domingo, 7 de fevereiro de 2016


Conselho de Meio Ambiente da Fiesp discute segurança de barragens de resíduos

Amanda Viana, Agência Indusnet Fiesp 

01/2016 

“É vergonhoso, tanto do ponto de vista preventivo, quanto de contingência”, afirma promotor sobre desastre ambiental em Mariana


Considerado a maior tragédia ambiental do Brasil, o rompimento das barragens de resíduos da extração de minério de ferro em Mariana (MG), em novembro de 2015, foi tema da reunião do Conselho Superior de Meio Ambiente (Cosema) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), nesta terça-feira (26/01). O desastre deixou 17 mortos e dois desaparecidos, e formou um mar de lama tóxica que atingiu o rio Doce e alcançou o litoral de Espírito Santo, deixando um prejuízo incalculável para a população local.
“O objetivo dessa reunião não só é identificar e analisar com profundidade o que aconteceu, mas também acumular experiências para evitar futuros erros, garantindo assim que as barragens de resíduos do Brasil possam ter o cuidado suficiente e necessário para evitar que novos desastres venham a acontecer”, disse Walter Lazzarini, presidente do Cosema.
Carlos Eduardo Ferreira Pinto, promotor público e coordenador do Núcleo de Resolução de Conflitos Ambientais do Ministério Público de Minas Gerais, falou sobre a atuação do MP no caso de Mariana e a interface com órgãos públicos e empresas privadas. De acordo com ele, o desastre escancarou o colapso do sistema ambiental brasileiro e expôs as injustiças socioambientais acumuladas pela omissão e descuido no manejo de políticas públicas ligadas à autorização, controle, monitoramento e contingenciamento dos danos.
“Com muita segurança, eu digo que foi um absurdo o que aconteceu. É vergonhoso para o nosso país, tanto do ponto de vista preventivo, do desastre propriamente, quanto de contingenciamento dos impactos”, afirmou o promotor. Ferreira Pinto explicou ainda que houve um total descaso por parte dos poderes públicos, despreparo, grande tumulto e até o momento não existe um diagnóstico dos atingidos. Para ele, esse cenário parece refletir o atual momento do Brasil: o meio ambiente não poderia se destacar positivamente. “Há uma grande confusão na gestão ambiental por parte dos poderes públicos, e isso acaba afetando diretamente o setor produtivo”, disse.
O promotor evidenciou ainda a importância do diálogo a essa cadeia de decisões e discussão do tema, além da necessidade de empoderar a área de meio ambiente das empresas. “É preciso melhorar o empoderamento técnico e jurídico”, defendeu.  Segundo ele, já são mais de 600 ações contra a Samarco, mineradora responsável pela barragem de Fundão, que se rompeu. “De uma maneira prematura e intempestiva, e somente para uma tomada de decisão, a União e os Estados entraram com uma ação pedindo os 20 bilhões de reais, e com ideias simplistas. Sendo que sequer sabemos o número de atingidos. Acho que houve uma ausência de resposta imediata da Samarco, e não houve controle por parte do Estado ao aprovar o empreendimento da mineradora”, completou.
Paulo Cesar Abrão, geólogo e diretor da Geo Consultoria, falou sobre as barragens de rejeitos de mineração e a importância do assunto para o empreendedor e para a sociedade. Segundo ele, as barragens estão cada vez maiores, o potencial de dano é elevado, há aumento da dificuldade de licenciamento ambiental, há conflito de uso da água e do solo, e a legislação ambiental está cada vez mais restritiva. Esses aspectos, de acordo com ele, resultam em aumento dos custos, requerem mais cuidados e impactos nos cronogramas dos empreendimentos.
Para Abrão, os prejuízos vão muito além dos danos ambientais e materiais, afetando também as empresas economicamente, já que pode haver o fechamento do empreendimento ou a perda de valor das empresas. “No caso da tragédia em Minas Gerais, a Samarco sofreu grande impacto no valor de suas ações”, exemplificou.
fonte: FIESP


 

EXPEDIÇÃO CIENTÍFICA AVALIA SITUAÇÃO DA VIDA MARINHA


Pesquisadores coletam centenas de amostras de água e animais marinhos
Expedição a Abrolhos 
João Freire
ascomchicomendes@icmbio.gov.br

Arquipélago de Abrolhos, BA (02/2016) – Mais uma etapa da expedição científica coordenada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) foi concluída no sábado passado (30). A bordo do navio "Soloncy Moura", a expedição saiu de Vitória, no dia 26, fez atividades próximo à foz do rio Doce (ES) e seguiu para o Parque Nacional Marinho de Abrolhos (BA), unidade de conservação federal administrada pelo ICMBio.

Durante dez dias, os pesquisadores estão percorrendo o litoral (do sul do Espírito Santo ao sul da Bahia) e visitando unidades de conservação da região: Reserva Biológica de Comboios, Área de Proteção Ambiental Costa das Algas, Refúgio de Vida Silvestre de Santa Cruz, Reserva Extrativista Cassurubá e a Área de Proteção Ambiental Ponta da Baleia.

“Estamos coletando amostras de água, sedimentos, peixes, crustáceos, invertebrados e micro-organismos para analisar as condições da água e da vida marinha na região, especialmente nas áreas próximas à foz do rio Doce e em Abrolhos”, explica o analista do ICMBio, Nilamon de Oliveira Leite Jr., que coordena a expedição formada por biólogos e oceanógrafos do ICMBio (Cepsul e Tamar), da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e da Universidade Federal do Rio Grande (FURG).

“Vamos fazer um diagnóstico completo da biodiversidade, avaliar se a lama de Mariana está na região e se houve impactos negativos”, explica Nilamon. A barragem de rejeitos da mineradora Samarco (em Mariana, MG) rompeu em novembro passado, causando o maior acidente ambiental da história do país. A lama atingiu primeiro o rio Doce e depois chegou ao oceano onde continua causando danos.

Após o término das análises, os pesquisadores vão elaborar um relatório da expedição. “As conclusões vão subsidiar futuros programas de monitoramento na região afetada, e orientar medidas mitigadoras dos impactos que forem identificados”, afirma a coordenadora do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Marinha do Sudeste e Sul (Cepsul/ICMBio), Roberta Aguiar dos Santos.

Importância ecológica

O arquipélago de Abrolhos é formado por cinco pequenas ilhas vulcânicas: Redonda, Siriba, Sueste, Guarita e Santa Bárbara, esta última sob jurisdição da Marinha do Brasil. Lá se registra a maior concentração de vida marinha do Atlântico Sul e a maior formação de recifes de corais, que serve de abrigo para muitas espécies de peixes e invertebrados marinhos.

Administrado pelo ICMBio, o Parque Nacional Marinho de Abrolhos garante proteção para as ilhas e para os animais. Apesar do bom estado de conservação, há várias espécies ameaçadas de extinção, por causa da ação humana. Entre eles, o coral-cérebro (só encontrado em Abrolhos) e peixes, como budião, garoupa e vermelho.

Abrolhos é a principal área de reprodução das baleias-jubartes e é frequentada por várias espécies de aves e tartarugas marinhas. “O Parque é uma área úmida de relevância internacional [sítio Ramsar], por causa da importância para espécies migratórias que utilizam esta área para alimentação e reprodução”, destaca Fernando Repinaldo, chefe substituto do Parque Nacional Marinho de Abrolhos. “O Parque está aberto para visitação o ano todo. O contato com a vida selvagem proporciona um entendimento melhor sobre a importância da conservação da natureza”, conclui Repinaldo.


Fonte: ICMBio. Disponível em:

sábado, 6 de fevereiro de 2016

Campo Grande: máquina transforma toneladas de resíduos em fertilizantes e biomassa

 Professor Resíduo JAN/2016

Uma tonelada de resíduos que iriam para o lixo podem poupar a vida de cinco ou oito árvores, além de produzir energia e gerar fertilizantes, biomassa ou ração animal. Essa é grande vantagem que uma máquina processadora que pode ser utilizada por produtores rurais. O equipamento, que faz o fracionamento e secagem dos resíduos, foi uma das atrações da Showtec, feira agropecuária realizada entre os dias 20 e 22 de janeiro, em Maracaju, a 160 quilômetros de Campo Grande/MS. O professor José Carlos Bianchini Sottomaior, um dos responsáveis pelo desenvolvimento da inovação apresentou o produto aos interessados.
Criada para ser uma solução ambiental no tratamento de resíduos sólidos e líquidos, a máquina reduz o volume de transporte e armazenagem, além de minimizar o desperdício. Como os produtos são processados com até 85% de umidade e até 10 a 20% na saída, a tecnologia é oferecida às agroindústrias para processamento de dejetos, lodos e rejeitos, para as empresas que trabalham no setor florestal para processamento de galhada, cascas e raízes e para área urbana com função de dar destino a podas de árvores, lodo sanitário e lixo orgânico.
O equipamento tem capacidade para processar até quatro toneladas de produto por hora, com gasto energético de apenas 80 kW/hora, podendo chegar a temperatura de 250º. A máquina, que pode ser utilizado como unidade fixa ou itinerante, é utilizada por entidades governamentais e industriais em todo país, segundo o técnico da Sepaf (Secretária de Agricultura e Produção Familiar), Antônio Oliveira.
Para Antônio, o baixo custo operacional, a facilidade oferecida com a versão itinerante e o resultado demonstrado fazem com que o equipamento se torne uma opção interessante para destinação dos resíduos dos principais commodities do Estado.
“De cinco a oito árvores podem ser poupadas com a utilização de uma tonelada do produto processado. Essa mesma tonelada pode ainda gerar e 01 mw/h, o que é bastante significativo quando tratamos de redução de custos e buscamos trabalhar mais com foco na produção de energia e preservação do meio ambiente”, comentou José Carlos.
A empresa responsável pela máquina tem sede em Araucária (SP) e o contato pode ser feito pelos e-mails sotto@ecoproducts.ws e aamsouza@hotmail.com, além dos telefones (41) 3641-7200, (42) 9905-7346 ou (42) 8423-2517.
Informações: http://www.campograndenews.com.br/
FONTE: http://www.profresiduo.com/news/1414/7/campo-grande-maquina-transforma-toneladas-de-residuos-em-fertilizantes-e-biomassa?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter

Alerj aprova “venda do futuro” por R$ 1 bilhão

Foto: Divulgação
A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou em discussão única, em sessão extraordinária realizada nesta quinta-feira, o primeiro projeto do pacote de propostas encaminhado pelo Governo do Estado ao Legislativo para combater a crise financeira. O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), informou nessa terça-feira (3) que o Estado pode receber R$ 3,5 bilhões do Tesouro Nacional, provenientes de uma operação de venda de royalties futuros de petróleo. O Governo do Rio foi autorizado, inicialmente, a realizar operações de crédito no valor de R$ 1 bilhão, em concordância com a Resolução nº 43/2001 do Senado Federal. Segundo Pezão, o dinheiro será utilizado para cobrir rombo do Rioprevidência. Vale lembrar que em dezembro de 2015, o governador chegou a desistir da “venda do futuro”.

O projeto de lei 1.369/16 autoriza o Executivo a contratar empréstimo de até R$ 1 bilhão, como antecipação de royalties e participações especiais na exploração de petróleo. O valor, segundo o texto, se destina ao caixa do Rioprevidência.
Ainda de acordo com o governador, a presidente Dilma Rousseff (PT) já autorizou a operação. “Ontem (terça-feira), nós fechamos a operação com a Dilma. É uma antecipação de royalties mostrando a perda do Estado do Rio. Estamos trabalhando com o Tesouro Nacional e o Banco do Brasil para cobrirmos R$ 3,5 bilhões de déficit do Rioprevidência este ano. A primeira parcela de R$ 1 bilhão já foi autorizada. Os outros R$ 2,5 bilhões eu tenho que ir e negociar de novo em Brasília. Durante o ano de 2016, preciso trabalhar permanentemente e ir lá para conseguir autorização dos outros R$ 2,5 bi. Não estão automaticamente liberados”, detalhou Pezão, após se reunir com a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).
O governador disse também que acredita que a Alerj seja maleável para aprovar o projeto, que deve ser votado ainda nesta semana. Atualmente, o Estado possui uma dívida que chega a R$ 100,3 bilhões. Pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), o governo só poderia contrair empréstimos que chegassem a R$ 2,7 bilhões para não estourar o limite prudencial, que é de R$ 103 bilhões, sob pena de ter as contas reprovadas pelo Tribunal de Contas.
Na conversa com empresários, Pezão também procurou esclarecer o pacote de medidas para redução de gastos e aumento de impostos. Na última terça-feira, ele apresentou à Alerj o projeto de Lei de Responsabilidade Fiscal do Estado. Criticado pela oposição, o texto prevê medidas para economizar R$ 13,5 bilhões, incluindo aumento da contribuição do Estado e de servidores para o Rioprevidência, além da contribuição dos demais poderes.
Servidores fazem protesto contra medidas
Nessa terça-feira (3), em frente à Alerj, servidores públicos estaduais fizeram uma manifestação contra as medidas apresentadas pelo governador Pezão. Com gritos de “fora Pezão” e “amanhã vai ser maior”, os servidores disseram “não” às medidas. Além da escadaria da Alerj, o protesto tomou duas faixas da avenida 1º de Março, das 15h às 17h30, quando todas as pistas foram fechadas pelos manifestantes, que saíram em passeata, fechando vias como a rua da Assembleia e as avenidas Rio Branco, Nilo Peçanha e Graça Aranha.
Um grupo de Campos também esteve presente no protesto. Até o fechamento da edição, a Polícia Militar não havia divulgado o número de participantes no protesto, porém, segundo o Movimento Unificado dos Servidores Públicos Estaduais (Muspe), que convocou a manifestação, três mil pessoas foram à Alerj. (A.N.)
NOTA: COM  A PALAVRA A BANCADA DE VEREADORES DO PEZAO,(RAFAEL DINIZ, NILDO CARDOSO,FRED MACHADO MARCÃO DO PT), AQUI EM CAMPOS E QUE TANTO CRITICOU O EMPRÉSTIMO DE CAMPOS.


04/02/2016 
Sistema para solicitação de outorgas recebe sugestões dos usuários de água 'DE RIOS FEDERAL "
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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Agricultores deram destino certo a 7% a mais de embalagens de agrotóxicos em 2015

InpEV afirma que meta para o ano passado foi superada, com Mato Grosso liderando em unidades e Tocantins com o maior crescimento

agricultura_soja_defensivos (Foto: Teresa Raquel Bastos/ Editora Globo) 

O número de embalagens vazias de agrotóxicos devolvidas corretamente aumentou 7% em 2015. É o que informa, nesta segunda-feira (1/2), o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV), com base em dados do Programa Campo Limpo, que incentiva a logística reversa no setor.

inpev-embalagens-vazias-ranking (Foto: InpEV) 

Ao todo, foram 45,536 mil toneladas de embalagens devolvidas de forma considerada ambientalmente correta (confira tabela ao lado). De acordo com o inpEV – entidade criada pela indústria de agroquímicos para a gestão das embalagens vazias – foi superada a meta para o ano passado, que era de 45,5 mil unidades. Desde o início do sistema, em 2002, as devoluções somam 360 mil toneladas do material.
“Tocantins, Pará e Mato Grosso do Sul obtiveram maior crescimento percentual na quantidade destinada. As maiores quantidades de embalagens saíram do Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás e Mato Grosso do Sul - juntos, eles correspondem a 65% do total destinado no país”, diz o inpEV, em nota .
Fonte: REVISTA GLOBO RURAL. 

 

 

Há três anos, governo estadual prometeu seis UPPs em Campos

Avó e neta baleadas, taxista esfaqueado, homem agredido e jogado em túmulo no Caju. Essas são apenas algumas notícias dos últimos dias em Campos, cidade que figura em um ranking com as 50 mais violentas do mundo (aqui).
Mas será que alguém está fazendo alguma coisa para mudar este quadro? Ao que tudo indica, o governo estadual não parece se preocupar muito com a região. Em fevereiro de 2013 o então governador Sergio Cabral (PMDB) sancionou emendas de deputados com indicações de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) em Campos (aqui). Porém, três anos depois, fica nítido que as promessas não saíram do papel.
Também foram prometidas UPPs em São João da Barra e Quissamã.
NOTA:NOTICIA RARA !FOLHA DA MANHA COBRA QUALQUER COISA DO CABRAL E DO PEZAO !

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016


Fotos de Luis Filipe Melo
Fotos de Luis Filipe Melo


De forma ordeira e pacífica cerca de 2 mil servidores estaduais estão protestando na porta da ALERJ contra o governador Pezão. E prometem pressão total sobre os deputados para derrubarem o projeto do governador. A oposição na ALERJ é pequena, mas vai lutar contra a aprovação do pacote de medidas de Pezão, principalmente na questão do Bilhete Único e no aumento do desconto dos servidores para a Previdência, de 11% para 14%. Mas a oposição pode ter o apoio de vários aliados de Pezão, inclusive do presidente da ALERJ, Jorge Picciani. O "coronel" Picciani declarou que o projeto de medidas de Pezão "é mal acabado" e bateu na mesma tecla que eu aqui no blog, segundo o presidente da ALERJ, "a equipe (de Pezão) é fraca".

Engraçado que postagem do Globo online, às 16h35m, diz que "dezenas" de servidores participam do protesto. Para dar uma força a Pezão, o jornalismo do Globo tenta esvaziar o protesto do funcionalismo. 
FONTE BLOG DO GAROTINHO

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Reprodução da capa do jornal O Dia
Reprodução da capa do jornal O Dia


Durante a campanha ao governo do Estado alertei para as irresponsabilidades cometidas por Sérgio Cabral e Pezão nas contas públicas do nosso estado. Relatei a farra das isenções fiscais, incluindo até termas, os gastos exorbitantes em propaganda, incluindo o patrocínio para os cavalos da bilionária grega Athina Onassis, as farras de contratações de organizações sociais com superfaturamento, e sobretudo os contratos hiperfaturados como o dos aluguel das viaturas da Polícia Militar. Sem contar a bondade com os empresários de ônibus no desconto de 50% no IPVA, cuja decisão foi anulada pela Justiça do Rio recentemente. Agora a Justiça vem e confirma: a farra quebrou o estado ao ponto de não ter dinheiro para pagar os funcionários.

Para se ter uma ideia da quebradeira, o Estado do Rio de Janeiro registrou pelo segundo ano consecutivo o pior resultado primário entre todos os estados do Brasil. Entre o déficit e os juros nominais, o resultado é de R$ 18,3 bilhões de rombo. A dívida líquida do Estado do Rio de Janeiro, segundo a Secretaria do Tesouro Nacional, já atingiu a casa R$ 128,7 bilhões, isso em dezembro. Ou seja, voltando no tempo, Pezão cumpriu a profecia que Marcello Alencar fez para mim. Vou contar a história.

Após minha eleição para governador do Rio em 1998, durante a transição soube que Marcello Alencar não iria fazer a transmissão do cargo para mim com medo de hostilidades. Àquela época o calendário do pagamento do Estado terminava no dia 27 do mês seguinte e o Rio de Janeiro era o único estado brasileiro que não havia renegociado a dívida com a União, tão grande era o tamanho. Marcello Alencar havia vendido todo o patrimônio do estado para ir rolando a dívida, e assim foram entregues de mão beijada, o Banerj ao Itaú, a CERJ à Ampla, os trens à Supervia, o metrô ao grupo Opportunity, as barcas a um grupo português, a CEG (Companhia Estadual de Gás) aos espanhóis, e até o prédio de estacionamento do Terminal Menezes Cortes entrou na liquidação. O patrimônio público foi torrado para ir pagando a dívida. A única empresa que não foi vendida foi a CEDAE porque na época do leilão eu já havia vencido a eleição e consegui que a ALERJ revogasse a autorização para a venda.

Voltando à história fui fazer uma visita ao então governador Marcello Alencar e convidá-lo oficialmente para a transmissão do cargo, ele acabou comparecendo numa solenidade reservada. Durante nossa conversa me lembro da "profecia" de Marcello Alencar, na época eu tinha apenas 38 anos: "Meu filho estou com pena de você. O Estado está quebrado, a situação é dificílima, e você não pode nem vender a CEDAE que foi o que sobrou para fazer caixa. Com tudo que você prometeu em abril você não terá como pagar os servidores, você vai ter que sair correndo pela porta dos fundos do Palácio Guanabara". Bem, quem acompanhava a política nessa época lembra dos fatos. Renegociei a dívida com a União, organizei um calendário para os funcionários públicos, o 13º salário passou a ser pago dentro do ano, porque nem isso acontecia, e fizemos tantas obras importantes que deixei o governo com 88% de aprovação e Rosinha foi eleita no 1º turno em reconhecimento pelo trabalho que fizemos.

Marcello Alencar pode ter errado no tempo e no personagem, mas sua profecia não está muito longe de se realizar com governador atual.


E atenção: Não se espantem se no dia do pagamento dos servidores relativo ao mês de janeiro, que será feito após o carnaval, Pezão decidir só pagar metade. São os números que mostram, acompanho diariamente as receitas do Estado. A situação é crítica, e as atitudes para cortar despesas e eliminar contratos e incentivos desnecessários é lenta ou inexiste. O pé do governador é grande, mas anda muito devagar. 

FONTE BLOG DO GAROTINHO

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Conselho de Meio Ambiente da Fiesp discute segurança de barragens de resíduos


“É vergonhoso, tanto do ponto de vista preventivo, quanto de contingência”, afirma promotor sobre desastre ambiental em Mariana
Amanda Viana, Agência Indusnet Fiesp
Considerado a maior tragédia ambiental do Brasil, o rompimento das barragens de resíduos da extração de minério de ferro em Mariana (MG), em novembro de 2015, foi tema da reunião do Conselho Superior de Meio Ambiente (Cosema) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), nesta terça-feira (26/01). O desastre deixou 17 mortos e dois desaparecidos, e formou um mar de lama tóxica que atingiu o rio Doce e alcançou o litoral de Espírito Santo, deixando um prejuízo incalculável para a população local.
“O objetivo dessa reunião não só é identificar e analisar com profundidade o que aconteceu, mas também acumular experiências para evitar futuros erros, garantindo assim que as barragens de resíduos do Brasil possam ter o cuidado suficiente e necessário para evitar que novos desastres venham a acontecer”, disse Walter Lazzarini, presidente do Cosema.
>> Ouça boletim sobre a reunião do Cosema que discutiu a tragédia de Mariana

Carlos Eduardo Ferreira Pinto, promotor público e coordenador do Núcleo de Resolução de Conflitos Ambientais do Ministério Público de Minas Gerais, falou sobre a atuação do MP no caso de Mariana e a interface com órgãos públicos e empresas privadas. De acordo com ele, o desastre escancarou o colapso do sistema ambiental brasileiro e expôs as injustiças socioambientais acumuladas pela omissão e descuido no manejo de políticas públicas ligadas à autorização, controle, monitoramento e contingenciamento dos danos.
“Com muita segurança, eu digo que foi um absurdo o que aconteceu. É vergonhoso para o nosso país, tanto do ponto de vista preventivo, do desastre propriamente, quanto de contingenciamento dos impactos”, afirmou o promotor. Ferreira Pinto explicou ainda que houve um total descaso por parte dos poderes públicos, despreparo, grande tumulto e até o momento não existe um diagnóstico dos atingidos. Para ele, esse cenário parece refletir o atual momento do Brasil: o meio ambiente não poderia se destacar positivamente. “Há uma grande confusão na gestão ambiental por parte dos poderes públicos, e isso acaba afetando diretamente o setor produtivo”, disse.
O promotor evidenciou ainda a importância do diálogo a essa cadeia de decisões e discussão do tema, além da necessidade de empoderar a área de meio ambiente das empresas. “É preciso melhorar o empoderamento técnico e jurídico”, defendeu.  Segundo ele, já são mais de 600 ações contra a Samarco, mineradora responsável pela barragem de Fundão, que se rompeu. “De uma maneira prematura e intempestiva, e somente para uma tomada de decisão, a União e os Estados entraram com uma ação pedindo os 20 bilhões de reais, e com ideias simplistas. Sendo que sequer sabemos o número de atingidos. Acho que houve uma ausência de resposta imediata da Samarco, e não houve controle por parte do Estado ao aprovar o empreendimento da mineradora”, completou.
Paulo Cesar Abrão, geólogo e diretor da Geo Consultoria, falou sobre as barragens de rejeitos de mineração e a importância do assunto para o empreendedor e para a sociedade. Segundo ele, as barragens estão cada vez maiores, o potencial de dano é elevado, há aumento da dificuldade de licenciamento ambiental, há conflito de uso da água e do solo, e a legislação ambiental está cada vez mais restritiva. Esses aspectos, de acordo com ele, resultam em aumento dos custos, requerem mais cuidados e impactos nos cronogramas dos empreendimentos.
Para Abrão, os prejuízos vão muito além dos danos ambientais e materiais, afetando também as empresas economicamente, já que pode haver o fechamento do empreendimento ou a perda de valor das empresas. “No caso da tragédia em Minas Gerais, a Samarco sofreu grande impacto no valor de suas ações”, exemplificou.
Reunião do Conselho de Meio Ambiente da Fiesp (Cosema), que teve como tema a segurança de barragens de resíduos. Foto: Helcio Nagamine/Fiesp

Exposição sobre Projeto Tamar no Museu Histórico atrai público

O Museu Histórico de Campos, instalado na Praça do Santíssimo Salvador, no Centro, está com a exposição sobre o Projeto Tamar, com entrada gratuita, até o dia 27 de fevereiro. A exposição pode ser apreciada de terça à sexta-feira, das 10h às 17h e, nesta temporada de verão, aos sábados das 9h às 14h. 

A exposição conta com as várias espécies da região do Farol de São Tomé. Os ninhos são feitos pelos biólogos com orientações e as tartarugas expostas são de acrílico, algumas delas com ossos de verdade, além de cascos também naturais. São amostras de filhotes da espécie caretta-caretta conservados, entre outras.

- A idéia do Projeto Tamar no Museu de Campos foi uma iniciativa dos biólogos, que sabem que aqui temos espaço para exposição temporária. A gente achou que seria muito pertinente colocar no calendário do Museu nesta temporada de verão, como forma de conscientizar os visitantes de como preservar o meio ambiente e a tartaruga marinha – disse a diretora do Museu, Graziela Escocard.

Laís de Araújo Lesqueves, 28 anos, que daqui a quatro meses se tornará bióloga, gostou da exposição. “Sou apaixonada por animais e tenho um interesse pelas tartarugas. Trouxe meus filhos, minha mãe e meu irmão para conhecerem o Museu e, além disso, visitar essa área apaixonante que é o mundo das tartarugas – afirmou.

Os filhos de Laís, Maria Eduarda, 7 anos, e Samuel, 5 anos, ficaram empolgados. “Eu já vi uma tartaruga, achei linda. Quando eu crescer, quero ter uma tartaruga – conta Maria Eduarda.

Segundo Graziela, a procura tem sido grande. “Todos os visitantes relatam que não sabiam que tínhamos informações aqui sobre as tartarugas marinhas e, ainda, qual a melhor forma de preservá-las. Uma sacola plástica na beira do mar, por exemplo, pode prejudicar a tartaruga sair do mar para colocar os ovos na areia”, finaliza.

Cleveraldo Felipe Fiuza, 40 anos, levou até a filha para conhecer a exposição. “Já tive várias experiências com tartarugas, acho as espécies lindas, vim conhecer a exposição e ter noção da história de perto. Trouxe minha filha de 7 anos e ela ficou encantada”, acrescenta. 

Cuidados – Na areia, se a tartaruga estiver se mexendo, solte-a. Se ela estiver mole ou aparentemente morta, você pode salvá-la colocando-a na sombra com a cabeça mais baixa que o resto do corpo e, se possível, coloque um pano úmido sobre o casco. No entanto, a tartaruga pode demorar muitas horas para se recuperar. Quando ela estiver se mexendo, libere-a ao mar. 


Por: Aline Mendes (Estagiária) - Foto: César Ferreira

A corrida para resolver o problema do lixo começou

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Renata Vieira - EXAME.com - 29/01/2016
Leandro Fonseca/Exame
Posto de Coleta no Pão de Açúcar: mudanças para incentivar os consumidores a reciclar
Nos últimos 15 anos, cerca de 95 mil toneladas de embalagens descartadas foram entregues por consumidores em 141 lojas do Pão de Açúcar, maior varejista do país. Criado em parceria com a fabricante de bens de consumo Unilever, o programa envia o material para cooperativas de catadores e, assim, ajuda a diminuir a pressão sobre os aterros sanitários e os quase 2.500 lixões existentes no Brasil.

Desde dezembro, a rede começou a testar mudanças para elevar a média recente, de cerca de 10 mil toneladas por ano. Num projeto piloto, sete pontos passaram por reformas e se tornaram mais visíveis e organizados. Ao entregar os resíduos que separou em casa, o consumidor começa a ser informado sobre as condições em que as embalagens devem ser entregues.

Potes com restos de alimento, por exemplo, não são aproveitados. “Sem informar o cliente, não vamos avançar”, diz Laura Pires, gerente de sustentabilidade do Grupo Pão de Açúcar. A movimentação retrata o início da corrida para atingir metas previstas pelo recém-firmado acordo setorial das embalagens.

Assinado em novembro, após três anos de negociações, faz parte dos esforços de implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, em vigor desde 2010.

Vinte e duas associações empresariais - entre fabricantes de bens de consumo e fabricantes diretos de embalagens - firmaram com o governo federal o compromisso de ajudar a reduzir 22% do volume desses resíduos que chegam aos aterros até 2018, na comparação com 2012.

Estima-se que, para isso, as empresas envolvidas no acordo deverão coletar conjuntamente 3 815 toneladas por dia nos próximos dois anos. Sobram obstáculos no caminho - desde a baixa capilaridade dos postos de coleta no varejo até a pouca informação que o consumidor final tem a respeito do assunto país afora.

A única boa notícia é que o processo de coleta e triagem por catadores de material reciclável está amplamente estabelecido nos principais centros de consumo. “O acordo é o ponto de partida para formalizar uma cadeia enorme já existente”, afirma Victor Bicca, diretor de relações públicas da Coca-Cola e presidente do Compromisso Empresarial para a Reciclagem (Cempre), uma das entidades que coordenaram a assinatura do documento.

Também nesse quesito, porém, sobram problemas a resolver. Estima-se que hoje existam 600 mil catadores no país. Muitos vivem e trabalham em condições precárias. Apenas 10% deles estão vinculados a uma cooperativa e, ainda assim, isso não significa muita coisa.

A maioria não está legalizada nas prefeituras e sofre com falta de infraestrutura e gestão: não oferece treinamento aos cooperados e tem dificuldade para contabilizar as vendas. Segundo o acordo, caberá às empresas signatárias ajudar a dar corpo a essas cooperativas - uma tarefa que exige muito mais do que dinheiro.

“Montamos um programa para ajudá-las a superar problemas básicos de organização e de segurança no trabalho”, afirma Simone Veltri, gerente de relações socioambientais da fabricante de bebidas Ambev, que mantém um programa de coleta de embalagens desde 2012 e se relaciona hoje com cerca de 60 cooperativas em todo o país.

Hoje uma equipe da empresa faz um diagnóstico técnico de cada uma e estabelece um plano de ação e metas anuais de melhoria. As dificuldades surpreen­deram os executivos da fabricante de cosméticos Natura, que há menos de um ano se aproximaram de cinco cooperativas em São Paulo.

Para coordenar o projeto piloto, a empresa escalou o executivo Sérgio Talocchi, que por sete anos foi responsável pela gestão do relacionamento com cooperativas rurais fornecedoras de insumos para cosméticos. “A rotatividade e os problemas de liderança são muito maiores no universo urbano do lixo do que no rural”, diz Talocchi.

Tão árduo quanto o trabalho com os catadores será mudar hábitos do consumidor. Em primeiro lugar, é necessário ter mais pontos de coleta. Nesse sentido, o acordo prevê que as empresas de embalagens deverão custear e operar pontos de entrega voluntária, os chamados PEVs - que deverão ser instalados preferencialmente em supermercados ou em outros pontos de fácil acesso ao público.

A obrigação do varejo é de apenas oferecer espaço nas lojas. Estima-se que 215 pontos como esses existam hoje no Brasil, boa parte em grandes redes de varejo. O objetivo é triplicá-los até 2018 - em Portugal, país muito menor do que o Brasil, esse número é quase 200 vezes maior. Boa parte dessa expansão deverá ser feita em varejistas menores, o que torna a tarefa mais complexa para a indústria.

No que se refere aos incentivos para que os consumidores saiam de casa com seu lixo reciclável nas mãos, alguns testes começam a ser feitos. A cervejaria Heineken, por exemplo, lançou nas lojas do Pão de Açúcar uma promoção em que oferecerá desconto de 30% a consumidores que retornarem 12 garrafas de vidro ou latas de qualquer marca aos PEVs da rede.

A duração será de 30 dias, com término previsto para 12 de fevereiro, e só será válida às terças-feiras. A empresa participa, desde 2014, de um programa de coleta de embalagens de vidro em bares, mas quer entender agora o que pode motivar o consumidor final. “Queremos verificar a eficácia de um incentivo como esse”, afirma Renata Zveibel, diretora de comunicação externa e sustentabilidade da Heineken.

Nesse sentido, o acordo prevê que a indústria fará campanhas massivas de comunicação, sem detalhes sobre prazos e valores envolvidos. “É preciso informar exaustivamente”, diz o português Ricardo Neto, da ERP Recycling Portugal, entidade de gestão de resíduos da União Europeia.

Em Portugal, uma política de gestão de resíduos vigora desde a década de 90 e, ainda hoje, o setor privado investe 2,5 milhões de euros por ano em propaganda sobre o descarte correto do lixo. Em 2018, verificar o sucesso dos esforços dependerá de relatórios produzidos pelas próprias empresas e de dados públicos sobre aterros e lixões.

Existe aí um problema básico: apenas 30% dos municípios brasileiros têm informações confiáveis sobre a natureza e o volume de seus resíduos, o que tornará a checagem dos dados mais difícil. Especialistas afirmam que essas falhas não devem ser motivo para que as empresas não se mexam.

“Esses dois anos serão destinados à experimentação e não caberá penalidade ainda”, afirma Fabricio Soler, advogado do escritório Felsberg e Associados, de São Paulo. Passado esse período, no entanto, multas poderão ser aplicadas.

Para as empresas, é importante mostrar que algo foi feito - até para evitar que o governo decida, a partir de 2018, tomar medidas mais draconianas. Se a indústria ficar para trás na corrida pelo lixo, também poderá acabar com um prejuízo nas mãos.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016


Charge de Leandro Spett: abaixo manchete da capa do Globo
Charge de Leandro Spett: abaixo manchete da capa do Globo


No próximo dia 17 de fevereiro, data marcada para o depoimento, Lula e Dona Marisa têm a oportunidade de esclarecer a situação do triplex do Guarujá e do sítio de Atibaia, frequentados pela família, e que passaram por reformas milionárias bancadas por empreiteiras da Lava Jato, embora o ex-presidente negue lhe pertencerem. Bem, Lula pode exercer o direito de permanecer calado. Sim, o Código de Processo Penal lhe garante esse direito. Mas vai ficar muito esquisito se Lula abrir mão do direito de se defender e ficar mudo, afinal quem não deve, não tem nada a esconder. É bom destacar que a cada dia surgem novas evidências sobre a ligação da família Lula da Silva com as duas propriedades. 
FONTE BLOG DO GAROTINHO