segunda-feira, 8 de setembro de 2014


Conjunto Nova Sepetiba; ao lado Garotinho entrega chave de casa a moradora
Conjunto Nova Sepetiba; ao lado Garotinho entrega chave de casa a moradora


Na minha campanha eleitoral em 1998 estive com Rosinha no Trevo das Missões, no acesso da Avenida Brasil à Rodovia Washington Luiz e fiquei comovido com a situação das pessoas que moravam ali, em barracos cobertos de papelão e pedaços de plástico, em condições degradantes. Prometi que se fosse eleito voltaria para construir casas dignas para as famílias. E naquele dia disse para Rosinha: "Precisamos fazer um revolução habitacional no nosso estado. Quero construir muitas casas". Nascia ali o "Morar Feliz", o maior programa habitacional da história do Rio de Janeiro, que nos governos Garotinho e Rosinha construiu 28 mil casas e reformou mais de 50 conjuntos habitacionais em todo o estado.

É claro que muita gente nem tem idéia do que nós fizemos porque a imprensa escondeu. E é importante destacar que construímos casas com recursos do Estado. Não é como hoje, quando as únicas casas construídas são do Minha Casa, Minha Vida, do governo federal. Cabral nem na Região Serrana fez as casas que prometeu aos desabrigados.


Nova Sepetiba

Nova Sepetiba 2
Nova Sepetiba 2


Só no Conjunto Nova Sepetiba 1 e 2 foram entregues 4 mil casas a pessoas extremamente carentes ou que moravam em áreas de risco. É bom destacar que na época o deputado Carlos Minc (PT) e a secretária municipal de Habitação do Rio, Solange Amaral foram para a Justiça tentar impedir que construísse as moradias. É inacreditável. São da turma que não faz, por isso não quer que os outros façam. Mas foram derrotados e muitas famílias realizaram o sonho da casa própria.


Favelas que viraram bairros

Conjunto Fazenda Botafogo, em Costa Barros, e Parque Vila Nova, antiga Favela do Lixão, em Duque de Caxias
Conjunto Fazenda Botafogo, em Costa Barros, e Parque Vila Nova, antiga Favela do Lixão, em Duque de Caxias


Além do Trevo das Missões que era uma favela e virou um conjunto habitacional, outros casos iguais foram o da Favela do Lixão, uma favela que estava nascendo na Fazenda Botafogo e outra na Lagoinha, em Nova Iguaçu. Nesses locais o barracos deram lugar a casas e prédios.

A Favela do Lixão, na entrada de Duque de Caxias era uma vergonha. Fizemos a primeira parte das casas, depois Cabral parou com a obra. Demos dignidade aos moradores que ainda ganharam do lado, o Restaurante Popular Dom Mauro Morelli.

O Conjunto da Fazenda Botafogo tem uma curiosidade. Eu já era governador e um dia vinha de um inauguração na Baixada Fluminense, estava no helicóptero (a trabalho é bom que se diga) sobrevoando a região quando vi uma favela nascendo num descampado. Pedi ao piloto, meu amigo comandante Maia, para pousar, apesar da reclamação da segurança que achava perigoso, que dizia que eu estaria correndo um grande risco. Pousamos e os moradores quase não acreditaram. Um governador indo ali e fazendo questão de conversar com eles. Me abraçaram e pediram ajuda. Prometi que construiria casas para todos. E assim foi feito. Cumpri a minha promessa levantando o Conjunto Fazenda Boatafogo. Vocês não fazem idéia da emoção, da alegria de cada pessoa a que eu e Rosinha entregamos chaves das suas novas casas. É isso que me realiza como homem público, poder melhorar de verdade a vida das pessoas.


Casas por todo estado

Governadora Rosinha entrega casas no interior; abaixo, casas construídas no interior
Governadora Rosinha entrega casas no interior; abaixo, casas construídas no interior


Mas não pensem que fizemos casas apenas no Rio de Janeiro, na Baixada Fluminense ou na Região Metropolitana. O programa Morar Feliz construiu moradias em mais de 75% dos municípios, de norte a sul do nosso estado levando em consideração a realidade de cada região.

Imaginem se nós tivéssemos recebido recursos federais como acontece com Cabral.

Por isso, em 2002 quando deixei o governo para ser candidato a presidente da República pelo PSB, quando tive mais de 15 milhões de votos, uma das minhas propostas era a criação do Ministério da Habitação. Estive no Senado (vide abaixo), onde critiquei a falta de uma política habitacional do governo FHC e defendi a criação de um ministério para cuidar dessa área prioritária para o desenvolvimento do Brasil e para dar dignidade a milhões de famílias que vivem em condições subumanas ou em áreas de risco.

Reprodução do Jornal do Senado
Reprodução do Jornal do Senado



Reforma dos conjuntos habitacionais

Conjunto do Moinho, em Campo Grande, reformado por Garotinho
Conjunto do Moinho, em Campo Grande, reformado por Garotinho


Dentro do programa Morar Feliz investimos também na reforma dos conjuntos habitacionais do estado, alguns da década de 1960, que jamais tinham passado por uma reforma. Recuperamos mais de 50 conjuntos beneficiando 46 mil famílias que voltaram a viver em condições dignas, em prédios pintados, com impermeabilização, reforma hidráulica e outras melhorias. Entre os conjuntos reformados está o maior da América do Sul, o Dom Jaime Câmara, em Bangu, onde moram 26 mil pessoas, mais do que muitas cidades. Em Bangu também fizemos um Restaurante Popular.

Como podem constatar construímos muitas casas, 28 mil, como nenhum outro governador fez. Melhoramos a moradia de dezenas de milhares de famílias. Isso sem falar no kit-construção que possibilitou a milhares de outras famílias que possuíam terrenos, poderem levantar suas casas. Foi uma verdadeira revolução habitacional, que a imprensa teve medo de mostrar, mas que agora vocês tomaram conhecimento. Isso tudo mostra que quando há vontade política, quando o interesse público fala mais alto, e não os negócios privados, como no governo Cabral, é possível fazer muito para melhorar a vida das pessoas. Essa é a função de um governo. 
FONTE: BLOG DO GAROTINHO

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