segunda-feira, 25 de janeiro de 2016




É grave a situação econômica que atinge o Brasil, seus estados e municípios. E as repercussões sociais serão ainda maiores. Não precisa ser formado ou doutorado em economia, basta apenas olhar os jornais de hoje e algumas de suas principais matérias.

Comecemos pelo jornal O Estado de S. Paulo:

“44% dos programas federais ficaram sem verba em 2015”. De 2.229 programas e obras, 980 não tiveram nenhum pagamento durante o ano de 2015,

“Alta do desemprego impulsiona ‘bicos’ pelo país”. Serviço extra segura a renda em meio à crise econômica para pagar as despesas do dia-a-dia.

O jornal Folha de S. Paulo traz os seguintes destaques: “Petróleo ameaça mais o Brasil que a China, diz chefe do Bradesco”
Em entrevista, Luiz Carlos Trabucco afirma que o Brasil precisa encontrar medidas para o ajuste fiscal.

Também na Folha: “Para fazer caixa, Petrobras estuda abrir mão de controle da empresa”. Para os próximos dias é possível que um litro de gasolina custe mais que uma ação daquela que já foi a maior estatal brasileira.

A manchete de capa do jornal O Dia avisa: “Com crise, servidor terá que pagar mais para se aposentar”. E na sua versão online, o jornal avisa que o rombo criado por Cabral e Pezão no RioPrevidência é estimado este ano em R$ 12 bilhões.

O site G1 informa que a crise da construção civil fez vários engenheiros virarem taxistas ou balconistas de lojas, e avisa que o desemprego vai aumentar.

A revista Veja traz ampla reportagem dizendo que “Bandidos retomam o controle territorial de áreas que haviam perdido para a lei e a ordem”, e traz a relação de locais onde já não entram mais ambulância, caminhão de lixo, caminhão de gás, carteiro, e onde os criminosos cobram pedágio por caminhão de cerveja, operação de Tv por assinatura, entre outros serviços. Em outras palavras, a UPP foi para o brejo com Beltrame e tudo.

Há dezenas de outras notícias que mostram o descontrole das contas do governo federal e dos governos estaduais, e consequentemente o aprofundamento da crise social no país. Como sempre os chamados a pagar a conta serão os mais pobres e a classe média. Os ricos, os banqueiros, os magnatas vão dar um jeitinho, ou então vão passar uma temporada nos Estados Unidos ou na Europa. Prefeituras que não estiverem sob o comando de pessoas experientes nos próximos anos sofrerão, aliás, a maioria já está com o salário atrasado. A crise vai ter longa duração e precisará de paciência e experiência para ser vencida. O perigo neste momento são os discursos demagógicos de pessoas que inventam soluções, que na prática são impossíveis de serem realizadas. O momento é um prato cheio para quem está fora do governo, apresentar defeitos sem mostrar saídas. 

domingo, 24 de janeiro de 2016

Para denunciar maus tratos e abandono de cidadãos da terceira idade, disque 100
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Descobertos na Argentina ossos de um dos maiores dinossauros do mundo

Um grupo de paleontólogos anunciou ter descoberto na Argentina os ossos fósseis do dinossauro “Notocolossus, um dos maiores animais terrestres conhecidos”, disseram nessa quinta-feira (21) fontes da investigação científica.
O grupo de investigadores, liderado pelo especialista argentino Bernardo González Riga, descobriu “uma nova espécie que se encontra entre os maiores dinossauros conhecidos pela ciência”, afirmou a equipe.
Os fósseis, encontrados na província argentina de Mendoza, têm cerca de 86 milhões de anos.
A nova espécie “proporciona aos cientistas uma informação-chave sobre a anatomia da extremidade traseira dos tiranossauros gigantes”, considerados geralmente como os maiores animais terrestres que existiram.
Segundo comunicado divulgado por González Riga, a “evidência sugere que foi um dos animais mais pesados já descoberto na Terra”.
“Apesar do caráter incompleto do esqueleto impedir a realização de estimativas precisas do seu tamanho, o úmero (osso do braço) tem 1,76 metrosde comprimento, sendo maior do que o e qualquer outro tiranossauro conhecido.”
O paleontólogo acrescentou que o animal teria entre 25 e 28 metros de altura e pesaria entre 40 e 60 toneladas.


Fonte: Agência Brasil 



Como todos os municípios brasileiros, as cidades produtoras de petróleo, entre elas as do Estado do Rio vivem uma crise mais acentuada. Só para que o leitor tenha noção, o barril de petróleo que há um ano custava US$ 115, no dia de hoje custa pouco mais de US$ 27. A situação em algumas cidades é dramática. Cabo Frio, por exemplo, além de salários atrasados não consegue retirar o lixo das praias, isso para uma cidade turística é mortal. Outros municípios estão parcelando salários e negociando o 13º em prestações. Infelizmente não há a curto prazo nenhuma solução à vista. As commodities minerais como petróleo, ferro, níquel, entre outras, vão amargar um longo período de preços baixos. Os municípios precisam refazer suas contas, enxugar suas folhas e seu custeio para poder sobreviver.

No caso dos municípios produtores de petróleo do Rio vive-se simultaneamente três crises. A queda dos repasses federais, a falência do governo estadual e a crise do petróleo. É necessário um olhar especial para essa região por parte do governo federal pois a tendência é de agravamento da situação. Em algumas cidades pode levar a crises institucionais. Em Macaé, por exemplo, na esteira da crise da Petrobras, o setor petroleiro já demitiu 18 mil trabalhadores, e o anúncio de novos cortes nos investimentos anunciado pela estatal vai piorar a situação. Algumas cidades no entorno de Macaé estão na penúria, especialmente Rio das Ostras, cuja população economicamente ativa vive em função da indústria do petróleo, e já tem desemprego na casa de 19%, mais que o dobro da média nacional.

Algo precisa ser feito. Não dá para fechar os olhos como se nada estivesse acontecendo. E o pior é que as soluções não estão ao alcance dos administradores locais, que não podem interferir no preço do barril de petróleo, nem na política econômica do governo federal, nem na desastrada gestão estadual. 

FONTE BLOG DO GAROTINHO

sábado, 23 de janeiro de 2016

Floresta recriada tem hoje mais de 100 espécies de árvores nativas

Outras 30 espécies surgiram pela força da regeneração da natureza.
Na floresta também apareceram animais como capivara, jacu e onça parda.

José Hamilton RibeiroMogi-Guaçu, SP
A Conferência Mundial do Clima, realizada na França, tem discutido muito o problema do desmatamento. O Brasil está no foco desse assunto. Há pouco mais de dez anos, o Globo Rural acompanhou o replantio de uma floresta inteira, feito pela mão do homem. Agora, a equipe de reportagem voltou a Mogi Guaçu, São Paulo, para verificar os resultados desse trabalho.
O Parque São Marcelo fica no município de Mogi-Guaçu, na região de Campinas, a 170 km de São Paulo. Há dez anos, a questão era plantar uma floresta. No lugar havia a plantação de mudas de espécies arbóreas. Em outra área degradada, pertencente à uma empresa de papel e celulose, tinham sido plantadas mudas para surgir uma nova mata.
“A minha experiência de áreas que eu já vi anteriormente é de 10 a 15 anos para você ter uma mata bem formada a partir de um plantio semelhante a este”, disse o agrônomo do agrônomo diretor do Instituto de Botânica de São Paulo, Luiz Mauro Barbosa, em entrevista concedida em 2004.
A palavra do agrônomo foi pega como um desafio. Depois de pouco mais de 10 anos, o Globo Rural foi conferir. “Hoje você está numa sombra de uma mata. Há dez anos, nós estávamos ao lado das mudas”, diz Barbosa.
Muitos projetos de fazer uma mata virgem fracassaram por não levar em conta duas situações: plantio de mudas no mínimo de 80 espécies diferentes, para garantir a diversidade; e dentre as mudas têm de haver as espécies primárias e as secundárias. Primárias são plantas de ciclo curto, mas de rápido crescimento. Elas vão proteger com sombra as espécies secundárias ou definitivas. As secundárias crescem lentamente, mas seu ciclo de vida é longo, contando-se às vezes por séculos.
Na mata virgem, as árvores secundárias estão quase sempre isoladas. Elas não formam colônias. Essa é uma forma de defesa. No caso de uma doença, morre um pé aqui, outro ali, sem afetar a diversidade. Nas matas plantadas, procura-se imitar a natureza. No caso da Reserva Particular do Patrimônio Natural – RPPN, foram plantadas 101 espécies diferentes de árvores, entre primárias e secundárias. Do alto é possível observar como a reserva já está bem formada.
Outro aspecto importante para a formação de uma mata é a serrapilheira, uma camada de folhas, brotos e pedaços de galhos que se deposita no solo e vai formando uma cama de matéria orgânica. Quanto maior essa camada, mais nutrientes há no solo.
A bióloga Regina Tomoko, que trabalha com o chamado sub-bosque, examinou se na floresta plantada em Mogi-Guaçu já existe presença do sub-bosque, ou seja, plantas de pequeno porte que não foram plantadas e surgiram por si. São arbustos, trepadeiras, bromélias, cipós, parasitas que aparecem em qualquer trecho de uma mata consolidada
“No espaço de alguns metros quadrados a gente já pode identificar alguns indivíduos principalmente que fazem parte do sub-bosque desse reflorestamento. Eu já posso citar uma espécie de subarbusto, que é o piper, o piper arduncum, uma espécie da mesma família da pimenta. A gente tem outro arbustinho aqui que é da família do café, que é a psicótrea, que vulgarmente também é chamado de cafezinho, que faz parte do sub-bosque da floresta”, diz a bióloga.
Quando a noite chega, é hora de uma caçada. Será que essa mata feita à mão está atraindo a fauna? As redes foram armadas no entardecer e os morcegos que enxergam pouco foram caindo. O professor Ariovaldo Pereira, que faz a pesquisa, tem a luva e o jeito de pegar morcego sem perigo. “É um morcego frugívoro, conhecido como morcego do figo. É um morcego relativamente comum, inclusive em ambientes urbanos, e é o morcego mais comum da área em que a gente se encontra aqui”, diz.
Trata-se de um morcego que se alimenta de frutas. A espécie é fica distante do vampiro, que chupa sangue e transmite raiva. Foram pegos também alguns morcegos insetívoros, também inofensivos.
Segundo o mateiro João Machado, nascido e criado pela região, foram plantadas em torno de 300 mil mudas em toda área e foram encontrados vários tipos de animais dentro da RPPN, como veado, capivara, gambá, jacu e mutum. “A gente já tem relato de pessoas que passaram na pista e avisaram que tinham visto uma onça parda. Então tem vários tipos de animais, tem os répteis, as serpentes”, conta.
O lago também ganhou mais água depois que a floresta encorpou. O agrônomo diretor do Instituto de Botânica de São Paulo Luiz Mauro Barbosa relembra que a árvore é mortal: completa seu ciclo, fenece e surge outra em seu lugar. Já a floresta é perene, a menos que haja contra ela uma violência.
Quanto à mata plantada, a cada ano estará cada vez mais vigorosa, com árvores mais altas, troncos mais grossos e com mais galhos, ramos, folhas e frutos. Mas isto não significa que seja necessário esperar cem anos para vê-la em seu esplendor. Na verdade, precisa de menos. Com vontade e meios, o ser humano pode plantar o que muitas pessoas chamam de mata virgem e, com alguns anos à frente, descansar na sua sombra ou ficar ali ouvindo o canto dos passarinhos. Pode curtir a sensação de que contribuiu com a natureza para sempre.
Segundo um levantamento do Instituto de Botânica de São Paulo, além das 101 espécies de árvores plantadas na área, foram catalogadas outras 30 que surgiram pela força da regeneração da natureza.
21/01/2016 18:53
Reprodução da Folha da Manhã, de Campos
Reprodução da Folha da Manhã, de Campos


O jornal que é porta-voz de um grupo político que tem interesses patrimonialistas lança hoje mais uma de suas mentiras contra o governo da prefeita Rosinha Garotinho. Conforme a manchete acima mostra que Rosinha tentaria sacar R$ 500 milhões do fundo de previdência dos funcionários públicos para cobrir o déficit da prefeitura. É mais uma mentira embora Cabral e Pezão tenham feito isso com o Rio Previdência em valores muito superiores. A diferença é que no Estado eram títulos que podiam ser vendidos, na prefeitura o fundo dos servidores municipais é todo capitalizado em dinheiro. Nos últimos tempos a Folha da Manhã se especializou no jornalismo com nítida conotação partidária. Assumiu uma posição dos reacionários da cidade contra o grupo político que mais realizou por Campos. Seu "terrorismo jornalístico" já nem impressiona mais, a não ser aos seguidores desses fanáticos patrimonialistas que querem voltar à prefeitura para saquear os cofres públicos como fizeram no passado. Os avanços do governo Rosinha são visíveis e indiscutíveis. Construiu mais casas populares que todos os seus antecessores somados nos últimos 20 anos acabando praticamente com todas as áreas de risco da cidade. Fez o maior investimento na saúde no ano passado segundo dados do próprio Ministério da Saúde, gastando 44% do orçamento nessa área tão importante para a população. As creches e escolas-modelo são uma referência nacional, reconhecido pelo Ministério da Educação. Foi a primeira cidade do país a implantar programa de vacinação contra meningite e HPV (câncer do colo de útero). A Cidade da Criança, primeiro parque temático do interior fluminense, em menos de 30 dias de funcionamento já recebeu 30 mil visitantes em plenas férias, quando a maioria da população está nas praias. O número de ruas asfaltadas, com saneamento básico nos Bairros Legais e nos condomínios do Morar Feliz ultrapassa a mil. Bem, teria muitas outras coisas para falar, mas enquanto Rosinha terminou o ano com os salários em dia e o 13º pago antes do Natal, um dos principais financiadores da Folha da Manhã, o governo Pezão encerrou do jeito que vocês sabem mandando os funcionários pegar um empréstimo consignado para receber o 13º salário.

Já vai longe o tempo da imprensa manipuladora, que a acha que pode com suas mentiras induzir pessoas esclarecidas ao erro. O povo não é bobo, que o diga a Rede Globo, que até fez autocrítica dos seus erros para tentar salvar a sua audiência. 
fonte  BLOG DO GAROTINHO

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Brasil também teve campos de concentração

Durante a 2ª Guerra, também tivemos nossos campos de concentração - onde japoneses, italianos e principalmente alemães ficaram confinados. Conheça as histórias dessas pessoas
POR Redação Super
Alexandre Duarte
Manhã de 2 de março de 1944. Na Estação Experimental de Produção Animal de Pindamonhangaba, uma fazenda no interior de São Paulo, ouviu-se um som que não era comum no local. Era o choro de uma criança nascendo. Mas não uma criança qualquer. O choro era de Carlos Johanes Braak, o único brasileiro nascido em um campo de concentração - e em seu próprio país. Durante a 2a Guerra Mundial, o Brasil manteve 31 campos de concentração, para onde mandava os cidadãos de países do Eixo - a coligação formada por Itália, Japão e Alemanha. Os pais de Carlos, que eram alemães, estavam entre as centenas de pessoas que viveram esse lado menos cordial da história brasileira. "Era uma fazenda. O estábulo virou um dormitório. Minha mãe ficava numa casa, separada. Foi onde passei os dois primeiros anos da minha vida", lembra Carlos.

O pai de Carlos se chamava August Braak. Sua mãe, Hildegard Lange. Eles partiram de Hamburgo, na Alemanha, em direção à Cidade do Cabo, na África do Sul. Estavam a bordo de um navio chamado Windhuk, no qual August trabalhava como comissário e tesoureiro. 

O Windhuk era uma embarcação turística, mas também coletava mercadorias. Quando a 2a Guerra começou, o navio já estava no continente africano - em Lobito, Angola, recebendo um carregamento de laranjas. O navio não tinha como voltar para a Alemanha em guerra, pois estava sendo perseguido por embarcações inglesas. O capitão decidiu fugir para o Brasil. E a embarcação acabou chegando ao Porto de Santos disfarçada de navio japonês, com o nome de Santos Maru, em 7 de dezembro de 1939.

Assim que o navio chegou aqui, ficou evidente que ele não era japonês coisa nenhuma. Mas os alemães foram bem recebidos. August e Hidelgard, bem como os outros 242 tripulantes, viviam em Santos e redondezas. Alguns moravam no próprio barco, outros, em pensões. Todos recebiam salários do governo alemão, e levavam uma boa vida. Em 19 de abril de 1940, os pais de Carlos se casaram numa festa a bordo do navio. 

Mas, em 1942, tudo mudou. O Brasil rompeu relações diplomáticas com os países do Eixo - cujos cidadãos passaram a ser considerados inimigos. "O governo brasileiro precisava fazer isso [criar os campos de concentração] para se alinhar com as estratégias dos Aliados e dos EUA", explica a pesquisadora Priscila Perazzo, autora do livro Prisioneiros da Guerra (Ed. Humanitas). Alguns estrangeiros foram mandados para presídios comuns - como os de Ilha Grande e Ilha das Flores (RJ). Mas a maioria foi para campos de concentração, organizados pelo Ministério da Justiça. 

Os pais de Carlos foram parar num desses campos - a fazenda em Pindamonhangaba, onde ficaram confinados 136 alemães do navio Windhuk. Eles foram presos porque seu navio tinha chegado ao Brasil durante a guerra, coisa que o governo interpretou como uma ameaça.

Os prisioneiros não podiam manter suas tradições. Nada de ler livros em alemão, por exemplo. Mas o clima era relativamente tranquilo. Alguns prisioneiros podiam visitar o centro da cidade aos sábados, aonde iam acompanhados pelos guardas. "Era comum os presos chegarem carregando os fuzis dos guardas, que sempre voltavam bêbados", diz Carlos.

Trabalhos forçados 

A outra parte da tripulação do navio foi parar no campo de Guaratinguetá - entre eles Horst Judes, também tripulante do Windhuk, que tinha 19 anos. Quando desembarcou em Santos, foi um dos que ficaram vivendo no navio, até ser preso em 1942. No campo de concentração de Guarantinguetá, o tratamento não era tão bom. "Éramos obrigados a trabalhar no campo", conta o alemão, hoje com 87 anos e dono de uma chácara no interior de São Paulo. A rotina no campo de Guarantinguetá era acordar cedo, pegar enxada e picareta e dar duro. Cada prisioneiro levava um número nas costas. "O meu era 17", conta Horst. O café da manhã tinha dois pãezinhos e uma caneca de café. No almoço e no jantar era só arroz com feijão. Às quintas e aos domingos, era dia de macarrão. Mas a comida nem sempre era suficiente, e os prisioneiros dependiam de padrinhos, geralmente alemães livres, que os ajudavam de diversas maneiras. Alemães livres? Sim. A maior parte dos imigrantes não foi presa. Iam para os campos aqueles que chegavam ao Brasil em plena guerra, ou eram suspeitos de espionagem. 

Foi graças a esse apadrinhamento que Horst conseguiu sobreviver depois de ser solto, em 1945. "Saímos do campo sem dinheiro nem emprego. Foram os padrinhos que nos ajudaram. O meu era de São Paulo. Trabalhei como mordomo e até como taxista", conta. Como a maioria desses estrangeiros, ele também constituiu uma família brasileira, e diz gostar do país que adotou de maneira forçada. 

Na época, o governo brasileiro fazia de tudo para mostrar que os prisioneiros de guerra eram bem tratados - o que nem sempre era verdade. O tempo de internamento variava. Houve pessoas que ficaram 3 anos presas, mas outras conseguiam ser libertadas mais cedo. Também é difícil definir exatamente o número de presos que foram mandados para os campos de concentração brasileiros entre 1942 e 1945, pois os registros são vagos. Mas existe uma documentação que revela nomes e, em alguns campos, o número exato de prisioneiros que passaram por lá. Os registros comprovam que a maioria era de alemães, seguidos de japoneses em bem menor número, italianos e um ou outro austríaco.

Juventude Hitlerista 

Poucas pessoas foram tão afetadas com o internamento nos campos quanto Ingrid Helga Koster, cujas memórias registrou no livro Ingrid, uma História de Exílios (Ed. Sagüi). Nascida no Paraná, ela se tornou órfã de pai com apenas 1 ano de idade. Quando tinha 5 anos, sua mãe se casou novamente, com um alemão. Seu padrasto, Karl von Schültze, tinha migrado para o Brasil em 1920, para fugir da crise que castigava a Alemanha depois da 1a Guerra Mundial. Schültze chegou aqui e, junto com outros estrangeiros, começou a trabalhar em uma empresa alemã, a AEG, fazendo instalações elétricas em vários lugares do país. Ele se casou com a mãe de Ingrid no início dos anos 30, em Rio Negro, no Paraná. Pouco depois a família, já com duas outras filhas, se mudou para Joinville, em Santa Catarina, cidade dominada pela cultura alemã. Ingrid se lembra de ouvir no rádio um novo chanceler que assumira o poder na Alemanha, cujo carisma a deixava emocionada. "Eu ficava arrepiada. Ele sabia falar com o povo. Nós não imaginávamos o que estava acontecendo", conta Ingrid. O tal chanceler era Hitler. 

Então começou a guerra, e o pai de Ingrid pressentiu que as coisas ficariam ruins. Ele proibiu, mais de uma vez, que Ingrid se unisse ao movimento Juventude Hitlerista que existia em Joinville. Na Alemanha, esse grupo foi criado para reunir e doutrinar ideologicamente os jovens de 6 a 18 anos. No Brasil, o grupo assumiu um tom mais brando - servia principalmente como ponto de encontro para os imigrantes alemães. Mas o pai de Ingrid não quis nem saber. E também queimou todos os livros em alemão que tinha em casa. Entre eles o famoso Mein Kampf (Minha Luta), de Hitler. 

Até que, em 1942, a polícia bateu à porta. "Eles chegaram procurando pelo meu pai, o levaram e ficamos dias sem notícias. Até que chegou um comunicado dizendo que ele estava preso aqui em Joinville", lembra ela, que depois de algum tempo passou a levar marmitas para seu pai no Hospital Oscar Schneider, adaptado como campo de concentração à época. O governo brasileiro acreditava que Karl fosse um espião nazista. Por isso, o regime de confinamento dele era rígido. Nos dois meses em que ficou em Joinville, nenhum familiar pode visitá-lo. A marmita era entregue aos guardas. Até que certo dia, quando Ingrid foi levar a comida, lhe avisaram que seu pai não estava mais lá: tinha sido transferido para o Presídio da Ilha das Flores, no Rio de Janeiro. "Nosso dinheiro acabou e tivemos que voltar para o Paraná, viver do jeito que dava", diz Ingrid. "Nossa casa era apedrejada, pichavam a suástica nos muros. Nós éramos o inimigo." 

Daí em diante, ela só pôde visitar o padrasto uma vez por ano - no Natal. Quando a guerra acabou, Karl foi libertado por falta de provas. Mas seu chefe na AEG, Albrecht Gustav Engels, acabou condenado a 8 anos de prisão por fazer espionagem nazista. "Meu pai nunca falou sobre os tempos em que ficou preso. Mas acredito que tenha sofrido muito, inclusive tortura, porque antes era uma pessoa alegre e depois se tornou calado, triste", conta Ingrid. Ela chegou a perguntar antes de o padrasto morrer, em 1966, se ele realmente espionara. Karl deu uma resposta vaga, e disse apenas que não foi condenado. Então ele era mesmo um espião nazista? "Até hoje não tenho certeza", admite Ingrid. 

Mesmo tendo passado por sofrimentos e humilhações, os prisioneiros alemães não quiseram deixar o Brasil depois da guerra. Como o padrasto de Ingrid. "Quando eu perguntava se ele não gostaria de voltar, ele dizia que, apesar de tudo, agora era brasileiro."


Os principais campos de detenção
 
1. Tomé-Açú (PA)
A 200 km de Belém. Recebeu alemães e japoneses.
2. Chã de Estêvão (PE)
Abrigou empregados alemães da Cia Paulista de Tecidos (hoje conhecida como Casas Pernambucanas).
3. Ilha das Flores (RJ)
Nessa cadeia, prisioneiros de guerra foram misturados com detentos comuns - uma violação das leis internacionais.
4. Pouso Alegre (MG)
O campo de Pouso Alegre reunia presos militares: os 62 marinheiros do navio Anneleise Essberger.
5. Guaratinguetá e Pindamonhangaba (SP)
Fazendas que pertenciam ao governo e foram adaptadas para receber alemães. 
6. Oscar Schneider (SC)
Hospital transformado em colônia penal.

Empresa brasileira transforma garrafas PET em bicicletas

DEZEMBRO DE 2015
Cada vez mais as cidades abrem espaço para as bicicletas, o que representa - ainda que pequeno - um alívio para o trânsito e para o meio ambiente. Agora uma iniciativa no Brasil tem contribuído ainda mais para transformar o ciclismo em um conceito totalmente sustentável. É que toneladas de garrafas PET e plástico reciclável se transformam em bikes novinhas.
O trabalho é feito pela empresa Muzzicycles que fabrica modelos mais flexíveis, resistentes, leves e que chegam a custar metade do valor das bikes comuns. 
Para fabricar um quadro de bicicleta são usadas cerca de 200 garrafas, que são trituradas, passam por um processo de plastificação e logo são injetadas no molde.
A ideia inspiradora é do uruguaio Juan Muzzi, radicado no Brasil. Para conseguir idealizar o trabalho, ele conta com a ajuda de ONGs que recolhem sucatas e com os próprios clientes que levam material reciclável.
bike_muzzicycles2
foto: divulgação
Fonte:CATRACA LIVRE 

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Alameda dos Baobás em Madagascar compõe uma das paisagens mais belas do planeta

A grandiosa árvore é símbolo da diversidade biológica da ilha no oceano Índico e metáfora de sua riqueza natural

HAROLDO CASTRO E GISELLE PAULINO (TEXTO E FOTOS) | DE MORONDAVA, MADAGASCAR 11/2015 
No asteroide do Pequeno Príncipe, os baobás são uma metáfora para os aspectos negativos que podem tomar conta de nosso caráter, quando bem enraizados. Mas no planeta Madagascar os baobás representam todo o contrário. A grandiosa árvore é um símbolo da diversidade biológica do país e metáfora da riqueza natural da quarta maior ilha do mundo, onde mais de 80% das plantas são endêmicas – só vivem lá.
Adansonia grandidieri é a árvore ícone de Madagascar (Foto: © Haroldo Castro/Época )
Existem nove espécies de baobás no mundo, todas do gêneroAdansonia. Uma na Austrália, duas no continente africano – incluindo uma nova espécie identificada em 2012 – e seis em Madagascar.
Na ilha, a espécie Adansonia grandidieri – assim chamada para homenagear o botânico francês Alfred Grandidier – é a mais imponente de todas. Os malgaxes batizaram a árvore de Reniala, a Mãe da Floresta. As mais antigas podem ter mil anos de idade, as mais jovens entre 200 e 300 anos. Seu tronco cilíndrico eleva-se até 30 metros de altura, onde os galhos – sem folhas durante metade do ano – assemelham-se a raízes. Por isso, o baobá é chamado de “árvore de cabeça para baixo”.
A espécie vive em uma região bem particular do sudoeste de Madagascar, nas proximidades de Morondava, em uma faixa próxima ao litoral de 250 km de extensão por 20 km a 30 km de largura. Um exemplo claro de endemismo!
A razão principal para realizar uma viagem de van de 700 km, durante dois dias, da capital Antananarivo até Morondava, é ver centenas de baobás bem de perto. A chamada Alameda dos Baobás é um lugar com uma das maiores aglomerações dessas árvores. A Rodovia Nacional RN 8 atravessa a multidão de Grandidieris e, embora eles não tenham sido plantados por humanos, os enormes baobás parecem acompanhar a estrada de terra. 
Chegamos uma hora antes do pôr do sol e, enquanto escolhemos os melhores enquadramentos fotográficos para o entardecer, vamos nos deleitando com as árvores gigantescas. Resolvemos contar quantos baobás observamos ao nosso redor: de um lado da estrada, avistamos uns 25; do outro, mais de 30.    
Crianças da etnia Sakalava brincam em uma lagoa (Foto: © Haroldo Castro/Época)
Uma menina Sakalava na Alameda dos Baobás (Foto: © Haroldo Castro/Época)
O momento mágico das cores cambiantes no céu começa a acontecer. As poucas nuvens ajudam a colorir o quadro pintado, de forma dramática, pela Mãe Natureza. Não há dúvida: depois de conhecermos tantos cantos pelo mundo, podemos dizer que esse lugar é um dos mais belos da África – até mesmo do planeta.
O sol se esconde e o céu troca seu azul pelo violeta rosado. A temperatura de 25 graus é perfeita, a brisa refresca aqueles que vieram de tão longe para reverenciar esses seres gigantescos.
baobás aglomeram-se às margens da rodovia (Foto: © Haroldo Castro/Época)
Segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza, o baobá Grandidieri está na lista de plantas ameaçadas de extinção. A razão principal para a preocupação dos conservacionistas é a perda do habitat original. Hoje, a faixa estreita de terra que hospeda a espécie rara perdeu quase toda sua vegetação natural e foi transformada em plantações de arroz. Apenas sobraram pequenas reservas isoladas ao norte da Alameda dos Baobás.
Outra preocupação dos conservacionistas é a dificuldade de encontrar baobás pequenos e jovens. Isso poderia significar que a polinização das flores do baobá Grandidieri – por uma mariposa e um lêmure noturno – estaria com dificuldades de ser concretizada. Por demorar décadas para crescer, as acanhadas mudas de baobás também podem estar sendo destruídas, de forma despercebida, pelo gado que povoa as terras Sakalava. Ou, pior, pelo fogo atado no mato pelas populações nativas. Uma iniciativa de plantio de mudas na própria Alameda dos Baobás está em andamento.
Campos de arroz cercam alguns baobás isolados na planície de Morondava (Foto: © Haroldo Castro/Época)
Durante nossa jornada na região de Morondava e rumo ao norte, conseguimos observar três das seis espécies nativas de baobás malgaxes. Além da Adansonia grandidieri, encontrada em maior número, conhecemos também o baobá Fony (Adansonia rubrostipa), cujo tronco tem uma coloração mais avermelhada e é menor de altura, e o baobá Za (Adansonia za), de cor mais escura e com uma forma afunilada no topo.
A 7 km da Alameda por uma estrada de areia, dois baobás Za entrelaçados, chamados de “Baobás Apaixonados”,  tornaram-se atração obrigatória. Não há casal de namorados que não queira ser fotografado ao lado das árvores que se abraçam. Infelizmente, os dois baobás acabaram sendo vítimas das paixões cegas que fizeram questão de gravar suas iniciais no tronco.
“Baobás Apaixonados” talhados em madeira  (Foto: © Haroldo Castro/Época)
A Alameda dos Baobás não está incluída em nenhuma área protegida, nacional ou privada. Os habitantes locais, conscientes da importância das árvores como destino turístico, organizaram-se para estabelecer um estacionamento fora da estrada – e fora das lentes fotográficas – e montar barraquinhas de venda de artesanato e de refrigerantes. Mas tantas outras iniciativas poderiam ser realizadas.
Os baobás solitários, sem o apoio de uma floresta que os cerquem, merecem muito mais. É indispensável que o governo de Madagascar continue cumprindo sua promessa realizada em 2003 de triplicar as áreas protegidas no país e criar uma na região para que a Reniala, a Mãe da Floresta, seja preservada!

Se você compra comida orgânica, isto é o que precisa saber

dezembro de 2015

Por trás da popularidade contida em todos os produtos orgânicos à disposição nos mercados da América Latina, existe um exército de agricultores que lutam para ter o trabalho reconhecido. São quase 10.200 no Brasil e 319.500 em toda a região, números que aumentam a cada ano, embora ainda haja poucas terras dedicadas a esse tipo de cultivo. Só 1,1% delas são dedicadas aos orgânicos, segundo o Instituto de Pesquisa sobre Agricultura Orgânica (FIBL, na sigla em alemão).
O primeiro desafio dos produtores rurais é justamente fazer a transição da agricultura convencional para a orgânica, no melhor estilo “mudar ou morrer”. Muitos deles adoecem gravemente ou veem familiares em tal condição por causa dos agrotóxicos usados nas lavouras comuns. Também sentem a qualidade da água e o rendimento da terra se deteriorar por causa dos pesticidas.
“O solo está morto em muitas áreas de agricultura no Rio de Janeiro, principalmente por causa do uso dos herbicidas, que é generalizado”, confirma o especialista em agroecologia Eiser Felippe, consultor do programa Rio Rural, que reúne o Banco Mundial e o governo estadual, entre outros parceiros.
O problema não é apenas do Rio de Janeiro nem afeta exclusivamente os agricultores. Igualmente, impacta os consumidores. É considerado alarmante no Brasil, que ocupa desde 2008 o primeiro lugar global no uso de agrotóxicos e onde cada pessoa consome, por ano, o equivalente a 5 quilos de veneno. E, também, na América Latina, onde as vendas de pesticidas dobraram em 12 anos, segundo levantamento da revista Science.
Mudar para o sistema orgânico beneficia a saúde e o meio ambiente, mas também exige recursos e apoio técnico considerável: afinal, os produtores precisam aprender novas maneiras de fertilizar a terra, enfrentar as pragas e se adaptar às novas reações do solo
FONTE: http://www.worldbank.org/pt/news/feature/2015/12/18/agricultura-organica-consumo-pesticidas-brasil-latinoamerica

Aproveite o Carnaval sem abrir mão da sustentabilidade

ATITUDE

FOLIÃO CONSCIENTE

Aproveite o Carnaval sem abrir mão da sustentabilidade

Carnaval deve ser sinônimo de festa e alegria e não de destruição e irresponsabilidade. Confira 10 dicas supersimples para curtir esse feriado, sem deixar rastros de insustentabilidade por onde passar


Débora Spitzcovsky e Marina Franco Planeta Sustentável - 

Xavier Donat/Creative Commons

Os brasileiros já estão em clima de Carnaval. Viagens, desfiles de escolas de samba, blocos de rua, trios elétricos, festas à fantasia... o feriado pode ser aproveitado de várias maneiras, mas no fundo todos querem a mesma coisa: divertir-se!

Curtir o Carnaval, no entanto, não precisa ser sinônimo de irresponsabilidade destruição - e, muito menos, de ecochatice. Dá para aproveitar os quatro dias de festa com muita alegria e sem contribuir para a depredação do meio ambiente e da cidade onde você está. Quer ver?

Reunimos 10 dicas supersimples para os foliões que estão dispostos a aproveitar o Carnaval sem deixar de lado a consciência socioambiental.

1- SEJA UMA BOA VISITA Não importa se você vai viajar nesse feriado ou ficará na sua cidade: quando estiver curtindo o Carnaval, na rua, respeite o espaço público! Fazer xixi no asfalto, destruir placas de sinalização, subir em cima de árvores e depredar monumentos não tem nada a ver com diversão, mas sim com falta de cidadania. Aproveite o feriado sem destruir os lugares por onde passar - até porque, muitos deles, como Ouro Preto, em Minas Gerais, e Salvador, na Bahia, são cidades históricas, que abrigam construções centenárias que não merecem ser destruídas em quatro dias de festa.

2- FAÇA DO DITADO UMA MARCHINHA: LUGAR DE LIXO É NO LIXO
sujeira que o Carnaval deixa nas cidades é um dos maiores problemas do pós-feriado: latas de alumínio, garrafas de vidro, copos plásticos e panfletos de divulgação são facilmente encontrados nas ruas, entupindo bueiros e aumentando o risco de enchentes. Até mesmo os mares são feitos de lixeira pelos foliões, o que polui a água e prejudica a biodiversidade marinha. Em 2010, a ONG internacional Global Garbagepostou fotos chocantes do fundo do mar de Salvador, 10 dias depois do Carnaval: mais de 1.500 latinhas e garrafas, além de pedaços de abadás e outros objetos plásticos, foram encontrados por mergulhadores. Jogar o lixo no lixo, durante a folia, daria muito menos dor de cabeça na ressaca do pós-Carnaval!

3- GASTE ENERGIA, APENAS, NAS COMEMORAÇÕES
Se você for viajar, não esqueça de tirar da tomada todos os aparelhos eletroeletrônicos - como televisão, computador e microondas. Segundo o Instituto Akatu pelo Consumo Consciente, tirar esses equipamentos da tomada, quando eles estão fora de uso, pode reduzir a conta de luz em até 25%. Com o dinheiro que você economizar, dá até para trazer umas lembrancinhas de artesanato para os amigos e, de quebra, incentivar a economia local da cidade que você visitar.

4- NÃO TOLERE A EXPLORAÇÃO O problema acontece o ano inteiro, mas no Carnaval – por conta do aumento da circulação de pessoas nas cidades e, também, do clima de “pode tudo” – a incidência de crimes sexuais contra crianças e adolescentes aumenta. Para tentar mudar essa realidade, o governo preparou para 2014 a campanha Proteja Brasil. Divulgada por todo o país, a ação incentiva a população a denunciar qualquer tipo de violência contra menores no Disque 100, que funciona 24h por dia. Portanto, já sabe: se você presenciar alguma cena de exploração neste feriado, não exite em colocar a boca no trombone. Apesar do número de denúncias de abuso sexual contra crianças e adolescentes ter caído 15,6% em 2013, a situação ainda é grave: a Secretaria de Direitos Humanos (SDH) registrou mais de 26 mil casos no ano passado, principalmente no período carnavalesco. Então, fique de olho. Carnaval não combina com sofrimento! 
5- ABUSE DA CRIATIVIDADE PARA SE FANTASIAR Viagens e abadás já custam tanto dinheiro que economizar na hora de se fantasiar é uma ótima ideia. Que tal liberar a criatividade e utilizar materiais usados para confeccionar sua roupa de Carnaval? Além de poupar o bolso, você dá uma trégua para o meio ambiente e, depois da folia, dá para reciclar a fantasia ou, então, trocá-la com amigos. Aproveite e já combine com eles o roteiro do próximo Carnaval!

6 - PROGRAME O FERIADO DOS SEUS ANIMAIS Acredite: tem gente que planeja a viagem de Carnaval com tanto entusiasmo e fica tão ansioso para os dias de folia que acaba esquecendo dos cuidados que deve tomar com os animais de estimação enquanto estiver fora. Ou, pior, os abandona na rua. Se seu bicho não o acompanhar na viagem, lembre de deixá-lo aos cuidados de um vizinho ou parente. O ideal é que alguém passe na sua casa todos os dias, para brincar com ele, passear e limpar a sujeira. Também há a opção de hotéis para animais domésticos, que dispensam a preocupação do viajante.

7 - ECONOMIZE COM O TRANSPORTE Se optar por viajar de carro, lembre de oferecer carona para amigos e parentes que vão ao mesmo destino ou, então, que passem pelo seu caminho. Com mais gente no carro, todos economizam dinheiro e também poupam o meio ambiente, que deixa de receber os gases do efeito estufa liberados pela queima d combustível. A carona ainda alivia o trânsito, que pode ser infernal em feriados prolongados. Quão desagradável não é uma viagem que dura o dobro - ou mais - do que o necessário por causa do excesso de veículos?

8 - PREPARE O SEU CARRO Para pegar a estrada e dirigir de forma confortável, lembre-se de fazer uma vistoria geral no seu veículo. A atitude garante mais segurança para você e, também, para os outros motoristas. Pneus calibrados, água no depósito do limpador pára-brisa, nível certo do óleo e parte elétrica em dia são, apenas, alguns dos itens necessários. Não se esqueça também do kit macaco, triângulo e chave de roda, para o caso do pneu furar.

9 - CAMISINHA NA CABEÇA E SAMBA NO PÉFaça as contas: nove meses depois do Carnaval, o número de bebês chegando ao mundo cresce bastante. Além de evitar a gravidez indesejada, a camisinha previne dacontaminação de doenças sexualmente transmissíveis. Por isso, como faz todos os anos, o Ministério da Saúde já lançou sua campanha para 2014: a Se tem festa, festaço ou festinha, tem que ter camisinha, que lembra os foliões a respeito da importância de usar preservativo nas relações sexuais. Não dá nem para usar a desculpa de que esqueceu de levar a camisinha para a festa: o governo anunciou que distribuirá, gratuitamente, até março 104 milhões de unidades de preservativos por todo o Brasil.

10 - MANEIRE NO ÁLCOOL Lembre-se que condutores de veículos são proibidos de consumir bebidas alcoólicas. A lei que mudou o Código de Trânsito Brasileiro não é à toa: o álcool altera a capacidade de reação e prolonga a resposta do motorista. Trata-se de um poderoso catalisador de acidentes. De acordo com especialistas, não existe uma quantidade segura para se beber e dirigir. Então, para se divertir sem preocupação, combine com a turma quem será o motorista da vez e não beberá - ou pegue um taxi. Também é importante ter em mente que o álcool desidrata o organismo: para evitar a ressaca, beba água, isotônicos e sucos naturais.

*Essa reportagem foi, originalmente, publicada em 2011 e atualizada em 2014


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