segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Chuveiro a vapor pode ser alternativa para economia de água

Chuveiro a vapor pode ser alternativa para economia de água

Publicado por http://www.ecodesenvolvimento.org/
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Funcionamento do chuveiro foi inspirado nas saunas a vapor
Imagem: 
Yanko DesignQuem é que não gosta de tomar um bom banho de chuveiro, principalmente no inverno? O problema é que essa prática é uma das principais vilãs das contas de luz e água. Só para se ter ideia, cerca de 135 litros de água são gastos a cada 15 minutos embaixo do chuveiro.
Está certo que o ambientalmente correto seria que deixássemos a água correndo apenas para nos enxaguar, mas o banho perderia toda sua graça. Ao pensar nisso, os estudantes da universidade de ZheJiang, na China, desenvolveram um chuveiro a vapor.
Um painel controlado com sistema touch screen ajusta a temperatura, a quantidade de água e a concentração de vapor.
Batizado de "Vapo", o produto inovador ainda é apenas um projeto conceito, mas tem tudo para dar certo. O funcionamento do chuveiro foi inspirado nas saunas a vapor e permite que o usuário varie entre o módulo de fluxo de água, como um chuveiro normal, e o modo vapor. 
A ideia é que, enquanto nos ensaboamos ou passamos xampu nos cabelos, apenas o vapor fique ligado, permitindo uma sensação boa, mas sem desperdiçar água. Dessa forma, o chuveiro pode ser ligado apenas no momento de enxaguar o corpo, o que permitiria uma grande economia de água.
Quente e úmido
A parte interna do chuveiro verte água para o enxágue e a externa fornece vapor para quando nós estamos aplicando produtos ou nos ensaboando.
Um painel controlado com sistema touch screen ajusta a temperatura, a quantidade de água e a concentração de vapor. Ao tomar banho, as pessoas tendem a deixar a água correndo mesmo quando estão apenas se ensaboando ou passando xampu. Usando o Vapo, os usuários podem ajustar o aparelho para oferecer vapor, mantendo o banho quente e úmido.

domingo, 11 de janeiro de 2015

COP20 em Lima: um passo tímido, mas para frente e na direção correta

COP20 em Lima: um passo tímido, mas para frente e na direção corretaTasso Azevedo - 12/2014 

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Já era madrugada de domingo (14/12) quando a Conferência das Partes da Convenção de Mudanças Climáticas da ONU (COP20), em Lima, programada para terminar dois dias antes, chegou ao final com aprovação do acordo intitulado Lima Call for Clima Action (LCCA).
O documento é positivo, certamente um passo a frente e na direção correta, mas também um passo muito tímido em relação ao nível de ambição necessário para o novo acordo climático global a ser “costurado” até a próxima COP em Paris, em dezembro de 2015.
O QUE SE ESPERAVA DA COP20
Em essência, esperava-se a definição dos elementos centrais do novo acordo climático global que será elaborado, em detalhes, em 2015 e os parâmetros mínimos para a apresentação das contribuições nacionais para mitigação e adaptação, a serem propostas no ano que vem pelas partes e que servirão também de base para o futuro acordo.
Em outras palavras, se fosse um empreendimento imobiliário seria o equivalente a fazer o croqui e as premissas básicas do projeto (área, localização, altura, uso, numero de unidades, serviços e prazos etc) e condições gerais de adesão (valor m2, modelo de financiamento, agentes financeiros etc).
Eis as questões centrais em jogo nestes elementos:
1. Definir o objetivo geral do futuro acordo (ex. reduzir as emissões em X% até 2050 ou convergir a trajetória de emissões para zona compatível que limite o aquecimento global em 2ºC);
2. Definir a inclusão ou não de adaptação e financiamento entre os compromissosdas partes no novo acordo;
3. Definir como serão diferenciados os diferentes grupos de países evoluindo além da diferenciação binária de desenvolvidos e em desenvolvimento; e
4. Ciclos básicos de meta/reporte/revisão para o novo acordo.
Estas definições são importantes como referência para que os países definam suas contribuições nacionais (INDCs) para o novo acordo pós-2020. Por exemplo, o país apresenta meta de redução de emissões para 2025, 2030 ou 2050? Inclui só compromissos de mitigação ou inclui outros temas como financiamento?
O QUE SE ALCANÇOU EM LIMA
O documento que descreveria os elementos do novo acordo global avançou apenas na primeira semana da COP20. Na segunda, ele não saiu do lugar. Com 37 páginas, odocumento está completamente em aberto e apresenta dezenas de várias opções para cada parágrafo. Acabou virando um anexo para informações no acordo de Lima (LCCA).
Na analogia do empreendimento imobiliário, seria o mesmo que anunciar empreendimento com especificações vagas: poderá ter entre 40 e 350 m2 e de 3 a 40 andares, localizado no Brasil, com vista norte, sul, leste ou oeste, e possível valor de R$ 1 mil a 30 mil por m2. Ou seja, pouco ajuda para que um possível investidor faça sua oferta.
O acordo em Lima é basicamente uma decisão para organizar os trabalhos de 2015 de tal forma que possam formar as bases para um acordo em Paris. O documento deixa claro que, com as ações e os compromissos hoje existentes, ainda existe uma lacuna enorme para se chegar a uma trajetória favorável que limite o aumento de temperatura em 2 ou 1,5ºC.
CONTRIBUIÇÕES NACIONAIS (INDCs)
Assim, o Lima Call for Clima Action conclama os países para que apresentem suas contribuições para mitigação e adaptação às mudanças climáticas pós-2020 até meados de 2015 (bem antes da COP em Paris) e sugere uma série de temas e conteúdos que podem constar da proposta, tais como metas, ano base e métrica, prazos de implementação, metodologias para contabilidade das emissões, entre outros aspectos. Define, também, que os compromissos devem necessariamente ampliar a ambição frente ao que já foi colocado na mesa.
Para as pequenas ilhas e os países pobres e menos desenvolvidos é dadotratamento diferenciado e mais flexível, no formato de suas contribuições. Na prática, é o primeiro movimento para diferenciar os países em desenvolvimento, até então tratados como único grupo com regras homogêneas apesar das enormes diferenças – em responsabilidades e capacidades – das grandes economias emergentes como China, Brasil e Índia e dos menos desenvolvidos. É um passo importante para viabilizar o novo acordo em Paris.
O documento ainda determina que o Secretariado da Convenção prepare relatório síntese até novembro de 2015, avaliando o efeito agregado das propostas de contribuições dos países apresentado ao longo do próximo ano (por exemplo, efeito na redução das emissões globais no médio e longo prazo).
FINANCIAMENTO
A inclusão do financiamento como parte dos compromissos obrigatórios dos países, quando se submeterem às INDCs, não foi alcançado e segue como fonte de discórdia, mas os debates sobre financiamento de longo prazo avançaram e, durante a COP20, se alcançou a captação de US$ 10,2 bilhões para o Green Climate Fund (GCF).
Entre os países que anunciaram contribuições para o GCF - além dos países desenvolvidos como Japão, Inglaterra e Alemanha -, estão países em desenvolvimento como Colômbia, Peru, Panamá, Indonésia e México, o que significa um corte na política de “esperar o outro agir para tomar posição”. As contribuições destes países cria constrangimento ético para que os países desenvolvidos e as grandes economias emergentes aportem recursos expressivos no fundo.
O texto de Lima traz referência preambular a questão de perdas e danos (loss and damage) associadas às mudanças climáticas, tema crítico para pequenas ilhas epaíses mais vulneráveis.
Em resumo, o resultado da COP de Lima – apesar de aquém do planejado e desejado– representa mais um impulso que mantém nos trilhos e no rumo certo o processo de negociação para possibilitar um novo acordo climático global, mas ainda com inúmeras incertezas e pontos abertos que darão enorme trabalho, ao longo de 2015, para que o acordo seja realmente ambicioso e efetivo.
Voltando, mais uma vez, à analogia do empreendimento imobiliário, não definimos as especificações, mas demos elementos para que os interessados digam, de forma geral, como gostariam de participar, além de prazo para que demostrem este interesse e se comprometam a ter o projeto pronto para ser assinado por todos até o final do próximo ano.
Poderia ter sido melhor, mas à luz do que aconteceu na COP14 (que antecedeu a COP de Copenhague), também poderia ter sido muito pior. A condução da presidência peruana, focada em buscar o resultado de forma aberta e transparente durante todo o curso das negociações, foi crucial para o sucesso em Lima. Serve de exemplo para os franceses que terão a difícil tarefa de liderar o processo em 2015.
Foto: murilocardoso/Creative Commons/Flickr

Como é feito o tráfico de madeira na fronteira Brasil-Peru?

Como é feito o tráfico de madeira na fronteira Brasil-Peru?

Nessa região, o tráfico de madeira só é possível com a derrubada ilegal de árvores cujos troncos são escoados por rio até os locais onde são cortados e vendidos. Veja como funciona e porque é difícil de combatê-lo

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Ilustrações Rodrigo Gafa
De acordo com estudiosos, o Peru explora madeira desde o início do século 20, mas foi durante a década de 1960, depois da queda da produção de borracha, que o país despontou como um dos grandes exploradores de madeira do mundo - posto que continua ocupando até os dias de hoje.

A extração foi tanta que, nas últimas décadas, a atividade madeireira se expandiu para as regiões amazônicas (inclusive dentro do território brasileiro), buscando novas terras ainda inexploradas e ricas em madeira.

Segundo relatório do Banco Mundial feito em 2006, 80% da madeira peruana é extraída ilegalmente e gera entre US$ 44 milhões e US$ 72 milhões por ano.

POR ÁGUA ABAIXO
Criminosos usam correntezas do rio para transportar toras. Veja as etapas desse processo:
Ilustrações Rodrigo Gafa
1. Na época da seca, que começa em julho, os madeireiros escolhem pontos ricos em madeira de lei (que só pode ser extraída com permissão do governo), no meio da selva, e montam acampamento ilegal. Os madeireiros vivem nesse acampamento por meses, derrubando as árvores;
Ilustrações Rodrigo Gafa
2. O tronco da árvore é dividido em toras de 4 m de comprimento cada uma. As toras são transportadas por uma trilha até um igarapé (pequeno braço do rio principal), que nessa época está seco pela falta de chuvas. Depois de meses de trabalho, centenas de toras se acumulam ao longo desse igarapé seco;
Ilustrações Rodrigo Gafa
3. Em novembro, o período das chuvas começa. Com isso, o volume de água aumenta e os igarapés enchem. A madeira boia e segue a correnteza, desembocando próximo ao rio Javari, que faz a fronteira natural entre Brasil e Peru. Lá, as toras são amarradas e formam uma balsa;
Ilustrações Rodrigo Gafa
4. No final da época das chuvas, entre março e maio, o chefe madeireiro desce o Javari recolhendo e anexando as toras de todos os acampamentos de que cuida. Sua grande balsa de madeira segue a correnteza do rio até a tríplice fronteira entre Brasil, Peru e Colômbia;
Ilustrações Rodrigo Gafa
5. O comboio de madeira desce o rio até chegar em Islândia, comunidade peruana onde ficam as serralherias. Como a madeira é ilegal, ela tem que ser "lavada" - ou seja, ter a documentação falsificada. Depois, é vendida no Peru, Brasil e Colômbia, além de ser exportada para a Europa, EUA e Ásia.

FONTES: Relatórios The Laundering Machine: How Fraud and Corruption in Peru’s Concession System Are Destroying the Future of Its Forests, da Environment Investigation Agency, Facing Reality: How to Halt the Import of Illegal Timber in the EU, do Greenpeace, e El Trabajo Forzoso en la Extracción de la Madera en la Amazonía Peruana, da Oficina Internacional del Trabajo

Eduardo Cunha de cabelos em pé; abaixo reprodução da coluna Painel, da Folha de S. Paulo
Eduardo Cunha de cabelos em pé; abaixo reprodução da coluna Painel, da Folha de S. Paulo


Como podem ver, Cunha e seu grupo agora partem para as ameaças e já admitem uma possível derrota. É uma mudança de postura radical, antes estavam em clima de "já ganhou". Isso demonstra que Eduardo Cunha sentiu o golpe de ter seu nome envolvido entre os supostos beneficiários de propina do Petrolão que o MPF pedirá para serem investigados. E janeiro está só no começo. Até a eleição, no início de fevereiro, ainda teremos muitos rounds nessa disputa. 

sábado, 10 de janeiro de 2015

Mapa interativo da Nasa mostra cobertura vegetal do planeta

MEIO AMBIENTE

Mapa interativo da Nasa mostra cobertura vegetal do planeta

Suzana Camargo - Planeta Sustentável - 12/2014

reprodução

Quantas florestas ainda cobrem a superfície terrestre? A Agência Aeroespacial americana (Nasa) e a Agência Oceânica e Atmosférica dos Estados Unido (NOAA) resolveram responder a esta pergunta de uma forma bastante clara e visual: com um mapa interativo com a imagem do espaço da cobertura vegetal do planeta.

Graças aos dados coletados pelo satélite Suomi NPP, durante doze meses entre 2012 e 2013, conseguiu-se reproduzir a imagem em alta-resolução que revela o quanto da Terra ainda é ocupada por plantas vivas.

Ao coletar as informações no período de um ano, os pesquisadores puderam fazer um mapa com dados reais, que levam em conta diferenças nas imagens provocadas pela influência das diferentes estações - verão, primavera, outono ou inverno - na natureza. Além disso, o satélite distingue de maneira precisa a luminosidade gerada por plantas ou objetos.

Tons verdes mais escuros reproduzem áreas do planeta onde a vegetação é mais densa e as regiões mais claras, sem sinal de verde, revelam os locais onde há predominância de secas, rochas ou centros urbanos. Este é o caso, por exemplo, do norte da África e Oriente Médio - áreas tradicionalmente desérticas - e da Austrália, país que vem sofrendo drasticamente com estiagens nos últimos anos.

A Amazônia e a Europa aparecem como as regiões com a mais densa cobertura vegetal. A imagem é interativa e é possível aproximá-la ou distanciá-la usando o zoom para ver regiões específicas

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Terra pode perder 75% de sua biodiversidade nos próximos séculos

Terra pode perder 75% de sua biodiversidade nos próximos séculos
 Dezembro de 2014 • 



Ao longo dos últimos 3,5 bilhões de anos mais de 95% das espécies que já povoaram a Terra foram extintas. Esta é a estimativa científica sobre o passado. No entanto, a perda da biodiversidade mundial ainda acontece hoje e em níveis altíssimos.
Conforme reportagem publicada na revista científica Nature, se a tendência atual continuar a se repetir, é possível que, nos próximos séculos, o planeta perca 75% de suas espécies. Os mais ameaçados são os anfíbios, que devem ser reduzidos em 41%.
Apesar de essas serem previsões feitas por especialistas, ainda é muito difícil mensurar com certeza o tamanho do desastre. Isto porque as espécies registradas são ínfimas em relação às existentes. Estima-se que existam mais de 50 milhões de tipos diferentes de animais, plantas e fungos vivos. Porém, menos de dois milhões foram catalogados.
Ainda assim, com um número tão baixo estudado, a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) possui 76 mil nomes na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas.
Quando os pesquisadores avaliam o futuro, o cenário é repleto de incertezas. Muitos fatores, como as mudanças climáticas, ainda são obscuros em suas consequências e podem acelerar a extinção de diferentes formas, muitas delas desconhecidas até agora.
O estudo da Nature mostra que as políticas de conservação poderiam retardar as extinções, mas as tendências atuais não são positivas. Mesmo com a expansão de áreas terrestres e oceânicas protegidas, as pressões sofridas continuam a aumentar. “Em geral, o estado da biodiversidade está piorando, em muitos casos de forma significativa”, explicou Derek Tittensor, ecologista marinho do Programa Ambiental das Nações Unidas para a Conservação Mundial e do Centro de Monitoramento de Cambridge, em declaração à Nature.
Para conseguir mensurar melhor o cenário futuro, os pesquisadores têm trabalhado no desenvolvimento de sistemas interativos para computadores que permitem a realização de simulações sobre a forma como as atividades humanas alteram os ecossistemas. O primeiro modelo, chamado de GEM, levou três anos para ser construído e tenta representar todos os micro-organismos com massa corporal de dez microgramas até 150 toneladas. O projeto ainda passa por ajustes, mas se for possível capturar toda a amplitude da vida na Terra, ela também pode ajudar a reduzir o estrago futuro.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Ciclovia de 70 mil quilômetros ligará 43 países europeus

Gabriela Ruic - EXAME.com - 10/09/2014
EuroVelo/Creative Commons/Flickr


















Até 2020, a Europa terá uma ciclovia gigante com 70 mil quilômetros de extensão. No total, 14 grandes rotas irão interligar 43 países e poderão ser usadas por turistas que buscam viajar de uma forma alternativa ou pela população local para o deslocamento do dia a dia.

De acordo com a Federação Europeia de Ciclistas (ECF), cada uma das rotas recebeu um nome que reflete as paisagens e histórias que serão encontradas pelo trajeto. Segundo a entidade, os percursos vão ligar, por exemplo, o oceano Atlântico ao Mar Negro e o Ártico ao mar Mediterrâneo.

A maior delas terá mais de 10 mil quilômetros de extensão, a Eurovelo 13, que também é chamada de Cortina de Ferro, em alusão aos tempos em que o continente europeu era dividido em Europa Oriental e Ocidental.

Quem desejar viajar por ela irá atravessar 20 países. O percurso começa na cidade de Kirkenes, no norte da Noruega, e segue por países como a Rússia, Alemanha e Hungria até chegar ao pequeno vilarejo de Rezovo, que fica na fronteira entre a Bulgária e a Turquia.

Outra rota que promete belas paisagens é a Eurovelo 2, apelidada de Rota das Capitais. Ela terá mais de 5 mil quilômetros e irá ligar a cidade de Galway, na Irlanda, até Moscou, na Rússia.

Alguns trechos já estão prontos, como, por exemplo, o que liga Dublin (Irlanda) ao interior da Polônia. No meio deste caminho, os viajantes vão cruzar ainda Londres (Inglaterra), Haia (Holanda) e Berlim (Alemanha).

A estimativa é que a totalidade da ciclovia fique pronta apenas daqui seis anos. Contudo, basta acessar o site da entidade para planejar as aventuras nos trechos que já estão prontos. Além de um mapa interativo das rotas, por lá é possível também visualizar os principais pontos turísticos que vão aparecer pelo caminho
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EUA pedem aos países em desenvolvimento atuação contra aquecimento global

Publicado por http://www.ecodesenvolvimento.org/

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Kerry ponderou que a responsabilidade das nações industrializadas não deve impedir a ação dos demais países
Foto: IISD.ca
O secretário de Estado norte-americano pediu nesta sexta-feira, 12 de dezembro, em Lima, aos países em desenvolvimento, responsáveis por mais da metade das atuais emissões de gases de efeito estufa, que atuem contra o aquecimento climático. 
"Eu sei que é difícil para os países em desenvolvimento", mas "é imperioso que também eles atuem", declarou John Kerry, durante breve visita à capital do Peru, onde ocorre até esta sexta-feira a 20ª conferência da Organização das Nações Unidas sobre o clima (COP-20).
Kerry destacou, diante de representantes de cerca de 190 países, que as nações industrializadas têm papel fundamental na redução das emissões de gases de efeito estufa, mas que isso não quer dizer que os outros países não tenham a obrigação de agir e possam repetir os erros do passado.
Atualmente, a China e a Índia são, respectivamente, o primeiro e o quarto emissores do planeta.
"Sei que as negociações são tensas e difíceis e sei que muitas pessoas estão furiosas com a difícil situação em que foram colocadas pelos grandes países, que se beneficiaram da industrialização durante muito tempo", explicou o chefe da diplomacia norte-americana.
Sem tempo
"[Não há tempo] para continuarmos sentados discutindo, para saber a quem cabe a responsabilidade de agir", acrescentou. "A responsabilidade cabe a cada um, uma vez que é a quantidade total de dióxido de carbono (CO2) que conta e não a parte de cada país".
A questão da responsabilidade entre os países é um dos pontos que impede progressos nas negociações sobre um acordo multilateral, no fim do próximo ano, em Paris, para lutar contra o aquecimento do planeta.
Emissões emergentes
A Convenção da ONU sobre o Clima, de 1992, reconheceu "uma responsabilidade comum, mas diferenciada" no aquecimento global, definindo dois grupos distintos de países (desenvolvidos e em desenvolvimento).
Atualmente, a China e a Índia são, respectivamente, o primeiro e o quarto emissores do planeta. Outros países emergentes também veem as suas emissões aumentar.
Kerry advertiu que se apenas uma ou duas economias de maior dimensão não conseguissem responder a essa ameaça, boa parte do bom trabalho estaria a ser feito pelo resto do mundo.
"Se falharmos, as gerações futuras não esquecerão", considerou o secretário de Estado norte-americano, ao pedir "ações concretas e compromissos ambiciosos", principalmente em relação à política energética dos países.
(Via Agência Lusa)

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Férias sempre sustentáveis

Alessandra Fontana/ICMBio
Aproveite a praia e respeite o meio ambiente. Veja dicas
Brasileiros preferem destinos de praia e sol e vale todo cuidado para desfrutar desses locais de forma consciente

Por: Tinna Oliveira – Edição: Vicente Tardin
Com a chegada das férias de verão, os brasileiros procuram destinos de praia e sol. Neste período, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) alerta para a importância de desfrutar dos destinos naturais de forma consciente.
As dicas vão além do turismo: estimulam um comportamento que respeita o meio ambiente, favorece a economia local e o desenvolvimento social e econômico das comunidades.
A pesquisa mensal Sondagem do Consumidor – Intenção de Viagem, do Ministério do Turismo (MTur), divulgada em dezembro, aponta que oito em cada dez entrevistados que pretendem viajar planejam visitar destinos brasileiros nos próximos seis meses. Quase metade deles (46%) indica a região Nordeste como local favorito. Região que se destaca pela diversidade de praias e áreas verdes.
Em parceria com o projeto Passaporte Verde, iniciativa do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), o MMA dá algumas sugestões de como fazer uma viagem consciente e ajudar a preservar esses destinos, mesmo neste período de visitação intensa.
ANTES DE VIAJAR
Antes mesmo de viajar, a dica é procurar saber mais sobre o destino interessado e buscar roteiros que permitam conhecer a cultura e as belezas naturais e vivenciar o ritmo local. Em casa, desligue tudo da tomada antes de partir: cafeteiras, computadores, celulares, secadores de cabelo e outros equipamentos eletrônicos ligados na tomada, mesmo em estado de "stand by", continuam consumindo energia.
Outra dica é montar uma mala inteligente: levar roupas que combinem entre si e dar preferência àquelas que não precisam ser passadas, assim a quantidade de malas é reduzida e o consumo de energia também.
LOCAL IDEAL
Prefira hotéis que fiquem próximos aos locais que deseja conhecer. Assim você economiza em transporte e diminui a emissão de poluentes. Tente não levar de casa nada que possa comprar no local em que visitará. Isso contribui com a geração de empregos, aumenta a renda dos moradores e valoriza os talentos locais.
Cada turista consome quase três vezes mais água do que a média dos residentes. 60% de consumo de água nos hotéis são ligados à hospedagem. Peça para trocar toalhas e enxoval no hotel se for realmente necessário, pois essa medida simples já economiza uma quantidade boa de água. 
LIMPEZA
O primeiro cuidado na praia está em recolher o lixo que é gerado durante o passeio. Se não tiver lixeiras por perto, o ideal é guardar os restos em uma sacola que pode ser usada como lixinho. É preciso ter cuidado para que as sacolas não voem, pois elas podem ser ingeridas pela fauna marinha. Outra sugestão é usar sacolas retornáveis.
Um alerta é para não queimar nem enterrar o lixo produzido, trazendo-o de volta. Lixo na praia, além de poluir, pode machucar alguém ou prejudicar algum animal. Outra sugestão é levar uma garrafa reutilizável, evitando comprar garrafinhas de água, que geram mais resíduos.
ESCOLHAS SAUDÁVEIS
Opte por restaurantes que possuem práticas sustentáveis como medidas para reduzir o desperdício de alimentos, que ofereçam pratos preparados com produtos locais e sazonais. Outra dica é fazer o prato evitando desperdícios de alimentos. Desfrute do local: aproveite as frutas da estação, pois são mais gostosas e têm o melhor preço. Também experimente sucos das frutas típicas da região.
Algumas cidades brasileiras já têm sistema de aluguel de bicicleta. Também aproveite o transporte coletivo para vivenciar mais a cidade. As escolhas feitas pelos turistas influenciam diretamente a sustentabilidade de seu destino.

* Com informações do PNUMA e do Mtur

Pescadores e grupo ambiental retiram 20 toneladas de lixo do Rio Tietê

Pescadores e grupo ambiental retiram 20 toneladas de lixo do Rio Tietê

Publicado por G1

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 Todo material retirado das margens do rio é enviado à Cooperativa de Agentes Ambientais de Botucatu, que realizam sua triagem e, posteriormente, é revertido em renda para os cooperados.
O trabalho durou 15 dias e foi concluído no bairro Rio Bonito, com suporte do Grupo Ambiental Região Botucatu, formado desde 2013. Esta é a segunda operação “Verão Mais Limpo”, promovida em menos de 1 ano.
“Todo o lixo que se joga em São Paulo e outras cidades que são cortadas pelo Tietê vem parar aqui. Já iniciamos conversas com a AES Tietê, que ficou bastante animada em multiplicar essa ação a outras barragens do Estado de São Paulo”, afirma o secretário municipal de Meio Ambiente, Perseu Mariani.
Edvandro Soares de Araújo, presidente da Colônia de Pescadores Z-20 de Barra Bonita, que abrange 220 municípios do Estado, conta que a iniciativa só tem gerado benefícios à categoria.
“Aumentou o volume de lixo coletado porque temos mais estrutura. As empresas repassam o dinheiro da gasolina e o que sobra é dividido entre os pescadores. Quanto mais limpo estiver o rio é sinal que teremos um peixe mais saudável para ser distribuído na região”, diz.
Como prêmio, as empresas envolvidas na ação repassam aos pescadores cerca de R$ 10 mil. Esse recurso vai para o reembolso do combustível utilizado durante a coleta do lixo e reparos nas embarcações e compra de novas redes.
Carlos Augusto Mendes, gerente da agência Cetesb em Botucatu, afirma que todo esse lixo retirado do rio poderia demorar centenas de anos para se decompor junto à natureza. “O plástico, por exemplo, não deixa o Sol penetrar nas águas, causa uma eutrofização das águas, e daí você tem uma oxigenação menor, causando sérios danos aos organismos vivos”, explica.
Também como ação para combater a poluição do rio, a Polícia Ambiental realiza operações para coibir os crimes ambientais. “Pessoas que são pegas poluindo os rios são multadas e conduzidas à delegacia. Mas o que queremos com essa ação de limpeza é despertar a consciência coletiva, pois o lixo nos rios atrapalha a navegação, a pesca, o turismo e lazer”, explica Gustavo Henrique do Nascimento, tenente da Policia Militar Ambiental. 
Fonte: G1

SECRETARIA DO AMBIENTE ANUNCIA PARCERIA COM ONG INTERNACIONAL PARA AMPLIAR RECICLAGEM DE PET

 12/2014 - » Ascom SEA
Baixada Fluminense recebe rede de cem ecopontos para a destinação correta de entulho e garrafas PET


O secretário de Estado do Ambiente, Carlos Portinho, anunciou em visita à usina de reciclagem CPR, em Xerém, nesta quinta-feira (4/12), uma parceria inédita com a ONG R20, do ex-governador da Califórnia Arnold Schwarzenegger, e a Associação Brasileira dos Recicladores de Pet (Abrepet). A iniciativa visa à expansão da cadeia de reciclagem de garrafas Pet no Estado do Rio de Janeiro com maior participação da sociedade, as cooperativas de catadores, as indústrias de reciclagem e o poder público.

Nesse sentido, a Secretaria de Estado do Ambiente trabalha na implantação de cem ecopontos - locais de processamento de resíduos da construção civil, que também servirão de pontos de coletas de garrafas pets - na Baixada Fluminense. Seis novos ecopontos deverão estar operando até março de 2015.

“Esse trabalho da coleta é de grande importância para a indústria de reciclagem, pois serve de matéria-prima para fabricação de embalagens. Ainda hoje nos importamos muita matéria-prima da China que, por incrível que pareça, é mais barato do que o material reciclado aqui. E isso inclusive foi objeto de crítica da Secretaria do Ambiente, não só pela necessidade de inclusão dos catadores e de remuneração dos municípios nesse processo de logística reversa, mas também da desoneração do setor para que a indústria de reciclagem e novos produtos possam ter na sua composição um maior percentual de material reciclado”, declarou o secretário do Ambiente Carlos Portinho.

O conselheiro estratégico da ONG R20 (Regions of Climate Action), Terry Tamminem, que também participou da visita à usina de reciclagem, ressaltou a importância de se acabar com o desperdício de garrafas, cerca de 50% do total de pets produzidas no Brasil vão parar em aterros, lixões ou no meio ambiente:

“O desperdício desses recursos também é um desperdício de dinheiro, mas imagine ainda o que é necessário para extrair todo esse petróleo ao redor do mundo inteiro, transportar e refinar para fazer plástico. Em algum ponto esse petróleo vai acabar. Não faz o menor sentido usar uma garrafa uma vez e então enterrá-la num aterro e depois ter que obtê-la outra vez em forma de petróleo. A única coisa que faz sentido é tentarmos chegar ao desperdício zero e, para isso, estamos animados em trabalhar com o Governo do Estado.”

O presidente da Abrepet, Edson Freitas, revelou que já foram gastos, nos últimos quatro anos, R$ 125 milhões na implantação de aterros sanitários, enquanto isso R$ 1.5 bilhão em garrafas pets foram desperdiçadas nesses locais. “Não falta educação, falta opção. Há uma carência nas indústrias de todo o Brasil por essa matéria prima e com uma parceria como essa, que oferece opções a população a dar destinação adequada a essas embalagens, eu posso garantir que o Rio de Janeiro vai se tornar a capital da reciclagem em 2015.”

Outra parceria da SEA com a ONG R20, o projeto que visa à substituição de lâmpadas incandescentes por iluminação de LED, mais eficaz e econômica, será inaugurado neste sábado (6/12) em Nova Friburgo.

“Estivemos recentemente em Paris para receber o prêmio de reconhecimento da R20 para o projeto Fábrica Verde, de reaproveitamento de lixo eletrônico e envolvimento da comunidade no processo de reciclagem. Ao mesmo tempo nessa viagem nos firmamos um protocolo de cooperação com apoio da R20 para substituição das lâmpadas LED com financiamento do fundo internacional. Vamos inaugurar em Friburgo essa nova iluminação de LED e em breve estaremos levando essa iniciativa para o maior número de municípios possíveis”, disse Portinho.