segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Pezão prevê déficit orçamentário em 2016

Foto: Tomaz Silva/ Agência Brasil
Foto: Tomaz Silva/ Agência Brasil
A crise financeira que castiga o estado e o país em 2015 chegou aos dados orçamentários de 2016. O governador Luiz Fernando Pezão pretende entregar uma previsão deficitária do orçamento do ano que vem para a Assembleia Legislativa. Ou seja, ele está pessimista com as contas e calcula que a arrecadação será inferior aos gastos. A intenção foi anunciada pelo governador em reunião, na segunda-feira, com o Sindicato dos Trabalhadores da Saúde (Sindsprev), e três deputados estaduais, no Palácio Guanabara. No encontro, Pezão traçou um panorama grave e comparou a situação com a do governo federal. Anteontem, a presidenta Dilma também apresentou o orçamento com rombo de R$ 30,5 bilhões para 2016 ao Congresso.
Ao formular projeto de orçamento negativo para 2016, Pezão transfere a responsabilidade dos cortes na Saúde, Educação ou em outras políticas públicas para a Alerj. Seria a primeira vez que um orçamento do estado do Rio é apresentado com déficit à Alerj. Hoje, o rombo no caixa do estado está em R$ 2,5 bilhões. Pezão convocou para hoje uma reunião com todos os governadores do seu partido, o PMDB, para debater a crise e propor sugestões a nível federal para contornar o problema. A assessoria de imprensa do governo confirmou a reunião com os governadores, mas não quis informar a pauta.
O deputado Luiz Paulo (PSDB) reagiu com críticas à possibilidade da previsão de déficit no orçamento. Segundo ele, o governo estará infringindo a Constituição Federal, que determina como competência do governo — e não da Alerj — o equilíbrio do orçamento do estado. “É um mau exemplo do governo federal que espero que não seja copiado aqui”, disse o parlamentar tucano.
O estudo dos cortes no orçamento de 2016 inclui limitação dos reajustes de funcionários ativos e pensionistas do estado, como antecipou ontem o Informe do Dia. De acordo com a coluna, não há previsão de aumento para professores em 2015 nem em 2016.
Crise da Petrobras aumenta rombo – Além do cenário da crise nacional, o Rio também teve a sua economia abalada pela queda em mais da metade nos preços do barril de petróleo. A redução dos royalties e os sucessivos escândalos de corrupção do setor de óleo e gás agravaram o quadro. No Rio acontecem 80% das operações da Petrobras, e fatos como a recente paralisação nas atividades da empresa, como no Comperj, afetaram o estado.
Já a receita estadual caiu em 10,6%. “Para ter uma ideia de como a situação se reverteu bruscamente, o planejamento de receitas do Estado vinha sendo feito de acordo com o ritmo de crescimento do ICMS que, repentinamente, desacelerou fortemente. Ela havia aumentando 8,8% em termos reais em 2013, caiu 3,4% em 2014 e recuou 9,7% no primeiro semestre de 2015”, explicou a assessoria do órgão.
Para contornar a crise, o governo está aprovando leis para negociar dívidas e cobrar devedores do estado. Para professor de economia Mauro Osório, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, é razoável que agora o governo apresente previsão de orçamento negativo. “Significa que ele não quer cortar políticas públicas, nem que, para isso, tenha que se endividar”, disse.
COMENTÁRIO:COM A PALAVRA, OS POUCOS ALIADOS DO PEZÃO,AQUI EM CAMPOS.APRESENTEM UMA ALTERNATIVA PARA A SAÍDA DA CRISE.CAMPOS CRIOU SUA SAÍDA !

domingo, 6 de setembro de 2015



A política ambiental do governo brasileiro é boa ou ruim para o clima?


Política brasileira contra o aquecimento global mostra duas histórias – uma de sucesso e uma de fracasso

BRUNO CALIXTO
13/08/2015 - 
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Plataforma marítima de extração de petróleo em Niterói,  Rio de Janeiro (Foto: Buda Mendes/Getty Images)
No final do ano, represententes de todos os países se reunirão em Paris para tentar fechar um acordo contra as mudanças climáticas. Cada país colocará na mesa de negociações sua proposta para impedir que a média de temperatura global aumente mais do que 2ºC. O Brasil também deve apresentar propostas. Se você ouvir as falas do governo, terá certeza de que a posição do Brasil é muito mais positiva do que a de outros poluidores no mundo, como China e EUA. Se ouvir a posição da sociedade civil, saberá que o Brasil está fazendo menos do que China e EUA. Quem tem razão?
Um relatório publicado nesta semana pelo Observatório do Clima, uma rede de ONGs sobre a questão climática, mostra que a política ambiental brasileira conta duas histórias: uma de sucesso, com o controle do desmatamento da Amazônia, e outra de fracasso, com o aumento do uso de usinas termelétricas caras e poluidoras.
O estudo é uma análise das emissões de gases de efeito estufa no Brasil, entre os anos de 1970 e 2013. Essa análise, feita por um sistema chamado de SEEG, apresenta estimativas anuais, mas é uma análise extraoficial. Os dados oficiais são feitos pelo Ministério de Ciência e Tecnologia, e os mais recentes vão até 2012. Apesar de extraoficiais, os números do SEEG são muito similares às estimativas trabalhadas pelo governo, com apenas pequenas mudanças de metodologia.
O gráfico abaixo conta a primeira história. Ele mostra as emissões totais de gases de efeito estufa do Brasil desde 1990. Os números mostram uma queda até maior do que as propostas por outros países. Por exemplo, se fizermos como a Europa e compararmos com o ano de 1990, as emissões do Brasil caíram 15%. Se fizermos como os EUA e compararmos com 2005, as emissões brasileiras caíram quase pela metade. Tudo isso graças à forte redução no desmatamento da Amazônia entre 2004 e 2009.
Gráfico de evolução das emissões de gases de efeito estufa do Brasil (Foto: SEEG/OC)
O próximo gráfico conta a outra história. Se tirarmos o desmatamento para observar melhor os demais setores, percebemos que todos eles aumentaram as emissões continuamente. O setor de energia, por exemplo, aumentou 103% suas emissões desde 1990. Indústria aumentou 93%, resíduos sólidos, 68% e o setor agropecuário, 46%. Basicamente nada foi feito para conter emissões nesses setores. Para piorar, políticas econômicas recentes do governo, como a redução de impostos para a compra de carros, o controle artificial do preço do petróleo e o acionamento das usinas termelétricas no período de seca lançaram ainda mais poluição na atmosfera.
Gráfico de evolução das emissões de gases de efeito estufa do Brasil sem considerar desmatamento (Foto: SEEG/OC)
Se há duas histórias, e as duas são verdadeiras, qual devemos considerar para as políticas futuras? "Estamos comparando omuito com o suficiente", diz Tasso Azevedo, o coordenador do estudo. "O Brasil fez muito ao reduzir o desmatamento, mas isso ainda não é o suficiente." Segundo ele, toda a redução do desmatamento da Amazônia apenas fez com que o Brasil voltasse ao mesmo patamar da média global, e é hora de ser mais ousado nas propostas sobre o clima. "É importante faturar sobre o que já foi feito, mas isso não pode ser usado como cortina de fumaça para não fazer mais nada."
O relatório apresenta uma série de medidas que o Brasil poderia adotar para reduzir suas emissões. São propostas como zerar o desmatamento da Amazônia, investir em fontes renováveis euniversalizar o tratamento de resíduos sólidos. Segundo Azevedo, essas medidas não exigem sacrifício. "São coisas que fazem sentido sem considerar emissões ou mudanças climáticas. Trazem benefícios para a saúde das pessoas, para a economia", diz.
O governo brasileiro ainda não apresentou sua proposta oficial nas Nações Unidas para a Conferência de Paris. Até o momento, 26 países já protocolaram suas metas, incluindo grandes poluidores como União Europeia, Estados Unidos e China.

sábado, 5 de setembro de 2015


Reprodução do Globo online
Reprodução do Globo online


O comando do PT quer que a militância vá para as ruas de verde e amarelo defender Dilma. Para decidirem em cima da hora fazer um ato de apoio ao governo, isso mostra bem como o barco está afundando. Agora só não vale dizer que todo mundo que vestir verde e amarelo nas paradas oficiais é militante do PT apoiando Dilma. 
FONTE BLOG DO GAROTINHO

GOLFINHO-ROTADOR CELEBRA 25 ANOS

Projeto é um marco na conservação marinha
© Todos os direitos reservados. Foto: Projeto golfinho-rotador
Brasília (19/08/2015) – O Projeto Golfinho-Rotador, gerido pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Aquáticos (CMA), em Fernando de Noronha, no litoral de Pernambuco, celebra neste domingo (23) 25 anos de fundação. O CMA pertence ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e o projeto tem o apoio da Petrobrás.
As comemorações terão início já na véspera, no sábado (22), às 19h, com a abertura da Feirinha da Sustentabilidade, na Vila dos Remédios, que oferecerá artesanato e comidas típicas locais, além da distribuição de camisetas, ecobags e pendrive com documentário dos 25 anos do projeto.
O documentário será, também, exibido para o público logo após a abertura da feirinha, num telão montado no local. Em seguida, haverá apresentações de bandas e artistas locais, como o maracatu Nação Noronha e os cantores Felipe França e Lucas Flor. A programação será repetida no domingo, dia de aniversário do projeto.
"Esses 25 anos do Golfinho-Rotador são um marco na conservação marinha brasileira pela tenacidade e dedicação no uso da estratégia de preservação do comportamento natural dos golfinhos-rotadores a partir do desenvolvimento sustentável de Fernando de Noronha, um dos mais cobiçados destinos turísticos marinhos do Brasil", disse o coordenador do projeto, José Martins da Silva Júnior.
Ele fez questão de destacar, ainda, que o sucesso da ação é resultado da parceria estabelecida pelo ICMBio com o Centro Golfinho-Rotador e a Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental, patrocinador oficial do projeto. "Sem esse arranjo institucional, certamente não estaríamos comemorando esses 25 anos de proteção dos golfinhos", concluiu Martins.
Missão e conquista do projeto
A missão do Projeto Golfinho-Rotador é desenvolver ações de pesquisa, educação ambiental, envolvimento comunitário e sustentabilidade em prol da conservação dos golfinhos-rotadores, da biodiversidade marinha e de Fernando de Noronha. Estas ações são executadas por meio de quatro programas: pesquisa, educação ambiental, envolvimento comunitário e sustentabilidade. Veja, a seguir, algumas conquistas do projeto:
. Manutenção do grau de conservação do ecossistema de Fernando de Noronha de modo que a presença dos golfinhos-rotadores no arquipélago permanecesse praticamente a mesma desde 1990 (média de 310 golfinhos em 95% dos dias do ano), quando do início do projeto. No mesmo período, a atividade turística relacionada aos golfinhos cresceu dez vezes mais, mantendo Noronha como o local no mundo com maior concentração regular de golfinhos.
. Descoberta da existência de uma população de rotadores com padrões genéticos exclusivos no mundo.
. Envolvimento de todos os 500 estudantes da Escola Arquipélago de Fernando de Noronha nas nossas ações de educação ambiental.
. Contribuição para a diminuição da Pegada Ecológica de Fernando de Noronha e a Gestão Sustentável do Sistema de Hospedarias Domiciliares de Fernando de Noronha.
. Formação de condutores de visitantes do Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha, por meio do Programa de Capacitação Profissional.
. Envolvimento de 100% dos atletas do esporte mais praticado em Fernando de Noronha por meio do Circuito de Surf Local Projeto Golfinho-Rotador/ Petrobras.
. Divulgação na mídia local, nacional e científica do fenômeno dos golfinhos de Noronha e a necessidade da conservação marinha.
Comunicação ICMBio
(61) 2028-9280

Ilha Solteira sofre com reservatório de usina em 0%, nível mais baixo do país

No noroeste paulista, a cidade foi projetada em torno de uma usina hidrelétrica na década de 1970. Hoje, enfrenta a crise gerada pela estiagem dos últimos anos

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Marcio Pimenta - National Geographic Brasil - /08/2015
Marcio Pimenta
Em uma tarde quente de dezembro, surge de uma viela um homem que grita para os céus: “Obrigado, meu Deus! Está chovendo em Ilha Solteira!”. Ele continua a gritar de alegria até alcançar a Praça dos Paiaguás. Localizada no centro da cidade, a praça recebeu esse nome para homenagear a tribo indígena homônima, conhecida por suas habilidades como canoeiros e guerreiros que nunca recuavam diante do inimigo. O homem se deixa molhar e segue caminhando até fugir do alcance dos meus olhos, confundindo-se entre os milhares de luzes que enfeitam a praça e a Avenida Brasil, encantando adultos, crianças e turistas. A caixa-d’água, um monumento funcional com 30 metros de altura, ostenta a iluminação de uma árvore de Natal de dar inveja a muitas capitais do país. Relâmpagos anunciam chuva, enquanto as crianças encenam o espetáculo O Milagre do Natal. Mas não há graça divina, são apenas alguns pingos d’água e, nos dias seguintes, um calor que supera os 30°C volta a castigar a região. Chuva em Ilha Solteira, cidade que abriga uma das maiores hidrelétricas do país, é agora um golpe de sorte, quase extinta - como os paiaguás.

Estamos agora em maio de 2015, e, assim como no último Natal, as águas dos rios Paraná, Tietê, São Francisco, Uruguai, entre outros, estão passando a toda velocidade, fazendo girar as turbinas das hidrelétricas. Com uma economia abundante em recursos naturais, o Brasil cresceu e se desenvolveu tendo como base para a matriz energética as hidrelétricas, uma fonte limpa e renovável de energia. Em períodos de poucas chuvas, as usinas diminuem a capacidade de geração para que possam reter parte dessas águas no reservatório. É aí que entra em ação o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), órgão responsável pela coordenação e controle da operação da geração e transmissão de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional. O sistema aciona outras fontes de energia, como as termelétricas espalhadas pelo país, para que o abastecimento não seja prejudicado. Tudo automático. As fontes alternativas estão a todo o vapor (inclusive aquelas baseadas em combustíveis fósseis, como o carvão, que polui o meio ambiente) para garantir que o país não pare - as indústrias e empresas possam continuar produzindo e nós possamos acompanhar pela TV a partida de futebol do nosso time favorito, navegar na internet ou que não percamos o que irá acontecer com o personagem da novela ou série.

As águas dos reservatórios ajudam a garantir o abastecimento energético do Brasil e são também o modo de vida e fonte de renda para muitas famílias, empresas e o governo local. Quando um reservatório está em seu ponto de equilíbrio, acontece o que os engenheiros chamam de “situação ótima” para todos: irrigação, geração de energia, piscicultura, pesca, transporte, abastecimento para consumo humano etc. O problema é que o que antes era abundante agora é alvo de disputa. “A ganância do homem acabou com os peixes”, queixa-se Claudionor Gonçalves Gomes, o Mozinho, pescador durante o dia e proprietário de uma peixaria à noite. Ele chegou à cidade em 1972, quando a usina de Ilha Solteira ainda estava em construção. “Eram peixes grandes, bonitos e agora não temos quase nada.” Pergunto a ele se não seria melhor abandonar a pesca e dedicar-se apenas à peixaria.
“Eu pagava mil e seiscentos reais na conta de luz aqui da peixaria, agora são mil e novecentos. Não dá, tenho que me virar como posso, essas termelétricas são caras.”

Mozinho é mais um personagem em uma das maiores crises hídricas da história recente. Desde 1986, quando iniciou-se o monitoramento na região, não se via algo assim. No noroeste paulista, fronteira com o Mato Grosso do Sul, a usina hidrelétrica de Ilha Solteira está com seu reservatório na capacidade mínima: 0%. O nível mais baixo do país. “Em função do atual regime hidrológico, o nível do reservatório da usina encontra-se em cota inferior ao mínimo útil operacional, fixado em 323 metros. À meia-noite de 30 de novembro de 2014, o nível do reservatório estava na cota de 319,5 metros”, informa a assessoria de imprensa da Cesp (Companhia Energética de São Paulo). Sua capacidade máxima, a “situação ótima”, seria 328 metros.

Ainda assim, a usina segue em operação, trabalhando com sua capacidade mínima, por ordem e controle do ONS. Essa diferença aparentemente pequena - por volta de 9 metros - é suficiente para fazer grandes estragos na economia. As margens do reservatório recuaram até 100 metros nas praias de Ilha Solteira e municípios vizinhos, como Santa Fé do Sul e Pereira Barreto, prejudicando o turismo - importante atividade econômica da região. E reativar esse setor não é tarefa simples. “Muitos dos turistas que nos visitam são pessoas que já moraram aqui e retornam para ver a família e matar a saudade”, diz, com o conhecimento de quem é pioneiro na exploração do turismo na região, José Aparecido Trevisoli, proprietário de um restaurante que fica à margem da represa.

“O trem está feio”, avalia. José se refere à forte queda no movimento. As margens do rio ficavam próximas ao seu estabelecimento, mas com o recuo das águas os turistas agora precisam se deslocar dezenas de metros. Alguns preferem ignorar o restaurante e estacionar seus carros mais próximos da margem. José volta seus olhos para as águas. “Já atendi até 3 mil pessoas por dia. Hoje são 150. Dependo disto aqui, não tenho nenhuma outra fonte de renda. Tenho mulher e dois filhos. Fazíamos até uma reservinha para a época de baixa temporada. E agora? Como vou fazer?”, resigna-se.

Ele me chama para caminhar pela praia como se quisesse me contar um segredo. Paramos a certa distância e então ele volta-se para o restaurante novamente. Apoia uma das mãos sobre os meus ombros e aponta para um rapaz que está servindo uma porção de peixe à milanesa em uma mesa com três turistas. “Num dia de domingo como este, eu tinha até 15 funcionários. Demiti todo mundo. Agora somos eu, meu filho, minha nora e minha esposa. Veja lá o meu filho, ele está fazendo tudo: atende, faz a porção de tira-gostos, leva na mesa e fecha a conta. Ele cobra o escanteio e cabeceia para o gol.”

Continuamos a caminhada e percebo que os outros estabelecimentos estão ainda mais vazios que o de José. “Estão todos mal. Mas tenho a expectativa de que os turistas ainda vão vir. Se eu vender 50% do que vendi no ano passado, para mim está ótimo.” E se isso não acontecer?, pergunto a ele. “Tem que acontecer.”

sexta-feira, 4 de setembro de 2015


Projeto Tamar completa 35 anos e comemora resultados


O Projeto Tamar comemora nos dias 26 e 27 deste mês, no Oceanário de Aracaju (SE), 35 anos de existência, com a soltura de filhotes de tartaruga na Praia da Atalaia, na capital do estado.
Na avaliação do coordenador nacional do projeto, o oceanógrafo Guy Marcovaldi, o Tamar está comemorando “muito mais do que um aniversário. É uma nova geração de tartarugas marinhas que apareceu no litoral brasileiro”. Isso se concretizou agora, ao se completar os 35 anos porque, conforme explicou, as estatísticas são feitas de cinco em cinco anos.
“O número de tartarugas, que vinha subindo aos poucos a cada cinco anos, no último quinquênio deu um pulo radical”. Isso se deve, segundo Marcovaldi, a uma nova geração de tartarugas que estão reocupando as praias brasileiras. O número evoluiu de 4,5 milhões de filhotes por ano, entre 2005 e 2009, para 8,4 milhões/ano. “Dobrou, praticamente”.
FonteAgência Brasil
BBC

Cinco maneiras pelas quais o El Niño pode alterar o clima do planeta

Fenômeno em 2015 pode ser o mais forte já registrado, afetando todos os continentes.

Jaime GonzálezDa BBC Mundo em Los Angeles FACEBOOK
A atividade do El Niño vem se fortalecendo nos últimos meses (Foto: NASA via AP)A atividade do El Niño vem se fortalecendo nos últimos meses (Foto: NASA via AP)
O Estado da Califórnia, no oeste dos Estados Unidos, vinha atravessando uma das maiores secas de sua história nos últimos quatro anos e a chegada do verão no Hemisfério Norte preocupava as autoridades, já que esta é normalmente uma estação com menos chuvas.
São muitos os especialistas que têm certeza que fenômenos como este estão sendo causados pelo El Niño, que se caracteriza por um aquecimento das águas do Oceano Pacífico na região equatorial e cuja atividade vem se fortalecendo nos últimos meses.Mas, para surpresa de muitos, o mês de julho foi o mais chuvoso já registrado em muitas partes do sul do Estado, com níveis de umidade altos.
Existe um consenso cada vez maior entre os cientistas de que o El Niño hoje poderia alcançar ou até superar a dimensão registrada entre 1997 e 1998, que causou inundações e secas do planeta todo.
O Serviço Nacional de Meteorologia dos Estados Unidos afirmou até que este pode ser o El Niño mais forte já registrado.
"Os dados que temos indicam que é o El Niño mais forte desde 1997, mas, obviamente, os modelos climáticos só podem prever o que acontecerá nos próximos meses, por isso temos que ser cautelosos", disse à BBC Mundo William Patzert, especialista em clima do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa (JPL, na sigla em inglês) e um dos mais importantes estudiosos do El Niño dos EUA.
"Para que alcance uma intensidade parecida com o período de 1997-1998, é preciso que ocorram duas coisas. Primeiro, nos próximos meses é preciso haver um abrandamento significativo dos ventos alísios de leste para oeste no Pacífico."
"Se isto acontecer, veremos uma transferência dramática de calor das águas do oeste do Pacífico para as do Pacífico central e oriental. É nestas condições que se podem alterar os padrões de temperatura e precipitações em todo o planeta", disse Patzert, que garante que o fenômeno deste ano tem potencial para ser o "El Niño Godzilla", devido à sua intensidade.
A BBC Mundo pediu para o especialista da Nasa falar sobre alguns dos efeitos que o El Niño pode ter em algumas partes do mundo nos próximos meses, caso sua força seja confirmada.
1 - América do Norte
William Patzert pede cautela, já que os modelos climáticos só podem prever o que acontecerá nos próximos meses (Foto: BBC)William Patzert pede cautela, já que os modelos
climáticos só podem prever o que acontecerá nos
próximos meses (Foto: BBC)
"O El Niño faz uma corrente em jato subtropical, que habitualmente se encontra no sul do México e América Central, se deslocar para o norte. Isto provoca invernos mais chuvosos do que o de hábito no sul dos Estados Unidos", afirmou.
"Contrastando com isso, a corrente em jato polar, que tem sito muito forte na América do Norte nos dois últimos invernos, enfraquece, por isso são registrados invernos mais suaves no norte dos Estados Unidos e sul do Canadá."
Segundo Patzert, mesmo que o aumento das chuvas possa ser uma boa notícia para o sudoeste dos EUA, devido à seca na região, também poderia causar grandes inundações e deslizamentos.
2 - América do Sul
"Na região que vai desde o norte do Chile até o Equador, nas quais se encontram as áreas mais áridas do planeta, o El Niño causa invernos muito chuvosos."
"Além disso, nesta região, que conta com os maiores navios de pesca comercial do mundo, se a temperatura da água continua mais alta do que o normal há um colapso na pesca, o que pode ter impacto nas economias destes países", explicou o especialista da Nasa.
"No nordeste do Brasil, o El Niño provoca seca enquanto que no sul do Brasil e norte da Argentina, são registradas inundações."
3 - Ásia
De acordo com Patzert, "quando, no Pacífico equatorial, a água quente se move até a América do Sul, em lugares como Filipinas, Indonésia ou Tailândia são registradas secas extremas".
Em alguns destes países, nos quais a agricultura é responsável por uma grande porcentagem do PIB, pode ocorrer um grande aumento no preço dos alimentos, o que acaba afetando o preço das matérias-primas em escala global.
"Ao mesmo tempo, em países como Japão e China, ocorrem invernos mais temperados", acrescentou.
4 - Europa
"Na Europa, nos anos em que o El Niño é forte, ocorreram invernos muito frios no leste do continente e também no oeste da Rússia", disse Patzert.
Segundo o especialista, "um bom exemplo são dois dos Ninõs mais importantes registrados nos últimos dois séculos: o de 1812 e o de 1941".
"Estes foram precisamente os invernos em que as tropas de Napoleão e Hitler foram derrotadas. Por isso gosto de dizer que nenhum Exército os derrotou, foi o El Niño."
5 - Outras regiões da Terra
Patzert explica que, nos anos em que ocorre o El Niño "há uma temporada de furacões mais fraca no Atlântico" já que os ventos que ocorrem não são favoráveis para a criação de sistemas tropicais.
"Ao mesmo tempo, no Pacífico oriental, devido à elevada temperatura da água, é registrada uma temporada de furacões muito ativa, em regiões como a Baixa Califórnia."
"Enquanto que, o sul do continente africano e Madagascar tendem a ser afetados pela seca, e áreas da África subsaariana, que são muito secas, têm mais chuvas."
Por fim, o especialista da Nasa afirma que o El Niño faz com que o norte da Austrália, como no sudeste asiático, se veja afetado pela seca.

Erosão do mar no Açu se intensifica

É como dizia um dos ditados lembrado pela minha avó Maroca: "além de queda, coice". Além dos problemas dos desapropriados de terra, a comunidade do entorno do porto no Açu sofre também com a rosão do mar sobre o balneário.

O anúncio da Capitania dos Portos de que o litoral da região seria mais castigado hoje, por conta da ressaca, intensifica o problema da erosão no mar do Açu.

Cada vez fica mais evidente que o problema da construção da ponte do terminal 1, e especialmente, a construção dos quebra-mares do terminal do 2 mexeu com a movimentação de areia naquele espaço.

A intervenção do projeto naquele litoral tirou a areia em frente ao balneário, onde está a maioria dos domicílios da localidade, levando para junto das pedras do quebra-mar do terminal 2.

A comunidade está sobressaltada porque sabe que onde estão as casas é um lugar baixo e vai até a Lagoa do Salgado. A passagem das águas sobre a avenida beira-mar, onde já retirou quase todo o calçamento de paralelepípedo leva ao grande risco de atingir toda a comunidade.

Veja imagem de hoje da avenida beira mar já completamente erodida. A imagem abaixo para efeito de comparação foi feita há apenas uma semana. É de impressionar como o mar está levando toda a areia desta parte da praia que é a última que faltava ser atingida pelo mar nestes últimos dois anos:

























PS.: Atualizado foto feita hoje às 17:45: a maré volta a subir agora e preocupa a população do Açu:






Abaixo veja também reportagem da InterTV que foi ao ar no RJ TV à noite mostrando imagens e depoimentos dos moradores:


FONTE BLOG DO ROBERTO MORAES

terça-feira, 1 de setembro de 2015


Reprodução da Época online
Reprodução da Época online


Matéria da revista Época desta semana cita partes do inquérito contra Eduardo Cunha e mostra como sua situação é desesperadora, e porque ninguém acredita que ele escapará de virar réu em ação no Supremo Tribunal Federal, que será sua derrocada. Mas vale a pena lerem a matéria completa. 
FONTE BLOG DO GAROTINHO