quinta-feira, 26 de julho de 2012

COLETA SELETIVA NA SEXTA-FEIRA


Atenção moradores dos bairros com serviço de coleta seletiva!
Quando você participa da coleta seletiva,está  cooperando para o meio ambiente do planeta,pois o material reciclável que seria aterrado,transforma-se em novo material,economizando matéria -prima e energia.
Você também  a obra social da sociedade de Apoio à criança e o Idoso: 
COLETA SELETIVA NO SEU BAIRRO(PORTA A PORTA) NESTA 6º FEIRA:


MANHÃ:
Parque Tarcísio Miranda
Lapa I e Lapa II
Parque Turf Club I
Parque Corrientes
Parque Julião Nogueira


TARDE:
Parque Residencial Horto
Parque Califórnia
Parque Calabouço
Parque Turf Club II
Ururaí


COLETA DE PONTOS ESPECIAIS
Secretaria Municipal de Serviços Públicos
Secretaria Municipal de Governo
Restaurante Chicre Cheme
Hospital Geral de Guarus
Hospital Santa Casa
Hospital Unimed
Unimed Formosa
Farmácia Isalvo Lima
CEFET
Colégio Eucarístico
CEJA

Câmara fixa regras internas para aplicar a Lei de Acesso à Informação


A Mesa da Câmara dos Deputados aprovou um conjunto de normas que regulamentam a aplicação da Lei de Acesso à Informação (Lei 12. 527, de 18 de novembro de 2011) na Casa. São cinco atos normativos:
1.    Ato 45, que define as informações públicas, reservadas e sigilosas, determina aos órgãos internos da Câmara que atuem com transparência na gestão das informações públicas, propiciando amplo acesso e divulgação das mesmas e estabelece normas para preservar o sigilo de dados e informações que por motivo de segurança pública ou do estado ou da privacidade do cidadão, não devem ser tornadas públicas;
2.    Ato 46, que institui uma política de gestão dos conteúdos informacionais na Câmara e define os órgãos responsáveis pela sua implantação e execução;
3.    Ato 47, que cria uma política de segurança da informação, e estabelece procedimentos para assegurar confidencialidade, integridade, disponibilidade e autenticidade das informações;
4.    Ato 48, que estabelece princípios, diretrizes, objetivos e requisitos para a preservação de documentos digitais produzidos na Câmara ou recebidos de outras fontes;
5.    Ato 49, que fixa normas para assegurar integridade dos materiais de que são compostos os suportes físicos dos conteúdos informacionais e garantir a segurança física dos acervos e estabelece governança para a preservação dos acervos da Câmara dos Deputados.
Os atos normativos, assinados pelo presidente Marco Maia (PT-RS), pela primeira vice-presidente Rose de Freitas (PMDB-ES), pelo 2º secretário Inocêncio Oliveira (PR-PE) e pelo 4º secretário Júlio Delgado (PPS-MG), em rápida cerimônia no gabinete da presidência,  estão publicados na página da Câmara dos Deputados na internet, no endereçohttp://www2.camara.gov.br/transparencia/lei-de-acesso-a-informacao/legislacaolai .

Lâmpadas incandescentes começam a ser proibidas


As lâmpadas incandescentes de uso geral com potências de 150 e 200 watts que não atenderem exigências mínimas de eficiência energética deixaram de ser produzidas e importadas no Brasil no último dia 30 de junho. Os fabricantes e importadores tem até o dia 31 de dezembro de 2012 para vender seus estoques. Já os atacadistas e varejistas têm prazo de um ano para cumprir a determinação.  Com a medida, expressa na Portaria n° 1007, de 31 de dezembro de 2010, o Ministério de Minas e Energia quer reduzir a quantidade de lâmpadas incandescentes e elevar a participação de unidades mais eficientes, como as fluorescentes compactas e as halógenas.


A implementação das medidas de substituição das lâmpadas incandescentes é um processo gradativo. Tirar as de maior potência do mercado foi o primeiro passo. A produção de lâmpadas de 60, 75 e 100 watts será proibida em 30/06/2013, e a comercialização se encerra em 30/06/2014. Em junho de 2017, todas as potências estarão proibidas. 



Segundo dados da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia, uma lâmpada incandescente de 60W, que permaneça ligada 4 horas por dia, consome 7,2 kWh (quilowatts por hora) ao mês. Em comparação, uma lâmpada fluorescente compacta equivalente proporciona uma economia de 75%, ou seja, consome 1,8 kWh/mês. Esses resultados têm uma margem de variação em função da frequência de utilização e da potência de cada tipo de lâmpada.



Estimativas do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), também mostram o que aconteceria se todas as lâmpadas incandescentes em uso no setor residencial fossem substituídas simultaneamente por lâmpadas fluorescentes compactas. A economia resultante seria de aproximadamente 5,5 bilhões de kWh por ano, o que equivale ao consumo anual de todo o Distrito Federal, onde vivem 2,5 milhões de habitantes com uma das maiores rendas per capita do país. Esta economia poderia chegar a até 10 bilhões de kWh por ano, em 2030, de acordo com as projeções de crescimento do País.



As lâmpadas fluorescentes compactas, chamadas de “econômicas”, também passarão por modificações para se adequar aos níveis mínimos de eficiência, fixados pela portaria. Mas ao contrário das lâmpadas incandescentes, há vários modelos de fluorescentes compactas capazes de cumprir as exigências, o que garante que este tipo de lâmpada permanecerá à venda.


Sistema automatizado coleta o lixo por tubulações subterrâneas


Cada brasileiro produz, em média, 1 kg de lixo por dia, gerando assim cerca de 200 mil toneladas de resíduos diariamente, fora os resíduos hospitalares, comerciais, entulhos das construções, etc. Todos os dias isso tudo é despejado nos aterros sanitários, em terrenos baldios, rios, córregos e no mar, sendo apenas uma pequena parcela reciclada ou mesmo utilizada para compostagem. Além do excesso de consumo de materiais e da geração de lixo, há ainda outro problema a ser considerado: o recolhimento desses resíduos. O custo para manter caminhões de lixo, as más condições de trabalho dos lixeiros (ou coletores de lixo), o gasto de combustível fóssil, tudo isso torna esse sistema ainda menos sustentável! Uma alternativa para solucionar esse problema já está sendo utilizada em algumas cidades da Europa: é o sistema de recolhimento automático de resíduos. Funciona como o sistema de esgoto, que recolhe os dejetos e leva para uma central de tratamento, ou, no caso, de triagem. Não há necessidade de uso de caminhões de coleta, pois os resíduos vão para a central através de grandes dutos subterrâneos. Os garis podem ser empregados nas centrais para fazerem a triagem dos materiais e a destinação para reciclagem. Como funciona sistema de recolhimento automático de resíduos: 1. O lixo é separado (reciclável, orgânico ou dejeto) e colocado em sacos, que são levados a escotilhas instaladas nas ruas. Novos edifícios também podem tê-las internamente. Cores ou adesivos identificam a escotilha adequada para cada tipo de lixo. 2. Em horários pré-programados, válvulas e exaustores criam uma corrente de ar na tubulação. As comportas das escotilhas são abertas para que os sacos caiam na rede, instalada a dois metros e meio abaixo da superfície. 3. Correntes de até 80 km/h transportam os sacos e só um tipo de lixo percorre o tubo em cada momento. Variações na velocidade do ar indicam entupimento. A desobstrução é feita manualmente por um funcionário. 4. Os sacos são transportados até estações de coleta, que atendem a um raio de até dois quilômetros de distância. Lá, eles são armazenados em contêineres de acordo com o tipo de resíduo. Quando um contêiner enche, ele é acoplado a um caminhão e levado para centros de processamento públicos ou privados afastados da cidade, onde é feita a destinação adequada. 5. Vidro, plástico, metal e papel são reciclados. O orgânico pode gerar biogás e abastecer usinas elétricas. O restante é incinerado para gerar energia, ou aterrado. O processo é repetido de três a quatro vezes por dia. Caso uma escotilha fique cheia antes do previsto, sensores alertam a central para realizar coletas extras. Vantagens e desvantagens do sistema Vantagens: segurança dos coletores de lixo, que não precisam manusear os resíduos; limpeza das calçadas; diminuição do mau cheiro nas ruas; estímulo à reciclagem; diminuição dos aterros sanitários, pois destina inclusive o lixo orgânico para produção de biogás; ausência de sacos plásticos e resíduos entupindo bueiros e ocasionando enchentes. Desvantagens: alto custo de implantação; necessidade de caminhões para transportar os resíduos das centrais para o destino final (compostagem, produção de combustível, reciclagem, etc.). Acredito que o ideal seria ter pequenas centrais nos bairros, que recolhessem e processassem ali mesmo os resíduos, gerando empregos locais, produzindo materiais reciclados e combustível alternativo e construindo uma cidade mais sustentável.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Composteira: Você pode ter uma em casa!


Por Vanessa Kukul
Já pensou em ter uma composteira em casa? Antes vamos desvendar alguns conceitos. A compostagem é um método de tratamento dos resíduos sólidos através do qual o material orgânico é decomposto por microorganismos na presença de oxigênio para depois ser armazenado e manuseado com segurança e aplicado no meio ambiente. A compostagem tem grande importância por diminuir os resíduos domésticos. A parte boa é que ela pode ser feita em casa (ou apartamento), sem muitos gastos e produz o composto fertilizante, húmus ou chorume, que auxilia o meio ambiente atuando como fertilizante natural no seu jardim, horta ou agricultura.
A compostagem propicia as condições ideais para que ocorram os processos de decomposição que acontecem na natureza. O principal objetivo de criar sua própria compostagem é a redução da quantidade de resíduos sólidos que você produz. Com esta ação, poupamos espaço nos depósitos de lixo urbanos, o que acarreta a redução de impostos. Na imagem abaixo você pode verificar o processo de compostagem e seu ciclo.
Selecionei dois vídeos que mostram como criar uma composteira caseira. Um deles utiliza os galões de água de 20 litros, sacos de batata e um pedaço de borracha elástica. Este vídeo foi realizado por uma turma da Escola Municipal Anita Garibaldi de Estância Velha – RS para um trabalho de aula.


O segundo vídeo mostra as vantagens da compostagem e como fazer uma de acordo com o tipo de sua residência, se é casa ou apartamento. Você pode calcular o tamanho de sua composteira conforme o número de pessoas que residem na casa. Este vídeo ainda, de forma ilustrativa, apresenta dados interessantes sobre a quantidade de lixo que podemos diminuir com uma atitude simples como essa. Por dia produzimos 500 gramas de lixo orgânico, que em um mês representam 15 kg.


Agora basta você escolher qual delas você prefere fazer. Mãos a obra e contribua para a redução de lixo orgânico e aproveite para utilizar o adubo na sua horta ou jardim.
Saudações ecológicas :)

Dê um destino ao seu lixo reciclável


Você já pensou que tudo o que você consome deixa um rastro no planeta? E que muitas vezes essas pegadas permanecem por muitos e muitos anos no meio ambiente, causando vários problemas? É com base nessa ideia que foi criado o www.ecycle.com.br, um site que tem o objetivo de oferecer opções de descarte correto e consumo consciente em um mundo que pouco se preocupa com a sustentabilidade. Lá, você encontra um monte de informacoes legais sobre os mais diversos materiais, desde suas propriedades nocivas à Terra, até como e onde descartá-lo para evitar danos ambientais. O site oferece mais de sete mil opções de locais para destinação de quase 200 itens de consumo diário através de ferramentas de geolocalizacao, além de oferecer conteúdos que discutem as principais tendências quando o assunto é consumo consciente. Para fazer uma consulta, é simples: basta selecionar a categoria do material (metais, vidro, plástico, lâmpadas, eletrônicos, etc.) e depois clicar no item que você deseja descartar no combo de buscas que já está disponível em nosso site. A eCycle tem sua origem no interesse pelas relações de consumo desenvolvidas entre indivíduos e empresas, sejam fabricantes de produtos ou prestadoras de serviços, e seus efeitos sobre a sociedade e o meio ambiente. “Por sua atitude empresarial, expressa sua marca na identidade com consumidores e empresas que se comprometem a atuar de maneira efetiva na construção de um mundo melhor para se viver, em respeito ao meio ambiente do qual fazem parte, às relações saudáveis entre os indivíduos e à responsabilidade para com as gerações por vir” atesta Onofre de Araujo, fundador do portal. O Viva mais verde! é solidário com campanhas e iniciativas que promovem o correto descarte de materiais que podem ser reutilizados e reciclados. Cada um de nós deve fazer a sua parte e dar continuidade à evolução no tratamento do lixo seco, lixo eletrônico e de tudo aquilo que não pode ser jogado no lixo comum. O Viva mais verde! deixará o mecanismo de consulta de postos de coleta e reciclagem disponibilizado pela eCycle à direita do site. Use-o! Divulgue-o! Esperamos que seja de grande utilidade!

terça-feira, 24 de julho de 2012

CENA LIMPA: ENTULHÓDROMO DO PARQUE ALVORADA


Carroceiro e pequeno gerador de entulho, fazendo a ação correta de descarte de pequeno volume entulho .Bom flagrante do Secretário nas suas andanças cotidiana.

Legado de Alan Turing está por toda parte no mundo Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/historia/legado-de-alan-turing-esta-por-toda-parte-no-mundo-5296945#ixzz1yo8g28WZ © 1996 - 2012. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.



O injustiçado inventor da computação completaria cem anos hoje






O ACE, primeiro computador eletrônico, foi projetado por Turing em 1946 e ocupava uma sala inteira no Laboratório Nacional de Física do Reino Unido
Foto: Arquivo

O ACE, primeiro computador eletrônico, foi projetado por Turing em 1946 e ocupava uma sala inteira no Laboratório Nacional de Física do Reino UnidoARQUIVO
Apontado como pai dos computadores modernos, o matemático inglês Alan Turing completaria 100 anos hoje. Sua vida, no entanto, foi abreviada aos 41, quando aparentemente cometeu suicídio, dois anos após condenação em 1952 por “grave indecência” — eufemismo para seu homossexualismo, na época considerado ilegal no Reino Unido. Forçado a tomar hormônios femininos em um processo de castração química como alternativa à prisão, o herói que liderou a equipe responsável por quebrar o “indecifrável” código Enigma dos nazistas, dando aos Aliados uma vantagem tática crucial para a vitória na Segunda Guerra Mundial, tornou-se um pária. Só em 2009, depois de intensa campanha na internet (um dos frutos de seu trabalho), o então primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, emitiu um pedido de desculpas oficial pelo tratamento dado a Turing.
— Creio que é difícil achar personagem melhor que Turing, mesmo em uma boa obra de ficção — avalia o escritor americano especializado em temas científicos Jim Ottaviani, que acaba de terminar o roteiro de uma biografia em quadrinhos do matemático, que deve ser publicada até o fim do ano. — Sua vida foi cheia de episódios marcantes e dramáticos, alguns mais conhecidos do que outros, que ajudaram a fazer dele uma pessoa vital e intrigante.
Hoje, o legado deste trágico gênio está por toda parte. Basta olhar em volta para ver a quantidade de equipamentos que têm em seu coração uma “máquina universal de Turing”, conceito criado por ele nos anos 30 para resolver um mistério da lógica matemática. Batizada Entscheidungsproblem, ou problema de decisão, a conjectura proposta pelo também matemático David Hilbert em 1928 perguntava se seria possível criar um procedimento capaz de provar passo a passo se qualquer afirmação matemática é verdadeira ou falsa. Embora questões simples como se dois mais dois são iguais a quatro sejam fáceis de verificar, afirmações mais complexas são difíceis de serem abordadas. Até hoje, por exemplo, a chamada Hipótese de Riemann, proposta em 1859 por Bernhard Riemann e que prevê a ocorrência de números primos ao longo de séries de números naturais, ainda aguarda prova, apesar de a maior parte dos matemáticos considerá-la verdadeira.
— A máquina universal de Turing é uma abstração, a descrição de algo que seria capaz de computar qualquer coisa que fosse computável, mas lançou as ideias de leitura, escrita e memória que o tornaram uma figura chave no desenvolvimento da ciência da computação como uma disciplina que vai muito além da simples mecânica de construir máquinas — diz Holly Rushmeier, chefe do Departamento de Ciências da Computação da Universidade de Yale, nos EUA.
Gênio perseguido por ser gay
Decidido a atacar o problema levantado por Hilbert, Turing primeiro precisou definir o que seria este procedimento passo a passo e que tipo de equipamento poderia ser construído para realizá-lo. Ele imaginou então uma máquina capaz de ler símbolos em uma fita de papel e decidir o que fazer com eles com base em uma série de regras pré-estabelecidas. Ela poderia, por exemplo, pegar uma série de números e somá-los, apresentando um resultado final. Como sua ação é pré-programada, porém, esta máquina não poderia realizar subtrações, multiplicações ou divisões e, por isso, não poderia ser usada para resolver a questão proposta por Hilbert. Turing, no entanto, seguiu em frente e percebeu que seria possível fazer com que a máquina lesse a fita e, a partir dos dados contidos nela, estabelecesse o procedimento a adotar. Assim, o mesmo equipamento poderia ser informado que série de números deveria somar, subtrair, multiplicar ou dividir, tornando-se programável. Batizado máquina universal de Turing, ele é, essencialmente, um computador.
Mas poderia este “computador” responder à dúvida de Hilbert? Turing procurou e identificou uma questão lógica que poderia ser introduzida na máquina de forma que ela não pudesse afirmar se ela era verdadeira ou falsa. No caso, poderia o computador examinar um programa e saber previamente se ele pararia de “rodar” ou continuaria para sempre? A resposta, mostrou ele em artigo publicado em 1936, quando tinha apenas 24 anos, é que não, assim como para infinitas outras questões de lógica computacional. Muito além de uma boa notícia para os matemáticos humanos, que souberam então que jamais poderiam ser substituídos por uma máquina, o exercício mental de Turing estabeleceu as bases da ciência da computação, abrindo o caminho para a profusão de aparelhos que fazem parte de nosso dia a dia.
— O trabalho de Turing ajudou as pessoas a pensarem no que é computável ou não — explica Holly. — A ciência da computação não está limitada às capacidades dos equipamentos existentes. Turing avançou no nosso pensamento sobre o potencial dos computadores.
Apesar de ser bem conhecido nos campos que ajudou a fundar ou desenvolver, que além da ciência da computação incluem a matemática e a criptografia, Turing ainda é um personagem pouco conhecido do grande público, lacuna que Ottaviani espera preencher com sua nova obra. Para o autor, é preciso destacar que a riqueza da história da sua vida vai muito além do pioneirismo na computação, a luta contra os nazistas e a polêmica em torno do homossexualismo.
— Ele era um escritor sagaz, um corredor de longas distâncias de primeira classe — lembra. — Já quanto a ser gay, ele foi vítima de sua época tratar homossexualismo como crime. E o mundo inteiro pagou por isso, pois acho que estaríamos ainda melhores se Turing tivesse vivido para ter mais grandes ideias, dividi-las com outros e ver seus resultados frutificarem.
BLOG DO CESAR MAIA.




Militantes em causa própria


Eles nasceram no auge da discussão ambiental e herdarão um planeta caótico. Quem é a geração em busca de um futuro mais verde e saudável

ALINE RIBEIRO|
Mateus Ferreira da Silva (Foto: Pedro Farina / Época)paulistano Pedro Sartori, de 13 anos, passou as férias de janeiro com o pai, a mãe e as três irmãs nos Estados Unidos, dividindo-se entre as montanhas-russas da Disney, espetáculos de baleias orcas no Sea World e visitas a seus super-heróis favoritos nos parques da Universal. Embarcaram num avião em São Paulo rumo a Orlando e, depois de 15 dias, retornaram ao Brasil com as malas cheias de mimos e um monte de história para contar. Em outros tempos, seria uma viagem inocente. Em época de mudanças climáticas, derretimento das geleiras e extinção de espécies, um simples passeio pode vir embutido de um sentimento de culpa. De volta para o colégio Bandeirantes, a escola particular onde estuda, Pedro estimou na aula de ciência quanto ele e a família emitiram de gases do efeito estufa, uma das causas do aquecimento global, na ida aos EUA. O cálculo, feito por um site, mostra quanto cada um poluiu e quantas árvores poderia plantar para aliviar seu pecado. Pedro precisa plantar 38 mudas no solo para pagar sua conta.
Esse é um dos carmas da geração de Pedro, nascida no auge do caos ambiental. Ela precisa agora assumir a responsabilidade pelo passivo de seus antecessores. O prenúncio da catástrofe está em toda parte. No comercial de TV que mostra um urso-polar desolado sobre a única ilha que não derreteu. Ou na campanha de uma ONG em que uma motosserra destrói a floresta. O bombardeio não se restringe aos problemas que assolam a Terra. Essas crianças e jovens – que vieram ao mundo entre a Rio 92, quando a discussão das mazelas ganhou fôlego, e a Rio+20 – sofrem uma chuva de cobranças.
Ana Livia Lopes de Queiroz  (Foto: Rogério Cassimiro/ÉPOCA)
Nada mais é inconsequente. Até mesmo os passatempos frugais se transformaram numa chance de salvar o planeta. A tradicional brincadeira de plantar um grãozinho de feijão no copo de iogurte, e esperar despretensiosamente que o broto desponte do algodão ensopado, agora ganhou contornos mais nobres. A Danone lançou uma edição especial de Danoninho que vem com sementes nativas da Mata Atlântica. As livrarias oferecem guias para crianças sobre como ser sustentável. Um deles relaciona dez passos de um dia amigo do meio ambiente. Isso inclui comer ovos de galinha caipira (difícil é encontrar um), criada ao ar livre e com alimentação mais saudável, e jogar a casca em composteiras orgânicas para gerar menos lixo. Até os super-heróis do cinema vestiram a capa verde. Em O Lorax: em busca da trúfula perdida, o menino Ted descobre que o sonho de sua amada é ver uma árvore de verdade, em extinção no mundo criado pelos autores do filme, onde tudo – da flor à parede das casas – é de plástico.
A tradicional brincadeira de plantar feijão no copo de iogurte agora virou salvamento da mata atlântica 
A parte que lhe cabe para salvar a Terra do colapso anunciado, Pedro está fazendo. Antes de saber qual seria sua dívida para este ano, já plantara cerca de 50 árvores num sítio da família no interior de São Paulo. Tem, portanto, um crédito verde. “Você olha e pensa: nossa, fui eu que coloquei aí. Legal”, diz. Desde pequeno, quando a avó lhe ensinou que o plástico jogado na rua corre com a enxurrada para os bueiros, cai nos rios e depois no oceano, ele não joga lixo no chão.
A despeito do exagero, são jovens como Pedro que estarão por aqui nas próximas décadas, convivendo num mundo que nem os cientistas sabem ao certo como será. O recém-divulgado Panorama Ambiental Global, das Nações Unidas, afirma que 38% dos recifes de corais sofreram redução desde 1980 e 20% das espécies vertebradas estão ameaçadas. O encolhimento da biodiversidade diminui as chances de os cientistas descobrirem novos remédios. Sem falar no possível aquecimento de até 4 graus até o fim do século, suficiente para aumentar a frequência de desastres climáticos e elevar o nível dos oceanos.

Diante das ameaças, os jovens de hoje assumiram um protagonismo inédito. “As crianças de antigamente saíam da sala quando chegava visita”, afirma Mário Volpi, coordenador do programa Cidadania dos Adolescentes do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). “Agora são chamadas para opinar. Não existe mais conversa de adulto.” A sociedade começa a superar o conceito da incapacidade infantil. Os pequenos podem não ser maduros, mas conseguem pensar e tomar decisões. Eles contam com informações para contestar. No passado, recebiam os conceitos da Igreja, da escola e da família. Agora, entram no Google dentro da sala de aula para questionar o professor.

A visão catastrofista é imobilizadora. É preciso mostrar a esses jovens que a sociedade sempre resolveu suas grandes questões com inovação, atuação política e individual. A geração de hoje dispõe de ferramentas para convencer quem está a sua volta a sair do sofá e brigar por uma causa. O fluminense Mateus Ferreira da Silva, de 13 anos, usa as redes sociais para convocar os moradores de Búzios, no Rio de Janeiro, a preservar o Mangue de Pedra, um ecossistema raro no mundo. O manguezal sofre com o lixo jogado de forma irregular pela população. E, mais recentemente, com a possível construção de um empreendimento imobiliário. Em dias de sol forte, Mateus reúne os amigos para retirar o piche que chega pelo mar e fica grudado nas pedras do mangue. Com o calor, ele amolece. “Tenho muito afeto por este lugar”, diz. “É único e me faz sentir conectado com a natureza.” Mateus abraçou a luta há três anos. Há poucos meses, durante uma audiência pública sobre os rumos do ecossistema, foi convocado a falar de última hora. Pegou o microfone e discursou para uma plateia na Câmara de Vereadores. Na ocasião, acusou irregularidades na obra e reivindicou que a área seja transformada num parque estadual. Foi aplaudido. “Ele me dá orgulho, mas no fundo fico preocupada porque peita demais, faz denúncias”, diz a mãe, Aldenora. A pressão local fez com que o Ministério Público embargasse a construção.
Em geral, os valores morais, como o senso de justiça e a importância de fazer o bem ao próximo, são passados de pais para filhos. Mas alguns princípios éticos para um mundo mais sustentável seguem o fluxo contrário. São transmitidos dos filhos para os pais.
Práticas consideradas naturais no passado, como matar um passarinho com estilingue ou lavar o quintal com uma mangueira de água, não são mais aceitáveis para grande parte das crianças. “Elas ajudam a desenvolver uma consciência que não existia na infância de seus genitores”, afirma Volpi.
Nadson Weyne (Foto: Jarbas Oliveira/ÉPOCA )
Na casa da mineira Olívia Blanc, de 11 anos, que vive em Belo Horizonte, é ela quem cuida do comportamento dos pais quando se trata das ações diante de sua amiga Terra. Vigiava os pais durante o banho para ver se desligavam o chuveiro enquanto se esfregavam com a bucha. Depois que aprendeu a escrever, passou a colar bilhetes nas pias da casa com os dizeres: “Favor fechar a torneira ao ensaboar as mãos”. Um impasse, porém, Olívia ainda não conseguiu resolver. Sua mãe, arquiteta, não abre mão das lâmpadas incandescentes, por considerá-las mais aconchegantes. Um abajur aceso constantemente à noite para guiar os passos de quem cruza a sala é o pesadelo da filha. Ela não suporta a ideia de manter a luz sem ninguém ali, e menos ainda de não trocar as lâmpadas por fluorescentes, mais econômicas. “Já mostrei a conta do mês para ela, para explicar que nosso consumo é baixo”, diz a mãe, Ana Paula. “Mas ela me inferniza para substituir as lâmpadas.”
Alguns princípios éticos para o mundo sustentável são transmitidos dos filhos para os pais 
A nova resolução de Olívia é parar de comer carne vermelha e de frango, apesar de gostar de ambas. Influenciada por vídeos na internet que mostram o abate cruel dos animais, decidiu trocar o filé por proteína de soja, mais feijão e legumes. “Vou deixar de comer peixe e frutos do mar também quando fizer 18 anos”, afirma. “Meus pais não poderão me obrigar.” Olívia diz ter virado semivegetariana porque sente pena dos bichos, mas também por saber que o metano emitido pelos bois contribui para o aquecimento do planeta. E que o gado é um dos principais responsáveis pela derrubada da Amazônia, uma vez que toma o lugar das florestas. Pela liderança notável, Olívia virará até personagem do filme O que queremos para o mundo, parte de um projeto de um grupo de artistas mineiros.

Os pedidos pelo fechamento das torneiras ou por um destino correto para os resíduos chegaram às casas dos bairros pobres. A paulistana Ana Livia Lopes de Queiroz, de 11 anos, vive na Brasilândia, um distrito de 280 mil habitantes da Zona Norte de São Paulo, com um dos mais baixos Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) da capital. Sua casa fica no meio do quarteirão, numa ladeira inclinada e rodeada por residências sem acabamento. A poucas ruas dali, adolescentes se juntam em rodinhas no meio-fio, com o som alto no celular ou no porta-malas do carro, para fumar ervas aromáticas em narguilés, que entrou na moda nas redondezas.

Foi num projeto socioambiental da prefeitura, o Saci, que Ana Livia ouviu falar em conceitos como energias renováveis, mudanças do clima e contaminação das águas. Eram meados de 2009, e ela tinha só 8 anos. Naquela época, andava com dois cartões de papelão a tiracolo, um verde e um vermelho, parabenizando e repreendendo quem cruzava seu caminho – de acordo com as atitudes de cada um em relação ao planeta. Ana Livia é uma agente ambiental mirim. Tirou o primeiro lugar em seu trabalho de conclusão do curso no Saci com uma ideia simples: conscientizar os vizinhos a guardar óleo de cozinha para fazer sabão em casa. Ana Livia tinha ouvido falar de uma senhora do bairro que usa o resíduo numa receita de sabão em pedra. Ao deixar de jogar o óleo pelo ralo, pensou, as donas de casa ajudariam a manter os rios despoluídos. Além de parar de gastar com detergente. “Elas podem vender e ter uma nova fonte de renda”, diz. “E a gente terá água limpa para beber.”

Essas atitudes não são exclusivas da juventude brasileira. As crianças de outros países parecem até mais conscientes. Segundo uma pesquisa do canal infantil Nickelodeon com 16 mil crianças entre 6 e 11 anos de sete países latino-americanos, os brasileiros são os menos preocupados com o meio ambiente. O estudo, do final de 2010, mostrou que, no México, 84% dos entrevistados se dizem sensíveis à causa. No Brasil, último do ranking verde, 56% deles afirmaram se importar com a natureza. As conversas mostram que, mesmo sem saber exatamente como contribuir na prática, já faz parte da rotina dos pequenos não jogar lixo na rua, fechar a torneira enquanto escovam os dentes e não tomar banho de mais de 15 minutos.
Banhos curtos e torneiras fechadas já fazem parte dos hábitos das crianças brasileiras 
As empresas detectaram o movimento verde no universo infantojuvenil. Guiada por pesquisas, a Danone criou o Danoninho Para Plantar (aquele das sementes da Mata Atlântica no potinho). Além das sementes, a criança recebe um código para acessar uma página na internet. Com alguns cliques, “planta” 1 metro quadrado de floresta de verdade no interior de São Paulo. O plantio real é responsabilidade de uma organização parceira do grupo. “Tivemos um resultado rápido em termos de construção de marca ecológica”, afirma Mariana Rodrigues, gerente de produto de Danoninho. A estratégia deu tão certo que foi exportada para México, França e Espanha.
Olívia Blanc (Foto: Leo Drumond/Nitro/ÉPOCA)
A TV paga voltada para esse mesmo público também enxergou uma oportunidade de negócios. O canal Discovery Kids tem hoje três séries voltadas essencialmente à ecologia. “Os pais pedem que esses assuntos estejam em pauta”, diz Fernando Medin, presidente da Discovery Networks no Brasil. O Canal Futura tem o programa Um pé de quê?, que usa as árvores nativas do Brasil como ponto de partida para ensinar cultura e história do país. Os canais da Disney contam com uma plataforma on-line onde os jovens podem assumir compromissos com o planeta, o Amigos Transformando o Mundo. “Incorporamos o meio ambiente num esforço de oferecer conteúdos que vão além do entretenimento”, diz Cecilia Mendonça, gerente geral dos canais Disney na América Latina.
Sabrina Camillo das Neves (Foto: Rogério Cassimiro/ÉPOCA )
Alguns críticos da educação ambiental dizem que o tema, apesar de insistentemente presente em casa, na sala de aula, nos programas de TV e nos filmes, ainda precisa ser abordado com mais profundidade. “Há uma limitação financeira e de formação dos profissionais”, afirma Pedro Roberto Jacobi, professor da Universidade São Paulo (USP) e especialista em educação e meio ambiente. As escolas, diz ele, precisam ir além da hortinha e dos ensinamentos sobre coleta seletiva. Devem abordar as políticas públicas, o papel do governo e de cada indivíduo na busca de soluções eficientes para as questões ambientais. “É fundamental criar um sentimento de corresponsabilidade, para que as crianças entendam que o problema tem a ver com elas.”
O cearense Nadson Weyne, de 17 anos, entendeu na prática que é parte do problema. E saiu para a ação. Morador da cidade de Horizonte, região metropolitana de Fortaleza, sofre de asma desde que nasceu. Suas crises pioravam cada vez que um vizinho punha fogo nos restos de galhos e folhas que cobrem a terra, uma prática usada na região para preparar o solo para o plantio. Outra fonte de fumaça na cidade era um lixão irregular. Os moradores queimavam os resíduos em vez de enterrá-los. A combustão do material orgânico gera partículas em suspensão no ar e prejudica a respiração. Nadson não saía do hospital. Foi internado quase dez vezes. Chegou a ir cinco vezes ao ambulatório numa única semana. Perdeu um ano na escola por faltas.

Num projeto da escola municipal onde estudava, apresentou um trabalho para tratar da poluição do ar. Peregrinou com um grupo de amigos de sítio em sítio para explicar aos moradores os efeitos das queimadas. Tentava fazê-los compreender que o fogo empobrece o solo, ao contrário do que eles pensavam. Também foi à prefeitura exigir do governo um aterro sanitário legalizado. Deu tão certo que Nadson foi eleito o “delegado” do colégio.
Depois da cidade. E do Estado. Em 2010, foi um dos 12 jovens selecionados entre 700 para representar o Brasil na Conferência Internacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente. Horizonte ganhou um novo aterro sanitário (o velho passou a receber bem menos lixo). Boa parte dos sítios vizinhos deixou o fogo de lado. Nadson não lembra a última vez em que esteve num hospital por causa da asma. “Pretendo agora levar essa metodologia para uma cidade vizinha que sofre com o mesmo problema”, afirma.

Embora tenham uma consciência ambiental surpreendente, as crianças geralmente não associam a produção de um carrinho, uma boneca ou uma camiseta ao consumo de água e energia elétrica, à emissão de gases poluentes ou à produção de lixo tóxico. “A relação entre o consumo e o meio ambiente não é direta”, afirma Helio Mattar, presidente do Instituto Akatu pelo Consumo Consciente. Diante dessas mensagens dúbias, os jovens ficam sem saber ao certo como proceder. “Tenho minhas dúvidas sobre qual lado será mais forte para essas crianças”, afirma Jacques Demajorovic, pesquisador de sustentabilidade e professor do Centro Universitário da FEI.

A pequena Sabrina Camillo das Neves, com 5 anos recém-completados, não resiste às tentações do consumo – um comportamento natural para a idade dela. “Explico para ela que tudo custa dinheiro”, diz a mãe, Patrícia. “E que a mamãe trabalha bastante para ganhar, mas não dá para comprar tudo.” De uma guitarra cor-de-rosa da Barbie, Patrícia não conseguiu escapar recentemente. A menina desejou tanto o brinquedo que quase ficou doente. Patrícia deixou de comprar um chuveiro novo para a casa para adquirir o instrumento. Mas Sabrina também sabe que o consumo de tantos produtos gera uma montanha de lixo no planeta. Parte desse material poderia ser reutilizada. E o resto pode ser descartado em lugar adequado, para não sujar as ruas e os rios.
Pedro Sartori (Foto: Camila Fontana/ÉPOCA)
Sabrina só larga a guitarra cor-de-rosa num canto da casa, em Campinas, no interior de São Paulo, para falar sobre sua maior obsessão, zelar pela limpeza da Terra. “Já fui fiscal da natureza na minha escola e fico muito nervosa quando vejo alguém jogando papel na rua”, diz, com as sobrancelhas franzidas. Quando vai com a mãe à manicure, o trajeto entre a casa e o salão de beleza fica três vezes mais demorado do que em dias normais. “Ela para o tempo todo porque encontra um papel ou uma bituca”, afirma Patrícia. Indignada com a sujeira da cidade, Sabrina diz que seu sonho é ter um aspirador bem grande para passar na calçada. Um dia desses, ela chamou a atenção da própria mãe. Patrícia colocara na lixeira algumas canetinhas já gastas da filha. Quando soube, Sabrina correu em direção à área de serviço para resgatar as tampas. Queria reaproveitá-las na construção de um robô de sucata. “Dava para fazer as perninhas”, afirma Sabrina. Quando pergunto por que gosta tanto do planeta, ela responde apressadamente:
– Porque a gente vive dentro dele, ué.
E por que a gente precisa cuidar dele?
– Porque senão ele fica triste, ué.
E o que vai acontecer se a gente não cuidar?
– Ele chora, ué.
Para Sabrina, é tão óbvio que qualquer adulto deveria ter a obrigação de saber.

Resultado da conferência é tímido. E o Brasil por pouco não entra para a história como líder de um documento criticado até pelo secretário-geral da ONU


João Marcello Erthal, de 
Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr
Presidente Dilma e autoridades da ONU no encerramento da Rio 20
Autoridades no encerramento da Rio 20: conferência contou com a participação de 100 delegações e ONGs de mais de 190 países
Sucesso e fracasso são conceitos intimamente ligados às expectativas lançadas sobre uma conferência, uma reunião de trabalho ou uma partida de futebol. Se o desmilinguido Flamengo empatar com o Barcelona, por exemplo, a torcida rubro-negra vai erguer as mãos ao céu, enquanto o time do argentino Lionel Messi vai levar um castigo na concentração. Ainda é cedo para afirmar que os pessimistas triunfaram, e que a Rio+20 revelou-se um fracasso retumbante. Mas é indiscutível que, pela confiança depositada no encontro “histórico” e pela oportunidade de reunir uma centena de representantes de países, dos Estados Unidos às Ilhas Maldivas, a sensação é de que pouco se fez, em nada se avançou.
O resultado não chega a ser uma surpresa: semanas antes da conferência, em Nova York, houve um esforço para que uma conquista da Rio 92 – o direito universal a água potável – não fosse suprimido em uma das versões prévias do documento. E, por incrível que possa parecer ao público leigo – maioria absoluta – uma das “vitórias” da Rio+20 é justamente “não haver retrocessos”. Ora, se esta fosse uma possibilidade real, o melhor seria sequer reunir os países-membros da ONU. Ou, no máximo, realizar um encontro por Skype, lista de e-mails ou teleconferência.
Em vez disso, o Rio de Janeiro – e o Brasil – abriram caminho para as mais de 100 delegações, ONGs de 193 países, que para se movimentar precisaram de um feriado de três dias, com mudança de trânsito, cancelamento de voos e restrições de espaço aéreo. Esta é outra marca do evento: nem no carnaval o feriado é tão grande.
Em parte a frustração se deve à expectativa que os próprios organizadores lançaram sobre a conferência de agora. “Mudar o mundo”, “escrever o futuro” e “o que nós queremos” são expressões que deixam no ouvinte a sensação de que um grande passo está próximo. Não é bem assim. E o tal medo do “retrocesso” não era infundado, se considerada uma das principais derrotas da Rio+20: a exclusão das garantias de direitos reprodutivos das mulheres, uma vitória principalmente do Vaticano, que cria uma saia justa para o Brasil, que liderou a última fase das negociações.


segunda-feira, 23 de julho de 2012

Agenda da Campanha eleitoral da Prefeita rosinha Garotinho


DATA      DIA      HORA EVENTO LOCAL


22/07/2012Domingo15:00Encontro do DEM/PTN Automóvel Clube
     
23/07/2012Segunda14:00Caminhada Lapa / Matadouro
23/07/2012Segunda19:00Encontro do PHSAutomóvel Clube
     
24/07/2012Terça14:00Caminhada Jardim Carioca (Praça São Cristóvão)
24/07/2012Terça19:00Encontro do PR/PRBAutomóvel Clube
     
25/07/2012Quarta14:00Caminhada Jockey-Club
25/07/2012Quarta19:00Encontro do PPAutomóvel Clube
     
26/07/2012Quinta14:00Caminhada Pq Corrientes
26/07/2012Quinta19:00Encontro do PTB/PSDBAutomóvel Clube
     
27/07/2012Sexta14:00Caminhada Pq Prazeres
27/07/2012Sexta19:00Encontro do PSBAutomóvel Clube
     
28/07/2012Sábado10:00CaminhadaBeira-Valão / Pelinca
28/07/2012Sábado14:00CaminhadaPq Califórnia
28/07/2012Sábado19:00Encontro do PT do B / PRTBAutomóvel Clube
     
29/07/2012Domingo15:00Encontro do PTCAutomóvel Clube
     
30/07/2012Segunda19:00Encontro do PSCAutomóvel Clube

Campos tem mais de meio milhão de habitantes !

Pesquisa do IBGE em 2010 ,aponta município com 142.416 domicílios e população de 463.734 habitantes.Poucos tem dúvidas que a população de Campos está em fase de crescimento acelerado.No entanto não temos ferramentas de atualização.
Preocupado com o tema, busquei informações com a AMPLA, sobre nº ligações residenciais de energia elétrica e os números são surpreendentes.Veja o quadro evolutivo a seguir:

2010

1 - Total de Unidades Consumidoras, Por Classe de Consumo, Cadastradas em Dezembro/2010 no Município de Campos dos Goytacazes:

1.1   – Residencial: 223.099
1.2 ..  
1.3  .. 
1.4   – Rural: 5.567
Total: 228.666

2011
2 – Total de Unidades Consumidoras, Por Classe de Consumo, Cadastradas em Dezembro/2011 no Município de Campos dos Goytacazes:

2.1 – Residencial: 241.902
2.2 – ...
2.3 – ...
2.4 – Rural: 5.865

Total: 247.767
 Portanto ,podemos observar uma enorme diferença ente o nº de domicílios apontado pelo IBGE e o nº da AMPLA , que são reais.
Chama atenção a evolução do nº de ligações residenciais que em 2010 era 228.666 e em 2011, saltou para 247.767, uma diferença de mais de 24.000 novos domicílios.
Com base nestes números podemos estimar que Campos em Julho de 2012,tem mais de 600.000 habitantes.
Com a palavra o IBGE.









Lixo e entulhos nas ruas de Santo Amaro geram queixas


Falta de vagas em cemitério preocupa


Conhecido pela tradicional festa em homenagem ao santo padroeiro, comemorado em 15 de janeiro e que atrai romeiros de várias cidades, o distrito de Santo Amaro, na RJ 216 (Campos/Farol de São Thomé), é um bom lugar para se viver, segundo a população. A tranquilidade é sua maior característica. No entanto, em meio à calmaria, existem problemas que, na opinião dos moradores, são antigos. Entre eles estão a falta de vagas no cemitério municipal, o estado de abandono da sede de uma estação ferroviária, que foi desativada, e lixo e entulhos espalhados pelas ruas.


Eles disseram que a estação ferroviária foi desativada há mais de 30 anos e a falta de cuidados deixa o local com uma imagem negativa. Segundo o comerciante, Bonifácio Branco Pereira, 62 anos, o ideal seria re-formar o prédio e transformá-lo num centro comunitário, que atenda crianças, jovens, adultos e idosos.



— Não queremos um espaço para atender apenas aos idosos, mas a todos os moradores. O centro comunitário seria um local para a realização de bailes e festas, além de recreação, aulas de música e atividades es-portivas — disse o comerciante.



Outro problema citado por Bonifácio foi a falta de vagas no cemitério. Segundo ele, os moradores já teriam procurado a Companhia de Desenvolvimento do Município de Campos (Codemca) para reclamar do problema, mas ainda não teria havido resposta. “Isso é um absurdo. Se morrer alguém daqui tem que enterrar em localidades ou distritos próximos. Estamos preocupados com essa situação. O ideal seria que a Prefeitura adquirisse um terreno perto do cemitério para sua ampliação”, disse.



Respostas — Em relação à estrutura da antiga estação ferroviária, ela está localizada numa área particular, mas o secretário de Cultura, Orávio de Campos, informou que a Procuradoria Geral do Município está fazendo uma análise sobre a viabilidade de desapropriação para que o espaço se transforme em um Centro Cultural.



Sobre a falta de vagas no cemitério, o presidente da Codemca, Jivago Faria, informou que já existe um planejamento pa-ra ampliação do cemitério em uma área atrás do mesmo.


Lixo e entulhos nas ruas geram queixas

Penúltima parada antes da  praia do Farol, Santo Amaro, terceiro distrito de Campos, chama atenção pela sua bela praça, com árvores cuidadosamente cortadas de forma simétrica.  Pequeno e aconchegante, o lugar recebe turistas durante todo o ano, mas é no dia 15 de janeiro, dia do pa-droeiro Santo Amaro, que há uma maior movimentação de visitantes.



Quanto aos serviços de educação e saúde, os morado-res disseram não ter do que reclamar. O problema, segundo eles, são os lixos e entulhos espalhados pelas ruas. A auxiliar de serviços gerais, Eliane de Fátima Nogueira, 58 anos, disse que o serviço de limpeza não estaria acontecendo com regularidade e, por isso, o lixo fica acumulado nas ruas. “A limpeza é feita de vez em quando. A população também deveria ter consciência e não jogar lixo e entulhos na rua. Isso precisa ser fiscalizado”, disse Eliane.
O secretário municipal de Serviços Públicos, Zacarias Albuquerque, informou que o distrito é atendido com coleta de lixo três vezes por semana (às segundas, quartas e sextas-feiras) e que, em Santo Amaro, a cada intervalo de dois meses, é feito um mutirão de limpeza nas vias públicas. 
Ele pede a colaboração de toda comunidade para que não depositem lixo e nem entulho nas vias públicas.

*Fonte: Jornal Folha da Manhã - 23/072012

Nota do Secretário:

Mais uma vez o Jornal Folha da Manhã não presta informações corretas a quem merece todo respeito: O SEU LEITOR.
Admitimos que ocorreu o descarte de lixo e todo tipo de resíduo em algumas ruas de Santo Amaro. No entanto, a equipe de limpeza efetuou o serviço de limpeza na sexta-feira.
Portanto, a matéria está desatualizada e atrasada.

Atenção eleitores: Mesmo que não seja seu candidato,NÃO JOGUE NA RUA OU EM QUALQUER OUTRO LUGAR QUE NÃO SEJA A LIXEIRA.

Relatório do PNUMA mostra políticas locais bem sucedidas para criação de cidades sustentáveis

Uma série de políticas transformadoras e inspiradoras de iniciativa de cidades e governos locais, que podem ajudar a criar um século 21 sustentável, foi destacada em um relatório divulgado neste sábado (16/06) pelo ICLEI – Governos Locais pela Sustentabilidade e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).
O Panorama Ambiental Global 5 (Global Environment Outlook) – GEO-5 para Governos Locais cita dezenas de políticas, desde sistemas “de estabelecer um teto e negociar” (Cap and Trade) em Tóquio até a gestão ambiental em Windhoek, na Namíbia, que mostram que a ação transformadora no nível local pode contribuir com as metas globais e retardar ou interromper a degradação ambiental.
O relatório afirma que os governos locais têm papel central no desenvolvimento sustentável, moldando a transição para uma economia verde, e faz recomendações que podem apoiar esse trabalho e ajudar a transferência/transposição de suas políticas bem sucedidas para outras cidades e países.
O estudo, lançado recentemente, é um relatório complementar ao GEO-5, uma avaliação abrangente sobre a situação do meio ambiente, coordenada pelo PNUMA.
O relatório GEO-5 adverte que se a humanidade não mudar urgentemente seus padrões insustentáveis de produção e de consumo de recursos naturais, os governos deverão lidar com níveis de danos e degradação sem precedentes.
Cidades e governos locais, que já se ressentem de muitas tensões ambientais, terão que enfrentar novos desafios, principalmente frente ao crescimento das populações e da urbanização, identificadas pelo GEO-5 como as principais impulsionadoras da mudança ambiental.
A segurança energética, o acesso à água e ao saneamento, e a biodiversidade podem ser afetados de forma negativa pelo crescimento das cidades, a menos que os governos locais os inclua no plano diretor de expansão urbana.
Apesar dos desafios, cidades e governos locais têm estado no centro dos esforços para responder às mudanças ambientais mesmo quando a resposta global e nacional continua fraca.
“O mundo é rico em políticas, iniciativas e projetos locais e, na ausência de uma ação internacional forte, suas respostas representam sinais de esperança”, disse o Subsecretário-Geral da ONU e Diretor Executivo do PNUMA, Achim Steiner. “Por exemplo, a mudança climática foi um ponto focal para uma ação local antes mesmo da introdução de mecanismos internacionais sobre o clima.”
O GEO-5 afirma que é possível alcançar um ambicioso conjunto de metas de sustentabilidade até meados do século se as políticas e estratégias atuais forem modificadas e reforçadas. Muitos dos exemplos de sucesso no relatório foram realizações de âmbito local de cidades e metrópoles onde reside mais da metade da população mundial.
O levantamento desses estudos de casos são feitos para os governos locais e incluídos no relatório do ICLEI como destaques das melhores políticas e como incentivo às cidades e governos locais para que continuem a agir. Para acelerar a realização do desenvolvimento sustentável e das metas acordadas internacionalmente, o governo local deve ser apoiado por uma liderança global e nacional sobre o meio ambiente.
“As cidades e os governos locais desempenham um papel importante no fornecimento de exemplos que podem ser replicados, e portanto contribuição deles para atingir objetivos e metas deve ser reconhecida como fundamental”, declarou Konrad Otto-Zimmermann, secretário-geral do ICLEI – Governos Locais pela Sustentabilidade. “Eles já estão mostrando que mudanças radicais são possíveis, e que os líderes mundiais podem aproveitar essas conquistas na Rio+20.”
Seguem alguns exemplos de políticas e ações bem-sucedidas por cidades e governos locais destacados no relatório:
  • Uma parceria público-privada em Pangkalpinang, Indonésia, transformou uma antiga área de mineração de estanho em um jardim botânico com novos serviços ecológicos, incluindo abastecimento de água para as comunidades locais
  • Tóquio desenvolveu um sistema verde de “estabelecer um teto e negociar” para o programa Green Buildings (Edifícios Verdes) para reduzir as emissões de carbono em 25% até 2020, comparado com os níveis de 2000
  • Bonn, na Alemanha, está promovendo a aquisição de bens e serviços sustentáveis, atuando como catalizadora nos esforços de adoção do verde pelas cadeias de abastecimento às margens do perímetro urbano.
  • Bogotá, na Colômbia, foi pioneira no ordenamento criativo e integrado do uso do solo e é conhecida pelo seu sistema de ônibus expresso
  • Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, aplicou a administração costeira integrada, estabelecendo limites para o desenvolvimento urbano – isolando as áreas críticas e definindo as áreas preservadas.
  • San José, nos Estados Unidos, introduziu uma política de construção verde para reduzir o consumo de energia e água em novos projetos de construção residencial, comercial e industrial
  • A câmara municipal de Windhoek, na Namíbia, introduziu um plano de gestão ambiental para proteger o abastecimento de água na barragem de Goreangab da contaminação por um assentamento informal em expansão.

Conclusões e recomendações

O relatório mostra que as autoridades locais desempenham um papel crucial na implementação de acordos ambientais multilaterais, facilitando a transição das economias das cidades para economias urbanas verdes e também para definir objetivos e metas mais ambiciosos de desenvolvimento sustentável.
O relatório faz as seguintes recomendações específicas:
  • Metas globais, que devem ser mensuráveis, precisam ser complementadas com metas nacionais, regionais e locais
  • Os governos nacionais precisam ser mais receptivos às demandas locais, modificando dispositivos institucionais, de procedimentos e outras disposições, além de fornecer suporte jurídico, técnico ou financeiro necessário localmente
  • Na ausência de objetivos, metas e diretivas nacionais, os governos locais ainda assim devem tomar medidas para apoiar o desenvolvimento de objetivos de âmbito nacional
  • Capacidade local e a criação de condições são necessárias para promover um desenvolvimento urbano sustentável, particularmente onde houver/se estiver ocorrendo rápida urbanização
  • Estruturas e processos organizacionais, institucionais, jurídicos e políticos que promovam o planejamento e a implementação são necessários para evitar a degradação ambiental e gerar flexibilidade urbana e comunitária.
Para ler a íntegra do relatório, clique aqui.