sábado, 25 de julho de 2015

Brasil recicla quase 100% das latinhas, diz pesquisa do IBGE

Simone Bastos, Professor Resíduo Jun/2015

www.elofm.com.br

Latinhas de alumínio
Para os que trabalham na coleta e na seleção em Porto Alegre, material está entre os de maior valor
O País segue firme na liderança mundial em reciclagem de latas de alumínio, posto do qual está desde 2001. O reaproveitamento chega a 97,9%, segundo o estudo Indicadores de Desenvolvimento Sustentável Brasil, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em junho. Mais do que conscientização ambiental, a reciclagem está ligada ao valor do material. Quem recicla, garante que a latinha de alumínio está entre os objetos de maior valor.
Na Cooperativa de Educação Ambiental e Reciclagem Sepé Tiaraju, na Zona Norte de Porto Alegre, a importância de revender as latas é tamanha, que o dinheiro arrecadado com elas serve para pagar o  Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) mensal de 25 cooperativados. O preço médio é R$ 3, o quilo. No verão, quando o consumo é maior, a cooperativa consegue arrecadar cerca de 800kg por mês. No inverno, não passam de 600kg. 
Segundo a Associação Brasileira do Alumínio, os 97,9% correspondem a 267,1 mil toneladas de sucata de latas recicladas, o mesmo que 19,8 bilhões de unidades, ou 54,1 milhões por dia ou 2,3 milhões por hora. 
Atualmente, o ciclo da lata de bebida se completa em 30 dias: ela é comprada, utilizada, coletada, reciclada, envasada (cheia de líquido) e volta às prateleiras para o consumo. Na prensa, se vê as latas completarem o ciclo antes de voltarem ao comércio. 
Dados importantes:
Em 2012, o país reciclou 508 mil toneladas de alumínio. Desse total, 267,1 mil toneladas referem-se à sucata de latas de alumínio para bebidas, o que corresponde a 97,9% do total de embalagens consumidas. 
O Brasil é o oitavo maior produtor de alumínio primário, precedido pela China, Rússia, Canadá, Estados Unidos, Emirados Árabes, Austrália e Índia. 
O alumínio pode ser reciclado infinitas vezes, sem perder as suas características no processo de reaproveitamento, ao contrário de outros materiais. Pode também ser reciclado tanto a partir de sucatas geradas por produtos de vida útil esgotada, quanto por sobras do processo produtivo. 
Os utensílios domésticos, latas de bebidas, esquadrias de janelas, componentes automotivos, entre outros, podem ser fundidos e empregados novamente na fabricação de novos produtos. Um quilo corresponde a 75 latinhas de alumínio e o preço médio do quilo é de R$ 3.
Em Porto Alegre, em 25 anos de coleta seletiva, o Departamento Municipal de Limpeza Urbana de Porto Alegre (DMLU) recolheu 15,6 mil toneladas de metais, incluindo latinhas de alumínio.
Os caminhões do DMLU coletam os resíduos recicláveis em 100% dos bairros e os encaminham para as 19 unidades de triagem (UT) conveniadas. Nesses locais, os trabalhadores fazem a separação (plásticos, papel, embalagens longa vida, vidro, isopor, garrafas plásticas), prensam, agrupam em fardos e negociam autonomamente a venda dos materiais para a indústria de reciclagem e/ou reaproveitamento.
Segundo o programa de inclusão na reciclagem 'Somos Todos Porto Alegre', ao menos 4 mil pessoas na Capital vivem da reciclagem.
Informações: Diário Gaúcho

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