sábado, 21 de novembro de 2015



Como o aquecimento global coloca em risco a agricultura brasileira


Estudo da Embrapa mostra como que as mudanças climáticas ameaçam as produções de arroz, milho e soja

BRUNO CALIXTO
10/2015 


agricultura já é normalmente vulnerável a eventos climáticos – basta ver os impactos das fortes chuvas no Sul ou da seca em São Paulo, por exemplo. Em um cenário de forte aumento da temperatura do planeta, a situação fica extrema. Uma análise feita pela Embrapa mostra, em mapas, o risco que nossas lavouras correm por conta do aquecimento global.
Os mapas foram preparados pelo pesquisador Eduardo Assad, da Embrapa. Eles mostram como que um planeta mais quente afetará três importantes culturas brasileiras: arroz, milho e soja. Os mapas comparam as áreas de risco de perda de lavoura dessas culturas registradas em 1990 com as previsões de perda de lavoura no futuro de um dos cenários do IPCC, o que prevê o aumento de 3,7ºC na média de temperatura em 2085.
O material faz parte de um estudo mais amplo, liderado pelo presidente da Capes, Carlos Nobre, para avaliar os riscos de um aquecimento global extremo no Brasil. O Blog do Planeta já explicou esse estudo. A agricultura é uma parte importante do relatório, já que o Brasil é grande produtor de grãos. Segundo Assad, o país tem tecnologia para adaptar lavouras, e já faz isso com o café ou o feijão.Mas essa adaptação é limitada. "É possível adaptar lavouras para um aquecimento de 2ºC. Passou disso, o risco é muito grande".
Confira nos mapas abaixo a comparação dos riscos de perda das lavouras de soja, milho e arroz, no país, entre 1990 e 2085:

FONTE: http://epoca.globo.com/

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sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Fertilizantes: Pode a agricultura destruir nosso planeta?

Saiba como é possível cultivar todo o alimento de que necessitamos com menos adubos químicos

por Dan Charles
     

N. Nitrogênio. Número atômico 7. Invisível e sem gosto. Mas está sempre em nosso estômago. Ele é o motor da agricultura, a chave da abundância em nosso mundo repleto de gente esfomeada
Sem esse elemento insociável, pouco propenso a se juntar a outros gases, não há como viabilizar o mecanismo da fotossíntese – nenhuma proteína pode se formar e nenhuma planta pode crescer. O milho, o trigo e o arroz, as safras de crescimento rápido das quais a humanidade depende para sobreviver, estão entre as plantas que mais absorvem nitrogênio. Na realidade, elas requerem mais nitrogênio do que a natureza consegue fornecer.
É aí que entra a química moderna. Depois de capturado por usinas gigantescas, o gás nitrogênio inerte na atmosfera é forçado a unir-se com o nitrogênio do gás natural – surgem assim os compostos reativos tão almejados pelas plantas. Esse fertilizante nitrogenado (do qual uma centena de milhões de toneladas são usadas a cada ano ao redor do mundo) é o que torna abundante as colheitas. Sem ele, a civilização humana em sua forma atual não existiria. O solo do planeta não poderia fornecer a todas as 7 bilhões de pessoas os alimentos a que estão acostumadas. Na verdade, quase metade do nitrogênio encontrado nos músculos e tecidos de nosso corpo surgiu em alguma fábrica de fertilizantes.
Todavia, esse milagre moderno tem um custo. O escoamento do excesso de nitrogênio sufoca a fauna silvestre em lagos e estuários, contamina os lençóis freáticos e contribui para o aquecimento global. Enquanto um mundo esfomeado se prepara para receber mais bilhões de bocas que precisam ingerir proteínas ricas em nitrogênio, o que restará de ar e água não poluídos em meio à crescente demanda por terras férteis?
O dilema do nitrogênio é explícito na China, um país que adora sua comida e teme a possibilidade de exaurir as fontes de abastecimento. Para um visitante, tal ansiedade soa despropositada. No restaurante San Geng Bi Feng Gang, nos arredores de Nanquim, acompanho, assombrado, o desfile de pratos: peixe no vapor, costeletas de carneiro fritas, sopa de flor de crisântemo e ovo, talharim com batata-doce, brócolis frito, inhame e vasilhas fumegantes de arroz.
“Você sempre se alimenta bem assim?”, pergunto ao cientista Liu Tianlong, um especialista em agricultura que está me apresentando aos cultivadores da vizinhança. O sorriso de menino desaparece e, de repente, uma sombra tolda suas feições. “Quando eu era pequeno, ficava contente ao receber três vasilhas de arroz."
Liu cresceu logo após a grande fome que assolou a China de 1959 a 1961, na qual se estima que tenham morrido 30 milhões de pessoas. A seca desempenhou um papel, mas o responsável pela catástrofe foi o presidente Mao, e seus caprichos. Promovido pelo líder chinês, o Grande Salto Adiante pressupunha a coletivização da produção agrícola e obrigou os camponeses a entregar as colheitas para uma burocracia centralizada.
Mesmo atenuada, a escassez de alimentos prosseguiu até o fim da década de 1970, quando os cultivadores retomaram o controle de suas safras. “No prazo de apenas dois anos, quase que da noite para o dia, havia comida em profusão”, relembra Deli Chen, que, menino, testemunhou essas reformas em um vilarejo produtor de arroz na província de Jiangsu. Hoje, ele é especialista em solo da Universidade de Melbourne, na Austrália.
NG - Trabalhadores de uma cooperativa agrícola nas proximidades de Xangai dispersam fertilizante pelos campos em que será plantada a safra de inverno de trigo
Trabalhadores de uma cooperativa agrícola nas proximidades de Xangai dispersam fertilizante pelos campos em que será plantada a safra de inverno de trigo. A China é o maior produtor e também o maior consumidor de adubo no mundo. O país chega a usar 60% mais nitrogênio que o necessário - Foto: Peter Essick
No entanto, os lavradores chineses logo toparam com outra barreira: os limites das terras cultiváveis. A população da China incorporou 300 milhões de pessoas entre 1970 e 1990. Não foi nada fácil para a agricultura tradicional do país atender a essa demanda.
Song Linyuan, um lavrador idoso porém lépido de um povoado a nordeste de Nanquim, ainda se lembra da época em que mantinha seu meio hectare cultivável tão fértil quanto possível: fazia a compostagem do lixo doméstico e usava o esterco de seus porcos e galinhas. Isso significava o acréscimo de 110 quilos de nitrogênio por hectare ao ano. Ele colhia de 2 950 a 3 750 quilos de arroz por hectare. Essa é uma safra respeitável, uma produtividade melhor que em muitas regiões do globo. Mas hoje ele consegue o dobro disso: 8 170 quilos por hectare – resultado com que muitos produtores só conseguem sonhar.
O que fez a diferença? “Adubos melhores”, diz ele. Estamos sentados em uma loja em meio a outros agricultores. A resposta de Song Linyuan desencadeia uma discussão acalorada. Alguns concordam que o adubo é crucial; outros consideram mais importantes as sementes melhoradas. Na verdade, as duas tecnologias estão associadas. As variedades de arroz e trigo de alta produtividade desenvolvidas nas décadas de 1950 e 1960 apenas poderiam exibir todo o seu potencial caso recebessem outra dose de nitrogênio.
As autoridades chinesas procuraram assegurar que essas safras fossem bem adubadas. Entre 1975 e 1995, construíram centenas de usinas de nitrogênio. A fabricação de fertilizantes foi quadruplicada pelo país, e a China transformouse no maior produtor mundial. Song Linyuan agora usa cinco vezes mais fertilizante que antes. Os campos estão saturados de ureia – uma forma seca de nitrogênio –, lançada em punhados de grânulos alvos como neve entre os brotos verdes. Isso equivale a 600 quilos de nitrogênio por hectare. Os cultivadores de legumes usam ainda mais fertilizante. Alguns chegam a aplicar 1 ou 2 toneladas por hectare.
Poucos agricultores acreditam que isso pode ser danoso, mas os cientistas contam outra história. “O adubo nitrogenado é usado em excesso, em uma proporção de 30% a 60%, em campos de cultivo de manejo intenso”, diz Xiaotang Ju, da Universidade Agrícola da China em Pequim. Aplicados na terra, os compostos nitrogenados se dispersam pelo ambiente, alterando nosso mundo, não raro de maneira indesejável. Parte do nitrogênio é carregada das plantações para os rios ou se dilui na atmosfera. Outra porção é ingerida, sob a forma de grãos, por seres humanos ou animais de criação, mas, em seguida, retorna ao ambiente como dejeto ou excremento.
Deli Chen lembra-se das pescarias que fazia quando pequeno. “O rio tinha água translúcida”, conta. Mas aí, por volta de 1980, “era impossível ver os peixes”. A turvação devia-se em parte à proliferação de fitoplâncton, um sinal de que a água se tornou eutrófica (sobrecarregada de nutrientes). Um levantamento de 40 lagos chineses constatou que metade deles apresentava quantidade excessiva de nitrogênio ou de fósforo – com frequência, o adubo com fósforo é o responsável pela proliferação de algas nos lagos.



Reprodução do Estadão online
Reprodução do Estadão online


É impressionante como Eduardo Cunha continua usando o cargo para sua defesa pessoal. Hoje, Cunha decidiu abrir uma sessão extraordinária deliberativa na mesma hora em que começava a sessão do Conselho de Ética. Pelo regimento interno não podem acontecer sessões de comissões ou do conselho na mesma hora de sessões deliberativas. Por isso a sessão do Conselho de Ética foi cancelada sem a leitura do parecer do relator Fausto Pinato (PRB-SP). Enquanto Cunha permanecer como presidente vai usar a Câmara como marionete dos seus interesses. É bom que os deputados se conscientizem disso. 
FONTE BLOG DO GAROTINHO

quinta-feira, 19 de novembro de 2015


Reprodução do Portal do Planalto
Reprodução do Portal do Planalto


Ontem, depois de se reunir com os governadores de Minas Gerais e do Espírito Santo, Dilma anunciou que vai transformar a tragédia de Mariana "num caso exemplar de recuperação ambiental". Segundo Dilma, o Rio Doce ficará "melhor do que estava antes". Chegou a declarar ainda sobre o Rio Doce: "(vamos) revitalizá-lo no sentido de torná-lo novamente o rio que ele foi antes de nós, humanos, termos chegado ali". Menos, menos, Presidente Dilma! Isso lembra aquele discurso de Dilma quando disse: "vamos deixar a meta em aberto, quando atingirmos a meta, dobraremos a meta". Se o governo federal não se omitir e ajudar a recuperar a vida normal das pessoas e da região já será uma grande coisa, porque infelizmente o histórico de desastres ambientais no Brasil não tem grande exemplos de recuperação. Aliás, de acordo com o TCU, de 2009 a 2013, apenas 1,76% das multas ambientais aplicadas pelo IBAMA foram pagas, e o governo não faz muito esforço para recebê-las. Na prática, em 5 anos, só foram pagos R$ 272 mil em multas. 

FONTE BLOG DO GAROTINHO


Estes são alguns dos danos ambientais causados pela lama da barragem da Samarco


Danos vão de risco de intoxicação até a morte do rio Doce

BRUNO CALIXTO
11/2015 


As imagens aéreas de Mariana, em Minas Gerais, são impressionantes. A lama tomou conta de tudo. Cinco dias depois do rompimento de duas barragens da mineradora Samarco, bombeiros ainda procuram as vítimas e a lama já chegou ao Espírito Santo. Ainda vai demorar para sabermos a extensão do impacto que o rompimento causará ao meio ambiente – isso depende de estudos, que já começaram. Mas já é possível fazer uma previsão dos principais danos que os rejeitos de minério de ferro, despejados na natureza, podem causar. De intoxicação à morte do rio Doce, estes são os principais impactos:
A lama é ou não tóxica?
O rompimento das barragens de Fundão e Santarém despejou 62 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério de ferro no meio ambiente – a lama que podemos ver nas muitas imagens chocantes feitas após o desastre. Segundo a Samarco, essa lama não é tóxica. Ela é composta principalmente de sílica, um tipo de areia, e de ferro.
Isso, ao menos, é o que a mineradora diz. Mas sempre tem um porém. Segundo o Jornal Hoje, o serviço autônomo de água e esgoto de Governador Valadares, uma das cidades atingidas pela lama, fez uma análise química da água do rio Doce. A análise encontrou alto índice de ferro, o que era esperado, mas também "uma grande quantidade de mercúrio". O mercúrio é altamente tóxico. Segundo oMinistério do Meio Ambiente, ele pode "afetar o cérebro, o coração, os rins e pulmões e o sistema imune dos seres humanos". Isso se as pessoas forem expostas a grandes quantidades de mercúrio e por tempo prolongado. Ainda não é certo que o mercúrio tenha vindo especificamente da lama de rejeitos, mas essa é uma possibilidade que precisa ser analisada.
Nada crescerá na área tomada pela lama
Se considerarmos que a lama é segura do ponto de vista da saúde humana, o maior impacto que ela causará será no meio ambiente. Esses rejeitos devem deixar o solo de toda a área atingida infértil. Oportal G1 entrevistou professores da UFRJ que explicam como isso acontece. Segundo eles, o resíduo é pobre em material orgânico, e por isso não favorece o nascimento de plantas ou de vegetação. Aos poucos, a lama vai secando, criando uma capa ressecada no solo onde nada nasce. É como se a terra fosse "cimentada". Hortas e roças de pequenos agricultores estarão inviabilizadas.
As nascentes foram soterradas
O pior impacto, sem dúvida, será no rio Doce. O jornal O Tempo, de Minas Gerais, falou com responsáveis por um projeto que monitora os impactos ambientais nos rios mineiros. O cenário que os pesquisadores descrevem é devastador. A lama deverá matar peixes, algas, invertebrados, répteis e anfíbios. Ou seja, toda a vida que depende do rio. As nascentes, locais importantes para as espécies de peixes do rio se reproduzirem, foram soterradas pelos rejeitos, comprometendo a saúde do rio, das espécies e o abastecimento de cidades. No curto prazo, o leito do rio se tornará estéril.
A maior tragédia ambiental de Minas
É possível que o rompimento das barragens represente o maior dano ambiental da história de Minas Gerais. Talvez até do Brasil. Ao descer pelo rio Doce, a lama afetou 15 municípios. Desses, apenas um não depende exclusivamento do rio para abastcimento de água. Alguns municípios já interromperam o abastecimento. A expectativa é que500 mil pessoas fiquem sem água. Ao seguir o curso do rio Doce, os 62 milhões de metros cúbicos de lama da Samarco percorreram um trajeto de cerca de 400 quilômetros até chegar na costa do Espírito Santo. É muita lama.
FONTE: http://epoca.globo.com/
11/2015

Reserva ambiental no RJ ajuda no abastecimento de reservatório

Mata atlântica na reserva do Tinguá faz parte do ciclo natural da água.
Região é responsável por abastecer 92 mil pessoas em Nova Iguaçu.

Do G1 Rio

Após a chuva dos últimos dias, a represa de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, voltou a ficar cheia, como mostrou o Bom Dia Rio. Mesmo durante a estiagem, o nível de água no local quase não foi afetado. O segredo foi uma joia da mata atlântica: a reserva biológica do Tinguá. O fornecimento de água quase não foi prejudicado.
Na reserva, a companhia de abastecimento tem 32 estações de captação de água, que abastecem um reservatório. Com o funcionamento normal, a vazão para captação é de 520 litros por segundo. Durante a crise hídrica, o número já foi reduzido para 170 litros por segundo, quase um terço da vazão atual.
Durante a crise, alguns bairros de Nova Iguaçu ficaram sem água. Mas a Cedae afirma que a preservação da vegetação nativa ajudou a diminuir a seca na represa. A mata atlântica é fundamental no ciclo das águas. Ela protege a cobertura do solo para não ser ressecado pelo sol e libera, como uma esponja, a água retida.
“A água cai da chuva, infiltra pelo solo, abastece os rios normais, abastece os rios subterrâneos e chega ao mar”, explica Flávio Silva, o chefe da Reserva Biológica do Tinguá.
A partir daí, o ciclo segue. Os raios solares fazem a água do mar evaporar, formam-se nuvens e chove de novo.

A represa é responsável pelo abastecimento de 92 mil pessoas em Nova Iguaçu. Para especialistas, a reserva ambiental é uma joia, porque a água é de boa qualidade e a floresta é preservada.
FONTE: http://g1.globo.com/

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Por que falta água no Brasil?

Somos o país mais abastado em recursos hídricos do mundo. Corrupção, falta de investimentos e inversão de prioridades quase sempre são o motivo para a falta d’água.
POR Camila Almeida EDITADO POR Felipe Van Deursen

SecaAndre Felipe/Getty Images
Moradora da cidade de Acauã, no Piauí, carrega balde na cabeça em meio à seca

Problemas de gestão estão no leito da escassez brasileira. Nossa fartura fez com que nunca tivéssemos o assunto como prioridade. Olhando para a América do Sul, o Brasil está atrás de Bolívia, Peru, Argentina, Venezuela e Chile no uso sustentável da água, segundo ranking de desempenho ambiental da Universidade Yale.
No saneamento básico, também vamos mal. Estamos com índices inferiores aos de Argentina, Chile e Uruguai. Isso custa caro. Em um ano, 400 mil pessoas são internadas no País por diarreia, causada pela má qualidade da água, e custam para o SUS R$ 140 milhões. Gastos que poderiam ser poupados. Para cada dólar investido em saneamento, o retorno é de US$ 5 em custos evitados.
O problema não é só a falta de investimentos. Mesmo quando existem, podem ter seu curso alterado. Em abril, o Ministério Público Federal denunciou desvio de verbas destinadas à construção de um sistema de abastecimento em Farias Brito (CE).
Já em Palhoça (SC), foi instaurada uma CPI das Águas, para investigar desvios de R$ 10 milhões nos serviços de água e esgoto. Os atrasos na Transposição do São Francisco já dobraram o custo da obra. E foram encontrados R$ 776,2 milhões em sobrepreço e serviços desnecessários.

Bons exemplos existem?

Do Japão a Minas Gerais, veja as histórias de quem sabe usar a água.
No Japão, não se desperdiça água: as pessoas se lavam em banheiras, que têm a água compartilhada por toda a família. Em algumas casas, a água do banho cai direto na lavanderia. Todas as descargas têm a opção de despejar dois níveis diferentes de água. Nos lava-rápidos, toda água gasta na lavagem dos carros é captada, tratada e reutilizada.
Em Cingapura, país com a melhor gestão de água do mundo, todo o ciclo da água é levado em conta: desde a coleta de água da chuva até o tratamento da água utilizada. No mundo, há 21 países empatados no 1º lugar nos quesitos acesso à água e saneamento, com 100% da população contemplada.
Apesar de não fazer grandes investimentos em tecnologia inteligente para o uso de água, o Brasil também tem bons exemplos.Uberlândia (MG) é a cidade campeã do saneamento: 100% da população é abastecida e 99% do esgoto coletado. E ainda conta com planejamento traçado para os próximos 55 anos.
FONTE: http://super.abril.com.br/

terça-feira, 17 de novembro de 2015

PARTICIPE A PARTIR DO DIA 26 DE JANEIRO EM CAMPOS DOS GOYTACAZES, DA CAMPANHA DO DESAPEGO!DOE E RECEBA  LIVROS E REVISTAS.

DE SEGUNDA A SEXTA-FEIRA DE 8H AS 18H.



Notícias sobre meio ambiente em Campos,no Estado do Rio,no Brasil:Saiba mais lendo,curtindo e seguindo:
SITE DA SECRETARA:WWW.MEIOAMBIENTE.CAMPOS.RJ.GOV.BR

FACE DA SECRETARIA:SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE


FACE DO SECRETÁRIO:ZACARIAS ALBUQUERQUE


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Mudança climática não tem passaporte e não conhece fronteiras, diz Ban Ki-moon

Criado em 011/15 Por Laura Gelbert Fonte:Rádio ONU

Em evento de alto nível na sede das Nações Unidas, em Nova York, nesta quarta-feira, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, declarou que a "mudança climática não tem passaporte e não conhece fronteiras nacionais". 
Ele afirmou ainda que um "acordo significativo" sobre a questão deve ser "universal e justo".

COP 21

A expectativa é de que um acordo seja alcançado durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, conhecida como COP 21, que ocorre em Paris entre 30 de novembro e 11 de dezembro.
O chefe da ONU afirmou que o "mundo estabeleceu um prazo para a conclusão de um acordo climático universal" e que este prazo está "a apenas 4 semanas de distância".
Ban disse que está "otimista" com a possibilidade de os governos firmarem  o acordo em Paris e que "há pedidos de todos os setores da sociedade para que façam isso".

Contribuições Nacionais

Ele afirmou que até o fim de outubro, 155 países submeteram seus planos climáticos, conhecidos como Contribuições Voluntárias Nacionais, Indcs, que cobrem cerca de 90% das emissões globais.
O chefe da ONU elogiou os governos que enviaram os documentos e apelou aos restantes que compartilhem suas contribuições o mais rápido possível, antes da conferência em Paris.
Para o secretário-geral, estes planos fornecem um "ponto de partida" para o "destino final": um mundo com o aumento da temperatura global limitado a menos de 2º Celsius.

Negociações

No entanto, apesar de meses de negociações, "assuntos chave" permanecem em jogo.
Ban disse que vai fazer um apelo a líderes mundiais para que digam a seus negociadores que este é o momento de consenso e acordo.
Para o secretário-geral, "os países devem trabalham em direção ao interesse comum, além de interesses nacionais".

Acordo

O chefe da ONU apontou aspectos que acredita serem necessários para que o acordo em Paris seja bem sucedido.
Segundo Ban, o acordo deve ser "durável e flexível" e deve demonstrar "solidariedade com os países mais pobres e vulneráveis".
Ele afirmou que o tratado também deve ser "credível em sua resposta à urgência da mudança climática", inclusive fornecendo meios financeiros, entre outros, para apoiar esta resposta.
Para o secretário-geral da ONU, o acordo deve "encontrar um equilíbrio entre o papel de liderança dos países desenvolvidos e a crescente responsabilidade dos países em desenvolvimento de agir de acordo com suas capacidades e respectivos níveis de desenvolvimento".
Ele disse ainda que Paris deve incluir mecanismos "claros e confiáveis" para medir, monitorar e relatar progressos de forma transparente.

Recursos

Ban destacou que um acordo deve também prever meios de implementação, incluindo o financiamento climático.
Entre outros pontos, o chefe da ONU disse que os países desenvolvidos devem manter sua promessa de fornecer US$ 100 bilhões por ano até 2020.
Ele pediu que estas nações façam promessas financeiras públicas, antes do encontro em Paris e que equilibrem tanto necessidades de adaptação quanto de mitigação.
Para Ban, isto é essencial para a construção da confiança necessária para assegurar um "acordo universal e significativo".
FONTE: http://www.ebc.com.br/

Prêmio pela boa gestão da água: não é o momento de comemorar


Outubro 2015 
Apesar do Brasil possuir uma Política Nacional de Recursos Hídricos, criada pela Lei 9.433/1997, o que temos presenciado desde então não pode ser considerado muito animador. O tema vem sendo negligenciado na pauta política e, consequentemente, os investimentos têm sido insuficientes para implementar a referida lei. Além disso, as mudanças climáticas têm tido efeito devastador para a segurança hídrica nacional, comprovando que não estamos preparados para enfrentar eventos extremos como secas e inundações. A crise hídrica que atualmente enfrentamos é, sobretudo, uma crise de governança.

Tudo isso fica muito visível na crise hídrica de São Paulo. Já se sabia da possibilidade de riscos no abastecimento de água na megalópole paulista desde meados de 2004 quando a Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp) renovou a outorga do Sistema Cantareira. A licença só foi concedida pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) com a condição de que outras alternativas de abastecimento fossem encontradas, pois já se sabia que o Cantareira seria insuficiente para suprir a crescente demanda da atualidade e das próximas décadas.

Nesse mesmo período, o WWF-Brasil entregou ao governador Geraldo Alckmin uma carta solicitando providências para os reservatórios da região, após um sobrevoo que nos permitiu comprovar a situação deles. Estudos e documentos como os Planos das Bacias do PCJ e Alto Tietê (2004 e 2009 respectivamente), o Atlas de Abastecimento Urbano da Agência Nacional de Águas de 2011 e o Plano Diretor da Macro Metrópole Paulista de 2013, também alertaram para uma crise de abastecimento. Nada foi feito. 

Em fevereiro de 2014, a escassez de água em São Paulo começou de verdade com a queda do nível do reservatório do Cantareira para menos de 20%, a pior marca em 40 anos. O governo de São Paulo minimizou o problema e negou que a crise hídrica fosse grave – sendo que o Brasil sediaria a Copa do Mundo em junho. A negação continuou mesmo após o fim da Copa, já com o uso do volume morto dos reservatórios e a população sofrendo em diversos bairros da Grande São Paulo.

A posição do governo estadual continuou a mesma: negar a existência do racionamento e da crise. Somente em fevereiro de 2015, o governo Alckmin reconheceu, pela primeira vez, a gravidade da situação e, subitamente, tentou acelerar as obras de transposição e interligação de reservatórios, atropelando licenças ambientais e audiências públicas sob a justificativa da emergência e da gravidade da situação – que, como mencionado acima, nunca antes tinha sido reconhecida. 

Somado ao já exposto, o governo de São Paulo jamais se posicionou publicamente a respeito dos polêmicos contratos dos grandes usuários privados de água da cidade, o que gerou revolta nos moradores dos bairros afetados pelo racionamento. Após o lançamento do aplicativo “tá faltando água”, foi registrada mais de uma notificação por minuto, resultando em mais de 1200 denúncias de casos de escassez na região metropolitana – esse número não considera sobreposições, ou seja, mais de uma notificação no mesmo endereço.

Por todos os motivos expostos, o WWF-Brasil considera inaceitável que o governador de São Paulo Geraldo Alckmin receba um prêmio pela boa gestão dos recursos hídricos oferecido pela Câmara dos Deputados. O gesto representa um acinte não só à população de São Paulo como a do Brasil. O momento não é de premiações e celebrações. Há muito trabalho a ser feito e a crise hídrica da megalópole paulistana ainda não foi resolvida.

O WWF-Brasil vem a público requerer um conjunto de ações que são necessárias para a superação da crise de escassez de água que afeta São Paulo e o país:

A aprovação do Projeto de Lei (PL) que cria a Política Nacional de Serviços Ambientais pois é um instrumento necessário para a proteção de mananciais e nascentes em larga escala e para a geração de renda e a criação de um mercado verde da restauração florestal, além de possibilitar a melhoria da qualidade e da quantidade de água no país. O PL tramita desde 2007.

A criação de um marco regulatório de re-uso da água no paísinexistente até o momento, mas que poderia ser uma solução ambiental e economicamente atrativa para o setor privado, possibilitando a redução de custos de produção industrial, a pressão sobre os reservatórios e a competição entre grandes usuários de água.

O WWF-Brasil mantém um programa dedicado à gestão e à conservação da água e dos ecossistemas aquáticos do país há 14 anos e coloca-se inteiramente à disposição para apoiar e colaborar com o Governo de São Paulo e com a Câmara dos Deputados para pôr em prática ações concretas que beneficiem toda a sociedade e garantam o direito de acesso à água, reconhecido como direito humano básico pela Organização das Nações Unidas.

FONTE: WWF BRASIL