quinta-feira, 31 de julho de 2014

Tempos extremos

Tempos extremosTasso Azevedo - 24/07/2014 às 18:04

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Os eventos climáticos extremos estão aumentando em frequência, abrangência e intensidade em todos os continentes. Secasenchentes, tempestadesfuracões,ciclones tropicaiscalor extremo e inundações crescem em todo o mundo, década a década desde 1970 quando começaram a ser sistematicamente monitorados pela Organização Mundial de Meteorologia (WMO) que lançou recentemente o Atlas Global de Mortalidade e Perdas Econômicas por Extremos Climáticos.
O Atlas apresenta a evolução das ocorrências de perdas humanas e econômicas por advento dos desastres naturais climáticos durante 42 anos, entre 1970 e 2012. Foram 8.835 eventos extremos reportados (não entram terremotos e tremores por não serem eventos climáticos) que resultaram em 1,94 milhões de pessoas mortas e US$ 2,4 trilhões de dólares em prejuízo econômico. As tempestades e inundações representaram 79% dos eventos, 54% das mortes e 84% das perdas econômicas. Mas, em eventos únicos, as secas severas na África nos anos 1975, 1983 e 1984 foram os mais devastadores em termos de vidas humanas.
Os 10 maiores desastres em termos de perdas de vidas aconteceram em países em desenvolvimento e as maiores perdas econômicas nos Estados Unidos e na China. Clique no mapa abaixo para ver os detalhes:

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Clique aqui para ler o relatório original.
Entre 1970 e 2012, o numero de ocorrências de desastres naturais climáticos aumentou mais de quatro vezes. Se na década de 70 se reportou um desastre a cada 5 dias, em média, em 2012 foi registrado um desastre/dia. Os impactos econômicos também cresceram fortemente. Em valores atualizados, as perdas subiram de US$ 16 para 86 bilhões, entre as décadas de 70 e os anos 2000. Veja tabela abaixo:
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Na África predominam as secas, na Ásia as tempestades e inundações, no Sudeste Asiático e Oceania os ciclones tropicais, no Europa os extremos de temperatura, incêndios e inundações, na América do Norte, Central e Caribe as tempestades e furações e na América do Sul as inundações, deslizamentos de terra e extremos de temperatura. Este padrão aponta muita similaridade com os mapas de cenários de impactos previstos pelo aquecimento global, reportados nos 4º. e 5º relatórios do IPCC.
As mudanças climáticas estão se materializando muito mais rápido do que se imagina e já batem a nossa porta com um aumento de 1C na temperatura média global. É tempo de trabalhar arduamente para evitar um acréscimo maior de 2ºC e, assim, reduzir o risco de rupturas ainda mais dramáticas.
Foto: mansunides/Creative Commons

Além das eleições: Agenda do Clima no 2º semestre

Além das eleições: Agenda do Clima no 2º semestreTasso Azevedo - 07/2014 

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Nem só de eleições viveremos no segundo semestre. A agenda do clima tem uma série de momentos de fundamental importância para a construção de um novo acordo climático global em 2015, que nos coloque na rota de limitar o aquecimento global em 2ºC.
SETEMBRO
No inicio do mês, como parte da preparação para a Cúpula do Clima (Climate Summit), o SDSN (Sustainable DevelopmentSolutions Network) lança o primeiro relatório completo do projeto Caminhos para a Descarbonização Profunda (DeepDecarbonization Pathways Project).
Em 23 de setembro, em Nova York, na mesma semana da Assembleia Geral das Nações Unidas, o Secretario Geral das Nações Unidas, Ban-Ki-Moon, recebe chefes de estado de todo o mundo da Cúpula do Clima com a expectativa de que os líderes globais assumam comprometimento político com o novo acordo climático e, principalmente, sinalizem o nível de ambição de seus compromissos com a redução de emissões de gases de efeito estufa e aporte de recursos para mitigação eadaptação às mudanças climáticas.
Pelo menos uma dezenas de potenciais acordos multisetoriais (sociedade civil, governos e setor empresarial) estão sendo costurados para serem assinados durante (ou ao redor) da cúpula como, por exemplo, o Compromisso pelo Desmatamento Zero em 2020 na Amazônia.
OUTUBRO
Semanas depois, entre 20-24 de outubro, acontece a 5ª reunião do Grupo de Trabalho sobre a Implementação da Plataforma de Durban (AWG ADP). É neste grupo que acontecem as negociações sobre o novo acordo global de clima pós 2020, a ser aprovado em 2015, e a ampliação dos compromissos e ações até 2020. Nesta reunião, um dos pontos-chave é a definição do conteúdo mínimo e formato da apresentação das propostas de compromissos dos países para o período pós 2020, que deverá ser feita durante o primeiro semestre de 2015. É importante ter este formato único para que as propostas possam ser analisadas em conjunto e se entenda qual sua contribuição agregada para garantir um futuro de baixo carbono e um planeta mais resiliente.
Na semana seguinte, entre 27 e 31 de outubro acontece a reunião do IPCC que lançará a última parte do 5º Relatório sobre o estado do clima (AR5), com a publicação do Resumo Analítico para Tomadores de Decisão, uma espécie de documento-síntese do trabalho dos grupos da ciência do clima, mitigação e adaptação.
NOVEMBRO
Neste mês, o Observatório do Clima lança a atualização das estimativas de emissões de gases de efeito estufa no Brasil até o ano de 2013. Até o final de novembro, o Ministério da Ciência e Tecnologia e a Rede Clima deve publicar os dados do 3º Inventário de Emissões e Remoções Antrópicas de Gases de Efeito Estufa com dados até 2010. Estas informações são fundamentais para melhor informar o processo de definição da contribuição brasileira para redução de emissões no período pós-2020.
DEZEMBRO
Finalmente, entre 1 e 12 dezembro acontece a 20ª Conferencia das Partes da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP20), em Lima, no Peru onde se pretende acordar os elementos que comporão o novo acordo global de clima a ser negociado em 2015.
Agenda cheia, e quase um aquecimento para um ano ainda mais cheio de emoções em 2015!
Foto: HelloImNik/Creative Commons

Ilha espanhola pretende usar apenas energia renovável ainda este ano

Ilha espanhola pretende usar apenas energia renovável ainda este ano
 Julho de 2014 •


A pequena ilha de El Hierro, na Espanha, está bem perto de declarar a sua independência energética. Para chegar a este objetivo e produzir 100% de sua energia de maneira renovável, as autoridades locais investiram em sistemas eólico, fotovoltaico e hidrelétrico.
A ilha faz parte do arquipélago de Canária e, mesmo tendo apenas onze mil habitantes e uma área de 260 mil metros quadrados, emite quase 19 mil toneladas de dióxido de carbono. Os novos projetos, prestes a entrar em funcionamento, devem ajudar a reduzir consideravelmente este impacto.
Conforme informado no jornal Diário de Notícias de Portugal, atualmente a principal fonte energética em El Hierro é o diesel, usado para alimentar residências e até mesmo as pequenas empresas locais. Mas, as novas estruturas permitirão uma diversificação na matriz, ao mesmo tempo em que impedirão que seis mil toneladas de diesel sejam consumidas ao ano.
Para aproveitar o potencial eólico, a ilha contará com cinco grandes turbinas, capazes de fornecer energia diretamente à rede, ao mesmo tempo em que mantêm o bombeamento de água em funcionamento. O complexo ainda terá dois tanques de água, uma central hidrelétrica e uma estação de bombeamento.
A construção do sistema começou em 2009 e envolveu 200 pessoas, entre eles biólogos e engenheiros. Inicialmente o complexo produzirá energia suficiente para abastecer 10% da demanda local. Mas, espera-se que ainda neste ano a capacidade aumente para 80% e logo chegue a produzir 100% da energia usada na ilha.
Redação CicloVivo

Comer muita carne faz tão mal quanto fumar

Comer muita carne faz tão mal quanto fumar

 4 de abril de 2014
carne1Calma lá, vegetariano, o problema não é só a carne. Abusar dos derivados animais (queijo, ovos, leite) também pode não ser uma boa escolha. O problema é o excesso de proteínas de origem animal, não apenas o consumo de carne.
É o que diz um estudo feito por pesquisadores da Universidade do Sul da Califórnia. Eles descobriram que exagerar em alimentos ricos em proteínas animais aumenta em quatro vezes o risco de ter câncer – risco semelhante ao dos fumantes. E dobra a probabilidade de ter morte precoce. Pelo menos entre o pessoal da meia idade.
Para chegar à conclusão, os pesquisadores acompanharam pessoas entre 50 e 65 anos durante 18 anos. Aqueles que consumiam muita proteína (20% das calorias diárias vinham de proteínas) ocupavam o topo do ranking de vítimas em potencial do câncer (principalmente de mama ou pele). Não é preciso excluir esse tipo de comida da sua vida. É só diminuir: 0,8 g de proteína animal por quilo do seu peso é o ideal.
A explicação dos cientistas é que esse tipo de alimento reduz as atividades de um receptor hormonal que luta contra doenças relacionadas à idade. Então, quanto mais carne você come (ou queijo, leite, ovo), maior o risco de enfrentar uma dessas enfermidades lá pra frente.
Crédito da foto: flickr.com/lefthandrotation

Tartarugas mortas em Atafona

Tartarugas mortas em Atafona

Aluysio Abreu Barbosa
Jhonattan Reis
Foto: Aluysio Abreu Barbosa
FONTE: FOLHA DA MANHA
Duas tartarugas marinhas da espécie Caretta-caretta — conhecida também como “cabeçuda” — foram encontradas mortas em Atafona, São João da Barra, na semana passada. A espécie, ameaçada de extinção, tem o litoral Norte Fluminense como um dos pontos de desova. A primeira tartaruga, de aproximadamente 90 cm, apareceu morta no último dia 23. A segunda, com cerca de 60 cm, foi encontrada na mesma situação no último sábado. O tamanho médio dos animais adultos desta espécie é de 90 cm e peso médio de 150 kg, porém já foram registradas espécies de 2,70 m e com quase meia tonelada de peso.
Segundo a bióloga e executora do Projeto Tamar na Bacia de Campos, Daniella Torres, as principais causas de morte de tartarugas nas praias são a interação com redes de pesca e resíduos de lixo.
— Quando as tartarugas ficam presas nas redes de pesca, acabam morrendo. O Tamar tem sede no Farol de São Thomé e faz patrulhamento diário no litoral, para verificar se algum animal foi encontrado — explicou a bióloga, lembrando que o projeto não tinha conhecimento de animais encontrados na praia de Atafona, mas que iria apurar os casos.
Segundo ainda o Tamar, as tartarugas marinhas desta espécie se distribuem nos mares tropicais e subtropicais de todo o mundo e, também, em águas temperadas, variando de habitat ao longo da vida. Os filhotes de tartarugas Caretta-caretta vivem em alto-mar, passando a habitar áreas de alimentação situadas a profundidades entre 25 e 50 m quando adultas. A tartaruga Caretta-caretta é uma das cinco espécies marinhas que habitam a costa brasileira.
Segundo o projeto, as áreas prioritárias de desova da espécie no Brasil estão localizadas no norte da Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Sergipe.
Espécie — As fêmeas podem desovar de duas a cinco vezes por estação, depositando uma média de 110 ovos em cada ocasião. A tartaruga cabeçuda é conhecida popularmente, devido à sua cabeça ser de proporções maiores que o corpo, podendo medir até 25 cm. A sua carapaça, quando adulta é em forma de coração e a cabeça larga, ampla e subtriangular, com dois pares de escamas pré-frontais e coloração marrom-avermelhada.
Os filhotes da Caretta-caretta são escuros de cor marrom dorsalmente. O tamanho de fêmeas adultas está entre 81,5cm e 120 cm, com um peso de 75 kg podendo chegar a até 200 kg. Os ovos são depositados quase sempre de noite, ao abrigo da maré alta, em ninhos escavados pela fêmea em solo arenoso.

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Green Urine: xixi em praça pública vira fertilizante em Amsterdã

Green Urine: xixi em praça pública vira fertilizante em AmsterdãJéssica Miwa -03/2014 

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Você sabia que a urina humana é rica em nitrogêniofósforo e potássio e esta também é a composição de muitos fertilizantes químicos? Só que, segundo alguns cientistas, essas substâncias – principalmente o fósforo – serão escassas no meio ambiente dentro de 50 a 100 anos.

Pensando nisso, os administradores da empresa responsável pelo abastecimento de água em Amsterdã, Waternet, lançaram campanha para transformar estes resíduos naturais em adubos orgânicos. Essa prática é muito comum entre agricultores e inspirou a ideia que foi apresentada durante a Semana Internacional da Água, que aconteceu na capital holandesa no final de 2013.
Coletores de urina foram colocados em praça pública para receber doação de voluntários e testar a possibilidade de reúso. O plano era processar o material ali mesmo para aplicar em campos, jardins e telhados verdes. Só com os resíduos de Amsterdã de um ano, estima-se ser possível fertilizar área equivalente a dez mil campos de futebol.
Além de tentar garantir que o fósforo e as outras substâncias que compõem a urina não desapareçam da natureza, a iniciativa dá nova utilidade para toda urina expelida na cidade holandesa e – por que não? – em qualquer lugar do mundo. E mais: a demanda do sistema de saneamento diminuirá e, com isso, também haverá economia de recursos.
No vídeo abaixo, veja a ação realizada para divulgar o método, que contou até com apresentador de televisão local:

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Foto: Reprodução e alan_adriana/Creative Commons

Rio Paraíba tem a menor cota e água esverdeada

Rio Paraíba tem a menor cota e água esverdeada

Publicado em 07/2014 fonte Jornal  O Diário


Carlos Emir
Clique na foto para ampliá-la

O Rio Paraíba do Sul, que ontem apresentou novamente a menor cota registrada este ano, 4,80m, está com a água esverdeada. A mudança na cor da água foi notada no trecho próximo a Ponte Leonel Brizola, no Centro de Campos e ocorre em função de algas presentes no fundo do rio. A ocorrência das algas não compromete a qualidade da água e está sendo monitorada pela coordenação regional do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), em Campos.

De acordo com o coordenador regional do Inea em Campos, Renê Justen, a formação de algas nesse período está dentro do processo natural do rio. Ele explica que em função do baixo nível, da incidência solar e da luminosidade, a formação de algas é favorecida e fica mais evidente. "Essas algas já estão presentes no Paraiba e diante desse processo, acabam florescendo. É preciso deixar claro que não são algas tóxicas e que o rio está sendo monitorado", disse.
Renê informou ainda que não existe uma preocupação com a proliferação das algas, já que o fenômeno não costuma acontecer em temperaturas baixas. Ainda segundo ele, a água deve continuar esverdeada em função da escassez de chuvas, que deve acontecer até setembro. Além do Inea, equipes da Defesa Civil e da concessionária Águas do Paraíba também monitoram o rio.

Bancos com carregador solar são instalados em Boston

Bancos com carregador solar são instalados em Boston
 Julho de 2014 • 


Os moradores da capital de Massachusetts (EUA) agora podem desfrutar das áreas verdes da cidade, sem deixar a tecnologia de lado. Isso porque foram instalados bancos com entrada USB para carregar dispositivos móveis.
A estação carregadora, instalada em Boston, aproveita a energia solar para manter seu funcionamento nas ruas. Batizados de “Soofa”, os bancos implantados ao ar livre ainda fornecem informações sobre localização, qualidade do ar e níveis de ruído. Os dados de sensores ambientais foram desenvolvidos pelo laboratório norte-americano MIT Media Lab.

As designers Jutta Friedrichs e Sandra Richter e a engenheira Nan Zhao são as três mulheres responsáveis pela ideia e criação do mobiliário urbano inteligente, que tem como objetivo levar os moradores a experimentarem uma cidade moderna e sustentável. “Queremos conectar pessoas e cidades por meio de tecnologias inteligentes”, afirmou Nan Zhao.
Com custo de três mil dólares, os primeiros bancos foram instalados em Boston com o financiamento da empresa de tecnologia Cisco. Cada unidade possui duas entradas USB e acomoda três pessoas. A “nova experiência social compartilhada”, como definem as criadoras, poderá chegar a Cambridge (cidade de Massachusetts) e às lojas Starbucks.


Crédito das imagens: Soofa/Divulgação
Redação CicloVivo

Aparelhos eletrônicos desperdiçam U$ 80 bi em energia em 2013

Aparelhos eletrônicos desperdiçam U$ 80 bi em energia em 2013José Eduardo Mendonça 07/2014 

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Problema está centrado no uso do modo “standby”
Cerca de U$ 80 bilhões foram desperdiçados em 2013 por aparelhos como modems, decodificadores de TV, impressoras e consoles de games, e isto poderá chegar a U$ 120 bilhões até o final da década, afirmou hoje a Agência Internacional de Energia (AIE).
A organização, baseada em Paris, diz, em novo relatório, que o problema está centrado na prática ineficiente de manter uma conexão de rede quando eles não estão em uso, o que é conhecido como “standby”, o que gasta quase tanta energia quanto durante sua utilização plena.
A AIE calcula que, em 2013, os 14 bilhões de aparelhos em rede consumiram cerca de 616 terawatts/hora (TWh) de eletricidade, a maioria disto em modo standby. Deste total, 400 TWh, o equivalente à eletricidade consumida no Reino Unido e na Inglaterra combinados anualmente, foi desperdiçada por conta de tecnologia ineficiente.
A agência nota que o uso de energia em data centers tem recebido adequadamente muita atenção e inovação, mas que a demanda de energia de dispositivos em rede deverá ter alta acentuada, com a tecnologia se espalhando por uma parte maior do mundo e a conectividade chegando a aparelhos anteriormente “burros”, como máquinas de lavar, geladeiras, centros de iluminação e termostatos.
Ironicamente, estes aparelhos podem estar conectados para reduzir as contas de eletricidade, ligando-os nas horas em que ela for mais barata.
O uso de utensílios em rede deve se expandir de cerca de 50 bilhões de unidades em 2020 para 100 bilhões na década seguinte, calculou a agência em 2012. A melhora em sua eficiência equivaleria a fechar 200 usinas de carvão de 500 megawatts cada, diz aBloomberg.
Foto: Ben Andreas Harding/Creative Commons

terça-feira, 29 de julho de 2014

Superplanta faz mais fotossíntese

Superplanta faz mais fotossíntese

Cientistas americanos criam vegetal que produz mais oxigênio e elimina mais CO2 do ar. Técnica pode resolver problema do aquecimento global

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Salvador Nogueira
Superinteressante - 05/2014
Otávio Silveira

fotossíntese é uma das invenções mais fascinantes da natureza. A vida na Terra só existe graças a esse processo, que transforma luz e CO2 em oxigênio e glicose. Mas, agora, a engenhosidade humana pode ter descoberto um jeito de turbiná-lo: com a criação de uma planta que faz 30% mais fotossíntese.

O supervegetal foi desenvolvido no Instituto de Tecnologia de Massachusetts 1, e é uma versão modificada de plantas do gênero Arabidopsis. Ela absorve mais luz e CO2, libera mais oxigênio e produz mais energia que as plantas comuns. Tudo graças à nanotecnologia.

Os cientistas injetaram nanopartículas de dióxido de cério (um metal raro) nos cloroplastos - as estruturas da planta que fazem a fotossíntese. Essas partículas de metal facilitaram o fluxo de elétrons dentro do vegetal, acelerando a fotossíntese. Aparentemente, a injeção não provocou efeitos nocivos às plantas.

A ideia, para o futuro, é criar grandes usinas só com superplantas. Elas sugariam muito CO2 do ar, o que ajudaria a brecar o aquecimento global. E também usariam a energia do Sol para produzir glicose (que depois poderia ser convertida em eletricidade para uso humano). "Essa técnica tem potencial para melhorar muito a coleta de energia solar", afirma o engenheiro químico Michael Strano, líder do estudo.

O trabalho tem gerado polêmica na comunidade científica, pois não revela todos os detalhes envolvidos no processo (talvez porque o MIT pretenda patenteá-lo). Mas pode ser o início de algo revolucionário.


*Fontes 1. Plant nanobionics approach to augment photosynthesis, Michael Strano e outros, MIT
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Índia prepara inauguração da primeira usina solar flutuante do mundo

Índia prepara inauguração da primeira usina solar flutuante do mundo
 Julho de 2014 • 


A Índia prepara a inauguração da primeira usina solar flutuante do mundo. A estrutura já está em fase de construção no estado de Kerala e deve ser capaz de produzir 50 megawatts de energia limpa. A inauguração do sistema está prevista para outubro deste ano.
A tecnologia foi desenvolvida pela Universidade das Energias Renováveis. Conforme informado por Gon Choudury, presidente da instituição, esta é uma alternativa para tornar a produção de energia solar mais eficiente, aproveitando a grande quantidade de corpos d’água existentes na Índia.
O sistema é bastante simples, com os painéis fotovoltaicos instalados em plataformas flutuantes ancoradas. Os cientistas ainda trabalham em soluções que tornem a estrutura mais segura e firme em caso de ventos fortes. Mas, por enquanto, para ser instalado em lagos, o modelo é suficiente.
As usinas flutuantes utilizam área até 20% menor que os modelos tradicionais, construídos na terra. Além disso, Choudury explica que usinas na terra tendem a perder rendimento quando o chão se aquece demais, o que não ocorre na água.
Desde que o governo indiano anunciou a intenção de expandir a produção de energia solar, os terrenos aptos às construções chegaram a aumentar 30%, de acordo com o The Economic Times, o que torna a opção de aproveitar os lagos ainda mais viável.
Choudury garante que as estruturas não devem prejudicar os mananciais. “A ecologia do corpo d’água não deve ser afetada. Além disso, a usina deve reduzir a evaporação, ajudando a preservar os níveis de água durante o verão extremo”, informou o especialista.
Redação CicloVivo

PCS realiza curso de Gestão Pública Sustentável em Colatina

PCS realiza curso de Gestão Pública Sustentável em Colatina


Por Luana Copini, da Rede Nossa São Paulo (foto: Americo Sampaio)
O Programa Cidades Sustentáveis (PCS), em parceria com a Frente Nacional de Prefeitos (FNP), Fundação Alphaville, Associação Brasileira de Municípios e Associação dos Municípios do Estado do Espírito Santo – e com o apoio da Prefeitura Municipal de Colatina –, realiza o curso de Gestão Pública Sustentável.
A abertura aconteceu na manhã desta quinta-feira (17), no auditório da Diocese de Colatina, e a mesa foi composta por representantes da administração pública e parceiros do PCS, dentre eles, Leonardo Deptulski, prefeito de Colatina, Dalton Perim, prefeito de Venda Nova do Imigrante e presidente da Associação de Municípios do Estado do Espírito Santo, Romero Gobbo, prefeito de João Neiva, José Neto, prefeito de Baixo Guandu, Werle Carlos da Silva, representante da Fundação Alphaville, Dom Décio Sossai Zandonade, bispo emérito da Diocese de Colatina e Dom Joaquim Wladimir Lopes Dias, administrador apostólico da Diocese.
Colatina é signatária do programa desde 2013 e tem uma comissão formada para a elaboração do Plano de Metas – uma das propostas do PCS. Para Leonardo Deptulski, o curso, que será estendido até amanhã (18), é significativo para o avanço das ações previstas nos eixos do programa. “Além de sensibilizar outros municípios a aderir à Carta Compromisso, o curso nos orienta como trabalhar com os indicadores e, consequentemente, como realizar uma gestão apoiada na sustentabilidade”, destacou o prefeito.
O objetivo do curso é auxiliar os gestores públicos e técnicos das cidades signatárias a colocarem em prática a agenda de sustentabilidade prevista pelo Programa Cidades Sustentáveis, baseada nos 12 eixos: governança; bens naturais comuns; equidade, justiça social e cultura de paz; gestão local para a sustentabilidade; planejamento e desenho urbano; educação para a sustentabilidade e qualidade de vida; economia local dinâmica, criativa e sustentável; consumo responsável e opções de estilo de vida; melhor mobilidade, menos tráfego; ação local para a saúde; do local para o global; cultura para a sustentabilidade.
De acordo com Zuleica Goulart, coordenadora de mobilização do Programa Cidades Sustentáveis, “o pressuposto fundamental de uma gestão pública eficiente é a capacidade dos tomadores de decisões de avaliar adequadamente a realidade, contemplar as prioridades e necessidades da população, elaborar políticas públicas que atendam às variadas demandas da sociedade e propor planos de metas que permitam atingir estes objetivos”.
Durante o evento, a Associação dos Municípios do Estado do Espírito Santo (AMUNES) assinou o Protocolo de Intenções que prevê uma série de ações em prol do desenvolvimento sustentável das cidades brasileiras. O documento detalha que a parceria visa “promover a difusão e divulgação do Programa Cidades Sustentáveis junto aos vereadores, lideranças governamentais e partidos políticos”. Uma das diretrizes especificadas no documento prevê a articulação com as câmaras municipais para a aprovação do Plano de Metas nas cidades.
“Assinar o protocolo é pensar em um novo modelo alinhado às necessidades e à qualidade de vida das pessoas. Temos que pensar não apenas nas eleições, mas nos preocupar como as próximas gerações. O que temos visto no setor público são políticas imediatistas e pontuais, que não se preocupam com o futuro. O homem está caminhando para a sua autodestruição. Então, está na hora de pensarmos em longo prazo também”, afirmou Dalton Perim, presidente da AMUNES.
Dos 78 municípios do estado do Espírito Santo, 25 estão participando do curso, são eles: Vitória, Vila Velha, Colatina, Baixo Guandú, Marechal Floriano, Jaguaré, Marilândia, São Gabriel da Palha, Ibatiba, Aracruz, Cachoeiro do Itapemirim, São Roque do Canaã, Venda Nova do Imigrante, Santa Teresa, Afonso Claudio, Linhares, Laranja da Terra, Ibiaraçu, Marataízes, Presidente Kennedy, Pancas, Muniz Freire, João Neiva, Alto Rio Novo e Irupi.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Segunda Sem Carne: vídeo da HSI apoia campanha

Segunda Sem Carne: vídeo da HSI apoia campanha

Débora Spitzcovsky - Planeta Sustentável - 26/09/2013

Divulgação



A iniciativa da Sociedade Vegetariana Brasileira acaba de ganhar ainda mais força. A organização Humane Society International (HSI) divulgou vídeo, em português, apoiando a Segunda Sem Carne.

Lançada em 2009, a campanha brasileira se apropria de um dia da semana em que as pessoas, normalmente, escolhem para adotar novos hábitos - como fazer dieta, se matricular na academia ou iniciar um trabalho voluntário - para convidá-las a não comer carne, uma vez a cada
sete dias.

O novo vídeo, narrado pelo apresentador Cazé Pecini, explica a iniciativa, mostra às pessoas como é possível aderir à campanha e ainda explica os benefícios da Segunda Sem Carne. Entre eles, a prevenção de doenças - como problemas cardiovasculares e alguns tipos de câncer e diabetes -, a redução das emissões de gases do efeito estufa provenientes da agricultura e amelhoria do bem-estar animal. Sabia que os animais de produção são os que mais sofrem maus-tratos?

Além de governos de vários municípios brasileiros, nomes conhecidos - como o Nobel da Paz Rajendra Pachauri, os cantores Gilberto Gil e Paul McCartney, a modelo Ellen Jabour e os atores Diogo Vilela e Cleo Pires - apoiam a iniciativa. Que tal aderir também?