terça-feira, 15 de novembro de 2016

Nova Agenda Urbana ajuda cidades a enfrentar desafios da rápida urbanização


Depois de a ONU ter adotado formalmente este mês em Quito, no Equador, uma série de diretrizes globais para lidar com a rápida urbanização, a atenção está na implementação da Nova Agenda Urbana, desenhada para atingir o desenvolvimento sustentável das cidades e comunidades no longo prazo.

Nova Agenda Urbana deve ser considerada em tomada de decisões nas cidades, segundo consultora da ONU-Habitat
Nova Agenda Urbana poderá ser utilizada na tomada de decisão em políticas urbanas.
Depois de a ONU ter adotado formalmente este mês em Quito, no Equador, uma série de diretrizes globais para lidar com a rápida urbanização, a atenção está na implementação da Nova Agenda Urbana, desenhada para atingir o desenvolvimento sustentável das cidades e comunidades no longo prazo.
A Nova Agenda Urbana estabelece uma série de objetivos gerais, como desenvolvimento de cidades sustentáveis e compactas, preservação do meio ambiente e planejamento de espaços públicos e assentamentos informais com participação dos moradores.
“A urbanização está ocorrendo a um ritmo e escala sem precedentes. Quase 4 bilhões de pessoas vivem nas cidades, e acreditamos que nos próximos anos, em 2050, esse número será o dobro”, disse o diretor-executivo do ONU-Habitat, Joan Clos.
“É histórico porque nunca na história da humanidade vimos uma transformação tão significativa na sociedade”, disse. “Isso representa enormes desafios, e a Nova Agenda Urbana tem como objetivo guiar a estratégia para enfrentá-los”.
“Queremos dizer que não é preciso temer a urbanização. Há alguns países que desejam interrompê-la, colocar um muro em sua frente. Nós queremos guiá-la.”
Muitos pontos da Nova Agenda Urbana estão relacionados aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), adotados pela ONU no ano passado para colocar fim à pobreza e reduzir a desigualdade até 2030. Um dos ODS, o número 11, busca cidades mais inclusivas, seguras, resilientes e sustentáveis.
Quase 1 bilhão de pessoas pobres vivem em favelas e assentamentos informais em aproximadamente 100 mil cidades do mundo todo. A ONU estima que o número triplicará até 2030.
“Sem um plano claro para a aplicação da Nova Agenda Urbana e objetivos globais relacionados, não vamos alcançar o progresso necessário, inclusive para a qualidade e meios de vida básicos nos assentamentos urbanos informais e outros”, disse Timon McPhearson, professor assistente de ecologia urbana da universidade The New School de Nova York.
Alguns membros da comunidade científica mundial propõem uma conferência internacional em 2018 para abordar as questões urbanas, suas soluções e observar o que foi implementado desde a adoção da Nova Agenda Urbana.
A Terceira Conferência das Nações Unidas sobre Moradia e Desenvolvimento Urbano Sustentável (Habitat III) foi considerada especialmente importante porque ocorreu em um momento em que mais pessoas vivem nas cidades que no campo, diferentemente da Habitat I e II, que ocorreram em 1976 e 1996, respectivamente. Em 2014, 54% da população mundial vivia nas cidades. A ONU prevê que, em 2050, esse percentual chegue a 66%.
Disponível em: https://nacoesunidas.org/nova-agenda-urbana-ajuda-cidades-a-enfrentar-desafios-da-rapida-urbanizacao/

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