quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Oceanos podem ficar 170% mais ácidos até 2100

Oceanos podem ficar 170% mais ácidos até 2100



Um estudo sobre a acidificação dos oceanos deve ser apresentando, nesta semana, na COP 19 - Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas. A publicação aponta que o aumento da acidez colocará em risco a biodiversidade marinha.
A situação preocupante dos oceanos não é novidade. Entre diversas pesquisas já realizadas, em 2012, foi apresentado um relatório na Califórnia, elaborado por especialistas em acidificação dos oceanos. O documento “Sumário para formuladores de políticas públicas”, que será levado à reunião da ONU, afirma que o problema é causado pelas atividades humanas, em consequência dos 24 milhões de toneladas de CO2 acumulado nos oceanos, que alteram a química da água.
“Quando o CO2 se dissolve na água do mar, forma-se o ácido carbônico. Este processo, denominado de acidificação oceânica, está tornando a água do mar mais corrosiva para conchas e esqueletos de numerosos organismos marinhos, bem como afetando seus processos de reprodução e fisiologia”, explica o documento.
De acordo com o estudo, os impactos já foram detectados em diversas regiões do planeta e, futuramente, podem alterar a cadeia alimentar, a biodiversidade e os recursos pesqueiros.
Segundo o documento, as emissões atuais de CO2 são maiores do que as projeções do pior cenário elaborado pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, divulgado há uma década. Ele também estima que a acidez aumentou 30% desde o início da Revolução Industrial, em meados de 1760, e o receio é que seja mantido o ritmo atual. “Não se sabe como ou se os organismos marinhos se adaptarão a esta acidificação”, destaca a pesquisa.
A economia será diretamente afetada ao atingir a indústria pesqueira e os frutos do mar. Além disso, ameaçará a segurança alimentar de milhões de pessoas. A acidificação também pode tornar a maioria das regiões oceânicas inóspita para os recifes de corais, o que também afetará o turismo.
Por conta disso, o estudo garante que os custos para evitar os impactos negativos será menor do que os necessários futuramente para compensar os prejuízos da falta de ação. Veja aqui o estudo completo.
Redação CicloVivo

O Código Florestal é capaz de nos deixar sem água


Doutora em educação ambiental, presidente do IPÊ - Instituto de Pesquisas Ecológicas, fellow da Ashoka, líder Avina e Empreendedora Social Schwab.

O Código Florestal é capaz de nos deixar sem água
Suzana M. Padua - 12/09/11

Sem mata o reservatório assoreia e a água cai de qualidade ou acaba. Foto: Eduardo Ditt
A mudança do Código Florestal vai permitir um desmatamento inigualável na história do Brasil, e a água que sai de nossa torneira pode ficar ameaçada de desaparecer. Isso porque desmatamentos em nascentes, cursos d’água e reservatórios afetam a disponibilidade da água que é produzida na natureza. A tendência é que o problema cresça exponencialmente se o Código Florestal sofrer as mudanças almejadas por Aldo Rebelo, Kátia Abreu e os demais políticos que as defendem.

O IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas, instituição da qual faço parte, trabalha há quase duas décadas com questões socioambientais em uma localidade que pode ilustrar a gravidade da questão. O reservatório do Rio Atibainha, localizado em Nazaré Paulista, São Paulo, é parte do Sistema Cantareira, responsável por fornecer 70% da água de São Paulo, mais de 90% da água consumida em Campinas, e percentuais quase totais da que é fornecida às demais cidades da região, que conta com cerca de 9 milhões de pessoas.

A retirada das florestas nativas nas proximidades do reservatório emitirá aproximadamente 380 mil toneladas de CO2 na atmosfera. Esta quantia equivale à poluição causada por uma frota de 12 mil veículos movidos à gasolina durante toda a sua vida útil. São as florestas que propiciam uma mitigação no efeito das mudanças climáticas, através da absorção de CO2 da atmosfera, um dos gases causadores de efeito estufa.


Nazaré: trecho com mata e cachoeira. Água abundante. Foto: Eduardo Ditt
Grave, também, é a sedimentação que a retirada das florestas nativas causará. Segundo os pesquisadores do IPÊ, é como se um carregamento de 220 toneladas de sedimentos fossem jogados dentro da represa por ano. Sem florestas, a terra desliza para dentro do reservatório até não existir mais espaço para a água. A função de armazenamento de água ficará assim comprometida, além de dificultar a produção agrícola da qual muitos dependem, inclusive a agricultura daqueles que defendem a mudança do Código Florestal.

"Desde a construção do reservatório do Atibainha as pressões têm sido grandes. Houve um adensamento populacional e os indicadores socioeconômicos são tipicamente de áreas pobres. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de Nazaré Paulista está em 72º lugar dos 75 municípios paulistas"
Apenas para exemplificar, as Áreas de Preservação Permanente (APPs) – que tem intervenções reguladas pela emenda 164 -, como encostas de morros e as beiras de rios, são justamente os locais chave para a “produção de águas”. A proposta é que o poder de legislar sobre elas seja conferido aos Estados, o que amplia a possibilidade de haver um desmatamento massivo, uma vez que a quantidade de solicitações para se “limpar” as áreas naturais tem crescido significativamente desde que a proposta de mudanças do Código Florestal surgiu. Aliás, como a fiscalização é deficitária, há acréscimos de derrubada de matas de maneira contínua, seja ou não por conta da expectativa da aprovação do novo Código Florestal. O fato é que o desmatamento, se permitido legalmente com base nas mudanças propostas no Código Florestal, ameaçará a quantidade e a qualidade de água consumida na região.

Então, além de deslizamentos de terras já constatadas como sendo decorrentes da retirada das matas, as florestas são também responsáveis pela produção de água. Muitos podem negar este fato, mas basta um olhar criterioso para se perceber a correlação direta entre a qualidade e abundância das florestas e a água produzida. As matas propiciam um intrincado sistema de serviços ambientais, muitas vezes invisíveis ao olhar das pessoas - veja aqui um artigo que já escrevi sobre o assunto. E, esta complexidade leva a enormes benefícios. A água produzida na natureza acaba nas torneiras de nossa casa. O risco da água escassear ou desaparecer pode ser uma das conseqüências do novo Código Florestal.

Histórico da Região

Nazaré com água e matas. Foto: Eduardo Ditt
O reservatório do Atibainha foi construído na década de 1970, quando o governo militar tomava decisões sem qualquer consulta pública. Na época, a construção causou efeitos trágicos, com suicídios e depressões profundas, por inundar terras que há centenas de anos pertenciam às mesmas famílias. Em muitas propriedades as terras alagadas eram as mais ricas e produtivas por serem os vales naturais de uma região montanhosa. Mas, a decisão dos governantes visava garantir água para as megalópoles da região, e para o pólo industrial do eixo São Paulo/Campinas.

O investimento para sua construção foi alto, e os danos ambientais significativos. Mas as regras restritivas da época eram tênues e as decisões militares prescindiam de discussões. É interessante refletir sobre os impactos ambientais dos 20 anos do governo autoritário no Brasil, pois foram muitos os mega-projetos implantados país afora, que buscavam um progresso a qualquer preço. Pior, havia a ilusão de que dessas iniciativas dependia o futuro promissor de nosso país.

Mas, como em outras regiões, desde a construção do reservatório do Atibainha as pressões têm sido grandes. Houve um adensamento populacional e os indicadores socioeconômicos são tipicamente de áreas pobres. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de Nazaré Paulista está em 72o lugar dos 75 municípios paulistas, segundo o IBGE de 2006. Os investimentos em educação são aquém do necessário, o que dificulta uma reversão das condições socioambientais em um futuro próximo. O resultado é que os desafios sociais acabam gerando grandes pressões sobre as áreas naturais da região, enquanto deveriam ser priorizados mecanismos que beneficiassem a natureza e a melhoria da vida humana ao mesmo tempo.

Isso tudo ocorre porque não damos à natureza o devido valor. Os proprietários dos remanescentes de matas e ecossistemas naturais da região (que inclui a água ali produzida), deveriam ser ressarcidos com valores atraentes, e não com quantias simbólicas que não incentivam esse comportamento. Uma compensação justa poderia trazer mudanças socioambientais que beneficiassem gente e natureza. Assim, a natureza deixaria de ser tratada como um “presente” cujo valor continua a não ser computado nas negociações econômicas.

Onde está nossa democracia?

Nazaré com florestas ciliares. Foto: Eduardo Ditt
As decisões políticas atuais, principalmente àquelas referentes ao Código Florestal, não parecem refletir uma real democracia. A opinião pública não está sendo considerada, já que 85% da população brasileira defende a proteção das florestas nacionais, mesmo que isso represente menos gado ou áreas para agricultura. Porém, nossos representantes na Câmara dos Deputados votaram massiçamente à revelia da vontade do povo. Resta saber se Aldo Rebelo, Kátia Abreu e os outros que defendem as mudanças no Código Florestal se responsabilizarão quando faltar água nas nossas torneiras.

Este é um dilema que cabe a nós, cidadãos. Precisamos aprender a reivindicar, reclamar e exigir que nossas idéias sejam acatadas. O que está em jogo agora, entre muitos outros fatores, é como serão protegidas as matas que no fim das contas protegem a água que precisamos para viver?

(Uma versão resumida deste artigo foi pubicado na Folha de São Paulo, em 15 de agosto de 2011, com os seguintes autores: Suzana Padua, Claudio Padua, Eduardo Ditt e Thomaz Almeida)

Desmatamento na Amazônia aumenta em quase 30%

Desmatamento na Amazônia aumenta em quase 30%
18 de Novembro de 2013 •



O desmatamento na Amazônia subiu 28%, segundo números do Projeto de Monitoramento da Floresta Amazônica por Satélites (Prodes), e do Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais (Inpe). Os dados que foram apresentados na última quinta-feira (14), pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, são equivalentes ao período de agosto de 2012 a julho de 2013, e mostram que a área desmatada foi de 5.843 quilômetros quadrados.
Apesar do aumento, a ministra assegurou que essa é a “segunda menor taxa de desmatamento já registrada em toda a história”, desde que o monitoramento começou a ser feito pelo Inpe.
Entre os estados que mais desmataram, estão Mato Grosso (52%) e Roraima (49%). Quando o cálculo é feito em quilômetros, os estados que lideram o ranking de desmatamento são o Pará, com 2.379 quilômetros quadrados, e Mato Grosso, com 1.149 quilômetros quadrados.
A ministra também confirmou que retornará mais cedo da Conferência Mundial do Clima, em Varsóvia, na Polônia, para participar de uma reunião com todos secretários estaduais de meio ambiente da Região Amazônica, onde cobrará explicações sobre os desmatamentos em cada estado.
Texto originalmente publicado na Agência Brasil.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Alerj: Rosinha vai receber título de Benemérita do Estado




Alerj: Rosinha vai receber título de Benemérita do Estado

A prefeita Rosinha Garotinho (PR) recebe amanhã (04), às 18h30, em sessão solene no salão nobre da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), o título de Benemérita do Estado do Rio de Janeiro – honraria concedida a personalidades que tenham prestado relevantes serviços à população fluminense. A proposição, aprovada por unanimidade, é do deputado estadual Geraldo Pudim (PR).
Na justificativa do projeto, aprovado em agosto, Pudim elogiou ações de Rosinha como governadora. “Em seu governo ela criou e desenvolveu importantes projetos sociais, como o Farmácia Popular, que fornece remédios a 1,0 real alem de  fraldas geriatricas para a população mais carente. Foi ela também que criou e implantou a primeira universidade pública da zona oeste, a UEZO, Universidade Técnica da Zona Oeste, que forma engenheiros em 3 anos para os setores dinâmicos da economia do Rio de Janeiro, como a siderurgia, industria naval e polímeros. Rosinha também construiu casas populares, construiu a estrada que liga a região serrana com a região dos lagos, RJ 140. Rosinha foi responsável pela atração de complexos siderúrgicos como a CSA, em Santa Cruz e diversas outras empresas industriais para o Estado. Foi no governo Rosinha que a política de cotas para o ensino superior, iniciada no governo Garotinho, foi consolidada e aperfeiçoada, com o programa de bolsas para os cotistas. Na área de tecnologia, implantou o programa RioBiodiesel que serviu de base para o programa nacional de biodiesel e apoiou a construção do Laboratório do Tanque Oceânico da COPPE”, justificou Pudim.
Foram convidados secretários municipais, vereadores, prefeitos e lideranças do PR em todo o Estado.

FONTE:BLOG DO BASTOS

Procon vai à Justiça exigir mais rigor da ANS com planos de saúde

Procon vai à Justiça exigir mais rigor da ANS com planos de saúde

Fonte: jornal Extra
O Procon-RJ ajuizou duas ações coletivas na Justiça Federal contra a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), por determinação da Secretaria estadual de Proteção e Defesa do Consumidor. Um dos processos pede que a agência seja obrigada a assegurar a manutenção e a venda de planos de saúde individuais e familiares. A segunda ação pede a imediata suspensão do Artigo 17 da Resolução Normativa 195/2009.
Segundo o Procon-RJ, este artigo permite às operadoras que vendem planos de saúde coletivos impor ao mercado cláusulas abusivas que contrariam o Código de Defesa do Consumidor (CDC) e a Constituição Federal, tais como fidelidade contratual de 12 meses e cobrança de dois meses antecipados em caso de pedido de rescisão pelo consumidor.
Nas duas situações, o Procon-RJ entende que a ANS, na condição de órgão regulador do setor, está se omitindo ante a sua atribuição de fiscalizar o mercado e coibir que distorções como essas, que prejudicam o consumidor, venham a acontecer.
"Chega a causar constrangimento o fato de o governo federal não estar tomando uma atitude diante dessa situação. Acho muito suspeita essa atitude da ANS de beneficiar as empresas de planos de saúde", disse a secretária estadual do Consumidor, Cidinha Campos.
Na ação sobre planos de saúde individuais e familiares, o Procon-RJ entende que após a edição da Lei 9.656/1998, que regulamenta os planos de saúde, as "operadoras passaram a desestimular as contratações individuais por meio de preços impraticáveis".
O Procon-RJ cobra da ANS "uma postura efetiva na fiscalização". Na ação referente ao Artigo 17 da Resolução Normativa, o Procon-RJ pede a anulação definitiva desse dispositivo, para permitir que os consumidores possam rescindir seus contratos sem o pagamento de multas contratuais ou quaisquer outras cobranças abusivas.
O órgão também pede que seja estabelecida uma multa diária de R$ 50 mil pela omissão de atuação da reguladora em cada um dos dois casos. A ANS informou, por meio da assessoria de imprensa, que ainda não foi notificada sobre as ações.

Câmara dos Deputados pode aprovar projeto de lei que ameaça áreas protegidas

Câmara dos Deputados pode aprovar projeto de lei que ameaça áreas protegidas


A Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados pode aprovar na próxima quarta-feira (27) um projeto de lei inconstitucional que pode prejudicar enormemente a conservação da biodiversidade no país.
O PL 3.682/2012 faz parte do pacote do novo Código da Mineração e propõe de forma irresponsável a abertura de parques nacionais e outras unidades de conservação de proteção integral à mineração, uma atividade altamente impactante.
Para que isso ocorra, bastaria às empresas doarem aos órgãos ambientais áreas com o dobro do tamanho das abertas à exploração comercial e com as mesmas características ecológicas e biológicas. Todavia, unidades de conservação (especialmente as de proteção integral) foram criadas para manter a biodiversidade, as fontes de água e outros serviços ambientais, oferecerem espaço para turismo e pesquisas. Elas são fruto de estudos técnicos, de audiências públicas e de decretos do Poder Executivo.
Outro problema é que não há qualquer garantia de que áreas com os mesmos atributos ambientais sejam encontradas, especialmente próximas das áreas protegidas abertas à exploração mineral. Afinal, unidades de conservação abrigam justamente porções raras ou únicas da natureza brasileira. Em suma, a proposta, segundo a organização ambiental WWF, atende apenas a interesses comerciais e ataca o Sistema Nacional de Unidades de Conservação desvirtuando as funções básicas das áreas de proteção integral, que é o de resguardar da forma mais íntegra possível a diversidade de nosso patrimônio natural.
Há incontáveis fontes de minérios fora dos limites das unidades de conservação. Por tudo isso, o WWF-Brasil é contra o PL 3682/2012 e recomenda seu imediato arquivamento.

Ajude a ONU a definir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)

Ajude a ONU a definir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)

Débora Spitzcovskymeu-mundo-ods
Reduzir as emissões. Proteger as florestas. Acabar com a corrupção. Garantir acesso universal à energia. Investir em saúde e educação. A partir de 2015, quando acaba o prazo para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, a ONU definirá novas metas – os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável -, que deverão ser cumpridas por todos os seus países-membros. E você pode ajudar a escolher quais serão esses propósitos.
O convite é da iniciativa Meu Mundo*, que foi lançada em janeiro, em mais de 190 países, e ainda está “rolando”. Que tal participar? Basta acessar o site do projeto e responder à pergunta “Quais as mudanças mais importantes que precisam ser feitas no planeta?“, escolhendo seis das 16 opções oferecidas pela ONU.
Por enquanto, as alternativas mais votadas pelos brasileiros são, respectivamente:
- educação de qualidade;
- governo honesto e atuante;
- melhoria dos serviços de saúde;
- proteção contra o crime e a violência;
- proteção a florestas, rios e oceanos e
- acesso à água potável e ao saneamento.
Até agora, mais de 20 mil cidadãos do Brasil – sobretudo mulheres (57%) – deram sua contribuição para a iniciativa. Até julho deste ano, o país era o mais participativo no projeto, mas agora está em 4º lugar, atrás de Índia, Nigéria e Estados Unidos. Que tal dar uma ajudinha para subirmos novamente no ranking?
Foto: beth19/Creative Commons

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Revista Science publica texto alertando para risco de extinção da onça-pintada
25 de Novembro de 2013 • Atualizado às 11h25


Um grupo de pesquisadores brasileiros, liderados por Mauro Galetti, professor do Instituto de Biociências (IB) da Unesp, Campus de Rio Claro, publicou na seção Letters, da revista Science, de 22 de novembro de 2013, o texto ‘Atlantic Rainforest’s Jaguars in Decline’, na página 930, em que alerta para o declínio populacional da onça-pintada na Mata Atlântica.
Integrante do Instituto Pró-carnívoros e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, Ronaldo Morato aponta a relevância da publicação e o impacto positivo que ela trará. “Enquanto ações nos EUA de reintrodução de espécies e de reflorestamento vêm gerando um aumento do número de predadores em algumas áreas, o que vem ocorrendo com a onça pintada caminha no sentido contrário”, diz.
Morato aponta que coibir a caça ilegal do animal e a perda do seu habitat são ações que poderiam ser tomadas em termos governamentais para impedir o declínio do animal. “Desenvolvemos ainda, com o professor Galetti, estudos sobre as funções ecossistêmicas da onça pintada e o que pode acontecer com o a redução e desaparecimento do animal”, afirma.
"A nota publicada na Science tem pelo menos dois bons significados para todos nós; o primeiro, é a clara conclusão de que é possível (e necessário) reunir o conhecimento interdisciplinar de vários pesquisadores para encontrar soluções de recuperação e conservação de uma espécie ameaçada de extinção, e o segundo, é a indicação de que os estudos em biodiversidade que se realizam pelos pesquisadores brasileiros, encontram reconhecimento na comunidade científica internacional, e isso é muito bom por dar credibilidade aos nossos trabalhos e abrir novos caminhos de cooperação científica madura e de crescimento do conhecimento universal", comenta Pedro Manoel Galetti Junior, do Laboratório de Biodiversidade Molecular e Conservação do Departamento de Genética e Evolução da Universidade Federal de São Carlos, coautor do texto.
Fonte: Unesp Agência de Notícias (UnAN)

Iogurte pode curar a depressão e reduzir a ansiedade

Iogurte pode curar a depressão e reduzir a ansiedade, diz estudo


Um novo estudo coordenado pelo Instituto de Tecnologia da Califórnia, nos EUA, mostra que os probióticos presentes no iogurte e nas bebidas fermentadas são capazes de melhorar o humor das pessoas, uma vez que liberam alguns dos neurotransmissores responsáveis pela sensação de bem estar e pelo controle da ansiedade. Assim, o líquido pode não só deixar as pessoas mais bem humoradas, como também auxiliar no tratamento da depressão e de outros transtornos mentais e de comportamento.
O biólogo Paul Patterson é o responsável pela pesquisa, que vem realizando testes a fim de comprovar que os benefícios do iogurte e das bebidas fermentadas vão muito além dos nutrientes oferecidos para uma alimentação saudável.
Por meio de experiências, a equipe concluiu que as bactérias presentes no estômago estão diretamente conectadas ao cérebro, por meio do nervo vago, estrutura que aproveita as propriedades do iogurte para ativar os nervos sensitivos responsáveis pela regulagem do humor. Estes micro-organismos também estão ligados à produção de anticorpos e à regulação de hormônios que atuam no organismo.
O estudo é divido em várias frentes de trabalho, mas, de fato, as perspectivas têm sido as mais positivas. “Estas bactérias são microorganismos que possuem o poder de alterar a mente”, afirmou ao site Quartz o especialista Mark Lyte, membro da Universidade Tecnológica do Texas, instituição que também participa da pesquisa.
Na prática, o hospital psiquiátrico Sheppard Pratt, em Baltimore, está estudando os efeitos causados por uma dieta rica em probióticos diretamente nos pacientes, com objetivo de perceber até que ponto o iogurte e as bebidas fermentadas podem estabilizar o humor e controlar a ansiedade.
Por Gabriel Felix – Redação CicloVivo

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Mais de 50% da população mundial não coleta lixo

Mais de 50% da população mundial não coleta lixo
28 de Novembro de 2013 •


Um novo levantamento estima que cada indivíduo produz 270 kg de lixo a cada ano, porém, apenas 15,4% desses resíduos são reciclados. A informação consta no estudo da Associação Internacional de Resíduos Sólidos (Iswa), divulgado na última semana.
De acordo com os dados apurados, anualmente, a produção mundial é de um bilhão de toneladas de resíduos urbanos. Entretanto, mais da metade da população não tem acesso regular ao serviço de coleta de lixo. Os cálculos dos pesquisadores mostram que é preciso investir 40 bilhões de dólares para resolver esse problema.
Enquanto essa questão for adiada, mais caros ficarão a conta e os prejuízos. Além do fator econômico, pesa ainda mais o problema ambiental, uma vez que, todo esse lixo, é direcionado para os rios, aterros e outros meios inadequados, que contaminam o solo.
A exagerada produção de resíduos deve-se, principalmente, porque a população está se tornando mais economicamente estável, e, consequentemente, consumindo mais, acredita David Newman, presidente da Iswa.
O estudo em questão destaca que, por meio do crowdsourcing, é possível lidar com os entraves mencionados na pesquisa. O termo refere-se a um modelo de produção que aproveita o conhecimento coletivo disponível na internet para criar novas tecnologias e facilitar a resolução de problemas.
“A comunidade global de gerenciamento de resíduos e reciclagem deve se concentrar mais em atividades de crowdsourcing como um meio para fornecer soluções para a falta de dados”, afirma o documento. “Experiências documentadas no primeiro ano da pesquisa mostram a necessidade de desenvolver um banco de dados mais concreto, coerente e com apoio científico”. O relatório é baseado em dados de 162 países e 1.773 cidades, confira aqui.

Ministra do Meio Ambiente anuncia ações contra o desmatamento ilegal na Amazônia

Ministra do Meio Ambiente anuncia ações contra o desmatamento ilegal na Amazônia


Na última quarta-feira (27), a ministra do Meio Ambiente (MMA), Izabella Teixeira, afirmou que o governo vai intensificar as ações de combate ao desmatamento ilegal na Amazônia, que teve um aumento de 28% este ano.
Segundo ela, em 2014, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) usará imagens de satélites que vão enxergar desmatamentos de até três hectares, o equivalente a três campos de futebol. Atualmente, o Sistema de Detecção de Desmatamentos em Tempo Real (Deter) só localiza devastações acima de 25 hectares.
A ministra também adiantou que o Inpe vai usar novas tecnologias por radar que “enxergam por meio das nuvens e abaixo do dossel das árvores”. “Vamos pegar o desmatamento da exploração seletiva das árvores”, disse Izabella, durante a abertura da 112ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). Atualmente, o monitoramento por imagens de satélite do desmatamento e da degradação da Floresta Amazônica é dificultado pela cobertura de nuvens e o corte seletivo de madeira é de difícil detecção.
Para intensificar o trabalho de fiscalização, a ministra informou que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) está estudando o uso de drones (aviões não tripulados) para acabar com o crime ambiental na Amazônia.
Izabella ressaltou que vai ampliar o número de municípios na lista de desmatadores. “Vamos endurecer as restrições. Não aceito que um município saia da lista e no ano seguinte apresente desmatamento ilegal quase como uma provocação”, disse. Hoje, existem 41 municípios na lista dos que mais desmatam na Amazônia que têm restrição a crédito do governo federal.
Entre agosto de 2012 e julho de 2013, foram desmatados 5.843 quilômetros quadrados do bioma amazônico, segundo as imagens do Projeto de Monitoramento da Floresta Amazônica por Satélites (Prodes), do Inpe.  No período anterior, foram registrados 4.571 quilômetros quadrados de desflorestamento. Entre os estados que mais desmataram estão Mato Grosso (52%) e Roraima (49%). Quando o cálculo é feito em quilômetros, os estados que lideram o ranking de desmatamento são o Pará, com 2.379 quilômetros quadrados, e Mato Grosso, com 1.149 quilômetros quadrados.
Ana Cristina Campos 

INAUGURAÇÃO DO COMPLEXO DA SEDE DE GUAXINDIBA

Estaremos com a chefe da Estação ecológica de Guaxindiba,campista e  zelosa funcionária do Inea,Sra.Vânia Coelho, neste importante inauguração ,que consolida esta Unidade de conservação.

domingo, 1 de dezembro de 2013

Crianças que não comem carne têm melhor desempenho na escola


Um experimento realizado na escola pública Active Learning Elementary School, em Nova Iorque, comprovou que as crianças que deixam de comer carne tiram notas mais altas, têm melhor comportamento e menor déficit de atenção. O teste teve início em maio, quando a carne foi retirada do cardápio do refeitório da escola, o qual atende, diariamente, a cerca de 400 alunos matriculados.
Nos primeiros dias, boa parte das crianças demonstrou resistência à dieta livre de insumos animais, entretanto, a maioria dos pais aprovou o projeto de imediato. Mesmo erguendo a bandeira do vegetarianismo, a escola não proibiu os alunos de levarem seus lanches e refeições com carne, mas 90% dos alunos aderiram à proposta da instituição.
A escola nova-iorquina é a primeira dos EUA a retirar por completo a carne do cardápio da cantina, substituindo o recurso animal por ingredientes mais saudáveis e leves, como tofu, batatas e cereais integrais – como o feijão e o milho, que agregam nutrientes relevantes à dieta.
No início do projeto vegetariano, os efeitos positivos já eram previstos por especialistas em alimentação do país. “Sabemos que, quando os alunos adotam uma dieta saudável, são capazes de se concentrar mais. O sistema imunológico vai ficando mais forte, por isso, adoecem menos, frequentam mais as aulas e aumentam a capacidade de se concentrar – ou seja, assimilam melhor”, contou Amie Hamlin, diretora executiva da New York Coalition for Healthy School Food.
De acordo com os idealizadores do projeto, um dos objetivos da ação é fazer com que as crianças incentivem suas famílias a adotarem um regime mais saudável e livre de insumos animais. Os estudantes recebem acompanhamentos e orientação sobre hábitos alimentares, por meio de aulas semanais de nutrição. A conscientização também se estende aos responsáveis pelos alunos, que participam de oficinas sobre culinária vegetariana e pratos saudáveis.
Segundo o site português Greensavers, a Active Learning Elementary School também informou que reduziu em 2% o índice de obesidade entre os alunos, considerando que a cidade de Nova Iorque concentra altos níveis de obesidade entre a sua população.
Redação CicloVivo


Reprodução do Brasil 247
Reprodução do Brasil 247
Fonte: Blog do Garotinho

Mudanças climáticas podem causar prejuízos de R$ 7,4 bilhões para agricultura

Mudanças climáticas podem causar prejuízos de R$ 7,4 bilhões para agricultura



A agricultura deve ser o setor da economia mais afetado pelas mudanças climáticas ao longo do século 21, divulgou o Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC), na segunda parte do primeiro relatório nacional. De acordo com o estudo, o prejuízo do agronegócio com problemas climáticos pode chegar a mais de sete em 2020 e R$ 14 bilhões em 2070. Até 2030, a produção de soja, por exemplo, pode ter perdas de até 24%.
"É uma preocupação em termos de impacto financeiro e para a questão de segurança. A ideia é que esses relatórios possam sinalizar aos tomadores de decisão a importância de agir agora. O custo da inação, de não fazer nada, vai ser maior do que se a gente começar a se prevenir", defendeu Andrea Santos, secretária executiva do painel.
O estudo prevê que as mudanças nos regimes de chuva e a elevação da temperatura média prejudique a agricultura principalmente em áreas secas, como o Nordeste, região em que a distribuição de chuvas pode cair até 50%, segundo o relatório. Um resultado desse processo seria a intensificação da pobreza e a migração para áreas urbanas, impactando a infraestrutura. Culturas como as do milho, do arroz, da mandioca, do feijão e do algodão seriam prejudicadas.
Outra ameaça à segurança alimentar prevista pelo relatório é a diminuição do potencial pesqueiro do Brasil, que pode chegar a até 10% nos próximos 40 anos. Andrea explica que, com o aumento da temperatura da água e a mudança na salinidade, espécies podem buscar regiões mais frias, afetando toda a costa nacional. O estudo aponta ainda a elevação do nível do mar como outra possível vulnerabilidade das cidades litorâneas.
"Além de inundações, esse aumento pode levar a colapsos no sistema de abastecimento e esgotamento, com o retorno de esgoto para as residências em um caso de transbordo dos sistemas de tratamento. Isso pode trazer prejuízos também para o lençol freático".
Nas grandes cidades, os prejuízos estimados serão na mobilidade e na habitação, que podem sofrer com tempestades mais frequentes no Sul e no Sudeste. Já biomas como a Amazônia e a Caatinga correm riscos de ter queda de até 40% dos índices pluviométricos (chuvas), afetando a biodiversidade. A alta da temperatura também pode aumentar a incidência de doenças, como a dengue e a leishmaniose, e, combinada a maiores radiações de raios ultravioletas e emissões de gás carbônico, as lavouras podem sofrer com mais pragas e doenças causadas por fungos.
Vinícius Lisboa - Agência Brasil

Parques nacionais vão receber R$ 10 milhões para obras emergenciais

Parques nacionais vão receber R$ 10 milhões para obras emergenciais



Dezesseis parques nacionais vão receber R$ 10,4 milhões do governo federal para obras emergenciais para receber um público maior a partir da Copa do Mundo de 2014. Os ministros do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e do Turismo, Gastão Vieira, visitaram na última quinta-feira (27) o Parque Nacional de Brasília, conhecido como Água Mineral, que vai receber cerca de dois milhões para melhorar o acesso, o centro de atendimento ao turista, a sinalização e a manutenção das piscinas e dos banheiros.
A parceria entre os dois ministérios visa estimular o turismo nas unidades de conservação de 2014 a 2020. Entre os contemplados estão o Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro; o Arquipélago de Fernando de Noronha, em Pernambuco; o Parque Nacional do Iguaçu, no Paraná; a Chapada dos Guimarães, em Mato Grosso; e a Chapada dos Veadeiros, em Goiás.
“O grande retorno é aumentar a competitividade do turismo brasileiro. Nesse primeiro momento, é um banho de loja, uma tentativa de dar mais conforto ao turista. Tivemos quase sete milhões de visitantes nos parques nacionais. Precisamos nos preparar para tratar o turista bem”, disse o ministro.
Para a ministra Izabella, a parceria com o Ministério do Turismo representa um passo importante na consolidação dessas unidades de conservação, ainda pouco conhecidas da maioria dos brasileiros do ponto de vista turístico. No Parque Nacional de Brasília, por exemplo, disse a ministra, as pessoas só conhecem a parte das piscinas da Água Mineral, mas “o parque tem potencial para muito mais com suas trilhas”.
Sobre a falta de manutenção que tem assolado o parque, a ministra informou que “parte dos problemas encontrados era de gestão, houve uma troca de chefia e os contratos de manutenção estão sob revisão”.
“Estamos vivendo um momento de transição dos contratos. Isso impactou a prestação de serviços para os usuários. Nas últimas três semanas, a gente vem tendo dificuldade de prestar o serviço que prestávamos antes. Isso vai ser adequado nas próximas semanas”, disse o chefe do Parque Nacional de Brasília, Paulo Carneiro. Segundo ele, serão feitas obras emergenciais no piso da piscina Areal, que está fechada ao público, e nos banheiros da piscina Pedreira.
O Parque Nacional de Brasília, com cerca de 40 mil hectares, recebe 300 mil visitantes por ano. A unidade tem capacidade para receber até três mil pessoas por dia. Com os investimentos previstos, a ideia é aumentar a visitação para até 400 mil pessoas por ano.

sábado, 30 de novembro de 2013

Geleira no Alasca revela floresta perdida há mais de mil anos

Geleira no Alasca revela floresta perdida há mais de mil anos



Uma floresta perdida com mais de mil anos de existência foi descoberta recentemente dentro de uma geleira do Alasca, por um grupo de pesquisadores do estado norte-americano. Entre as árvores presentes no ecossistema, há espécies muito antigas, cujos troncos e raízes permaneceram conservados pela ação do congelamento, provavelmente comprometido com o aumento das temperaturas no planeta.
O primeiro registro de que alguns galhos e troncos de árvores estavam saindo da geleira de Mendehall foi realizado há mais de 50 anos, despertando interesse na comunidade científica. No entanto, foi só no ano passado que os pesquisadores da Universidade do Sudeste do Alasca decidiram aprofundar os estudos, observando uma grande quantidade de árvores antigas em posição vertical.
Entre as espécies que formam a vegetação da floresta congelada, os pesquisadores acreditam que estejam listados os abetos – coníferas muito comuns em regiões frias e temperadas da América do Norte e da Europa – e a cicuta, planta nativa da região, mas os estudos ainda precisam ser aprimorados.

Foto: Jamie Bradshaw/UAS
Para Cathy Connor, professora responsável pelo estudo, o congelamento é encarado como um fator aliado às pesquisas, permitindo mais detalhes sobre as características da vegetação da floresta milenar. “Podemos analisar as cascas das árvores e voltar no tempo para saber a idade que elas têm”, declarou Cathy ao site LiveScience.
Por meio dos estudos, a equipe também identificou que, primeiro, a floresta se desenvolveu, e, posteriormente, a área da geleira tomou conta das árvores. Logo depois, a formação de gelo voltou a se expandir, cobrindo não só a vegetação, mas também o solo, composto por uma grande quantidade de cascalho, que acabou servindo como uma espécie de tumba de gelo.
Recentemente, uma floresta perdida foi descoberta em Moçambique por um cientista britânico, que reconheceu o local pelo Google Earth. Chamada de Monte Mabu, a floresta nunca foi explorada e nem retratada anteriormente em coleções científicas e literárias, assim como a formação vegetal encontrada na geleira do Alasca.
Redação CicloVivo