segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Parente é pior que chefe

Os relacionamentos estressam mais que o trabalho e o trânsito, revela uma pesquisa inédita no Brasil. Quatro estratégias para lidar com ele CRISTIANE SEGATTO



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A psicóloga Marilda Lipp é uma das principais pesquisadoras das causas, consequências e tratamento do estresse no país. Pós-doutora pelo National Institutes of Health, dos Estados Unidos, ela é autora de 22 livros e dirige a clínica privada Centro Psicológico de Controle do Stress (CPCS). Em seu mais recente projeto, Marilda decidiu aplicar no Brasil uma pesquisa on-line, de acordo com o método usado nos EUA pela Associação Americana de Psicologia.
Pela internet, Marilda conseguiu em abril e maio deste ano uma amostra inédita em pesquisas do gênero: 2.195 participantes, de várias regiões e de todos os níveis de renda e escolaridade -- de faxineiras a pós-doutores. O resultado, divulgado com exclusividade por esta coluna, foi surpreendente.
Os fatores que atualmente mais estressam os brasileiros:
1) Relacionamentos (18%)
2) Problemas financeiros (17%)
3) Sobrecarga de trabalho (16%)
4) Trabalho em si (13%)
5) A maneira de pensar do entrevistado (8%)
E o trânsito? A violência? A péssima qualidade de vida nas grandes cidades? 
Sim, esses ladrões de saúde apareceram entre as respostas espontâneas, mas foram muito menos citados que as dificuldades de relacionamento. A esfera privada, segundo os entrevistados, estressa mais que os fatores relacionados à coletividade. 
De todos os tipos de relacionamento que provocam estresse, os mais frequentes foram os familiares (7,85%), os amorosos (7,01%), a convivência com colegas de trabalho (2,12%) e com o chefe (1,58%).
“Os brasileiros estão confusos em relação ao papel de cada um na família. Os valores mudaram e faltam limites. Os adolescentes não sabem mais o que é normal e o que não é. Isso tudo complica os relacionamentos e faz sofrer”, diz Marilda.
Dificuldades de relacionamento em casa afetam mais a autoestima e a segurança que os problemas no âmbito profissional. “Quando o foco do problema é o trabalho, a pessoa pode tentar deixá-lo lá quando vai embora Se o que vai mal é a família, tudo fica mais difícil.”
Difícil não quer dizer impossível. Sempre há como melhorar as habilidades de comunicação dentro de casa, discutir e rever valores e criar normas de acordo com a visão da família – e não por pressão social. É fundamental empreender um esforço para priorizar uma área da vida que é de suma importância para a saúde emocional e física. 
Não por acaso, os participantes disseram sofrer de doenças que têm forte relação com o estresse, como hipertensão, asma, gastrite, depressão, ansiedade e doença do pânico.
Outros dados interessantes: 
34% sentiam que o nível de estresse estava extremo no momento da pesquisa 
37% relataram que o nível de estresse era maior em abril que no ano anterior
63% fazem atividade física para aliviar o estresse – o que é ótimo!
53% comem para aliviar o estresse – o que é péssimo!
75% conversam com amigos ou familiares para aliviar o estresse
“Se conversar com familiares e amigos é a primeira estratégia e as relações interpessoais estão conturbadas, a pessoa fica sem apoio”, diz a pesquisadora.  
Outras estratégias podem ser cultivadas. Marilda sugere quatro pilares de combate ao estresse. Os três primeiros aliviam sintomas e dão sensação de bem-estar. O quarto pode debelar a pressão excessiva, aquela que compromete a saúde.
1) Mexer o corpo
Descubra a atividade física que você gosta. Se não pode pagar uma academia, encontre outra forma de praticar exercícios. Caminhar, correr, pular corda, jogar futebol não custa nada – ou muito pouco.
2) Relaxar
Cada pessoa relaxa a sua maneira. Se você relaxa depois de praticar ioga, ótimo. Se relaxa assistindo à TV, ótimo também. Não há uma receita única. O importante é reservar 20 minutos diários para descontrair e esvaziar a cabeça. Praticar respiração profunda várias vezes ao dia é uma boa estratégia. Não custa nada, é rápido e oxigena o cérebro. Marilda ensina como fazer isso no livro Relaxamento para todos.
3) Comer bem
Habitue-se a comer de forma equilibrada. Adote uma alimentação rica em frutas, legumes e verduras. Em momentos de muita tensão, usamos os nutrientes para lidar com tudo o que nos ameaça. 
4) Fazer terapia
Se não puder pagar um psicólogo, reflita sobre o que é prioritário e vida de acordo com essas prioridades. Respeite seus limites e aprenda a dizer “não”. Procure ter uma visão positiva da vida. Nem sempre o que nos faz sofrer são os acontecimentos em si, mas a leitura que fazemos deles.
Tudo isso parece autoajuda e, de fato, é. Ninguém melhor do que você para ajudá-lo a se relacionar e viver melhor.

O que disse o IPCC: as mudanças climáticas são reais e o ser humano é o principal responsável


Tasso Azevedo 

derretimento-artico
IPCC começou a publicar seu 5º Relatório de Avaliação sobre Mudanças Climáticas Globais. A primeira das quatro partes do relatório foi lançada em 27/09, em Estocolmo, e trata da ciência do clima, ou seja, do que esta acontecendo com o clima global, quais as causas das mudanças e quais os cenários futuros para estas mudanças.
Em um resumo super sintético, o relatório diz: O aquecimento global sem precedentes é um fato e as emissões de gases de efeito estufa (GEE) são a principal causa. As mudanças climáticas provocadas por este aquecimento afetam o nível do mar, a temperatura e a acidez dos oceanos, extensão e espessura do gelo nos polos e disponibilidade de água no planeta. Para estancar este processo é preciso reduzir drasticamente as emissões de GEE sob pena de chegarmos ao final deste século com aumento médio de temperatura do planeta em até 5,8 graus C.
Com o grande avanço dos modelos climáticos foi possível gerar mapas e análises específicas para as grandes regiões do planeta e as notícias para o Brasil não são alentadoras como já havia sido adiantado pelo Relatório de Avaliação Nacional sobre Mudanças Climáticas publicado recentemente pelo Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas. No Brasil, o aumento de temperatura em 2100 poderia chegar a 7oºC no cenário mais crítico e a redução da precipitação pode chegar a 30%  entre as regiões norte e nordeste.
Os impactos destes cenários serão objeto da segunda parte do relatório, a ser lançado em março de 2014, e as ações necessárias para mitigar as emissões e evitar os piores cenários serão objetivo da terceira parte do relatório a ser publicada em abril de 2014.
As conclusões desta que é a mais extensa, completa e profunda revisão do estado da ciência do clima já produzido deve ser peça fundamental para informar e dar subsídios para que os tomadores de decisão no setor público e privado estabeleçam ações para mitigar as emissões e adaptar as nossas atividades, negócios, infraestrutura e todos os aspectos de nossa vidas para as mudanças climáticas já “contratadas” para as próximas décadas.
Abaixo estão as 19 principais mensagens do relatório do IPCC publicado hoje.
Sobre as mudanças observadas no sistema climático:
1. aquecimento do sistema climático é inequívoco e muitas das mudanças observadas, desde os anos 1950, não têm precedentes, ao longo de décadas a milênios. A atmosfera e o oceano se aquecem, as quantidades de neve e gelo têm diminuído, o nível do mar subiu e as concentrações de gases de efeito estufa aumentaram.
2. Desde 1850, cada uma das três últimas décadas tem sido sucessivamente mais quente na superfície da Terra do que qualquer década anterior. No Hemisfério Norte , 1983-2012 foi o período de 30 anos mais quente dos últimos 1400 anos.
3. aquecimento dos oceanos domina o aumento da energia armazenada no sistema climático, o que representa mais de 90% da energia acumulada entre 1971 e 2010 e, por isso, o oceano superior (0-700 m) aqueceu.
4. Ao longo das duas últimas décadas, as camadas de gelo da Groenlândia e da Antártida têm perdido massa, geleiras continuaram a encolher em quase todo o mundo, e o gelo do mar Ártico e a cobertura de gelo na primavera do hemisfério norte continuaram a diminuir em extensão.
5. A taxa de aumento do nível do mar desde meados do século 19 tem sido maior do que a taxa média durante os dois milênios anteriores. Durante o período de 1901-2010, o nível mundial do mar médio subiu 0,19 metros.
6. As concentrações atmosféricas de dióxido de carbono (CO2), metano (CH4) e óxido nitroso (N2O) aumentaram para níveis sem precedentes, pelo menos nos últimos 800 mil anos. Concentrações de CO2 aumentaram em 40% desde os tempos pré-industriais, principalmente a partir de emissões de combustíveis fósseis e, secundariamente, de emissões de mudança líquidas de uso da terra. O oceano absorveu cerca de 30% do dióxido de carbono antropogênico emitido, causando a acidificação do oceano.
Sobre as causas das mudanças observadas e o entendimento do sistema climático:
7. forçamento radioativo é positivo, e levou a uma absorção de energia pelo sistema climático. A maior contribuição para a radiativa total de forçamento é causada pelo aumento da concentração atmosférica de CO2 desde 1750.
8. Influência humana sobre o sistema climático é clara. Isto é evidente a partir das crescentes concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera, a forçante radiativa positiva, o aquecimento observado e a compreensão do sistema climático.
9. Os modelos climáticos melhoraram desde que o IV relatório (AR4 – 2007). Os modelos reproduzem em escala continental os padrões de temperatura de superfície e as tendências observadas ao longo de muitas décadas, incluindo o aquecimento mais rápido desde meados do século 20 e o esfriamento imediatamente após grandes erupções vulcânicas.
10. Estudos observacionais e modelo de mudança de temperatura, reações climáticas e mudanças no balanço energético da Terra, juntos, oferecem confiança na magnitude do aquecimento global em resposta ao forçamento do passado e do futuro.
11. Influência humana foi detectada no aquecimento da atmosfera e do oceano, em mudanças no ciclo hidrológico global, em reduções em neve e gelo, na média global o aumento do nível do mar, e em mudanças em alguns eventos climáticos extremos. Esta evidência de influência humana tem crescido desde o AR4 (relatório anterior do IPCC).
Sobre os cenários futuros das mudanças climáticas:
12. Manutenção das emissões de gases de efeito estufa provocará maior aquecimento e mudanças em todos os componentes do sistema climático. Para restringir ou limitar as alterações climáticas serão necessárias reduções substanciais e sustentadas de emissões de gases de efeito estufa.
13. Mudança de temperatura da superfície global para o final do século 21 é provavelmente superior a 1,5 ° C em relação a 1850-1900 para todos os cenários RCP(cenários representativos de caminhos/tendências), exceto RCP2.6 . O aquecimento vai continuar para além de 2100 em todos os cenários RCP , exceto RCP2.6. O aquecimento continuará a apresentar variabilidade interanual ou interdécadas e não será uniforme regionalmente.
14. Mudanças no ciclo global da água em resposta ao aquecimento ao longo do século 21 não será uniforme. O contraste da precipitação entre as regiões úmidas e secas e entre as estações chuvosa e seca vai aumentar, embora possam acontecer exceções regionais.
15. O oceano global vai continuar a aquecer durante o século 21. O calor vai penetrar desde a superfície até o fundo do oceano e afetar a circulação oceânica.
16. É muito provável que a cobertura de gelo do mar Ártico continue a encolher e afinar e que na primavera do hemisfério norte a cobertura de neve vai diminuir durante o século 21 com o aumento da temperatura média da superfície global . O volume global das geleiras vai diminuir ainda mais.
17. Nível médio do mar global vai continuar a subir durante o século 21. Em todos os cenários RCP, a taxa de aumento do nível do mar, muito provavelmente, será superior à observada durante 1971-2010, devido ao aumento do aquecimento dos oceanos e o aumento da perda de massa das geleiras e camadas de gelo.
18. A mudança climática afetará os processos do ciclo de carbono de uma maneira que irá agravar o aumento de CO2 na atmosfera. Além disso, a absorção de carbono pelo oceano deve aumentar a acidificação do oceano.
19. Emissões cumulativas de CO2 em grande parte determinam o aquecimento superficial médio global até o final do século 21 e além. A maioria dos aspectos dasalterações climáticas vai persistir por muitos séculos, mesmo que as emissões de CO2 cessem completamente. Isso representa um comprometimento multisecular substancial das mudanças climáticas criado pelas emissões passadas, presentes e futuras de CO2.
Foto: p.a.u.l.i./Creative Commons

domingo, 13 de outubro de 2013

Como vivem os desplugados das redes sociais por opção

Eles vão contra o perfil da atual geração e não participam de sites como Facebook e Twitter

SÉRGIO MATSUURA (EMAIL)
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Cansada da “fofoca virtual”, Simone Vieira resolveu encerrar sua conta no Facebook no mês passado
Foto: FOTO: Ana Branco / Agência O Globo

Cansada da “fofoca virtual”, Simone Vieira resolveu encerrar sua conta no Facebook no mês passado FOTO: Ana Branco / Agência O Globo
RIO — “Me adiciona no Facebook” ou “me segue no Twitter”. Hoje, essas frases são tão comuns de se escutar quanto “anota o meu telefone” já foi um dia, principalmente entre os mais jovens. Segundo levantamento do Ibope, em agosto 27,8 milhões de brasileiros com até 34 anos navegaram por sites de relacionamento. Entre os que não participam, ainda existe no país a questão do acesso à internet ser excludente, mas alguns, por opção, preferem levar a vida desconectados.

A invasão de privacidade foi o principal motivo que levou a produtora cultural Marcelle Machado, de 29 anos, a abandonar o Facebook. No ano passado, a jovem se envolveu com uma pessoa que vive fora do país e fotos e comentários postados na rede social começaram a prejudicar o relacionamento.

— Em julho decidi sair do Facebook. O engraçado é que o meu namoro terminou no mesmo dia, porque a gente usava a rede para se comunicar — conta.
Marcelle diz não se arrepender da decisão. Segundo ela, agora está bem mais próxima dos amigos. Em vez da superficialidade de postagens e mensagens, ela precisa telefonar ou marcar encontros para colocar o papo em dia. Porém, uma funcionalidade do Facebook faz falta:
— Lembrar os aniversários dos amigos. Dos mais próximos eu sei de cabeça, outros eu anotei na agenda, mas já esqueci o aniversário de algumas pessoas.
O funcionário público Dagoberto Heg, de 34 anos, só mantém contato pela internet por e-mail. E, mesmo assim, porque é “necessário”. Facebook e Twitter não fazem parte do vocabulário do jovem, que, nadando contra a sua geração, prefere não expor sua vida aos curiosos de plantão.
— Até a minha mãe tem Facebook. Por um lado é legal, conecta as pessoas, mas não é porque alguém estudou comigo na quinta série que a gente tem algum vínculo. Com os meus amigos eu mantenho um contato mais profundo — diz.
Uso de tecnologia gera status
Avesso à tecnologia, Heg também não possui smartphone. O computador, usa “mais do que gostaria”. Preocupado com a privacidade, principalmente após os escândalos de espionagem que envolveram grandes empresas de tecnologia, o jovem considera “estranho” o comportamento das pessoas de colocarem em público informações pessoais.
— É assustador! O risco é muito grande e não compensa os benefícios.
Apesar disso, reconhece algumas desvantagens da escolha de se manter isolado virtualmente. A principal é ficar por fora de eventos culturais que são divulgados apenas pelas redes sociais. A falta de um canal para manter informados parentes distantes também é citada.
A administradora Simone Vieira, de 36 anos, está passando por essa transição agora. Cansada da “fofoca virtual”, ela resolveu encerrar sua conta no Facebook no mês passado. Natural de Itapecerica, em Minas Gerais, ela teme sentir falta do contato com a família, mas, ao menos até agora, está gostando da sensação de liberdade.
— A primeira coisa que eu fazia quando ligava o computador era entrar no Facebook. Agora estou mais leve, tranquila. Dedico mais tempo à leitura, o que eu não fazia muito.
O Brasil é o segundo país do mundo em número de usuários do Facebook, com 47 milhões de internautas que acessam a rede todos os dias, atrás apenas dos EUA, onde a rede social foi criada. O doutor em Antropologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e consultor de mídias sociais Jonatas Dornelles diz ser difícil encontrar uma pessoa que tenha acesso a computador e internet e que não esteja em redes sociais. Em suas pesquisas, ele percebeu que usar mídias sociais gera status; mas abrir mão delas também é uma forma de afirmação social:
— Não é só porque lançam um celular mais moderno que a pessoa o troca a cada seis meses. Existe um status em usar um modelo ou marca que determinadas pessoas estão utilizando. Em nossa cultura, fortemente ligada à tecnologia, a escolha de alguma rede social se transforma em um simbolismo identificável.
Dornelles explica que as redes sociais criaram uma nova forma de sociabilidade e abrir mão dessa ferramenta pode dificultar o processo de interação com outras pessoas. Desde ficar sem ver uma foto, não participar de uma discussão ou perder um evento, as desvantagens são muitas.


 em http://oglobo.globo.com/tecnologia/como-vivem-os-desplugados-das-redes-sociais-por-opcao-10266143#ixzz2h9fGDPtK 

Especialista aponta sustentabilidade como solução para capitalismo

Empresas precisam aprender a lidar com escassez, diz consultor.Comunidades do Pará lucram com economia verde.

Ingo MüllerDo G1 PA

Cooperativa vende sementes de árvores que eram indesejadas para empresa de cosméticos e garante variedade na produção (Foto: Felipe Pasini / Divulgação Natura)Cooperativa vende sementes de árvores que eram indesejadas para empresa de cosméticos e garante variedade na produção (Foto: Felipe Pasini / Divulgação Natura)
Para o agricultor Lucivaldo Piedade da Conceição, da comunidade de Camtauá,  a 15 quilômetros de Santo Antônio do Tauá, nordeste do Pará, a árvore do muru muru era um incômodo: o vegetal disputava a terra com os açaizeiros, e por isso era cortado para liberar espaço. Tudo mudou há 3 anos, quando ele e outros pequenos produtores firmaram uma cooperativa com uma indústria de cosméticos, que compra as amêndoas do muru muru para usar como matéria-prima.

“A renda de cada um melhorou muito. Antes era só mandioca, hoje a produção tá bem ampliada”, comemora Conceição. Só em 2012, a cooperativa conseguiu entregar 30 toneladas de amêndoas para o cliente, que forneceu treinamento para a mão de obra local. “Nós temos programas de boas práticas de cultivo. Há esta preocupação para termos volume, qualidade e respeito da biodiversidade e capacidade da floresta”, revela  Mauro Costa, diretor de ecorrelações da multinacional.
Ricardo Voltolini diz que sustentabilidade ajuda a consertar os erros do capitaismo (Foto: Divulgação / Ricardo Voltolini)Ricardo Voltolini diz que sustentabilidade ajuda a
consertar os erros do capitaismo
(Foto: Divulgação / Ricardo Voltolini)
Segundo o consultor Ricardo Voltolini, que participa de um evento de sustentabilidade em Belém nesta sexta-feira (4), o interesse das empresas brasileiras pela economia verde aumenta desde 1998, quando foi criado o Instituto Ethos, uma organização social que incentiva as práticas sustentáveis para a preservação dos seus negócios. “As empresas compreendem que precisam aprender a lidar com um quadro de escassez e mudanças climáticas”, disse o consultor.

Além disso, Voltolini ressalta que os consumidores preferem escolher produtos que não agridam a natureza. “Cada vez mais os consumidores estão atentos e críticos aos impactos que a empresa produz, seja social ou ambientalmente. Empresas que geram impacto são questionadas pelos consumidores”, avalia.

Para Ricardo, o governo deveria viabilizar benefícios para empresas ambientalmente responsáveis, como uma forma de incentivar a economia verde. “Deveríamos pensar no conceito de impostos verdes, pensando em uma tributação diferente para empresas que usem matrizes energéticas, diminuindo a tributação para aumentar a competitividade”, pondera.

“A sustentabilidade é uma forma de rever os defeitos do capitalismo. Quando eu vejo o que se faz no Brasil, percebo que estamos muito atrasados”, conclui Voltolini.

13 vitaminas essenciais para a prevenção de doenças

13 vitaminas essenciais para a prevenção de doenças


Presentes em quase todos os alimentos naturais, as vitaminas são compostos orgânicos essenciais para o funcionamento normal do metabolismo humano. Comer os alimentos certos diariamente pode suprir as necessidades do organismo, evitando o surgimento de patologias como insônia, raquitismo, osteoporose, anemia, seborreia, dor de cabeça, dermatite, diarreia, depressão, cálculos renais entre outras doenças.
“Por não serem produzidas pelo organismo, exceto a vitamina D que é gerada em pequena quantidade, é extremamente importante realizar dietas balanceadas e ricas em vitaminas, pois elas favorecem as necessidades do corpo, beneficiando as funções dos órgãos”, explica a Dra. Ligia Raquel Brito, clínica geral do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos.
O corpo humano necessita de 13 diferentes tipos de vitaminas para ter um funcionamento normal. Essas vitaminas são divididas em dois grupos: lipossolúveis e hidrossolúveis. As lipossolúveis são gorduras absorvidas junto com a substância, podem acumular no organismo e alcançar níveis tóxicos. São as vitaminas A, D, E e K.
Já as vitaminas solúveis em água, as chamadas hidrossolúveis, são as presentes no complexo B e na vitamina C. Eliminadas pela urina, essas vitaminas não acumulam no organismo e por isso exigem o consumo de doses diárias para reposição.
“As vitaminas não funcionam como constituintes do nosso corpo ou como fonte de energia, mas são indispensáveis para que ele possa funcionar. Apesar de existirem no corpo em quantidades mínimas, cada vitamina tem um papel importante no funcionamento de alguma parte do organismo ou na formação de determinado tecido ou órgão”, esclarece a médica.
Com funções diferentes, as vitaminas são importantes para a estrutura dos ossos (D), resistência dos dentes (A e D), cicatrização de feridas (A, E e K), interrupção de hemorragias (K), anemia (B) e sangramento em gengivas. Porém, é preciso ficar atento, os suplementos e remédios vitamínicos devem ser consumidos apenas com acompanhamento clínico e laboratorial, pois o excesso de vitaminas pode ocasionar diversos efeitos colaterais.
Segunda a nutricionista Katia Terumi, do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, são recomendadas cerca de 100 gramas de cada vitamina diariamente. Veja abaixo tabela com as possíveis patologias por carência de vitamina:
Vitamina A - Problemas de visão, secura na pele, diminuição de glóbulos vermelhos e formação de cálculos renais
Vitamina D - Raquitismo e Osteoporose
Vitamina E - Dificuldades visuais e alterações neurológicas
Vitamina K - Deficiência na coagulação do sangue e hemorragias
Vitamina B1 - Beribéri
Vitamina B2 - Inflamações na língua, anemias e seborreia
Vitamina B5 - Fadigas, cãibras musculares e insônia
Vitamina B6 - Seborreia, anemia e distúrbios de crescimento
Vitamina B12 - Anemia perniciosa
Vitamina C - Escorbuto
Vitamina H - Eczemas, exaustão, dores musculares e dermatite
Vitamina M ou B9 - Anemia megaloblástica e doenças do tubo neural
Vitamina PP ou B3 - Insônia, dor de cabeça, dermatite, diarreia e depressão

Lixo Zero no Rio aplica quase 3 mil multas após 39 dias de implantação

Lixo Zero no Rio aplica quase 3 mil multas após 39 dias de implantação

Programa começou no dia 20 de agosto, no Centro.
Até esta sexta (27) foram aplicadas 2.992 multas, segundo Comlurb.

Do G1 Rio
BairrosMultas
Centro1840
Copacabana334
Leblon262
Ipanema157
Botafogo127
Gávea82
Lagoa44
Tijuca40
Urca33
Jardim Botânico29
Laranjeiras9
Catete9
Flamengo7
Humaitá7
Leme7
Cosme Velho3
Glória2
Total2992
Após 39 dias de implantação o programa Lixo Zero, que começou a multar quem suja as ruas do Rio, aplicou quase 3 mil multas. Segundo a Comlurb, até as 17h desta sexta-feira (27), o total de multas chegou a 2.992 (veja tabela completa ao lado).
Os números foram computados desde 20 de agosto, quando o projeto foi iniciado no Centro, onde há maior número de infrações: 1.840 multas. Na noite desta sexta, a empresa vai realizar a primeira ação de conscientização na Lapa.
Na Zona Sul, os bairros que mais registraram multas são: Copacabana (334), seguido do Leblon (262), Ipanema (157), Gávea (82), Botafogo (127). Em seguida estão a Lagoa e a Gávea com 44 multas e a Urca com 33 e Jardim Botânico com 29 infrações. 

Já os bairros que registraram os menores índices de infrações foram a Glória, com duas multas, e o Cosme Velho, com três. No Flamengo, Humaitá e Leme os agentes aplicaram o total de sete infrações. Larajeiras e Catete tiveram nove multas cada um.
Na Tijuca,  onde o programa começou nesta terça-feira (24) foram aplicadas 40 multas. O Programa Lixo Zero prevê multas de R$ 98 a R$ 3 mil para quem descartar lixo em áreas públicas de maneira irregular.
Segundo o presidente da Comlurb, Vinícius Roriz, a companhia registrou 34 pedidos de recursos em sua ouvidora. No entanto, ainda segundo Roriz, uma pesquisa feita com 418 pessoas, mostrou que o programa foi aprovado. "Tivemos uma melhora muito expressiva na rua que pode ser percebida por todos. Acho que ainda temos sim o que melhorar e aprimorar, mas por esse balanço, conseguimos ver a receptividade de todos", declarou.
Redução de lixo
Ainda segundo Roriz, os bairros que passaram pelo Programa Lixo Zero, tiveram redução de lixo no chão. No Centro, a redução foi de 50%, em Copacabana foi 46%. Em Ipanema, Leblon, Lagoa, Gávea e Jardim Botânico, 42%.
Outro método que será utilizado pela Comlurb é o Índice de Limpeza Urbana. Segundo o presidente, a metodologia será implantada até o final do ano com o objetivo de medir o ambiente de limpeza de cada região da cidade.
Os próximos bairros que vão receber o programa serão Méier, Madureira e Tijuca, na Zona Norte e Campo Grande, na Zona Oeste.
Campanha Lixo Zero chega à região da Tijuca (Foto: Mariucha Machado/ G1)Campanha Lixo Zero na região da Tijuca (Foto: Mariucha Machado/ G1)