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sábado, 10 de março de 2012
sexta-feira, 9 de março de 2012
03/2012 12:33
Decisão acontece num dia atípico, uma sexta-feira, quando a maioria dos parlamentares já retornou para os seus estados
será instituída ainda hoje, sexta-feira, dia 9, a Comissão que vai discutir os royalties do petróleo. Numa decisão estranha, o presidente da Câmara, Marco Maia (PT – RS) não quis instalar a comissão especial criada por ele mesmo no final do ano passado, mas aceitou sob pressão uma comissão paritária com cinco membros dos estados produtores e o mesmo número de representantes dos estados não produtores. Um detalhe merece destaque: como o colegiado não tem prazo definido para apresentar relatório, ele pode ter o seu trabalho encerrado a qualquer momento.
O que se diz nos corredores da Câmara é que Marco Mai vai votar o projeto dos royalties, no máximo até a segunda quinzena de abril e que a grande pressão sobre ele é do presidente do Senado, José Sarney, pois com o novo critério da lei do senador Vital do Rêgo, o Maranhão passaria a receber de royalties mais do que o Rio de Janeiro.
De qualquer maneira vamos lutar. Os representantes do Rio e do Espírito Santo na comissão já foram escolhidos. São eles: Anthony Garotinho (PR), Leonardo Picciani (PMDB), Hugo Leal (PSC) e um deputado a ser indicado pelo PT, isso pelo Rio de Janeiro. O Espírito Santo indicou a deputada Rose de Freitas, vice-presidente da Câmara.
O que se diz nos corredores da Câmara é que Marco Mai vai votar o projeto dos royalties, no máximo até a segunda quinzena de abril e que a grande pressão sobre ele é do presidente do Senado, José Sarney, pois com o novo critério da lei do senador Vital do Rêgo, o Maranhão passaria a receber de royalties mais do que o Rio de Janeiro.
De qualquer maneira vamos lutar. Os representantes do Rio e do Espírito Santo na comissão já foram escolhidos. São eles: Anthony Garotinho (PR), Leonardo Picciani (PMDB), Hugo Leal (PSC) e um deputado a ser indicado pelo PT, isso pelo Rio de Janeiro. O Espírito Santo indicou a deputada Rose de Freitas, vice-presidente da Câmara.
Governo e empresas discutem acordo sobre forma de descartar lâmpadas
Muitas lâmpadas fluorescentes param na rua e depois vão para lixões, o que é um perigo para a saúde e o meio ambiente.
O Governo Federal e as empresas que fabricam ou importam lâmpadas fluorescentes estão perto de um acordo sobre a forma de descartar esse produto sem poluir o meio ambiente. E já decidiram quem vai pagar a conta para implantar o programa.
Formas e cores se multiplicam. O mercado de lâmpadas fluorescentes, que gastam até 80% menos energia do que as incandescentes, disparou na última década.
Cerca de 290 milhões são vendidas por ano no Brasil, quase todas importadas, como as do prédio onde Heron trabalha. “Quando queima, enrolo no jornal e jogo fora”, ele conta.
Essa é a prática no Brasil: 95% das lâmpadas fluorescentes são descartadas em lugares inadequados. Muitas vão parar na rua e depois vão para aterros e lixões. Um perigo para a saúde e para o meio ambiente, porque as lâmpadas fluorescentes têm mercúrio, um metal altamente tóxico.
A Lei de Resíduos Sólidos, aprovada há um ano e meio, diz que fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes devem recolher e dar um destino adequado às lâmpadas usadas. Mas a lei ainda não foi implantada porque o assunto está sendo discutido pelo setor.
A proposta da Abilux, uma das duas associações que reúnem fabricantes e importadores, é que os consumidores entreguem as lâmpadas usadas em postos de coleta no comércio. Uma associação sem fins lucrativos responsável pelo transporte e pela descontaminação receberia dos fabricantes R$ 0,40 por lâmpada vendida. O custo seria repassado para o consumidor no preço da lâmpada.
“Se queremos um ambiente melhor, nós vamos ter que pagar pelo descarte adequado”, avalia Isac Roizenblatt, diretor da Associação da Indústria de Iluminação.
O governo diz que o programa deve começar até o fim de ano nas maiores cidades do país e que ainda estuda quanto o consumidor vai pagar.
“Está sendo avaliado, e o custo vai ter que ser repassado àqueles que são usuários das lâmpadas”, explica Zilda Veloso, do Ministério do Meio Ambiente.
Por enquanto, as iniciativas são voluntárias, como a da prefeitura de São José dos Campos, no interior paulista, que coleta e descontamina as lâmpadas.
Uma loja de material de construção em São Paulo gasta R$ 200 mil por ano para dar um destino adequado às lâmpadas levadas pelos clientes.
Os materiais são separados em uma fábrica. As pontas metálicas são vendidas para fundições. O vidro e o pó fosfórico vão para a indústria cerâmica. E o mercúrio é doado para institutos de pesquisa.
“Uma lâmpada fluorescente de 32 watts tem potencial para poluir 30 mil litros de água. Você imagina tudo isso indo para lixões, caçambas, de forma indiscriminada. O impacto ambiental é muito prejudicial”, alerta Carlos Alberto Pachelli, dono da empresa.
A Abilumi, outra associação dos importadores de lâmpadas, informou que concorda com a proposta que está sendo discutida. Alertou sobre a importância de que todo o setor cumpra o acordo para que não haja uma concorrência desleal com produtos mais baratos, de empresas que não seguirem as normas do descarte adequado.
*Fonte: Jornal Nacional - Edição do dia 08/03/2012
Vai esquentar a luta pelos royalties do petróleo
Garotinho discursando na tribuna da Câmara (Foto de Saulo Cruz - Agência Câmara) |
Será instituída dentro de instantes, a Comissão que vai discutir os royalties do petróleo. Numa decisão estranha, o presidente da Câmara, Marco Maia (PT – RS) não quis instalar a comissão especial criada por ele mesmo no final do ano passado, mas aceitou sob pressão uma comissão paritária com 5 membros dos estados produtores e o mesmo número de representantes dos estados não produtores, porém com um detalhe, esta comissão não tem prazo definido para apresentar relatório, ou seja, pode ser encerrada a qualquer momento.
O que se diz nos corredores da Câmara é que Marco Mai vai votar o projeto dos royalties, no máximo até a segunda quinzena de abril e que a grande pressão sobre ele é do presidente do Senado, José Sarney, pois com o novo critério da lei do senador Vital do Rêgo, o Maranhão passaria a receber de royalties mais do que o Rio de Janeiro.
De qualquer maneira vamos lutar. Os representantes do Rio e do Espírito Santo na comissão já foram escolhidos. São eles: Anthony Garotinho (PR), Leonardo Picciani (PMDB), Hugo Leal (PSC) e um deputado a ser indicado pelo PT, isso pelo Rio de Janeiro. O Espírito Santo indicou a deputada Rose de Freitas, vice-presidente da Câmara.
*Fonte: Blog do Garotinho
Para ecologista, Rio+20 poderá estimular ações ambientais
Sergio Besserman, no entanto, disse que o evento não dará a receita para o desenvolvimento sustentável
Alana Gandra, da 
Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr
A Conferência Rio+20 foi convocada para discutir o desenvolvimento sustentável com foco na economia verde e no combate à pobreza
Rio de Janeiro - O presidente do grupo de trabalho da prefeitura do Rio para a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, Sergio Besserman, disse que o evento não dará a receita para o desenvolvimento sustentável, mas será uma oportunidade significativa para que as ações nessa área ganhem impulso.
A Conferência Rio+20 foi convocada, de acordo com Besserman, para discutir o desenvolvimento sustentável com foco na economia verde e no combate à pobreza. “É preciso saber até onde irão a profundidade e a coragem de enfrentamento dos grandes problemas da crise ambiental”, disse.
Para ele, a economia verde não pode restringir-se à questão das inovações tecnológicas que poupem os recursos naturais. “E o combate à pobreza não pode esquecer os que mais sofrem nas várias dimensões da crise ambiental – aquecimento global, desertificação -, que são as populações pobres do planeta”.
É preciso, destacou, “enfrentar de frente e com coragem” o fato de que o atual modo de produzir e de consumir não é sustentável. Segundo Besserman, esse deve ser o significado da Rio+20: discutir os modelos de economia de produção e de consumo que permitem a manutenção do processo de inclusão social, “sem ameaçar a civilização nos seus custos e perdas, no horizonte que já é visto”.
A conferência da ONU vai discutir também a questão da governança global. O economista e ambientalista disse que hoje em dia há uma deficiência na área da governança que se manifesta, inclusive, no âmbito das Nações Unidas quando se obtém um acordo. Ele citou o caso do Acordo de Biodiversidade, firmado em Nagoia, no Japão, no fim de 2010, em que o Brasil teve papel de liderança. Esse novo tratado garante a soberania dos países sobre os recursos da biodiversidade.
Besserman observou que apesar de o acordo ter sido ratificado, “isso, no mundo de hoje, não se transforma em ação. As metas não são cumpridas. Não há qualquer penalidade para os atores que não cumpram essas metas”. Esse é um problema que evidencia a falta de governança no mundo, reforçou.
Ele lembrou que não há a expectativa de que a conferência vá resolver todos esses problemas, mas admitiu que ela pode oferecer uma sinalização positiva. “Pode dizer ao mundo que é necessário começar a avançar mais rapidamente, que é necessário que passem a ocorrer as ações que permitirão evitar os piores cenários de toda essa situação de crise ecológica”.
Na opinião do ambientalista, este é um momento singular da história, uma vez que os países têm que enfrentar uma crise econômica e, ao mesmo tempo, não perder de vista os limites do planeta.
Na Conferência da ONU sobre o Meio Ambiente de 1992, a Rio 92, havia, argumentou Besserman, um “otimismo ingênuo de que nunca mais ocorreriam grandes crises e, identificados os problemas que a ciência apontava, nós nos reuniríamos e encontraríamos as soluções. Em 2012, sabemos que há um processo muito mais profundo e mais complexo, assim como as imensas transformações que a economia e a política global terão que passar”. Por isso, assegurou que não há nenhuma razão para esperar que a Rio+20 seja uma cartilha ou mapa do caminho, ou que apresente soluções para um problema da magnitude que é o desenvolvimento sustentável.
O ecologista lembrou ainda que na Rio+20, chefes de Estado estarão fazendo uma declaração política e discutindo a governança global. “Essa declaração política, se for fraca, representará um retrocesso nas discussões. Mas, se for forte, pode significar um impulso para que se acelerem as negociações do clima, da biodiversidade e os meios para torná-las realidade”.
*Fonte: http://exame.abril.com.br
quinta-feira, 8 de março de 2012
Garotinho obtém vitória para tentar impedir venda de bebidas alcoólicas nos jogos da Copa
07/03/12
Plenário aprova urgência para votar Lei Geral da Copa, na próxima semana |
Está sendo votado agora na Câmara dos Deputados, o requerimento de urgência para incluir na pauta de votações da próxima semana, a Lei Geral da Copa. Com isso na próxima semana, o parecer aprovado na comissão especial será levado ao plenário. Mais uma vez obtive uma grande vitória com o ofício que mandei hoje pela manhã requerendo apoio contra a liberação da venda de bebidas alcoólicas nos estádios durante a Copa. Cinco partidos resolveram apoiar um destaque supressivo dos artigos 29 e 67, do relatório aprovado na comissão especial, que estabelecem a permissão para a venda de bebidas alcoólicas durante dos jogos da Copa das Confederações e da Copa do Mundo. Já fui escolhido para na semana que vem ser o orador para defender a proibição da venda de bebidas alcoólicas durante os jogos, que é bom frisar, já vigora no Brasil pelo Estatuto do Torcedor, mas que querem suspender apenas para atender aos interesses comerciais da FIFA.
*Fonte: Blog do Garotinho
Protesto contra a condenação à morte de pastor no Irã
O pastor evangélico Yousseff Nadarkhani foi preso e condenado à morte pelo Tribunal Revolucionário do Irã, sob a acusação de ter abandonado a fé islâmica. É inconcebível nos dias de hoje, que pessoas sejam condenadas à morte por sua fé, não interessa se são evangélicas, católicas, muçulmanas ou se seguem qualquer outra religião. Por isso na terça-feira, a Frente Parlamentar Evangélica fará um protesto em frente à Embaixada do Irão, em Brasília. Vejam abaixo o meu pronunciamento na Câmara dos Deputados sobre essa barbaridade, que é coisa da Idade das Trevas.
Prefeitura firma parceria e amplia coleta seletiva
Por Thábata Ferreira
Foto: Antônio Leudo
O projeto conta com instalação de uma sede no condomínio, que torna
ainda mais viável o descarte adequado dos resíduos recicláveis gerados pelos
moradores.
A Prefeitura de Campos, em parceria com a concessionária de
energia Ampla, a empresa Recicampos e o condomínio Recanto das Palmeiras, estão
desenvolvendo o Projeto Eco Ampla. O projeto conta com instalação de uma sede no
condomínio, que torna ainda mais viável o descarte adequado dos resíduos
recicláveis gerados pelos moradores. O projeto teve início no mês de
março.
A prefeitura atua na conscientização dos moradores do local, com
distribuição de panfletos e orientação. De acordo com o projeto Eco Ampla, os
moradores terão os resíduos recicláveis pesados e receberão descontos diretos em
sua conta de luz, de acordo com o material apresentado. Segundo o chefe da
Divisão de Coleta Seletiva, Eduardo Parente, o projeto já funciona com sucesso
em cidades como Niterói, Petrópolis e Teresópolis.
Lei Municipal – O condomínio Recanto das
Palmeiras cumpre a lei municipal 8.202, que institui que os condomínios
verticais e horizontais com mais de 50 unidades destinem os resíduos
descartáveis à coleta seletiva. O condomínio deve cumprir a lei municipal, já
que conta com 1.200 apartamentos.
Coleta
seletiva regular – Com quatro caminhões, a prefeitura de Campos, através
da secretaria de Serviços Públicos, faz o trabalho de coleta de recicláveis em
38 bairros diferentes e 624 ruas. O serviço funciona de segunda a sexta-feira,
de 8h às 16h. Eduardo Parente reforça, ainda, sobre as palestras que são levadas
através do Departamento de Coleta Seletiva, que podem ser requeridas através do
telefone 2726-4345.
*Fonte:, Site da PMCG
Descarte irregular de lixo hospitalar gera multa em São Roque, SP
Empresa será multada em R$ 15 mil.
Lixo descartado irregularmente em terreno já foi recolhido.
Do G1 Sorocaba e Jundiaí
A Prefeitura Municipal de São Roque, interior de São Paulo, anunciou nesta segunda-feira (5) que irá multar a empresa que descartou lixo hospitalar de forma irregular na cidade.
No sábado (3), um morador encontrou dezenas de sacos de lixo hospitalar jogados numa rua próxima à casa dele. Havia restos de gazes, luvas, aventais e jalecos rasgados, lençóis de criança usados, cobertores velhos e outros materiais hospitalares.
Uma nota fiscal de serviço de lavanderia, que foi descartada junto com o material, ajudou a prefeitura a chegar até a empresa. A Hospitécnica, que é uma lavanderia especializada em produtos hospitalares, alegou por meio de nota que já identificou o funcionário que teria jogado o lixo no terreno.
O material já foi recolhido e a empresa se defende afirmando que este foi um caso isolado que contraria gravemente as normas de segurança. A Secretaria Municipal de Planejamento irá aplicar uma multa de R$ 15 mil.
O motorista sumiu
Divulgação
Alta precisão: a frota de sete carros sem motorista do Google ja rodou 320 mil quilômetros
FUTURO
O carro que anda sozinho começa a virar realidade. Com sensores, câmeras e gps ultrapreciso, os protótipos já circulam por aí
Fernando Valeika de Barros e Gustavo Poloni
Info Exame - 02/2012
Info Exame - 02/2012
O motorista entra no carro, dá a partida e arranca. No meio de uma movimentada avenida, dá um comando de voz e tira as mãos do volante. O que se vê depois é surpreendente. O veículo se dirige para o destino final e, no caminho, para no farol vermelho, espera o pedestre atravessar e desvia de um carro que quebrou. Tudo isso enquanto o motorista checa e-mails ou lê as notícias do dia.
Idealizado no final da década de 1930, o carro que anda sozinho deixou de ser um sonho. O avanço da tecnologia nos últimos anos deu origem a protótipos que já rodaram milhares de quilômetros nos Estados Unidos e na Europa sem causar acidentes. "Os carros que dispensam o motorista vão mudar a relação entre o homem e a máquina", disse a INFO Donald Norman, consultor de montadoras como BMW e autor do livro The Design of Future Things (O Design dos Objetos do Futuro).
Para sair pelas ruas sem causar acidentes, o carro sem motorista precisa ser equipado com uma combinação de tecnologias de ponta. São lasers capazes de realizar 20 varreduras nos arredores do veículo em apenas 1 segundo, câmeras que enxergam à noite e criam imagens 3D para identificar os obstáculos, GPS de alta precisão, dezenas de sensores espalhados por todos os lados do carro e capacidade de processamento que deixaria muito servidor para trás. O resultado disso já pode ser encontrado nas ruas da Califórnia, onde o Google conseguiu uma autorização especial para testar seus protótipos. De dois anos para cá, a frota de sete carros da empresa já rodou mais de 320 mil quilômetros.
A pesquisa é tocada pelo Google X, onde são conduzidos projetos especiais, e ninguém sabe ao certo o que a gigante das buscas pretende. "Queremos melhorar a vida das pessoas ao transformar a mobilidade", diz Chris Ursom, um dos responsáveis pelo projeto.
Substituir o motorista por um computador no controle do automóvel oferece uma série de vantagens.
Ele processa tudo mais rápido, presta atenção em mais informações ao mesmo tempo e nunca se perde. Além disso, está imune a reações humanas comuns, como raiva e pânico. Os pesquisadores esperam que a soma dessas características tenha dois impactos nas ruas. O primeiro é a diminuição da violência no trânsito. Nos últimos três anos, 58 mil pessoas morreram em acidentes no Brasil. O outro benefício é a redução do tráfego. Os carros que dirigem sozinhos são capazes de andar muito mais perto uns dos outros, aproveitando melhor os espaços.
LIMITAÇÕES TECNOLÓGICAS
A ideia de um automóvel que acelera, freia e faz curvas sem precisar ser controlado não é nova. Durante uma feira realizada em 1939, a General Motors apresentou sua visão do que seria o futuro do transporte. Um dos grandes destaques era o carro sem motorista. Norman Bel Geddes, responsável pelo estande da montadora e autor do livro Magic Motorways (Rodovias Mágicas), dizia à época que "os carros do futuro ajudarão o motorista a evitar erros". Sua previsão mostrou-se acertada. O projeto só demorou tanto tempo para sair do papel por causa das limitações tecnológicas. Hoje, quase todas as grandes montadoras do mundo estão pesquisando carros que dispensam o motorista.
No Brasil, esse tipo de pesquisa está restrito às universidades.Um dos estudos é conduzido pelo Instituto Nacional de Ciências e Tecnologia, no núcleo de Sistemas Embarcados Críticos, que tem sede na USP de São Carlos, interior paulista. O projeto teve início em 2008, quando os pesquisadores instalaram em um Fiat Stilo instrumentos que ajudavam na navegação. Deu certo. O próximo passo foi automatizar um carrinho de golfe elétrico. Ele tem um piloto inteligente capaz de ir a pontos preestabelecidos por um GPS. No caminho, desvia de obstáculos. "Ao instalar instrumentos no carro temos ainda o homem por trás das decisões", diz Fernando Osório, um dos coordenadores do projeto. "O grande pulo é quando se passa o poder da decisão para o computador."
Agora, os pesquisadores da USP se preparam para automatizar um veículo grande. No final do ano passado, o instituto comprou um Fiat Palio Weekend Adventure, que vai ganhar motores usados para virar as rodas (e a direção), sensores, sistemas de GPS e um equipamento chamado Velodyne HDL 32. É o mesmo laser usado pelos carros do Google para mapear as ruas várias vezes por segundo. Seu preço? Cerca de 30 mil dólares. O alto custo atrapalha o avanço das pesquisas.
"O desenvolvimento de software, onde o que conta é o talento das pessoas, é uma área na qual podemos competir de igual para igual", afirma Osório. A expectativa é que o novo protótipo dê suas primeiras voltas sozinho no primeiro semestre de 2012.
COMO FICAM AS INFRAÇÕES?
Ainda é cedo para prever quando os primeiros carros que andam sozinhos chegarão ao mercado. Há relatos de protótipos que saíram da pista por falhas no sinal do GPS e dos que se envolveram em acidentes. Além dos problemas técnicos, há uma questão legal a ser debatida. "De quem é a responsabilidade no caso de infrações de trânsito ou colisão?", disse a INFO Tobias Moers, diretor de desenvolvimento da AMG, subsidiária de carros de alta performance da Mercedes-Benz. É uma questão para a qual ainda não há resposta.
POR QUE ELES NÃO BATEM?
Sensores, câmeras, GPS e chips poderosos são algumas das tecnologias por trás dos carros que dispensam os motoristas. Saiba como eles funcionam
1- Ponto cego
Sensores instalados no para-choque traseiro detectam objetos localizados no ponto cego do carro. O mecanismo já pode ser encontrado em carros de luxo.
2- Dentro da faixa
Sistema faz o volante vibrar caso o motorista saia da faixa. Usa uma câmera instalada no para-brisa para identificar o contraste entre o asfalto e a pintura das faixas.
3- 360 graus
O carro tem um periscópio equipado com 64 lasers que giram a uma velocidade de 900 rotações por minuto para identificar todos os objetos em volta do carro.
4- Visão noturna
Raios infravermelhos são emitidos e o sinal é captado por uma câmera instalada no vidro dianteiro. Os perigos localizados à frente são exibidos no painel.
5- Olho nos outros
Sensores são instalados no para-choque dianteiro do carro. O objetivo? Detectar a velocidade do veículo à frente para ajustar sua própria velocidade.
6- Três dimensões
Mais duas câmeras instaladas no para-brisa dão forma 3D aos objetos e às pessoas na rua.Elas tentam prever o próximo passo dos pedestres.
7- Lugar certo
Os veículos usam sistemas de GPS superprecisos para se localizar. Os mapas têm de ser bem detalhados para não se perder ou entrar na contramão.
8. Sensores
Alguns sensores são colocados nas rodas para medir a velocidade enquanto o carro encontra seu caminho pelas ruas das cidades.
O QUE VEM POR AÍ
Ondas de wi-fi que avisam sobre o risco de colisão. Sistema que aprende os hábitos do motorista. Mapas holográficos projetados no para-brisa.
CONHEÇA AS INOVAÇÕES DOS CARROS DO FUTURO
Carro sempre conectado - Smartphones vão substituir as chaves e conectarão o veículo à internet. O carro terá informações em tempo real sobre o tráfego e fará reserva de vaga em estacionamentos. Reconhecimento de voz acionará funções como navegação e ar-condicionado.
Wi-Fi anticolisão - Equipados com emissor de ondas Wi-Fi e navegação por GPS, protótipos da Ford vasculham situações de risco no trânsito a cada décimo de segundo. Ao detectarem perigo, uma luz de alerta se acende no painel. O sistema já está em testes.
Materiais exóticos - Montadoras querem trocar o ferro e o alumínio por materiais mais leves para melhorar o consumo. A aposta está na fibra de carbono, que pode gerar economia de até 7% no combustível. Os primeiros modelos da BMW chegarão em 2013.
Smartphone sobre rodas - Protótipo mostrado no Salão de Tóquio, em 2011, o Toyota Fun-Vii projeta mapas ou informações do sistema de navegação no para-brisa, por imagens holográficas. Usa comando de voz para fazer chamadas telefônicas e tem um sistema que previne colisão.
Baliza mais fácil - Um protótipo do BMW 730i equipado com câmeras e sensores gira o volante, aciona acelerador e freio e calcula sozinho as manobras para estacionar. Os primeiros carros de série com a tecnologia devem chegar em 2015.
Assistente pessoal - O MIT trabalha num sistema que observa os hábitos do motorista. Ele aprende as rotas preferidas, onde costuma estacionar e grava eventos importantes. No futuro, o assistente virtual poderá avisar que é dia de passar no supermercado.
App eficiente - Apps já analisam o estilo de dirigir. Conectado pelo iPhone, o Minimalism Analyser, para donos de Mini Cooper, compara dados de aceleração e frenagem e os projeta no painel. Se o peixinho do aquário está contente, sinal de eficiência. Permite ainda ler posts das redes sociais no painel.
À prova de furo - Até nos pneus há inovação. A francesa Michelin criou um composto interno que veda furos de até 6 milímetros e corrige deformações. A Bridgestone trabalha num pneu sem ar, com feixes de raios flexíveis e de plástico reciclado.
Central de apps - Modelos da alemã BMW saem de fábrica com acesso a uma espécie de app store. O motorista pode baixar aplicativos da rádio Pandora e do Facebook, exibidos no painel. Novos apps serão criados para melhorar o desempenho dos carros.
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