dor.


sábado, 24 de janeiro de 2015

O que Alckmin quer dizer quando admite racionamento de água em SP

O que Alckmin quer dizer quando admite racionamento de água em SP

A admissão pode até parecer um avanço na transparência da crise da água, mas não é. É apenas um recurso retórico para tentar viabilizar a multa

BRUNO CALIXTO01/2015 Share1 
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, participa de cerimônia da PM. Após a cerimônia, ele falou com jornalistas sobre a crise de água no Estado (Foto: Bruno Ulivieri / Brazil Photo Press / Agência O Globo)
Pela primeira vez desde o início da crise de água que afeta São Paulo, que já dura mais de dois anos e, ao que tudo indica, será ainda pior em 2015, o governo de São Paulo admitiu que existe um racionamento na maior cidade do país. "O racionamento já existe", disse o governador Geraldo Alckmin, após ser questionado por jornalistas durante a posse do novo comandante-geral da Polícia Militar.
A admissão pode até parecer um avanço na transparência na questão da crise da água, mas não é. É apenas um recurso retórico. O problema está na principal medida do governo para enfrentar a crise: a multa para quem gasta mais água do que a média de antes da crise. A multa foi aprovada no último dia 8, mas nesta terça-feira (13) foi barrada pela Justiça. A juíza Simone Viegas de Moraes Leme, da 8ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, derrubou a medida dizendo que, pela Constituição, o governo não pode aplicar a multa sem antes decretar um racionamento oficial. Acontece que o governo paulista nunca assumiu declarar um estado de emergência, temendo danos à popularidade do governo. (Atualização: o governo de São Paulo conseguiu reverter na Justiça a decisão contrária à multa. O desembargador José Renato Nalini derrubou a liminar e a multa volta a vigorar).
Por isso, Alckmin disse que o racionamento "já existe" – como um argumernto para viabilizar a multa na Justiça.  Mas o que o governador está chamando de "racionamento" não é a mesma coisa que a população entende como racionamento. Para a maior parte da população, o racionamento significa que a Sabesp vai desligar a água para determinados bairros ou regiões por determinado período de tempo. A Sabesp chama isso de rodízio. Há inúmeros relatos de que isso tem ocorrido em diversos bairros de São Paulo. Não é esse racionamento que Alckmin está admitindo. "Não tem racionamento no sentido de fechar o sistema e abrir amanhã. Não tem, nem deve ter", disse, segundo a Agência Brasil.
Então que racionamento é esse que "já existe"? O governador explicou: "Quando a ANA [Agência Nacional de Águas] determina que tem de reduzir a vazão do Cantareira de 33 metros cúbicos por segundo para 17, é óbvio que já está em restrição". Em outras palavras, o governo está chamando agora de racionamento a política de redução de pressão que, durante o ano passado inteiro, disse que não era racionamento. E ainda coloca a responsabilidade na ANA.
Mesmo depois de todo esse rolo semântico, o governador diz que não decretará racionamento oficial ou estado de emergência. Mas como ficam as pessoas que relatam diariamente a falta de água - e não uma mera redução de pressão - em suas torneiras?
Em tempo: a situação em São Paulo está muito pior do que o governo esperava. As previsões de que as chuvas seriam dentro da média até fevereiro simplesmente não estão se concretizando. Estamos na metade de janeiro e choveu apenas 20% do esperado para o mês. O nível dos reservatórios, que deveria estar subindo no mês de chuvas, continua caindo: o Sistema Cantareira está com apenas 6,3% de sua capacidade, isso contando as duas cotas de volume morto. O governo de São Paulo precisa de muito mais do que retórica para resolver esse problema.

Codevasf investe R$ 3,6 milhões para construção de 70 barragens no Maranhão

Codevasf investe R$ 3,6 milhões para construção de 70 barragens no Maranhão

A Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) vai investir R$ 3,6 milhões para a construção de 70 pequenas barragens no Maranhão. Na primeira etapa do programa serão beneficiados 20 municípios do estado. A ação está inserida no Programa Água para Todos, do Governo Federal.
A iniciativa prevê a implantação de tecnologias visando contemplar o acesso a água de consumo, denominada “primeira água”, mediante a distribuição e a instalação de cisternas para consumo e sistemas simplificados de abastecimento de água, além de água para a inclusão produtiva, chamada “segunda água”, que envolve cisternas de produção e construção de pequenas barragens (barreiros).
Os objetivos principais dessas pequenas barragens são permitir que os pequenos agricultores da região possam matar a sede dos seus animais, amenizando os efeitos da estiagem que podem resultar na morte de rebanhos inteiros, além da irrigação de pequenos cultivos no período de seca.
O gerente de empreendimentos de irrigação da Codevasf no Maranhão, Elisaldo Pereira, destaca a importância e a eficiência das pequenas barragens na captação e no armazenamento da água no período chuvoso para utilização no momento posterior de estiagem. “Os 70 barreiros construídos na área de abrangência da Codevasf no estado terão capacidade para captar sete milhões de m³ de água. Isso abastecerá a população beneficiada permitindo que seus rebanhos tenham água para beber, além da irrigação de pequenas plantações”, explica.
FONTE BLOG DO GAROTINHO
Reprodução da capa do jornal Extra
Reprodução da capa do jornal Extra


Não faltam alertas de especialistas, mas só Pezão e seu governo é que parecem não dar importância a esse grave problema, que piora a cada dia. A CEDAE perde 30% da água em vazamentos, o Rio é o terceiro pior estado em perdas no fornecimento. A omissão e a inoperância do governo Pezão só agravam o quadro dramático. A CEDAE já está fazendo um racionamento camuflado, disfarçado em manobras que tiram água de regiões para garantir o abastecimento de outras.