domingo, 27 de julho de 2014

Igreja Universal Vai inaugurar Templo de R $ 680 Milhões

A Igreja Universal do Reino de Deus Vai inaugurar na Próxima quinta-feira (31), EM São Paulo, Uma Réplica do Templo de Salomão los hum terreno de 35 mil metrôs quadrados, cuja Construção custou R $ 680 Milhões. O gigantesco Edifício Será, será inaugurado los cerimónia contará com a Opaco Presença da presidente Dilma Rousseff, informou a Assessoria de Imprensa da Igreja em entrevista coletiva. "Uma réplica FAZ Parte da intenção de trazer parágrafo OS Fiéis brasileiros UMA Parte da Terra de Santa AO Brasil", Disse o Arquiteto Responsável Pela obra, Rogério Araújo.
O bispo Edir Macedo, Líder da Igreja Universal, criada HÁ Mais de Três Décadas no Brasil e Opaco se expandiu parágrafo OUTROS cem countries, importou 40 mil metros quadrados de Pedras de Hebron, EM Israel, parágrafo Construir e decorar o Templo, Que Ficara sem Bairro do Brás, EM São Paulo.
Parte da ambientação do Templo, Opaco Localidade: Não tera Ouro, inclui 12 oliveiras Importadas do Uruguai Que tentam assemelhar o local, na zona leste, com sândalo cantinho da Terra de Santa. O Templo de Salomão brasileiro FOI construido los Quatro anos; metros TEM mil cem quadrados de area construida, 52 metros de Altura, 105 de LARGURA e 121 de Profundidade; e pretende Ser Um Novo Lugar de peregrinação. Com capacity parágrafo dez mil pessoas, o Templo de Salomão brasileiro also tera hum museu Interativo.
O Templo de Salomão originais, um dos Centros Políticos e espirituais do povo de Israel, FOI Destruido Pelos babilônios los 586 Antes de Cristo; RECONSTRUIDO POR Herodes, e Novamente derrubado POR ORDEM DO Tito Imperador na Expansão do Império Romano.
Silvio Santos -   O bispo Edir Macedo convidou o apresentador Silvio Santos de para uma cerimónia de Inauguração do Templo de Salomão. A assessoria do SBT AINDA Localidade: Não confirmação de Presença DELE, embora tenha Dito sem ar Que Ira, Mas na Registro se recebeu com uma Simpatia SUA Atitude de gravar Matéria UMA não, INSERIR parágrafo locais los Seu Programa dEste Próximo domingo.
Fonte: Exame 

Os sites chineses de e-commerce se popularizam no Brasil

Os sites chineses de e-commerce se popularizam no Brasil

Com preços atraentes, possibilidade de frete grátis e menores impostos, os sites chineses se popularizam no Brasil. A questão é: como não cair em uma roubada?

Getty Images
Comércio eletrônico na China
São Paulo - Até o fim do ano os brasileiros vão desembolsar 34,6 bilhões de reais em compras pela internet. Segundo o relatório da E-bit, empresa que fornece dados sobre o comércio eletrônico nacional, as aquisições de produtos online no país cresceram 32% de 2012 a 2013 e deverão subir outros 20% em 2014.
Em meio ao aumento das transações online, os sites estrangeiros, sobretudo os chineses, vêm ganhando espaço e disputam mercado com produtos nacionais. Em 2013, o Brasil recebeu 20,8 milhões de encomendas do exterior, quantidade 44% maior do que a do ano anterior, sendo que a China é o segundo país preferido pelos consumidores brasileiros que compram online, atrás somente dos Estados Unidos.
Esses dados chamaram a atenção da Receita Federal, que em abril anunciou que vai implantar até o início de 2015 um novo sistema de rastreamento de compras vindas de fora do país. “O objetivo é inibir a importação de produtos com irregularidades e proteger o produtor nacional da concorrência desleal”, diz Geórgia Ibanez da Motta, inspetora-chefe adjunta da Receita Federal de São Paulo.
No ano passado, 600 milhões de reais foram gastos pelos brasileiros em sites chineses. O interesse por essas páginas vem da possibilidade de adquirir produtos diretamente dos fornecedores, sem a mediação de um importador, a preços mais baixos do que os encontrados no Brasil.
Os sites chineses já perceberam o apetite do consumidor brasileiro e vêm facilitando a compra. Além de frete grátis, alguns deles oferecem a opção de pagamento por boleto, com Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) mais barato do que o do cartão de crédito. Mas, como em toda compra pela internet, alguns cuidados devem ser tomados na hora de encher o carrinho a fim de evitar prejuízo.
Para esclarecer suas dúvidas com antecedência e ter como negociar com o vendedor em caso de problemas, uma boa estratégia é dar preferência a sites que ofereçam assistência em português. É o caso, por exemplo, do AliExpress e do DealExtreme.
“Para a primeira compra, opte por cartão de crédito em vez de boleto, porque há a possibilidade de estorno rápido”, diz Amanda Santiago, designer curitibana, de 28 anos, que afirma que mais de 80% de seu guarda-roupa veio da China.
Prefira também sites cujo pagamento esteja atrelado à avaliação do consumidor. Neles, o pagamento só é liberado após a confirmação de recebimento do produto pelo cliente, o que aumenta a disposição de dar retorno ao comprador caso ocorra algum problema.
É preciso ficar atento também à tributação. Compras no valor total de até 50 dólares enviadas de pessoa física para pessoa física não são taxadas, mas estão sujeitas ao ICMS, tributo cobrado em alguns estados. Produtos que custam acima disso, até 3.000 dólares, estão sujeitos à cobrança de impostos, com alíquota de 60% sobre o valor da mercadoria.
Porém, o maior cuidado mesmo é evitar levar gato por lebre. A publicitária paulistana Mayra Lobão, de 26 anos, já se deu mal ao comprar em sites chineses.
“Paguei por um vestido que na foto aparentava ir até os joelhos. Quando chegou em casa, vi que era do tamanho de uma blusa. Outra vez, comprei um enfeite de cabelo e, assim que experimentei, ele quebrou. Conversei com o vendedor e ele me reembolsou”, diz Mayra.
A saída é pesquisar sobre a loja virtual em sites de reclamações e verificar os comentários nas fan pages. Como você já deve ter percebido, comprar barato na China tem um custo, que vai além do que está na oferta online.

Os perigos de estar sempre conectado

JAIRO BOUER
/07/2014 
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Quem acha que o comportamento dos jovens – e de muitos adultos – que não desgrudam os olhos e os dedos da tela de um celular quando estão em grupo é apenas sinal de falta de educação ou de respeito com quem está em volta pode começar a se preocupar com outras questões mais sérias.
Um estudo da Universidade Estadual de Michigan, nos Estados Unidos, noticiado recentemente pelo jornal britânico Daily News, mostra que mesmo os alunos mais inteligentes podem piorar seu desempenho acadêmico quando o uso de celulares, tablets ou notebooks torna-se frequente em sala de aula. Foram avaliados 500 alunos de psicologia. Todos eles (mesmo aqueles com melhores habilidades intelectuais) tiveram uma queda de rendimento e notas, à medida que crescia o uso de internet durante as aulas – olhando notícias, respondendo a e-mails ou publicando nas redes sociais.

Se o fenômeno ocorre com os mais jovens – em teoria, mais bem adaptados a administrar múltiplas tarefas ao mesmo tempo –, não é difícil imaginar que os mais velhos enfrentem o mesmo tipo de problema em seu trabalho, quando pulverizam sua atenção em estímulos vindos do celular e dos computadores. Os resultados desse trabalho da Universidade de Michigan sugerem que as atividades extremamente envolventes da internet podem tirar até os mais “brilhantes” do rumo.

Outro grande estudo, a Pesquisa nacional de comportamentos de risco do jovem, feito a cada dois anos pelo Centro de Controle de Doenças, de Atlanta, nos EUA, com mais de 13 mil alunos de 42 Estados americanos, investigou, pela primeira vez, o fenômeno das mensagens pelo celular (texting), entre outros hábitos.

O resultado mostrou que 41% dos jovens que já dirigem admitiram ter mandado um texto ou um e-mail enquanto guiavam seu carro, no mês anterior à pesquisa. Em alguns Estados, esse índice ultrapassou 60%. Claramente trata-se de um comportamento cada vez mais comum entre eles. A questão aqui é a habilidade em conduzir um veículo de maneira segura quando o foco de atenção do motorista, além dos olhos e das mãos, está longe do volante. Os jovens, que tendem a ter comportamentos mais impulsivos, correm maior risco de acidentes.


Como não é possível imaginar um mundo e uma escola em que os celulares e a internet não sejam onipresentes, é importante discutir com os jovens o momento mais adequado e seguro para usar essas tecnologias. Que tal desligar o aparelho e prestar um pouco mais de atenção à aula e ao trânsito?


sábado, 26 de julho de 2014

Telescópios investigam relação entre ciclo do Sol e clima

Telescópios investigam relação entre ciclo do Sol e clima

Pesquisadores brasileiros querem descobrir possíveis relações entre a atividade solar e as mudanças climáticas. Segundo eles, já se sabe que os ciclos do Sol e suas flutuações se influenciam a intensidade com que raios cósmicos atingem o planeta, apesar de não serem uma das principais causas das mudanças climáticas globais

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©Nasa
Pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Universidade Federal Fluminense (UFF) construíram dois telescópios que vão funcionar de forma sincronizada na detecção contínua de partículas derivadas da radiação do Sol para investigar possíveis relações entre os ciclos solares e as variações climáticas da Terra.

O trabalho é resultado da pesquisa "Detecção e estudo de eventos solares transientes e variação climática", realizada no âmbito de um acordo de cooperação entre a Fapesp e a Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) que tem como objetivo apoiar projetos cooperativos e intercâmbio de pesquisadores e estudantes em áreas ligadas às mudanças climáticas globais.

De acordo com o coordenador da pesquisa na Unicamp, Anderson Campos Fauth, professor associado do Instituto de Física Gleb Wataghin, já se sabe que os ciclos solares e suas flutuações apresentam alguma relação com a intensidade com que os raios cósmicos atingem a Terra, apesar de não serem considerados uma das principais causas das mudanças climáticas globais.

"Não existe um consenso sobre o mecanismo que relaciona a atividade solar e as mudanças climáticas. Há uma hipótese de que o aumento do fluxo de raios cósmicos pode estar associado ao surgimento de nuvens baixas, que globalmente exercem um efeito de resfriamento e, nas regiões polares, onde a incidência da radiação solar é baixa, têm impacto contrário, provocando aquecimento", disse.

Fauth explica que cientistas têm observado que certos fenômenos climáticos - oceanos mais quentes, maior quantidade de chuvas tropicais, menos nuvens subtropicais, circulação mais intensa de ventos - parecem estar em parte associados ao ciclo de atividade solar, que dura em média 11 anos.
"Entretanto, esses estudos estão em fase inicial e é necessário fazer novas observações das radiações emitidas pelo Sol, principalmente quando surgem atividades como as explosões solares, e monitorar suas variações sazonais", ponderou.

Diante disso, o trabalho da Unicamp e da UFF com os telescópios foca em um dos sinais do ciclo solar: a presença e o comportamento das partículas múons na atmosfera terrestre.

O múon é a mais abundante partícula com carga elétrica presente na superfície da Terra, representando cerca de 80% dos raios cósmicos com carga elétrica em altitudes próximas ao nível do mar. A cada segundo surgem, aproximadamente, 140 múons por metro quadrado.

O fato de a partícula quase sempre possuir trajetória retilínea facilita sua detecção com um arranjo de poucos detectores. "Essas partículas permitem estudar os eventos solares em uma região de energia que os satélites e os monitores de nêutrons posicionados na superfície terrestre não observam", explicou Fauth.

O ano de 2014 é propício à detecção de múons pelos telescópios da Unicamp e da UFF. Ao longo deste período, o ciclo atual do Sol atinge sua máxima atividade: o número de manchas solares observadas aumenta consideravelmente e os flares - explosões que ocorrem na superfície do Sol - irrompem com grande intensidade, libertando milhões de toneladas de gás magnetizado.

Além disso, Campinas e Niterói, onde os telescópios estão instalados, têm localização privilegiada para a detecção de partículas derivadas da radiação solar, pois estão próximas à região central da Anomalia Magnética do Atlântico Sul (SAA, da sigla em inglês), onde a resistência magnética para entrada de partículas carregadas vindas do espaço é muito baixa.

A maioria dos detectores de partículas solares energéticas está instalada próximo às regiões dos polos porque, nas outras regiões, o campo magnético da Terra desvia as partículas carregadas. Mas na região da SAA há uma intensidade magnética muito inferior, uma espécie de buraco na magnetosfera que se comporta como um funil.

TELESCÓPIO MUONCAO telescópio construído na Unicamp, que recebeu o nome Muonca, iniciou em abril a tomada de dados contínua, utilizando quatro detectores de partículas. Os detectores da UFF entraram em funcionamento em junho, no modo monitor - quando se realiza a contagem dos múons, sem determinar ainda sua direção de chegada.

O Muonca utiliza quatro detectores de partículas idênticos. A partícula múon, ao atravessar o cintilador do detector, produz uma luz que permite o registro de sua passagem. Um computador é utilizado no sistema de aquisição de dados, e as informações brutas são registradas em arquivos diários.

O telescópio da Unicamp foi construído em dois anos, incluindo o tempo para os processos de importação, realização dos projetos, desenhos técnicos das peças, execução por técnicos da universidade e de empresas privadas, montagem por membros do grupo de pesquisa, desenvolvimento do software de aquisição de dados e calibração dos detectores, além da programação dos códigos de análise dos dados.

O experimento opera continuamente, 24 horas por dia, e os pesquisadores desenvolvem agora um sistema que alerte por e-mail e SMS quando ocorrer algum problema ou possível evento solar na aquisição dos dados.

Recentemente, os detectores instalados em Campinas e Niterói registraram simultaneamente uma tempestade geomagnética. De acordo com Fauth, os dados estão sendo avaliados para publicação e os primeiros resultados conjuntos dos dois telescópios serão apresentados em setembro no 34º Encontro Nacional de Física de Partículas e Campos, organizado pela Sociedade Brasileira de Física em Caxambu (MG)
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ANA reduz temporariamente vazão de barragem no Rio Paraíba do Sul

ANA reduz temporariamente vazão de barragem no Rio Paraíba do Sul

Vazão da barragem de Santa Cecília, em Barra do Piraí, caiu para 165 m³/s.
Resolução publicada no Diário Oficial desta quinta vale até 15 de agosto.

Do G1, em São Paulo
Rio Paraíba do Sul (Foto: Reprodução /TV Rio Sul)Rio Paraíba do Sul abastece 15 milhões de pessoas (Foto: Reprodução /TV Rio Sul)
A Agência Nacional de Águas, a Ana, decidiu reduzir a vazão da barragem de Santa Cecília, em Barra do Piraí (RJ), que fica no Rio Paraíba do Sul, de 190 m³/s para 165 m³/s.
A medida vale até o dia 15 de agosto, segundo resolução publicada nesta quinta-feira (17) no Diário Oficial da União.
O objetivo é preservar os estoques de água disponíveis no reservatório equivalente da Bacia Hidrográfica do Paraíba do Sul, composto pelos reservatórios de Paraibuna, Santa Branca, Jaguari e Funil, e que se está em situação desfavorável devido à falta de chuvas.
A redução da vazão será acompanhada de avaliações periódicas dos impactos que a medida pode ocasionar em seus diversos usos.
O Rio Paraíba do Sul é formado pela união de dois rios que nascem em terras paulistas: os rios Paraíba (com nascente em Cunha) e Paraitinga (com nascente em Areias). A confluência desses dois cursos d'água e ocorre perto do município paulista de Paraibuna, que fica a cerca de 120 km da capital paulista.
De acordo com o Comitê para Integração da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul, a água da bacia é usada sobretudo para abastecimento, irrigação e geração de energia hidroelétrica.

Reprodução do Brasil 247
Reprodução do Brasil 247

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Arquitetura hostil: as cidades contra os seres humanos

Arquitetura hostil: as cidades contra os seres humanos


Em Londres, espetos antimendigos, bancos contra skatistas e namorados expõem o horror de certos urbanistas e autoridades a interações pessoais.
Por Benn Quinn, do Guardian (Tradução: Maria Cristina Itokazu)
Chama-se banco Camden, por causa do distrito londrino que primeiro encomendou esses bancos esculpidos em cimento cinzento, que podem ser encontrados nas ruas da capital inglesa. A superfície inclinada dos bancos, resistente a pichações, foi desenhada para afastar tanto os sem-abrigo como os skatistas.
Ainda que menos óbvios do que os espetos “antimendigo” de aço inoxidável que apareceram há pouco, do lado de fora de um prédio residencial de Londres, estes bancos fazem parte de uma produção recente da arquitetura urbana planejada para influenciar o comportamento público.
É conhecida como “arquitetura hostil”.
Os skatistas tentam subverter os bancos fazendo aquilo que sabem melhor. “Hoje estamos a mostrar que ainda se pode andar de skate aqui”, disse Dylan Leadley-Watkins, que moderou os ânimos depois de se lançar com o seu skate sobre um dos bancos no Covent Garden. “O que quer que as autoridades façam para tentar destruir o espaço público, não poderão se livrar das pessoas que frequentam a área sem ter que gastar dinheiro e fazer algo que elas gostem.”
As ações dos skatistas e daqueles que se indignaram com os espetos – removidos depois de uma petição online ter conseguido 100 mil assinaturas e o prefeito de Londres, Boris Johnson, ter aderido às críticas – chegam num momento em que muitos argumentam que as cidades estão tornando-se ainda menos acolhedoras para certos grupos sociais.
Além dos dispositivos antiskate, os parapeitos das janelas ao nível do chão têm sido “enfeitados” com pontas ou espetos para impedir que as pessoas se sentem; assentos inclinados nas paragens de autocarro desencorajam a permanência e os bancos são divididos com apoio para os braços para evitar que as pessoas se deitem neles.
Acrescentem-se a essa lista as áreas com pavimentação irregular, desconfortável, as câmaras de circuito fechado com alto-falantes e os intimidantes sonoros “antiadolescentes”, como o uso de música clássica nas estações e os chamados dispositivos mosquito, que emitem sons irritantes de alta frequência que só os adolescentes conseguem ouvir.
“Uma grande parte da arquitetura hostil é acrescentada posteriormente ao ambiente da rua, mas é evidente que “quem nós queremos neste espaço, e quem nós não queremos” é uma questão considerada desde cedo, no estágio do design”, diz o fotógrafo Marc Vallée, que tem documentado a arquitetura antiskate.
Outros enfatizam o valor do design do ambiente na prevenção do comportamento criminoso, insistindo que o tempo das soluções brutas como os espetos de aço já passou.
“Os espetos são parte de uma estética de fortaleza, já ultrapassada e nada bem-vinda nas comunidades para as quais o design urbano precisa ser inclusivo”, diz Lorraine Gamman, professora de design na Central St Martins (Faculdade de Artes e Design) e diretora do centro de investigação Design Contra o Crime, da mesma faculdade.
“Se quisermos usar o design para reduzir comportamentos antissociais, a democracia deve ser visível no design para a prevenção do crime que incorporamos nas nossas ruas”, diz. “Não tenho problemas com o banco Camden – cuja estética outros têm criticado – mas em muitos lugares, os bancos, casas de banho e caixotes do lixo parecem ter sido removidos para reduzir crimes presumíveis, às custas da maioria das pessoas, que costuma respeitar a lei”
Inovações atualmente em desenvolvimento na Central St Martins incluem “arte para ATM” – marcadores de piso que visam aumentar a privacidade e a segurança dos utilizadores de caixas multibanco.
Outros criaram projetos relacionados com o graffiti (“Graffiti Dialogues”), cabides antifurto para pendurar bolsas e mochilas nos bares e cafés e o suporte Camden para bicicletas, que facilita a vida do ciclista por manter a bicicleta na posição vertical e prender as duas rodas e o quadro ao suporte. 
Picos para evitar que as pessoas se sentem em Euston, zona central de Londres. Foto de Linda Nylind
A indignação contra as formas mais grosseiras de arquitetura hostil está a crescer. Há semanas, ativistas meteram cimento em cima dos espetos instalados em frente de uma unidade da rede de supermercados Tesco na região central de Londres. A empresa disse que pretendia prevenir comportamentos antissociais e não afastar sem-abrigos, mas concordou, dias depois, em retirar os espetos.
O historiador de arquitetura Iain Borden disse que o surgimento da arquitetura hostil tem as suas raízes no design urbano e na gestão do espaço público dos anos 1990. Esse aparecimento, afirmou ele, “sugere que somos cidadãos da república apenas na medida em que estamos a trabalhar ou a consumir mercadorias diretamente”.
“Por isso é aceitável, por exemplo, ficar sentado, desde que você esteja num café ou num lugar previamente determinado onde podem acontecer certas atividades tranquilas, mas não ações como realizar performances musicais, protestar ou andar de skate. É o que alguns chamam de ‘shoppinização’ do espaço público: tudo fica parecendo um shopping”.
Rowland Atkinson, co-diretor do Centro para a Investigação Urbana da Universidade de York, sugere que os espetos e a arquitetura relacionada são parte de um padrão mais abrangente de hostilidade e desinteresse em relação à diferença social e à pobreza produzida nas cidades. 
“Sendo um pouco cínico mas também realista, é um tipo de ataque aos pobres, uma forma de tentar deslocar a sua angústia”, diz. “São vários processos que se somam, incluindo os processos econômicos que tornam as pessoas vulneráveis em primeiro lugar, como o imposto por quarto extra e os limiares do bem-estar, mas o próximo passo parece ser afirmar que ‘não vamos permitir que se acomode nem mesmo da forma mais desesperada’.”
Protocolo de Nagoya entrará em vigor em outubro
 julho de 2014
por www.pnuma.org.br
Protocolo de Nagoya


Governos cumprem o seu compromisso, e tratado de acesso e repartição de benefícios da biodiversidade recebe o número necessário de ratificações


Montreal,  julho de 2014 – O Protocolo de Nagoya sobre Acesso a Recursos Genéticos e a Repartição Justa e Equitativa dos Benefícios Advindos de sua Utilização (ABS, na sigla em inglês) entrará em vigor dia 12 de outubro de 2014. O tratado foi ratificado por 51 Estados membros da Convenção sobre Diversidade Biológica (CBD na sigla em inglês), condição para a entrada em vigor.

Nas últimas semanas, 12 países ratificaram o tratado, incluindo Belarus, Burundi, Gâmbia, Madagascar, Moçambique, Níger, Peru, Sudão, Suíça, Vanuatu, Uganda, e, esta semana, o Uruguai. A sua entrada em vigor significa que a primeira reunião da Conferência das Partes na condição de reunião do Protocolo será realizada, de 13 a 17 de outubro, simultaneamente à XII Reunião da Conferência das Partes (COP) da CBD, em Pyeongchang, na Coreia do Sul em outubro.

A ratificação do Protocolo de Nagoya por 51 partes da CDB representa um passo importante para o cumprimento da 16ª Meta de Aichi, que afirma que "em 2015, o Protocolo de Nagoya sobre Acesso a Recursos Genéticos e a partilha justa e equitativa de benefícios decorrentes da sua utilização estará em vigor e operacional, de acordo com a legislação nacional".

A entrada em vigor do Protocolo de Nagoya proporcionará maior segurança jurídica e maior transparência, tanto para provedores quanto usuários de recursos genéticos, criando uma estrutura que promove o uso de recursos genéticos e conhecimentos tradicionais associados ao reforçar as oportunidades para uma partilha justa e equitativa de benefícios. O protocolo criará novos incentivos para a conservação da biodiversidade, o uso sustentável de seus componentes, e aumentará sua contribuição para o desenvolvimento sustentável e o bem-estar humano.

"Ferramentas práticas como o Protocolo de Nagoya são fundamentais para o uso sustentável e equitativa da biodiversidade. Congratulo os Estados-Membros que ratificaram esse instrumento jurídico internacional importante. Ao cumprir a promessa feita na Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável de 2002, fizeram uma contribuição significativa para a agenda de desenvolvimento sustentável pós-2015 ", disse o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon.

Bráulio Ferreira de Souza Dias, secretário executivo da DBD, completou: "O Protocolo de Nagoya é central para libertar o poder da biodiversidade para o desenvolvimento sustentável, através da criação de incentivos para a conservação e o seu uso sustentável, garantindo a equidade na partilha de benefícios. Felicito todas as partes que ratificaram o Protocolo, e convido outros Estados a fazê-lo a tempo de participar na reunião na Coréia do Sul".

As seguintes partes ratificaram ou aderiram ao tratado: Albânia, Belarus, Benin, Butão, Botswana, Burkina Faso, Burundi, Comores, Costa do Marfim, Dinamarca, Egito, Etiópia, União Europeia, Fiji, Gabão, Gâmbia, Guatemala, Guiné-Bissau, Guiana, Honduras, Hungria, Índia, Indonésia, Jordânia, Quênia, Laos, Madagascar, Ilhas Maurício, México, Estados Federados da Micronésia, Mongólia, Moçambique, Mianmar, Namíbia, Níger, Noruega, Panamá, Peru, Ruanda, Samoa, Seychelles, África do Sul, Espanha, Sudão, Suíça, República Árabe da Síria, Tajiquistão, Uganda, Uruguai, Vanuatu e Vietnã.

Mais informações sobre o Protocolo de Nagoya estão disponíveis, em inglês, no site da CBD.

Consumo de carne bovina é 10 vezes mais custoso para o meio ambiente

Consumo de carne bovina é 10 vezes mais custoso para o meio ambiente, diz estudo

Publicado em julho  2014 por 
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Custo ambiental do consumo de carne

O gado bovino demanda 28 vezes mais terra e 11 vezes mais irrigação que os suínos e as aves, e uma dieta com sua carne é dez vezes mais custosa para o meio ambiente, segundo um estudo [Land, irrigation water, greenhouse gas, and reactive nitrogen burdens of meat, eggs, and dairy production in the United States] publicado nesta segunda-feira pela revista “Proceedings” da National Academy of Sciences. Matéria da EFE, no Yahoo Notícias, com informações adicionais do EcoDebate.
O estudo foi conduzido por Ron Milo do Instituto Weizmann de Ciência, em Rehovot (Israel), com a colaboração de pesquisadores do Centro Canadense de Pesquisa de Energias Alternativas, do Conselho Europeu de Pesquisa, e Charles Rotschild e Selmo Nissenbaum, do Brasil.
A equipe observou as cinco fontes principais de proteínas na dieta dos americanos: produtos lácteos, carne bovina, carne de aves, carne de suínos e ovos. O propósito era calcular os custos ambientais por unidade nutritiva, isto é uma caloria ou grama de proteína.
A composição do índice encontrou dificuldades dada à complexidade e variações na produção dos alimentos derivados de animais.
Por exemplo, o gado pastoreado na metade ocidental dos Estados Unidos emprega enormes superfícies de terra, mas muita menos água de irrigação que em outras regiões, enquanto o gado em currais e alimentado com ração consome, principalmente, milho, que requer menos terra, mas muito mais água e adubos nitrogenados.
A informação que os pesquisadores usaram como base para seu estudo proveio, majoritariamente, dos bancos de dados do Departamento de Agricultura.
Os insumos agropecuários levados em consideração incluíram o uso da terra, da água de irrigação, das emissões dos gases que contribuem ao aquecimento atmosférico, e do uso de adubos nitrogenados.
Os cálculos mostraram que o alimento humano de origem animal com o custo ambiental mais elevado é a carne bovina: dez vezes mais alto que todos os outros produtos alimentícios de origem animal, inclusive carne suína e de aves.
“O gado requer, na média, 28 vezes mais terra e 11 vezes mais água de irrigação, emite cinco vezes mais gases e consome seis vezes mais nitrogênio que a produção de ovos ou carne de aves”, indica o estudo.
Por seu lado, a produção de carne suína ou de aves, os ovos e os lácteos mostraram custos ambientais similares.
Os autores se mostraram surpreendidos pelo custo ambiental da produção de lácteos, considerada em geral menos onerosa para o ambiente.
Se for levado em conta o preço de irrigação e os adubos que se aplicam na produção da ração que alimenta o gado bovino para ordenha assim como a ineficiência relativa das vacas comparadas com outros bovinos, o custo ambiental dos lácteos sobe substancialmente. EFE
Land, irrigation water, greenhouse gas, and reactive nitrogen burdens of meat, eggs, and dairy production in the United States
Gidon Eshel, doi: 10.1073/pnas.1402183111
http://www.pnas.org/content/early/2014/07/17/1402183111.full.pdf+html
EcoDebate, 22/07/2014