terça-feira, 13 de outubro de 2015

Relatório da CPI da crise hídrica apresentado .

out112015

Rio paraíba do sul em Campos tem apresentado nível abaixo do normal há meses (Carlos Alves/Divulgação)
Rio paraíba do sul em Campos tem apresentado nível abaixo do normal há meses (Carlos Alves/Divulgação)

Fernanda Moraes
Instalada em março deste ano na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) para investigar a crise hídrica que afeta o Estado do Rio, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) concluiu que as perdas de água que ocorrem nos sistemas de distribuição das concessionárias são um dos grandes problemas do serviço de abastecimento no Estado.
O relatório foi apresentado na semana passada pelo deputado Edson Albertassi (PMDB). A votação pela Comissão estava prevista para o último dia 8, mas foi adiada, por falta de conclusão na leitura do relatório. A previsão é que seja votado na quarta-feira (14), e segue para ser analisado pelo plenário da Alerj.

O parlamentar alertou que não foram tomadas providências nos últimos anos para a redução das perdas. O índice de água perdida seria de 30,7%, mas apesar do alto índice, as concessionárias públicas e privadas e os órgãos da administração pública que atuam no fornecimento não possuem planos para reduzir as perdas físicas.
Estado depende do Rio Paraíba
O documento apresenta várias recomendações para o governo estadual. Um dos pontos trata do projeto do Governo de São Paulo de transposição das águas da Bacia do Rio Paraíba do Sul para o Sistema Cantareira. O relatório afirmou que ficou evidente à CPI o grau de dependência que o Estado do Rio e a Região Metropolitana da cidade do Rio têm em relação à bacia hidrográfica do Rio Paraíba do Sul. “Esse rio representa o maior recurso hídrico do Estado e abastece cerca de 11 milhões de pessoas sendo aproximadamente 8,5 milhões na Região Metropolitana do Rio, além de indústrias e atividades agrícolas de grande parte da região”, afirma o texto do documento. O Paraíba do Sul abrange 39 municípios paulistas, 88 de Minas Gerais e 57 do Rio de Janeiro.
A Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) esclareceu que, entre as perdas registradas pela companhia e informadas ao Sistema Nacional de Informações de Saneamento (Snis), 20,8% são relativas a perdas comerciais (ligações clandestinas, hidrômetros defeituosos, imóveis cujo uso foi alterado, mas sem a correspondente alteração tarifária). “Outros 10% são perdas físicas, sendo 7% vazamentos ou liberação de água por meio de ventosas (para regular a pressão na rede) e 3% água produzida, mas não distribuída, empregada nas atividades operacionais internas das estações, como retrolavagem dos filtros que só podem ser lavados com água limpa”.
FONTE O DIÁRIO

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