domingo, 2 de março de 2014

Saiba como cultivar alimentos orgânicos em espaços reduzidos


Saiba como cultivar alimentos orgânicos em espaços reduzidos


Ter uma horta com espécies variadas e alimentos sempre fresquinhos para enriquecer o sabor das receitas não precisa ser privilégio das moradias com quintais. Isso é o que afirma Marizeth Estrela, paisagista, especialista em jardinagem orgânica e Feng Shui. Para Marizeth, uma parede é espaço suficiente para fazer uma horta vertical e ter ao alcance das mãos alimentos saudáveis e colhidos na hora.
Para escolher onde a horta será montada é preciso avaliar o espaço e a luminosidade disponíveis. “É importante dar prioridade a áreas com incidência de luz solar pela manhã, próximas a janelas ou mais ventiladas”, alerta a paisagista.
Escolhido o local, é necessário fixar uma treliça de ferro ou madeira na parede para o cultivo da horta. A treliça precisa ser colocada de forma que possa ficar com, pelos menos, 5 cm de distância da parede, para evitar problemas com infiltração e também garantir a boa ventilação das espécies. Em alguns espaços, o ideal é que seja feita uma impermeabilização na parede por profissionais qualificados.

Foto: Divulgação
Para o plantio, a dica da especialista é a escolha de vasos de acordo com a decoração do ambiente. Preferir as opções com características em comum, como cor, material e formato é garantia para acertar. Quem não quer investir em vasos pode utilizar garrafas PET cortadas ao meio, canos de PVC ou vasos de barro. A montagem da horta vertical na treliça é feita com ganchos metálicos em formato de S. Esse tipo de gancho pode ser feito manualmente com arame, sem prejuízo ao resultado final. Eles são usados para fixar os vasos na treliça, mantendo-os suspensos.
Quanto às espécies, Marizeth recomenda a escolha de hortaliças variadas. “Variedades como alface, tomilho limão, manjericão, orégano, sálvia, alecrim, pimenta, cebolinha, hortelã, salsa são as mais indicadas para o plantio.  Frutos de pequeno porte, como o tomate-cereja, também se adaptam a solos com pouca profundidade”, explica. Segundo a paisagista, é natural que as raízes cresçam com o tempo, requerendo a poda e o replantio, mas esse é um cuidado eventual.
A recomendação da especialista é de que a terra escolhida seja um substrato orgânico, pronto para o uso.  “Em um vaso, com profundidade de cerca de 30 cm, pode-se iniciar o plantio colocando 1/3 de argila expandida; o restante pode ser completado com terra adubada ou o substrato, cobrindo as raízes das mudas. Na hora de plantar, caso haja ervas daninhas ou outras invasoras, basta arrancá-las com as mãos.”

Foto: Divulgação
De acordo com a paisagista, uma rega diária é suficiente para as mudas se desenvolverem. Borrifar a água sobre as espécies ou molhar as mãos na água e sacudi-las sobre as culturas imitando o efeito da chuva é uma alternativa para não machucar as mudas mais sensíveis, como a alface, o tomilho e a hortelã.  “A terra deve estar úmida, nunca encharcada. Esse cuidado na quantidade de água favorece a cultura e também evita que a água da rega escorra pela parede”, lembra Marizeth.
Para evitar a presença de insetos nocivos próximos às espécies cultivadas na horta vertical, o recurso utilizado pela paisagista é incluir na horta variedades como tagetes, gerânios, hortelã, citronela ou arruda. “Essas plantas funcionam como repelentes naturais.”
As hortas verticais são fáceis de fazer e não demandam muitos recursos, inclusive de disponibilidade de tempo do dono da casa. A alternativa para obter alimentos frescos, livres de substâncias nocivas à saúde, também pode dar um novo ar ao interior do imóvel, deixando o espaço mais convidativo e agradável. O bem-estar inclui quem pratica a atividade, que pode ser tida como um lazer, para relaxar e afastar preocupações.

Índice de reciclagem de embalagens Tetra Pak chega a 30%


Índice de reciclagem de embalagens Tetra Pak chega a 30%



Em 2013, mais de 71 mil toneladas de embalagens da Tetra Pak foram recicladas. O volume representa um incremento de 9%, se comparado a 2012. Segundo Fernando von Zuben, Diretor de Meio Ambiente da Tetra Pak, este número deve aumentar ainda mais com os avanços da implantação da Política Nacional de Resíduos Sólidos.
“Atualmente 30% de toda produção segue para a reciclagem, sendo que o gargalo da cadeia ainda está na coleta seletiva. No entanto, esta taxa é crescente e dobrou de volume nos últimos 10 anos”, completa Fernando.
Segundo a empresa, os investimentos em programas de educação ambiental, no desenvolvimento de novas tecnologias e nas indústrias recicladoras são os principais responsáveis por esta evolução. As 35 indústrias brasileiras que reciclam as embalagens longa vida da Tetra Pak geraram cerca de R$ 100 milhões em negócios em 2013.
Para continuar estimulando estes parceiros, já no início deste ano, a Tetra Pak deve instalar novos equipamentos, como centrífugas para secagem da matéria-prima. Além disso, a empresa também fornecerá prensas e balanças para cooperativas de catadores se aperfeiçoarem.
Como funciona a reciclagem
Nas fábricas de papel, um equipamento chamado hidrapulper agita as embalagens com água, hidratando as fibras de celuloses e separando-as do polietileno e do alumínio. As fibras de papel recicladas podem se transformar em caixas de papelão, tubetes, chapas, palmilhas, produtos em polpa moldada, entre outros.
O polietileno e o alumínio separados na indústria de papel são destinados à fabricação de placas e telhas para a construção civil. Outra alternativa é a extrusão e granulação desse material para a confecção de inúmeras coisas, como canetas, vassouras etc. O polietileno e o alumínio também podem ser submetidos à separação térmica. Com essa tecnologia, o polietileno é transformado em parafina, usado como combustível ou aditivo em lubrificantes e detergentes. Já o alumínio é recuperado na forma de pó ou lingotes de alta pureza, retornando para a indústria de fundição.

sábado, 1 de março de 2014

Rede de lojas no Brasil realiza campanha de arrecadação de livros

Rede de lojas no Brasil realiza campanha de arrecadação de livros
 Fevereiro de 2014 •


O Instituto GPA e a Fundação Via Varejo realizam até o dia sete de março a campanha de arrecadação de livros de 2014. A ação acontece em todas as lojas Pão de Açúcar, Extra, Assaí, Ponto Frio e Casas Bahia de todo Brasil, além das sedes do GPA, ao todo são mais de 1.900 pontos de coleta.
Os livros recebidos serão entregues a cerca de 700 instituições presentes em cidades onde o Grupo Pão de Açúcar mantém lojas. Para participar, basta ir a uma das unidades e deixar os livros novos ou usados, em bom estado, nas urnas localizadas próximas aos caixas.
A ação faz parte da política da empresa de envolver seus clientes e despertar para a importância de ações solidárias, além de incentivar as pessoas a ajudarem o próximo, mostrando que há um destino para os livros que elas não usam mais e que essa atitude significa muito, tanto para quem dá como para quem recebe.

Economista que deu números ao clima teme conflito mundial


Economista que deu números ao clima teme conflito mundial

Vanessa Barbosa - Exame.com - 

Tânia Rêgo/ABr



As mudanças climáticas são reais e presentes. Ignorá-las seria imprudente de nossa parte e de nossos líderes. Com afirmações contundentes, o economista britânico Nicholas Stern, autor do influente relatório de 2006 sobre economia das mudanças climáticas, faz uma análise preocupante sobre os eventos extremos que vêm abalando o mundo.

Em texto publicado na coluna que mantém no jornal The Guardian, ele alerta para o risco do mundo mergulhar em conflitos e guerras a medida que mais áreas são afetadas pelas catástrofes naturais, obrigando a evacuação e muitas vezes, a migração, de milhares de pessoas.

No texto, Stern destaca que o último Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), em setembro passado, apontou para um padrão de mudanças extremas nas condições climáticas de 1950 para cá, sendo a ação humana a maior responsável pelo aumento da temperatura do planeta.

Se não cortarmos as emissões de gases efeito estufa, escreve o economista, enfrentaremos consequências ainda mais devastadoras, que poderiam levar ao aumento da temperatura média global em 4 graus Celsius acima dos níveis pré-industriais, até o final do século.

“A mudança para um mundo assim poderia causar migrações em massa de centenas de milhões de pessoas vindas das áreas mais afetadas. Isso levaria a conflito e guerra, não à paz e prosperidade”, alerta Stern. “Na verdade, os riscos são ainda maiores do que eu percebi quando eu estava trabalhando na revisão de a economia das alterações climáticas para o governo do Reino Unido em 2006”, pondera.

Stern é autor do estudo divisor de águas nas discussões sobre mudanças climáticas, que mostrava como o investimento de apenas 1% do PIB mundial poderia evitar a perda de 20% do mesmo PIB dentro de 50 anos.

“Desde então, as emissões anuais de gases de efeito estufa aumentaram fortemente, e alguns dos impactos, tais como o declínio do gelo do mar Ártico, começaram a acontecer muito mais rapidamente”, explica.

O economista e ex-ministro britânico afirma que também subestimou a importância potencial de feedbacks fortes, como o degelo do permafrost, que libera metano na atmosfera, um poderoso gás de efeito estufa, bem como os “pontos de mutação” além do qual algumas mudanças no clima podem se tornar efetivamente irreversíveis.

“O que temos experimentado até agora, certamente, é pequeno em relação ao que poderia acontecer no futuro. Devemos lembrar que da última vez que a temperatura global foi 5 ºC diferente em relação à média de hoje, a Terra foi tomada por uma era do gelo”, sublinha.

Stern conclui enfatizando que os "riscos são imensos e só podem ser sensivelmente geridos pela redução das emissões de gases de efeito estufa, o que exigirá uma nova revolução industrial de baixo carbono"

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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Praia de Búzios continua interditada; resultado de exames sai nesta semana

Praia de Búzios continua interditada; resultado de exames sai nesta semana

26/02/2014   -   Autor: Flávia Villela   -   Fonte: Agência Brasil


A Praia da Tartaruga, em Búzios, Região dos Lagos do estado do Rio, interditada desde sexta-feira passada (21), será liberada somente após os resultados dos exames da água do mar, que devem sair ao longo desta semana, informou o secretario do Ambiente, Índio da Costa. O secretário recebeu hoje (24) o prefeito de Búzios, André Granado, para definir medidas capazes de evitar casos similares de contaminação no futuro. Na quinta-feira (20), ao entrar no mar, banhistas sentiram enjoo, ardência nos olhos e queimação nas vias respiratórias.  Segundo ele, a poluição da água pode ter sido causada pelos transatlânticos que passam pela cidade, pelo vazamento de esgoto ou pela morte de algas.

“Com esses resultados, saberemos que tipo de problema é, qual o impacto verdadeiro. A reunião foi feita para criarmos um ponto de contingência com mais agilidade no caso de qualquer plano ambiental que haja em Búzios”, disse ele.

O prefeito informou que está autorizado o embarque de dois navios transatlânticos por dia na cidade e que, por enquanto, é especulação atribuir a poluição das águas da Tartaruga a um navio. “A vocação de Búzios é um turismo selecionado, pois [o município] não tem estrutura para atender a turismo de massa, mas há segmentos que comprovadamente se beneficiam com os navios, como restaurantes, transportes, suvenires”, comentou ele. “Teremos de fazer estudos para avaliar os critérios para definir de que forma poderemos proteger a cidade de um impacto urbano importante.”

Na reunião ficou acertada a elaboração de um estudo sobre o impacto da presença dos transatlânticos em Búzios e sobre o número de passageiros destes navios que a cidade pode comportar diariamente. “Hoje sabemos o número de navios, mas se os dois tiverem 5 mil pessoas, são dez mil. Se forem mil passageiros em cada navio, são 2 mil pessoas por dia, um terço do impacto”, ressaaltou Índio da Costa.

Na quinta-feira, 34 pessoas que estavam com intoxicação foram atendidas no hospital municipal. Todas foram liberadas no dia seguinte. Apenas a Praia da Tartaruga esta interditada – as demais estão liberadas para os banhistas.

Foram feitos dez exames na água no navio que passou pela praia na quinta-feira passada

Cientistas descobrem nova espécie de golfinho no rio Araguaia

Cientistas descobrem nova espécie de golfinho no rio Araguaia
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Há algum tempo, uma nova espécie de golfinho oceânico (Delphinidae) foi identificada na costa norte da Austrália. Apesar das inúmeras pesquisas, a descoberta evidencia que ainda sabemos relativamente pouco sobre este simpático mamífero.
A escassez de informações sobre os golfinhos fluviais (Platanistoidea), uma das criaturas mais raras do planeta, é ainda mais pronunciada. A boa notícia é que cientistas da Universidade Federal do Amazonas acabam de identificar uma nova espécie, o boto-do-araguaia (Inia araguaiaensis).
Encontrado no rio Araguaia, este golfinho fluvial é o primeiro a ser descoberto desde 1918 (ano de catalogação do baiji chinês, declarado extinto em 2006). Depois de colher amostras de DNA de ossadas encontradas na região, a equipe liderada pelo biólogo Tomas Hrbek detectou diferenças morfológicas e genéticas específicas, que indicam que o Inia araguaiaensis se separou de outras duas espécies há mais de dois milhões de anos.
Segundo artigo publicado na revista Plos One, a espécie surgiu quando o rio se separou do restante do sistema fluvial, gerando um corpo de água doce de 2.627 quilômetros de extensão.
Atualmente, cerca de mil indivíduos vivem na região do Araguaia. Eles podem atingir dois metros de comprimento e se diferenciam das outras espécies por ter um crânio menor e 24 dentes em cada maxilar – os demais golfinhos fluviais têm entre 25 e 29. No entanto, todas as espécies fluviais têm em comum o focinho comprido, que usam para caçar.
Os golfinhos de rio são raríssimos. Até o momento, apenas quatro espécies haviam sido identificados, dos gêneros Inia (boto-cor-de-rosa amazônico), Lipotes (baiji), Pontoporia (golfinho-do-rio-da-prata) e Platanista (golfinho-do-ganges e golfinho-do-indo). Três correm risco de extinção, segundo a União Internacional para a Conservação da Naturaleza (UICN).
O novo boto também está seriamente ameaçado. Desde a década de 1960, a bacia do rio Araguaia sofre com o avanço da pecuária extensiva e das atividades agrícolas. A construção de barragens hidrelétricas também afeta o ecossistema. Por esses motivos, os cientistas acreditam que a UICN deveria classificar o boto-do-araguaia, no mínimo, como espécie vulnerável.
A matéria foi originalmente publicada em Discovery Brasil

Mudanças climáticas devem reduzir espécies de anfíbios da Mata Atlântica

BIODIVERSIDADE AMEAÇADA

Mudanças climáticas devem reduzir espécies de anfíbios da Mata Atlântica

Até 12% das 431 espécies dos anfíbios do bioma poderão ser extintas nas próximas décadas, estimam pesquisadores

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Elton Alisson
Agência Fapesp - 

Axel Kwet/Wikimedia Commons
O número de espécies e o tamanho das populações de anfíbios existentes da Mata Atlântica devem diminuir sensivelmente em razão das mudanças climáticas previstas para ocorrer no bioma nas próximas décadas.

As estimativas são de um estudo realizado por pesquisadores do Laboratório de Biogeografia da Conservação da Universidade Federal de Goiás (UFG), publicado na edição de fevereiro da revista Biodiversity and Conservation.

Alguns dos resultados da pesquisa foram apresentados durante o Workshop Dimensions US-BIOTA São Paulo, realizado na segunda-feira (10/02), na FAPESP, no âmbito do projeto de pesquisa "Dimensions US-BIOTA São Paulo.

O projeto reúne cientistas do Brasil, dos Estados Unidos e da Austrália e é realizado no âmbito de um acordo de cooperação científica entre o Programa de Pesquisas em Caracterização, Conservação, Recuperação e Uso Sustentável da Biodiversidade do Estado de São Paulo (BIOTA-FAPESP) e o programa Dimensions of Biodiversity, da agência federal norte-americana de fomento à pesquisa National Science Foundation (NSF).

"As projeções que realizamos indicam que, em razão das mudanças nas condições climáticas que devem ocorrer na Mata Atlântica nas próximas décadas, a maioria das unidades de conservação do bioma perderá e poucas ganharão espécies de anfíbios", disse Rafael Loyola, coordenador do Laboratório de Biogeografia da Conservação da UFG e um dos autores do estudo.

"Aparentemente, esse padrão também deverá prevalecer para outros organismos, como mamíferos, aves, mariposas e plantas", apontou o pesquisador durante a palestraproferida no evento.

De acordo com Loyola, há 431 espécies de anfíbios na Mata Atlântica - bioma que detém 18% de todas as espécies desses animais na América do Sul. Por meio de seis diferentes modelos de distribuição, pelos quais se associa a presença de uma determinada espécie a um conjunto de variáveis ambientais, tais como a média anual de temperatura e de precipitação, os pesquisadores estimaram como essas 431 espécies de anfíbios estão distribuídas hoje pelas unidades de conservação na Mata Atlântica.

Com base em quatro simulações climáticas distintas para a América do Sul até 2050, utilizadas no 4º Relatório de Avaliação (AR4) do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), os pesquisadores estimaram em quais áreas de proteção da Mata Atlântica essas espécies de anfíbios estarão localizadas, levando em conta o tamanho, a forma e a posição geográfica das reservas florestais e as habilidades de dispersão dos animais em raios de 50, 100 e 200 quilômetros ao longo de 30 anos.

As projeções indicaram que os locais climaticamente adequados para a sobrevivência de anfíbios na Mata Atlântica deverão diminuir até 2050. Por essa razão, até 12% das espécies de anfíbios, localizados principalmente nas porções norte e sudoeste do bioma, deverão entrar em extinção e 88% terão retração da população.

"Isso quer dizer que esses 12% de espécies de anfíbios sofrerão uma contração na população de tal ordem que desaparecerão do bioma", disse Loyola. "Não são espécies que sairão da Mata Atlântica em direção ao Cerrado ou à Caatinga. Elas realmente podem desaparecer", ressaltou.

MUDANÇAS NA ESTRUTURA FILOGENÉTICA 
Em um outro estudo, publicado na edição de janeiro da revista Ecography, os pesquisadores avaliaram se as mudanças climáticas também podem alterar a relação evolutiva entre espécies de anfíbios que ocorrem em unidades de conservação da Mata Atlântica, a fim de verificar se esses animais responderiam a essas alterações como clados (grupos que partilham um ancestral comum exclusivo) ou como espécies isoladas.

Os resultados dos modelos indicaram que grupos mais antigos (basais) de espécies de anfíbios, como as cecílias ou cobras-cegas, do grupo Gymnophiona, e o sapo-aru, da família Pipidae, poderão ser afetados positivamente pelas mudanças climáticas e deverão ampliar suas distribuições geográficas pela Mata Atlântica.

Por outro lado, grupos mais recentes (derivados) de anfíbios, como as pererecas de vidro, da família Centrolenidae, e outras espécies de pererecas, deverão ser severamente impactados e sua distribuição geográfica pelo bioma poderá ser reduzida em até 90%.

"Em algumas áreas de proteção da Mata Atlântica a diversidade filogenética dos anfíbios poderá aumentar em razão da extinção de espécies muito recentes, o que fará com que espécies basais aumentem sua distribuição pelo bioma", detalhou Loyola.

"Nesse caso, a diversidade filogenética aumentará por uma razão errada: a perda de espécies muito recentes", apontou. Uma das espécies de anfíbio que deverá beneficiar-se das mudanças climáticas, de acordo com Loyola, é a rã-touro americana (Lithobates catesbeianus). Introduzida na América do Sul desde 1930, a espécie é considerada invasora no Brasil.

"Boa parte das unidades de conservação da Mata Atlântica vai tornar-se climaticamente mais adequada para essa espécie de anfíbio", disse Loyola. "Precisamos estudar como será possível evitar ou controlar a invasão dessa espécie, para evitar desequilíbrios ecológicos no bioma", avaliou.

CONTRIBUIÇÃO DAS PROJEÇÕES Segundo Loyola, as projeções de mudanças na distribuição geográfica de espécies animais podem auxiliar no planejamento e na implementação de medidas de conservação do bioma.

Ao estimar para onde determinadas espécies de animais devem migrar por causa das mudanças climáticas, é possível traçar corredores de dispersão, compostos por áreas conectadas capazes de servir de refúgio para esses animais, exemplificou.

Além disso, as projeções também auxiliam na identificação de áreas no bioma onde podem ser estabelecidas novas unidades de conservação, de modo a diminuir os efeitos das mudanças climáticas sobre o número e a composição das espécies.

"Os modelos permitem gerar soluções de conservação que consideram quais são os locais mais adequados para serem protegidos na Mata Atlântica levando em conta que o clima vai mudar e que as espécies respondem de uma maneira previsível a essas mudanças climáticas", afirmou.

No estudo publicado na Biodiversity and Conservation os pesquisadores identificaram que as poucas reservas da Mata Atlântica que ganharão espécies nas próximas décadas estão situadas em montanhas, com capacidade de manter um clima adequado para os anfíbios.

Com base nessa constatação, eles sugerem que as novas unidades de conservação sejam estabelecidas em regiões de grande altitude do bioma e sejam criados corredores de dispersão para esses locais. Com isso, esperam atenuar os efeitos das mudanças climáticas sobre os anfíbios, mais suscetíveis às alterações no clima por sua dependência de microambientes, regimes hidrológicos e capacidade limitada de dispersão.

"É possível contornar perfeitamente esse quadro alarmante, caso as soluções que os cientistas vêm oferecendo sejam discutidas e implementadas por tomadores de decisão e legisladores; isso é uma ótima notícia para a comunidade em geral", afirmou Loyola.

O artigo Climate change threatens protected areas of the Atlantic Forest(doi: 10.1007/s10531-013-0605-2), de Loyola e outros, pode ser lido na Biodiversity and Conservation.

O artigo Clade-specific consequences of climate change to amphibians in Atlantic Forest protected areas(DOI: 10.1111/j.1600-0587.2013.00396.x), também de Loyola e outros, pode ser lido na Ecography.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Como espécies da Mata Atlântica responderão às mudanças climáticas e ao uso do solo?

Como espécies da Mata Atlântica responderão às mudanças climáticas e ao uso do solo?

Projeto que reúne pesquisadores brasileiros e americanos estuda processos da biodiversidade e das espécies da Mata Atlântica para prever seu futuro e adaptações às mudanças do clima e uso do solo. Ele foi apresentado e debatido em workshop promovido ontem (10/02) pela Fapesp e National Science Foundation

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Karina Toledo
Agência Fapesp - 

whltravel/Creative Commons
Compreender os processos evolutivosgeológicos,climáticos e genéticos por trás da enorme biodiversidade e do padrão de distribuição de espécies da Mata Atlântica e, com base nesse conhecimento, criar modelos que permitam prever, por exemplo, como essas espécies vão reagir às mudanças no clima e no uso do solo.

Esse é o objetivo central de um projeto que reúne pesquisadores do Brasil e dos Estados Unidos no âmbito de um acordo de cooperação científica entre o Programa de Pesquisas em CaracterizaçãoConservação,Recuperação e Uso Sustentável da Biodiversidade do Estado de São Paulo (Biota-Fapesp) e o programa Dimensions of Biodiversity, da agência federal norte-americana de fomento à pesquisa National Science Foundation (NSF).

“Além de ajudar a prever o que poderá ocorrer no futuro com as espécies, os modelos a entender como está hoje distribuída a biodiversidade em áreas onde os cientistas não têm acesso. Como fazemos coletas por amostragem, seria impossível mapear todos os microambientes. Os modelos permitem extrapolar essas informações para áreas não amostradas e podem ser aplicados em qualquer tempo”, explicou Ana Carolina Carnaval, professora da The City University of New York, nos Estados Unidos, e coordenadora do projeto de pesquisa ao lado de Cristina Miyaki, do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (IB-USP).

A proposta, segundo Carnaval, é promover a integração de pesquisadores de diversas áreas – como ecologiageologiabiogeografiagenéticafisiologiaclimatologia,taxonomiapaleologiageomorfologia – e unir ciência básica e aplicada em benefício da conservação da Mata Atlântica.

O bioma é considerado um dos 34 hotspots mundiais, ou seja, uma das áreas prioritárias para a conservação por causa de sua enorme biodiversidade, do alto grau de endemismo de suas espécies (ocorrência apenas naquele local) e da grande ameaça de extinção resultante da intensa atividade antrópica na região.

A empreitada coordenada por Carnaval e por Miyaki teve início no segundo semestre de 2013. A rede de pesquisadores esteve reunida pela primeira vez para apresentar suas linhas de pesquisa e seus resultados preliminares na segunda-feira (10/02), durante o “Workshop Dimensions US-Biota São Paulo - A multidisciplinary framework for biodiversity prediction in the Brazilian Atlantic forest hotspot”.

“Convidamos alguns colaboradores além de pesquisadores envolvidos no projeto, pois queremos críticas e sugestões que permitam aperfeiçoar os trabalhos”, contou Miyaki. “Essa reunião é um marco para conseguirmos efetivar a integração entre as diversas áreas do projeto e criarmos uma linguagem única focada em compreender a Mata Atlântica e os processos que fazem esse bioma ser tão especial”, acrescentou.

Entre os mistérios que os cientistas tentarão desvendar estão a origem da incrível diversidade existente na Mata Atlântica, possivelmente fruto de conexões existentes há milhões de anos com outros biomas, entre eles a Floresta Amazônica. Outra questão fundamental é entender a importância do sistema de transporte de umidade na região hoje e no passado e como ele permite que a Mata Atlântica se comunique com outrossistemas florestais. Também está entre as metas do grupo investigar como a atividade tectônica influenciou o curso de rios e afetou o padrão de distribuição das espécies aquáticas.

DESAFIOS DO BIOTA
Durante a abertura do workshop, o presidente da Fapesp, Celso Lafer, realçou a importância de abordagens inovadoras e multidisciplinares voltadas para a proteção da biodiversidade da Mata Atlântica. Ressaltou ainda que a iniciativa está em consonância com os esforços de internacionalização realizados pela Fapesp nos últimos anos.

“Uma das grandes preocupações da Fapesp tem sido o processo de internacionalização, que basicamente está relacionado ao esforço de juntar pesquisadores de diversas áreas para avançar no conhecimento. Este programa de hoje está relacionado a aspirações dessa natureza e tenho certeza de que os resultados serão altamente relevantes”, afirmou Lafer.

Também durante a mesa de abertura, o diretor do IB-USP, Carlos Eduardo Falavigna da Rocha, afirmou que o programa Biota-Fapesp tem sido um exemplo para outros estados e outras fundações de apoio à pesquisa em âmbito federal e estadual.

Carlos Alfredo Joly, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e coordenador do Biota-Fapesp, apresentou um histórico das atividades realizadas pelo programa desde 1999, entre elas a elaboração de um mapa de áreas prioritárias para conservação que serviu de base para mais de 20 documentos legais estaduais – entre leis, decretos e resoluções.

Joly também falou sobre os desafios a serem vencidos até 2020, como empreender esforços de restauração e de reintrodução de espécies, ampliar o entendimento sobre ecossistemas terrestres e sobre os mecanismos que mantêm a biodiversidade no Estado e intensificar as atividades voltadas à educação ambiental.
Para 2014, Joly ressaltou dois desafios na área de conservação. “Estamos iniciando uma campanha para o tombamento da Serra da Mantiqueira. Já fizemos alguns artigos de jornais, estamos lançando um websiteespecífico e vamos trabalhar para conseguir tombar regiões acima de 800 metros, áreas apontadas como de extrema prioridade para conservação no atlas do BIOTA”, disse.

Outra meta para 2014, segundo Joly, é trabalhar para que o Brasil ratifique o protocolo de Nagoya – tratado internacional que dispõe sobre a repartição de benefícios do uso da biodiversidade – até outubro, quando ocorrerá a 12ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica.

“É fundamental que um país megadiverso, que tem todo o interesse de ter sua biodiversidade protegida por esse protocolo internacional, se torne signatário do protocolo antes dessa reunião”, afirmou Joly
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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Ameaça que vem à tona

Ameaça que vem à tona

Símbolos da cidade, a ponto de estamparem nossa bandeira, os golfinhos correm o risco de sumir da Baía de Guanabara

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Ernesto Neves Veja Rio - 

Maqua/UFRJ

Com sua combinação hipnótica de tons esverdeados e anil, a Baía de Guanabara mesmerizou viajantes ao longo dos séculos. O jesuíta José de Anchieta, nos primórdios do Rio, adjetivou-a de "airosa e amena", enquanto o pintor inglês Oswald Brierly, com seu olhar afiado para as cenas marinhas, se encantou com "golfinhos que perseguiam um cardume de peixes voadores" num trecho próximo ao Pão de Açúcar.

Durante a construção do Passeio Público, em 1760, o vice-rei Luís de Vasconcelos e Sousa ordenou que o parque fosse dotado de um terraço. Antes que sucessivos aterros levassem o mar para longe da Lapa, o espaço elevado propiciava visão privilegiada para a coreografia dos cetáceos.

Porém, após um histórico de degradação nas décadas recentes, ficou difícil encontrar alguém que ainda se encante com a exuberância daquele ecossistema. Talvez tão difícil quanto encontrar por lá golfinhos.

Tido como um dos símbolos do Rio, sendo representado, inclusive, na bandeira da cidade, o boto-cinza agoniza na Baía de Guanabara. No último ano, a população dessa espécie foi reduzida de 45 para 40 indivíduos. Ou seja: a mortandade atingiu insustentáveis 12%, quatro vezes mais do que o índice tolerável, fazendo soar o alerta entre ambientalistas e pesquisadores. "A taxa foi muito alta e acentuou o risco de extinção desses animais no local", avalia Alexandre Azevedo, oceanógrafo do Laboratório de Mamíferos Aquáticos e Bioindicadores (Maqua) da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).

Apesar de o discurso ambientalista sempre antever panoramas sombrios, às vezes com alarmismo exagerado, a diminuição da população de botos na Guanabara é um fato real (e preocupante). Facilmente avistáveis até os anos 70, eles formavam uma população estimada em mil exemplares, há apenas quarenta anos. O número desabou para 400 em 1980, e foi reduzido a menos de uma centena na década seguinte.

Além da poluição, o crescimento do tráfego de embarcações é apontado como agravante do problema, pois o barulho do motor provoca intenso stress nos animais e eventuais acidentes.

Na última sexta-feira de janeiro, por exemplo, foi registrada a presença de 140 embarcações de médio e grande porte na Baía de Guanabara, sendo três delas transatlânticos. Nesse sentido, o reaquecimento das atividades navais no Rio, impulsionadas pela exploração de petróleo no pré-sal, contribui para aumentar o problema.

Em 2013, a dragagem realizada no Porto de Itaoca, em São Gonçalo, é apontada como provável causa para a mortandade repentina. Hoje, a região passa por obras para a construção de dutos do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). "Estamos mudando o padrão de uso da baía", critica o iatista e ambientalista Axel Grael. "Deixamos de utilizar suas águas para transporte e pesca e começamos a empregar ali serviços de logística, o que vem causando sérios impactos."

Clique aqui para ver o infográfico

Encontrado na costa atlântica das Américas Central e do Sul, o boto-cinza é considerado um dos mamíferos mais inteligentes do planeta, com peculiaridades singulares (veja o infográfico,acima). Geralmente agrupados em comunidades com cerca de vinte indivíduos, esses botos costumam se fixar em um só lugar durante toda a existência. Ou seja: muito provavelmente os golfinhos cariocas de agora descendem de animais que encantaram os primeiros viajantes.

Seu habitat são as baías e enseadas, especialmente nas proximidades de manguezais e estuários, onde encontram fartura de alimentos, principalmente crustáceos e peixes.

Os golfinhos contam ainda com um complexo sistema de comunicação, realizada através de sons. Esses sinais emitidos funcionam como um radar, e o eco ajuda o boto a reconhecer o ambiente à sua volta, daí ele conseguir se locomover com destreza pelas águas turvas da Baía de Guanabara.

Devido à capacidade para reconhecer e evitar ambientes degradados, os botos-cinza não à toa estão desaparecendo dali. Há pelo menos quatro décadas o quadro se tornou crítico. Em decorrência da destinação de efluentes químicos provenientes de fábricas e estaleiros, o ecossistema entrou em acelerado processo de deterioração na década de 70. Aliado à contaminação industrial, o crescente despejo de esgoto domésticoproduzido por 10 milhões de habitantes criou uma situação de colapso ambiental na baía, que é cercada por oito municípios e onde deságuam 55 rios.

Pressionado pela opinião pública, o governo estadual lançou, em 1992, um programa de despoluição. Financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento e pelo governo japonês, o plano criou a expectativa de ser a solução definitiva para o problema, ponto crítico de uma cidade que se via às vésperas de receber a conferência ambiental Rio92.

Entre as ações previstas estavam a construção de redes de saneamento básico e estações de tratamento, limpeza de rios e fiscalização das indústrias. Duas décadas depois, seu estuário continua a receber impressionantes 18 mil litros de esgoto sem tratamento por segundo.

O descaso produziu um quadro igualmente grave nas Ilhas Cagarras. Até 2004, o arquipélago servia como abrigo a golfinhos da espécie flipper, mais afeita ao mar aberto. Porém, há três anos não se vê esse tipo de animal por ali. "Eles não frequentam águas sujas e sem comida. Certamente encontraram local melhor para se fixar", acredita Liliane Lodi, bióloga do Instituto Mar Adentro.

Os efeitos danosos da poluição podem ser observados a olho nu. Com o sistema imunológico debilitado pelo excesso de química, os botos da baía frequentemente apresentam ferimentos pelo corpo. Também é comum presenciar a agonia dos bichos enrolados a redes de pesca e pedaços de saco plástico.

Da feira à mesa

Da feira à mesa

Hábitos simples como ir à feira ou preparar a comida em casa podem fazer toda a diferença na nossa saúde. É nisso que acredita Marlene Monteiro da Silva e Veruska Magalhães Scabim. Leia, abaixo, a entrevista com a dupla de especialistas em alimentação


Ana Holanda
Vida Simples 

Nancy D. Regan/Creative Commons

O jeito como nos alimentamos mudou, certo? Sim. E isso não é de hoje. Começou junto com a Revolução Industrial (meados do século 18), que mudou nosso padrão de alimentação e também de gasto energético. Com o tempo, fomos dando preferência para alimentos cada vez mais fáceis de fazer. E, nas últimas décadas, a disponibilidade desses itens também teve um aumento brutal. Os alimentos preparados tiveram um crescimento de mais de 200%.

Estamos comendo mal?O que existe hoje é um desconhecimento dos alimentos. Em torno de 15% das pessoas consomem frutas e hortaliças na medida recomendada, que é de cinco porções por dia. A maior parte da população quer alimentos de preparo fácil. O feijão, prato básico do brasileiro, teve uma redução de seu consumo em 30%. Mas o consumo de comidas preparadas na rua ou processadas só aumentou. As pessoas não vão mais à feira, nem ao campo. E com isso acabam se distanciando das formas de produção. Muitas crianças não sabem reconhecer uma fruta. Os resultados disso já são visíveis. Na década de 1970, o governo se preocupava com a desnutrição. Hoje, mais de 30% das crianças estão com excesso de peso.

Qual a influência da família na alimentação?É grande. Se não existe o hábito de comer alimentos saudáveis em casa, não tem como incorporar isso na vida dos pequenos, por exemplo. É na família que se tem a construção da personalidade. Hoje, muitos meninos e meninas não têm tempo para brincar, para sentar à mesa, e as guloseimas estão sempre à mão. O preparar a refeição em casa é importante na formação dos filhos. Eles precisam sentir o cheirinho da comida pela casa, precisam sentar para comer. Uma cena comum em um restaurante é ver todos juntos, mas cada membro da família está mais interessado no seu gadget no que em conversar.

É possível mudar essa situação?Para isso é preciso formar o hábito alimentar. E é em casa que isso começa. As famílias precisam olhar para trás e reaprender como fazer algo tão simples, mas tão importante: preparar sua própria refeição e sentar-se à mes
a.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Índia duplica capacidade de energia solar

Índia duplica capacidade de energia solar.







Os investimentos da Índia em geração de energia solar surtiram efeito. As ações em busca do desenvolvimento alternativo e sustentável resulta em uma contínua progressão. Agora o país está em fase de construção de uma grande usina solar.
No ano passado, a Índia acrescentou um pouco mais de um gigawatt de energia solar à sua rede elétrica – somando sua capacidade para 2.18 gigawatts. De acordo com o Carbono Brasil, os números sugerem que a capacidade fotovoltaica no país pode se mostrar muito além das metas nacionais instituídas pela Missão Solar Nacional (NSM).
Na Índia, a capacidade em energia alternativa aumentou quatro gigawatts nos últimos dez anos, sendo que a produção eólica responde por dois terços desse total. O governo indiano pretende duplicar sua capacidade de energias renováveis até 2017.
Para alcançar o objetivo, uma das ações está na “Ultra-Mega Green Solar Power Project” - a usina que será construída na região desértica do Rajastão. De acordo com o site The Economic Times, o parque solar ocupará uma área de 93 mil quilômetros.
Além disso, recentemente, Portugal e Índia firmaram um acordo de cooperação em energias renováveis. O país indiano deve analisar, por exemplo, a possibilidade de desenvolver projetos de energia solar em solo português. Em comunicado, o ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, de Portugal, adiantou que um dos interesses está na energia das ondas com base no potencial do litoral indiano.
Redação CicloVivo