terça-feira, 25 de março de 2014

Rio e São Paulo não têm nenhum rio com boa qualidade


Rio e São Paulo não têm nenhum rio com boa qualidade

Fundação SOS Mata Atlântica analisou a qualidade da água de 96 rios, córregos e lagos que passam pelo bioma Mata Atlântica, em sete diferentes estados do Brasil. Apenas 11% apresentam boa qualidade e nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro nenhum passou no teste. Principal fonte de poluição é o despejo de esgoto doméstico

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Débora Spitzcovsky Planeta Sustentável - 2014
Rodrigo Soldon/Creative Commons

Na Semana Mundial da Água, a necessidade de cuidar melhor dos cursos d’água do Brasil urge. Levantamento divulgado nesta quarta-feira (19) pela Fundação SOS Mata Atlântica revelou que a maioria dos rios, córregos e lagos brasileiros apresenta baixa qualidade.

O estudo analisou a água de 96 cursos que correm por sete estados do sul e sudeste do Brasil, no bioma Mata Atlântica. O resultado? 40% deles têm qualidade ruim ou péssima, 49% estão em situação regular e, apenas, 11% podem ser considerados de boa qualidade. Não por coincidência, todos os rios e mananciais que foram aprovados no teste estão localizados em áreas protegidas e que contam com matas ciliares preservadas.

"Notamos na prática a importância de recuperar a floresta. Em seis pontos que monitoramos, por exemplo, nos Córregos São José e da Concórdia e no Rio Ingazinho, na Bacia do Rio Piraí, em SP, a qualidade da água passou de regular a boa após trabalho de reflorestamento", conta Malu Ribeiro, coordenadora da Rede das Águas, da SOS Mata Atlântica, e coordenadora do estudo. Ela conclui: "Isso comprova que para garantir água em qualidade e quantidade é preciso recompor matas ciliares e manter as florestas".

Mas não é só de mais verde que o Brasil precisa. Melhor coleta e tratamento deesgoto, bons planos diretores e um trabalho de conscientização dos cidadãostambém são fundamentais. Isso porque o estudo da SOS Mata Atlântica apontou que as principais fontes de poluição e contaminação nos cursos d’água analisados são a falta de saneamento básico, o lançamento de produtos químicos nas redes públicas de tratamento e a poluição proveniente do lixo, respectivamente.

SÃO PAULO E RIO PASSARAM VERGONHA Em análise inédita feita em rios das 32 subprefeituras da capital paulista e de 15 pontos estratégicos da cidade do Rio de Janeiro, a SOS Mata Atlântica concluiu que nenhum curso d’água desses dois municípios tem água de boa qualidade.

Em São Paulo, o levantamento feito em fevereiro deste ano revelou que 23,53% dos rios têm qualidade péssima, 58,82% apresentam qualidade ruim e 17,65% possuem qualidade regular. Entre eles, estão o Lago do Ibirapuera e a Represa Billings. Em ambos os casos, a água foi considerada "ruim".

Já no Rio de Janeiro, análise feita no mesmo período concluiu: 40% dos cursos d’água estão em situação regular e 60% em situação ruim - como é o caso dos rios do canal do Jockey, no Jardim Botânico, e do canal do Mangue, na Vila Isabel.

VAMOS ÀS BOAS NOTÍCIAS O estudo da SOS Mata Atlântica ainda comparou a situação de 88 cursos d’água, localizados nas cidades de São Paulo e Minas Gerais, em 2010 e 2014. De acordo com o relatório, o número de rios de péssima qualidade caiu de 15 para 17, assim como os de qualidade regular - eram 50 em 2010 e são 37 em 2014.

E mais: a quantidade de rios classificados como bons subiu de 5 para 15, assim como a de rios ruins, que foram de 18 para 29. "Mas isso não significa que aumentou o ruim. Tivemos a diminuição da quantidade de classificações péssima", explica Gustavo Veronesi, um dos organizadores do levantamento.

Confira o relatório Observando os Rios, da SOS Mata Atlântica, na íntegra
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segunda-feira, 24 de março de 2014

Alckmin quer interligar represas para garantir abastecimento de SP

Alckmin quer interligar represas para garantir abastecimento de SP
 Março de 2014 • 


Na última quarta-feira, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, anunciou a interligação do Sistema Cantareira com a Bacia do Rio Paraíba do Sul. Pelo projeto, será construído canal entre as represas Atibainha, que faz parte do sistema que abastece a grande São Paulo, e o reservatório Jaguari, um dos afluentes do Paraíba do Sul, que abastece o Rio de Janeiro.
Após o processo de aprovação, que deve durar pelo menos quatro meses, as obras levarão em torno de 14 meses para ficarem prontas. O custo estimado do projeto de transposição é de R$ 500 milhões para fazer um canal de 15 quilômetros, entre os municípios Iguaratá, onde está a represa Jaguari, e Nazaré Paulista, onde fica a represa Atibainha.
Segundo Alckmin, a ideia não é simplesmente retirar água da Bacia do Paraíba do Sul para abastecer o Sistema Cantareira. Será construído um sistema de bombeamento de “mão dupla”, assim, quando um dos reservatórios tiver excedente de água, o volume será enviado para a outra represa. O objetivo é “interligar os sistemas, as bacias hidrográficas e os reservatórios, buscando maior sustentabilidade e segurança hídrica”, ressaltou o governador.
Para viabilizar o projeto de interligação, o governador esteve com a presidenta Dilma Rousseff. Como se trata de um rio de jurisdição federal, que além de abastecimento também serve a uma hidrelétrica, é necessária a aprovação da Agência Nacional de Águas (Ana) e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Alckmin disse ainda que apresentou a proposta aos governadores do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e de Minas Gerais, Antonio Anastasia.
Alckmin descartou a possibilidade de a retirada de água do Rio Paraíba do Sul prejudicar o abastecimento no Rio de Janeiro, ou reduzir a qualidade da água. Segundo ele, a Sabesp tem se empenhado para tratar os efluentes lançados do rio. “Nós vamos terminar o ano com os 24 municípios [que ficam ao longo do Paraíba do Sul] operados pela Sabesp, com 100% de esgoto tratado”, disse.  O governador acrescentou que em caso de retirada de água, será mantida vazão mínima capaz de garantir o abastecimento dos municípios atendidos pelo Paraíba do Sul.
A interligação das bacias era um projeto previsto para ser executado em 2020, mas, segundo Alckmin, foi antecipado por causa dos efeitos das mudanças climáticas.
Daniel Mello - Agência Brasi

Saiba como fazer adubo orgânico líquido

Saiba como fazer adubo orgânico líquido
20 de Março de 2014 • 


O CicloVivo frequentemente dá diversas dicas para fazer hortas caseiras. Muitos leitores se deparam com a dúvida de como fazer os fertilizantes para as plantas. Por conta disso, explicamos como preparar um eficiente adubo orgânico líquido.
Este tipo de fertilizante é totalmente sustentável, não degrada a natureza e ajuda no fortalecimento e o cultivo de plantas e hortaliças. O melhor é que ele pode ser feito em casa com a receita caseira a seguir.
Serão necessários os seguintes materiais:
- Esterco, palha ou folharada
- Garrafão plástico de 20 litros
- Restos de verduras e cascas de frutas
- Papel toalha
- Restos de comidas, vísceras de frango ou peixe
- Prego ou faca
- Tampa de garrafa plástica
- Plástico grosso e flexível 20x20 cm
- Mangueira para soro
- Garrafa plástica descartável com tampa (refrigerante, água mineral ou suco)
- Água
O primeiro passo é colocar no garrafão uma camada de aproximadamente 15 cm de esterco, palha ou folharada. Em seguida, preencha com uma camada, da mesma espessura, de restos de verduras e cascas de frutas.
Até aqui você terá preenchido cerca 30 cm do garrafão com os produtos orgânicos. Para completar a metade do volume total do objeto, coloque papel toalha, restos de comida, vísceras de frango ou peixe.
Complete a outra metade com água, de preferência recolha da chuva para aproveitar em seu fertilizante. Deixe apenas dois ou três centímetros (além do gargalo) do garrafão vazios.
Fure a base do garrafão com uma faca ou prego. Se for utilizar a faca, basta esquentar sua ponta. Para ter uma ideia do tamanho do orifício, ele deve ser suficiente para passar a mangueira de soro.
Da mesma forma, perfure uma tampa de outra garrafa plástica descartável. Sobre a boca do garrafão coloque um pedaço de plástico flexível, mas resistente, e prenda com a tampa. Com isso, a fermentação da matéria orgânica produzirá gás metano e é importante que a tampa suporte a pressão.
Insira uma das pontas da mangueira no orifício do garrafão e a outra no da garrafa pequena e sem tampa. Isso funcionará como escape do gás metano que será produzido.
Deixe o garrafão em canto do jardim e lembre-se de agitá-lo ao menos uma vez por semana. Dependendo do clima, passado dois ou três meses a matéria orgânica terá se transformado em um líquido escuro e sem cheiro.
Coloque um litro da substância em dez litros de água e está pronto o adubo orgânico. Agora basta aplicar o líquido nas plantas.
Redação CicloVivo

domingo, 23 de março de 2014

São Paulo quer usar mais o rio Paraíba do Sul

São Paulo quer usar mais o rio Paraíba do Sul

O que era temido por ambientalistas e autoridades de cidades cortadas pelo rio Paraíba do Sul, no estado do Rio de Janeiro, pode ser concretizado após um pedido do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). Ele solicitou à presidente Dilma Rousseff (PT) autorização para captar água da bacia do rio federal Paraíba do Sul e despejá-la no sistema Cantareira, que opera com o nível mais baixo de sua história. Nesta quinta-feira (20), em reunião a ser realizada no Hospital Veterinário da Uenf, a partir das 13h, o assunto vai ser colocado em pauta pelos membros do Comitê do Baixo Paraíba.
Alckmin esteve na terça-feira no Palácio do Planalto para uma reunião com a presidente, a ministra do Meio Ambiente, Izabela Teixeira, e dirigentes da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e da Agência Nacional de Águas (ANA). As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
Interestadual, o Paraíba do Sul é responsável pelo abastecimento de 15 milhões de pessoas atualmente. O uso de suas águas no abastecimento da Grande São Paulo é discutido há mais de cinco anos e há, inclusive, um projeto de lei na Assembleia paulista sobre o tema. A proposta nunca saiu do papel porque a transposição para as represas do Cantareira sempre enfrentou resistências de técnicos do Rio de Janeiro, onde 10 milhões de pessoas usam água do rio.
Há anos ambientalistas e pesquisadores nas áreas de geologia e oceanografia avaliam o avanço do mar no litoral de São João da Barra, mais precisamente em Atafona, e aponta o enfraquecimento do rio Paraíba do Sul como uma consequência do avanço do mar em sua foz. Outro problema levantado é a salinização do rio, que a cada dia tem estado mais enfraquecido.
O secretário municipal de Meio Ambiente, Zacarias Albuquerque, destacou que, até o momento, não há nenhuma decisão oficial da Agência Nacional de Águas (ANA), órgão legalmente competente para liberação da outorga, acerca do interesse do Estado de São de Paulo na transposição do Rio Paraíbado Sul para o sistema Cantareira. No entanto, o tema, segundo Zacarias, tem sido discutido em comitês regionais, como o de Estudo e Integração da Bacia do Paraíba do Sul, e não há consenso técnico para a aprovação do projeto.

Zacarias lembrou que o poder público municipal e órgãos da sociedade civil organizada, bem como a concessionária de água e esgoto de Campos, têm assentos no Comitê de Estudo e Integração da Bacia do Paraíba do Sul, cujo posicionamento é contrário ao projeto desde a apresentação do estudo técnico, o qual foi  analisado e constatadas contradições. De acordo com o secretário, o estudo baseou-se na vazão máxima do rio, isto é, no período de cheia, que ocorre durante o Verão, e não avaliou as condições apresentadas pelo Paraíba durante o Inverno, quando a vazão diminui.
Para Campos, conforme informou Zacarias, o impacto seria a alteração da qualidade ambiental da água a ser captada para distribuição à população. O prejuízo no abastecimento é descartado, inicialmente, uma vez que o município é cortado pelo Rio Muriaé, outro rio de grande porte.
Fonte :Folha da Manha

Cápsula flutuante filtra água do mar e despolui o ar

Cápsula flutuante filtra água do mar e despolui o arMarina Maciel -03/2014 

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Falta de águapoluição do ar e aumento do nível do mar decorrente do agravamento das mudanças climáticas. Imagine estes três grandes problemas enfrentados atualmente pela humanidade, solucionados por um projeto ousado e de design arrojado.
Esta foi a ideia dos arquitetos do escritório francês Sitbon Architectes* ao projetar, especialmente para o Oceano Índico, a cápsula gigante e parcialmente submersa da foto acima. Batizada de Bloom, a “fazenda aquática” promete despoluir o ar, converter a água do mar em água potável e, ainda, monitorar o aumento do nível do mar.
A principal razão de existir da cápsula é a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas. Para tanto, abrigará aquários gigantes de fitoplânctons - seres microscópicos que habitam o oceano e têm papel de destaque na retirada de dióxido de carbono da atmosfera -, que servirão como estufas orgânicas.
Além disso, a estrutura possuirá uma central de alertas meteorológicos, capaz de avisar a ocorrência ou aproximação de maremotos, tsunamis e outras catástrofes ambientais.
Apesar de ainda não ter saído do papel, em 2013, o projeto foi finalista da competição internacional Architizer A+Awards, na categoria “Arquitetura+Clima”.

sábado, 22 de março de 2014

Hora do Planeta 2014: 'use seu poder' em 29/03

Hora do Planeta 2014: 'use seu poder' em 29/03

Redação* - Planeta Sustentável 

Divulgação





*Colaborou Jéssica Miwa 
Use seu poder para salvar o planeta. Este é o slogan da campanha Hora do Planeta, promovida pela ONG WWF desde 2007 e que convida o mundo a apagar todas as luzes de casa por 60 minutos. Assim, todos estão convidados a aderir a esse gesto simples e simbólico no dia 29/03, entre 20h30 e 21h30. 


Este ano, a campanha ganhou seu primeiro embaixador global: o Homem-Aranha. Por isso, os atores Andrew Garfield, Emma Stone e Jamie Foxx - protagonistas do novo filme do personagem, O Espetacular Homem-Aranha 2, que deve ser lançado em maio próximo por aqui - também aderiram à iniciativa. 



Mas estes não serão os únicos participantes ilustres da Hora do Planeta de 2014. "Ao longo da campanha, vamos apresentar outros embaixadores, reais e fictícios, para mostrar que é possível usar o poder que todos temos para salvar o planeta", conta Renata Soares, superintendente de Marketing do WWF-Brasil. 



Além das pessoas, empresas e instituições podem aderir à campanha. Basta se cadastrar no site e ajudar a divulgar a iniciativa por meio de banners e mídias sociais. As cidades também podem fazer parte desse movimento. Neste caso, as prefeituras devem solicitar o Termo de Adesão Hora do Planeta 2014 para oficializar seu envolvimento. Até agora, 15 cidades brasileiras confirmaram participação - no ano passado foram 113. 



A campanha começou em Sidney, na Austrália, em 2007. E não parou de crescer: mais de um bilhão de pessoas aderiram em cinco mil cidades de 152 países diferentes. As pirâmides do Egito, a Torre Eiffel, a Acrópole de Atenas, o Cristo Redentor (RJ) e a Ópera de Manaus estão entre os monumentos mais famosos que apoiam a iniciativa e se mantêm no escuro durante 60 minutos na data marcada.

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Engenheiro civil dá dicas para quem quer fazer um jardim vertical

Engenheiro civil dá dicas para quem quer fazer um jardim vertical
Março de 2014 • 

Em mundo cada vez mais urbano e cinza surge a necessidade da criação de áreas verdes. No entanto, as casas e apartamento estão cada vez menores e conseguir um cantinho para criar o tão sonhado espaço verde se torna quase impossível. O que muitos não sabem é que pode haver uma solução simples e viável: o jardim vertical.
A ideia é uma ótima opção para quem busca realizar uma mudança em casa ou mesmo no escritório e também melhorar a qualidade de vida. "Essa é uma solução tanto para ambientes internos quanto externos. Serve como decoração e embelezamento dos centros urbanos. Também pode ser combinado com um jardim suspenso", afirma o engenheiro civil e fundador da rede Rei da Reforma, René Conter.
Pode ser aplicada em espaços que vão desde varandas de apartamento até muros de casas. As espécies também variam: trepadeiras, suculentas, samambaias e outras. "O jardim vertical, conhecido também como eco parede, normalmente é composto de floreiras e cremalheiras, e são especialmente projetados para reservar água e repassar o excedente ao vaso debaixo, formando um efeito cascata até o último recipiente", explica.
Segundo Conter, para fazer um jardim vertical é possível encontrar no mercado blocos de concreto e de cerâmica pré-moldados, que já são vendidos com os formatos ideias para colocação de plantas e também para a correta drenagem. Outra opção mais simples são os kits de sistema modular, feitos de estrutura de plástico, onde os vasinhos são adquiridos separadamente.
"Obviamente também pode ser feito de uma forma mais artesanal e caseira. Você deve estar se perguntando como é possível? É muito fácil. Pregando vários vasinhos de diversos tamanhos na parede, formando uma composição harmoniosa. Para uma melhor drenagem, a dica é utilizar vasos e placas de fibra de coco", revela.
Esse tipo de vegetação nas construções oferecem muitos benefícios. Confira alguns deles:
- Conforto térmico e acústico para ambientes internos;
- Diminui a temperatura tanto do micro quanto do macro ambiente externo pelo controle de energia solar;
- Fácil montagem e manutenção;
- Diminui a amplitude térmica, contribuindo para maior durabilidade das edificações;
- Aumento da biodiversidade, pelos jardins verticais;
- O jardim vertical externo colabora com a diminuição dos efeitos da emissão de carbono, atenuante da poluição do ar.

sexta-feira, 21 de março de 2014

Para economizar água, uso de energia térmica é ampliado no Brasil

Para economizar água, uso de energia térmica é ampliado no Brasil
 Março de 2014 • 


O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) elevou em 6,9% a carga de energia elétrica proveniente de usinas termelétricas para suprir o baixo potencial das usinas hidrelétricas, que estão com os reservatórios de água com níveis abaixo do usual. Este acréscimo teve início no último sábado (8) e prosseguirá até 14 de março.
Por ser uma geração energética mais cara, os gastos são repassados para o consumidor final. No ano passado, o consumo deste tipo de energia, que é mais poluente, exigiu investimentos adicionais de R$ 9,5 bilhões, e neste ano, com os reservatórios mais baixos, a carência dessa alternativa será maior.
A necessidade de poupar água dos principais reservatórios do país fez com que o ONS elevasse o volume autorizado para despacho das usinas térmicas para 17.442 megawatts (Mw) médios ao longo da semana, ante 16.308 Mw médios da semana anterior (01 a 07).
De acordo com o ONS, o armazenamento de água melhorou um pouco em alguns reservatórios, que estavam em situação mais crítica, e são os que abastecem o Subsistema Sudeste/Centro-Oeste, que responde por mais de 70% da capacidade instalada do Sistema Interligado Nacional.
A situação nas demais regiões é mais tranquila, pois os reservatórios do Subsistema Sul armazenam 40,62% da capacidade instalada, o nível sobe para 42,12% nos reservatórios do Nordeste e dobra para 82,95% na Região Norte.

Bairro nobre de SP pode perder 5 mil árvores em troca de prédios de luxo

Bairro nobre de SP pode perder 5 mil árvores em troca de prédios de luxo
10 de Março de 2014 • Atualizado às 18h09


Moradores do bairro do Morumbi, na zona sul de São Paulo, entraram com ação no Ministério Público Estadual para proteger uma área de preservação ambiental ameaçada por empreendimentos imobiliários.
A faixa verde, à beira da Marginal Pinheiros, possui 717 mil metros quadrados de área e comporta mais de cinco mil árvores numeradas e catalogadas individualmente. Mesmo que seja considerada um patrimônio histórico tombado, a área pode ser substituída por 16 torres e um shopping. Caso saia do papel, o empreendimento será uma espécie de parede de concreto ao redor do Parque Burle Marx.
A região já foi alvo de problemas envolvendo empreendimentos luxuosos e os órgãos municipais de proteção ambiental. Em 2011, o condomínio Panamby ganhou as páginas dos jornais por despejar todo o seu esgoto diretamente no Rio Pinheiros. Mesmo com apartamentos que chegam a R$ 5 milhões, o condomínio não possuía sistema de tratamento de esgoto.
Agora foram os próprios moradores que resolveram se juntar para impedir que as novas construções sejam feitas. Em declaração ao jornal O Estado de S. Paulo, o advogado Roberto Delmanto explicou que já é possível perceber clareiras abertas em meio à floresta. Segundo ele, esse desmatamento em diferentes pontos é comum antes que as construtoras façam o pedido de licença. A justificativa é de que quando a prefeitura fizer as análises serão encontrados menos exemplares e menos espécies de árvores, o que facilita a autorização municipal.
Os moradores contam com fotos, vídeos e também com as plantas dos empreendimentos que estão planejados para a região. Há um ano a prefeitura já autorizou a retirada de 1.787 árvores nativas para a construção de um condomínio. E a população local garante que o novo desmatamento já começou.
As incorporadoras responsáveis pela área são a Camargo Corrêa e a Cyrela. A primeira delas já possui autorização da prefeitura, mas ainda aguarda a liberação das licenças ambientais para prosseguir com o projeto. A segunda admite que tenha interesse em construir na área, mas ainda não solicitou as licenças oficiais.
A região do Morumbi, mais especificamente a Vila Andrade, onde está localizado o Parque Burle Marx, é uma das últimas faixas de floresta nativa de Mata Atlântica que restou entre a represa de Guarapiranga e o Rio Pinheiros. Além disso, a região é uma das mais nobres da cidade, gerando alto interesse imobiliário.
Redação CicloVivo

quinta-feira, 20 de março de 2014

Sistema Cantareira atinge menor volume de água já registrado

Sistema Cantareira atinge menor volume de água já registrado
 Março de 2014 


O Sistema Cantareira, responsável por levar água à metade da população da região metropolitana de São Paulo, está com 16,0% da sua capacidade de armazenamento. De acordo com dados da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), é o menor volume de água registrado pela empresa.
Na semana passada, o governador do estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, admitiu que a Sabesp já trabalha com a hipótese de usar parte dos 400 milhões de metros cúbicos do volume morto do Sistema Cantareira. Volume morto é a parte do reservatório que não é alcançado atualmente pelas bombas. A Sabesp estuda instalar equipamentos para a retirada desta região.
No início do mês de fevereiro, o governo estadual lançou campanha para incentivar a economia de água, na qual os consumidores que usarem menos 20% da sua média de consumo terão 30% de desconto na tarifa. Ainda não há balanço dos resultados.
Flávia Albuquerque - Agência Brasil

Garotinho na lista dos políticos mais influentes da internet

Reprodução da Época
Reprodução da Época
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quarta-feira, 19 de março de 2014

Participe de hangout sobre o efeito das mudanças climáticas na Amazônia

Participe de hangout sobre o efeito das mudanças climáticas na Amazônia

Marina Maciel - Planeta Sustentável - /03/2014
Andre Deak/Creative Commons

O site Climasphere.org* tem um alerta importante para o Dia Internacional das Florestas, celebrado em 21 de março: a Amazônia, morada de uma em cada dez espécies conhecidas, está ameaçada pelas mudanças climáticas.

Para chamar a atenção para o efeito que a mudança do clima exerce sobre a maior floresta tropical do planeta, o portal vai promover um Google Hangout nessa data, às 13h30. O encontro também visa divulgar o que está sendo feito para proteger a Amazônia.

Intitulado “Going, going, gone? The Amazon rainforest and climate change”, o bate-papo reunirá representantes de ONGs, do governo e comunidades científicas, com mediação da jornalista Afra Balazina:
Fabio Scarano, vice-presidente sênior para a divisão das Américas da Conservation International (CI);
Paulo Artaxo, professor da Universidade de São Paulo (USP) e membro do IPCC;
Carlos Rittl, secretário executivo do Observatório do Clima;
Dan Nepstad, presidente e fundador do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), além de autor-colaborador do relatório do Grupo de Trabalho 2 (GT-2) do IPCC, que será divulgado em 31/03
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Manchete do JB Digital
Manchete do JB Digital


Sei que esse assunto é espinhoso, afinal de contas essa gente poderosa normalmente fica impune de tudo, e usa de todos os meios para perseguir e tentar destruir aqueles que lhes cobram coerência. Mas não posso deixar de fazer uma pergunta: Quem vai pagar o prejuízo de R$ 18 milhões que o TRE - RJ abriu num buraco no Centro do Rio de Janeiro? Esse é o valor enterrado numa obra embargada por falta de planejamento adequado, que a 8ª Vara Federal suspendeu em ação cautelar por diversas irregularidades, como falta de projeto executivo, falta de autorização do IPHAN, e violação da Lei das Licitações. O caso é gravíssimo e requer explicações daqueles que causaram um enorme prejuízo ao Erário Público.

Juízes não estão acima da lei, nem mesmo desembargadores. O prédio que seria ali construído estava causando danos ao bicentenário Hospital São Francisco de Assis, tombado pelo IPHAN. Por isso a obra não será retomada. Quem vai dar conta dos R$ 18 milhões já gastos até agora? Além disso, o relatório que resultou no embargo da obra apresenta situações gravíssimas quanto à probidade das atitudes tomadas. As Varas de Fazenda Pública que fiscalizam os gestores públicos não podem no caso de seus superiores julgá-los. A necessária correção deverá vir ou de ação no Conselho Nacional de Justiça ou no Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. É bom deixar claro para os leitores que a atual gestão do TRE - RJ não tem nenhuma responsabilidade pelos atos praticados por seus antecessores. Aliás, a atual administração também aprovou por unanimidade, a suspensão da obra e a instauração de processo administrativo para apurar diversas irregularidades no processo licitatório e no contrato de execução da obra.

O que se espera daqueles que julgam a vida de todas as pessoas é que eles sirvam de exemplo e não de vergonha. 

FONTE :BLOG DO GAROTINHO

terça-feira, 18 de março de 2014

Hamburgo quer tirar carros das ruas em 20 anos

Hamburgo quer tirar carros das ruas em 20 anos
Fevereiro de 2014 •


A cidade de Hamburgo, na Alemanha, está lançando um projeto ousado de mobilidade urbana. A intenção é devolver as áreas tomadas pelos carros aos pedestres, ciclistas e parques, reduzindo ao máximo o uso de automóvel para transitar pelas ruas.
O plano prevê a ligação das maiores áreas verdes do município, como parques, reservas, playgrounds, jardins comunitários e cemitérios. Isso corresponde a 40% da área total de Hamburgo, que será totalmente interligada por meio de ciclovias e vias para pedestres.
Chamado de Grünes Netz (em português, Rede Verde), o plano será concluído entre 15 a 20 anos. A partir de então, os moradores poderão circular por toda a cidade sem ter que tirar o carro da garagem.
Também serão ampliadas as áreas verdes. De forma que, assim como os moradores, os animais também sejam beneficiados. Serão conectados habitats para que as espécies possam cruzar o município sem serem atropelados.
Para que a “Rede Verde” seja, realmente, coloca em prática uma equipe da prefeitura atuará na junção de forças: cada um dos sete distritos da região metropolitana terá um representante.
Além de melhorar o trânsito na cidade, um dos principais objetivos do projeto é reduzir a poluição de ar. A temperatura média anual de Hamburgo está em 9 graus Celsius, aproximadamente, 1,2 grau a mais do que há 60 anos. Neste período, o nível do mar também subiu cerca de 20 centímetros.

Prefeitura de Hamburgo
Redação CicloVivo

5 infográficos para entender as mudanças climáticas

5 infográficos para entender as mudanças climáticasDébora Spitzcovsky - 17/02/2014 às 10:00

Os infográficos deste post integram a Revista do Clima, volume 2, publicada pelo Planeta Sustentável em dezembro de 2013
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Com o aquecimento global, todo mundo vai ficar pelado? Não! Mas, então, o que pode acontecer, caso a temperatura do planeta suba além do limite de 2ºC, estabelecido pela ONU? E, no Brasil, quais são os impactos das mudanças do clima? Aliás, quanto custa reduzir as emissões de gases de efeito estufa no nosso país?
Entender as questões climáticas não é fácil. Trata-se de um assunto denso e complexo, mas atual e muito importante para a sobrevivência do planeta, da maneira como o conhecemos hoje.
Por isso, o Planeta Sustentável produziu 5 infográficos a respeito do tema para serem publicados nas revistas parceiras da Editora Abril. O material reúne os dados mais relevantes sobre as mudanças climáticas – tudo de forma muito simples e resumida, afinal não temos tempo a perder. Não deixe de vê-los (e lê-los), antes de entrar em qualquer discussão sobre clima.      
1. SÉRA QUE VAI CHOVER? 
sera-q-vai-chover
(veja aqui o infográfico ampliado)

2. SOMOS NÓS 

somos-nos-560
(veja aqui o infográfico ampliado)
3. COM O AQUECIMENTO GLOBAL, TODO MUNDO VAI FICAR PELADO? 

pagina-planeta-aquecimento-global-pelado
(veja aqui o infográfico ampliado)
4. OS CIENTISTAS ADVERTEM… 
cientistas-advertem-560
(veja aqui o infográfico ampliado)
5. QUANTO CUSTA REDUZIR AS EMISSÕES NO BRASIL?

emissoes-gases-brasil_grandee
(veja aqui o infográfico ampliado)

segunda-feira, 17 de março de 2014

Aquecimento Global: professores da Uenf falam sobre efeitos na região

Aquecimento Global: professores da Uenf falam sobre efeitos na região

Produção agrícola seria uma das mais prejudicada no período de inverno
 Arquivo - Ururau / Reprodução *

Produção agrícola seria uma das mais prejudicada no período de inverno

As altas temperaturas registradas em todo o país nos últimos meses podem se tornar cada vez mais frequentes no decorrer do século. É o que aponta o estudo sobre os impactos do aquecimento global divulgado no final de 2013 pelo Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC), organismo criado em 2009 pelo Governo Federal com o objetivo de disponibilizar informações científicas sobre os aspectos relevantes das mudanças climáticas no Brasil.
Embora o momento seja de estiagem no Centro-Sul, as projeções mostram aumento de chuva no Sul e Sudeste e diminuição das chuvas no Norte e Nordeste, podendo apresentar, até o final do século, um acréscimo médio da temperatura global de 2ºC a 5,8°C (graus Celsius). A porção nordeste da Mata Atlântica poderá ter alta de temperatura (entre 2°C e 3°C) e baixa pluviométrica (entre 20% e 25%). 
Com base em experimentos realizados no Laboratório de Zootecnia e Nutrição Animal da Uenf (LZNA), o professor de aquicultura Manuel Vazquez Vidal afirma que, com o aquecimento das águas, animais de algumas espécies aquáticas podem sofrer morte embrionária em decorrência do aumento do consumo das reservas de vitelo, uma reserva de nutrientes das células-ovo que alimenta o embrião.
"O aquecimento provoca aumento no metabolismo dos animais pecilotérmicos (sangue frio), que passam a consumir mais nutrientes e antecipam sua época de reprodução. Num primeiro momento fica parecendo que apenas o calendário de desovas mudaria, mas o desenvolvimento embrionário também é afetado pela elevação da temperatura", disse.
Os anfíbios também poderão sofrer uma significativa diminuição nas suas populações existentes na Mata Atlântica. Estudo realizado por pesquisadores do Laboratório de Biogeografia da Conservação da Universidade Federal de Goiás (UFG) estima que até 12% das 431 espécies desses animais do bioma poderão ser extintas nas próximas décadas. O professor Carlos Ruiz-Miranda, do Laboratório de Ciências Ambientais (LCA) da Uenf, lembra que os impactos não se restringiriam à óbvia perda destas espécies nativas.
"Os anfíbios são parte de uma cadeia alimentar que envolve várias espécies de vertebrados".
Outros organismos como mamíferos, aves, insetos e vegetais também ficariam suscetíveis a tais mudanças climáticas. Diferentemente do que ocorre com a espécie humana, muitas dessas espécies não conseguem se adaptar, principalmente as vegetais. Professor do Laboratório de Engenharia Agrícola da Uenf (LEAG), Elias Fernandes de Sousa explica de que forma este cenário afetaria a produção agrícola na região Norte Fluminense.
"O aumento da demanda hídrica no inverno poderia intensificar os efeitos das estiagens que ocorrem frequentemente no inverno e, no verão, a maior frequência de chuvas intensas provocaria inundações e alagamentos. Esses dois eventos já prejudicam bastante a produção agrícola na região. Com o cenário de aquecimento, os efeitos danosos poderão se intensificar", afirma Elias, lembrando que o Norte Fluminense normalmente se destaca no Estado do Rio de Janeiro pelo baixo índice pluviométrico comparado a outras regiões. 
Para o pesquisador, os efeitos desse aquecimento não se restringirão a uma determinada espécie.
"Com esse cenário, muito provavelmente todas as espécies vegetais e animais seriam alcançadas, pois as alterações climáticas previstas podem afetar toda forma de vida", afirma.
Como uma das soluções para o Norte Fluminense, Elias afirma que a região dispõe de recursos hídricos e de estruturas hidráulicas que podem ser utilizadas para um manejo da água visando reduzir os efeitos das estiagens.
"Deve-se investir na recuperação dos solos e da vegetação nativa em áreas estratégicas para contenção de morros e redução da erosão, aumentando a infiltração de água no solo e reduzindo os efeitos das chuvas intensas, principalmente em áreas de baixa produção agrícola", conclui.
* Fotos: Mauro de Souza e Thiago Macedo - Arquivo / Reprodução

FONTE:SITE URURAU.