quinta-feira, 7 de julho de 2016

Com seca, Paraíba volta à pauta

Foto: Rodrigo Silveira
O rio Paraíba do Sul continua sofrendo as consequências de um das piores crises hídricas da história. De acordo com a Defesa Civil, o nível do rio chegou, nessa segunda-feira (4), a marca de 4,62 m e vem em queda. Na última quarta-feira (29), a cota era de 4,72 m. Durante a última semana, representantes do órgão e da concessionária Águas do Paraíba se reuniram para obter informações sobre as ações possíveis de ser implementadas pela empresa em caso de desastres que possam comprometer a distribuição de água no município.
O diretor executivo, major Edison Pessanha, e o assessor especial de Prevenção, tenente Rubens Gomes, representaram a Defesa Civil. A concessionária foi representada pelo superintendente regional Jucélio Azevedo de Souza e pelo gerente Operacional Silas de Souza Almeida. 
Segundo o tenente Rubens, tais informações são importantes para que ambos os órgãos elaborem planos de contingência para atender com maior agilidade e segurança a população. 
Segundo o major Edison Pessanha, durante o encontro os representantes da Águas do Paraíba informaram que têm condições de realizar manobra através de um sistema eletro-eletrônico, de acionamento remoto online e que possuem reservatórios em pontos estratégicos do município, que podem ser utilizados a qualquer momento, para o caso de interrupção na captação.
A situação preocupa ainda mais durante o inverno, período natural de estiagem, uma vez que o rio não se recuperou das secas na estação chuvosa dos últimos anos. O diretor do Comitê do Baixo Paraíba, João Siqueira, disse, em abril, que uma das soluções seria a recuperação de nascente, áreas e recargas e uma barragem próxima à foz, para que a água não siga o curso natural ao mar e eleve o nível. (A.S.) (A.N.)

quarta-feira, 6 de julho de 2016

Ciclovias de Curitiba ganharão piso que gera energia

O sistema também deverá coletar informações sobre a intensidade do tráfego e executar sinalizações de segurança.
Ciclovias de Curitiba ganharão piso que gera energia

O desenvolvimento de energias alternativas e sustentáveis em Curitiba ganhou reforço no documento de cooperação assinado na última terça-feira (28) entre a Prefeitura, o governo japonês – por meio da Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA) – e a empresa Soundpower Corporation.
Um projeto-piloto será desenvolvido para a implantação de piso gerador de energia em ciclovias que, por meio de sensores, poderão também coletar dados sobre a intensidade de tráfego e executar a sinalização de cruzamentos envolvendo ciclovias e vias. O desenvolvimento e implantação da ideia tem a participação do Departamento de Iluminação da Secretaria Municipal de Obras Públicas, que já desenvolve projeto para iluminar trechos de ciclovias no município.
O diretor da Jica no Brasil, Ryuichi Nasu, explicou que o piso usado no projeto é mais um produto com tecnologia de ponta desenvolvida com exclusividade por uma empresa japonesa e que tem como objetivo contribuir com a segurança das ciclovias na capital paranaense. “O produto desenvolvido vem a suprir necessidade da cidade em proporcionar ciclovias e ciclofaixas com mais segurança para pedestres e ciclistas” afirmou.
O projeto-piloto do piso gerador de energia deverá ter seus primeiros resultados somente no segundo semestre do próximo ano.
“Essa cooperação vai possibilitar que Curitiba continue inovando. O projeto traz tecnologia de ponta à cidade, com o uso de energia alternativa e desenvolvimento sustentável, que resultará em mais segurança para a população de Curitiba”, afirmou o secretário municipal de Obras Públicas, Sergio Antoniasse.
Disponível em: http://ciclovivo.com.br/noticia/ciclovias-de-curitiba-ganharao-piso-que-gera-energia/
Estudo mostra cidades com maior Índice de Sustentabilidade da Limpeza Urbana no Brasil 

     Parque Santos Dumont em São José dos Campos (SP), cidade com ISLU bem avaliado. Crédito: Creative commons/Paulo Roberto de Souza   O Sindicato das Empresas de Limpeza Urbana do Estado de São Paulo (Selur) e a PwC  divulgaram hoje, dia 30 de junho, um estudo sobre o Índice de Sustentabilidade da Limpeza Urbana (ISLU) feito em 1.721 municípios brasileiros. A análise da pesquisa foi baseada nas orientações da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), aprovada em 2010, e criou um termômetro onde aponta os problemas e soluções de cada local, caso a caso, com pontuação de zero a um. Os dados utilizados foram coletados na base de 2014 do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS). Os critérios utilizados no estudo foram escolhidos por meio de interações estatísticas, com a mesma metodologia de cálculo utilizada pela ONU para o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Os quatro itens analisados foram: - engajamento do município (população atendida x população total); - sustentabilidade financeira (despesas com a limpeza urbana x despesas totais); - recuperação dos recursos coletados (material reciclável recuperado x total coletado); - impacto ambiental (quantidade destinada incorretamente x população atendida). Para os organizadores do estudo, o objetivo do ISLU não é ser um ranking de cidades limpas x cidades sujas. Os resultados dessa análise servirão de insumo para os gestores públicos e privados de limpeza urbana, assim como associações e a sociedade em geral, a tomarem as medidas necessárias a fim de atender as exigências da PNRS e fomentar um ambiente sustentável e saudável em seus municípios. Região Sul é destaque positivo Entre as dez cidades mais bem avaliadas do ISLU, todas são da região sul do Brasil e possuem uma característica comum: menos de 30 mil habitantes. A mais bem pontuada é Nova Esperança, no Paraná, com pouco mais de 27.700 moradores. Como um todo, o Paraná é um estado que se destaca no estudo, por seu pioneirismo em educação ambiental desde os anos 80 e conscientização popular, que impactam diretamente as conclusões da pesquisa. No âmbito dos locais com mais de 250 mil habitantes, os paulistas se sobressaem, ocupando um terço das 20 primeiras posições do ranking, com boas pontuações em São José dos Campos, Santos, Campinas e Sorocaba. Com arrecadação econômica abaixo do necessário, a capital paulistana ficou com classificação C, considerada ruim. Porém, se atingisse sustentabilidade financeira para os seus gastos com limpeza da cidade, São Paulo teria a pontuação mais alta entre todas as capitais do país, passando para a classe B. Mostrando que ser uma “cidade limpa” é um processo complexo e com muitas etapas, Brasília também está na faixa C da análise. Apesar de ter uma aparência limpa em suas ruas e avenidas, o Distrito Federal possui um enorme lixão, criando um imenso passivo para a saúde ambiental e pública de seus moradores. Com o descarte correto, Brasília estaria entre as 10 melhores cidades com mais de 250 mil moradores. Situação precária na região Norte Entre os 20 municípios com as piores avaliações, metade se encontra na região Norte. Em Rio Branco, no Acre, o ISLU aponta que elevar a coleta de resíduos em 15% é fundamental para que a capital passe para a classe B do estudo. As conclusões do ISLU pretendem propor soluções para as cidades avaliadas e mostrar que ainda há um longo caminho a ser percorrido quando se fala sobre sustentabilidade da limpeza urbana. Há bons exemplos espalhados pelo Brasil, mas nenhum dos avaliados tirou a nota máxima. Como o consumidor pode contribuir O gerenciamento dos resíduos é um dos grandes problemas ambientais das cidades, especialmente as de grande porte. Iniciativas que reduzem o descarte inapropriado de lixo devem ser implantadas para melhorar o ISLU. Para orientar o consumidor, o Instituto Akatu indica seguir os 4R’s: Reduzir, Reutilizar, Reciclar e Repensar. REDUZIR significa consumir menos produtos e preferir aqueles que ofereçam menor potencial de geração de resíduos e tenham maior durabilidade. REUTILIZAR é estender a vida útil dos produtos, evitando que sejam descartados rapidamente. RECICLAR envolve a transformação dos materiais para a produção de matéria-prima para outros produtos. Também é importante REPENSAR, refletir sobre os seus atos de consumo e os impactos que eles provocam sobre você mesmo, a economia, as relações sociais e a natureza. - Reprodução de conteúdo livre desde que sejam publicados os créditos do Instituto Akatu e site www.akatu.org.br. Saiba mais em www.akatu.org.br/DireitosAutorais

terça-feira, 5 de julho de 2016

Livro sobre serviços ambientais traz conceitos e cases

Marilice Garrastazu -

A Embrapa acaba de publicar o livro "Serviços Ambientais em sistemas agrícolas e florestais do Bioma Mata Atlântica". São 32 capítulos redigidos por 104 autores que discorrem sobre questões importantes sobre serviços ambientais, tema bastante presente atualmente nas discussões sobre a sustentabilidade do mundo rural, em especial na formulação de políticas públicas.

Dividido em três partes, o livro primeiramente discute aspectos conceituais sobre serviços ambientais. Segundo a pesquisadora Lucilia Maria Parron Vargas, pesquisadora da Embrapa Florestas e uma das organizadoras do livro, "a bibliografia existente se reporta principalmente à discussão da política e da apresentação de experiências de pagamento por serviços ambientais, mas a conceituação e as métricas relacionadas ao tema foram pouco exploradas até hoje na literatura brasileira".

A premissa do livro é a noção de que produção e bem-estar humano dependem dos serviços ambientais, tais como sequestro de carbono no solo e na biomassa vegetal, ciclagem de nutrientes, fertilidade do solo, conservação de água e solo, conservação de biodiversidade, produção de alimentos e madeira, e como estabelecer indicadores econômicos dos sistemas produtivos em áreas naturais e manejadas. A Avaliação Ecossistêmica do Milênio identificou que 15 dos 24 serviços ecossistêmicos em nível global estão em declínio, o que pode causar um grande impacto negativo para o bem-estar humano no futuro. É senso comum entre os autores do livro que as mudanças no uso e cobertura da terra podem alterar o fluxo desses serviços e, por conseguinte, o bem-estar humano, além de resultar em impactos econômicos geralmente não previstos, como os custos com o controle de enchentes, fornecimento de água potável e controle da erosão do solo. Por isso, entender melhor os serviços ambientais, saber quantificar, mapear e avaliar estes múltiplos serviços é de grande interesse para as políticas com foco conservacionista e de ordenamento territorial. E, um item bastante importante: o processo de valoração dos recursos naturais. Qual o valor monetário dos serviços ambientais? Como recompensar (ou compensar) quem adota sistemas de produção mais sustentáveis e utilizam uma ótica mais conservacionista? O livro, então, discute conceitos, condicionantes e indicadores associados a estas questões. "Nosso planeta vive uma fase de avanços tecnológicos cotidianamente, mas agora precisa haver um equilíbrio, pois as fontes naturais se esgotam. O capital natural está cada vez mais escasso", pondera Junior Ruiz Garcia, professor do Departamento de Economia da Universidade Federal do Paraná e também editor do livro. Para isso, indicadores de avaliação de serviços ambientais devem ser robustos, transparentes, baratos e com grande acurácia. A conceituação de avaliação ecossistêmica e ambiental foi, então, o ponto de partida para os 14 capítulos desta primeira parte.

A segunda parte do livro traz cases e experiências com serviços ambientais no Bioma Mata Atlântica, como por exemplo conservação de rios e florestas, morcegos na recuperação de áreas degradadas, variáveis climáticas em araucárias, importância da fauna na dispersão de sementes, ILPF como estratégia de uso da terra, recuperação de Reserva Legal, políticas de áreas verdes urbanas, metodologia para valoração de SAFs, entre outros. "Partimos de experiências já existentes, embora às vezes isoladas, para mostrar a importância e viabilidade econômica-ecológica e social dos serviços ambientais", explica Lucília. Sistemas produtivos agrícolas e florestais com foco conservacionista, tais como cultivo mínimo, rotação de culturas, adubação verde e de cobertura, manejo de restos culturais e reaproveitamento de resíduos, podem prestar serviços ambientais de suporte e regulação, como aumento da ciclagem de nutrientes e de infiltração de água no solo e controle da erosão, com consequente prestação de serviços ambientais.

A terceira parte traz subsídios para formulação de políticas públicas em pagamentos por serviços ambientais com a intenção de induzir mudança de paradigmas no manejo de recursos naturais e contribuir para a tomada de decisão de gestores de recursos naturais e formuladores de políticas para o bem-estar da sociedade. Segundo Junior Ruiz Garcia, "a decisão a se adotar sobre o uso, ocupação e manejo da terra é uma combinação entre políticas governamentais e escolhas do proprietário da terra. Informações sobre como e em que magnitude os serviços ambientais de provisão, regulação, suporte ou culturais são produzidos devem servir como base para tornar essas decisões mais consistentes". Este é um trabalho a ser entendido por toda sociedade, pois impacta diretamente na qualidade de vida desta e de futuras gerações.

O livro tem como editores técnicos os pesquisadores Lucilia Maria Parron, Edilson Batista de Oliveira e George Gardner Brown, da Embrapa Florestas; a pesquisadora Rachel Bardy Prado, da Embrapa Solos, e o professor Junior Ruiz Garcia, da Universidade Federal do Paraná; e contou com texto de apresentação do Professor Ademar Romeiro, do Departamento de Economia da Unicamp. A publicação é fruto do projeto ServiAmbi - Avaliação de indicadores e valoração de serviços ambientais em diferentes sistemas de manejo, coordenado pela Embrapa Florestas, em parceria com a UFPR e apoio da Embrapa Produtos e Mercados, escritório de Ponta Grossa, Embrapa Soja e IAPAR-Ponta Grossa. O projeto tem como objetivo avaliar o estado e as tendências dos serviços ambientais em sistemas agrícolas e florestais nos Campos Gerais e no noroeste no Paraná. A edição do livro teve apoio da Embrapa e do CNPq para sua produção. 

Para baixar o livro, clique aqui.

Disponível em: https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/5848915/livro-sobre-servicos-ambientais-traz-conceitos-e-cases

Poda de árvores da Ciclovia Patesko




A Secretaria de Desenvolvimento Ambiental, através da Gerência de Arborização, está realizando serviços de poda nas árvores da Ciclovia Patesko, situada na Avenida 28 de Março. A ação prossegue durante toda esta semana. O objetivo é dar mais segurança aos ciclistas e pedestres, além de melhorar visualmente a ciclovia.

— Este serviço é necessário. A ciclovia corta praticamente toda a cidade e merece uma atenção especial por ser utilizada todos os dias por ciclistas e pedestres. Temos a preocupação de dar visibilidade, deixar o trânsito livre e evitar acidentes na ciclovia      — ressaltou o secretário.

Além da poda nas árvores da ciclovia, a Gerência de Arborização também tem no cronograma de atividades, a manutenção do plantio, como tutoramento e replantio de árvores mortas e quebradas na ciclovia. 

- Sabemos que é um trabalho técnico e contínuo e vamos continuar fazendo, pois infelizmente ainda existem pessoas sem consciência ambiental que danificam sem motivos, as árvores plantadas – pontuou o gerente de Arborização, Wilson Silva.

Disponível em: http://www.campos.rj.gov.br/exibirNoticia.php?id_noticia=36387

segunda-feira, 4 de julho de 2016

Barreira que promete limpar os oceanos é instalada na Holanda para testes

A barreira é feita com borracha vulcanizada e um subsistema de cabos que alcança até 4.500 metros de profundidade.
Barreira que promete limpar os oceanos é instalada na Holanda para testes
Até 2020 uma versão com cem quilômetros de extensão deve ser instalada no local em que está a grande mancha do Pacífico, entre a Califórnia e o Havaí. | Foto: Divulgação
Um dos projetos mais promissores do mundo para a contenção dos plásticos nos oceanos está em testes reais. O Ocean Cleanup é uma barreira com potencial para impedir que o plástico nos oceanos se espalhe. Com o apoio do governo holandês, o primeiro exemplar do sistema já foi instalado em alto mar e permanecerá sob monitoramento por quase um ano.
A tecnologia foi criada pelo jovem holandês Boyan Slat, quando tinha apenas 19 anos. Hoje, aos 21, ele se tornou um empreendedor ambiental e se dedica à divulgação e aprimoramento dos sistemas que ajudem a limpar os oceanos.
No primeiro teste, a barreira usada tem cem metros de comprimento e foi instalada a 20 quilômetros da costa. O intuito é usar a experiência para monitorar a eficiência antes que uma barreira muito maior seja instalada na costa japonesa ao final do próximo ano. Até 2020 uma versão com cem quilômetros de extensão deve ser instalada no local em que está a grande mancha do Pacífico, entre a Califórnia e o Havaí.
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
O Ocean Cleanup é feito com borracha vulcanizada e um subsistema de cabos que alcança até 4.500 metros de profundidade. Para que ela seja eficiente, o ideal é que seja instalada em locais estratégicos, de acordo com as correntes marítimas. A função é concentrar o plástico em um só lugar, para que os navios coletores consigam retirar os resíduos de maneira mais eficiente e em grande escala.
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
Através da parceria com o governo holandês, Slat tem apresentado o projeto para diversos outros países, com o objetivo de expandir o potencial do sistema. Um dos pontos mais críticos é na costa da Indonésia. Até o final deste ano o projeto será apresentado às autoridades indonésias, já que o país tem a segunda maior concentração de detritos marinhos do mundo.

Arquitetos alemães querem produzir no Brasil fachada que filtra poluição do ar

Feito com nanotecnologia, material está sendo empregado em vários países, mas enfrenta burocracia para ser trazido ao Brasil, dizem seus criadores.


Fachada inteligente foi construída em frente a um hospital na Cidade do México para amenizar poluição local (Foto: Alejandro Cartagena)
Fachada inteligente foi construída em frente a um hospital na Cidade do México para amenizar poluição local (Foto: Alejandro Cartagena)
Em busca de soluções para reduzir a poluição atmosférica, uma dupla de arquitetos de Berlim desenvolveu uma fachada inteligente que purifica o ar e criou um material de construção que ajuda a reduzir os níveis de gases do efeito estufa.
Ambas as tecnologias poderiam ajudar a solucionar problemas de muitas cidades brasileiras. Porém, uma tentativa de construir uma fachada antipoluição no Brasil já fracassou devido à burocracia.
Criada pelos arquitetos Allison Dring e Daniel Schwaag, a fachada Prosolve começou a ganhar destaque em 2008, quando seu protótipo foi exposto no pavilhão da Alemanha na Bienal de Arquitetura.
Em 2013, os arquitetos entregaram o primeiro grande projeto com esse sistema: uma fachada de 2,5 mil m² construída em frente a um hospital na Cidade do México. A ideia era melhorar a qualidade do ar em torno do local.
O sistema Prosolve contém um revestimento feito de uma nanoestrutura de dióxido de titânio. Ao ser ativado pela luz solar, esse revestimento funciona como um filtro, neutralizando óxidos de nitrogênio e compostos orgânicos voláteis que entram em contato com sua superfície. O formato dos módulos auxilia na potencialização desse efeito.
Com o sucesso do projeto no México, apareceram interessados em levar a fachada para Brasil, segundo Schwaag. Para isso, porém, seria necessário importar os módulos produzidos na Alemanha, mas isso acabou se tornando um empecilho.
"Havia um grande interesse de construir uma fachada no Rio de Janeiro, mas, no decorrer das conversas, surgiu a dúvida se o material seria liberado pela alfândega e também quanto tempo duraria essa avaliação local, o que poderia gerar custos muito altos", diz o arquiteto. Assim, a tentativa não saiu do papel.
Schwaag acredita que a melhor maneira para levar essa tecnologia ao Brasil seria encontrar um parceiro local para produzir os módulos. "Dessa forma, também estaríamos contribuindo com a economia do país e criando empregos", ressalta.
Ar mais limpo
De acordo com Schwaag, a fachada poderia melhorar a qualidade do ar em bairros de grandes cidades brasileiras, ao serem instaladas em pontos onde há grande produção de poluição, por exemplo, próximo de grandes avenidas ou cruzamentos movimentados.
A tecnologia não é interessante só para o Brasil. A poluição atmosférica é um problema global. Em um relatório divulgado em meados deste mês, a Organização Mundial da Saúde (OMS) revelou que ela causa mais de 3 milhões de mortes prematuras por ano.
E, por ser um problema global, o escritório berlinense tem clientes em vários países. Atualmente, os arquitetos desenvolvem fachadas para o Chile e a Índia, além de outros países asiáticos e do norte África. Schwaag diz que seus clientes buscam uma solução estética e sustentável para melhorar a qualidade do ar. Curiosamente, não há nenhum projeto da Prosolve na Alemanha.
"Falta coragem, ou melhor, disposição de admitir que vivemos em cidades poluídas na Alemanha", opina o arquiteto. Ele acredita que a existência da Prosolve em frente a uma construção revela que o ar é poluído na região, problema que os alemães se recusam a reconhecer. "Colocar a solução é admitir o problema."
Schwaag afirma que os preços das fachadas variam de acordo com tamanho, taxas locais de importação e qualidade do material usado na fabricação dos módulos.
Atualmente, a base dos módulos é composta de plástico, mas os arquitetos de Berlim estão desenvolvendo um material para tornar a Prosolve mais sustentável e auxiliar no combate aos impactos do aquecimento global.
'Made from Air'
Após alguns anos de pesquisa, Dring e Schwaag apresentaram no ano passado um protótipo do "Made from Air" ("Feita de Ar", em tradução livre), uma fachada feita com o HexChar, material de construção feito com uma tecnologia que retira carbono da atmosfera e produzido a partir de resíduos de biomassa.
Metade do HexChar é composto por carbono atmosférico. "Transformamos o gás em carvão. Para cada tonelada produzida desse material, prensamos uma tonelada de dióxido de carbono", ressalta Schwaag.
A técnica de retirar dióxido de carbono da natureza ao evitar que gases do efeito estufa de resíduo de biomassa sejam lançados na atmosfera e transformá-los em produtos é um dos métodos defendidos por especialistas em clima para reduzir os impactos do aquecimento global, sendo inclusive recomendado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU.
Dring e Schwaag ainda trabalham no aperfeiçoamento do HexChar, que atualmente é usado apenas em fachadas. A ideia é desenvolver a tecnologia para a produção dos módulos da Prosolve, além de criar um material para ser utilizado na construção de casas completas.
No futuro, os arquitetos pretendem produzir o HexChar onde essas fachadas e as futuras casas serão construídas. "Estamos procurando produtores de biomassa para fabricar localmente esse material, como, por exemplo, no Brasil", conta Schwaag.
Disponível em: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2016/06/arquitetos-alemaes-querem-produzir-no-brasil-fachada-que-filtra-poluicao-do-ar.html
Reprodução da TV Globo
Reprodução da TV Globo


A primeira pesquisa IBOPE sobre a avaliação do novo governo mostra que Michel Temer está mal, mas melhor que Dilma antes de ser afastada.

Tem 39% de ruim/péssimo e 13% de ótimo/bom.

A maneira de Temer governar é reprovada por 53% e aprovada por 31%.

Na comparação com o governo Dilma, 44% acham que o governo Temer está igual, 25% dizem que está pior, e 23% consideram melhor.

Ou seja, Temer está ali na corda bamba, mal se equilibrando. Por isso uma eventual bomba da Lava Jato que atinja o Palácio do Planalto pode ser devastadora para o governo provisório. 

domingo, 3 de julho de 2016

GAM resgata filhote de jacaré em rua do Parque São José



O Grupamento Ambiental (GAM) da Guarda Civil Municipal (GCM) resgatou filhote de jacaré em uma residência na Rua João Salvino Soares, no Parque São José, após solicitação da moradora. O animal foi encaminhado para o Núcleo de Estudos e Pesquisa em Animais Selvagens (Nepas), da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), onde será avaliado para posterior soltura. 

- O jacaré apareceu na rua, possivelmente proveniente de uma lagoa que tem na região. Os moradores nos solicitaram e nós fizemos o resgate - disse o comandante do GAM, Sávio Tatagiba.
Além disso, o GAM também realizou a soltura de uma cobra jiboia, após a solicitação do Nepas da Uenf. A serpente tinha aproximadamente 2 metros, foi devolvida ao seu habitat natural. 

Disponível em: http://www.campos.rj.gov.br/exibirNoticia.php?id_noticia=36429

Curitiba recebe primeiro ônibus elétrico híbrido da Volvo


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O sistema reduz em até 75% o consumo de diesel e a emissão de poluentes
Foto: Maurilio Cheli / SMCS



O primeiro ônibus elétrico híbrido da Volvo a circular em uma cidade da América Latina foi apresentado na quarta-feira, 29 de junho, em Curitiba. O modelo menos poluente vai rodar no transporte de passageiros na linha Juvevê Agua Verde, por um período de seis meses. O EcoD já havia anunciado a novidade em abril do ano passado.

“É mais um passo que Curitiba dá na direção da sustentabilidade. Queremos cada vez mais incorporar novas tecnologias e reduzir a emissão de poluentes, pensando em soluções que beneficiem o maior número de pessoas e coloquem o coletivo acima do individual”, destacou o prefeito da capital paranaense, Gustavo Fruet.
Com tecnologia plug-in, o elétrico híbrido permite a recarga de bateria em pontos de embarque e desembarque de passageiros. O projeto é resultado de uma parceria global da Volvo com a Siemens, que desenvolveu as estações de carregamento rápido da bateria do motor elétrico, que propicia aos veículos maior tempo de operação em modo elétrico, reduzindo o uso de combustíveis fósseis.

O sistema reduz em até 75% o consumo de diesel e a emissão de poluentes. Além disso, o consumo total de energia do modelo é 60% menor que dos ônibus movidos a diesel, o que representa um enorme ganho ambiental para a cidade.
“Este veículo é mais um passo que damos para a consolidação do projeto de eletromobilidade da Volvo na América Latina. Mantemos com Curitiba, cidade sede do Grupo Volvo continente, uma longa história para a demonstração e desenvolvimento de tecnologias e soluções de transporte que ofereçam mais qualidade aos sistemas de transporte e atendam às demandas e compromissos globais de redução de emissões”, afirma Luis Carlos Pimenta, presidente da Volvo Bus Latin America.


O veículo oferece flexibilidade de operação, podendo operar em modo 100% elétrico em áreas definidas (período em que não emite poluentes e é totalmente silencioso), e em modo híbrido em qualquer parte do percurso.
O veículo vai circular na linha Juvevê Agua Verde, que tem 22,4 quilômetros e transporta cerca de 2,2 mil passageiros por dia. A estação para recarga da bateria foi instalada em um ponto de ônibus em uma pracinha da rua Menezes Dória, no bairro Hugo Langue, próximo à Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Agrárias.
A recarga da bateria do motor elétrico é feita durante o tempo embarque e desembarque de passageiros e leva, no máximo, 6 minutos para receber uma carga total. A estação carregamento de alta potência foi desenvolvida e instalada pela Siemens.

O elétrico híbrido é a segunda geração de ônibus de baixas ou zero emissões de poluentes desenvolvidos pela Volvo. A primeira geração é a dos híbridos, já produzidos em escala no Brasil; e a terceira é a do ônibus 100% elétrico, em testes na Europa.
A bateria do motor elétrico do modelo elétrico híbrido, além de receber as recargas rápidas nas estações, também é carregada com a energia regenerada pelas frenagens do veículo, assim como acontece como os modelos híbridos já em circulação em Curitiba. O veículo é do tipo padrón, com capacidade para 91 passageiros. Com um design moderno, oferece aos passageiros conforto, wi-fi e acessibilidade.

Testes



Os testes de demonstração do ônibus elétrico híbrido têm como objetivo avaliar e comprovar os ganhos ambientais e a viabilidade da tecnologia para os sistemas de transporte das cidades latino-americanas.

“Nosso objetivo é que Curitiba seja um laboratório e campo de demonstrações da tecnologia com baixas emissões de poluentes para outras cidades brasileiras e de outros países para da América Latina. Os resultados dos testes vão nos oferecer informações importantes para o desenvolvimento de um projeto sólido de eletromobilidade no continente”, afirma André Trombini, gerente de estratégia e novos negócios da Volvo Bus Latin America.
Durante os seis meses de demonstração, o elétrico híbrido será comparado a outros dois ônibus com a mesma configuração e capacidade de passageiros: um híbrido e um movido a diesel. Os três vão circular na mesma linha e com as mesmas condições de intensidade de tráfego e passageiros. O objetivo é avaliar e comparar a performance de cada um dos modelos em consumo de combustível, a redução de emissões, a eficiência energética e o custo operacional.
Os testes de demonstração do elétrico híbrido em Curitiba são a terceira fase do desenvolvimento do projeto de eletromobilidade da Volvo na América Latina. A primeira fase foi o início da produção e comercialização do híbrido convencional no Brasil, e a segunda a demonstração do híbrido articulado que está em operação também em Curitiba.


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Os dados dos veículos serão monitorados por meio de telemetria, com o sistema de gerenciamento de frotas da Volvo. O sistema oferece informações como consumo de combustível, emissão de poluentes, distância percorrida no modo 100% elétrico e aproveitamento das frenagens para recarga da bateria do motor elétrico. Além de dados de quantidade de passageiros e segurança como frenagens, curvas e acelerações bruscas.
Integrada ao gerenciamento de frotas, o veículo possui ainda uma funcionalidade que permite definir as áreas onde o ônibus vai operar no modo 100% elétrico e limitar sua velocidade máxima onde há grande fluxo de pedestres. Nestas áreas, por exemplo, mesmo que o motorista acelere, o veículo não ultrapassa a velocidade definida. A definição da URBS para a operação do ônibus elétrico híbrido em Curitiba, é que ele circule no modo 100% elétrico nas ruas de área calma onde a velocidade máxima é de 40 km/h.
Lançado na Europa em 2014, o elétrico híbrido é a segunda geração de ônibus híbridos da Volvo. O modelo está em operação em cidades como Gotemburgo, Hamburgo, Luxemburgo e Estocolmo.


Eletromobilidade

A demonstração do elétrico híbrido em Curitiba faz parte de uma estratégia global da Volvo Buses, para desenvolvimento do projeto de eletromobilidade da marca, que prevê a oferta de soluções de transporte urbano sustentáveis do ponto de vista ambiental e econômico.

Os testes não envolvem qualquer custo para Curitiba. São uma parceira entre a Volvo, a Siemens, Ericsson, URBS, o Setransp (Sindicato das Empresas de Onibus de Curitiba e Região Metropolitana), UTFPR (Universidade Tecnológica do Paraná) e as empresas de transporte urbano Redentor, Cidade Sorriso e Glória.

Disponível em: http://www.ecodesenvolvimento.org/posts/2016/posts/junho/curitiba-recebe-primeiro-onibus-eletrico-hibrido?utm_source=dlvr.it&utm_medium=facebook

Anglo American diz ter prioridades em novas licenças de operação para ampliar exportação de minério de ferro pelo Açu

Em reportagem do Valor, ontem, o novo presidente no Brasil, da mineradora anglo-africana Anglo American, Ruben Fernandes que assumiu há dez dias, disse que a prioridade da corporação é conseguir as licenças de operação das fases 2 e 3 do projeto Minas-Rio que exporta minério através do Porto do Açu.

Fernandes diz que os novos licenciamentos das minas, no município mineiro de Conceição de Mato Dentro “são cruciais para a empresa atingir a capacidade de produção do projeto que é de 26,5 milhões de toneladas” até o ano de 2019.

Segundo a Anglo American, a produção ano passado (2015) foi de 9,2 milhões de toneladas. A previsão é que este ano (2016) alcance um volume entre 15 milhões e 18 milhões de toneladas exportadas. No 1º trimestre deste ano, as exportações alcançaram 3,3 milhões de toneladas (+185%) que no mesmo período do ano passado.

Unidade de filtragem, secagem e embarque de minério de ferro
da Anglo America junto ao Terminal 1 do Porto do Açu
Segundo a Anglo, um total de 100 embarques de minério de ferro já foram feitos, em navios graneleiros, através do Terminal 1 do Porto do Açu. Eles tiveram como destino os mercados da China, Oriente Médio e América do Norte.

No momento a Anglo American faz pressões sobre a Secretaria de Meio Ambiente de Minas Gerais para a liberação destas licenças, alegando que o escasseamento do minério da fase 1, tem risco de parar ou tornar o empreendimento economicamente inviável.

É interessante observar que o licenciamento divido por fases, por parte dos órgãos reguladores e fiscalizadores das questões ambientais, gera sempre este tipo de pressão por parte das companhias.

São ameaças de interrupção e desemprego, enquanto a necessidade da corporação cumprir as condicionantes e os projetos de mitigação previstos nos estudos e relatórios de impactos ambientais (EIA/Rima). As novas fases do projeto criam novas exigências por conta da ampliação dos impactos socioambientais.

Assim, ele acabam sendo “empurrados” como uma espécie de ônus e contrapartida, por conta das atividades econômicas, do emprego e dos impostos gerados para as gestões públicas. Especialmente neste momento de crise financeira dos governos municipais e estaduais.

Por falar em impostos, considerando que os embarques e as exportações através do Porto do Açu, no primeiro trimestre de 2016 aumentaram em 185%, segundo os próprios dados da empresa exportadora, imagina-se que a arrecadação de ISS (imposto municipal) tenha tido um aumento na mesma proporção para o município de São João da Barra. 

Este crescimento de receita de ISS tem que ter ocorrido considerando a ampliação da operação e movimentação de minério de ferro no terminal portuário. Resta saber se há fiscalização sobre esta movimentação, ou se o município apenas aceita as declarações da empresa.