segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Somos fracos, mas os filhos nos fazem fortes

Somos fracos, mas os filhos nos fazem fortes

Quando qualquer dificuldade ou medo aparecem pelo caminho, a inocência das crianças vira combustível para nossa valentia ISABEL CLEMENTE



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Certa vez, tive que me submeter a uma ressonância magnética com contraste, um exame que me foi prescrito como parte de uma nova rotina de prevenção. Para quem nunca fez, uma rápida descrição: você entra num tubo com um minicatéter na veia por onde será aplicado o contraste.
Dentro daquele túnel um tanto apertado, você ficará na mesma posição por 20 minutos, tirintando de frio se for friorento como eu porque uma máquina como aquela requer um ar condicionado capaz de reproduzir o clima do ártico. O barulho que ela emite é ensurdecedor, entrecortado por paradas breves, rápidos silêncios que só servem para aumentar a expectativa em relação ao próximo estrondo. Tampões de ouvido reduzem o desconforto, mas minha alma claustrofóbica precisa mais do que isso para não surtar dentro de um túnel gelado sem ninguém em volta para dar apoio moral.
Controlar o medo era o meu desafio porque o frio parecia não ter jeito, apesar do cobertor sobre minhas pernas e a camisolinha de hospital. A meu favor, contava a vergonha. Só a vergonha me impediria de apertar sem querer a campainha que só deve ser acionada em caso de emergência. "Se a senhora sentir alguma coisa", explicou a enfermeira.
Eu estava sentindo frio e medo, mas acho que frio e medo, mesmo sendo "alguma coisa", não caracterizam situação de emergência. Havia também apreensão com o resultado, sabe lá. Ninguém passa sem ficar um pouco tenso por um escrutínio desses. Vai que, no detalhe, aparece um defeito no meu corpo? O que farei? Também não era o caso de parar o exame por causa disso e eu fora bem orientada pela gentil enfermeira. Não mexe para não atrapalhar o exame. Diga isso para minhas pernas que não param de tremer de frio.
Só que o tempo, esse inimigo implacável dos ansiosos, não passava. Na minha cabeça, aquela revolução em torno do meu campo magnético - mesmo restrita à sala do exame - estava destrambelhando todos os relógios da clínica. Era a única explicação para o tempo, esse traidor, não passar.
As marteladas e as sirenes me soavam como as trombetas do apocalipse. O mundo vai acabar comigo aqui dentro, eu tinha certeza. Eu tinha que me acalmar. Eu precisava sobretudo voltar inteira para minha família, meu marido e minhas filhas, o trio que dá sentido à minha vida. Tratei de dizer coisas boas para mim. Que privilégio fazer um exame tão detalhado. Que honra, pensei, ter médicos tão atentos, não é verdade? Essa era eu, não mais Isabel, mas Polyanna.
Foi quando me ocorreu uma ideia mais elevada. Imagina se fosse uma criança? Antes eu do que minhas filhas. Antes eu, antes eu. Mas e se uma delas estivesse no meu lugar? O que eu faria para acalmá-la? Iria cantar, cantaria tão alto que minha voz calaria a máquina e a mente da gente. E quem sabe assim, melodia, versos e poesia viriam nos salvar das trombetas irritantes.
Eu iria também fantasiar. Porque fantasia é um lugar para onde podemos ir toda vez que a realidade parecer assustadora de mais. Estamos no meio de uma potente demonstração de tecnologia, pura ficção-científica, quem sabe dentro de um foguete em reparos. Ou prestes a decolar. Percebe o barulho da engrenagem?
Para resistirmos à viagem, precisamos de vitamina. Ir para a lua não é para qualquer um. Esse líquido geladinho entrando pela veia nos dará superpoderes no espaço, eu posso sentir, e você? Estranho, mas genial! Ele passeia pelo meu corpo agora.
Àquela altura, com gadolínio circulando nas veias, eu já era uma mulher mais forte, uma mutante, com garras de Wolverine e poderes da Tempestade. Nunca mais serei a mesma. Vou fazer chover e relampejar quando sair daqui.
Esse frio todo vem da lua, lugar inóspito onde, dizem, poucos pisaram. Os próximos seremos nós, comemorei com ar de vitória. Minha mente inquieta decidida a acalmar uma criança imaginária entoou todas as músicas preferidas das minhas filhas na viagem rumo ao espaço. As canções embalaram os minutos finais do exame. E o tempo, um rebelde resistente já dominado, voou.
Esqueci os barulhos do lado de fora. A vida dentro de mim estava mais divertida. Se a ressonância captasse pensamentos e reproduzisse imagens dos meus sentimentos, imprimiria depois uma pauta musical colorida com versos infantis, falando de natureza, de lagarta e borboleta, de Léo e Bia, de dias brancos, piratas e princesas.

Para tirar minha mente daquele tubo gelado, eu ficava apenas imaginando o sorriso inocente das duas crianças. Sem nada saber do que tinha me acontecido, elas apenas me saudariam em casa com um oi embrulhado em sorrisos, prontas para viajar comigo nas nossas aventuras interplanetárias.
É isso o que os filhos fazem pela gente. Mesmo longe, continuam presentes. As minhas filhas transformaram uma menina cheia de medos numa mulher um pouco mais valente.
P.S: esta coluna é minha contribuição pessoal à campanha Outubro Rosa, pela conscientização sobre o papel dos exames preventivos no combate ao câncer de mama. Você já fez o seu?

Militares podem ter provocado incêndio na Austrália

Militares podem ter provocado incêndio na Austrália



Um grande incêndio que começou na semana passada, na região sudeste da Austrália, pode ter sido provocado por exercícios de treinamentos com explosivos realizados pelo exército australiano. O desastre já destruiu 300 casas e causou, pelo menos, uma morte. Pressionada pela população local, a instituição tenta estabelecer uma relação com o incêndio.
O fogo que já destruiu cerca de 30 mil hectares teve início em Lithgow, nas proximidades de um campo do exército. As Forças de Defesa da Austrália vêm apurando as possíveis causas do desastre ambiental. "O incêndio começou em 16 de outubro, dia em que o pessoal do exército realizava exercícios de treinamento com explosivos", afirmaram as forças armadas em um comunicado publicado pela Exame.
Para piorar a situação, o calor intenso e as rajadas de vento esperadas para os próximos dias tendem a intensificar mais ainda os incêndios, que já se espalharam por 85 focos no estado de Nova Gales do Sul. Até agora, em um dos pontos mais preocupantes, o fogo vem destruindo a região que liga as cidades de Lithgow e Bilpin, situadas a 80 km de distância de Sydney.
Na última quinta-feira (17), uma nuvem de fumaça cobriu a cidade de Sydney pela manhã. Mais de mil bombeiros foram acionados para conter o desastre que pode ter sido causado pelos militares, que, além de ter arrasado residências e comércios, também aumenta exponencialmente a quantidade de material particulado no ar, mesma substância emitida pela queima de combustíveis fósseis no trânsito e nas usinas de queima de carvão. 

Parque da tijuca é eleito o melhor lugar do mundo para caminhadas

Parque da tijuca é eleito o melhor lugar do mundo para caminhadas



O Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro, foi eleito esta semana pelo Lonely Planet, considerado o maior guia de viagens do mundo, o melhor lugar para caminhadas em área urbana.
A edição do Lonely Planet lista mil aventuras ao redor do planeta e faz um ranking dos melhores locais. O ranking coloca as trilhas do parque carioca acima das de outros lugares como Londres, capital inglesa; Cidade do Cabo, na África do Sul; Sidney, na Austrália; e Vancouver, no Canadá.
A escolha foi feita pelos editores do próprio Lonely Planet e foi bem recebida pelo chefe do Parque Nacional da Tijuca, Ernesto Castro. Para ele, "o prêmio é um reconhecimento ao parque como um local privilegiado em uma cidade inigualável e também um reconhecimento aos funcionários e voluntários que fazem a sinalização e manutenção das trilhas para garantir a segurança e o lazer dos visitantes", disse o chefe.
O Parque Nacional da Tijuca tem quase 200 quilômetros de trilhas abertas e sinalizadas, além de mirantes, recantos e lagos. O parque recebe cerca de sete mil visitantes por dia e oferece muitos atrativos como o Corcovado, a Vista Chinesa, a Floresta da Tijuca e a Pedra da Gávea.
Segundo o chefe do parque, a Unidade de Conservação passa por obras para melhor atender aos visitantes. "O parque está passando por muitas melhorias, como a construção do complexo Paineiras, centro de visitantes com exposição educativa, restaurantes, banheiros, estacionamentos e lojas de suvenires no acesso ao Morro do Corcovado e a Trilha Transcarioca, que ligará vários parques, cruzando toda a cidade. No parque estão prontos 30 quilômetros de trilhas, ligando o Alto da Boa Vista ao Corcovado", disse Ernesto.
Sobre a segurança do parque, ele declarou que, com as medidas de vigilância adotadas, as ocorrências diminuíram. "Os acessos oficiais são controlados por vigilantes e agentes do ICMBio e as trilhas patrulhadas com apoio da Guarda Municipal e Polícia Militar. Apesar de ser um parque nacional, ele não está isolado do contexto da metrópole em que está inserido. O parque é o lugar mais seguro da cidade e em 4 mil hectares, foram registrados cinco assaltos este ano. A título de comparação, isso representa 0,4% do número de assaltos registrados no bairro de Santa Teresa, vizinho ao parque", disse.

Lançada pedra fundamental do Biodigestor e Sistema de Gás

Lançada pedra fundamental do Biodigestor e Sistema de Gás

Por Telmo Filho
A Prefeitura e a Concessionária Águas do Paraíba lançaram nesta quarta-feira (23), o primeiro biodigestor e sistema de biogás, que será construído na Terra Prometida. Trata-se do sistema para tratamento de esgoto de uso comunitário, social e ecológico e indicado para comunidades pequenas.

O equipamento vai tratar o esgoto de 270 famílias da Terra Prometida, que receberá rede coletora de 4.100 metros, beneficiando diretamente mais de mil pessoas. Além disso, o biogás produzido será utilizado em fogões industriais da cozinha do Ciep da Terra Prometida.

Representando a Prefeita Rosinha Garotinho, o secretário de Meio Ambiente, Zacarias Albuquerque, destacou que esta será mais uma obra importante em saneamento no município. “Campos avançou em saneamento básico, graças aos investimentos oriundos dos royalties do petróleo e o biodigestor será mais uma obra de saúde pública e preservação do meio ambiente”, revelou.

O superintendente da Águas de Paraíba, Mário Fazza, informou que o investimento de todo o sistema é de R$ 700 mil, acordado com o Ministério Público. “Este recurso é oriundo de fundo, formado por recursos retidos da indevida cobrança de ICMS, pelo serviço de água e esgoto, que não foram procurados pelos clientes da concessionária, mesmo após ampla campanha pública de devolução do imposto”, ressaltou.

Fazza lembrou que ao longo dos dois mandatos da prefeita, diversas ações foram realizadas, visando a qualidade de vida da população. “No primeiro mandato de Rosinha Garotinho inauguramos a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do Parque Imperial. Em seguida entregamos as ETEs de Donana e do Matadouro, totalizando seis ETEs em funcionamento no município, com 80% do esgoto coletado e, destes, 100% tratado, colocando Campos em primeiro lugar em saneamento básico no Estado do Rio”, comentou.

domingo, 27 de outubro de 2013

Relatório aponta iniciativas que tornam cidades mais eficientes e sustentáveis

Relatório aponta iniciativas que tornam cidades mais eficientes e sustentáveis


Do Instituto Carbono Brasil
Segundo dados das Nações Unidas, até 2030 cinco bilhões de pessoas – o que equivalerá a 60% da população mundial – viverão em centros urbanos, o que deve estimular a economia, mas também trazer uma série de consequências para o meio ambiente e os recursos naturais. Diante disso, surge a questão: como tornar as cidades mais sustentáveis e eficientes em recursos?
É isso que tenta responder o relatório ‘Como tornar uma cidade excelente’ (How to make a city great), divulgado nesta semana pela empresa de consultoria McKinsey&Company. Os pesquisadores da firma passaram um ano entrevistando prefeitos de 30 cidades em quatro continentes que conseguiram de alguma forma realizar melhorias ambientais, econômicas e na qualidade de vida de seus cidadãos.
Através das respostas desses líderes sobre como estão efetuando essas mudanças em suas cidades, a McKinsey tentou reconstituir as linhas estratégicas seguidas pelos prefeitos, e detectou os três pontos mais frequentes:
O primeiro seria garantir um crescimento inteligente, identificando e estimulando as melhores oportunidades, criando formas de lidar com as demandas, integrando o pensamento ambiental e garantindo que todos os cidadãos gozem da prosperidade da cidade.
O documento afirma que bons líderes urbanos também pensam no crescimento regional porque, à medida que a cidade cresce, eles precisarão da cooperação dos municípios vizinhos e de fornecedores de serviços regionais.
O texto continua, afirmando que integrar o ambiente às decisões econômicas é vital para um crescimento inteligente: as cidades devem investir, por exemplo, em infraestrutura que reduza as emissões, a produção de resíduos e o uso da água. Além disso, essa mesma infraestrutura deve ser pensada cada vez mais para comunidades de alta densidade.
De acordo com o relatório, um exemplo disso é a cidade de Copenhagen, capital da Dinamarca. O município investiu fortemente em infraestrutura verde e agora é classificado como a cidade mais sustentável da Europa pelo índice European Green City da Siemens. Em se tratando de energia, cada distrito tem um sistema de aquecimento central que usa os ‘resíduos’ de calor gerados pela eletricidade para aquecer as edificações.
Em relação ao transporte, a cidade é mundialmente conhecida por sua cultura do ciclismo e por ter uma infraestrutura que suporta isso. O município tem 388 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas, e, como resultado, cerca de 50% do transporte na cidade é feito em bicicleta.
Na questão da água, Copenhagen renovou todo o seu sistema de rede hídrica, e agora o desperdício é de 5%, comparado aos 20%-25% em outras cidades da Europa. Além disso, o município também apresenta coletores de água da chuva e sistemas para limpar águas residuais e dar novo uso a elas.
Por fim, em se tratando de resíduos, a cidade tem um programa de separação de lixo, que utiliza os resíduos orgânicos para a produção de biogás e bioetanol, utilizados nos sistemas de aquecimento distritais.
O segundo ponto detectado pelo relatório é fazer mais com menos: O documento sugere que cidades ‘excelentes’ protegem suas receitas, exploram parcerias de investimentos, abraçam novas tecnologias, fazem mudanças organizacionais que eliminam excessos e administram as despesas.
Conforme o texto, os líderes dessas cidades também aprenderam que, se bem elaboradas e executadas, parcerias público-privadas podem ser um elemento essencial para um crescimento inteligente, levando a infraestruturas e serviços de custos mais baixos e qualidade mais alta.
Um exemplo do uso de novas tecnologias é a cidade de Nova York, que criou um novo sistema para analisar seus bueiros. Comparando o sistema com dados que mostram quais restaurantes não reportavam usar transporte de resíduos licenciado, a administração do município detectou possíveis despejos ilegais no esgotamento sanitário da cidade, que se confirmaram em 95% dos casos.
O terceiro ponto detectado é conseguir apoio para aplicar as mudanças: De acordo com o relatório, as mudanças para práticas mais sustentáveis não são fáceis, e podem até atrair oposição.
Por isso, prefeitos com sucesso nesse quesito costumam criar um grupo de funcionários públicos para desenvolver um ambiente de trabalho em que todos os empregados sejam responsáveis por suas ações, e aproveitem cada oportunidade para chegar a um consenso das partes interessadas com a população local e a comunidade empresarial. Os prefeitos tomam medidas para recrutar e reter grandes talentos, enfatizando a colaboração e treinando os funcionários no uso de novas tecnologias.
Nesse caso, o exemplo é a cidade de Chicago, que lançou a Parceria de Reequipagem Residencial de Chicago, visando fornecer à população recursos e informações relacionadas à eficiência energética residencial. O Grupo de Inovação, formado por funcionários públicos, conduz uma análise de dados para determinar onde a reequipagem teria mais impacto, e ajuda a criar uma estratégia que chegue à parte da população que pode se interessar por isso.
“Prefeitos são muito conscientes de que seu mandato será limitado. Mas se planos em longo prazo forem articulados – e ganharem apoio popular por causa de seu sucesso em curto prazo – os líderes podem começar um ciclo virtuoso que sustenta e incentiva um excelente ambiente urbano”, conclui o relatório.
Matéria originalmente publicada em: http://www.institutocarbonobrasil.org.br/?id=735103

11 respostas essenciais sobre aposentadoria pelo INSS

11 respostas essenciais sobre aposentadoria pelo INSS

Entenda como é feita a contribuição ao INSS, o que é o fator previdenciário e como calcular quanto você receberá na aposentadoria

REUTERS
Dinheiro: pessoa segura notas de cinquenta reais
Notas de 50 reais: Contribuição ao INSS é limitada a alguns valores, por isso nem sempre benefício será equivalente ao salário nos tempos de ativa
São Paulo - Os trabalhadores que contribuem para a Previdência Social têm direito à aposentadoria paga pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) após atingir determinada idade ou tempo de contribuição. É importante saber quais são as regras que determinam o valor da sua contribuição e o benefício que será recebido no futuro para que você faça o seu planejamento financeiro como manda o figurino e tenha toda a tranquilidade que você espera na sua aposentadoria.
Em parceria com a contadora Andréa Claudini, especialista em consultoria previdenciária, EXAME.com respondeu algumas das principais dúvidas sobreaposentadoria pelo INSS. São questões que vão desde como é feita a contribuição à Previdência Social, o que é o fator previdenciário até como calcular quanto você receberá na sua aposentadoria. Veja a seguir. 
1 Como é feita a contribuição à Previdência Social? Qual parte cabe à empresa contribuir e qual parte cabe ao trabalhador?
A contribuição do trabalhador à Previdência Social pode ser feita de duas maneiras. Para o trabalhador que tem registro em CTPS (Carteira de Trabalho e Previdência Social), a obrigatoriedade do recolhimento fica a cargo da empresa, que desconta de seu salário o valor da contribuição e a repassa aos cofres da Previdência.
O percentual de desconto varia de acordo com a remuneração: para salários de até 1.247,70 reais, o percentual é de 8%; para salários de 1.247,71 até 2.079,50 reais, a alíquota é de 9%; e para salários acima de 2.079,51 reais, o percentual é de 11%. Como existe um limite salarial sobre o qual incide o percentual de contribuição - o teto previdenciário, que é de 4.159 reais em 2013 -, a contribuição máxima ao INSS é de 457,49 reais. 
Já os trabalhadores autônomos, devem fazer sua contribuição por meio do pagamento de carnê, com valores equivalentes a 20% de seu salário, sendo que esses valores devem respeitar os limites do salário mínimo e do teto previdenciário. Logo, a contribuição varia entre 135,60 reais (20% do salário mínimo vigente, de 678 reais) e 831,80 reais (20% do teto de 4.459 reais). Caso o contribuinte individual trabalhe por conta própria e receba até um salário mínimo, a alíquota é de 11%, assim como de prestação de serviços à empresa, quando a alíquota será de 11% e será repassada pela empresa contratante ao INSS.
Os carnês ou Guias da Previdência Social (GPSs) são encontrados no site da Previdência e o pagamento das mensalidades ao INSS pode ser feito em qualquer agência bancária ou casas lotéricas.
2 É possível aumentar o valor da minha contribuição?
O trabalhador com carteira de trabalho registrada só terá sua contribuição elevada quando houver reajustes salariais ou promoções que aumentem sua renda mensal. Ele não poderá ultrapassar o percentual máximo de contribuição de 11%, ou a contribuição máxima, de 457,49 reais (11% sobre o teto previdenciário de 4.159 reais).
O contribuinte individual (em carnê) pode elevar sua contribuição, sem a necessidade de prévio aviso ao INSS, desde que não ultrapasse o teto máximo de contribuição de 20% do seu salário, ou de 831,80 reais, caso sua renda supere o teto previdenciário de 4.159 reais.
3 Quando eu posso me aposentar?
Você pode se aposentar por tempo de contribuição, modalidade em que não é exigida uma idade mínima, mas um tempo de contribuição de 30 anos para a mulher e de 35 anos para o homem. Ou por idade, modalidade que exige pelo menos 180 contribuições mensais (quinze anos), e 60 anos de idade para a mulher ou 65 anos para o homem.
Também é possível se aposentar por invalidez, quando a pessoa, por doença ou acidente, for considerada sem condições de trabalhar por um médico da Previdência Social. Ou ainda obter a aposentadoria especial, modalidade na qual o trabalhador deverá comprovar que trabalhou em condições prejudiciais à saúde após um determinado período, que pode ser de 15, 20 ou 25 anos, dependendo do tipo de trabalho.
4 Segundo o Ministério da Previdência Social: "Têm direito a aposentadoria por idade os trabalhadores urbanos a partir dos 65 anos para os homens e a partir dos 60 anos de idade para as mulheres, desde que cumprida carência exigida". Em que consiste esta carência?
Carência é o numero mínimo de contribuições realizadas pelo segurado. Atualmente, a legislação determina uma carência de 180 contribuições mensais para a concessão dos benefícios de aposentadoria por idade, tempo de contribuição e especial. Nos casos de auxilio doença e/ou aposentadoria por invalidez, por exemplo, a carência é de 12 meses.
5 Como calcular quanto eu receberei na minha aposentadoria? 
No site da Previdência Social é possível calcular qual será o seu benefício ao preencher em um simulador informações como a sua idade, o tempo de contribuição e o valor da renda mensal ao longo dos anos.
O valor da aposentadoria é obtido por meio da média aritmética simples de 80% dos maiores salários de contribuição do período compreendido entre julho de 1994 e o mês imediatamente anterior à aposentadoria. Ou seja, se constarem 100 salários de contribuição neste período, serão desconsiderados os 20 menores valores e a média levará em consideração os 80 maiores.
Mas, tanto na aposentadoria por idade, quanto por contribuição, existem fatores de redução. Na aposentadoria por idade, o valor do benefício equivale a um percentual do salário de benefício. Esse percentual é igual à soma de 70% mais 1% para cada ano de contribuição, até o limite de 100%. Isto significa que quem contribuiu durante 30 anos ou mais receberá 100% do salário de benefício como aposentadoria (70% + 30% = 100%). Mas se a pessoa atingir a idade para se aposentar com menos de 30 anos de contribuição, seu salário de benefício será reduzido.
No caso de um homem de 65 anos e apenas 28 de contribuição, por exemplo, sua aposentadoria será igual a 98% (70% + 28%) do seu salário de benefício. Supondo que este seja de 3.000 reais, sua aposentadoria será de 2.940 reais. Se este mesmo homem esperasse mais dois anos, ele se aposentaria com renda mensal de 3.000 reais. O mesmo aconteceria com uma mulher que se aposentasse com 60 anos de idade e 28 de contribuição.
O outro fator de redução é o chamado fator previdenciário, explicado a seguir. 
6 O que é o fator previdenciário?
O fator previdenciário é um índice que leva em conta a idade, o tempo de contribuição e a expectativa de sobrevida do segurado no momento em que ele se aposenta. Ele é utilizado para reduzir o valor do benefício dos trabalhadores que se aposentam cedo, por tempo de contribuição, em vez de se aposentar por idade. Assim, quanto mais cedo for o pedido de benefício, menor será o valor da aposentadoria.
A fórmula de cálculo do fator previdenciário é a seguinte:
f = Tc x a / ES x [ 1+ (Id + Tc x a) / 100 ]
Onde:
(Tc) Tempo de Contribuição no momento da aposentadoria (em anos)
(Id) Idade momento aposentadoria (em anos)
(Es) Expectativa de Sobrevida no momento da aposentadoria (em anos)
( a) Alíquota de Contribuição – dado fixo na fórmula = 0,31

A partir da fórmula é possível concluir que, nas aposentadorias por tempo de contribuição, o fator previdenciário costuma reduzir o valor do benefício porque nesta modalidade normalmente a pessoa ainda não tem idade para se aposentar e sua expectativa de vida ainda é longa. 
O fator previdenciário é válido apenas no cálculo do valor da aposentadoria por tempo de contribuição. No caso dos aposentados por invalidez não há utilização do fator. E na aposentadoria por idade, a fórmula é utilizada opcionalmente, apenas quando aumentar o valor do benefício.
7 Por que o valor do benefício costuma ser menor do que o salário nos tempos de ativa?
Como o valor do salário de contribuição tem um limite, de 4.159 reais, quem recebe um salário superior a este valor, seja de 10 mil, 15 mil reais ou mais, terá seu percentual de contribuição limitado ao percentual de 11% sobre o teto de 4.159 reais de qualquer forma.
Além disso, a aposentadoria recebida pelo INSS é uma média dos 80 maiores salários do período de contribuição. Sendo uma média, o valor pode não ser exatamente o maior salário que você recebia nos tempos de ativa, já que ele englobará os 80 maiores salários, mas não necessariamente os últimos 30 salários que você recebeu imediatamente antes de se aposentar.
O benefício também pode ser menor porque existem os fatores redutores, conforme explicado nas questões anteriores. 
8 O que acontece quando o contribuinte morre?
Quando um segurado da previdência falece, os dependentes poderão solicitar a pensão por morte. São considerados dependentes: o cônjuge ou companheiro e os filhos menores de 21 anos ou inválidos. Não havendo nenhum destes, podem se habilitar ao beneficio de pensão por morte os pais ou irmãos menores de 21 anos ou inválidos, desde que comprovem dependência financeira em relação ao falecido.
9 Quais são as diferenças entre a aposentadoria por tempo de contribuição e por idade?
As diferenças basicamente são os critérios necessários para obtenção do benefício. Com relação ao cálculo, é possível dizer que a aposentadoria por idade pode ser mais vantajosa, tendo em vista que o fator previdenciário só é utilizado caso seja positivo, ou seja, se o fator previdenciário resultar em um índice inferior a um (que vá reduzir a média salarial) ele não é utilizado.
10 Por que pode valer a pena contribuir para a Previdência Social?
Ao contribuir para a Previdência Social, o trabalhador não só tem direito a se aposentar, mas passa a ter acesso a uma série de outros benefícios que visam a garantir o seu bem-estar e o de sua família em situações que podem trazer dificuldfades financeiras. Alguns desses benefícios, como o salário-maternidade, não são garantidos por planos privados de previdência. E outros, como o auxílio-doença, até podem ser cobertos por alguns planos privados, mas é mais raro.
11 Como solicitar a aposentadoria?
Para obter o benefício (seja pela aposentadoria especial, por idade, por invalidez ou por tempo de contribuição), o contribuinte deve se dirgir a uma agência do INSS e apresentar alguns documentos, que variam de acordo com a modalidade da aposentadoria. A lista dos documentos exigidos pode ser consultada no site da Previdência Social.   
A visita às agências do INSS podem ser agendadas pelo site da Previdência ou pelo telefone 135, de segunda a sábado, das 7h às 22h (exceto domingos e feriados). 

Lançada plataforma digital para adesão ao Sistema Nacional de Cultura

Lançada plataforma digital para adesão ao Sistema Nacional de Cultura

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DivulgaçãoDivulgação
Com o objetivo de automatizar o processo de adesão ao Sistema Nacional de Cultura (SNC) e estruturação dos sistemas culturais nos Estados e Municípios, o Ministério da Cultura disponibilizou uma plataforma digital. O sistema – que entrou em funcionamento na sexta-feira, dia 18 – abrange desde a solicitação do ente federado até a assinatura do Acordo de Cooperação Federativa e sua publicação no Diário Oficial da União.
Segundo o órgão, a iniciativa visa a oferecer mais facilidades aos Municípios no processo e, ainda, diminuir as possibilidades de diligências. O Ministério está encaminhando às Representações Regionais do Ministério da Cultura material contendo orientações básicas para subsidiar os Municípios que solicitarem adesão ao SNC. Depois, deverá ser realizado treinamento em cada região.
O Ministério da Cultura está trabalhando na estrutura da plataforma digital há cerca de um ano e, até dezembro, todo o processo de adesão ao SNC, incluindo o Plano de Trabalho – que é quando o Município deve estabelecer o conjunto de estratégias adotadas para a estruturação do seu sistema de cultura – estará funcionamento eletronicamente. 
SNC
É um instrumento de gestão compartilhada de políticas públicas de cultura que abrange os entes federados e a sociedade civil. Sua implementação vem sendo dada por meio de assinatura do Acordo Cooperação Federativa – ato bilateral formalizado entre Governo Federal, Estados e Municípios - visando ao desenvolvimento do SNC. A meta 1 do Plano Nacional de Cultura prevê  que até 2020 o sistema deve estar institucionalizado e implementado em 100% das Unidades da Federação e em 60% dos Municípios. 
Acesse aqui a plataforma do SNC e confira o passo a passo do cadastro no comando "Integre-se ao SNC".
Agência CNM, com informações do Ministério da Cultura