domingo, 26 de janeiro de 2014

WBB: estudo avalia bem-estar na cidade de São Paulo

WBB: estudo avalia bem-estar na cidade de São Paulo

Pesquisa inédita, que vai compor o Índice de Bem-Estar Brasil (WBB), revela o grau de satisfação do cidadão paulistano com relação a dez diferentes aspectos da vida na cidade. Entre eles, meio ambiente: o desagrado da população com a qualidade do ar, ruídos na cidade e limpeza das ruas são pontos críticos da avaliação

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Marina Maciel Planeta Sustentável - 
DavidCampbell_/Creative Commons

Quais são as necessidades e anseios do brasileiro? Esta pergunta motivou a criação do primeiro índice de bem-estar brasileiro, o WBB* (do inglês Well Being Brazil) -também conhecido como Índice de Bem-Estar Brasil - desenvolvido pelo Instituto de Finanças da FGV-EAESPe a rede social MyFunCity*, premiada pela ONU.

Hoje, 14/01, foram revelados os principais resultados doprimeiro relatório relativo à cidade de São Paulo, que teve como objetivo identificar o grau de satisfação e relevância que as pessoas atribuem para dez diferentes aspectos da vida na metrópole. "Vivemos um novo momento, com o cidadão como novo protagonista", disse Mauro Motoryn, idealizador do MyFunCity.

Enquanto a maior satisfação do paulistano vem da família, os maiores descontentamentos vêm do poder público, da saúde e do transporte, revelou a pesquisa. Abaixo, veja os principais resultados para cada indicador do WBB:
Meio ambientequalidade do ar, nível de barulho na cidade e a limpeza das ruassão os aspectos que mais interferem de forma negativa na vida do paulistano e também são os mais carentes de atenção;
Transporte e Mobilidade: a qualidade do transporte público e o tempo gasto no trânsito foram considerados os fatores mais críticos. "Os engarrafamentos pioram a saúde da população e, ainda, limitam o tempo com a família", disse Wesley Mendes Da Silva, professor e pesquisador da FGV-EAESP;
Família: apesar de ter pouco tempo para ela, a família é a que mais contribui para o bem-estar do paulistano, revela a pesquisa;
Redes de Relacionamento: a pior avaliação coube às opções de lazer na cidade, o que mostra que a baixa qualidade de lazer compromete o convívio social em São Paulo. Paulistanos indicam como preferência opções que incentivem a atividade física;
Vida Profissional e Financeira: o estudo revela que o cidadão está satisfeito com o trabalho, mas não consegue guardar dinheiro para a aposentadoria;
Educação: os paulistanos estão mais satisfeitos com universidades particulares do que com as públicas. Além disso, a qualidade das escolas públicas é o indicador com pior desempenho;
Poder Público: foi a variável da pesquisa que apresentou pior desempenho em termos de satisfação com aspectos de elevada importância para o bem-estar das pessoas. Destaca-se o descontentamento do cidadão com o trabalho de vereadores, deputados, senadores e com o funcionamento da justiça;
Saúde: paulistanos apontam insatisfação com a rede pública de saúde e à prática de atividades físicas. Enquanto homens atribuem maior importância à vida sexual para uma vida feliz, as mulheres estão menos satisfeitas sexualmente;
Segurança: o alto nível de violência na cidade e o trabalho da polícia receberam péssima avaliação, enquanto o trabalho do Corpo de Bombeiros é admirado;
Consumo: ao mesmo tempo em que alcançaram os maiores níveis de importância para o bem-estar, os indicadores de Planos de Saúde, Relação com Financeiras e Provedores de Serviços de TV apresentaram o pior desempenho em termos de satisfação dos paulistanos.

Elaborado com base nas respostas de 786 paulistanos a questionário aplicado em novembro de 2013, o relatório também tem como objetivo incentivar novos negócios e políticas públicas que promovam o bem-estar da população.

A intenção é que, no futuro, o estudo seja expandido para outras cidades brasileiras. "Com a pesquisa, criou-se um banco de dados importante para estudos acadêmicos", ressaltou Fábio Gallo Garcia, professor da FGV-EAESP
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