quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Catadores brasileiros vivem de forma miserável

São Paulo tem cerca de 200 mil pessoas fazendo esse tipo de trabalho, 25% do total do país. Muitos ganham R$ 100 por mês e comem o que encontram nos lixões.


  • Rogério Campos da Silva divide o barraco com a mãe e os irmãos em Itapeva (Crédito: Talis Maurício/CBN) 
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Rogério Campos da Silva divide o barraco com a mãe e os irmãos em Itapeva
Crédito: Talis Maurício/CBN
Por Talis Maurício
Seis da manhã. O despertador toca cedo na casa do catador de materiais recicláveis Rogério Campos da Silva, de 37 anos. Ele apenas veste uma roupa e sai para mais um dia de trabalho no lixão de Itapeva, cidade do interior de São Paulo. Café da manhã é um luxo. Já o almoço e o jantar dependem do que Rogério encontra ao longo do dia. ‘Lá eu já encontrei carne, frango, arroz, feijão, açúcar. Tudo! Trazemos tudo pra comer... Só o que eu tenho pra dizer.’

Baixa autoestima e mania de obediência, de encerrar as frases com ‘só o que eu tenho pra dizer’, são algumas das sequelas da vida miserável que Rogério e outros 60 catadores em Itapeva levam. Há dez anos nessa vida, ele consegue tirar apenas R$ 100 por mês. O que mais compensa são as garrafas pet, vendidas a R$ 0,50 o quilo.

A reportagem da CBN esteve no lixão de Itapeva e presenciou cenas lamentáveis, como dezenas de catadores, desde adolescentes até idosos, sem luvas ou qualquer outro tipo de proteção. A cada caminhão que chegava, uma briga por prioridade. Sem contar os urubus ao redor e o forte cheiro de decomposição.

Foi lá que encontramos Rogério, que depois nos levou para conhecer a casa dele, no mesmo bairro. Um barraco de madeira com apenas um cômodo, dividido entre ele, a mãe de 59 anos e outros dois irmãos mais novos. ‘Meu sonho era fazer a casa pra minha mãe e pegar um bom emprego. Pegar um bom emprego, porque é o sonho que eu quero.’

Atualmente, 60% dos municípios brasileiros ainda possuem lixões ou aterros controlados, segundo dados da Abrelpe. No estado de São Paulo, a Confederação Nacional de Municípios estima que 123 cidades estão na mesma condição. O estado mais rico do país tem cerca de 200 mil catadores, 25% dos 800 mil espalhados pelo Brasil.

Outro cenário degradante está em Peruíbe, no litoral Sul de São Paulo. No lugar de um lixão, um aterro controlado, que pouco se diferencia já que também não evita a poluição do meio ambiente. Como funcionários de uma empresa terceirizada da prefeitura vigiam o local durante o dia, os catadores atuam apenas à noite, escondidos. Uma rotina desafiadora que expõe cerca de 30 pessoas diariamente a contaminações, ratos e até animais peçonhentos. Maria Madalena Sampaio, de 46 anos, explica que os trabalhos começam no fim da tarde e vão até a madrugada.

Ela tira R$ 150 por mês e, a exemplo de Rogério, também come o que encontra no local. ‘Às vezes uma mistura que a gente acha. Aí a gente traz pra casa, ferve, lava com limão, sal e nós come (sic).’

A Defensoria Pública de São Paulo, por meio do Núcleo de Direitos Humanos, acompanha a situação no estado e avalia entrar na justiça contra os municípios que não se adequarem à lei. As prefeituras de Itapeva e Peruíbe afirmam que estão atuando para retirar os catadores e oferecer outras frentes de trabalho em cooperativas da região. 
FONTE RADIO CBN

terça-feira, 4 de agosto de 2015

Municípios poderão receber em energia compensação pelo uso de recursos hídricos

   
Gorette Brandão e Iara Guimarães Altafin | 07/07/2015, 11h33 - ATUALIZADO EM 07/07/2015, 13h23
Municípios que abrigam reservatórios de usinas hidrelétricas podem passar a receber em energia, e não mais em dinheiro, metade da receita decorrente da chamada Compensação Financeira pela Utilização de Recursos Hídricos (CFURH). É o que sugere o senador Blairo Maggi (PR-MT), por meio de projeto de lei (PLS 317/2011) aprovado nesta terça-feira (7) na Comissão de Meio Ambiente, Defesa do consumidor e Fiscalização e Controle (CMA).
A proposta estabelece ainda que a energia recebida seja aplicada em programas de geração de emprego e renda no município, aprovados pelas Câmaras Municipais. Segundo o autor, o objetivo é estimular os municípios a planejarem uma política industrial em seu território, “visando a atrair indústrias com o incentivo de energia barata e até mesmo gratuita”.
— Ao terminar as obras [das hidrelétricas], os problemas sociais ficam no município e a energia vai para o Sul e Sudeste. Com essa medida [prevista no projeto], os municípios abrangidos por hidrelétricas poderão fazer uma política de incentivo industrial, doar ou reduzir o preço da energia, para o desenvolvimento da região — argumentou Blairo Maggi,  durante o debate sobre o projeto nesta terça-feira.

Ineficiência

Em vários casos, segundo Blairo, a compensação financeira responde pela maior parte dos recursos dos orçamentos de municípios onde estão os reservatórios. O problema, em seu entendimento, é que o pagamento em espécie aos municípios “tem sido fonte de uso ineficiente, quando não ilegal, dos recursos financeiros por parte de muitos prefeitos”. Apesar disso, ele diz que falta iniciativa, por parte dos órgãos de controle externo, para coibir o uso ineficiente ou indevido.
Pelo texto, a nova sistemática deverá ser aplicada às usinas hidrelétricas que entrarem em operação após a publicação da lei que vier a ser aprovada. Os municípios que já recebem participação em dinheiro poderão optar pela continuidade desse modelo ou pelo novo regime.

Relatório favorável

O senador Otto Alencar (PSD-BA), relator da matéria na CMA, avalia que a proposta pode dotar os municípios de instrumento eficaz de indução de renda.
— A energia que os municípios passarão a receber, como participação nos resultados, induzirá a implantação de parques industriais e, com isso, levará o desenvolvimento para mais de 700 municípios que hoje recebem a CFURH — argumenta em análise favorável à proposta.
Para não afetar as finanças dos municípios, Otto sugeriu emenda para suprimir dispositivo do texto que estabelece a isenção da compensação financeira para as pequenas centrais hidrelétricas (as PCHs), com capacidade entre 10 e 30 mil quilowatts, que iniciaram operação antes da Lei 7.427/1996. O relator sugeriu ainda emendas ao texto para ajustes de técnica legislativa.
O projeto ainda será submetido ao exame da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), onde receberá decisão terminativa.

Perdas de ativos

União e estados também compartilham com os municípios as receitas da CFURH, contribuição econômica instituída pela Constituição Federal para compensar os entes federativos pela perda de áreas agricultáveis, de biodiversidade e outros ativos, em decorrência da inundação de áreas para formação dos reservatórios das usinas. Alternativamente, a compensação pode ser paga na forma de participação no resultado da exploração do potencial hidráulico.
A CFURH corresponde a 6,75% do valor total de energia mensal produzida pela usina (em Megawatt/hora- MWh), multiplicado por uma tarifa de referência – a chamada Tarifa Atualizada de Referência (TAR). Do total arrecadado, 45% são destinados aos municípios atingidos pelos reservatórios e 45% são distribuídos aos estados. Os 10% restantes são repassados à União.
O senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) sugeriu que a medida prevista no PLS 317/2011 seja extensiva aos estados. Após elogiar o projeto de Blairo Maggi, ele anunciou que deverá apresentar emenda com esse objetivo quando da tramitação do texto na CAE. A matéria também recebeu o apoio dos senadores Ronaldo Caiado (DEM-GO), Valdir Raupp (PMDB-RO) e Jorge Viana (PT-AC).
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Reprodução do Estadão online
Reprodução do Estadão online


A grande verdade, que alguns petistas relutam em aceitar, é que o PT já perdeu o poder, e isso não tem nada a ver com impeachment. Dilma venceu a eleição, se reelegeu, mas perdeu o poder. Ou por acaso, o governo hoje não está refém do PMDB? Com ou sem impeachment, o governo Dilma - se for até o final - sobreviverá cada vez mais "comendo na mão" do PMDB e outros aliados. A crise política aliada à crise econômica tem um efeito devastador. O fato é que, seguindo a máxima de que "vão-se os anéis, ficam os dedos", o governo não tem mais nenhum projeto para o país. O único projeto é o de garantir a governabilidade, leia-se assegurar o mandato de Dilma até o final. Devastado por escândalos de corrupção, como o Mensalão, o Petrolão, e virá o Eletrolão, o PT está "abaixo do volume morto", como disse Lula. O PT precisa entender que o ciclo está chegando ao fim. E agora nem Lula salva. 
FONTE BLOG DO GAROTINHO

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Em novo adiamento, Senado amplia prazo para fechamento de lixões



Senadores atenderam a pedido da Confederação Nacional de Municípios. Para especialista, prorrogação devia ser acompanhada de planejamento para implementação da política.



Os senadores aprovaram quarta-feira (1º/7) o Projeto de Lei do Senado (PLS) 425, de 2014, que adia novamente a data definitiva para os municípios se adaptarem à Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305, de 2010) e fecharem os lixões. O primeiro prazo era agosto do ano passado, mas já havia sido adiado por um ano. A aprovação atendeu a um pedido da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), pois 3 mil municípios e o Distrito Federal ainda não conseguiram cumprir as determinações da política.
Segundo a Lei 12.305, todas as cidades devem substituir os lixões por aterros sanitários regulamentados. Estes devem contar com preparo no solo para evitar a contaminação do lençol freático, coleta do chorume que resulta da degradação do lixo e com a queima do gás metano para gerar energia elétrica Além disso, somente os rejeitos devem ser destinados aos aterros. Todo o material reciclável e orgânico deve ter outra destinação, adequada às suas características.
A proposta original previa um adiamento de dois anos ao fechamento dos lixões. No entanto, os senadores aprovaram uma emenda, apresentada pelo senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), determinando prazos diferentes, de acordo com o tamanho da cidade. Para ele, é preciso considerar que o fechamento de um lixão depende de outras ações, como a coleta seletiva, a criação de aterros sanitários e áreas de transbordo, e a destinação de resíduos de construção civil.
As capitais e municípios de regiões metropolitanas terão prazo até 31 de julho de 2018 para acabar com os lixões. Os localizados em fronteiras e os que têm mais de 100 mil habitantes terão até o final de julho de 2019. As cidades que possuem entre 50 mil e 100 mil habitantes têm até 31 de julho de 2020. E até julho de 2021, os municípios com menos de 50 mil habitantes.
A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), relatora da proposta, defendeu a proposta sob argumento de que a maior parte dos municípios não conseguiu cumprir a determinação legal, por falta de quadros técnicos e carência de recursos financeiros. “A lei não foi realista ao prever um prazo exíguo para que os municípios, especialmente os menores e mais carentes, assumissem a responsabilidade por essa tarefa complexa e dispendiosa”, avaliou.
A arquiteta e coordenadora do grupo de trabalho de meio ambiente da Rede Nossa São Paulo, Nina Orlow, criticou a nova prorrogação para o fim dos lixões. Para ela, esse tempo “pode ser uma prorrogação pura e simples, sem nenhuma garantia de que sejam tomadas providências para que a política comece a ser efetivada”.
Para Vanessa, deveria ter sido feito e assinado um termo de ajustamento de conduta, no qual o Ministério Público, ou mesmo órgãos do governo federal, pactuassem com os outros atores as suas obrigações dentro de um tempo estabelecido. “E não apenas dar mais tempo”, concluiu.
Postado por Daniela Kussama

TCE-RJ: Governo do estado deixou de contabilizar R$ 1 bilhão em dívidas

Governador do Rio, Sérgio Cabral, acompanhado do presidente da Firjan, Eduardo Eugênio Vieira e o secretário de Esporte e Lazer, Eduardo Paes, em frente a prefeitura de Paris  (Foto: Carlos Magno / Divulgação)
Do site da revista Época: 
No dia 19 de maio de 2008, o então governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, deu uma volta de bicicleta ao redor da prefeitura de Paris. Encantado com as ciclovias francesas que visitara, aprumado em um terno impecável, Cabral tirou as mãos do guidão, esticou os braços no ar e pedalou confiante de que não cairia. Um relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ), obtido por ÉPOCA com exclusividade, revela que Cabral, em 2014, pode ter pedalado também no sentido metafórico.
Conforme o parecer, elaborado em maio por técnicos do TCE-RJ, Cabral e Pezão – que assumiu o governo em abril de 2014 – deixaram de contabilizar dívidas que somaram R$ 1 bilhão. Os bens e serviços foram entregues pelas empresas, mas não houve pagamento naquele ano nem registro do gasto. A maior parte da dívida não contabilizada, no valor de R$ 626 milhões, foi assumida com a Concessionária Rio Barra, responsável pela construção da Linha 4 do metrô, que ligará a Zona Sul carioca à Barra da Tijuca. A obra é de vital importância para as Olimpíadas de 2016. Conforme documentos do TCE-RJ, o pagamento da dívida com a Concessionária Rio Barra só ocorreu em 27 de fevereiro de 2015. Em 2014, segundo os técnicos, a Companhia de Transporte sobre Trilhos (Riotrilhos), órgão do governo responsável pelas obras do metrô, não tinha orçamento para honrar o compromisso. O restante da dívida não contabilizada, de cerca de R$ 375 milhões, está diluída em diferentes áreas, como a compra de alimentos para presidiários.
Segundo os 20 auditores do TCE responsáveis pelo relatório de 602 páginas, feriu-se a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e também a Lei das Finanças Públicas. Sancionada em maio de 2000 pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, a LRF visa o controle e a transparência dos gastos públicos, principalmente no final do mandato do governante. Conforme o relatório, Cabral e Pezão infringiram a LRF ao assumir dívidas nos últimos oito meses de administração, sem dinheiro em caixa para pagá-las. O R$ 1 bilhão corresponde a 1,3% das despesas autorizadas em 2014, mas faz uma grande diferença nas contas do Estado. Ao pesarem na balança a receita arrecadada e as despesas empenhadas, os auditores chegaram a um resultado positivo de R$ 122,7 milhões em caixa. Quando descobriram o papagaio de R$ 1 bilhão, não registrado no balanço, os técnicos concluíram que o saldo se transformava em um deficit de R$ 878 milhões.
Matéria completa no site da Época: aqui 

domingo, 2 de agosto de 2015

Não compre, pegue emprestado

Incentivando o consumo sustentável, comunidade virtual favorece empréstimos e trocas.

Vida Simples Digital
Divulgação (*)
Em tempos onde é preciso repensar a nossa necessidade de acesso ao invés de posse, compartilhar ferramentas e recursos se torna mais sustentável do que a compra. A brasileira Camila Carvalho criou uma plataforma online e gratuita onde vizinhos podem emprestar seus aparelhos. “Quis que o nome fosse “Tem Açúcar?” para mostrar que esse tipo de coisa não é algo novo. Sempre foi comum”, explica Camila. 

Prefeitura divulga programação da Festa de São Salvador

A Prefeitura de Campos divulgou na tarde desta sexta-feira (24) a programação da 363ª Festa do Santíssimo Salvador. A grade começa no dia 6 de agosto, dia do padroeiro da cidade, com a apresentação da cantora católica Adriana, a partir das 21h, no palco oficial, montado na Praça das Quatro jornadas. Ao contrário dos tempos das “vacas gordas”, quando a Prefeitura pagou R$ 158 mil por um show de Michel Teló, na festa de 2013, agora a ideia é apostar nas pratas da casa.
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No dia 7 será a vez da cantora campista Ester Freitas abrilhantar os festejos. Ester ficou conhecida em todo o Brasil após participar da disputa musical “Os Iluminados”, do “Domingão do Faustão”, na Rede Globo. A prata da casa ficou em terceiro lugar. Ela vai apresentar na festa do padroeiro o show “O Brilho da Pérola”, com direção geral e musical de Jardel Maia e codireção de Daniel Archangelo.
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Destaque nas redes sociais e atração no “Programa do Gugu” da TV Record, a cantora Aniara Rangel se apresenta no dia 8. A policial militar do Estado do Rio de Janeiro, natural de Campos, saiu do anonimato a partir da publicação de um vídeo na internet. Nos palcos, ela adota o nome de Angelina Vox, nome inspirado no vocalista da banda U2, Bono Vox, uma de suas preferidas. A preferência dela é por rock.
Segundo a presidente da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima, Patrícia Cordeiro, a programação foi redimensionada, devido à crise econômica do país. “A população terá a oportunidade de conhecer os nossos talentos”, disse a presidente.
Fonte: Ascom/FCJOL

sábado, 1 de agosto de 2015

O clima definitivamente entrou na pauta global


Notícias das últimas semanas revelam preocupação com as mudanças climáticas e seus efeitos, mas ainda falta o Brasil entrar no clima.
Por Reinaldo Canto
Já não era sem tempo e nem por falta de sinais gritantes das mudanças climáticas, cada vez mais intensos e preocupantes. Finalmente, a questão foi reconhecida como uma seríssima ameaça a sobrevivência do ser humano num planeta mais quente e instável.
As boas notícias começaram no encontro do G-7, o grupo de países mais desenvolvidos do mundo (Alemanha, França, Reino Unido, Itália, EUA, Canadá e Japão) reunidos na Alemanha, que decidiu, pela primeira vez, encarar de frente o desafio de “descarbonizar” a economia. Ou seja, por um fim, mesmo que a longo prazo, ao uso de combustíveis fósseis (petróleo, carvão e gás natural) que tem sido a base energética da economia mundial ao menos há 200 anos.
Inicialmente o acordo dos países ricos prevê a redução entre 40 e 70%, até o ano de 2050, das emissões de gases de efeito estufa; e o comprometimento com aportes de recursos para um fundo de US$ 100 bilhões a serem investidos em tecnologia para a adoção de energias limpas e renováveis nos países pobres, principalmente no continente africano.
O objetivo mais imediato dos países que compõem o G7 é o de frear o aquecimento do planeta para que não ultrapasse os dois graus centígrados, considerados pelos cientistas um patamar crítico, já que o aumento da temperatura média poderá acarretar em mais fenômenos climáticos extremos, extinção acelerada de espécies, além de acarretar no aumento nos níveis dos oceanos, entre outras consequências. Segundo o comunicado emitido pelo G7 a economia mundial deverá estar “descarbonizada” até o ano de 2.100.
Ainda faltam detalhes sobre como será a execução do plano na prática, mas o anúncio e a importância dada ao tema são inéditos e demonstram claramente a preocupação desses líderes com o futuro do planeta. Isso não é pouca coisa. Muitos entenderam a posição como histórica, por representar o início do fim da era dos combustíveis fósseis, até aqui a base da economia global desde a Revolução Industrial.
Papa antenado com o clima  
A outra boa notícia veio do Vaticano e eis que mais uma vez o Papa Francisco surpreende e renova o seu empenho em falar sobre problemas contemporâneos. Desta feita em sua primeira encíclica – “Laudato si’” (Louvado sejas), ele cita o Patriarca Ecumênico Bartolomeu: “Um crime contra a natureza é um crime contra nós mesmos e um pecado contra Deus.”
Se não fosse pouca coisa, o Papa ainda afirma, fazendo uma direta referência às mudanças climáticas: “o urgente desafio de proteger a nossa casa comum inclui a preocupação de unir toda a família humana na busca de um desenvolvimento sustentável e integral, pois sabemos que as coisas podem mudar”.
Em consonância com os preceitos adotados desde a Conferência das Nações Unidas, a Rio+20, no Rio de Janeiro em 2012, que colocou o desenvolvimento sustentável ao lado da erradicação da pobreza, o Papa Francisco fez coro e reforçou a sua preocupação com os menos favorecidos: “São inseparáveis as preocupações com a natureza, a justiça para com os pobres, o empenho da sociedade e a paz interior.”
E agora Brasil?
Em recentes declarações durante o encontro de cúpula com a União Européia a Presidenta Dilma Roussef afirmou que o Brasil tem sido um dos países que mais reduziu suas emissões, graças principalmente a queda do desmatamento. Mesmo assim, para a 21ª Conferência do Clima a ser realizada em Paris no final do ano, será preciso um compromisso mais efetivo e não apenas jogo de palavras.
Nessa ocasião deverão ser assumidos novos compromissos para substituir o Protocolo de Kyoto com metas mais ambiciosas para todos os países. Ainda mais entre os maiores emissores, caso do Brasil que ocupa a 10ª posição. As pressões sobre o governo já começaram, entre elas, o Lançamento da Coalizão Brasil: Clima, Florestas e Agricultura, movimento com a presença de mais de 50 entidades representantes do setor privado e de importantes organizações do terceiro setor, nesta semana que, “pretende propor e promover políticas públicas para o estímulo à agricultura, pecuária e economia florestal que impulsionem o Brasil como protagonista na liderança global da economia sustentável e de baixo carbono, gerando prosperidade, com inclusão social, geração de emprego e renda”. 
A Coalizão vai divulgar um documento que apresenta propostas de políticas e ações efetivas  que devem contribuir para a estruturação da posição do Brasil na COP21.
Nesses seis meses que faltam para o encontro de Paris novas discussões e debates virão e o Brasil deve entrar no clima positivo que começa a tomar corpo mundo afora.
Matéria originalmente publicada no portal da Carta Capital

Como evitar ataques de tubarão - e o que fazer se for atacado

Surfista australiano conseguiu escapar durante torneio na África do Sul; especialista ensina como evitar a proximidade com esses animais.

Da BBC FACEBOOK
Grande tubarão-grande foi fotografado em posição de ataque na Austrália (Foto: Reprodução/Instagram/Calypsostarcharters)Grande tubarão-grande foi fotografado em posição de ataque na Austrália (Foto: Reprodução/Instagram/Calypsostarcharters)
O surfista australiano Mick Fanning passou um susto no último domingo: foi atacado por um tubarão durante uma competição na África do Sul, incidente que acabou sendo transmitido ao vivo pela TV.
Ele conseguiu bater no tubarão e escapar em um bote de resgate.
Cerca de 70 ataques não provocados de tubarão têm sido registrados por ano no mundo, resultando em cerca de dez mortes. Ou seja: em termos globais, a probabilidade é maior de morrer sendo atingido por raios ou de picadas de abelhas do que por tubarões.
Mas os números de ataques têm crescido constantemente a cada década, provavelmente em decorrência do aumento da população humana global e de sua presença mais constantes nas águas.
Ante os aguçados sentidos de olfato, paladar, audição e visão do tubarão, como se precaver de um eventual ataque? E o que fazer se for atacado?
Eis algumas dicas, compiladas pelo biólogo George H. Burgess, do Museu de História Natural da Flórida (EUA):
Evite a água do mar no período entre o pôr do sol e o nascer do sol
É nesse período que os tubarões estão mais ativos.
Também é bom evitar nadar durante ou depois de tempestades, que deixam as águas turvas e agitam os peixes dos quais os tubarões se alimentam. Esse cenário pode impedir o tubarão de distinguir entre suas presas e seres humanos.
O mesmo raciocínio se aplica a nascentes de rios, onde as águas costumam estar lamacentas.
Dados de ataque de tubarão (Foto: BBC)
Fique em grupo
Pessoas desacompanhadas têm mais chance de serem atacadas do que as que permanecem em grupo.
E é bom não se distanciar demais da costa - quanto mais longe, mais demorado será o socorro.
Pense no que você vai vestir
Evite ornamentos (como bijuterias) brilhantes, porque a luz refletida faz lembrar as escamas de peixes.
Tampouco use roupas de cores muito claras ou estampas, porque os tubarões são especialmente bons em identificar contraste.
Estão sendo testados trajes especiais, com listras, que se assemelhem a cobras marinhas venenosas. O objetivo é ver se esses trajes servem de advertência ao tubarão - de que a carne humana não deve ser comida.
Evite águas usadas por pescadores (amadores ou comerciais)
Os tubarões são capazes de sentir odores emitidos pelas iscas, mesmo a grande distância. Então é bom ficar longe de águas em que pescadores estejam usando varas e de rotas pesqueiras.
Evite águas contaminadas (ou em processo de contaminação)
Fique longe de águas que recebam esgoto, e nunca entre no mar se estiver sofrendo algum sangramento. As duas coisas podem atrair tubarões.
Fique atento às presas dos tubarões
Se outros mamíferos marinhos (como focas) estiverem por perto, é possível que tubarões também estejam por ali.
Vale ficar de olho, também, em peixes que sirvam como isca ou outros animais se alimentando - por exemplo, pássaros mergulhando na água para comer. Animais (como tubarões) que comem a mesma comida podem estar por perto.
Lembre-se: um predador nunca fica muito longe de sua presa.
Não fique espirrando água
Tente não espirrar ou mover demais a água, para evitar fazer os mesmos movimentos feitos pelas comidas favoritas do tubarão.
Pelo mesmo motivo, evite deixar animais de estimação na água, já que eles espirram muita água.
Atenção ao local onde você nada
Provavelmente não é uma boa ideia nadar entre bancos de areia ou perto de áreas íngremes no oceano: essas são algumas das regiões favoritas para tubarões se reunirem.
Mantenha distância de águas infestadas por tubarões
Fique longe da água se souber que há tubarões presentes e saia da água se os animais forem avistados ali perto.
Se vir um tubarão, fique quieto
Se vir um tubarão, fique onde está, o mais quieto possível. A maioria dos tubarões ficará apenas curiosa e provavelmente vai embora por conta própria.
Tente permanecer calmo. Ataques são eventos raros.
Se atacado, responda agressivamente
Se você for atacado, a regra básica é: faça o que precisar para se desvencilhar, mas faça-o calmamente.
Tente lutar e assustar o tubarão. O melhor jeito de fazer isso é atingir o nariz do animal.
É possível também bater nos seus olhos e guelras (órgãos respiratórios), dois dos órgãos mais sensíveis do tubarão.
Nunca desvie o olhar do tubarão e defenda seu corpo (e as laterais dele) com alguma "arma", como a prancha de surfe - sem usar as mãos.

sexta-feira, 31 de julho de 2015

Evento muda lógica de produção e consumo

Além do setor público, intenção é levar práticas para os setores industriais e demais áreas da iniciativa privada.

Por: Lucas Tolentino - Editor: Marco Moreira
 
Com o objetivo de promover o desenvolvimento sustentável, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) realizará seminário sobre boas práticas de contratações públicas sustentáveis e recomendações para formulação de políticas públicas. Realizado em colaboração com a Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (Cepal), o evento ocorrerá, em Brasília, no dia 6 de agosto.
 O seminário fomentará dinâmicas e ações capazes de mudar a lógica de produção e consumo atual. A estratégia faz parte da agenda de promoção de compras públicas sustentáveis nas três esferas de governo - municipal, estadual e federal. A intenção é levar essas práticas também para os setores industriais e demais áreas da iniciativa privada.
EXPERIÊNCIAS
A programação inclui a troca de experiências vivenciadas nos mais diversos locais. Serão apresentados os mecanismos internacionais de contratações públicas sustentáveis referentes aos Estados Unidos, Japão, Suécia e Coreia do Sul. Além disso, haverá palestras com análises comparadas entre o modelo brasileiro e as políticas internacionais de compras públicas sustentáveis.
Aberto ao público em geral, o evento será realizado das 8h às 18h, no auditório do edifício anexo do MMA, na 505 Norte. As vagas são limitadas. Para participar, os interessados devem se inscrever pelo e-mail: gicelia.santos@mma.gov.br. É preciso enviar nome completo e instituição da qual faz parte.

 Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA) ? (61) 2028-1753