sábado, 4 de outubro de 2014

Meio Ambiente planta árvores nativas e frutíferas no Parque Guarus

Meio Ambiente planta árvores nativas e frutíferas no Parque Guarus

Meio Ambiente planta árvores nativas e frutíferas do Parque Guarus. (Foto: divulgação)

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente, através do Programa + Verde Campos, realizou nesta quarta-feira (1º), o plantio de 15 mudas de árvores nativas e frutíferas. A ação aconteceu na Avenida Hélio Montezano de Oliveira, localizada no Parque Guarus.

Segundo o secretário Zacarias de Albuquerque, foram plantadas aroeiras, mangueiras, oitis e quaresmeiras.  “As mudas são selecionadas para trazer benefícios à população, com frutos, sombra e flores, e também eliminar o risco que possa ser provocado, causando danos nas calçadas e nas fiações elétricas”, disse.

- As árvores proporcionam sombra e temperatura mais amena, trazendo uma melhor qualidade de vida para a população - destacou Zacarias. Ele informou que há mudas disponíveis no Centro de Educação Ambiental, na Avenida José Carlos Pereira Pinto, 300, em Guarus; e no Horto Municipal.
Por: Da Redação - Foto: divulgação -  01/10/2014 

Um peixe amazônico contra a podridão

Um peixe amazônico contra a podridãoLiana John - /08/2014 

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Uma coleção de bactérias isoladas de ambientes aquáticos amazônicos cruzou o país de norte a sul para um grande trabalho de prospecção. Quando a equipe do doutor em Ciências Químicas, Adriano Brandelli, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) recebeu a coleção de pesquisadores da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), nenhum deles sabia bem onde tudo ia terminar.
Uma das mestrandas orientadas por Brandelli, Florência Cladera Olivera, trabalhou com as bactérias do intestino de um peixe do gênero Leporinus. Ela estava particularmente interessada em enzimas e bacteriocinas, por sua atividade antimicrobiana e grande potencial para o desenvolvimento de medicamentos. As enzimas, como sabemos, são proteínas produzidas por seres vivos, catalizadoras de reações químicas. Serve para digerir alimentos, quebrar grandes moléculas, coisa assim. Já as bacteriocinas são um novo alvo da pesquisa de ponta: são proteínas produzidas por bactérias para concorrer com outras bactérias, na disputa pela colonização de um ambiente, seja este ambiente um meio de cultura, as águas de um rio ou o intestino de um peixe. As bacteriocinas podem dar origem a uma nova classe de antibióticos por sua capacidade de eliminar inclusive bactérias resistentes aos medicamentos hoje em uso.
“Em geral, as bacteriocinas inibem o crescimento de outras bactérias bastante similares àquela que as produz”, explica Florência. Em seu mestrado, ela se concentrou nas bacteriocinas produzidas por Bacillus licheniformis, verificando atividade contra microrganismos prejudiciais ao homem, causadores de doenças ou da deterioração de alimentos. Entre estes estavam, por exemplo, Bacillus cereus (intoxicação alimentar),Listeria monocytogenes (meningite), Streptococcus sp. (infecções da pele e do sangue) e Erwinia carotovora (podridão mole da batata).
Dada a importância econômica da podridão mole no armazenamento de batatas, a pesquisadora se concentrou em novos testes com a bacteriocina com a finalidade de controlar essa doença. “Peguei várias batatas e inoculei a bactéria patogênica E. carotovora junto à bacteriocina, que já havia multiplicado em laboratório”, conta. “E a bacteriocina inibiu a podridão mole”.
Claro que, para se chegar à recomendação de aplicação e dose para aspersão em depósitos com grande quantidade de batatas seria necessário avançar no desenvolvimento do produto comercial, inclusive com testes de toxicidade, eficiência e com uma formulação estável para comercialização. Isso Florência não fez, seria trabalho para uma indústria interessada em investir nessa linha de antimicrobianos. Mas ela chegou até a estudar algumas opções de substrato para produzir a bacteriocina em escala, sem precisar recorrer novamente à fonte original do Bacillus licheniformis: os intestinos de peixes aparentados com o piau (Leporinus fasciatus) e o piau-três-pintas(Leporinus freiderici).
“O soro de queijo é um subproduto dos laticínios, antes tratado como resíduo, mas hoje usado na fabricação de bebidas láctea e adicionado a diversos outros alimentos. Mesmo assim, a produção de soro de queijo é muito grande e seria uma alternativa viável de substrato para a multiplicação da bactéria e obtenção da bacteriocina”, pondera a pesquisadora, que hoje já é doutora em Engenharia Química pela UFRGS, onde é professora adjunta do Instituto de Ciência e Tecnologia de Alimentos. Por sua pesquisa com a bacteriocina do peixe amazônico no controle da podridão da batata, Florência Cladera Olivera recebeu o Prêmio Jovem Cientista e foi convidada para palestras, como a realizada na Associação Brasileira de Batata. Sua pesquisa, assim como as demais desenvolvidas pela equipe de Adriano Brandelli, contou com recursos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs).
Não seria uma boa ideia dar andamento ao que falta para fazer dessa descoberta uma opção à perda de alimentos e, melhor ainda, ao uso de agroquímicos contra a podridão?
Leporinus_fasciatus,_Pengo_WikimediaCommons
Foto: Maraísa Ribeiro (ao alto piau-três-pintas Leporinus frederici)
           Pengo/Wikimedia Commons (acima peixes da espécie Leporinus fasciatusem aquário)

CNJ prepara política pública voltada para a sustentabilidade


CNJ prepara política pública voltada para a sustentabilidade
Notícias - Geral
Setembro de 2014 09:46

CNJ prepara política pública voltada para a sustentabilidade
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) disponibilizará para consulta pública, a partir desta segunda-feira (8/9), a minuta da resolução que dispõe sobre políticas públicas voltadas à sustentabilidade no Poder Judiciário. O uso racional de recursos naturais e de bens públicos tem como objetivo a eficiência do gasto público e o menor impacto no meio ambiente. O texto estará disponível no portal do CNJ até 7 de outubro. Quem quiser encaminhar sugestões sobre o tema poderá fazê-lo pelo e-mail consultapublica@cnj.jus.br.
A minuta prevê a criação de unidades ou núcleos socioambientais para criação de projetos, desenvolvimento de ações de sustentabilidade, monitoramento de metas anuais de economia de recursos e avaliação de resultados. Para isso, estabelece o chamado Plano de Logística Sustentável do Poder Judiciário (PLS-PJ), prevendo levantamento de dados relativos a gastos com produtos e serviços que deverão ser informados pelos tribunais e repassados periodicamente ao CNJ.
Divulgação anual – O Balanço Socioambiental do Poder Judiciário será alimentado por informações consolidadas em relatórios de acompanhamento do PLS-PJ e as informações serão publicadas anualmente pelo CNJ e nos sites dos respectivos órgãos do Poder Judiciário.
Entre os pontos incluídos na minuta da resolução estão a adoção de coleta seletiva de resíduos, as realizações de campanhas de sensibilização e de consumo consciente de água e energia, a substituição no uso de materiais danosos ao meio ambiente, bem como o uso racional de bens, como papel, em razão da implementação do Processo Judicial Eletrônico (PJe).
As unidades socioambientais cuidarão do planejamento dessas ações voltadas à qualidade do gasto público e ao uso racional de recursos naturais e bens públicos, desde as compras sustentáveis, passando pela sensibilização e capacitação dos servidores, até a qualidade de vida no ambiente de trabalho.
Após 7 de outubro, a minuta voltará a ser debatida pelos conselheiros do CNJ, gestores e servidores do Poder Judiciário.
Regina Bandeira
Agência CNJ de Notícia

LEI DA APA DO ITAOCA: UMA CONSTRUÇÃO QUE AVANÇA !





Lei n º 8.424, de 27 de setembro de 2013.

Dispoe sobre a Criação da Área de Proteção Ambiental da Serra do
Itaóca, Conforme a Lei Federal N º 9.985/2000 (SNUC) e Dá OUTRAS
providências.

A Câmara Municipal de Campos dos Goytacazes
Decreta E EU sanciono A SEGUINTE LEI:
Arte. 1 º.  Fica criada, de acordo com a arte OS. 14 e 15 da Lei Federal n º
9.985, de 18 de Julho de 2000 (SNUC) e Seu regulamento, Uma área de
Proteção Ambiental da Serra do Itaóca, denominada APA WALDEIR
GONÇALVES - SERRA DO Itaoca, Neste Município, com o Objetivo
de Proteger OS Remanescentes Florestais de Mata Atlântica, a fauna e
, Bem Como compatibilizar antrópicos OS SEUS OSU UMA Paisagem naturais locais
à Conservação da Biodiversidade.
Parágrafo Único - O Poder Executivo Municipal implementará UMA referida
Unidade de Conservação Mediante Decreto.
Arte. 2 º.  Uma APA WALDEIR Gonçalves - Sera SERRA DO Itaoca
compreendida - ou delimitada, minimamente, pelas seguintes poligonais
georreferenciadas, elencadas nd Tabela 1 Anexo I. fazer
§ 1 º. O Poder Executivo Municipal, atraves Fazer Seu Órgão ambiental,
com base de Zoneamento Ecológico de Nao-Econômico da APA Fazer Seu entorno,
Podera Expandir UO acrescer áreas representativas de Relevante
INTERESSE ambiental à APA WALDEIR GONÇALVES - SERRA DO
Itaoca redefinindo das OS Limites Máximos poligonais da Tabela 1 Fazer
Anexo I.
§ 2 º. A Expansão dos Limites da APA WALDEIR GONÇALVES - SERRA
FAZER Itaoca Devera Ser precedida de consulta AO Conselho gestor
da APA, levando-se los Conta OS seguintes criterios de sustentabilidade:
I. Sustentabilidade ambiental;
II. Sustentabilidade Econômica; e,
III. Sustentabilidade social.
§ 3 º. Limites de Os elencados na Tabela 1 do Anexo I ratificados Serao
Mediante consulta pública, Conforme determinação de Lei Federal UMA
9.985/2000.
Arte. 3 º.  Fica o Órgão Ambiental Municipal Responsável Pela Administração
da APA WALDEIR GONÇALVES - SERRA DO Itaoca e Pela
elaboração e implementação, respectivamente, dos seguintes Instrumentos
de Gestão:
I. Plano de Manejo;
II. Zoneamento Ecológico-Econômico
§ 1 º. A implementação Efetiva previstos DOS INSTRUMENTOS de Gestão
Nos incisos I e II, ea consecutiva Fixação Fazer marcos Físicos de delimitação,
Serao precedidas de consulta AO Conselho gestor da APA.
§ 2 º. Ditames Conforme O Órgão Ambiental Municipal do Decreto de
regulamentação e implementação da APA inventariar Devera, Cadastrar
e notificar OS USUÁRIOS e Atividades antrópicas instaladas na área de
abrangência da APA WALDEIR GONÇALVES - SERRA DO Itaoca
Para se adequarem Como Normas de Conservação e USO Sustentável Desta
Unidade de Conservação - UC NAS Prevista resoluções CONAMA Fazer.
§ 3 º. O Zoneamento ambiental da APA WALDEIR GONÇALVES - SERRA
Nao Itaoca Devera contemplar, Nao Minimo, UMA Zona de Conservação
da Vida Silvestre (ZCVS), aquelas Cujas áreas se enquadram
Requisitos Legais previstos nn na Lei Federal n º 11.428, de 22 de
De Dezembro de 2006 (Lei da Mata Atlântica) e na Lei Federal n º
12.651, de 25 de Maio de 2012 (Lei de Proteção da Vegetação Nativa),
de uso Controlado Restrito e / ou, e UMA Zona de Usos Múltiplos
(ZUM), definidas ASSIM.
§ 4 º. Como Atividades e OSU Opaco degradam OS Atributos Naturais da
APA da Serra do Itaoca deverão servi imediatamente encerrados APOS
promulgado o Decreto de Regulamentação e implementação da APA
Arte. 4 º.  ê fixado O PRAZO MAXIMO de 360 (Trezentos e Sessenta Dias)
Parágrafo Implantação definitiva Fazer Plano de Manejo da APA WALDEIR
GONÇALVES - SERRA DO Itaoca Pelo Órgão ambiental municipal,
APOS Publicação Fazer Decreto de Regulamentação da implementação e
APA.
Arte. 5 º.  Os Recursos necessários à Criação e implementação da APA
WALDEIR GONÇALVES - Consignados SERRA DO Itaoca Serao Localidade: Não
Orçamento do Órgão Ambiental e para nos ligar Fundos correlatos definidos
Lei los.
Arte. 6 º.  Aplica-se subsidiariamente a Lei ESTA a Lei Federal n º 11.428,
de 22 De Dezembro de 2006 (Lei da Mata Atlântica), a Lei Federal n º
12.651, de 25 de maio de 2012 (Lei de Proteção da Vegetação Nativa),
a Lei Federal n º 9.985, de 18 de julho de 2000 (Sistema Nacional
de Unidades de Conservação da Natureza), e respectivos SEUs
regulamentos, e Como fazer Resoluções CONAMA e Afins CONEMA.
Art.7 º.  Esta Lei Entra los de vigor na Dados de SUA Publicação.

PREFEITURA MUNICIPAL DE Campos dos Goytacazes,  27 de
setembro de 2013.

Rosinha Garotinho

sexta-feira, 3 de outubro de 2014


Reprodução da Veja online
Reprodução da Veja online


Como podem ver no documento abaixo, revelado pela Veja online, um relatório de setembro deste ano constata que sumiram 54 vagões de trens antigos da Supervia fora de uso. Esses vagões fazem parte do patrimônio do Estado e simplesmente desapareceram, igualzinho às vigas da Perimetral com Eduardo Paes. O leilão desses vagões poderia render R$ 40 milhões, mas os trens "evaporaram". Cadê os trens, Pezão?


Licitação para Parque Solar de 50 MW em Israel

Licitação para Parque Solar de 50 MW em Israel

Iniciativa de Energias Renováveis de Eilat-Eilot anuncia licitação para o Parque Solar de Timna, de 50 megawatts, no sul de Israel. O novo campo de energia solar irá aumentar a produção de energia renovável de Israel e diversificar a produção de energia do país.
 Licitação para Parque Solar
A licitação está programada para ser publicada em 19 de outubro e será aberta apenas para sistemas de painéis solares fotovoltaicos e o custo da oferta cobrirá apenas a aquisição do terreno. Será permitida a participação de licitantes qualificados internacionais.
“É com muito orgulho que anunciamos a licitação para o Parque Solar de Timna, expandindo significativamente a quantidade de energia solar produzida nas regiões de Arava e Eilat, que hoje é de 65 megawatts”, explica Dorit Davidovich-Banet, CEO da Iniciativa de Energia Renovável de Eilat-Eilot e Presidente da Conferência de Energia Verde de Eilat-Eilot. “O novo Parque Solar de Timna oferece aos licitantes e seus investidores uma oportunidade atraente para construir um campo de energia solar rentável, com o suporte da excelente infraestrutura e um ecossistema dinâmico de energia renovável.”
“Este projeto também tem o potencial de servir como base para a cooperação internacional em toda a região com conectividade e fornecimento de energia solar para as redes nacionais de países vizinhos.”, disse Eitan Parnass, Diretor-Geral da Associação de Energia Verde de Israel.
Cada licitante deverá apresentar um plano detalhado de sua tecnologia e sistemas propostos à Comissão Nacional de Planejamento israelense para aprovação.
 Licitação para Parque Solar
Timna
O novo empreendimento ocupará um terreno de 247 hectares adjacente ao local das antigas Minas Timna, aproximadamente 28 km ao norte de Eilat. Os mapas detalhados da área e o relatório de impacto ambiental serão fornecidos aos licitantes qualificados no processo.
Na Conferência de Eilat-Eilot durante a Israel Energy Week haverá uma sessão especial dedicada a discutir os detalhes do projeto e o processo de licitação para o Parque Solar de Timna. Esta sessão da conferência está prevista para as 13h do dia 9 de dezembro. No dia seguinte, às 08h, os licitantes serão levados a uma excursão ao terreno do Parque Solar de Timna.
Sobre Conferência de Energia Verde de Eilat-Eilot na Israel Energy Week
A Conferência e Feira Internacional de Energia Verde de Eilat-Eilot está entre as principais plataformas globais para apresentar inovações tecnológicas, oportunidades de negócios, políticas e aplicações no campo das energias renováveis. A conferência reúne milhares de participantes de todo o mundo.
A Missão Econômica de Israel está organizando uma delegação brasileira para a Israel Energy Week. Para mais informações sobre entre em contato conosco:
Luiza Martinez
T: +55 21 3259-9148
Luiza.Martinez@israeltrade.gov.il

Ana Claudia Felisardo
T: +55 11 3095-3111
Ana.Felisardo@israeltrade.gov.il
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Águas de ninguém

Águas de ninguém

A ONU está em busca de zeladores para cuidar de dois terços dos oceanos

por Rossana Silva
Setenta por cento dos 510 milhões de km2 da Terra são ocupados pelos mares. E dois terços dessa infinidade de água não têm dono. Ou seja: não há nenhum tipo de legislação sobre a pesca ou pesquisas que utilizem os recursos do fundo do mar em toda essa área. Esse vazio jurídico ocorre porque apenas as 200 milhas náuticas de cada país, contadas a partir do litoral, estão sujeitas às leis nacionais. Fora desse limite, não existe tribunal para julgar um navio que lava seus tanques com produtos químicos em alto-mar, por exemplo. "Isso é preocupante porque estamos vendo uma crise grave da biodiversidade marinha, com zonas sem oxigênio", explica o brasileiro André Abreu de Almeida, que coordenou a Campanha Oceanos da ONU com vistas à realização da Rio+20 e trabalha na ONG Tara Expeditions, da França.
Em 2008, um relatório da União Internacional pela Conservação da Natureza (IUCN) concluiu que menos de 1% dos oceanos têm áreas protegidas. Essa situação pode começar a ser solucionada com a criação de um novo órgão dentro da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (Unclos). A expectativa é que a nova instituição seja aprovada na 69ª Assembleia-Geral da ONU, em setembro de 2014. Ambientalistas e a comunidade científica torcem para que a nova agência seja criada nos moldes da International Seabed Authority, responsável por legislar apenas o fundo do mar - e não a coluna d'água.

COLETA SELETIVA :EMBALAGENS DEVO LAVAR OU NÃO LAVAR ?

Embalagens destinadas à coleta sweletiva: lavar ou não lavar?Afonso Capelas Jr. - 

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Você lava as embalagens dos produtos consumidos em casa antes de jogá-las na lata de lixo com a boa intenção de viabilizar a reciclagem?
Se respondeu afirmativamente saiba que esta pode não ser uma atitude tão sustentável quanto se imagina. Você certamente está desperdiçando muita água potável e, de quebra, aumentando a quantidade de esgotos despejados nos sistemas de coletas da sua cidade.
Por outro lado, a prática da lavagem desses recipientes – de plástico, alumínio, aço, papelão ou vidro – evita, sim, a infestação por formigas, baratas, moscas e ratos. O que fazer?
“Não existe resposta pronta, nem fácil”, afirma Sandro Mancini, especialista em reciclagem de resíduos sólidos e professor do curso de Engenharia Ambiental da Universidade Estadual Paulista (Unesp).
Mancini deixa claro que lavar as embalagens não facilita em nada a reciclagem desses materiais, porque eles serão derretidos a altíssimas temperaturas. “Esses materiais vão cair em fornos com temperaturas altíssimas. Ou seja, um pouco de refrigerante, leite condensado ou vinho que estiver dentro de suas embalagens de alumínio, aço e vidro não fará diferença alguma. Vai virar fumaça que será neutralizada pelo sistema de tratamento de efluentes gasosos da empresa recicladora”, informa o especialista da Unesp.
De acordo com Mancini, o alumínio é derretido a 700 graus, em média, o aço a quase 2 000 graus e o vidro a 1 000 graus. Já o material plástico é derretido a temperaturas em torno de 200 a 300 graus. “Por terem temperaturas de fusão bem mais baixas os plásticos, ao contrário dos outros materiais, somente são derretidos depois de uma lavagem para retirar impurezas”.
Mesmo no caso dos plásticos, contudo, lavá-los em casa também pode ser considerado desperdício de água potável, de esforço e de tempo, de acordo com Mancini.
Ele toma como exemplo um frasco de maionese feito de PET, todo lambuzado. “Na indústria de reciclagem esse frasco vai ser moído, antes de tudo. Os flocos vão cair numa banheira com água de reuso, não potável. Por estar moído, essa lavagem será bem mais eficiente e a água será mais uma vez reutilizada até ficar nojenta. Depois ela será tratada e, provavelmente, voltará ao processo novamente, sem desperdícios”.
Mas e os problemas com os perigos da contaminação e com os bichos atraídos pelos restos de alimentos nas embalagens? “Por enquanto não há solução mágica para esse impasse”, reconhece o professor da Unesp. Em casa, tampar adequadamente ocesto de lixo pode resolver a questão. Em um depósito ou em uma cooperativa a situação se complica.
“Imagine uma cooperativa com milhares de latas de leite condensado com potencial de contaminação. É possível refletir, com razão, que uma lavagem feita em casa antes do descarte ajudaria. Mas também se pode pensar – e novamente com razão – que para o processo de reciclagem em si essa lavagem é desnecessária, pois essa lata vai ser derretida a 2 000 graus”.
Então, na dúvida, a recomendação é que se evite lavar as embalagens usadas paraeconomizar água. Melhor ainda é perguntar ao catador que passa na sua rua que nível de limpeza é suficiente para a manipulação posterior. Ele saberá responder com precisão.

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Aécio, Dilma e Marina silenciam sobre o São Francisco

Aécio, Dilma e Marina silenciam sobre o São Francisco, artigo de Roberto Malvezzi (Gogó)

Publicado em setembro , 2014 por 
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bacia do rio São Francisco

[EcoDebate] Segundo a CEMIG, hoje entram 27 m3/s de água em Três Marias e saem 158,6 m3/s. Se não chover em um mês o rio São Francisco irá cortar num trecho de 40 km. Será a primeira vez em sua história conhecida.
Dizem os estudiosos que há milhões de anos atrás o São Francisco corria para o norte e desaguava no delta que hoje é do Parnaíba. A rota mudou a partir de Pilão Arcado. Dali ele ia para o Piauí. Mudanças geológicas alteraram o curso do rio e ele desceu na direção do que hoje é Remanso, indo desaguar entre Alagoas e Sergipe.
Dilma esteve nas obras da Transposição, como que inaugurando algum trecho, assim ganhar votos com a promessa da água abundante. Não teve coragem de visitar o São Francisco, nem dar uma única palavra aos 13 milhões de brasileiros que estão vendo seu rio morrer a cada instante. Aliás, em 4 anos de governo, Dilma manteve-se absolutamente infensa às demandas da população ribeirinha e do próprio rio.
Aécio, o governador de Minas, que não mexeu uma palha em defesa de seus municípios mais prejudicados, também disse que vai concluir a Transposição. Ótimo. Só não diz como vai abastecer os dez municípios de seu estado que estão praticamente sem água. Assim, o santo vai fazer milagre em território alheio, mas como todo santo, não cuida dos deveres básicos de seu território.
E Marina? Esteve no Ceará e falou que vai concluir a Transposição. Num evento de educadores católicos em Brasília misturou a Transposição com o Bolsa Família, FIES e disse que vai concluir a obra. Não falou uma única palavra sobre o São Francisco.
Nenhum deles citou a revitalização e nenhum deles cita a situação crítica da água em todo território brasileiro. O desespero da população de Itu, já ameaçando invadir a câmara de vereadores local é apenas o prefácio das revoltas que se instalarão por todo país caso o milagre das chuvas – como é bom ver as corporações técnicas e políticas invocando São Pedro! – não lhes salvar a pele. Porém, o retorno das chuvas apenas aliviará a tragédia, mas o problema retornará cada vez mais constante e severo, ainda mais com as mudanças climáticas em andamento. Vamos pagar um preço incalculável pela exploração predatória de nossos rios.
Assim, seja qual for o eleito, se o São Francisco depender de alguma política pública – e tantos outros rios brasileiros -, a finalização de seu assassinato é questão de tempo.
Roberto Malvezzi (Gogó), Articulista do Portal EcoDebate, possui formação em Filosofia, Teologia e Estudos Sociais. Atua na Equipe CPP/CPT do São Francisco.

A saga da Dona Xepa sustentável

A saga da Dona Xepa sustentável

Radicada no Morro da Babilônia, a chef Regina Tchelly – que, em 2011, criou o projeto Favela Orgânica - vai ensinar culinária sustentável aos cozinheiros do Vaticano

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Carolina Barbosa Veja Rio - 2014
Tomás Rangel

De Alain Ducasse a Daniel Boulud, raros seriam os mestres-cucas que não topariam o desafio de entrar no Vaticano para treinar os cozinheiros da Santa Sé. Corre no noticiário italiano, no entanto, que quem recebeu o convite para a tarefa sagrada foi Regina Tchelly, de 32 anos, paraibana de Serraria radicada no Morro da Babilônia, no Leme, há mais de uma década.

Ainda que não ostente no currículo nenhum certificado de uma prestigiada escola internacional de culinária, razões não faltam para explicar a solicitação. Militante da gastronomia sustentável, cujo grande pilar é o aproveitamento total dos alimentos, a cozinheira desenvolve um trabalho que está exatamente alinhado com os ideais do papa Francisco, dono de um discurso enfático contra o desperdício de comida no mundo. "A casca de uma cenoura pode ser incorporada a uma receita de bolo, e a rama, por sua vez, ser usada em um molho pesto", exemplifica ela.

De origem simples, Regina Tchelly tornou-se conhecida a partir de 2011, quando trabalhava como empregada doméstica e, em paralelo, criou no lugar onde vive o projeto Favela Orgânica*. O objetivo era ensinar aos moradores como aproveitar ao máximo os alimentos.

Tudo começou com um investimento de 140 reais e uma oficina para seis mulheres. Logo em seguida, a empreitada ganhou desdobramentos: um bufê e novas palestras e treinamentos, como o que fez na semana passada em Foz do Iguaçu, onde ensinou às merendeiras locais a arte de preparar lanches mais saudáveis - algo que, em maior proporção, foi feito na Inglaterra pelo chef e apresentador de TV Jamie Oliver, que liderou uma campanha por uma nova dieta estudantil. "As pessoas complicam muito a alimentação, e minha proposta é descomplicá-la. Os chefs querem ser mais estrelas do que a própria comida", critica a chef, que fez apenas um curso profissionalizante no Senac e sonha em conseguir fundos para construir uma sede para o projeto.

Com seu jeito espontâneo e batalhador, Regina teve reconhecimento instantâneo para sua iniciativa. Participou da Rio + 20, comandou o bufê para receber o príncipe Harry, em março de 2012, e organizou, no ano seguinte, um banquete para o ator Harrison Ford no Morro da Babilônia. Na ocasião, fez um salpicão de casca de melancia. Ao contar ao astro americano que se tratava de um "viagra natural", ouviu dele: "Very, very good!".

Mais recentemente, a convite do italiano Carlo Petrini, fundador do movimento internacional Slow Food, passou uma temporada na Universidade de Ciências Gastronômicas, em Pollenzo, onde mostrou sua técnica aos alunos. Antes dela, o último brasileiro que esteve lá foi Alex Atala, eleito o melhor chef do mundo pela revista inglesa Restaurant. "Regina desenvolveu seu talento com a ideia de não desperdiçar, uma tendência cada vez maior entre cozinheiros cuidadosos. Seu trabalho inclui um impressionante conjunto de valores que ligam comida e sociedade", diz Petrini. São receitas, como o Vaticano vai ver, para comer de joelhos
.

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Água desperdiçada e rio Paraíba seco

Patrícia Barreto
Foto: Leitor André Luiz Araújo
Inconformado com o desperdício de água, em meio a uma crise hídrica, um leitor registrou o flagrante da irrigação da área verde implantada pelo município no bairro Flamboyant, em Campos. Através de um caminhão-pipa, um funcionário realizou o serviço, por aproximadamente 40 minutos. Ainda de acordo com o leitor, este serviço é realizado três vezes por semana. Ele classifica o ato como afronta do poder público. Em junho deste ano, no site oficial, a Prefeitura divulgou uma matéria sobre os três anos de implantação do projeto de paisagismo e manutenção de jardins e canteiros. São mais de 100 praças em todo município regadas semanalmente em diversos bairros. A Assessoria da Prefeitura de Campos, não informou a origem da água que é utilizada para irrigar as praças e jardins da cidade. Nesta sexta-feira (26), enquanto o desperdício era apontado nas ruas da cidade, o rio Paraíba do Sul batia mais um recorde negativo, com o nível atingindo 4,55 metros, de acordo com informação do secretário municipal de Defesa Civil, Henrique Oliveira, que relatou que há previsão de chuvas para o interior de São Paulo nos próximos dias.
De acordo com o ambientalista Aristides Soffiati, cada litro de água gasto com a manutenção desses espaços pode ser uma porção de água a menos nas torneiras da população. “As áreas verdes são essenciais para o equilíbrio ambiental das cidades. Sem as praças e jardins, aumenta a poluição e piora a qualidade do ar. Cuidar das áreas verdes é melhorar a qualidade de vida nos centros urbanos. Mas há que se encontrarem alternativas para este trabalho, caso esta água utilizada seja potável”, ponderou.
Mesmo com o nível baixo, a concessionária de abastecimento, Águas do Paraíba, ainda não considera crítica a situação atual. Mas o gerente de Operações, engenheiro Silas Almeida, diz ser necessário o uso consciente da água por parte da população, sobretudo neste momento de seca e estiagem. “Não há o menor cabimento que continuem sendo registradas cenas de pessoas varrendo calçadas com água e lavando carros com mangueira”.
Ele explica que o rio Paraíba do Sul continua baixando progressivamente, pela ausência de chuvas nas cabeceiras e praticamente em todo o Sudeste do Brasil. Silas Almeida garantiu que ainda não há risco de desabastecimento na cidade e no interior, pois a água bruta em Campos é captada a um metro e meio de profundidade do leito do rio, no bairro do Caju. No início deste mês, a cota de 4,73m no rio. No dia 27 de agosto, o nível caiu s 4,65m.

Primeira parte da reserva do Cantareira pode acabar em 57 dias

Primeira parte da reserva do Cantareira pode acabar em 57 dias

O governo Geraldo Alckmin (PSDB) conta com uma segunda cota da reserva profunda das represas para manter o abastecimento

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O secretário paulista de Saneamento e Recursos Hídricos, Mauro Arce, disse nesta quinta-feira, 25, que a primeira cota do volume morto do Sistema Cantareira deve durar até o dia 21 de novembro, se o índice de chuvas na região dos reservatórios permanecer como está. O governo Geraldo Alckmin (PSDB) conta com uma segunda cota da reserva profunda das represas para manter o abastecimento na Grande São Paulo até março do ano que vem sem adotar racionamento oficial de água.

"Nós agora temos um segundo volume que estamos preparando para usar. Vamos adiar o máximo", disse Arce, sobre os 106 bilhões de litros adicionais da reserva que a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) pretende utilizar. "Se continuar assim, vamos liberar no dia 21 de novembro", completou o secretário, que participou de uma visita ao Parque Várzeas do Tietê, na zona leste de São Paulo, ao lado de Alckmin. O uso do segundo volume morto ainda não foi liberado pelos órgãos reguladores do manancial.

Nesta quinta, o nível do Cantareira chegou a 7,4% da capacidade, o mais baixo da história. Restam hoje nos cinco reservatórios que formam o manancial 72,2 bilhões de litros da primeira cota do volume morto, de 182,5 bilhões, que começou a ser bombeada no dia 31 de maio. Alckmin tem apostado na próxima temporada de chuvas, que vai de outubro a março, para aliviar a crise de abastecimento e recarregar as represas. Para ele, há chances de não precisar utilizar a segunda cota do volume morto. "Nós estamos preparados. Mas talvez nem precise da chamada da segunda reserva técnica", disse o tucano, que havia descartado retirar mais água da reserva há três meses.

Laboratórios terão cinco anos para substituir 17 testes em animais por métodos alternativos

Laboratórios terão cinco anos para substituir 17 testes em animais por métodos alternativos

Ione Aguiar - Brasil Post -09/2014

sxbaird/Creative Commons


Boa notícia para quem é contra testes com animais!

Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação publicou, nesta quinta (26), uma resolução que reconhece 17 métodos alternativos ao uso de animais em atividades de pesquisa no Brasil.

Agora, os laboratórios terão cinco anos para substituir, em todos os casos cabíveis, o uso de animais pelos métodos alternativos listados pelo Ministério.

"A mudança deve permitir uma redução significativa do emprego de animais em estudos toxicológicos", disse o coordenador do Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (Concea), José Mauro Granjeiro, em comunicado.

Os 17 métodos servem para medir o poder de irritação e corrosão da pele e dos olhos, além de absorção e sensibilização cutânea e toxicidade. Com isso, diz Granjeiro, uma série de produtos, como cosméticos, agrotóxicos, medicamentos, tintas e saneantes deixarão de ser testados em animais.

Segundo Granjeiro, existe no Brasil uma questão histórica. "Se acredita ser mais fácil usar animal, já que os novos testes precisam ser padronizados. Mas agora nós estamos indicando que o caminho é substituir por essas alternativas, em suas diversas aplicações.