terça-feira, 12 de novembro de 2013

Setor energético aumenta suas emissões em 126%

Setor energético aumenta suas emissões em 126% em 22 anos



O Brasil passou de 1,39 bilhão de toneladas de carbono equivalente em emissões brutas de gases do efeito estufa, em 1990, para 1,48 bilhão, em 2012. O aumento foi de 7%. O número é bem menor do que a média mundial, uma vez que, no mesmo período, as emissões cresceram 37% e passaram de 38 para 52 bilhões de toneladas.
O dado faz parte do Observatório do Clima, um coletivo de ONGs sobre meio ambiente, que lançou uma ferramenta para medir as emissões de poluentes do Brasil. Chamado de SEEG (Sistema de Estimativa de Emissões de Gases de Efeito Estufa), a iniciativa conta com documentos e dados que serão disponibilizados na internet.
Todas as estimativas são baseados no Segundo Inventário Brasileiro de Emissões e Remoções Antrópicas de Gases do Efeito Estufa, elaborado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), e em dados obtidos junto a relatórios governamentais, institutos, centros de pesquisa, entidades setoriais e organizações não governamentais.
Na avaliação das estimativas, são levados em consideração cinco setores: agropecuária, energia, mudanças de uso da terra, processos industriais e resíduos. A área energética aumentou suas emissões em 126%, já nos setores de processos industriais e resíduos, as emissões aumentaram respectivamente 65% e 64% e, no setor agropecuário, a alta registrada foi de 45%.
Já neste primeiro relatório, que avaliou as emissões de 1990 e 2012, constatou-se que o Brasil responde por 2,8% das emissões globais de carbono, apesar de haver uma tendência para o aumento nos próximos anos.
O estudo mostra também que em 2009 houve redução das emissões somadas de todos os setores (exceto Mudanças de Uso da Terra), como consequência da crise econômica global, porém, já em 2010, as emissões voltaram a subir e seguiram esta tendência crescente até 2012.
Um dos responsáveis pelo novo sistema de medição afirmou à Folha que, nos inventários oficiais, há uma grande discrepância entre a divulgação dos dados e o período a que eles se referem. Entretanto, salienta que o projeto não busca substituir os números oficiais. O estudo completo do SEEG está disponível aqui e será atualizado anualmente.
O principal responsável pelo aumento no setor energético deve-se ao processo de  transporte, que prioriza o uso de gasolina. Veja no gráfico abaixo:

Marcia Sousa - Redação CicloVivo

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