segunda-feira, 3 de março de 2014

Multas por desmatamento na Amazônia somam R$ 500 milhões em 6 meses

Multas por desmatamento na Amazônia somam R$ 500 milhões em 6 meses

Foram embargados mais de 40 mil hectares de terras e apreendidos cerca de 26 mil m³ de madeira (aproximadamente 300 caminhões carregados)

por Débora SpitzcovskyFonte: Planeta Sustetável
     
leoffreitas/Creative Commons

Desmatamento

A Amazônia perdeu uma área de 464,96 km² de floresta em maio de 2013. Um aumento de quase cinco vezes em comparação com o mesmo mês de 2012
O Ministério do Meio Ambiente (MMA) divulgou nesta sexta-feira (21) novos dados referentes ao desmatamento na Amazônia Legal. De acordo com o monitoramento por satélite realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a prática ilegal diminuiu 19% na região, nos últimos seis meses, em comparação com o período anterior.
Entre agosto de 2013 e janeiro de 2014 foram desmatados 1.162,50 km² de floresta na Amazônia Legal, contra 1.427,99 km² no período de agosto de 2012 a janeiro de 2013. Os estados do Pará e Mato Grosso foram os que mais reduziram a prática ilegal.
QUEM DESMATOU, PAGOU
Os alertas de desmatamento feitos pelo Sistema de Detecção do Inpe, o Deter, vieram acompanhados de punições do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). De acordo com o Ministério, nos últimos seis meses, o órgão aplicou mais de 1.500 autuações, que somaram R$ 500 milhões em multas. Além disso, foram embargados mais de 40 mil hectares de terras e apreendidos cerca de 26 mil m³ de madeira - o que corresponde a, aproximadamente, 300 caminhões carregados.
O QUE O CÓDIGO FLORESTAL TEM COM ISSO?
Ainda segundo o Ministério, 68% das áreas desmatadas nos últimos seis meses são de domínio estadual, o que levanta uma questão importante: há grandes chances dessa alteração de paisagem detectada pelo Deter ser autorizada pela nova Lei Florestal do Brasil, aprovada em 2012. "Esses dados podem, sim, dialogar com a supressão legal de vegetação", admitiu a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, em coletiva de imprensa que aconteceu em Brasília.

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