sexta-feira, 6 de março de 2015

Vida nova no mangue


Vida nova no mangue

PUBLICADO . EM BIODIVERSIDADE

6673Meta é o replantio de oito hectares na Área de Preservação Ambiental - Fotos: Divulgação ONG Guardiões do MarDepois de muitos anos sofrendo com a degradação e o desmatamento, parte do manguezal de um dos principais santuários ecológicos do Rio de Janeiro, a Área de Proteção Ambiental (APA) de Guapimirim pode começar a respirar. Graças ao trabalho que vem sendo realizado pela ONG Guardiões do Mar, por meio do projeto Uçá, que tem como meta fazer o plantio de espécies típicas do mangue e recuperar o equivalente a cerca de quatro hectares devastados.
A expectativa dos especialistas é que, em poucos meses, boa parte do manguezal já estará coberta e reflorestada. Na próxima semana, biólogos e engenheiros florestais começam a acompanhar o crescimento dessas mudas, que irão devolver a essa parte do manguezal o papel de oxigenar aquele habitat.
O projeto Uçá, criado pela ONG Guardiões do Mar, conta com o patrocínio da Petrobras, por meio do Programa Petrobras Ambiental. Além de estudar o real impacto da poluição nos manguezais, o Uçá prevê o replantio de oito hectares na Área de Preservação Ambiental.
O estudo, realizado pelos especialistas da Guardiões do Mar, inclui avaliar também o impacto da poluição causada pelo homem para uma espécie que sobrevive nos manguezais e que é fonte de renda de muitos catadores: o Ucides cordatus, ou caranguejo Uçá, cada vez mais escasso na Baía de Guanabara.
Iniciado em julho do ano passado, o projeto Uçá realiza pesquisas de campo na Baía de Guanabara, avaliando as condições de sobrevivência do caranguejo e promovendo um levantamento da costa marinha dessas regiões. Os biólogos e engenheiros florestais estão fazendo a identificação da fauna e em que condições se encontra.
6673bOs pesquisadores abriram duas frentes até o momento. As saídas de campo para realizar o estudo científico sobre a situação do caranguejo, incluindo os filhotes e larvas, e capina de vegetação exótica.
Para o replantio, foram coletados sementes das três principais espécies vegetais de manguezal: Rhizophora manglee, Laguncularia racemosa e Avicenia schauerianna, os chamados mangue preto, vermelho e branco, respectivamente. Nos próximos meses, os especialistas vão acompanhar o diâmetro do caule, altura da muda, desde a base até a última folha e avaliar de que forma as mudas estão se adaptando ao ambiente. As novas espécies foram plantadas com um espaçamento de cerca de 2x2 metros.
Na foto, biólogo faz mapeamento da área.
“A maioria das pessoas não têm a menor ideia da importância dos manguezais para o ecossistema. Acham bonito falar de mangue, mas não entendem a real importância. Estamos estudando e recuperando áreas degradadas e, além de passarmos a mensagem de educação ambiental para jovens e crianças que passam a ser multiplicadores, estamos realizando parcerias com escolas, secretarias de Meio Ambiente e Educação. Essas parcerias são fundamentais para ampliarmos esse leque e fortalecer a consciência ambiental”, explica Pedro Belga, presidente da ONG Guardiões do Mar.
Parceria com a APA de Guapimirim para reflorestamento
Para reflorestar a APA de Guapimirim, a ONG também firmou um convênio de cooperação técnica com o Instituto de Biodiversidade Chico Mendes, para ajudar no reflorestamento da Baía de Guanabara, na região da APA. A parceria inclui também a Estação Ecológica da Guanabara.

Nova máquina de lavar roupas usa apenas um copo de água


Nova máquina de lavar roupas usa apenas um copo de água

PUBLICADO . EM FERNANDO GUIDA

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DETERGENTE ESPECIAL À BASE DE POLÍMEROS POLARIZA E ATRAI PARTÍCULAS DE SUJEIRA PARA QUE ELAS SEJAM SUGADAS. OUTRA VANTAGEM É NÃO PRECISAR SEPARAR ROUPA POR COR.
Por Blog do Guida
Você sabe quanto sua máquina de lavar gasta de água? Pelo menos 120 litros por programa de lavagem, quantidade que, por sinal, é a mesma para atender às necessidades diárias de consumo e higiene de uma pessoa, segundo a ONU (Organização das Nações Unidas).
Pesquisadores da Universidade de Leeds, na Inglaterra, resolveram trabalhar para mudar essa realidade e desenvolveram uma técnica de lavar roupa bem mais econômica. A Xeros é uma máquina de lavar que utiliza apenas um copo de água e algumas gotas de um detergente especial, feito à base de polímeros.
Os pesquisadores descobriram que esses polímeros se polarizam e atraem as partículas de sujeira, criando uma mistura pastosa, que é sugada pela máquina. E o melhor é que o detergente não é perdido, podendo ser reutilizado em 500 lavagens, além de ser reciclável.
Outra vantagem é que não haveria mais a necessidade de separar as peças por cor, já que, com pouca água e sabão, não há a possibilidade de nada ficar manchado. Incrível, não é? Infelizmente, ainda não há previsão para a comercialização da Xeros para uso doméstico, mas já estamos na contagem regressiva!

quinta-feira, 5 de março de 2015


Reprodução da Folha de S. Paulo online
Reprodução da Folha de S. Paulo online


A lista foi protocolada às 20h11m no STF. Os nomes ainda estão sob sigilo até uma decisão do ministro Teori Zavascki. O MPF apresentou também pedido para que seja retirado o sigilo. Imagino a esta hora as redações de jornais em polvorosa tentando confirmar os nomes da lista. 

FONTE BLOG DO GAROTINHO

Refugiados ambientais




Refugiados ambientais

PUBLICADO . EM MUDANÇAS CLIMÁTICAS

Por Fernando Safatle*
10142Não sou catastrofista. Todavia não é possível ser tão ingênuo ao ponto de não enxergar as mudanças climáticas que estão ocorrendo e a crise hídrica que esta acontecendo com consequências dramáticas. As mudanças climáticas não são ocorrências que irão acontecer no amanhã. Não. Há que reconhecer: são fenômenos que já estão acontecendo agora. A duração do tempo de estiagem esta aumentando e a duração do período chuvoso esta diminuindo. Isto é fato. Tanto é assim, que o ciclo de plantio da soja no Centro-Oeste esta se modificando.
Ninguém podia imaginar que um dia poderia faltar água na região metropolitana de São Paulo. Durante séculos, a crise hídrica era fenômeno natural exclusivo da região do nordeste. São Paulo era sinônimo de abundancia de água e terras férteis: o Eldorado dos nordestinos. Era para lá que se direcionava o fluxo migratório dos flagelados pela seca. Hoje, em pleno período chuvoso, a represa de Cantareira, responsável por abastecer uma população estimada em 6,5 milhões de pessoas na capital paulista está com um volume de apenas 5,1% de sua capacidade, prestes a sofrer um colapso, ou seja, simplesmente secar.
Em levantamento feito pelo Estadão o sistema Cantareira atinge o pior nível de capacidade no mês de agosto, quando entramos no período critico da estiagem. Nesse mês, a vazão media do sistema historicamente calculado baixa para 21,24%. No ano de 1953, quando foi registrado a pior seca o nível em agosto alcançou 14,19%. Agora, em 2014, o nível caiu para 6,28 e, em janeiro de 2015, 5,1%. Ou seja, nunca o sistema da Cantareira baixou em tamanha proporção seu nível.
A crise hídrica não é exclusividade de São Paulo, atinge o sudeste como um todo, abrangendo Belo Horizonte e o Rio de Janeiro. Das quatro represas que abastecem de água e fornece energia ao Rio de Janeiro, São Paulo e Minas três já estão captando no volume morto: Paraibuna, Santa Marta e Funil.
Para se recompor em níveis que possa garantir o abastecimento de água seria necessário que a estação chuvosa no período de fevereiro-marco fique acima da media histórica de 60% a 80% a mais. Diante do quadro atual é praticamente impossível disso acontecer.
O que se pergunta nessas circunstancia é o seguinte: o que vai acontecer quando se encerrar o período chuvoso e entrarmos, depois de abril, no inicio da estiagem? Se em pleno período de chuvas as represas não elevam a sua capacidade, ao contrario, diminuindo ao ponto de atingir o volume morto o que se pode esperar no período de estiagem? Certamente, o pior ainda esta por vir.
Diante desse quadro gravíssimo nenhuma autoridade responsável seja do governo estadual seja do governo federal vem a publico explicar para a população o que realmente esta acontecendo, quais são as causas de tudo isso e quais são as medidas que se tem que adotar a curto, médio e longo prazo. O que se vê é um comportamento de desfaçatez e desonesto, que procura tirar qualquer responsabilidade diante do que esta acontecendo, como se a culpa fosse exclusivamente da falta de chuvas. Repete-se aqui, como em todos os outros casos flagrados de corrupção, apesar das impressões digitais e tudo, de procurar se eximirem de qualquer culpa negando ad nauseiam suas responsabilidades. Lamentavelmente, gestou se uma casta política, independente do partido que ocupa o poder, que se pauta pela mediocridade e uma espetacular incompetência na gestão da administração publica. Não conseguem dar a mínima transparência de suas ações e muito menos planejar uma administração que consiga dar respostas concretas aos problemas que elas próprias geraram. A combinação perversa da desonestidade e da incompetência produz a catástrofe. O que esta acontecendo com as mudanças climáticas e com a crise hídrica é a face mais exposta desta combinação explosiva, que pode ter consequências trágicas para a população.
O cientista Antonio Donato Nobre mundialmente conhecido como pesquisador do INPE(Institui to Nacional de Pesquisa Espaciais) deu um depoimento extremamente esclarecedor sobre as causas e consequências do que esta acontecendo com as mudanças climáticas.
Segundo ele, foram desmatados na Amazônia durante os últimos 40 anos, 42 bilhões de arvores, o que equivale a três São Paulo e duas Alemanha. Evidentemente que tudo isso não se fez sem consequências trágicas para o clima do planeta. Apesar de muitos asseclas que circulam nas altas esferas do poder afirmar o contrario (resultado disso foi à atitude da Dilma em não assinar o compromisso de desmatamento zero em 2030 na reunião da ONU) , segundo Nobre, a Amazônia realmente condiciona o clima. O desmatamento muda o clima. A região amazônica funciona como uma verdadeira usina de serviços ambientais. Para corroborar com sua tese ele afirma que cientificamente esta provada que uma arvore da Amazônia com uma copa de 10 metros de raio coloca mais de mil litros de água por dia, via transpiração. Ora, o calculo que faz é de que se considerarmos o território da região amazônico com uma área de cerca de 5,5 milhões de quilômetros quadrado, teríamos, portanto, um volume de 20 bilhões de toneladas de água que a floresta transpira diariamente. O rio Amazonas despeja 17 bilhões de toneladas de água por dia no oceano. Assim, Nobre chega a estonteante conclusão de que a floresta amazônica gera um fluxo de vapor maior do que o do rio Amazonas. O ar que circula pelo continente adentra vai recebendo o fluxo de vapor da transpiração da floresta e da evaporação da água do oceano agregando outros fatores precipita as chuvas.
Dessa forma o desmatamento não causa um problema somente em relação ao CO2 como também causa destruição no sistema de condicionamento climático local. A conclusão da tese de Nobre é estarrecedora: o estrago já foi feito é irreversível mesmo se adotasse o desmatamento zero. A única maneira de mitigar a tragédia é partir para um esforço de guerra realizando um programa massivo de reflorestamento, replantando florestas e recompondo ecossistemas.
Alguns anos atrás tive oportunidade de ler uma entrevista do ministro do meio ambiente da China na revista alemã Dier Spiegel onde ele alertava da possibilidade da região nordeste da China produzir um fenômeno inaudito, por conta da exploração intensiva do solo que estava provocando sua desertificação: os refugiados ambientais. Segundo seu alerta esta região poderia provocar um êxodo de mais de 200 milhões de chineses. Fiquei imaginando as consequências catastróficas de fenômeno dessa natureza e não passava nunca pela minha cabeça que um dia pudéssemos aqui no Brasil, especialmente em São Paulo, imaginar que poderíamos estar na eminência de termos um fenômeno semelhante: refugiados ambientais, fugindo da falta d’água, em uma região que outrora foi palco da abundancia de recursos naturais e que agora são vitimas da incompetência generalizada dos governos estadual e federal. Somado a tudo isso ainda tem o apagão energético causado pela falta d’água. Repito, não sou catastrofista, ate quando, não sei.

*Fernando Safatle - Economista.

Construtora é condenada a demolir obra irregular em manguezal, embargada desde 2012 no João Paulo, em Florianópolis


Construtora é condenada a demolir obra irregular em manguezal, embargada desde 2012 no João Paulo, em Florianópolis

PUBLICADO  . EM POLÍTICA AMBIENTAL

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Imagem: diariocatarinense.clicrbs.com.br
Sentença da Justiça Federal determina também a retirada dos entulhos e plano de recuperação aprovado por órgãos ambientais do Município, do Estado e da União
Sentença pedagógica da Justiça Federal em Florianópolis garante a regeneração ambiental de 1.300 metros quadrados do manguezal do Itacorubi, no bairro João Paulo. Trata-se da demolição de duas torres do empreendimento residencial Terroir, construídas em 2010, embargadas dois anos depois, em setembro de 2012, e atualmente na fase final de derrubada das últimas vigas e colunas de concreto e remoção dos escombros para reciclagem e reuso na construção civil.
Depois da derrubada do 4.136,40 metros quadrados erguidos sobre parte do manguezal, a Justiça determinou a retirada dos entulhos e execução de projeto de regeneração ambiental da área degradada. A sentença é resultado de Ação Civil Pública assinada pelo promotor Eduardo Barragam, do Ministério Público Federal em Santa Catarina, após laudos técnicos da fiscalização do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).
O  resíduo final, segundo a assessoria da direção da construtora Koprime, está “corretamente transportado”, conforme a Licença Ambiental de Operação 5.158/2013, concedida pela Fatma (Fundação Estadual do Meio Ambiente) e “destinado para tratamento e procedimento adequados e licenciados”.  A  garante que o procedimento é efetuado com as mais modernas técnicas utilizadas neste tipo de serviço e com tecnologia para que a demolição ocorra o mais breve possível, “respeitando o meio ambiente”.
O trabalho é supervisionado de perto por engenheiros da própria construtora, que não revela o valor do investimento nem o prejuízo financeiro com a obra irregular erguida em APP (Área de Preservação Permanente) da União. Com 12.701,28 metros quadrados em seis torres, o empreendimento Terroir ainda não tinha apartamentos vendidos, mas imóveis com o mesmo padrão no bairro são oferecidos a R$ 3,8 milhões, à vista. Segundo a construtora, estão mantidas as vendas de apartamentos nos quatro conjuntos restantes, erguidos de frente para a baía norte, mas a mais de 30 metros da linha da preamar [maré cheia].
De acordo com a decisão judicial, depois da demolição e retirada dos entulhos, será executado projeto de recuperação de área degradada aprovado pelo Ibama. O plano de recuperação ambiental da empresa prevê a recomposição da vegetação nativa, típica de ambiental de manguezal, com acompanhamento de profissionais especializados e pelos próprios órgãos ambientais até a completa revitalização da área. 
Empresa retira entulho após batalha judicial
Aos poucos, tijolos, aberturas, vigas e colunas de concreto foram abaixo, e o que resta na área aterrada é um emaranhado de ferros retorcidos e pedaços de concreto. O material recolhido é transportado para terreno particular da própria empresa de terraplanagem contratada pela Koprime para a demolição. Neste pátio, os dejetos do concreto da construção são triturados e reaproveitados como pavimento, por exemplo. 
Licenciado em 2010 pela Fatma, o empreendimento foi embargado em 2012 por crime ambiental, pelo Ibama. Antes disso, a fiscalização da Floram (Fundação Municipal do Meio Ambiente) também havia tentado suspender a obra, e a própria Fatma notificou e multou a construtora, mas manteve o licenciamento.
Segundo laudo oficial, a obra foi erguida em 1.300 metros quadrados do manguezal. Na época do embargo, o coordenador estadual da divisão técnica e ambiental do Ibama, Alessandro Queiroz, avaliou que duas das seis torres foram construídas em áreas da União, com intervenção no manguezal.
A Fatma, na época, manteve o licenciamento das torres cinco e seis, do deque e da caixa de concreto, mesmo admitindo que a obra estava irregular. A Koprime alegou em sua defesa que foram contratados seis estudos técnicos, de consultorias diferentes, e que todas deram parecer contrário à classificação da área como mangue, apenas “de transição”.
OBRA NO MANGUE
Área total
12.701,28 m²
Em demolição
4.136,40 m²
Fonte: ndonline.com.br / Koprime


quarta-feira, 4 de março de 2015

'Cidade sem Lixo' aplica mais de R$ 100 mil em multas em Santos, SP

'Cidade sem Lixo' aplica mais de R$ 100 mil em multas em Santos, SP

Balanço foi divulgado pela Secretaria do Meio Ambiente (Seman).
Ao todo, foram 72 multas aplicadas desde junho do ano passado.

Cidade sem Lixo' aplica mais de R$ 100 mil em multas  (Foto: Divulgação / Prefeitura Municipal de Santos)Cidade sem Lixo aplicou mais de R$ 100 mil em multas (Foto: Divulgação / Prefeitura Municipal de Santos)



Mais de R$ 100 mil em multas. Esse é o balanço da Secretaria do Meio Ambiente (Semam) dentro da campanha Cidade sem Lixo. Ao todo, foram 72 multas aplicadas desde junho, quando a iniciativa foi lançada pela Prefeitura, envolvendo desde descarte irregular de entulho até veículos abandonados no espaço público.
A maior das multas foi de R$ 30 mil, aplicada em um flagrante de tentativa de despejo de resíduos da construção civil (entulho) em área de manguezal. Outras 15 multas, no valor total de R$ 8 mil, foram aplicadas pelos fiscais da Semam em reformas ou construções que não possuíam o Plano Municipal de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da Construção Civil (PGRSCC), conforme determina a Lei Complementar 792 (14/01/13).
O objetivo do plano e da fiscalização é evitar o transporte e o descarte clandestino de entulho, muitas vezes em área de preservação ambiental, comprometendo a fauna, a flora e a qualidade dos cursos d’água que abastecem a região.
Ainda relativo ao entulho, a Semam aplicou 13 multas (R$ 34,8 mil) por transporte irregular de resíduos da construção civil e outras 15 (R$ 8,5 mil), por descarte de restos de obras no passeio público.
Já em relação a veículos abandonados nas ruas (Operação Lata Velha), foram 28 multas, cada uma no valor de R$ 1 mil. As ações envolvendo a Campanha Cidade sem Lixo somaram R$ 109.300,00.
Recursos vão para Fundo 
Os recursos oriundos de multas ambientais são destinados ao Fundo Municipal de Preservação e Recuperação do Meio Ambiente. Criado em janeiro de 2012, ele tem como objetivo, entre outros, implementar programas de proteção, conservação e preservação, além de pesquisas destinadas à melhoria da qualidade ambiental e capacitação técnica. O fundo é vinculado à Secretaria do Meio Ambiente.

Na presidência

Clarissa  sentou na cadeira de Eduardo Cunha e comandou, durante uma hora, os trabalhos na Câmara Federal
Na Alerj, o presidente Jorge Piccianio deixou a presidência com o deputado Geraldo Pudim
Durante a semana, políticos de Campos tiveram a missão de presidir parte das sessões em seus respectivos Parlamentos. Em Brasília, a deputada federal Clarissa Garotinho (PR) assumiu os trabalhos e sentou durante um tempo na cadeira do deputado Eduardo Cunha (PMDB). O fato foi comentado por Clarissa no Facebook. “Gente, olha a surpresa que eu tive ontem (26). No meio da sessão, fui convidada para comandar os trabalhos! E acabei presidindo a sessão durante uma hora! Foi a primeira vez que assumi a presidência na Câmara. Uma experiência que me encheu de orgulho”, disse Clarissa.
Já na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), na última quarta-feira (25), quem presidiu parte de uma sessão foi o deputado estadual Geraldo Pudim (PR), que é primeiro secretário da Casa. Hoje tive a honra de presidir o Plenário da Alerj, um dos parlamentos mais importantes deste país. Aprovamos uma série de medidas de contenção de despesas”, comentou Pudim.

Empresa alemã cria máquina que "faz chover" em locais secos


Empresa alemã cria máquina que "faz chover" em locais secos

PUBLICADO . EM CIÊNCIA & TECNOLOGIA

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Semelhante aos para-raios, o sistema atrai nuvens e chuvas em um raio de aproximadamente 200 km² - Foto: Eco Desenvolvimento
Tecnologia é constituída por um conjunto de tubos de metal, que faz uso da física orgânica para conseguir produzir chuva
Uma das grandes preocupações da humanidade atualmente é a crise da água, recurso cada vez mais escasso no mundo, e que hoje atinge até o sudeste brasileiro - e não apenas o nordeste. Ao pensar nisso, a fundação alemã Desert Greening criou um dispositivo que leva chuva a locais secos. Semelhante aos para-raios, o sistema atrai nuvens e chuvas em um raio de aproximadamente 200 km².
A tecnologia foi realizada com base em um método desenvolvido por Wilhelm Reich, o chamado “cloudbuster”, constituído por um conjunto de tubos de metal, que faz uso da física orgânica para conseguir produzir chuva.
Desenvolvida com base em um método desenvolvido por Wilhelm Reich, o chamado “cloudbuster”, a tecnologia é constituída por um conjunto de tubos de metal, que faz uso da física orgânica para conseguir produzir chuva.
A fundação, que tem como filosofia cuidar do bem-estar das pessoas e do meio ambiente, testou seu dispositivo no sul da Argélia, na África, região desértica e com altas temperaturas. No local, havia apenas uma fazenda que alimentava as famílias da região.
Desde 2005, os alemães têm aplicado a tecnologia e afirmam que está chovendo mais, e consequentemente, há mais árvores e vegetações no local. Atualmente existem 3 mil árvores de maçãs, árvores frutíferas de peras, damascos, figos, limões, laranjas e outros vegetais.

Fonte: Terra Notícias.


Primeiro relatório do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas


Primeiro relatório do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas

PUBLICADO . EM MUDANÇAS CLIMÁTICAS
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Artigo publicado originalmente no jornal O Globo em 28/01/2015
Um esforço de quatro anos envolvendo 360 pesquisadores das universidades e centros de pesquisa brasileiros produziu o primeiro Relatório de Avaliação Nacional do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (RAN 1 / PBMC).
O relatório – a versão completa foi lançada em três volumes na semana passada – se parece muito em formato, conteúdo e método com o relatório do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) e traça um quadro das mudanças climáticas em curso no Brasil e seus impactos, indica nossas vulnerabilidades e as necessidades de adaptação e aponta caminhos para o Brasil contribuir para mitigação através do crescimento de baixo carbono.
O RAN – ou pelo menos o seu sumário executivo – deveria ser leitura obrigatória nas faculdades e universidades, nos escritórios de engenharia, arquitetura, construção e agronomia, nos consultórios médicos e hospitais, nos ministérios e secretarias de energia, planejamento, economia, agricultura e meio ambiente e por todo interessado em políticas públicas de longo prazo para o bem-estar e a sustentabilidade do país.
As mudanças climáticas atingem todas as regiões do país com implicações econômicas, sociais, ambientais, políticas e culturais marcantes e com consequências para a evolução de praticamente todas as profissões.
Os extremos climáticos estão desafiando séries históricas de várias décadas tanto em temperatura do ar como precipitação, ventos, períodos de seca, umidade do ar e outras dezenas de aspectos. Perguntas como onde, quando e que variedade plantar de café ou milho ou qual o nível sustentável de captação de água de um reservatório estão cada vez mais difíceis de responder com base nestas séries históricas estacionárias. Os cenários apresentados pelo RAN 1 e o IPCC mostram que precisamos considerar séries não estacionárias mesmo levando em conta todas as suas incertezas.
Os engenheiros, economistas, biólogos e toda sorte de profissionais têm que passar a considerar – de forma sistemática – os cenários de mudanças climáticas no processo de planejamento, implementação, manutenção e restauro de infraestrutura, serviços e sistemas produtivos no Brasil.
A leitura atenta destes relatórios e o aprofundamento do conhecimento das várias áreas apontadas pelos pesquisadores como impacto das mudanças do regime de chuvas sobre produção de energia e oferta de água para agricultura e para o consumo humano é condição fundamental para reduzir a vulnerabilidade e ampliar a resiliência do Brasil frente às mudanças do clima.

terça-feira, 3 de março de 2015

Carro sustentável da Peugeot tem acessórios feitos de sucata da Embraer;

Carro sustentável da Peugeot tem acessórios feitos de sucata da Embraer;

208 Natural conta com materiais verdes como detalhes em jornal reciclado e equipamentos produzidos a partir de sucatas da indústria aeronáutica

Peugeot 208 Natural
Peugeot 208 Natural (Ricardo Matsukawa/VEJA.com)
A Peugeot lançou o 208 Natural, um carro conceito que usa materiais pouco comuns no setor automotivo, como sucata da indústria aeronáutica, couro de pirarucu e pele de salmão. Segundo a frabricante francesa, foram usados até mesmo jornais para compor os acessórios do veículo.
Para reduzir a necessidade de uso do ar-condicionado, a fabricante revestiu de cortiça e laminados de mármore o teto e parte do painel do veículo. 
A montadora iniciou o projeto do 208 Natural em outubro de 2013, levando dez meses para concluir o conceito e um mês para montagem e acabamento do veículo. O trabalho foi realizado por profissionais do Grupo PSA, proprietário da Peugeot, em colaboração com a Embraer. A Embraer disponibilizou o acesso à sua “materioteca”, nome dado ao acervo de materiais sustentáveis produzidos no país. Confira imagens do veículo:

O tamanho da dívida de Pezão

8/02/2015 16:01
Reprodução do Radar online, da Veja
Reprodução do Radar online, da Veja


Tenho alertado desde a campanha eleitoral para a falência do Estado provocada pela irresponsabilidade de Sérgio Cabral e Pezão. Mas a notícia de hoje publicada no Radar online, da Veja mostra que a situação é mais grave do que podíamos imaginar. Desde dezembro, Pezão não repassa aos bancos o dinheiro que recolhe na folha de pagamentos dos servidores que tomam empréstimos consignados. A conta até agora chega a R$ 450 milhões de apropriação indébita do dinheiro dos funcionários que autorizaram desconto em folha. Há poucos dias me passaram essa informação, e segundo o advogado que me deu a notícia, os bancos estão querendo mover uma ação coletiva contra o Governo do Estado.

O erro fatal de Pezão foi durante a campanha eleitoral deixar transparecer que Cabral foi um grande gestor, quando na verdade sua ações levaram o Estado a uma situação jamais vista. Hoje o Estado tem para o orçamento deste ano a previsão de um déficit primário (excluindo o pagamento de juros da dívida) de R$ 10 bilhões, mas que deve ser maior. Tem uma dívida bancária em torno de R$ 90 bilhões. Tem dívida reconhecida com fornecedores e empreiteiras mais de R$ 6 bilhões, fora outros R$ 7 bilhões que foram contraídos sem papel. Além de tudo isso o Estado tem tentado buscar recursos em depósitos de judiciais para arcar com a folha de pagamento. A situação é tão dramática, que Pezão está tomando na mão grande o dinheiro descontado dos servidores para pagarem crédito consignado.

Por que disse no início que foi um erro fatal de Pezão? Daqui a alguns meses quando inevitavelmente terá que mudar o calendário de pagamento a culpa será toda sua, ninguém lembrará mais de Cabral. Esse ficará para a história pela palavra de Pezão como "um grande estadista", quando na verdade enterrou as finanças do Estado no buraco mais profundo da sua história. Pezão ainda tem tempo, mas tem que ser agora, de falar toda a verdade sobre a situação do Estado do Rio de Janeiro. 

FONTE BLOG DO GAROTINHO



O Procurador Rodrigo Janot já disse que pretende entregar a lista dos políticos e autoridades envolvidos no Petrolão na terça-feira, no máximo na quarta. Janot também informou que pretende comunicar pessoalmente a cada um dos envolvidos, antes que a lista oficial seja divulgada. Por isso, como mostra o jornal Estado de S. Paulo, muitos políticos estressados ficam perguntando se algum colega já foi avisado pelo MPF. Há rumores de que nos últimos dias outros nomes teriam sido incluídos na lista. São muitas as especulações, a única coisa certa mesmo é que uma tempestade vai atingir Brasília e vários estados. E claro, muita gente está à base de calmantes enquanto a lista não vem. Está chegando a hora do Brasil saber quem são os envolvidos no Petrolão.


Reprodução do Estadão online
Reprodução do Estadão online
FONTE BLOG GAROTINHO

segunda-feira, 2 de março de 2015

Campanha #águapedeágua mobiliza sociedade para consumo consciente de água

Campanha #águapedeágua mobiliza sociedade para consumo consciente de água

Iniciativa do Instituto Akatu tem o objetivo de ajudar as pessoas a descobrirem e colocarem em prática comportamentos que podem contribuir para economizar

por Suzana Camargo - Planeta Sustentável
     
Divulgação

Campanha #águapedeágua do Instituto Akatu

água é vital para a vida do ser humano. A falta dela pode acabar com a existência do homem e milhares de espécies de seres vivos no planeta. Mas atos simples, no nosso dia a dia, podem ajudar a economizar este recurso tão importante - mas finito - da natureza.
Para mobilizar a população sobre como utilizar de maneira eficiente e inteligente a água, o Instituto Akatulançou a campanha #águapedeágua.
"A situação crítica de abastecimento em São Paulo nos mostra que a falta da água é uma possibilidade muito próxima - nessa cidade e no Brasil. E o que é possível fazer?", pergunta Helio Mattar, diretor-presidente da organização. "A campanha tem o objetivo de ajudar as pessoas a descobrirem e colocarem em prática comportamentos que podem contribuir para mudar esse cenário".
Na plataforma digital #águapedeágua, o internauta encontra uma série de dicas para economizar água. São sugestões simples como só lavar roupa com máquina cheia, lavar o quintal com balde e vassoura, não molhar as plantas com sol forte, checar vazamentos nas privadas e muito mais.
Além do site, foram produzidas várias peças pela agência de publicidade Taterka com o slogan Sem água somos todos miseráveis (uma delas é esta que ilustra esta notícia). Elas serão divulgadas nas redes sociais e nos meios de comunicação. Em cada peça, aparecerá um personagem ou produto que depende da água para ter utilidade, como a mangueira, o bebedouro e outros.
Estes mesmos objetos também foram transformados em instalações, que serão expostas em diversos lugares da capital paulista - Largo São Bento, Praças Patriarca e República, Campus da FAAP, no Conjunto Nacional (avenida Paulista), várias unidades do Senac, entre outros espaços.
campanha #águapedeágua conta com o apoio de outras entidades do terceiro setor, entre elas o Instituto Socioambiental (ISA), The Nature Conservancy (TNC), Movimento Água para São Paulo, Rede Nossa São Paulo e Programa Cidades Sustentáveis.
"Cada organização que já trabalha com o tema contribui com a sua expertise de ação e faz com que as iniciativas ganhem escala e velocidade. O problema da água só pode ter alguma solução se trabalharmos juntos", afirma Mattar.
Segundo o Akatu, a iniciativa busca "desautomatizar" o consumo de água. Faça a sua parte também! Desligue a torneira, tome banhos mais curtos e espalhe por aí a hashtag #águapedeágua.

domingo, 1 de março de 2015

Na crise da água, IBAMA pode autorizar mais um mineroduto em Minas


Na crise da água, IBAMA pode autorizar mais um mineroduto em Minas

PUBLICADO . EM DENÚNCIA

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Canal de transporte de minério através da água terá 482 km e atravessará 21 municípios
Por Filipe Ribeiro Sá Martins – Brasil de Fato
Grão Mogol (MG) - No auge do debate sobre o uso da água, o estado de Minas Gerais pode receber mais um mineroduto. O Projeto Vale do Rio Pardo, empreendimento que prevê um mineroduto de 482 km do Norte de Minas até a Bahia, está prestes a obter a licença prévia do IBAMA.
Está marcada para a próxima quinta (5), no município de Grão Mogol, uma audiência pública para apresentar à população a atualização do EIA/RIMA do Projeto Vale do Rio Pardo, considerado o maior projeto de mineração a céu aberto do norte de Minas e o segundo maior mineroduto do Brasil. O projeto é da empresa Sul Americana de Metais S/A – SAM.
Essa nova atualização traz uma expansão na estrutura e na exploração mineral do projeto aumentando ainda mais os seus impactos e colocando em risco todo o abastecimento de água da região. Movimentos sociais e entidades ambientais denunciam que os principais pontos questionados na primeira apresentação do licenciamento, em 2012, sequer foram considerados.
Pesquisadores apontam que o empreendimento vai afetar povos tradicionais da região, conhecidos como Geraizeiros, que dependem do cerrado vivo para sua reprodução. “O licenciamento não leva em consideração que o projeto vai iniciar um processo de desertificação na região, pelo uso e contaminação dos solos e dos mananciais”, afirma Alexandre Gonçalves, agrônomo e membro da Comissão Pastoral da Terra, uma das muitas entidades que lutam contra o empreendimento na região.
O Ministério Público Estadual (MPE) entrou com uma ação civil pública solicitando a suspensão do licenciamento ambiental da SAM em abril do ano passado, apontando diversas estratégias utilizadas pela empresa para burlar impedimentos na legislação ambiental.
O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) acompanha o caso na região desde o início dos debates e afirma que têm feito denúncias ao Ibama e ao Ministério Público. “Tememos um verdadeiro crime socioambiental, com violações sistemáticas dos direitos humanos. A forma intensiva de exploração mineral é um ataque à soberania, levando nossa água e nossa biodiversidade pelos canos”, Elane Rodrigues, coordenadora estadual do MAB.
Entenda
O Projeto Vale do Rio Pardo prevê a construção de uma mina para extração do minério de ferro no município de Grão Mogol, local onde o minério será também beneficiado, e a construção do mineroduto que atravessará 21 municípios. A SAM já tem a outorga, ou seja, o direito de uso, de 6.200 mm³/hora de água da Barragem de Irapé, localizada no município. O valor representa 14% de toda a capacidade de cessão da água da barragem, que está instalada no rio Jequitinhonha, um dos maiores da região, responsável por abastecer milhares de famílias e comunidades, que vivem basicamente da agricultura familiar.

Foto: Mídia Ninja


Empresa transforma água do mar em potável e produz 16 mil litros por dia


Empresa transforma água do mar em potável e produz 16 mil litros por dia

PUBLICADO . EM ÁGUA

Água tem mais minerais que a comum, e processo é feito no litoral de SP. Oferecemos o produto a várias pessoas, que não notaram diferença.
Por Mariane Rossi
Santos (SP) - Em meio à grave crise hídrica que atinge o estado de São Paulo, muitas pessoas pensam em alternativas para não ficar sem água. Uma empresa em Bertioga, no litoral de São Paulo, criou um método próprio de dessalinização da água do mar que, além de remover o sal, consegue manter 63 minerais importantes para o organismo humano presentes no mar.
Testamos o produto com alguns moradores da Baixada Santista. O resultado, com a reação das pessoas, pode ser visto no vídeo que abre a reportagem.
Visitamos também a sede da fábrica e acompanhou todo o processo de dessalinização. A água já foi até engarrafada, mas os empresários aguardam a liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para começar a vender o produto no Brasil. Segundo um estudo de uma pesquisadora ligada à Universidade Paulista (Unip) e Universidade de São Paulo (USP), a água não oferece riscos e pode ser consumida normalmente.
Um dos responsáveis pela criação do processo de dessalinização, o empresário Annibale Longhi conta que buscava também uma forma de recuperar os minerais perdidos no dia a dia por meio da água. “Uma célula em equilíbrio deve conter cerca de 100 minerais. Ao longo da vida, você vai perdendo isso.” Por isso, Longhi começou a fazer experiências para encontrar um produto que não tivesse sal em grande quantidade e que fosse saudável.
Após um longo período de análises, ele descobriu que o mar guarda os minerais necessários para o corpo. “Na água do mar encontramos 63 minerais que ajudam o sistema celular. A água vendida nos supermercados tem, no máximo, 12 minerais. Porém, para o corpo ficar saudável, precisa de muito mais”, explica.
Produção da água
Com os resultados em mãos, o empresário, junto com o engenheiro Silvio Paixão, criou um laboratório piloto para desenvolver projetos e começar os testes.
Há três anos, eles montaram um sistema de dessalinização da água. Ela é retirada do mar, a cerca de 30 metros de profundidade, e passa por um processo de tratamento de quatro fases. Metade da água retirada do mar se transforma em potável. A outra metade volta para o oceano, com concentração maior de sal. Esta água é descartada em vários pontos para não comprometer o meio ambiente (veja o vídeo no fim da reportagem).
Após o tratamento, a água permanece com os 63 minerais naturais que o corpo necessita. De acordo com Paixão, o pH 7,5 da água do mar é mantido. O pH é a medida que indica a acidez, a neutralidade e a alcalinidade de uma solução. Sete é o valor neutro. Um pH mais perto de 0 indica acidez e mais perto de 14, alcalinidade.
“Como nós não adicionamos nada, só retiramos o cloreto de sódio, o pH permanece o mesmo. O pH é uma coisa muito importante quando se trata de saúde humana. Essa água nunca vai trazer problemas para o corpo. O rim e o fígado funcionam até melhor”, afirma.
No laboratório em Bertioga, é possível produzir uma grande quantidade das garrafas de água. A fábrica tem condições de fazer até 33 mil garrafinhas por dia, totalizando 16 mil litros do produto, o que daria cerca de 1 milhão de unidades por mês. Enquanto uma garrafa de água mineral com 300 ml custa, em média, R$ 1,50, em Santos, uma garrafinha de água dessalinizada pode chegar a custar duas ou três vezes mais.
Pesquisa
A biomédica Lucia Abel Awad, com o apoio da USP e da Unip, realizou um estudo de cerca de três anos sobre a água fabricada em Bertioga. “Primeiro fizemos testes em camundongo e ratos, com protocolos que obedecem aos critérios da Anvisa. Avaliamos questões hematológicas, renais, hepáticas e sinais clínicos. Fizemos todos os testes para saber se a água produzia algum efeito maléfico ou benéfico no organismo desses animais. Os animais não apresentaram problemas. Concluímos que a água não tem efeito tóxico e que pode ser tomada sem restrições”, diz ela.

Por enquanto, os empresários já têm a autorização da Anvisa para produzir e exportar a água. Segundo eles, há compradores na Alemanha (Galeria Kaufhof) e na França (La Grande Epicerie), onde o produto também passa por análise, de acordo com a legislação europeia.
“Já passamos pelos processos de análise química e microbiológica. Estamos na fase da radioatividade. Passando por isso, nosso produto será aceito em toda a Europa”, explica Paixão.
No Brasil, a água 63 Water Vital Minerals está sob análise da Anvisa para a comercialização. A pesquisa realizada pela universidade foi incluída na série de documentos e exames laboratoriais solicitados pelo órgão. “Superamos a demanda da Anvisa e estamos aguardando a análise. Entregamos todo esse material no começo de 2014 e estamos esperando a aprovação”, afirmou o engenheiro.

Nos jardins de Nilo(MUSEU DA REPÚBLICA RJ)

Nos jardins de Nilo

Publicado em 19/02/2015


Divulgação
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Jardins do Museu da República, frequentado por Nilo, foram inspiração para o livro que tem o banco de praça como foco

Redação c/Agência Brasil

Uma foto de arquivo do presidente Nilo Peçanha, campista que governou o Brasil de 1909 a 1910, serviu como fonte de inspiração para duas artistas visuais na montagem de exposição Banco do Tempo, nos jardins do Museu da República, no Palácio do Catete, zona sul do Rio, que recentemente foi registrada em livro. "Confortavelmente recostado em um dos bancos do amplo jardim da sua residência oficial, ele é mostrado em um momento de descontração, cercado pelos seus cães, em um dia morno, tropical", descreve o pesquisador e professor de fotografia Antonio Fatorelli, autor de um ensaio publicado na obra.

Os mais de 100 bancos de madeira espalhados pelos jardins do Museu da República guardam restos de inscrições, pedaços de frases, palavras desconexas. Alvo da curiosidade dos frequentadores do parque, que costumam sentar nos bancos para descansar à sombra das árvores centenárias do parque, as inscrições são o que sobrou da intervenção Desejo de Horas, parte de uma exposição feita em 2012 na Galeria do Lago, espaço de arte contemporânea do museu.

Os restos de frase eram respostas dos frequentadores do parque à pergunta: Se você tivesse mais horas em um dia, o que faria com elas? A questão foi proposta pelas artistas visuais Patricia Gouvêa e Isabel Löfgren, que fizeram da pesquisa sobre os usos do tempo, os espaços de fluxos, viagens e desejos o tema da exposição Banco de Tempo. As respostas à pesquisa traziam reflexões sobre o uso do tempo. "Para bater um papo com o Divino!", "Para pregar um botão", "Para entrar no paraíso", "Para descobrir meu nome no mundo", "Para que em sonho apareça o anjo" são algumas delas.

O livro - No dia 17 de janeiro, Patrícia e Isabel lançaram, no próprio museu, o livro que traz fotografias, desenhos e imagens da mostra feita há mais de dois anos, acrescidos de novos conteúdos. As duas fotografaram bancos de diversos lugares no Brasil e no exterior. Assim como a exposição, o livro tem como foco o banco de praça ou jardim, mobiliário urbano ao mesmo tempo específico e universal, como símbolo de local de repouso e de compartilhamento de afetos. 

O museu

Endereço: Rua do Catete, 153. Rio de Janeiro - RJ
Telefone: (21) 2127 0324
museu@museudarepublica.org.br 
Horário: 3ª a 6ª, das 10h às 17h / Sábados, domingos e feriados, das 14h às 18h / Parque aberto diariamente (entrada gratuita).
Estacionamento (pago)